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segunda-feira, 23 de março de 2020

São Turíbio de Mogrovejo, padroeiro do Episcopado latino-americano

REDAÇÃO CENTRAL, 23 Mar. 20 / 05:00 am (ACI).- No dia 23 de março é celebrada a festa de São Turíbio de Mogrovejo, padroeiro do Episcopado latino-americano e chamado “Santo Padre da América”. Defendeu os indefesos e explorados durante a colônia espanhola na América e convocou vários sínodos e concílios que renderam bons frutos ao Vice-reino do Peru.

Crismou Santa Rosa de Lima, São Mantinho de Lima e São João Macías e contou com o apoio do missionário São Francisco Solano.
Turíbio Afonso de Mogrovejo nasceu na Espanha por volta de 1538. Estudou direito e foi professor na Universidade de Salamanca. Sendo leigo, o rei Felipe II o nomeou juiz principal da Inquisição em Granada.
Por suas qualidades humanas e sua virtude, o rei o propôs ao Papa Gregório XIII como Arcebispo de Lima, que naquela época correspondia agrande parte da América do Sul hispânica. Embora humildemente São Turíbio tenha resistido, com dispensa papal, recebeu as ordens menores e maiores, sendo consagrado Bispo em 1580.
Embarcou para a América e, ao chegar ao Peru, imediatamente se preocupou em restaurar a disciplina eclesiástica e enfrentou abertamente os conquistadores, pessoas de poder, assim como sacerdotes que tinham cometido ou permitido abusos contra os nativos.
Isso fez com que fosse perseguido pelo poder civil e que o caluniassem, mas ele seguiu em sua defesa pelos pobres, argumentando que a quem sempre se devia agradar era a Cristo e não ao Vice-rei.
Construiu igrejas, conventos, hospitais e abriu o primeiro seminário na América Latina que se mantém até hoje. Estudou as línguas e dialetos locais para poder estar mais próximo de seus fiéis e comunicar-se com eles, o que favoreceu no incremento das conversas.
A fim de evangelizar, viajou por cidades e lugares afastados, caminhando ou a cavalo, muitas vezes sozinho e expondo-se às doenças e aos perigos. Certo dia, um mendigo se aproximou dele e, como não tinha o que lhe dar, o santo lhe entregou sua camisa.
Convocou três concílios ou sínodos provinciais e ordenou imprimir o catecismo em quéchua e aymara. Além disso, celebrou treze sínodos diocesanos que ajudaram ao cumprimento das normas do Concílio de Trento e à independência da Igreja em relação ao poder civil.
Aos 68 anos, São Turíbio ficou doente e partiu para a Casa do Pai, na Quinta-feira Santa, 23 de março de 1606. Em seu testamento, deixou a seus empregados seus bens pessoais e aos pobres o resto de suas propriedades. São João Paulo II o declarou padroeiro do Episcopado latino-americano.
ACI Digital

Qual pode ser a pior tentação do diabo na Quaresma?

Imagem referencial / Foto: Pixabay (Domínio Público)
Lima, 20 Mar. 20 / 05:00 am (ACI).- No tempo da Quaresma, os quarenta dias de preparação para viver a Semana Santa, os fiéis católicos podem enfrentar uma tentação grave: desafiar Deus.
Em declarações à EWTN Notícias em 2018, Pe. Samuel Bonilla, sacerdote conhecido nas redes sociais e no YouTube como “Padre Sam”, advertiu que “desde sempre” existe a tentação “de querer desafiar Deus”.
Recordou que essa tentação foi “a que o inimigo coloco para Jesus quando estava no deserto: ‘Se você é o Filho de Deus’. Mas essa tentação agora está com outro tipo de linguagem: ‘Se você é católico, se você é cristão, se você vai à igreja, então, por que permite isso? Se Deus é poderoso, por que ele permite isso?”.
“Essa tentação de desafiar Deus, acho que sempre estará presente ao longo de toda a história”.
Segundo Pe. Sam, o próprio Jesus nos ensina a resposta para esta tentação no Evangelho. “Não com a nossa inteligência. Não só com nossas capacidades. Mas com a Palavra de Deus”.
“Não se dialoga com a tentação, responde-se com a Palavra de Deus”, sublinhou.
Pe. Sam também destacou a importância dos “três pilares” da Quaresma: o jejum, a oração e a esmola.
“Estas três ações que a Igreja sempre nos recomendou é a melhor maneira de viver a Quaresma”, que é “um tempo de preparação, um tempo de arrependimento”, assinalou.
ACI Digital

domingo, 22 de março de 2020

O Papa convida todos os cristãos a rezar juntos o Pai-Nosso na quarta-feira

Francisco convida os Chefes das Igrejas e os líderes de todas as Comunidades cristãs, junto a todos os cristãos das várias confissões, a invocar o Altíssimo, Deus Todo-Poderoso, recitando simultaneamente a oração que Jesus Nosso Senhor nos ensinou. “Queremos responder à pandemia do vírus com a universalidade da oração, da compaixão, da ternura”, afirma o Papa, que também na sexta-feira presidirá um momento de oração no patamar da Basílica Vaticana.
Raimundo de Lima, Silvonei José - Cidade do Vaticano
Nestes dias de provação, enquanto a humanidade treme pela ameaça da pandemia, gostaria de propor a todos os cristãos unir suas vozes rumo ao Céu: disse o Pontífice na saudação após a oração mariana do Angelus, este domingo (22/03), recitada na Biblioteca do Palácio Apostólico - como tem feito excepcionalmente neste período, em tempos de coronavírus, sem fiéis na Praça São Pedro –, fazendo em seguida um forte convite para a próxima quarta-feira, 25 de março, solenidade da Anunciação do Senhor:
“Convido todos os Chefes das Igrejas e os líderes de todas as Comunidades cristãs, junto a todos os cristãos das várias confissões, a invocar o Altíssimo, Deus Todo-Poderoso, recitando simultaneamente a oração que Jesus Nosso Senhor nos ensinou. Portanto, convido todos a recitar o Pai-Nosso ao meio-dia da próxima quarta-feira, 25 de março. No dia em quem muitos cristãos recordam o anúncio da Encarnação do Verbo à Virgem Maria, que o Senhor possa ouvir a oração unânime de todos os seus discípulos que se preparam para celebrar a vitória de Cristo Ressuscitado.”


Vatican News

4º DOMINGO DA QUARESMA - Ano "A": ALEGRA-TE PELA LUZ DO MUNDO

Cardeal Dom Sérgio da Rocha
Administrador Apostólico da
Arquidiocese de Brasília
O 4º Domingo da Quaresma é denominado Laetare, palavra latina correspondente ao início da antífona de entrada da missa: “Alegra-te!”, conforme anuncia o profeta Isaías: “Alegra-te Jerusalém! Reuni-vos, vós todos que a amais; vós que estais tristes, exultai de alegria! Sacia-vos com a abundância de suas consolações” (Is 66,10s).
A cura do cego de nascença, narrada pelo Evangelho segundo João (9,1-41), ocorre no contexto da festa das Tendas ou dos Tabernáculos, uma das maiores festas em que o povo peregrinava para Jerusalém, recordando o modo como Israel viveu no deserto após a libertação da escravidão no Egito. Durante a festa, os sacerdotes tiravam a água da piscina de Siloé para derramá-la sobre o altar e durante a noite Jerusalém era iluminada por tochas acesas, especialmente no átrio do templo.
A narrativa joanina ressalta a água e a luz, que são símbolos batismais. O homem cego foi lavar-se nas águas da piscina de Siloé, cujo nome significa “Enviado”, um dos títulos messiânicos de Jesus. Na fonte batismal, somos lavados e recebemos a vida nova em Cristo. Para curar aquele homem, Jesus utiliza a terra e a saliva, formando o barro, que nos recorda a criação do ser humano, descrita pelo Gênesis. Mediante o batismo, somos recriados, pois nele ocorre um novo nascimento, uma nova criação.
Na figura do cego está representado cada um de nós. Somos levados à fonte batismal; nela, somos purificados e passamos a enxergar com a luz da fé, ao aceitar Jesus como “a luz do mundo” (Jo 8,12). O que foi curado da cegueira, ao encontrar-se com Jesus, exclamou: “Eu creio, Senhor!” (Jo 9,38). O texto nos mostra que para chegar a esta atitude, ele percorreu um itinerário de crescimento e purificação na fé, que se repete na vida de quem é conduzido à fonte batismal. Quando questionado sobre quem o havia curado, ele se referiu primeiramente “àquele homem chamado Jesus”, chamando-o depois de “profeta”, para finalmente prostrar-se diante de Jesus, numa atitude de fé e adoração, reconhecendo-o como o “Senhor”.
O que se passa na celebração do batismo se estende ao longo da vida batismal. Renascidos pelo batismo e iluminados por Cristo, somos chamados a viver como “luz no Senhor”, como “filhos da luz”, renunciando às “obras das trevas” e produzindo os “frutos da luz” indicados por São Paulo: “bondade, justiça e verdade” (Ef 5,8-9). Aproveite esta Quaresma para acolher a luz, que é Cristo, dedicando-se mais à oração e à escuta da Palavra. Busque o perdão e a reconciliação pelo sacramento da Penitência.
Folheto: O Povo de Deus/Arquidiocese de Brasília

Hoje é celebrado o quarto Domingo da Quaresma

REDAÇÃO CENTRAL, 22 Mar. 20 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 22 de março, a Igreja celebra o quarto Domingo da Quaresma. O Evangelho de hoje, retirado de João 9,1.6-9.13-17.34-38, traz a história do cego de nascença, ao qual Jesus recuperou a visão e que, assim, passou das trevas à luz.

A seguir, leia e reflita o Evangelho deste quarto Domingo da Quaresma:
Jo 9,1.6-9.13-17.34-38
Naquele tempo, 1 ao passar, Jesus viu um homem cego de nascença. 6 E cuspiu no chão, fez lama com a saliva e colocou-a sobre os olhos do cego. 7 E disse-lhe: “Vai lavar-te na piscina de Siloé” (que quer dizer: Enviado). O cego foi, lavou-se e voltou enxergando.
8 Os vizinhos e os que costumavam ver o cego — pois ele era mendigo — diziam: “Não é aquele que ficava pedindo esmola?” 9 Uns diziam: “Sim, é ele!” Outros afirmavam: “Não é ele, mas alguém parecido com ele”.
Ele, porém, dizia: “Sou eu mesmo!”
13 Levaram então aos fariseus o homem que tinha sido cego. 14 Ora, era sábado, o dia em que Jesus tinha feito lama e aberto os olhos do cego. 15 Novamente, então, lhe perguntaram os fariseus como tinha recuperado a vista. Respondeu-lhes: “Colocou lama sobre os meus olhos, fui lavar-me e agora vejo!”
16 Disseram, então, alguns dos fariseus: “Esse homem não vem de Deus, pois não guarda o sábado”. Mas outros diziam: “Como pode um pecador fazer tais sinais?”
17 E havia divergência entre eles. Perguntaram outra vez ao cego: “E tu, que dizes daquele que te abriu os olhos?” Respondeu: “É um profeta”.
34 Os fariseus disseram-lhe: “Tu nasceste todo em pecado e estás nos ensinando?” E expulsaram-no da comunidade.
35 Jesus soube que o tinham expulsado. Encontrando-o, perguntou-lhe: “Acreditas no Filho do Homem?” 36 Respondeu ele: “Quem é, Senhor, para que eu creia nele?” 37 Jesus disse: “Tu o estás vendo; é aquele que está falando contigo”. Exclamou ele: 38 “Eu creio, Senhor!” E prostrou-se diante de Jesus.
ACI Digital

sábado, 21 de março de 2020

Como se preparar para a missa em casa durante a quarentena imposta pelo coronavírus

Missa no Lar | diocese-sjc.org
Em 19 de março, dia de São José, padroeiro da Cidade de Alto Piquiri (PR), na Diocese de Umuarama (PR), a missa foi transmitida pelas redes sociais da Paróquia São José. A missa foi presidida pelo padre Mário Augusto Sartori e concelebrada pelo padre Antônio Murilo Macedo da Luz. Devido à pandemia do COVID-19, não foi permitida a presença da comunidade.
Segundo o padre Mário tudo isso é uma provocação de Deus. “Isso também é um evangelho, a quaresma deste ano estarmos evangelizando dessa forma, nessa situação, optamos por enfrentar isso com fé. Por ser dia do nosso Padroeiro, feriado, e porque Deus é maior e Senhor de todas as coisas, fizemos um momento de adoração ao Santíssimo Sacramento. Eu andei pela Igreja, pelos bancos, corredores, dei a bênção para quem nos acompanha de casa e seguimos numa carreata por três horas pelas ruas da cidade”, explicou.
Como na cidade de Alto Piquiri, em muitos outros lugares a missa está sendo transmitida pela internet e também por todas as emissoras de tv de inspiração católicas (conforme programação abaixo).
O assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Leonardo José Pinheiro, recorda que há na orientação dos bispos, ao acolher as indicações das autoridades e profissionais da saúde, a dispensa da obrigatoriedade de participar fisicamente das celebrações dominicais nas comunidades. As missas nos meios de comunicação, segundo padre Leonardo, “se tornam, ainda mais neste momento, instrumentos eficazes de ‘reunir’ todos, cada um em suas casas, sobretudo os idosos, em torno da Palavra de Deus”.
Inspirada no Santuário de Schoenstatt de Belmonte, em Roma, a diocese de Jundiai (SP) elaborou 10 dicas importantes para orientar os fieis a se prepararem para as celebrações à distância, transmitidas pela internet ou pela TV.
  1. Prepara a tua mente
    Não é uma transmissão qualquer. É a Missa. Toma consciência do que será transmitido.
  2. Prepara o teu espírito
    Entra no clima como se estivesse entrando na Igreja. Convida o Senhor para visitar a tua casa.
  3. Preparar o teu corpo
    Que o exterior corresponda ao interior. Tira o pijama! Levante-te da cama. Arruma-te!
  4. Prepara a tua casa
    Cria um ambiente celebrativo: toalha na mesa, uma vela, o crucifixo, a Bíblia aberta. Tua casa é a Igreja doméstica.
  5. Evangelize
    Reúna tua família para rezarem juntos: nada de barulho, distrações ou conversas paralelas.
  6. Participe ativa e efetivamente
    Respondam e cante juntos a transmissão.
  7. Liturgia da Palavra
    Escute a Palavra de Deus com o coração aberto: ouça ou acompanha as leituras na Bíblia, nos subsídios ou mesmo nos aplicativos de celular.
  8. Liturgia Eucarística
    Cristo se faz presente com seu corpo, sangue, alma e divindade! Na consagração, coloquem-se de joelhos, adorando piedosamente o Senhor.
  9. A Comunhão Espiritual
    Reze a seguinte oração, enquanto o padre comunga por si e pela comunidade paroquial.
    “Meu Jesus, 
    eu creio que estais presente 
    no Santíssimo Sacramento.Amo-Vos sobre todas as coisas
    e minha alma suspira por Vós, mas, 
    como não posso receber-Vos agora, 
    no Santíssimo Sacramento,
    vinde ao menos espiritualmente
    a meu coração.Abraço-me convosco
    como se já estivésseis comigo:
    uno-me convosco inteiramente.
    Não permitais que eu algum 
    dia me separe de Vós.Ó Jesus, sumo bem
    e doce amor meu,
    inflamai meu coração,
    a fim de que esteja
    para sempre abrasado
    em Vosso amor.
    Amém!”(Oração atribuída a Santo Afonso Maria de Ligório)
  10. Começa a nossa missão
    Encaminha o link da transmissão das missas para outras pessoas que não puderam acompanhar ao vivo. Anuncie o Querigma, compartilhando uma palavra de ânimo, de acordo com a Liturgia da Palavra, nos grupos que você faz parte.

Missas nos meios de comunicação

A Pastoral da Comunicação (Pascom-Brasil) fez um levantamento junto às emissoras de televisão de inspiração católica para divulgar dias e horários das missas televisionadas (confira abaixo). Algumas destas emissoras também oferecem a transmissão pela internet.
O assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Leonardo José Pinheiro, recorda uma forma de estar em oração e em sintonia com a Igreja é por meio da meditação da Liturgia Diária sozinho ou em família: “mas é bom lembrar, sem aglomerações ou sem reunir gente de fora”, destaca padre Leonardo. Neste Tempo da Quaresma, além da liturgia do dia, é possível intensificar a leitura e meditação da Palavra de Deus, o terço e a Via Sacra.

Comunhão Espiritual

“Todos são chamados, mesmo não comungando concretamente como fariam se estivessem nas celebrações, a fazer sua comunhão espiritual, isto é, no momento da comunhão em suas casas unirem seu coração com toda a igreja cultivando no coração o desejo de estar recebendo o corpo do Senhor e juntando sua prece às preces de toda a Igreja, sobretudo para que se supere logo este momento da pandemia que estamos enfrentando. Estaremos assim unidos pela força da fé e pelas ondas dos meios de comunicação”, orienta o assessor da Comissão para a Liturgia da CNBB.

Restrições a aglomerações

Pensando na prevenção ao novo coronavírus e acatando determinações e orientações das autoridades, dioceses brasileiras têm dispensado os fiéis do preceito dominical e determinado que os padres celebrem de forma privada. Essas medidas significam que as missas com participação do povo de Deus estão suspensas e os padres celebrarão sozinhos. Até o 12h de 20 de março, 33 arquidioceses, 82 dioceses, 2 prelazias e a administração apostólica pessoal São João Maria Vianey que suspenderam as missas com público.

TV Aparecida

Domingo: 8h e 18h (Missa de Aparecida)
Segunda a sexta-feira: 6h45, 9h e 18h (Missa de Aparecida)
Sábado: 6h45 (Missa de Bom Jesus da Lapa) / 9h e 18h (Missa de Aparecida)

TV Canção Nova

Domingo a Domingo – 7h (Santuário Pai das Misericórdias)
Segunda-feira: 7h (Santuário), 15h30 (Santuário), 19h30 (SP – Paróquia Santa Cândida)
Terça, quarta e sexta-feira: 7h e 20h (Santuário)
Quinta: 7h, 16h30 (Santuário) e 20h (TV CN de Aracaju) [no dia 19/3, será às 19h30]
Domingo: 6h, 8h, 10h e 17h30
Segunda a sexta-feira: 7h e 19h30
Quarta-feira – Horário Especial: 9h
Sábado: 7h e 17h30

Rede Vida

Domingo: 8h e 17h30
Segunda a sexta: 6h55, 9h e 19h
Sábado: 7h, 9h, 15h e 17h30

TV Século 21

Domingo: 16h
Segunda a sábado: 7h45
Sexta-feira: 19h30
CNBB

Dos Sermões de São Gregório de Nazianzo, bispo


(Oratio 14, De pauperum amore, 38.40:PG 35,907.910)            (Séc.VI)

Sirvamos a Cristo na pessoa dos pobres
Diz a Escritura: Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia (Mt 5,7). A misericórdia não é certamente a última das bem-aventuranças. Lemos também: Feliz de quem pensa no pobre e no fraco (Sl 40,2). E ainda: Feliz o homem caridoso e prestativo (Sl 111,5). E noutro lugar: O justo é generoso e dá esmola (Sl 36,26). Tornemo-nos dignos destas bênçãos, de sermos chamados misericordiosos e cheios de bondade.
Nem sequer a noite interrompa a tua prática da misericórdia. Não digas: “Vai e depois volta, amanhã te darei o que pedes”.Nada se deve interpor entre a tua resolução e o bem que vais fazer. Só a prática do bem não admite adiamento.
Reparte o teu pão com o faminto, acolhe em tua casa os pobres e peregrinos (Is 58,7), com alegria e presteza. Quem se dedica a obras de misericórdia, diz o Apóstolo, faça-o com alegria (Rm 12,8). Essa presteza e solicitude duplicarão a recompensa da tua dádiva. Mas o que é dado com tristeza e de má vontade não se torna agradável nem é digno.
Devemos alegrar-nos, e não entristecer-nos, quando prestamos algum benefício. Diz a Escritura: Se quebrares as cadeias injustas e desligares as amaras do jugo (Is 58,6), isto é, da avareza e das discriminações, das suspeitas e das murmurações, que acontecerá? A tua recompensa será grande e admirável! Então, brilhará tua luz como a aurora e tua saúde há de recuperar-se mais depressa (Is 58,8). E quem há que não deseje a luz e a saúde?
Por isso, se me julgais digno de alguma atenção, vós, servidores de Cristo, seus irmãos e co-herdeiros, em todas as ocasiões visitemos a Cristo, alimentemos a Cristo, tratemos as feridas de Cristo, vistamos a Cristo, acolhamos a Cristo, honremos a Cristo; não apenas oferecendo-lhe uma refeição, como fizeram alguns, não apenas ungindo-o com perfumes como Maria, não apenas dando-lhe o sepulcro como José de Arimateia, não apenas dando o necessário para o sepultamento como Nicodemos que dava a Cristo só uma parte do seu amor, nem, finalmente, oferecendo ouro, incenso e mira, como fizeram os magos, antes de todos esses. O Senhor do universo quer a misericórdia e não o sacrifício, e a compaixão tem muito maior valor que milhares de cordeiros gordos. Ofereçamos a misericórdia e a compaixão na pessoa dos pobres que hoje na terra são humilhados, de modo que, ao deixarmos este mundo, eles nos recebam nas moradas eternas, juntamente com o próprio Cristo nosso Senhor, a quem seja dada a glória pelos séculos dos séculos. Amém.

quinta-feira, 19 de março de 2020

Por que o Papa escolheu o dia de São José para iniciar seu pontificado há sete anos?

REDAÇÃO CENTRAL, 19 Mar. 20 / 06:00 am (ACI).- Em um dia como hoje, há sete anos, o Papa Francisco iniciou o seu pontificado na Solenidade de São José. Conheça as razões do Pontífice para ter escolhido esta data, como é a sua relação com o Santo Custódio e como neste tempo promoveu a sua devoção.

No dia 19 de março de 2013, a Praça São Pedro em Roma aclamava o Papa ao início de seu pontificado a serviço da Igreja e do mundo. Nessa ocasião, o Pontífice disse: “Dou graças ao Senhor por poder celebrar esta Santa Missa de começo do ministério petrino na Solenidade de São José, esposo da Virgem Maria e patrono da Igreja universal: é uma coincidência muito rica de significado”.
“Também o Papa, para exercer o poder, deve entrar cada vez mais nesse serviço que tem o seu cume luminoso na cruz; deve colocar o seu olhar no serviço humilde, concreto, rico de fé, de São José e, como ele, abrir os braços para proteger a todo o Povo de Deus e acolher com carinho e ternura toda a humanidade”, destacou.
Meses depois, o Papa Francisco, através de um decreto da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, decidiu realizar uma pequena modificação nas orações da Missa para promover a devoção a São José.
Concretamente, com esta modificação, o Santo Custódio é mencionado nas Preces Eucarísticas II, III e IV da terceira edição típica do Missal Romano, colocando-se depois do nome da Virgem Maria.
Posteriormente, em uma cerimônia onde esteve acompanhado de Bento XVI, o Papa Francisco consagrou o Estado da Cidade do Vaticano a São José e a São Miguel Arcanjo.
Em 19 de março de 2014, voltou a fazer referência a São José dizendo que “é o modelo do educador, do pai e do sacerdote. Assim, encomendo à sua proteção todos os pais, os sacerdotes – que também são pais – e aqueles que têm um papel educativo na Igreja e na sociedade”.
Durante sua viagem às Filipinas no começo de 2015, o Pontífice fez uma reflexão sobre as três lições que São José dá às famílias do mundo inteiro: são o descansar no Senhor na oração, crescer com Jesus e Santa Maria e ser uma voz profética na sociedade.
Nesta ocasião, revelou um de seus segredos mais guardados. “Eu gosto muito de São José porque é um homem forte de silêncio. Na minha escrivaninha tenho uma imagem de São José dormindo e dormindo cuida da Igreja. Sim, pode fazê-lo, sabemos”, indicou o Santo Padre.
“Quando tenho um problema, uma dificuldade, escrevo um papelzinho e o coloco debaixo de São José para que o sonhe. Isto significa para que reze por este problema”, acrescentou.
No voo de volta de Estrasburgo (França) ao Vaticano, depois de sua visita ao Parlamento Europeu e ao Conselho da Europa, o Pontífice disse: “Todas as vezes que pedi alguma coisa para São José, ele me concedeu”.
ACI Digital

terça-feira, 17 de março de 2020

Dos Sermões de São Pedro Crisólogo, bispo

(Sermo 43: PL 52,320.322)             (Séc.IV)

O que a oração pede, o jejum o alcança e a misericórdia o recebe
Há três coisas, meus irmãos, três coisas que mantêm a fé, dão firmeza à devoção e perseverança à virtude. São elas a oração, o jejum e a misericórdia. O que a oração pede, o jejum alcança e a misericórdia recebe. Oração, misericórdia, jejum: três coisas que são uma só e se vivificam reciprocamente.
O jejum é a alma da oração e a misericórdia dá vida ao jejum. Ninguém queira separar estas três coisas, pois são inseparáveis. Quem pratica somente uma delas ou não pratica todas simultaneamente, é como se nada fizesse. Por conseguinte, quem ora também jejue; e quem jejua, pratique a misericórdia. Quem deseja ser atendido nas suas orações, atenda as súplicas de quem lhe pede; pois aquele que não fecha seus ouvidos às súplicas alheias, abre os ouvidos de Deus às suas próprias súplicas.
Quem jejua, pense no sentido do jejum; seja sensível à fome dos outros quem deseja que Deus seja sensível à sua; seja misericordioso quem espera alcançar misericórdia; quem pede compaixão, também se compadeça; quem quer ser ajudado, ajude os outros. Muito mal suplica quem nega aos outros aquilo que pede para si.
Homem, sê para ti mesmo a medida da misericórdia;deste modo alcançarás misericórdia como quiseres, quanto quiseres e com a rapidez que quiseres; basta que te compadeças dos outros com generosidade e presteza.
Peçamos, portanto, destas três virtudes – oração,jejum, misericórdia – uma única força mediadora junto de Deus em nosso favor; sejam para nós uma única defesa, uma única oração sob três formas distintas.
Reconquistemos pelo jejum o que perdemos por não saber apreciá-lo; imolemos nossas almas pelo jejum, pois nada melhor podemos oferecer a Deus como ensina o Profeta: Sacrifício agradável a Deus é um espírito penitente; Deus não despreza um coração arrependido e humilhado (cf. Sl 50,19).
Homem, oferece a Deus a tua alma, oferece a oblação do jejum, para que seja uma oferenda pura, um sacrifício santo, uma vítima viva que ao mesmo tempo permanece em ti e é oferecida a Deus. Quem não dá isto a Deus não tem desculpa, porque todos podem se oferecer a si mesmos.
Mas, para que esta oferta seja aceita por Deus, a misericórdia deve acompanhá-la; o jejum só dá frutos se for regado pela misericórdia, pois a aridez da misericórdia faz secar o jejum. O que a chuva é para a terra, é a misericórdia para o jejum. Por mais que cultive o coração, purifique o corpo, extirpe os maus costumes e semeie as virtudes, o que jejua não colherá frutos se não abrir as torrentes da misericórdia.
Tu que jejuas, não esqueças que fica em jejum o teu campo se jejua a tua misericórdia; pelo contrário, a liberalidade da tua misericórdia encherá de bens os teus celeiros. Portanto, ó homem, para que não venhas a perder por ter guardado para ti, distribui aos outros para que venhas a recolher; dá a ti mesmo, dando aos pobres, porque o que deixares de dar aos outros, também tu não o possuirás.

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São Patrício, Padroeiro da Irlanda

REDAÇÃO CENTRAL, 17 Mar. 20 / 05:00 am (ACI).- “Eu era como uma pedra em uma profunda mina; e aquele que é poderoso veio e, em sua misericórdia, levantou-me e me colocou sobre uma parede”, dizia São Patrício, Padroeiro da Irlanda, cuja festa se celebra neste dia 17 de março.

Este santo também goza de grande devoção em Nova Iorque (Estados Unidos), onde todos os anos é homenageado com as cores verdes.
São Patrício nasceu na Grã-Bretanha por volta de 385. Sendo ainda jovem, foi raptado por piratas irlandeses e vendido como escravo na Irlanda. Quando recuperou a liberdade, seguiu para a Grã-Bretanha e depois para a Gália (atual França), onde frequentou mosteiros e se habilitou para a vida monástica e missionária. Seguiu o caminho do sacerdócio e mais adiante chegou a ser Bispo na Irlanda, levando em sua alma piedosa o desejo de evangelizar aquela nação pagã.
Em sua linguagem simples para evangelizar, costumava explicar que assim como as três folhinhas de um trevo fazem uma folha, da mesma forma Pai, Filho e Espírito Santo formam um só Deus verdadeiro.
Até hoje, por conta desse ensinamento do santo, os irlandeses costumam fixar um trevo à sua roupa no dia do padroeiro do país, para homenageá-lo.
Seus opositores foram os magos druidas que acreditavam em deuses pagãos e os hereges pelagianos. Entretanto, São Patrício seguiu firme construindo abadias e igrejas cristãs.
Diz-se que um Sábado Santo, quando São Patrício acendeu o fogo pascal, os druidas se lançaram a apagá-lo, mas não conseguiram. Então, um deles exclamou: “O fogo da religião que Patrício acendeu será espalhado por toda a ilha”. Isto se cumpriu porque converteu toda a Irlanda ao cristianismo.
O santo formou um clero local, consagrou sacerdotes e Bispos.
Ao final de sua vida, escreveu as “Confissões”, obra na qual relatou como se sentia e o que fazia na missão que Deus lhe tinha confiado.
Conseguiu a reforma das leis civis da Irlanda e a legislação foi feita com os princípios católicos. Partiu para a Casa do Pai em 461 e foi sepultado em Saúl, região de Stragford Lough, onde edificou a sua primeira igreja.
É também muito reverenciado nos Estados Unidos devido ao grande número de imigrantes irlandeses. Em Nova Iorque, a Catedral é dedicada a São Patrício. Nesta cidade, uma das tradições mais antigas é o desfile pelo dia de São Patrício ou “Saint Patrick’s day” que data da época colonial. Os irlandeses, parte do exército britânico, costumavam se vestir de verde e entoavam canções típicas ao som de gaitas de fole.
Isto permaneceu no tempo e hoje é uma das maiores celebrações na cidade norte-americana. A cor representativa continua sendo o verde e se mantém o grande desfile de marcha militar que acontece na Catedral de São Patrício.
ACI Digital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF