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segunda-feira, 25 de maio de 2020

S. GREGÓRIO VII, PAPA

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Hildebrando foi eleito Papa, em 1073, com o nome de Gregório VII. Viveu em uma época difícil para a Igreja. As tensões com o imperador Henrique IV, que queria gerir as nomeações episcopais, desembocaram na excomunhão do monarca, que depois pediu perdão. Paulo V o proclamou Santo em 1606. 

Papa (1020-1085) nascido em Soana, perto de Siena, nos Estados Pontifícios, um dos papas mais notáveis da Idade Média e um dos vultos mais eminentes da História.

De origem humilde, filho do carpinteiro Bonizone, estudou em Roma, primeiramente no mosteiro de Santa Maria, Aventino, onde um de seus professores e protetor era o seu tio, o abade João Graciano e futuro papa Gregório VI, e mais tarde no palácio Lateranense.
Esteve em Cluny e se deixou guiar pelo espírito beneditino desse mosteiro. Até ser eleito pontífice, cinco papas tiveram-no por precioso auxiliar; e os cardeais e o imperador não elegiam pontífice sem sua opinião. Cônscio de sua responsabilidade e de seu caráter, recusou firmemente sua elevação antecipada.
Após o tio tornar-se papa o tomou a seu serviço e, quando o pontífice foi deposto pelo imperador Henrique III (1046), acompanhou-o no desterro em Colônia. Com a morte de Gregório VI e a ascensão do papa Leão IX, foi chamado a Roma para colaborar numa reforma religiosa.
Exerceu então grande influência sobre os pontífices que se sucederam até que foi nomeado cardeal de Roma (1049) pelo papa Alexandre II. Com a morte do pontífice (1073), o povo o aclamou sucessor, escolha referendada pelos cardeais, que o ordenaram sacerdote e consagrado bispo, pois era só diácono.
Como papa, adotou o nome de Gregório VII, em memória e agradecimento ao tio, e dedicou-se inteiramente a continuar a reforma moral do clero, iniciada por seus antecessores, afirmando o império universal da lei de Cristo e combatendo os maus soberanos.
Tratou com todos os príncipes de seu tempo, impediu que a Igreja se feudalizasse e sonhou uma Liga Cristã, que libertasse a Palestina. Seu papado notabilizou-se tanto pelas reformas que implantou nas instituições eclesiásticas como por ter reforçado a autoridade da igreja em relação aos poderes temporais, administrou profundas e até violentas divergências religiosas e políticas com os germânicos.
Combateu a venda de benefícios eclesiásticos e o matrimônio ou concubinato dos clérigos. Com a proibição da concessão de bispados a leigos, sob pena de excomunhão (1075), o imperador Henrique IV da Alemanha, insistia em nomear bispos, questão das investiduras, e liderou a resistência a essa resolução.
Excomungado pelo papa (1076) e ameaçado de deposição, atravessou os Alpes num duro inverno, correu ao castelo de Conossa, onde o papa se refugiara, e implorou um perdão que o salvou de seus duques revoltados. Porém traindo a confiança do papa, moveu depois guerra implacável contra o pontífice e à valente Condessa Matilde de Conossa, que impedia a passagem às tropas imperiais, e poucos anos mais tarde entrou com suas tropas em Roma e nomeou um antipapa, Guiberto de Ravena, com o nome de Clemente III, pelo qual foi sagrado imperador.
O papa foi obrigado a se refugiar no Castelo Santo Ângelo, onde se defendeu até ser libertado por Roberto Guiscardo (1084) e fugir para Salerno, onde morreu exilado. Foi canonizado por Paulo V (1606) e seu dia é 25 de maio.
Fonte: www.dec.ufcg.edu.br

S. BEDA VENERÁVEL, PRESBÍTERO BENEDITINO, DOUTOR DA IGREJA

S. Beda Venerável
S. Beda Venerável 

"Eu, Beda, servo de Cristo e sacerdote do mosteiro dos Beatos Apóstolos Pedro e Paulo, situado em Wearmouth e Jarrow... nasci no território deste mosteiro; com sete anos de idade, meus pais me confiaram os cuidados do reverendíssimo abade Bento e, depois, ao mosteiro de Ceolfrid, onde me formei. Desde então, passei toda a minha vida neste mosteiro".

Esta citação autobiográfica do Venerável Beda, em 731, encontra-se em sua obra-prima “Historia ecclesiastica gentis Anglorum” (“História eclesiástica do Povo inglês”), uma das maiores obras da historiografia do início da Idade Média.

Seu nascimento ocorreu entre os anos 672 e 673. Tornou-se Diácono, aos 19 anos, e ordenado sacerdote aos 30. São Beda dedicou toda a sua existência ao estudo das Escrituras Sagradas e ao ensino (semper aut discere aut docere aut scribere): seus únicos interesses eram aprender, ensinar e escrever sempre; seus dias eram iluminados pela oração e o canto em coro.

"Venerável" por sua sabedoria e ciência
Beda deve a sua cultura à leitura dos livros das bibliotecas de Wearmouth e Jarrow. Por isso, sua formação foi vasta e articulada e seu conhecimento de uma amplitude surpreendente. Ele lia em grego e hebraico, recorrendo a Cícero, Virgílio, Lucrécio, Ovídio, Terêncio e, em particular, aos Padres da Igreja, sobretudo para seus estudos bíblicos. Desta forma, em suas lições emergem sua sabedoria e teologia.
A didática de Beda era interdisciplinar, que o levava aprofundar os Textos Sagrados, também através de autores da antiguidade pagã e do conhecimento científico de seu tempo.
Os frutos do seu conhecimento foram os inúmeros escritos teológicos, históricos e científicos, como também suas obras eruditas e pedagógicas.
São Beda Venerável faleceu em 26 de maio de 735, em Jarrow, onde foi sepultado. Seus restos mortais foram transferidos, em 1022, para a catedral de Darham, por desejo de Eduardo, o Confessor, o penúltimo dos reis dos Anglo-saxões e rei da Inglaterra.
O título de "Venerável", que Beda recebeu já durante a sua vida, pela sua fama de santidade e sabedoria, se difundiu rapidamente, tanto que o Conselho de Aquisgrana o descreveu como "Venerabilis et modernis temporibus doctor admirabilis Beda" (Beda, Venerável e magnífico Doutor dos nossos tempos). Por fim, o Papa Leão XIII o declarou, em 13 de novembro de 1899, Doutor da Igreja.

Os escritos
Beda foi autor do primeiro martirológio histórico; escreveu manuais para os monges copistas; redigiu o “Liber de loquela per gestum digitorum”, que ensinava a fazer conta com os dedos; compôs poemas e versos; dedicava-se, sobretudo, à história, comentando e interpretando, de modo especial, as Sagradas Escrituras. "As Sagradas Escrituras foram a fonte constante da reflexão teológica de Beda", disse Bento XVI em sua catequese na Audiência geral de 18 de fevereiro de 2009, toda dedicada ao monge inglês.
O Santo Venerável é considerado o maior exegeta da Igreja Ocidental, desde o fim da era patrística, também por seus comentários, tratados e coleções de homilias. Era sua a Bíblia usada pela Igreja até 1966. É muito famosa a sua “História eclesiástica dos Povos anglo-saxônicos”: trata-se de 400 páginas, em uma Coleção de 5 livros, sobre a narração política e eclesiástica da história da Inglaterra, desde a época de César até os seus dias.

Antes e depois de Cristo ... questão de números
Considerando que o nascimento de Cristo é centro da história, Beda foi o primeiro a narrar os anos, divididos em "antes de Cristo" e "depois de Cristo".
"O Cálculo, por ele cientificamente elaborado, para estabelecer a data exata da celebração da Páscoa e, portanto, todo o Ciclo do ano Litúrgico, tornou-se o texto de referência para toda a Igreja Católica" (Bento XVI, audiência geral de 18 de fevereiro de 2009). São Beda inventou as anotações e rodapés.
Por fim, devemos recordar que o lema do Papa Francisco "Miserando atque eligendo", reproduzido no brasão pontifício, é foi extraído da Homilia 21 de Beda, sobre o episódio evangélico da vocação de São Mateus: "Vidit ergo Iesus publicanum et quia miserando atque elegendo vidit , ait illi Sequere me” (“Jesus viu um publicano, cobrador de impostos, olhou-o com sentimento amoroso e escolheu-o, dizendo: Segue-me”).

Vatican News

domingo, 24 de maio de 2020

A série católica que teve público de mais de 1 bilhão

The Chosen/Vidangel Studio

Produzida em esquema de crowdfunding, The Chosen está disponível em site e aplicativo  

Recentemente, falamos por aqui sobre esta série em uma matéria sobre filmes e séries católicos. Mas esta merece um espaço só para falar dela. The Chosen (“o escolhido”), em inglês), série revolucionária sobre a vida de Jesus, com efeitos visuais, dramaturgia e fotografia que não ficam devendo a grandes séries norte-americana. “Sem dúvida logo se tornará a obra mais conhecida e celebrada na história da mídia cristã”, previu o MovieGuide, afiliado da Comissão Cristã de Filme e Televisão, nos Estados Unidos.
A série foi lançada pela plataforma de streaming norte-americana VidAngel, e conta a história de Cristo através dos olhos de seus seguidores. Ela pode ser assistida pelo aplicativo The Chosen ou pelo site.  Este vídeo ensina didaticamente como acessar o conteúdo: https://www.youtube.com/watch?v=7RcnLapFkB0
A parte inicial série foi lançada por uma campanha de financiamento coletivo, o crowdfunding, que arrecadou mais de 10 milhões de dólares de 16 mil investidores. De acordo com a VidAngel, mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo assistiram à série. 
O diretor Dallas Jenkins, que se descreve como evangélico que crê na bíblia, conversou com a Aleteia no final do ano passado. 
Como foi a estreia de The Chosen
É difícil lançar algo com um novo plano de distribuição para um marketplace disputado, especialmente com um orçamento baixo. Foi pago com crowdfunding, então tivemos de gastar com muito cuidado. Está demorando um tempinho para as pessoas saberem da série e como assistir, mas a reação tem sido incrível até agora. As pessoas estão assistindo várias vezes e organizando reuniões para assistir em grupo. 
Quais foram os principais desafios? 
Quanto tempo você tem? Sim, o projeto todo tem sido um desafio, do começo da campanha de crowdfunding, do zero, até filmar no Texas uma história que se passa 2.000 anos no Oriente Médio, para tentar lançá-lo completamente fora do sistema. Nada foi fácil em nenhuma etapa. Mas ver os resultados têm sido empolgantes, bater o record de crowdfunding e ver os quatro primeiros episódios prontos. Aprendemos a dançar conforme a música. 
No que você espera que a série se torne? Você a descreveu como uma série para maratonar na qual dá para realmente investir nos personagens? 
Sim, é por aí. Acredito que se você ver a vida de Jesus pelos olhos daqueles que o conheceram, você pode ser impactado e mudar da mesma maneira. E, o melhor a fazer seria no formato de uma série com várias temporadas, onde temos tempo para conhecer e nos identificar com os personagens, e ir mais fundo naquelas incríveis histórias bíblicas. 
Fale sobre locações e o processo de testar e trabalhar com o elenco. 
Filmamos a primeira temporada no Texas, um misto de plataformas de som e estúdio no meio do nada que é a recriação do Carfanaum. Em termos de elenco, focamos em encontrar o melhor intérprete para cada papel. Não estamos procurando celebridades. E estamos fazendo o possível para garantir que somos o mais fiéis possível à localização e à época, de modo que os únicos caucasianos são os soldados romanos. 
Como você atesta a autenticidade das Escrituras?
Meus parceiros de roteiro e eu começamos com as Escrituras como nossa fundação, conforme nos consultamos com o rabino messiânico Jason Sobel, com o padre católico David Guffey e o professor do evangelho Dr. Doug Huffman.  Não concordamos necessariamente em tudo teologicamente, claro, mas todos acreditamos que a Escritura é a Palavra de Deus. Tentamos considerar todo o contexto bíblico, histórico e cultural conforme desenvolvemos as histórias e garantir que as histórias paralelas que acrescentássemos fossem fiéis à intenção da escritura. 
Sobre o que será a próxima leva de episódios e quando você pretende lançá-los?
A primeira metade da temporada consiste na reunião de Jesus com seus fiéis, mas é legal que vemos pessoas como Nicodemos, Mateus e Simão antes de eles encontrarem Cristo, então os eventos e chamados ganham ainda mais impacto. Temos alguns grandes momentos na segunda temporada e estamos muito animados com eles. 
Aleteia

Padres da Igreja: ASCENSÃO DO SENHOR

Solenidade da Ascensão do Senhor - Vatican News
Vatican News
"Não é grande coisa crer que Cristo tenha morrido; porque nisto também acreditam os pagãos e judeus e todos os inícuos: todos acreditam que ele morreu. A fé dos cristãos é na Ressurreição de Cristo; isto é o que temos como grande coisa, crer que tenha ressuscitado" (Santo Agostinho, Comentários sobre o salmo 120).
"A razão pela qual os discípulos tardarão em acreditar na Ressurreição do Senhor, não foi tanto por sua fraqueza como por nossa futura firmeza na fé; pois a própria ressurreição demonstrada com muitos argumentos aos que duvidavam, que outra coisa siginifica senão que nossa fé se fortaleça por sua dúvida?" (São Gregório Magno, Homilia 16 sobre os evangelhos).
"Depois da tristeza do sábado resplandece um dia feliz, o primeiro entre todos, iluminado com a primeira das luzes, já  que nele se realiza o triunfo de Cristo ressuscitado" (São Jerônimo, comentário ao Evangelho de São Marcos 16).
"E dito isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. Nos quais viram  claramente os vestígios dos cravos; e segundo São João, também  mostrou-lhes o lado que havia sido aberto com a lança, para que, vendo as cicatrizes das feridas, pudessem curar as feridas de suas dúvidas. E não quis curar estes sinais; em primeiro lugar, para confirmar em seus discípulos a fé da ressurreição; em segundo lugar para poder mostrá-las a seu Pai quando intercedesse por nós, manifestando-lhe a classe de morte que por nós havia sofrido; em terceiro lugar, para demonstrar sempre aos redimidos com sua morte o grande amor que com eles empregou, apresentando-lhes os sinais de sua paixão; finalmente, para provar no dia do juízo a justiça com que serão condenados os ímpios" (São Beda, em Catena Aurea, vol. VI, p. 548).
"E havendo comido diante deles, tomou as sobras e as deu. Para demonstrar-lhes a veracidade de sua ressurreição, não só quis que  seus discípulos lhe tocassem, como que dignou-se a comer com eles, para vissem que havia ressuscitado de uma maneira real, e não de um modo imaginário. Comeu para manifestar que podia, e não por necessidade: a terra sedenta absorve a água de um modo diferente de como a absorve o sol ardente; a primeira por necessidade, o segundo por potência" (São Beda, in Catena Aurea , vol. VI, p. 550).
"Páscoa do Senhor, Páscoa; digo isso pela terceira vez em honra da Trindade; Páscoa. É, para nós, a festa das festas, a solenidade das solenidades, que é superior a todas as demais, não só às festas humanas e terrenas, mas também às festas do próprio Cristo que se celebram em sua honra, assim como o sol supera a todas as estrelas" (São Gregório Nacianceno, Oração 45, 2).
"E entrando, não encontraram o corpo do Senhor. Não havendo encontrado o Corpo de Jesus, porque havia ressuscitado, eram agitadas por diversas idéias; e como amavam tanto ao Senhor e encontravam-se aflitas por sua desaparição, mereceram a presença de um anjo" (São Cirilo, in Catena Aurea, vol. VI, p. 524).
"Aproveitaram tanto os Apóstolos da Ascensão do Senhor que tudo o que antes lhes causava medo, depois  converteu-se em gozo. Desde aquele momento elevaram toda a contemplação de sua alma à divindade sentada à destra do pai, e já não lhes era obstáculo a vista de seu corpo para que a inteligência, iluminada pela fé, acreditasse que Cristo, nem descendendo havia se afastado do Pai, nem com sua Ascensão havia se afastado de seus discípulos" (São Leão Magno, Sermão 74).
ACI Digital

VII Domingo da Páscoa - Ascensão do Senhor: IDE E FAZEI DISCÍPULOS

Dom Sérgio da Rocha 
Adm. Apost. Arquidiocese de Brasília
Na solenidade da Ascensão do Senhor, celebramos o mistério da fé que professamos ao rezar o Creio: “Jesus subiu aos Céus, está sentado à direita de Deus Pai Todo-Poderoso”. Quem crê na ressurreição e na vida eterna, jamais se desespera diante da morte; ao contrário, permanece firme na esperança. O fundamento da nossa esperança é Cristo Ressuscitado, vencedor da morte.
Ao mesmo tempo, a esperança que brota da fé no Ressuscitado, se completa com a atitude de responsabilidade na vida presente. Na narrativa da Ascensão, conforme os Atos dos Apóstolos, os anjos perguntam aos apóstolos: “por que ficais aqui parados, olhando para o céu?” (At 1,11). Os discípulos de Jesus não podem “ficar parados”, olhando para o céu. O olhar para o céu é necessário para nos levar a caminhar, cumprindo a missão que Jesus deixou, conforme o Evangelho: “Ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo e ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei” (Mt 28, 19).
Em resposta ao mandato missionário, os discípulos saíram para anunciar o Evangelho por todo o mundo. Hoje, somos nós, os discípulos chamados a anunciar e a testemunhar Jesus Cristo, em casa, no trabalho, na escola e nos diversos ambientes. Nesta missão, não estamos sozinhos. Ele prometeu estar sempre com os discípulos enviados em missão: “Eis que estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28,20). As nossas comunidades devem estar em estado permanente de missão. Devemos ir ao encontro de todos, especialmente das ovelhas sofridas ou dispersas. Nesta tarefa, devemos valorizar, sempre mais, os meios de comunicação social. Celebra-se, a cada ano, neste domingo, o Dia mundial das Comunicações Sociais. Em sua mensagem para este dia, o Papa Francisco aborda o tema da “narração”: “Para que possas contar e fixar na memória” (Ex. 10,2). A vida faz-se história. Nela, o Santo Padre ressalta a necessidade de “histórias boas: histórias que edifiquem e não as que destruam; histórias que ajudem a reencontrar as raízes e a força para prosseguirmos juntos”.
Estamos iniciando a preparação para Pentecostes a ser celebrado no próximo domingo e a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos.  Preparando Pentecostes, somos convidados a superar as divisões, orando pela unidade dos cristãos segundo o desejo do próprio Jesus: “Que todos sejam um!” (Jo 17,21).
Folheto: "O Povo de Deus"/Arquidiocese de Brasília

Igreja celebra hoje a Solenidade da Ascensão do Senhor

REDAÇÃO CENTRAL, 24 Mai. 20 / 05:00 am (ACI).- Hoje a Igreja Universal celebra a Solenidade da Ascensão do Senhor ao céu, após quarenta dias de sua ressurreição.

São João Paulo II, ao meditar sobre esta Solenidade, em sua homilia de 24 de maio de 2001, assinalou que “a contemplação cristã não nos subtrai ao compromisso histórico. O ‘céu’ da Ascensão de Jesus não quer dizer distância, mas o ocultar e a vigilância de uma presença que nunca nos abandona, até que Ele venha na glória”.
“Entretanto – continua o santo – chegou a hora exigente do testemunho para que, em nome de Cristo, ‘sejam anunciadas a todas as gentes a conversão e a remissão dos pecados’”.
Uma das passagens bíblicas que narra este episódio da vida do Senhor está no Evangelho de São Lucas 24,46-53:
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 46 “Assim está escrito: O Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia 47 e no seu nome serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém.
48 Vós sereis testemunhas de tudo isso. 49 Eu enviarei sobre vós aquele que meu Pai prometeu. Por isso, permanecei na cidade, até que sejais revestidos da força do alto”.
50 Então Jesus levou-os para fora, até perto de Betânia. Ali ergueu as mãos e abençoou-os. 51 Enquanto os abençoava, afastou-se deles e foi levado para o céu. 52 Eles o adoraram. Em seguida voltaram para Jerusalém, com grande alegria. 53 E estavam sempre no Templo, bendizendo a Deus.
ACI Digital

Os apóstolos se sentiram tristes na Ascensão do Senhor?

REDAÇÃO CENTRAL, 24 Mai. 20 / 06:00 am (ACI).- Os apóstolos acompanharam Jesus durante três anos, durante os quais cultivaram uma amizade pessoal com Ele, sendo abençoados sem medida. É por isso que a perda mais terrível de suas vidas ocorreu na Sexta-feira Santa, quando Jesus morreu na cruz.

No entanto, como recorda um blog publicado pelo escritor John Clark em ‘National Catholic Register’, em dois dos seus sermões sobre a Ascensão do Senhor, o Papa Leão I, "O Magno", comentou que a Ascensão foi um momento de alegria para os apóstolos, e não de tristeza.
"E, portanto, os apóstolos mais abençoados e todos os discípulos, que se tinham se sentido desorientados por sua morte na cruz, mas voltaram ao crer em sua ressurreição, ficaram tão fortalecidos pela clareza da verdade, que quando o Senhor entrou nas alturas do céu, a tristeza não lhes afetou, e eles ficaram cheios de uma grande alegria", afirmou o Papa.
Como se recorda, naqueles dias os apóstolos restantes, com exceção de João, se viram obrigados a refletir sobre o fato de que não estiveram presentes durante a Paixão e Crucificação do Senhor.
Por isso que os apóstolos ansiavam por ver Jesus novamente, para prostrar-se em seus pés e pedir o perdão de seu Amigo. Tiveram a oportunidade.
Jesus ressuscitou dos mortos e depois apareceu a eles, e podemos acreditar que o amor e o carinho deles por Cristo foram mais fortes do que nunca nestes dias após a Ressurreição.
No entanto, o tempo com Ele foi curto, porque apenas algumas semanas depois, Jesus ascendeu ao céu. Os apóstolos também sabiam que Jesus estava enviando o Espírito Santo, que os consolaria. Em sua ascensão, Jesus não os abandonava; Ele estava preparando um lugar para eles no Céu, onde não há tristeza, mas apenas felicidade.
O Papa Leão I comentou que "o motivo de sua alegria foi tão grande e impronunciável quando, à vista da multidão santa, acima da dignidade de todos os seres celestiais, a Natureza da humanidade subiu para passar sobre as filas dos anjos e subir além das alturas dos arcanjos".
“Não foi apenas a fé dos apóstolos que foi confirmada pela Ascensão, mas os apóstolos finalmente entenderam as palavras de Jesus: ‘Depois de ir e vos preparar um lugar, voltarei e vos tomarei comigo, para que, onde eu estou, também vós estejais'(João 14,3)”, refletiu.
Nesse sentido, de acordo com o Papa Leão I, os apóstolos foram revitalizados com alegria.
Santo Tomás de Aquino disse que um dos efeitos da Ascensão é dar esperança: "Ao colocar no Céu a natureza humana que Ele assumiu, Cristo nos deu a esperança de ir para lá", expressou o santo.
"Fomos criados por Deus para compartilhar sua felicidade eterna. Além disso, devemos nos alegrar porque Jesus ainda está conosco no Santíssimo Sacramento. E assim, o que até então era visível do nosso Redentor se converteu em uma presença sacramental", recordou o Pontífice.
Da mesma forma, o Papa ressaltou que Jesus ascendeu para preparar um lugar para todos aqueles que o amam, isso deve ser lembrado "quando os problemas do mundo nos angustiam, quando somos tentados pela tristeza".
"Quando parece que o mal foi vitorioso, que o diabo venceu de alguma forma, devemos nos lembrar da Ascensão como prova de que Cristo venceu. De fato, Ele conquistou o mundo. E conquistou o mal", afirmou.
Como aconselhou o Papa Leão I, "e assim, amadíssimos amores, alegremo-nos com alegria espiritual, e demos graças a Deus e elevemos os olhos de nossos corações sem impedimentos para as alturas de onde Cristo está".
Este domingo da Ascensão deve ser um momento de grande alegria e esperança para todos os membros do Corpo Místico de Cristo, assim como para lembrar que todos somos chamados ao Céu.
Publicado originalmente em NCR.
ACI Digital

sábado, 23 de maio de 2020

A MÃE DO BELO AMOR

ACI Digital
“Eu sou a Mãe do Belo Amor! ”. (Eclo 24, 24). Esta frase, que está no livro do Eclesiástico, é utilizada pela Liturgia para exaltar uma característica da Virgem Santa Maria, ou seja, o seu amor, sem reservas, aos planos salvíficos de Deus. Esta frase cabe, com perfeição, nos lábios da Virgem Mãe, pois, em termos humanos, nunca houve, e jamais haverá em toda a nossa história, um amor a Deus tão grande, tão perfeito, tão ardoroso e tão belo quanto o que teve a Virgem Santa de Nazaré, desde o primeiro instante de sua existência.
O Apóstolo São João nos ensina que “Deus é amor”. (1 Jo 4,8). Maria é a Mãe de Deus, e se Deus é amor, Nossa Senhora é a Mãe do Belo Amor, que é Jesus Cristo em Pessoa. Entre todas as criaturas, Maria é a mais amável, a bendita entre as mulheres, a cheia de graça, a guardiã da beleza do verdadeiro Amor.
O amor da Virgem Maria abriu as portas da plenitude dos tempos, a fim de que Deus viesse habitar entre nós. Graças ao seu sim, à sua entrega e serviço, o amor de Maria embeleza as nossas almas aos olhos de Deus e leva essa amorosa Mãe a nos ter por filhos, pois a natureza do amor é sempre ser expansivo. Quando adentramos a escola de Maria e a acolhemos como nossa bondosa Mãe, podemos afirmar com renovado entusiasmo: “Ó seguro refúgio, a Mãe de Deus é a minha mãe. Que certeza tem a nossa esperança, já que nossa salvação depende da sentença de um Irmão tão bom e de uma tão compassiva Mãe!”. (Santo Anselmo).
Santo Agostinho nos ensina que “a história da humanidade consiste na luta entre dois amores: amor e egoísmo”. O amor é muito mais que do um sentimento, é um mandamento que Cristo nos legou e, por isso, se traduz na identificação com Deus e no serviço ao próximo. Por sua vez, o egoísmo é o amor deturpado que se volta unicamente para si. A Virgem Maria viveu o mais alto grau do amor e, deste modo, com a autoridade da Mãe do Belo Amor, Ela “mostra-nos o que é o amor e de onde este tem a sua origem e recebe incessantemente a sua força”. (Papa Bento XVI, Deus Caritas Est, nº 42).
A Virgem Maria nunca se deixou levar pelas sombras do egoísmo. Ao contrário, Ela sempre comunicou a ternura do abraço que acalenta, acolhe e consola. Ela sempre extravasou os sinais do amor, da ternura e do encanto, salmodiando: “Transborda um poema do meu coração”. (Sl 44,2). E ainda: “Minha alma glorifica ao Senhor e meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador!”. (Lc 1,47).
“Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua Palavra! ” (Lc 1, 38). Ao comunicar ao Arcanjo São Gabriel a generosidade do seu sim, sua decisão de participar livremente nos projetos divinos, a Virgem Maria nos ensina que o amor é uma escolha, a melhor opção da liberdade que, quando realizada com responsabilidade, nos ajuda a ser, sempre mais, imagem e semelhança de Deus, intensificando a nossa união com o Amado. Graças ao sim amoroso de Maria, o amor de Deus se debruçou sobre nós, pecadores, a fim de nos salvar do caos e da morte eterna. Foi o Amor que fecundou a Virgem Mãe, transformando-a na Mãe do Belo Amor.
Logo após a anunciação do Arcanjo São Gabriel e a revelação de que Isabel, sua idosa prima, estava grávida, a Virgem Mãe se dirigiu a Ain Karim para servir a Isabel, testemunhando que o amor é dinâmico e expansivo, é um olhar observador sobre as necessidades do outro, é um gesto de doação, de alegria por poder compartilhar da felicidade do próximo.
Desse modo, a felicidade de Isabel e de Zacarias, pelo nascimento de João Batista, se tornou também a felicidade de Maria, pois o amor sempre se faz presente no nascimento, no início da vida, clareando inúmeras possibilidades de esperança. Em Ain Karim, a Mãe do Belo Amor evidenciou que o amor não se limita a querer o bem das pessoas, pois o amor vai mais longe: o amor realiza, concretiza o bem. Ela também evidenciou que o amor que não sai de si e não encontra o outro acabará esmorecendo, ou, até mesmo, desaparecendo.
Nas Bodas de Caná da Galileia, por meio dos gestos e das palavras de Maria, somos inseridos na revelação de que o amor não é uma posse individual. Maria tinha o pleno conhecimento de que o seu Filho é Deus, mas os vizinhos e os habitantes de Nazaré e das redondezas não sabiam. A partir de Caná, do início da vida pública de Jesus, o nosso Redentor estará fisicamente cada vez menos presente no lar de Nazaré, mas, cada vez mais estará no meio dos pecadores, dos doentes e de todos aqueles que precisam de Sua misericórdia.
Naquela festa de casamento, com o seu olhar amoroso, Maria percebeu a falta do vinho e o possível constrangimento que os noivos iriam sofrer, mas o amor chega primeiro, chega sempre a tempo e resolve as dificuldades, mesmo quando não é percebido. Após o acontecimento de Caná, o relacionamento amoroso entre Maria e o Cristo, entre a Mãe e o Filho, foi inserido em um grau muito superior, envolvendo a Virgem Mãe na dinamicidade da Igreja, onde Ela é a nossa Mãe medianeira.
Aos pés da Cruz de Jesus, a Virgem Maria testemunhou que o amor é inseparável da dor. O amor exige sacrifícios e renúncias, a fim de transformar a realidade, evidenciando os sinais de um novo tempo, a tão esperada ressurreição. Aos pés da Cruz de Jesus, a Mãe das dores nos faz perceber que a ausência de Deus, a falta de fé em Deus, a negação de Deus, é pior do que a miséria, a fome e a pobreza, pois o Amor só faz morada onde é acolhido, onde as portas da salvação se abrem livremente. O Amor é a chama que mantém acesa a nossa esperança, mesmo quando as tempestades sacodem o barco da nossa vida.
Contemplando a vida e o exemplo da Mãe do Belo Amor, participamos dos mistérios divinos e adquirimos a consciência de que a finalidade do amor humano é a correspondência ao amor de Deus, pois no encontro decisivo com o Cristo, nós encontramos a paz, segurança e bondade. Juntos da Virgem Maria, nós somos inseridos nos caminhos da alegria do Evangelho, onde aprendemos que o amor precisa se esvaziar de todas as coisas que atrapalham a caminhada na vida humana e cristã, para que possa ser preenchido pela presença de Cristo, pela realidade sobrenatural da graça e pelos sinais da caridade que jamais passarão.
O amor da Virgem Mãe é uma realidade viva e dinâmica nas almas e corações, pois Ela viveu a plenitude do amor humano em correspondência ao amor do Filho, em uma sublime entrega de amor por todos nós. No dia da sua assunção aos céus, em corpo e alma, “finalmente, após tantos voos espirituais, tantos arrebatamentos e tantos êxtases, aquele castelo santo de pureza e humildade rendeu-se ao último assalto do amor, depois de haver resistido a tantos. O amor a venceu, e consigo levou sua benditíssima alma”. (São Francisco de Sales).
Doce Mãe Maria, Mãe do Belo Amor, ensinai-nos a viver o abandono total à vontade de Deus por meio da vivência do amor. Mãe, nós queremos alcançar a perfeição do amor por nosso Senhor Jesus Cristo e, por isso, recorremos à sua poderosa proteção, dizendo: “Salve, ó Mãe, Rainha do mundo. Tu és a Mãe do Belo Amor. Tu és a Mãe de Jesus, Fonte de toda a graça, o perfume de toda virtude, o espelho de toda a pureza. Tu és alegria no pranto, vitória na batalha, esperança na morte. Que doce sabor o teu nome na nossa boca, que suave harmonia nos nossos ouvidos, que embriaguez no nosso coração! Tu és a felicidade dos que sofrem, a coroa dos mártires, a beleza das virgens. Suplicamos-Te, guia-nos, a seguir a este exílio, até à posse do Teu Filho, Jesus. Amém! ”. (Papa João Paulo II, Homilia em 1º de maio de 1979).  Mãe do Belo Amor, ensinai-nos a amar o que é belo, nobre e justo aos olhos de Cristo, pois assim elevaremos e transfiguraremos a nossa vida, conhecendo sempre mais as riquezas escondidas no vosso coração materno e no Sagrado Coração de Jesus, divina Fonte do Amor!
Aloísio Parreiras
Arquidiocese de Brasília

Pais da Igreja: Melitão de Sardes

Ecclesia
(?-cerca de 195), bispo

Antologia
«Magoado com a dureza dos seus corações»

Homilia pascal
É Ele o cordeiro sem voz, é Ele o cordeiro imolado, Ele que nasceu de Maria, a cordeira cheia de graça. Ele é o que foi retirado do rebanho para ser conduzido ao matadouro...
Ele foi conduzido à morte. Onde? No coração de Jerusalém. Porquê ? Porque tinha cuidado dos seus coxos, purificado os seus leprosos, devolvido a luz aos seus cegos e ressuscitado os seus mortos (Lc 7,22). Eis a razão por que sofreu. Está escrito na Lei e nos profetas: “Pagaram-me o mal pelo bem. A minha alma vive o abandono; meditaram o mal contra mim. Prendamos o justo, diziam ele, porque nos é odioso” (Sl 37,21 ; Jr 11,19).
Porque cometeste este crime sem nome? Desonraste aquele que te tinha honrado, humilhaste o que te tinha exaltado, renegaste aquele que te tinha reconhecido, rejeitaste o que te tinha chamado, mataste aquele que te dava a vida... Era preciso que ele sofresse, mas não por ti. Era preciso que fosse julgado, mas não por ti. Era preciso que fosse crucificado, mas não pelas tuas mãos. Porque não rezaste a Deus esta oração: “Ó Senhor, se é preciso que o teu filho sofra, se é essa a tua vontade, que ele sofra, mas não por mim”.

FONTE:

«O mistério da Páscoa: a novidade do Verbo encarnado»

Sobre a Páscoa
Foi lida a Escritura a respeito do êxodo hebreu, foram explicadas as palavras do mistério: como a ovelha foi imolada e o povo foi salvo.
Compreendei, pois, caríssimos! É assim
novo e antigo,
eterno e temporal,
corruptível e incorruptível,
mortal e imortal
o mistério da Páscoa:
antigo segundo a Lei,
novo segundo o Verbo;
temporal na figura,
eterno na graça;
corruptível pela imolação da ovelha,
incorruptível pela vida do Senhor;
mortal pela sepultura, na terra,
imortal pela ressurreição dentre os mortos.
Antiga a Lei, novo o Verbo;
temporal a figura, eterna a dádiva;
corruptível a ovelha, incorruptível o Senhor,
o qual, imolado como cordeiro, ressurgiu como Deus.
Pois, como a ovelha, foi levado ao matadouro,
mas não era ovelha;
como o cordeiro, não abriu a boca,
mas não era cordeiro.
Passou a figura, persiste a realidade.
Em vez do cordeiro, Deus presente,
em vez da ovelha, um homem,
e neste homem, Cristo,
aquele que sustém todas as coisas.
Assim, o sacrifício da ovelha,
e a solenidade da Páscoa,
e a letra da Lei,
cederam lugar ao Cristo Jesus,
por causa do qual tudo sucedera na antiga Lei,
e muito mais sucede na nova disposição.
Pois a Lei se converteu em Verbo,
o antigo em novo,
ambos saídos de Sião, e de Jerusalém.
O mandamento se converteu em dádiva,
a figura em realidade,
o cordeiro em Filho,
a ovelha em homem,
o homem em Deus.
Com efeito, aquele que nascera como Filho,
e fora conduzido como cordeiro,
sacrificado como ovelha,
sepultado como homem,
ressuscitou dentre os mortos como Deus,
sendo por natureza Deus e homem.
Ele é tudo:
enquanto julga, é lei;
enquanto ensina, Verbo;
enquanto gera, pai;
enquanto sepultado, homem;
enquanto ressurge, Deus;
enquanto gerado, Filho;
enquanto padece, ovelha;
ele, Jesus Cristo,
a quem seja dada a glória pelos séculos. Amém.
Tal é o mistério da Páscoa,
como foi descrito na Lei
e como o acabamos de ler.

sexta-feira, 22 de maio de 2020

Catedral Metropolitana N. Sra. Aparecida, primeiro monumento a ser criado em Brasília

Projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer, foi o primeiro monumento a ser criado em Brasília. Sua pedra fundamental foi lançada em 12 de setembro de 1958.

Teve sua estrutura pronta em 1960, onde apareciam somente a área circular de setenta metros de diâmetro, da qual se elevam dezesseis colunas de concreto (pilares de secção parabólica) num formato hiperboloide, que pesam noventa toneladas. O engenheiro Joaquim Cardozo foi o responsável pelo cálculo estrutural que permitiu a construção da catedral. Em 31 de maio de 1970, foi inaugurada de fato, já nesta data com os vidros externos transparentes.

 Na praça de acesso ao templo, encontram-se quatro esculturas em bronze com 3 metros de altura, representando os evangelistas; as esculturas são de Alfredo Ceschiatti, com a colaboração de Dante Croce. No interior da nave, estão as esculturas de três anjos, suspensos por cabos de aço. As dimensões e peso das esculturas são de 2,22 m de comprimento e 100 kg a menor; 3,40 m de comprimento e 200 kg a média e 4,25 m de comprimento e trezentos kg a maior.
O batistério em forma ovoide teve em suas paredes o painel em lajotas cerâmicas pintadas em 1977 por Athos Bulcão. O campanário composto por quatro grandes sinos, doado pela Espanha, completa o conjunto arquitetônico. A cobertura da nave tem um vitral composto por dezesseis peças em fibra de vidro em tons de azul, verde, branco e marrom inseridas entre os pilares de concreto. Cada peça insere-se em triângulos com dez metros de base e trinta metros de altura que foram projetados por Marianne Peretti em 1990. O altar foi doado pelo papa Paulo VI e a imagem da padroeira Nossa Senhora Aparecida é uma réplica da original que se encontra em Aparecida – São Paulo.

A via sacra é uma obra de Di Cavalcanti. Na entrada da catedral, encontra-se um pilar com passagens da vida de Maria, mãe de Jesus, pintados por Athos Bulcão.
Fonte :https://catedral.org.br/historia
Arquidiocese de Brasília

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF