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quinta-feira, 7 de maio de 2020

Esta foi a explicação do Cardeal Ratzinger sobre o terceiro segredo de Fátima

Cardeal Joseph Ratzinger e Nossa Senhora de Fátima/ Paul Badde (EWTN) /
Nossa Senhora de Fátima Internacional Pilgrim Statue (CC BY-SA 2.0)
REDAÇÃO CENTRAL, 07 Mai. 20 / 05:00 am (ACI).- Em resposta a más interpretações do “terceiro segredo” de Fátima que algumas pessoas associam a um “caos apocalíptico”, o então Cardeal Joseph Ratzinger, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé e agora Papa Emérito Bento XVI, explicou o sentido do texto e como pode servir para compreender e viver melhor o Evangelho.
A terceira parte do segredo de Fátima foi revelada em 13 de julho de 1917 aos três pastorinhos na Cova da Iria e transcrita pela Irmã Lúcia em 3 de janeiro de 1944. Foi publicado pelo Secretário de Estado, Cardeal Angelo Sodano, em 13 de maio de 2000.
As mensagens transmitidas pela Virgem Maria exortam ao arrependimento, à conversão, à oração e à penitência como meios de reparação pelos pecados.
Segundo o Cardeal, o chamado à penitência é uma exortação à compreender os sinais dos tempos e à conversão. A penitência também é a resposta a um determinado momento histórico caracterizado por grandes dificuldades.
No segredo, há um elemento que se refere a um “anjo com a espada de fogo”. Para o Cardeal, este elemento não é fantasia: refere-se às armas de fogo, que o próprio homem inventou.
Outro elemento da visão é a força que se opõe à destruição: o esplendor da Mãe de Deus, que vem da penitência. Isto significa que a penitência e a oração têm o poder de mudar as predições para o bem.
O melhor exemplo, afirma, é que o Papa João Paulo II sobreviveu ao atentado de 13 de maio de 1981, na Praça de São Pedro, embora o segredo previsse a sua morte.
Sobre os três elementos que aparecem no segredo (uma montanha íngreme, uma grande cidade em meio a ruínas e uma grande cruz de troncos rústicos), Ratzinger assinala que a montanha é o caminho difícil que o homem deve atravessar e a cidade em ruínas representa as desgraças que o próprio homem causou com as guerras.
Em cima da montanha está a cruz, o objetivo final, onde a destruição se transforma em salvação. Por isso, esses símbolos têm um sentido de esperança.
O Bispo vestido de branco (o Papa) terá que subir essa montanha e atravessar a cidade em ruínas. O Papa precede os outros, cujo caminho também passa em meio aos cadáveres. Bento indica que a passagem do Papa simboliza o caminho da Igreja em meio à violência, às destruições e às perseguições.
“Na visão, podemos reconhecer o século passado como século dos mártires, como século dos sofrimentos e das perseguições contra a Igreja, como o século das guerras mundiais e de muitas guerras locais que encheram toda a sua segunda metade e fizeram experimentar novas formas de crueldade. No ‘espelho’ desta visão vemos passar as testemunhas de fé de decênios”.
Esta parte do segredo termina com um sinal de esperança: nenhum sofrimento é em vão. Porque o sangue dos mártires purifica e renova. Disto surgirá uma Igreja triunfante. O sangue derramado na cruz também representa a vivência atual do sofrimento de Cristo e da promessa de salvação.
O Terceiro Segredo de Fátima
Este é o Terceiro Segredo de Fátima, escrito pela Irmã Lúcia:
“Escrevo em ato de obediência a Vós Deus meu, que me mandais por meio de sua Excelência Reverendíssima o Senhor Bispo de Leiria e da Vossa e minha Santíssima Mãe.
Depois das duas partes que já expus, vimos ao lado esquerdo de Nossa Senhora um pouco mais alto um Anjo com uma espada de fogo na mão esquerda; ao cintilar, despedia chamas que parecia iam incendiar o mundo; mas apagavam-se com o contato do brilho que da mão direita expedia Nossa Senhora ao seu encontro: O Anjo apontando com a mão direita para a terra, com voz forte disse: Penitência, Penitência, Penitência! E vimos em uma luz imensa que é Deus: “algo semelhante a como se veem as pessoas em um espelho quando lhe passam por diante” um Bispo vestido de Branco “tivemos o pressentimento de que era o Santo Padre”. Vários outros Bispos, Sacerdotes, religiosos e religiosas subir uma escabrosa montanha, no cimo da qual estava uma grande Cruz de troncos toscos como se fora de sobreiro com a casca; o Santo Padre, antes de chegar aí, atravessou uma grande cidade meia em ruínas, e meio trêmulo com andar vacilante, acabrunhado de dor e pena, ia orando pelas almas dos cadáveres que encontrava pelo caminho; chegado ao cimo do monte, prostrado de joelhos aos pés da grande Cruz foi morto por um grupo de soldados que lhe dispararam vários tiros e setas, e assim mesmo foram morrendo uns após outros os Bispos, Sacerdotes, religiosos e religiosas e várias pessoas seculares, cavalheiros e senhoras de várias classes e posições. Sob os dois braços da Cruz estavam dois Anjos cada um com um regador de cristal na mão, neles recolhiam o sangue dos Mártires e com ele regavam as almas que se aproximavam de Deus”.
ACI Digital

quarta-feira, 6 de maio de 2020

Sabedoria 2, 12-20: A profecia cumprida em Jesus Cristo

Muitos protestantes dizem que os livros deuterocanônicos são apócrifos. Em outras palavras, para eles esses livros não são Escritura e inspirados por Deus. Uma das razões para isso, é que dizem que não haviam profetas em qualquer um desses livros, eis alguns exemplos:

Ron Rhodes, em seu livro, “Reasoning from the Scriptures with Catholics”, p. 33 escreve:
Além disso, nenhum livro apócrifo foi escrito por um verdadeiro profeta ou apóstolo de Deus … Além disso, nenhum livro apócrifo contém profecia preditiva, que teria servido para confirmar a inspiração divina.”

Norman Geisler e Ralph E. em “Roman Catholics and Evangelicals: Agreements and Differences” p. 167, escreve:
Há fortes evidências de que os livros apócrifos não são proféticos. Mas desde que profecia é o teste para canonicidade, isso elimina os apócrifos do cânon
É bem difícil acreditar que qualquer um deles tenha estabelecido o cânon das escrituras, usando o teste de que para  que um livro fosse inspirado,  tivesse que conter uma profecia, primeiro eles teriam que provar que profecia o livro de Ester, Rute e etc.. contém.
No entanto, apesar da alegação protestante no Livro da Sabedoria capítulo 2 versículos de 12-20 é uma das mais claras passagens que contém uma profecia e apontam para uma pessoa que iria chamar-se Filho de Deus, que seria condenado à morte por pessoas invejosas. O texto diz:
12. Cerquemos o justo, porque nos incomodai e se opõe às nossas ações, nos censura as faltas contra a Lei, nos acusa de faltas contra a nossa educação. 13. Declara ter o conhecimento de Deus e se diz filho do Senhor;14. ele se tornou acusador de nossos pensamentos, basta vê-lo para nos importunarmos; 15. sua vida se distingue da dos demais e seus caminhos são todos diferentes.16. Ele nos tem em conta de bastardos; de nossas vias se afasta, como se contaminassem. Proclama feliz o destino dos justos e se gloria de ter a Deus por pai. 17. Vejamos se suas palavras são verdadeiras, experimentemos o que será do seu fim.18. Pois se o justo é filho de Deus, Ele o assistirá e o libertará das mãos de seus adversários. 19.  Experimentemo-lo pelo ultraje e pela tortura para apreciar a sua serenidade e examinar a sua resignação. 20. Condenemo-lo a uma morte vergonhosa, pois diz que há quem o visite.” (Sabedoria 2, 12 – 20)
Estas profecias acima só são encontradas no capítulo 2 da Sabedoria. Vamos verso a verso, cameçando pelo versículo 12: 
Cerquemos o justo, porque nos incomodai e se opõe às nossas ações, nos censura as faltas contra a Lei, nos acusa de faltas contra a nossa educação.” (Sabedoria 2, 12)
Um homem justo que censurar os líderes e sua educação. Vejamos como isso se cumpre em Jesus:
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, que pagais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, mas omitis as coisas mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Importava praticar estas coisas, mas sem omitir aquelas […] Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Sois semelhantes a sepulcros caiados, que por fora parecem bonitos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda podridão. Assim também vós: por fora pareceis justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade.” (Mateus23, 23.27-28)
Moisés não vos deu a Lei? No entanto, nenhum de vós pratica a Lei. Por que procurais matar-me?” A multidão respondeu: “‘Tens um demônio. Quem procura matar-te?’” (João 7, 19-20)
Jesus, como em Sabedoria 2, 12, é um homem justo, na verdade, perfeitamente justo. Ele condena os escribas como infratores da lei, os chama de hipocritas e  ‘repreendeu-os por suas faltas conta a lei’ como em Mateus 23, 27-28. Ele os chama de infratores, e ele diz que tentarão matá-lo… Sabedoria 2, 12, fala também de homens à espreita para pegar o justo e em Mateus 26, 3 – 4 vemos os sumos sacerdotes e os anciãos fazendo o seguinte:  
Então os chefes dos sacerdotes e os anciãos do povo congregaram-se no pátio do Sumo Sacerdote, que se chamava Caifás, e decidiram juntos que prenderiam a Jesus por um ardil e o matariam.” (Mateus 26, 3-4)
Ele foi recebido como um rei pelo povo (João 12, 12-15) e por isso os governantes não poderiam fazer isso durante o dia. Jesus repreendeu-os pela quebra da lei, e os acusou de hipocrisia, então os líderes religiosos se ofenderam. O que Jesus faz para os deixarem assim? Ele expôs a sua hipocrisia. Ele os chama de infratores da lei, e que não mantem o coração da lei, como as passagens acima mostram.
Vejamos o versículo seguinte, Sabedoria 2, 13:
“Declara ter o conhecimento de Deus e se diz filho do Senhor;” (Sabedoria 2, 13)
O homem justo afirma ter conhecimento de Deus, e de fato ele tem o conhecimento exclusivo de Deus. Ele professa ser um filho de Deus. Vejamos o que diz o evangelho:
e vós não o conheceis, mas eu o conheço; e se eu dissesse ‘Não o conheço’, seria mentiroso, como vós. Mas eu o conheço e guardo sua palavra” (João 8, 55)
Jesus conhece o Pai, de uma maneira única, o conhece melhor do que seus adversários, e também os chama de seguidores do diabo (Jo 8, 44).
Como mostra a Sabedoria 2, 13, ele diz ser filho de Deus, como ele se refere a Seu Pai. Jesus se refere a seu Pai, muitas vezes, como “Meu Pai” (Ver João 8, 38, 49, 54, 10, 19, 25, 29, etc), significando uma relação especial com Deus, o Pai. Ele chama a si mesmo de Filho de Deus , João 3, 18:
Quem nele crê não é julgado; quem não crê, já está julgado, porque não creu no Nome do Filho único de Deus.” (João 3, 18)
Vejamos também como ele se refere a si mesmo como o Filho de Deus em João 5, 25
Em verdade, em verdade, vos digo: vem a hora — e é agora — em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que o ouvirem, viverão.” (João 5, 25)
Ele se auto denomina Filho de Deus, justamente como a Sabedoria 2, 13 predisse.
Vamos ao próximo versículo em Sabedoria 2, 14:
“ele se tornou acusador de nossos pensamentos…”(Sabedoria 2, 14)
O novo testamento relata:
Mas Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse: ‘Por que tendes esses maus pensamentos em vossos corações?’”  (Mateus 9, 4)
Os escribas e os fariseus observavam-no para ver se ele o curaria no sábado, e assim encontrar com que o acusar. Ele, porém, percebeu seus pensamentos e disse ao homem da mão atrofiada: ‘Levanta-te e fica de pé no meio de todos’. Ele se levantou e ficou de pé. Jesus lhes disse: ‘Eu vos pergunto se, no sábado, é permitido fazer o bem ou o mal, salvar uma vida ou arruiná-la’. Correndo os olhos por todos eles, disse ao homem: ‘Estende a mão’. Ele o fez, e a mão voltou ao estado normal. Eles, porém, se enfureceram e combinavam o que fariam a Jesus.” (Lucas 6, 7-11)
Jesus leu os pensamentos de seus acusadores, repreendeu-os por esses pensamentos, e eles reagiram conspirarando para destruir Jesus.
Vamos dar uma olhada no próximo versículo Sabedoria 2, 15:
 “… basta vê-lo para nos importunarmos; sua vida se distingue da dos demais e seus caminhos são todos diferentes.”
O homem justo não fará como outros líderes “religiosos” fizeram. Vejamos o evangelho:
Nesse tempo, chegaram-se a Jesus fariseus e escribas vindos de Jerusalém e disseram: “Por que os teus discípulos violam a tradição dos antigos? Pois que não lavam as mãos quando comem”. Ele respondeu-lhes: ‘E vós, por que violais o mandamento de Deus por causa da vossa tradição? Com efeito, Deus disse: Honra pai e mãe e Aquele que maldisser pai ou mãe certamente deve morrer. Vós, porém, dizeis: Aquele que disser ao pai ou à mãe ‘Aquilo que de mim poderias receber foi consagrado a Deus’, esse não está obrigado a honrar pai ou mãe. E assim invalidastes a Palavra de Deus por causa da vossa tradição.
Como a Sabedoria 2 previa, ele não seguiu a falsa tradição dos fariseus, e eles viram suas ações como estranhas. Ele curou no sábado, e que foi ‘estranho’ a eles:
E entrou de novo na sinagoga, e estava ali um homem com uma das mãos atrofiada. E o observavam para ver se o curaria no sábado, para o acusarem. Ele disse ao homem da mão atrofiada: “Levanta-te e vem aqui para o meio”. E perguntou-lhes: “É permitido, no sábado, fazer o bem ou fazer o mal? Salvar a vida ou matar?” Eles, porém, se calavam. Repassando estão sobre eles um olhar de indignação. E entristecido pela dureza do coração deles, disse ao homem: “Estende a mão”. Ele a estendeu, e sua mão estava curada. Ao se retirarem, os fariseus com os herodianos imediatamente conspiraram contra ele sobre como o destruiriam.” (Marcos 3, 1-6)
Novamente, eles procuram destruí-lo, como mencionado em Sabedoria 2, 12, e consideraram como “estranho”  ele curar no sábado.
Os escribas e os fariseus começaram a raciocinar: ‘Quem é este que diz blasfêmias? Não é só Deus que pode perdoar pecados?’ Jesus, porém, percebeu seus raciocínios e respondeu-lhes: ‘Por que raciocinais em vossos corações? Que é mais fácil dizer: Teus pecados estão perdoados, ou: Levanta-te e anda? Pois bem! Para que saibais que o Filho do Homem tem o poder de perdoar pecados na terra, eu te ordeno — disse ao paralítico — levanta-te, toma tua maca e vai para tua casa’. E no mesmo instante, levantando-se diante deles, tomou a maca onde estivera deitado e foi para casa, glorificando a Deus. O espanto apoderou-se de todos e glorificavam a Deus. Ficaram cheios de medo e diziam: ‘Hoje vimos coisas estranhas!” (Lucas 5, 21-26)
Foi estranho para os fariseus Jesus ter alegado a autoridade para perdoar pecados. E o que o povo assistiu foi ‘estranho’, ‘diferentr’. Esta é uma realização da Sabedoria 2, 15.
Vamos ao próximo versículo Sabedoria 2, 16:
Ele nos tem em conta de bastardos; (1) de nossos caminhos se afasta, como se contaminassem. (2) Proclama feliz o destino dos justos e se gloria de (3) ter a Deus por pai.”
Vamos analisar cada uma destas três características neste verso: Então, o justo irá considerar seus adversários maus, e evitará o seus caminhos. Ele se chamará o o caminho do justo de feliz, e chamará a Deus por Pai. Foram destacas essas 3 coisas específicas. Ele evita os seus caminhos como impuros, ele chama feliz o caminho do justo, e chama a Deus por Pai.
“O Senhor, porém, lhe disse: ‘Agora vós, ó fariseus! Purificais o exterior do copo e do prato, e por dentro estais cheios de rapina e de perversidade! Insensatos! Quem fez o exterior não fez também o interior? Antes, dai o que tendes em esmola e tudo ficará puro para vós!’” (Lucas 11, 39-41)
1) Vemos nesta passagem que Jesus se refere o caminho dos fariseus como imundos, e como eles são hipócritas. Estão cheio de rapina e perversidade, eles são impuros. Jesus nos diz para sermos limpo, dando esmolas e sendo justos. Então Jesus diz às pessoas para evitarem os seus caminhos, porque eles são hipocritas. Isso se encaixa com a profecia da Sabedoria 2.
Vejamos a  parte 2 da realização da Sabedoria 2, 16, Mateus 5, 10:
“Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus.” (Mateus 5, 10) 
2) Jesus ensina que aqueles que os que buscam a justiça serão felizes, e como eles estarão no reino de Deus, como previsto em  Sabedoria 2, 16.
Tudo me foi entregue por meu Pai e ninguém conhece quem é o Filho senão o Pai, e quem é o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar”. (Lucas 10, 22)
3) Jesus chama a Deus como seu Pai, assim como Sabedoria 2, 16 preveu. Assim, vemos três idéias neste versículo, cumpridas na vida de Cristo nos evangelhos.

Vejamos as passagens finais desta seção, Sabedoria 2, 17-20.
Vejamos se suas palavras são verdadeiras, experimentemos o que será do seu fim. Pois se o justo é filho de Deus, Ele o assistirá e o libertará das mãos de seus adversários. Experimentemo-lo pelo ultraje e pela tortura para apreciar a sua serenidade e examinar a sua resignação. Condenemo-lo a uma morte vergonhosa, pois diz que há quem o visite.” (Sabedoria 2, 17-20)
Agora, vamos comparar com o evangelho. Agora, em Mateus 27, 41-43, vemos o seguinte:
Do mesmo modo, também os chefes dos sacerdotes, juntamente com os escribas e anciãos, caçoavam dele: ‘A outros salvou, a si mesmo não pode salvar! Rei de Israel que é, que desça agora da cruz e creremos nele! Confiou em Deus: pois que o livre agora, se é que se interessa por ele! Já que ele disse:  Eu sou filho de Deus’”. (Mateus 27, 41-43)
Sabedoria 2, 17 diz que eles verão se suas palavras são verdadeiras, no final de sua vida. Os adversários de Jesus tiveram a idéia que se ele estivesse dizendo a verdade, ele desceria da cruz e Mt. 27, 42 diz:  “desça agora da cruz e nós creremos nele!
Sabedoria 2, 18 diz que se ele realmente é o Filho de Deus, Deus vai livrá-lo,e  Mateus. 27, 43 diz que se ele é o Filho de Deus, ele vai livra-lo:
Confiou em Deus, Deus o livre agora, se o ama, porque ele disse: Eu sou o Filho de Deus!(Mateus 27, 43)
Agora, nesta passagem, alguém verá em uma Bíblia protestante, uma referência de Mateus 27:43 ao Salmo 22, 8. Isso é porque há uma menção de “bem, se Deus está com ele, ele vai livrá-lo”(Salmo. 22, 8). Não há dúvida que também é uma referência a este Salmo,  no entanto, não é uma referência completa. Apenas em Sabedoria 2, 18, vemos onde, especificamente, disse que “Pois se o justo é filho de Deus, Ele o assistirá e o libertará das mãos de seus adversários.”. Essa é uma referência muito mais completa.

Sabedoria 2, 19 relata que ele será insultado, eles zombam dele, já em Mateus 27, 43 e em verso semelhante em Lucas 23, 35-37, lemos:
O povo permanecia lá, a olhar. Os chefes, porém, zombavam e diziam:  ‘A outros salvou, que salve a si mesmo, se é o Cristo de Deus, o Eleito!’. Os soldados também caçoavam dele; aproximando-se, traziam-lhe vinagre, e diziam: ‘Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo’.” (Lucas 23, 35-37)
Eles insultam e zombam dele, tal como previsto em  Sabedoria 2, 19.

Finalmente, Sabedoria 2, 20 indica que ele será condenado à morte. Ele é condenado à morte na cruz, como se fosse um criminoso comum. Dois criminosos morrem com ele, um à esquerda e um à sua direita.

Podemos ver nessa passagem de Sabedoria 2, 12-20, uma das razões por que os judeus decidiram, em Jâmnia em 90 d.C, não permitir os livros deuterocanônicos. Esta passagem em Sabedoria 2 tem muitas facetas que são cumpridas em Jesus Cristo. Ele era um homem justo. Ele conhecia Deus de uma maneira especial. Ele foi um dos que condenou os líderes religiosos da época, que procuraram em segredo prender Jesus. Ele chamou a Deus por Pai. Chamou os fariseus de hipocritas. Seus caminhos eram “estranhos”. Ele leu seus pensamentos. Ele afirmava ser filho de Deus. Ele foi ridicularizado e torturado, e foi condenado à morte como um criminoso comum, e hostilizado por seus adversários. Esta passagem é cumprida de muitas maneiras em Jesus Cristo. E somente em Jesus Cristo.
Sabedoria 13 é também usada por Paulo em seus escritos em Romanos 1, 18-23. Existem outras alusões à Sabedoria em outras partes do Novo Testamento. No entanto, esta profecia de Sabedoria 2 da vida e morte de Jesus é um testemunho mais poderoso da verdade de quem é Jesus. Isso é muita coisa para qualquer idéia de que não há profecias contidas nos livros deuterocanônicos.
Para Citar:
Matt. Apologistas Católicos. Sabedoria 2, 12-20: A profecia cumprida em Jesus Cristo. Disponível em: <http://apologistascatolicos.com.br/index.php/apologetica/deuterocanonicos/527-sabedoria-2-12-20-a-profecia-cumprida-em-jesus-cristo>. Desde 28/06/2012.
Bíblia Católica News

Em nova biografia, Bento XVI lamenta o moderno "credo anticristão"

Bento XVI. Crédito: Vatican Media
Vaticano, 05 Mai. 20 / 10:30 am (ACI).- A sociedade moderna está formulando um "credo anticristão" e castigando aqueles que resistem com a "excomunhão social", disse o Papa emérito Bento XVI em uma nova biografia, publicada na Alemanha, em 4 de maio.
Em uma longa entrevista no final do livro de 1.184 páginas, escrito pelo autor alemão Peter Seewald, o Papa Emérito disse que a maior ameaça que a Igreja enfrenta é uma "ditadura mundial de ideologias aparentemente humanistas".
Bento XVI, que renunciou ao pontificado em 2013, fez o comentário em resposta a uma pergunta sobre o que quis dizer na Missa para o início do seu ministério petrino, em 2005, quando exortou os católicos a rezarem por ele "para que eu não fuja, por receio, diante dos lobos".
Disse a Seewald que não estava se referindo a assuntos internos da Igreja, como o escândalo "Vatileaks", que levou à condenação de seu mordomo pessoal, Paolo Gabriele, por roubar documentos confidenciais do Vaticano.
Em uma cópia de "Benedikt XVI - Ein Leben" (Bento XVI - Uma vida), à qual teve acesso CNA - agência em inglês do Grupo ACI -, o Papa Emérito disse: "Obviamente que questões como 'Vatileaks' são exasperantes e, sobretudo, incompreensíveis e muito inquietantes para as pessoas no mundo em geral".
"Mas a verdadeira ameaça para a Igreja e, portanto, para o ministério de São Pedro, não consiste nessas coisas, mas na ditadura mundial de ideologias aparentemente humanistas, e contradizê-las constitui uma exclusão do consenso social básico".
"Cem anos atrás", continuou, "todos teriam pensado que era absurdo falar sobre casamento gay. Hoje, quem se opõe, é excomungado socialmente. O mesmo se aplica ao aborto e à produção de seres humanos em laboratório".
"A sociedade moderna está no processo de formular um 'credo anticristão', e quem resiste a ele é castigado com a excomunhão social. O medo desse poder espiritual do Anticristo é, portanto, muito natural, e são realmente necessárias as orações de toda uma diocese de da Igreja universal para resisti-lo”.
A biografia, publicada pela editora Droemer Knaur, com sede em Munique, está disponível por ora apenas em alemão. Em 17 de novembro será publicada nos Estados Unidos uma tradução ao inglês com o título: “Bento XVI, A biografia: Volume um”.
Na entrevista, o Papa Emérito, de 93 anos, confirmou que havia escrito um testamento espiritual que poderia ser publicado após sua morte, assim como o Papa São João Paulo II.
Bento disse que acelerou a causa de João Paulo II devido ao "óbvio desejo dos fiéis", assim como pelo exemplo do Papa polonês, com quem trabalhou de perto por mais de duas décadas em Roma.
Ele insistiu que sua renúncia "não tinha absolutamente nada" a ver com o episódio envolvendo Paolo Gabriele e explicou que sua visita de 2010 ao túmulo de Celestino V, o último pontífice a renunciar antes de Bento XVI, foi "bastante casual". Também defendeu o título de "emérito" para um pontífice aposentado.
Bento XVI lamentou a reação aos seus vários comentários públicos desde sua renúncia, citando críticas à sua homenagem lida no funeral do Cardeal Joachim Meisner, em 2017, na qual disse que Deus impediria que o barco da Igreja tombasse. Ele explicou que suas palavras foram "tiradas quase literalmente dos sermões de São Gregório Magno".
Seewald pediu ao Papa Emérito que comentasse sobre a "dubbia" apresentada por quatro cardeais, incluindo o Cardeal Meisner, ao Papa Francisco em 2016, sobre a interpretação de sua exortação apostólica Amoris laetitia.
Bento XVI disse que não queria comentar diretamente, mas referiu-se à sua última audiência geral, em 27 de fevereiro de 2013.
Resumindo sua mensagem naquele dia, disse: "Na Igreja, em meio a todos os esforços da humanidade e ao poder confuso do espírito maligno, sempre se pode discernir o poder sutil da bondade de Deus".
"Mas a escuridão dos sucessivos períodos históricos nunca separará a alegria completa de ser cristão. Sempre há momentos na Igreja e na vida do cristão em que se sente profundamente que o Senhor nos ama, e esse amor é alegria, é 'felicidade'".
Bento XVI disse que guardava a lembrança de seu primeiro encontro com o recém-eleito Papa Francisco em Castel Gandolfo e que a amizade com seu sucessor continuou crescendo.
O autor Peter Seewald fez quatro longos livros entrevistas com Bento XVI. O primeiro, "O Sal da Terra", foi publicado em 1997, quando o futuro pontífice era prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé. Foi seguido por "Deus e o mundo" em 2002 e "Luz do mundo" em 2010.
Em 2016, Seewald publicou "O Último Testamento", no qual Bento XVI refletiu sobre sua decisão de renunciar como Papa.
O editor Droemer Knaur disse que Seewald passou muitas horas conversando com Bento XVI para o novo livro. Também conversou com o seu irmão, Mons. Georg Ratzinger; e seu secretário pessoal, Dom Georg Gänswein.
Em uma entrevista ao Die Tagespost, em 30 de abril, Seewald disse que havia mostrado ao Papa Emérito alguns capítulos do livro antes de sua publicação. Bento XVI, acrescentou, elogiou o capítulo sobre a encíclica do Papa Pio XI de 1937, Mit brennender Sorge.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
ACI Digital

terça-feira, 5 de maio de 2020

Concílios Ecumênicos: mecanismo para resolver conflitos doutrinários no Cristianismo


A Igreja

A Igreja primitiva entendeu que os Concílios eram um mecanismo duradouro pelo qual as questões doutrinárias podiam ser resolvidas, com a certeza de que o Espírito Santo continuaria conduzindo os resultados. Este é um dos pontos que Edmundo Campion (ex-anglicano) menciona no ponto 4 da sua obra intitulada “Dez Razões para Ser Católico”:
  • “Para extirpar diversas heresias em várias épocas, seguiram-se quatro Concílios Ecumênicos dos antigos, cuja doutrina estava tão bem estabelecida, que há mil anos dava-se a honra de ser como que uma declaração de Deus (ver epistolas de São Gregório Magno)”.
São Gregório Magno, em sua Profissão de Fé (Livro 1,25), declarou ao patriarca João de Constantinopla:
  • “Confesso que recebo e venero, assim como os quatro livros do Evangelho, também os quatro Concílios”.
Os “quatro Concílios” a que ele se refere neste ponto são: Niceia I, Constantinopla I, Éfeso e Calcedônia. Esses Concílios resolveram disputas doutrinárias [de natureza] cristológica.
Isto leva a 2 posições básicas que alguém pode tomar diante destes Concílios Ecumênicos:
1. Aceitar os Concílios como obra do Espírito Santo;
2. Rejeitar abertamente e sem rodeios os Concílios Ecumênicos.
Cada uma destas posições é problemática para o Protestantismo. Consideremos apenas a primeira posição, restando inválida [desde logo] a segunda:
Protestantes – principalmente os anglicanos – afirmam manter a primeira destas posições, na medida em que aceitaram a autoridade dos quatro primeiros Concílios Ecumênicos. Campion faz duas observações principais na sua resposta:
  • “Se, como professas, reverencias estes quatro Concílios, concederás a maior honra ao Bispo da Sé primeira, que é a de Pedro: reconhecerás no altar o sacrifício incruento do corpo e sangue de Cristo; implorarás aos santos mártires e a todos os santos que intercedam com Cristo por vós; reprimirás os apóstatas de acolher o vício antinatural e o incesto público; farás muitas coisas que estás desfazendo e desejarás desfazer muito do que estás fazendo. Além disso, prometo e comprometo-me a demonstrar, quando houver oportunidade, que os Concílios Ecumênicos de outrora – e especialmente o Concílio de Trento – tiveram a mesma autoridade e credibilidade que o primeiro”.
Então, se forem aceitos os primeiros quatro Concílios Ecumênicos, deve-se aceitar, logicamente, ensinamentos tais como:
  • Primazia romana: o Cânon 3 de Constantinopla diz: “O Bispo de Constantinopla, no entanto, terá a prerrogativa de honra após o Bispo de Roma, porque Constantinopla é a Nova Roma”. Portanto, a primazia romana se reafirma mesmo sobre Constantinopla, apesar deste Concílio ter se dado em Constantinopla e apesar de Constantinopla ser a capital imperial daquela época. E até mesmo a posição de nº 2 de Constantinopla (isto é, acima das antigas Sés de Alexandria e Antioquia) flui da sua conexão com Roma. E aproveitando que estamos neste assunto: a autoridade de Antioquia e Alexandria também encontra-se ligada a Pedro e à sede de Roma, como o Papa São Gregório apontou ao Patriarca de Alexandria (Livro 7,40).
  • Eucaristia como o sacrifício incruento do corpo e do sangue de Cristo: o Cânon 18 do 1º Concílio de Niceia repudia certas práticas locais em que “os diáconos administram a Eucaristia aos presbíteros, quando nem cânon nem costume permite que aqueles que não têm direito a oferecer [o sacrifício] deem o Corpo de Cristo àqueles que podem oferecer”. Embora este cânon seja focado em abusos específicos, o Concílio é claro ao afirmar que a Eucaristia é o corpo de Cristo e que o Sacrifício Eucarístico é oferecido pelos presbíteros (e não pelos diáconos). O Cânon 13 do mesmo Concílio trata da questão de conceder os últimos Ritos (“Viaticum”) aos enfermos.
  • Oração aos Santos: O Cânon 6 de Calcedônia requer que todos os padres e diáconos ordenados sejam nomeados para uma igreja, um mosteiro ou um “mártir” (um “mártir” aqui é uma igreja ou capela erguida sobre o túmulo de um mártir).
  • Reconhecimento do livro deuterocanônico do Sirácida [Eclesiástico] como Escritura Divina: o Primeiro Concílio de Éfeso (3º Concílio Ecumênico), declarou: “Por quanto a Escritura divinamente inspirada diz: ‘Fazei todas as coisas com concílio…'”. O Concílio está citando aqui Eclesiástico 32,19. Como o historiador protestante Philip Schaff diz, isto é significativo, pois mostra que “o livro deuterocanônico do Eclesiástico está sendo citado aqui por um Concílio Ecumênico, como Escritura divinamente inspirada”.
Com efeito, se alguém aceita os primeiros quatro Concílios como autoridade, porque são Concílios Ecumênicos, deve também aceitar os Concílios posteriores pela mesma razão.
Veritatis Splendor

Papa Francisco explica 5 atitudes que impedem de seguir Jesus

Papa Francisco na Missa na Casa Santa Marta. Foto: Vatican Media
Vaticano, 05 Mai. 20 / 09:38 am (ACI).- Na Missa celebrada na capela da casa Santa Marta, em 5 de maio, o Papa Francisco descreveu cinco atitudes que impedem as pessoas de seguir Jesus Cristo e de "fazer parte do rebanho" do Bom Pastor.
Na homilia da Missa, o Santo Padre refletiu sobre a passagem do Evangelho de São João (10, 22-30), na qual os discípulos no templo pediram a Jesus que dissesse abertamente se era o Cristo e respondeu: “As obras que eu faço em nome do meu Pai
dão testemunho de mim” e Jesus Cristo disse, com a imagem do Bom Pastor e das ovelhas, que os discípulos não acreditaram nele porque não fazem parte do rebanho.
Nesta linha, o Pontífice destacou a dúvida dos discípulos e que Jesus lhes disse: "Vós não podeis acreditar porque não fazeis parte" e acrescentou: "existe uma fé prévia, ao encontro com Jesus? Qual é este fazer parte da fé de Jesus? O que é que me detém diante da porta que é Jesus?”, perguntou.
"Há atitudes prévias à confissão de Jesus. Também para nós, que estamos no rebanho de Jesus. São como ‘antipatias prévia’, que não nos deixam seguir adiante no conhecimento do Senhor", explicou.
Por essa razão, o Papa Francisco descreveu cinco atitudes que impedem os discípulos de Jesus "de fazer parte do rebanho do Senhor".
Riqueza
O Santo Padre ressaltou que a primeira de todas é a riqueza e reconheceu que "muitos de nós, que entramos pela porta do Senhor, depois nos detemos e não seguimos adiante porque somos aprisionados nas riquezas", alertou o Papa, que lembrou que Jesus Cristo era muito duro no tema da riqueza. "A ponto de dizer que era mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus".
"As riquezas são um impedimento para seguir adiante", assinalou o Papa, que exortou "a não ser escravos das riquezas, não viver para as riquezas, porque as riquezas são um senhor, são o senhor deste mundo e não podemos servir a dois senhores. E as riquezas nos detém”.
Rigidez
Em segundo lugar, o Pontífice explicou que também algo que nos impede de avançar é a rigidez. "A rigidez de coração. Também a rigidez na interpretação da Lei" e lembrou quando Jesus no Evangelho repreendeu os doutores da lei "por esta rigidez. Que não é fidelidade: a fidelidade é sempre um dom a Deus; a rigidez é uma segurança para mim mesmo”.
E, depois de contar uma anedota, o Santo Padre afirmou que “a rigidez nos distancia da sabedoria de Jesus, da beleza de Jesus; lhe tira a liberdade. E muitos pastores aumentam essa rigidez nas almas dos fiéis, e essa rigidez não deixa entrar pela porta de Jesus. É mais importante observar a Lei como está escrita ou como eu a interpreto, que a liberdade de caminhar adiante seguindo Jesus?”.  
Preguiça
Depois, o Pontífice destacou que a preguiça também "não nos deixa seguir adiante" e recordou o personagem bíblico do paralítico que passou 38 anos esperando perto da piscina para ser curado. Dessa maneira, o Papa alertou sobre esse cansaço, sobre "a preguiça que tira a vontade de seguir adiante... que o deixa morno".
Clericalismo
Em seguida, alertou que outra coisa que impede seguir adiante é a atitude clerical. "Outra que é muito ruim é a atitude clericalista. O clericalismo se coloca no lugar de Jesus... Um clericalismo que tira a liberdade da fé dos fiéis. É uma doença, esta: muito ruim, na Igreja: a atitude clericalista”, reiterou.
Mundanismo
Por fim, o Santo Padre reforçou que “outra coisa que nos impede de seguir adiante, de entrar para conhecer Jesus e confessar Jesus é o espírito mundano. Quando a observância da fé, a prática da fé acaba em mundanismo" e incentivou a pensar "na celebração de alguns sacramentos em algumas paróquias” onde se pode perceber o mundanismo, pois “não se entende bem a graça da presença de Jesus".
“Essas são as coisas que nos impedem de fazer parte das ovelhas do rebanho de Jesus”. Somos ovelhas de todas estas coisas: das riquezas, da preguiça, da rigidez, do mundanismo, do clericalismo, de modalidades, de ideologias, de formas de vida. Falta a liberdade. E não se pode seguir Jesus sem liberdade. Mas às vezes a liberdade vai além... Podemos escorregar caminhando em liberdade. Mas pior é escorregar antes de caminhar, com estas coisas que impedem começar a caminhar”, alertou o Papa.
Por esse motivo, o Pontífice rezou para que "o Senhor nos ilumine para ver dentro de nós se existe a liberdade de passar pela porta que é Jesus e ir além Jesus para tornar-nos rebanho, para tornar-nos ovelhas de seu rebanho".
Evangelho comentado pelo Papa Francisco:
João 10, 22-30
22 Celebrava-se, em Jerusalém,
a festa da Dedicação do Templo.
Era inverno.
23 Jesus passeava pelo Templo,
no pórtico de Salomão.
24 Os judeus rodeavam-no e disseram:
'Até quando nos deixarás em dúvida?
Se tu és o Messias, dize-nos abertamente.'
25 Jesus respondeu:
'Já vo-lo disse, mas vós não acreditais.
As obras que eu faço em nome do meu Pai
dão testemunho de mim;
26 vós, porém, não acreditais,
porque não sois das minhas ovelhas.
27 As minhas ovelhas escutam a minha voz,
eu as conheço e elas me seguem.
28 Eu dou-lhes a vida eterna
e elas jamais se perderão.
E ninguém vai arrancá-las de minha mão.
29 Meu Pai, que me deu estas ovelhas,
é maior que todos,
e ninguém pode arrebatá-las da mão do Pai.
30 Eu e o Pai somos um.
ACI Digital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF