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quinta-feira, 21 de maio de 2020

A Espiritualidade Hesicasta (2/2)

A Espiritualidade Hesicasta - 8ª parte
Franciscanos
Por: Frei Vitório Mazzuco F°. - OFM
Característica da oração hesicasta
A oração hesicasta possui algumas características inconfundíveis. Vamos elencar as principais:

1. Oração monológica

A Sagrada Escritura não se cansa de exortar o/a fiel a rezar continuamente: “Orai sem cessar” (1Ts 5,17); “Orai incessantemente com toda a espécie de orações e súplicas no Espírito...” (Ef 6,18). Também Jesus costuma frisar a “necessidade de orar sempre, sem cansar” (cf. Lc 18,1), E exortar os seus discípulos: “Vigiai e orai!” (Lc 21,36).
A oração monológica (repetindo sempre uma só e a mesma coisa; do grego: monos: um só; e logos: palavra) é a preocupação de permanecer sempre na presença do Senhor, com orações simples e jaculatórias. A forma primitiva desta prece é o “Kyrie eleison”. A forma mais comum soa assim: “Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, tem piedade de mim, pecador!” (cf. Lc 18,13 e 18,38). Trata-se de uma junção da oração do publicano da parábola com o grito do cego de Jericó, que implora a cura. A oração monológica é também chamada de “oração pura”.
Esta fórmula é a síntese de tudo aquilo que é necessário da parte de Deus e da criatura humana. A invocação: “Senhor Jesus, Filho de Deus” constitui o pressuposto divino de salvação (Deus quer salvar e salva de fato!); e a expressão: “tem de piedade de mim” constitui o pressuposto humano da confiança e da compunção do coração.

2. A Oração de Jesus ou o Poder do Nome

A oração hesicasta, chamada também de “Oração de Jesus”, devido à contínua invocação do Nome de Jesus, é a oração que vai haurir a sua força no poder do Nome divino. O Nome de “Javé”, no Antigo Testamento, e o Nome de Jesus, no Novo Testamento, se identifica com a Pessoa mesma e é causa de salvação para quem o invoca: “Todo aquele que invocar o Nome do Senhor será salvo” (At 2, 21).
Invocar o Nome significa deixar que Deus transforme a pessoa que O invoca por meio de seu Filho Encarnado com o poder ou a força do Espírito; significa deixar que Deus opere a contínua e progressiva cristificação. Em outros termos significa: contemplar a Deus e tornar-se a Ele semelhante. A oração contemplativa, de fato, é o diálogo do humano com Deus, é uma união mística.
O Nome de Jesus salva, cura, purifica, limpa o coração – dizem os autores hesicastas. São Basanúfio e São João, mestres espirituais no Deserto de Gaza (século VI) recomendam: “A memória do Nome de Jesus destrói completamente tudo aquilo que é mau”.

3. A Oração do coração contrito

A segunda parte da Oração de Jesus: “Tem piedade de mim, pecador” revela a atitude fundamental do humano frente a Deus – a fé, a tranqüilidade dentro de si, a certeza de que só Deus salva. É a “metanóia”, a mudança radical da criatura para melhor, a partir da força/do poder do próprio Senhor.
Sisões, o Grande (séc. V), não satisfeito com 62 anos de austeridades, em seu leito de morte confessava perante os outros monges: “Parece-me que ainda nem comecei a fazer penitência”.
Os monges do Monte Athos, repetindo a oração de Jesus, usam uma espécie de Rosário, chamado “komboschini”, que os ajuda a contar as invocações feitas... É composto de 100 nós, divididos em intervalos de 25, onde se fazem as “conversões”, isto é, prostrações profundas, grandes inclinações. Arrependimento e prostações demonstram a atitude física e psíquica dos convertidos do Evangelho.

4. Orar com o coração

A oração hesicasta é também chamada de “oração do coração”. A noção de “coração” é um elemento essencial na espiritualidade oriental. O coração é o centro do ser humano, a raiz da faculdade ativa do intelecto e da vontade, o ponto de onde provém e para onde converge toda a vida espiritual. É a fonte, obscura e profunda de onde jorra a vida psíquica e espiritual da criatura humana.
A criatura humana costuma dispersar-se em muitas coisas, sobretudo através dos pensamentos. Pela inteligência, o espírito conhece um mundo mais externo, e corre o risco de perder o contato com o mundo espiritual. Orar com o coração significa voltar os olhos mais para a interioridade. Para reconstruir e reunificar a pessoa, é necessário reencontrar uma relação mais harmoniosa entre a inteligência e o coração.

5. Orações simples, com poucas imagens

O Metropolita Ortodoxo Kalixtos Ware resume alguns aspectos importantes deste tema da oração hesicasta, baseando-se em experiências e palavras de muitos Santos eremitas:
Quando preenchemos a mente com a recordação de Deus, precisamos dar-lhe uma tarefa, uma atividade. E a única atividade, para este caso, é a invocação do Nome: “Senhor Jesus”. A recordação do Nome recupera uma mente desintegrada, partida em muitos cacos, e coloca de lado os pensamentos dispersivos. Não se trata de um conflito selvagem, nem de repressão violenta, mas de um delicado e perseverante ato de dar destaque ao Nome do Senhor. Quem não gosta de colocar em evidência o nome da pessoa amada?
Pronunciar o nome é morar na intimidade, é ir para o interior da casa. Não há necessidade de visualizar nada, mas é bastante estar dentro, morar, permanecer, bem dentro de uma sensação, de um sentimento, de uma convicção.

6. Oração hesicasta e iluminação

Quando a oração hesicasta se torna perfeita oração do coração, seu primeiro efeito é a iluminação. Não podemos esquecer que esta oração é o grito suplicante do cego que pede a Jesus que o cure da cegueira (cf. Lc 18,38). E Jesus atende ao grito do pobre cego: abre-lhe os olhos e lhe dá a iluminação.
A teologia da luz é muito importante para a espiritualidade. Na liturgia tudo é luz: a igreja fica toda iluminada, as imagens, o altar, os candelabros, a Palavra que vai ser proclamada diante do povo fiel. A Páscoa é uma festa de luz!
O Natal tem a Estrela que conduz os magos ao local onde se acha o Menino-Deus! A Festa da Transfiguração relembra o modo como o corpo de Jesus se torna transparente e todo iluminado no alto do Monte Tabor (cf. 9,28s). A luz espiritual interior deve tornar-se, de modo carismático, sempre mais visível. É o frágil corpo humano, transfigurado, que já começa a participar da glória da divindade.
Quem através da prece provou a alegria e a presença de Deus tem os olhos iluminados.

7. A Oração como bondade do coração

O que mais impressiona, em pessoas que seguem a via hesicasta, é a sua capacidade de criarem dentro de si mesmo e ao redor de si certas condições para serem elas mesmas a encarnação de uma oração contínua: a sua mansidão, a sua imensa bondade e o seu modo, reconciliado, de relacionar-se com todas as criaturas.
Conta-nos o Peregrino Russo:
“Quando rezava, no fundo do meu coração, tudo o que me cercava aparecia sob um aspecto maravilhoso: árvores, ervas, pássaros, terra, água, ar... tudo parecia dizer-me que existem para o homem, que através do Amor de Deus, tudo rezava, tudo cantava a glória do Senhor. Compreendia assim aquilo que a Filocalia chama de consciência, o conhecimento da linguagem da criação, e via como é possível conversar com as criaturas de Deus”

8. Oração e atuação no mundo

Orar com o coração não quer dizer desprezar o mundo e as pessoas, pelo contrário: é reecontrar o amor para com todas as criaturas. A Oração de Jesus transforma cada um (a) em criaturas para os outros. Yves Leloup, autor francês, que viveu um período no Mosteiro do Monte Athos, recolheu estas palavras de um dos monges: “Rezar é a arte de amar!”
Orar, rezar segundo o modelo hesicasta significa dar o sangue do próprio coração. É dar-se ao mundo, às pessoas, à própria casa, às estradas, ao trabalho e às refeições, dar a todas as atividades uma palavra, uma luz, transformar, enfim, tudo em um mundo espiritual.
Concluindo:
Podem-se ler páginas e páginas maravilhosas sobre a oração hesicasta. Mas vamos fechar estas páginas de Leitura Espiritual, citando alguns belos pensamentos de Evágrio Pôntico (séc. IV dC):
A oração é um diálogo do intelecto com Deus.
Reza sobretudo para receberes o dom das lágrimas, para abrandares a dureza do teu coração e obteres a misericórdia do Senhor.
Comporta-te com coragem e ora com força: manda para longe de ti todas as preocupações e reflexões que te assaltarem. Reza para não te deixares tomar pela inquietação e para não veres esvair-se o teu vigor.
A oração brota da doçura do coração e da ausência do ódio. A oração é fruto da serena alegria e do reconhecimento.
A oração expulsa a tristeza e a falta de coragem.
Durante a oração, esforça-te para tornares a tua mente surda e muda. Então poderás rezar de fato!
Não rezes para que se cumpra a tua vontade, a não ser que ela esteja em conformidade com a Vontade do Senhor.
A oração sem distrações é a mais alta manifestação da inteligência.
Orar significa elevar a inteligência até Deus.
Assim como a vista é o que de melhor possuímos entre todos os sentidos corporais, a oração é a mais divina de todas as virtudes.
Quando um dia, na tua oração, te sentires pervadido de grande alegria, então finalmente encontraste a verdadeira oração*.

NOTAS:
MEYENDORF, J., San Gregorio Palamas e La Mistica Ortodossa. Turim: 1976, p. 11-14
Obs.: O texto acima segue, em suas grandes linhas, o Professor de Espiritualidade Frei Iannis Spiteris, OFMCap. Toma por base suas aulas de Espiritualidade Oriental, no Pontifício Ateneu Antonianum. Cf. sua Apostila de 1990, p. 73-91, que o Autor deste artigo traduziu e adaptou.
FONTE:
http://www.franciscanos.org.br

SS. CRISTÓVÃO DE MAGALHÃES, SAC., E COMPANHEIROS, MÁRTIRES NO MÉXICO


“Não se preocupem, irmãos! Mais um momento e, depois, o Céu. Morro inocente e peço a Deus que o meu sangue possa servir para a união dos meus irmãos mexicanos” (São Cristóvão de Magalhães, em seu leito de morte).


Os primeiros anos do século XX foram difíceis para a Igreja no México. Em 1917, o presidente do país concordou com a entrada em vigor de uma nova Constituição, inspirada em princípios anticlericais. Os Bispos se opuseram, imediatamente, mas só conseguiram causar uma reação forte e violenta no governo.

Perseguição à Igreja no México
O Presidente mudou, mas a situação continuou a mesma, ou melhor, piorou. Em 31 de julho de 1926, pela primeira vez em 400 anos, foi suspenso o culto público, em todas as igrejas do país, e o clero católico maltratado.
Tratava-se de uma verdadeira perseguição: foram expulsos os sacerdotes estrangeiros; proibidas e fechadas as escolas particulares, de inspiração católica; suprimidas muitas obras de caridade, pertencentes à Igreja. O povo, porém, não ficou parado olhando. Os leigos mexicanos se organizaram e formaram a chamada “Liga em Defesa da Liberdade Religiosa”, pedindo o apoio dos sacerdotes, que preferiram uma solução pacífica. A situação se precipitou logo, a ponto de chegar à luta armada.

“Movimento Cristero"
A guerra civil, que eclodiu naqueles anos, ficou conhecida com o nome de “Movimento Cristero”, levada adiante pelos fiéis, que queriam defender, a todo custo, a sua liberdade religiosa. Por isso, pediam, com insistência, o apoio de seus pastores, que preferiam sempre uma resistência pacífica: alguns padres deixaram suas paróquias e outros eram completamente hostis ao Movimento. A maioria, mesmo se dissociando, não quis abandonar seus fiéis, se prodigalizando para cuidar das almas: foi o caso de Cristóvão de Magalhães.

Cristóvão de Magalhães, sacerdote
Cristóvão nasceu em Totiche, próximo de Guadalajara, em 1869, no seio de uma família de camponeses, da qual aprendeu a ser devoto do Sagrado Coração de Jesus e de Nossa Senhora do Rosário.
Ainda jovem, entrou para o Seminário, foi ordenado sacerdote, em 1888, e se tornou pároco da sua aldeia natal. Em Azqueltán, deu início a uma missão entre os nativos de Huicholes, com o objetivo de evangelizar; fundou várias escolas, um abrigo para órfãos e um asilo para idosos.
Animado por sua devoção a Maria, começou a propagar a oração do santo Rosário, mas pregava também o desapego dos bens materiais e buscava melhorar o padrão de vida de seus concidadãos. No entanto, a sua pregação tinha como alvo, de modo especial, as vocações sacerdotais. Quando fecharam o seminário de Guadalajara, fundou, em sua paróquia, um pequeno centro para a preparação de futuros sacerdotes.

Martírio com 24 Companheiros
Quando o "Movimento Cristero" se propagou, Cristóvão não aderiu, pelo contrário, rejeitava, categoricamente, o uso da violência, recordando que Jesus e seus Apóstolos nunca recorreram a ela. Convencido disso, escreveu em um artigo do jornal local: “A única arma da Igreja é a Palavra de Deus”. Entretanto, jamais abandonou o seu povo.
Na manhã de 21 de maio de 1927, Cristóvão foi preso pelo Exército federal, com a acusação de apoiar a rebelião. Mas, na verdade, foi condenado à morte pelo simples fato de ser sacerdote. Quatro dias depois, foi fuzilado, em Colotlán, junto com 24 companheiros, entre os quais 21 sacerdotes: Roman Adame Rosales, Rodrigo Aguilar Alemán, Júlio Alvarez Mendoza, Luís Batis Sáinz, Agustín Caloca Cortés, Mateus Correa Magalhães, Atilano Cruz Alvarado, Miguel de la Mora, Pedro Esqueda Ramírez, Margarito Flores Garcia, José Isabel Flores Varela, David Galván Bermúdez, Pedro de Jesús Maldonado Lucero, Jesús Méndez Montoya, Justyn Orona Madrigal, Sabas Reyes Salazar, José Maria Robles Hurtado, Toribio Romo González, Jenaro Sánchez Delgadillo, David Uribe Velasco, Tranquilino Ubiarco Robles; e três leigos: Salvador Lara Puente, Manuel Morales e David Roldán Lara.

Vatican News

quarta-feira, 20 de maio de 2020

Ontem fez 95 anos da canonização de Santa Teresinha do Menino Jesus

A mais jovem Doutora da Igreja, falecida aos 24 anos, é também Padroeira das Missões sem jamais ter saído do convento para pregar
O Papa Pio XI a beatificou em 29 de abril de 1923 e a canonizou em 17 de maio de 1925. Fazia menos de 30 anos que essa grande jovem santa havia morrido, em 30 de setembro de 1897, com apenas 24 anos. Um ano depois da sua partida, foi publicado um dos livros de espiritualidade mais lidos e amados do catolicismo: “História de uma alma“, baseado em seus escritos sobre a sua experiência do amor infinito de Jesus e por Jesus.

Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, ou Santa Teresa de Lisieux, como também é conhecida por causa da cidade francesa em que nasceu, ainda seria proclamada nada menos que Doutora da Igreja pelo Papa São João Paulo II, em 19 de outubro de 1997, e, mesmo tendo sido carmelita descalça e, portanto, sem jamais ter saído do convento para pregar, ela é também Padroeira das Missões: afinal, a torrente de graças que Deus concede ao mundo para a conversão das almas mediante a sua intercessão é extraordinária.
Na homilia da canonização, da qual se celebraram ontem os 95 anos, o Papa Pio XI declarou:
“O Espírito de verdade lhe comunicou e manifestou o que coube esconder ‘aos sábios e entendidos’ e revelar ‘aos pequeninos’. Ela, segundo o testemunho do nosso Predecessor, foi dotada de tal ciência das coisas celestes a ponto de indicar aos outros a via correta da salvação. E esta participação abundante na divina luz e na divina graça acendeu em Teresa um incêndio tão grande de caridade que, portando-a continuamente quase fora do corpo, por fim, a consumou, de modo que, pouco antes de deixar a vida, pôde candidamente declarar que ‘não havia dado a Deus nada mais do que amor’”.

Por sua vez, São João Paulo II enfatizou ao proclamá-la Doutora da Igreja:
“Entre os ‘Doutores da Igreja’, Teresa do Menino Jesus e da Santa Face é a mais jovem, mas o seu ardente itinerário espiritual demonstra muita maturidade e as intuições da fé expressas nos seus escritos são tão vastas e profundas que a tornam digna de ser posta entre os grandes mestres espirituais. O desejo que Teresa exprimiu de ‘passar o seu Céu fazendo o bem sobre a terra’ continua a realizar-se de modo maravilhoso. Obrigado, ó Pai, porque hoje a tornais próxima de nós a novo título, para louvor e glória do Vosso nome nos séculos”.

Papa Francisco canonizou os pais de Santa Teresinha em 18 de outubro de 2015, em Roma, durante o Sínodo da Família: São Luis Martin e Santa Zélia Guérin.

Aleteia

Missa de posse de Dom Sergio na Arquidiocese de Salvador

Cardeal Dom Sérgio da Rocha
Nomeado pelo papa Francisco a Arcebispo da Arquidiocese de Salvador, dom Sergio, até então Arcebispo de Brasília, tem sua posse marcada para o próximo dia 05 de junho às 19h00 na Catedral Metropolitana Transfiguração do Senhor, em Salvador.
Com o distanciamento social para conter o contágio da COVID-19, Dom Murilo, Administrador Apostólico,  anunciou que “a cerimônia  de posse do 28º Arcebispo desta sede Primacial do Brasil será restrita a um pequeno grupo de participantes. Dentre esses, destacam-se os membros do Colégio de Consultores a quem pela legislação canônica, o novo Arcebispo deverá apresentar a Bula papal com sua nomeação”.
A celebração poderá ser acompanhada pelo Facebook da Arquidiocese de Brasília.

Dom Sergio da Rocha nasceu em Dobrada, no estado de S. Paulo, aos 17/10/1959, filho de Rubens (+ 2000) e Aparecida Veronezi da Rocha.
Ordenado diácono na Igreja de Santa Cruz de Matão – SP, aos 18/8/1984, e presbítero na Matriz do Senhor Bom Jesus de Matão – SP, Diocese de São Carlos, aos 14/12/1984.
Estudou Filosofia no Seminário de São Carlos – SP e Teologia na PUC de Campinas – SP. Licenciado em Filosofia pela Faculdade Salesiana de Lorena – SP. Fez Mestrado em Teologia Moral pela Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, de São Paulo, e obteve o Doutorado na Academia Alfonsiana da Pontifícia Universidade Lateranense, em Roma, aos 21/01/1997.
Atividades como Presbítero
Trabalhou no Seminário Diocesano de Filosofia, em São Carlos, como diretor espiritual, professor de filosofia e reitor. No Seminário de Teologia de S. Carlos, em Campinas, foi diretor espiritual e reitor; foi também professor e membro da Equipe de Formação dos Diáconos Permanentes da Diocese de São Carlos. Exerceu, também, na Diocese de São Carlos, as seguintes funções pastorais: assessor da Pastoral da Juventude, coordenador da Pastoral Vocacional, coordenador da Escola de Agentes de Pastoral, coordenador Diocesano de Pastoral, vigário paroquial das Paróquias Nossa Senhora de Fátima e Catedral, reitor da Igreja São Judas Tadeu, em S. Carlos, pároco de Água Vermelha e de Santa Eudóxia.
Foi ainda professor de Teologia Moral na Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1989-2001), colaborando como tal em Porto Velho-RO, no Projeto Missionário Sul I / Norte I e na Escola de Teologia Pastoral de São Luiz de Montes Belos – GO, Igreja Irmã da Diocese de São Carlos.
Episcopado
Nomeado, pelo Papa João Paulo II, Bispo Auxiliar em Fortaleza, Ceará, e Titular de Alba aos 13/06/2001. Foi ordenado Bispo aos 11 de agosto de 2001, na Catedral de S. Carlos – SP, tendo como Bispos ordenantes D. José Antônio Aparecido Tosi Marques, D. Joviano de Lima Júnior e D. Bruno Gamberini. Aos 31 de janeiro de 2007, foi nomeado pelo Papa Bento XVI Arcebispo Coadjutor da Arquidiocese de Teresina. Dom Sérgio da Rocha iniciou seu trabalho na Arquidiocese de Teresina, como Arcebispo Coadjutor no dia 30/03/2007 e como Arcebispo Metropolitano em 03/09/2008. Aos 15 de junho de 2011 foi nomeado, pelo Papa Bento XVI, Arcebispo Metropolitano de Brasília, tendo sido acolhido na Catedral Metropolitana de Brasília aos 06 de agosto de 2011.  Aos 11 de Março foi nomeado, pelo Papa Francisco Arcebispo de Salvador (BA).
Seu lema episcopal é: “Omnia in Caritate” (1Cor 16,14) – “Tudo na caridade”
Atividades como Bispo
Bispo auxiliar de Fortaleza (2001-2007), arcebispo coadjutor de Teresina (2007-2008), arcebispo metropolitano de Teresina (2008-2011), membro da Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé – CNBB (2002-2007), membro da Comissão Episcopal do Mutirão de Superação da Miséria e da Fome da CNBB (2001-2004), Secretário do Regional Nordeste I (2002-2007), bispo de referência da Pastoral da Juventude e da Pastoral Vocacional no Regional Nordeste I (2002-2007), bispo de referência para o Ensino Religioso e para os Presbíteros, no Regional Nordeste IV (2007-2011), Presidente da Comissão Episcopal para o Seminário do Regional Nordeste IV (2007-2011), membro da Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB (2007-2011), Presidente da Comissão Episcopal para Doutrina da Fé (2011-2015), Presidente do Departamento de Vocações e Ministérios do CELAM (2007-2011) e representante da CNBB na XIII Assembleia do Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização (2012) e na XIV Assembleia do Sínodo dos Bispos sobre a Família. Foi criado cardeal pelo Papa Francisco no Consistório realizado, na Basílica de S. Pedro, aos 19 de novembro de 2016, recebendo o título da Basílica de Santa Cruz na Via Flaminia, em Roma. Foi presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) – ( 2015- 2019) e Relator geral da XV Assembleia dos Bispos (2018).
Atualmente é Administrador da Arquidiocese de Brasília e membro do Conselho da Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos (Vaticano) e da Pontifícia Comissão para a América Latina (CAL) e da Congregação para o Clero.
Entre as principais atividades realizadas por dom Sergio na Arquidiocese de Brasília estão: 
– Acolhida de quatro Bispos Auxiliares. (2011 -2018)
– Criação do Vicariato Leste e dos Setores XIV (Santa Maria) e XV (Planaltina).
– Até março de 2020, a Arquidiocese de Brasília conta com 23 Paróquias e uma Área Pastoral criada por Dom Sergio.
– Área Pastoral (Quase Paróquias) –Jesus Bom Pastor, na Estrutural.
– Paróquias – dezenove (13): VICARIATO NORTE: N. Sra. Aparecida (Vale do Amanhecer), Santa Luzia (Planaltina), N. Sra. de Nazaré (Planaltina), N. Sra. Aparecida (Sobradinho II), Divino Espírito Santo (Sobradinho – Nova Colina); VICARIATO CENTRO: Cristo Redentor (S. Sebastião), Sagrados Corações de Jesus e Maria (Jd. Botânico), N. Sra. Auxiliadora (Condomínio Entrelagos), N. Sra. Aparecida (PAD-DF); VICARIATO SUL: S. José Operário (Ceilândia), Imaculado Coração de Maria (Taguatinga), Maria Auxiliadora (Arniqueiras), S. João Batista (Taguatinga), S. João Paulo II (Águas Claras), S. José Operário ( V. Pires), S. Francisco de Assis (Col. Agrícola Samambaia) e Imacula Conceição (Taguatinga); VICARIATO LESTE: N. Sra. da Providência (Santa Maria), Sagrada Família de Nazaré (Sta. Maria), N. Sra. das Dores (Santa Maria), N. Sra. de Fátima (Samambaia) e S. Francisco (Recanto das Emas) e Nossa Senhora da Paz (Gama).
– Realização da quinta e sexta Assembleias Arquidiocesanas de Pastoral e elaboração do Plano Arquidiocesano de Pastoral, baseados nas “Diretrizes para a Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil”.
– Reestruturação do Conselho Arquidiocesano de Pastoral em oito Setores Pastorais.
– Reestruturação da Comissão Arquidiocesana Justiça e Paz.
– Reconhecimento da Faculdade de Teologia (FATEO).
– Reforma do Seminário Arquidiocesano Nossa Sra. de Fátima.
– Construção do Seminário Propedêutico.
– Implantação da Pastoral do Povo de Rua e da Pastoral do Menor.
– Fundação da Associação de Médicos Católicos de Brasília.
– Criação da Comissão Arquidiocesana de Pastoral com representantes dos Setores Pastorais e dos Vicariatos.
– Realização de Visitas Pastorais Missionárias às Paróquias.
– Elaboração do Diretório Pastoral dos Sacramentos.
– Criação do Fundo Arquidiocesano de Comunhão e Partilha.
– Criação da Comissão Arquidiocesana para Proteção dos menores.
Arquidiocese de Brasília

A Espiritualidade Hesicasta (1/2)

A espiritualidade Hesicasta - Vida Cristã - Franciscanos Vida ...
Franciscanos
Por: Frei Vitório Mazzuco F°. - OFM

Quando se fala de hesicasmo, pensa-se geralmente em um método de oração baseado na repetição infinita do Nome de Jesus, método codificado no ambiente do Monte Athos, nos séculos XIII e XIV. Trata-se da sistematização filosófico-teológica dada a esta corrente de espiritualidade por Gregório Palamas no século XIV. Trata-se de uma corrente de espiritualidade que se identifica muito bem com a espiritualidade monástica.
Essa corrente de espiritualidade perpassa os Apotegmas dos Padres e as Vidas dos Padres do Deserto. Todavia, aqueles que a descreveram com maior perfeição são os autores da chamada Escola Sinaítica dos séculos VI e VII, de um modo todo especial João Clímaco e Hesíquio o Sinaíta.
Em grego, a palavra hesychia designa um estado de calma, paz, repouso, quietude, tranqüilidade, resultado da ausência disciplinada de agitação interna e externa. É o exercício feito para se libertar do barulho, conflito, inquietude, preocupação e medo.
Assim compreendida, a hesychia, nos autores espirituais, indica também recolhimento da alma, silêncio, solidão interior e exterior, uma plena união com Deus. Este termo é também usado na espiritualidade monástica para indicar o estado de quietude e de silêncio de todo o ser humano, para que ele possa permanecer ligado no divino.
Pode-se, então, definir o hesicasmo como um sistema espiritual de orientação essencialmente contemplativa, que consiste no aperfeiçoamento do humano na busca da união com Deus através da oração contínua.
Os grandes mestres da oração hesicasta, que criaram o método e sobretudo a teologia da oração hesicasta, podem ser encontrados entre os séculos XIII e XIV no Monte Athos.
Vamos aqui recordar alguns nomes: Gregório, o Sinaísta (+1346). Do Mosteiro do Monte Sinai, ele transportou a “oração do coração” para o Monte Athos. Nicéforo, o Hesicasta, de origem calabresa, converteu-se à Ortodoxia e se tornou monge no Monte Athos. Escreveu um pequeno tratado intitulado: “Sobre a Custódia do Coração”, que se tornou um clássico da oração hesicasta.
Do século XIV temos um tratado anônimo chamado: “Método da Santa Oração”, que é às vezes atribuído a São Simeão, o Novo Teólogo, mas não é verdade que seja dele esta obra.
Um outro grande hesicasta é Teolepto, Metropolita de Filadélfia (1250-1345), que formou gerações inteiras de hesicastas.
Finalmente, temos o já citado Gregório Palamas (1296-1359), que é considerado o maior teólogo do hesicasmo.

Pressupostos da espiritualidade hesicasta

1. Hesychia e Amerimnia

A hesychia diz respeito à interioridade do humano. Mais que um modo de vida é um estado de alma. É resultado de uma longa luta contra as paixões escravizantes, as agitações e as preocupações mundanas. É o domínio sobre as paixões para poder amar absolutamente e com a máxima liberdade o Senhor.
Quanto à amerímnia (do grego: não-preocupação, despreocupação, tranqüilidade), esta indica de certa forma a mesma coisa: é a conquista disciplinada da serenidade existencial, ser livre de qualquer afã terreno, desvincular-se dos pensamentos deste mundo para se dedicar somente a Deus.

2. Nepsis

Trata-se de outra atitude recomendada pelos mestres hesicastas. Nepsis, palavra de origem grega, significa sobriedade, abstinência (o verbo nepso quer dizer: manter-se sóbrio, abster-se de vinho). É aprender a viver do estritamente necessário, em uma espécie de jejum espiritual que atinge todas as dimensões da existência. É cuidar da inteligência, da mente e do coração, é não se deixar encher de paixões, distrações e excitações, para permanecer sempre em estado de oração. É a atitude do cristão que deve sempre permanecer em Cristo (Jô 15,4), com todas as suas faculdades. É um método espiritual que confronta todo o humano com a graça de Deus.
Graças à nepsis consegue-se afinar sempre melhor a atenção, apurar a atenção do coração. Muitos consideram a nepsis a mãe da disciplina da oração.

3. A Recordação de Deus

A doutrina da recordação de Deus vem de São Basílio. Ele mesmo pergunta e responde: Qual é o “próprio” do cristão? Responde o Santo: É conservar a constante recordação daquele que morreu e ressuscitou por nós! Ser cristão é ter sempre o Senhor diante dos olhos.
É vencer o assalto dos pensamentos contrários para estar sempre no Senhor. É vencer a autocontemplação, o voltar-se mais para si mesmo, a preguiça, o cansaço. O hesicasta é aquele que diz: “Durmo, mas meu coração vigia!” Vale mais um desobediente alerta que um hesicasta distraído.
É também um culto e um serviço ininterrupto a Deus. A recordação de Deus é toda a respiração, se não, a solidão espiritual não pode ser compreendida.

4. A Doutrina da Deificação

O mistério cristão, na sua essência, é a união/a aliança entre Deus e o humano: “Eu lhes dei a glória que me deste, para que sejam um, como nós somos um: Eu neles e Tu em mim, para que sejam perfeitos na unidade e para que o mundo reconheça que Tu me enviaste e os amaste como amaste a mim” (Jo 17,22-23).
Esta união com Deus através da nossa união com Jesus constitui a salvação do humano, o vencer a fragilidade humana para participar da natureza divina. A esta noção os Padres Gregos chamam de “deificação” (em grego: theosis), o processo da divinização do humano.
A oração hesicasta quer sempre recordar esta certeza de “ser em Deus”. Com a oração, esta nossa transformação em Deus se faz sempre mais ativa e consciente, e se desenvolve em todas as suas possibilidades. O hesicasmo mostra que isto é possível através dos sacramentos, da ascese e da “oração de Jesus” (a invocação incessante do Nome de Jesus).

Papa Francisco aos jovens: São João Paulo II lhes ensinará a cuidar de suas famílias


Vaticano, 19 Mai. 20 / 09:30 am (ACI).- Em 18 de maio, o Papa Francisco enviou uma mensagem de vídeo aos jovens de Cracóvia, a arquidiocese polonesa liderada por São João Paulo II antes de ser eleito pontífice, para assegurar-lhes que o ensinamento do santo polonês “é um ponto de referência seguro para encontrar soluções concretas para as dificuldades e desafios que as famílias enfrentam em nossos dias”.
A videomensagem foi transmitida por ocasião das celebrações dos cem anos do nascimento de São João Paulo II, pontífice que liderou a Igreja entre outubro de 1978 e abril de 2005, e que foi conhecido por sua defesa da vida e da família. , sua contribuição para a queda do comunismo na Europa Oriental, sua difusão da devoção à Divina Misericórdia, a criação da Jornada Mundial da Juventude, o Encontro Mundial das Famílias, entre outras coisas.
A seguir, o texto completo da mensagem do Papa Francisco:
Queridos jovens,
Este ano festejamos os cem anos do nascimento de São João Paulo II. É uma bela oportunidade para eu me dirigir a vocês, jovens de Cracóvia, pensando em quanto ele amava os jovens e lembrando a minha presença entre vocês na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de 2016.
São João Paulo II foi um extraordinário dom de Deus à Igreja e à Polônia, sua pátria. Sua peregrinação terrena, que começou em 18 de maio de 1920, em Wadowice, e terminou há 15 anos em Roma, foi marcada pela paixão pela vida e pelo fascínio pelo mistério de Deus, do mundo e do ser humano.
Lembro-me dele como um grande da misericórdia: penso na Encíclica Dives in Misericordia, na canonização de Santa Faustina e na instituição do Domingo da Divina Misericórdia. À luz do amor misericordioso de Deus ele compreendeu a especificidade e a beleza da vocação de mulheres e homens; compreendeu as necessidades das crianças, dos jovens e adultos, considerando também os condicionamentos culturais e sociais. Todo mundo podia experimentá-lo. Hoje você também pode experimentá-lo, conhecendo sua vida e seus ensinamentos, disponíveis para todos, inclusive graças à Internet.
Todos e cada um de vocês, queridos jovens, carrega a marca de sua família, com suas alegrias e tristezas. O amor e o cuidado da família são um traço característico de João Paulo II. O seu ensinamento é um ponto de referência seguro para encontrar soluções concretas para as dificuldades e desafios que as famílias enfrentam em nossos dias (cf. Mensagem na Convenção "João Paulo II, o Papa da Família", Roma, 30 de outubro de 2019).
Mas os problemas pessoais e familiares não são um obstáculo no caminho da santidade e da felicidade. Nem foram para o jovem Karol Wojtyła, que sofreu a perda de sua mãe, do irmão e do pai quando era garoto. Como estudante, viveu as atrocidades do nazismo, que lhe tirou muitos amigos. Depois da guerra, como sacerdote e bispo, teve que enfrentar o comunismo ateu.
As dificuldades, inclusive as mais duras, são uma prova de maturidade e fé; prova que só pode ser superada confiando no poder de Cristo morto e ressuscitado. João Paulo II lembrou isso a toda a Igreja desde a sua primeira Encíclica Redemptor hominis, onde diz: “O homem que quiser compreender-se a si mesmo profundamente […] deve, com a sua inquietude, incerteza e também com a sua fraqueza e pecaminosidade, com a sua vida e com a sua morte, aproximar-se de Cristo. Ele deve, por assim dizer, entrar n'Ele com tudo o que é em si mesmo" (n. 10).
Queridos jovens, é isso que desejo para cada um de vocês: entrar em Cristo com toda a sua vida. E espero que as celebrações do centenário do nascimento de São João Paulo II inspirem em vocês o desejo de caminhar corajosamente com Jesus, que é “o Senhor do risco”, é o Senhor do sempre “além” (...). Como em Pentecostes, o Senhor quer realizar um dos maiores milagres que podemos experimentar: fazer com que as tuas mãos, as minhas mãos, as nossas mãos se transformem em sinais de reconciliação, de comunhão, de criação. Ele quer as tuas mãos, jovens, quer as tuas mãos, para continuar construindo o mundo de hoje (Discurso da Vigília da JMJ, Cracóvia, 30 de julho de 2016).
Confio todos vocês à intercessão de São João Paulo II e os abençoo de todo o coração. E vocês, por favor, não se esqueçam de rezar por mim.
Obrigado!
ACI Digital

Bispo pede deixar seu cargo para se tornar um eremita

Dom Jacob Muricken. Créditos: Diocese de Palai
NOVA DELHI, 19 Mai. 20 / 12:40 pm (ACI).- O Bispo Auxiliar de Palai (Índia), Dom Jacob Muricken, aguarda há dois anos a aprovação de seu pedido de renúncia do cargo de bispo, para poder se tornar um monge eremita, sendo o primeiro prelado indiano a fazer esse tipo de solicitação.
Dom Muricken, 57 anos, pediu às autoridades que o dispensem de seu cargo para poder assumir uma vida monástica simples.
Em entrevista à UCA News, o Prelado, conhecido por doar um rim há 4 anos, enviou a sua solicitação ao sínodo da Igreja Católica Siro-Malabar de rito oriental e está à espera de uma resposta.
O Prelado comentou que a ideia de viver uma vida monástica surgiu cinco anos depois de ser ordenado Bispo Auxiliar de Palai, como "uma inspiração de Deus", um chamado especial para "abster-me da vida oficial como bispo e outros papéis administrativos na diocese".
"Até então, eu não tinha esse desejo", acrescentou.
Dom Muricken assinalou que espera passar o resto de sua vida "em oração e meditação e levar uma vida ecológica longe da correria e agitação das rotinas de um bispo”.
O Prelado acrescentou que não planeja se juntar a nenhuma congregação monástica existente, mas espera levar uma vida isolada no distrito montanhoso de Idukki.
Além disso, indicou que o Arcebispo principal da Igreja Siro-Malabar, Cardeal George Alencherry, "prometeu considerar meu caso" e que a resposta do sínodo foi adiada devido à necessidade de obter a aprovação do Vaticano para aceitar a renúncia de um bispo sob sua responsabilidade.
Segundo assinalam pessoas próximas ao prelado, Dom Muricken atualmente passa longas horas de oração, seu horário começa às 2h30 para realizar três horas de oração pessoal antes de se juntar a outras pessoas nas orações da manhã.
Dom Muricken nasceu em Muttuchira (Índia), em 16 de junho de 1963. Ingressou no seminário após concluir o mestrado em economia e foi ordenado sacerdote em 1993.
Em 2016, o prelado ganhou as manchetes internacionais ao se tornar o primeiro bispo da Índia a doar um de seus rins a um homem hindu. A doação ocorreu quatro anos depois que foi nomeado bispo auxiliar de Palai, em 24 de agosto de 2012.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
ACI Digital



terça-feira, 19 de maio de 2020

Papa Francisco estabelece data para celebrar Santa Faustina Kowalska

Santa Faustina Kowalska. Crédito: domínio público
Vaticano, 19 Mai. 20 / 09:00 am (ACI).- No dia em que a Igreja celebrou o centenário do nascimento de São João Paulo II, o Papa Francisco ordenou inscrever a festa da santa polonesa Faustina Kowalska no calendário romano geral e decretou que sua memória livre seja celebrada em 5 de outubro .
"O Sumo Pontífice Francisco, aceitando as petições e desejos dos Pastores, de religiosas e religiosos, bem como associações de fiéis, considerando a influência exercida pela espiritualidade de Santa Faustina em diferentes regiões do mundo, ordenou que o nome de Santa Maria Faustina (Elena) Kowalska, virgem, seja inscrito no Calendário Romano Geral e sua memória facultativa seja celebrada por todos em 5 de outubro.”, indica um decreto da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.
O decreto foi publicado em 18 de maio, quando a Igreja recorda os 100 anos do nascimento do Papa São João Paulo II, que canonizou Santa Faustina, o Apóstolo da Divina Misericórdia, no ano 2000.
"Esta nova memória deve ser inserida em todos os Calendários e Livros litúrgicos da celebração da Missa e da Liturgia das Horas, adotando os textos litúrgicos anexos a este decreto que devem ser traduzidos, aprovados, e depois da confirmação da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, publicados pelas Conferências Episcopais”, indica o decreto assinado pelo prefeito da congregação, Cardeal Robert Sarah; e seu secretário, Arcebispo Arthur Roche.
O decreto recorda que “o que a Virgem Maria cantou no Magnificat, contemplando a obra salvífica de Deus em favor de toda geração humana, reflete na experiência espiritual de Santa Faustina Kowalska que, como um presente do Céu, viu no Senhor Jesus Cristo o rosto misericordioso do Pai e tornou-se anunciadora".
Faustina nasceu em Głogowiec, perto da cidade de Łódź (Polônia) em 1905. Faleceu em Cracóvia em 1938, cidade em que São João Paulo II foi Arcebispo antes de se tornar Pontífice.
Santa Faustina Kowalska, lembra o decreto, “passou sua jovem existência entre as Irmãs da Bem-Aventurada Virgem Maria da Misericórdia, conformando-se generosamente à vocação recebida de Deus e amadurecendo uma vida espiritual intensa, rica de dons místicos e correspondência fiel a eles".
O decreto desta segunda-feira destaca que “o relato do que o Senhor realizou nela para o benefício de todos, ela mesma o descreveu no Diário de sua alma, santuário do encontro com o Senhor Jesus: ouvindo Aquele que é Amor e Misericórdia, ela entendeu que nenhuma miséria humana pode medir-se com a misericórdia que jorra inexaurível do coração de Cristo”.
"Tornou-se, portanto, inspiradora de um movimento destinado a proclamar e implorar a Misericórdia Divina para o mundo inteiro", acrescenta.
Após sua canonização, "o nome de Santa Faustina logo se tornou conhecido em todo o mundo, promovendo em todas as componentes do povo de Deus, pastores e fiéis leigos, a invocação da Misericórdia Divina e seu testemunho crível na conduta de vida dos fiéis".
ACI Digital

Frei Roberto, o capuchinho mais idoso do Brasil, falece em Fortaleza (CE)

Frei Roberto / Foto: Facebook Capuchinhos do Ceará e Piauí
FORTALEZA, 19 Mai. 20 / 01:00 pm (ACI).- Frei Roberto Magalhães ou Frei Robertinho, o frade brasileiro que ficou conhecido por percorrer 6 quilômetros atendendo confissões na Caminhada Penitencial da Arquidiocese de Fortaleza já com idade avançada, faleceu este 18 de maio, às 15h na sua residência na Cúria Provincial dos Capuchinhos do Ceará e Piauí. Frei Roberto, que em setembro cumpriria 100 anos e em outubro 76 anos de ordenação sacerdotal, faleceu de causas naturais.

Segundo o Blog O Ancoradouro, “algumas imagens de Frei Robertinho viralizaram na internet como ele, mesmo com a elevada idade, fazendo genuflexão para o Santíssimo Sacramento, abençoando um policial militar no hospital e cantando a música “barca de Jesus”, a sua preferida”.

“Roberto, filho do casal José Joaquim de Souza e a senhora Joana Magalhães de Sousa, nasceu em 10 de setembro de 1920. Ingressou no convento dos Capuchinhos, com a aprovação dos pais, em 1934, quando tinha apenas 14 anos. Em 1938, fez o noviciado em Esplanada na Bahia. A profissão simples foi no ano seguinte. Era a marca da entrada na Ordem dos Capuchinhos. Daí em diante Frei Roberto ajudou muitas pessoas a descobrirem seu caminho”.
“Em 1942, em São Luís (MA), a Ordem acolhe seus votos solenes. É uma data marcante para o religioso. Neste período, cursa filosofia e teologia. Outra data importante foi sua ordenação presbiteral: 1º de outubro de 1944, no Santuário Coração de Jesus, em Fortaleza”, assinala o Ancoradouro.
Entre as muitas tarefas e cargos que assumiu, Frei Roberto se desempenhou como professor de filosofia, diretor dos estudantes de filosofia, vigário paroquial, pároco e guardião em vários conventos, reitor do santuário S. Francisco das Chagas, diretor do Colégio São Francisco em Juazeiro, e ainda esteve durante um breve período como missionário em Angola.
Frei Roberto Magalhães era o frade capuchinho mais idoso do Brasil e completou no último dia 20 de março 81 anos de profissão religiosa e, em 1º de outubro, celebraria 76 anos de sacerdócio.
ACI Digital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF