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sexta-feira, 12 de junho de 2020

São Leão III, papa.

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( ~ 750 – 816)

Papa italiano da Igreja Católica Romana (795-816) nascido em Roma, eleito um dia após a morte de Adriano I, com agrado geral. Filho de Azúpio e cardeal de Santa Susana, após eleito enviou a Carlos Magno as chaves de São Pedro e a bandeira do patriciado. Ao tentar combater abusos do partido aristocrático, e para não ser morto foi obrigado fugir para a Alemanha, onde ficou sob a proteção de Carlos Magno, então em guerra contra os Saxões. Recebido em pleno acampamento de guerra todo o exército dobrou três vezes os joelhos ante o martirizado pontífice. Uma comitiva de bispos e nobres, chefiados pelo rei Pepino, filho de Carlos, reconduziu a Roma o papa, que foi acolhido festivamente em toda a parte. Assumindo definitivamente seu trono, reprovou a heresia adocionista de Elipando e Félix, o bispo de Urgel, Espanha. Quando Carlos Magno foi à Itália (800) reuniu-se um concílio para acolher as acusações contra o papa, a pedido do próprio pontífice. Sem apoio seus detratores foram condenados à morte, mas tiveram a pena comutada pelo para exílio em Bizâncio. Na noite de Natal daquele ano, Carlos Magno foi coroado pelo papa imperador do Oriente, um dos mais importantes gestos históricos da Idade Média. No seu pontificado os Visigodos voltaram ao catolicismo e os Longobardos abandonaram o cristianismo. Morreu dois anos após a morte de Carlos Magno e é comemorado em 12 de junho.
Fonte: www.dec.ufcg.edu.br

São Gaspar de Búfalo



Vicente Strambi, que foi seu companheiro nas missões que havia nas regiões rurais do Lácio, o definiu como “terremoto espiritual”. O povo que escutava suas prédicas chamava-o de “anjo da paz”. Com as armas pacíficas da palavra e da caridade conseguiu de fato o impressionante fenômeno do banditismo que prolifera nas periferias de Roma. Peregrinos e mercados caíam infalivelmente nas emboscadas dos marginais. De nada adiantavam as expulsões, sanções e execuções capitais. O Papa Leão XII recorreu então a Gaspar de Búfalo, que conseguiu amansar os bandidos mais temíveis. Porém, muitos outros méritos teve este santo, que o Papa João XXIII definiu “glória toda resplandecente do clero romano, verdadeiro e maior apóstolo da devoção ao Preciosíssimo Sangue de Jesus no mundo”. Uma produção feita por uma piedosa religiosa em 1810 dizia que em tempos de grande calamidades para a Igreja surgiria um zeloso sacerdote, que sacudiria o povo da sua indiferença, mediante a propagação de devoção ao Precioso Sangue. Naquele ano Gaspar de Búfalo, com dois anos de sacerdócio, tinha sido preso por ter rejeitado o juramento de fidelidade a Napoleão. Gaspar nasceu em Roma a 6 de janeiro de 1786, filho de Antônio e Anunciata Quartieroni.
Tinha começado às ocultas sua obra de evangelização do povo da periferia, dedicando-se aos carroceiros e aos camponeses da lavoura romana. São estas as personagens retratadas por Pinelli, que dão uma imagem sugestiva da Roma das primeiras décadas do século XIX; os carroceiros tinham transformado o Foro Romano, aos pés do Palatino, em depósito e mercado de feno. Libertado do cárcere, após a queda de Napoleão, Gaspar de Búfalo recebeu de Pio VII a incumbência de se dedicar às missões populares pela restauração religiosa e moral do Estado Pontifício. Ele empreendeu essa nova cruzada em nome do Precioso Sangue de Jesus, tornando-se o ardoroso apóstolo desta devoção. Fundou em 1815 a Congregação dos Missionários do preciosíssimo Sangue e em 1834, ajudado pela B. Maria de Matias, o Instituto das Irmãs Adoradoras do Preciosíssimo Sangue. Quando morreu em Roma, a 28 de dezembro de 1837, num quarto em cima do Teatro Marcelo, São Vicente Pallotti, seu contemporâneo, teve a visão de sua alma que subia ao encontro de Cristo, como uma estrela luminosa. A fama de sua santidade não demorou a atingir o mundo todo. Beatificado em 1904, foi canonizado por Pio XII em 1954.
Outros Santos do mesmo dia: Santo Onofre, São João de Sahagún, Santos Basílides e Companheiros, Santa Antonina, São Ternano, São Pedro do Monte Atos, São Leão III, São Odulfo, Beato Salvi, Beato Guido de Cortona e outros.

quinta-feira, 11 de junho de 2020

Como lidar com as discussões políticas em família

Alejandro Ruhl/Shutterstock

Um fragmento precioso de um importante documento da Igreja Católica pode servir de inspiração para você saber lidar com as brigas nos grupos de WhatsApp

Em tempos de polarização política, aumentam as discussões em grupos de amigos e familiares, gerando aborrecimento e mal-estar.
De repente, você percebe que aquele seu parente, em determinado tema, é seu adversário. Ou seja, no campo das ideias, ele pensa completamente diferente de você, colocando-se como opositor à sua postura.
Diante disso, como agir?
Um fragmento precioso de um importante documento da Igreja Católica pode servir de inspiração para você saber lidar com os adversários nos grupos de WhatsApp, seja entre amigos ou familiares.
Trata-se da Constituição Pastoral Gaudium et Spes (Sobre a Igreja no Mundo Atual), que no número 28 fala sobre o “respeito e amor dos adversários”.
O texto afirma:
O nosso respeito e amor devem estender-se também àqueles que pensam ou atuam diferentemente de nós em matéria social, política ou até religiosa.
Aliás, quanto mais intimamente compreendermos, com delicadeza e caridade, a sua maneira de ver, tanto mais facilmente poderemos com eles dialogar.
Evidentemente, este amor e benevolência de modo algum nos devem tornar indiferentes perante a verdade e o bem.
Pelo contrário, é o próprio amor que incita os discípulos de Cristo a anunciar a todos a verdade salvadora.
Mas deve distinguir-se entre o erro, sempre de rejeitar, e aquele que erra, o qual conserva sempre a dignidade própria de pessoas, mesmo quando está atingido por ideias religiosas falsas ou menos exatas.
Só Deus é juiz e penetra os corações; por esse motivo, proibe-nos Ele de julgar da culpabilidade interna de qualquer pessoa.
A doutrina de Cristo exige que também perdoemos as injúrias, e estende a todos os inimigos o preceito do amor, que é o mandamento da lei nova: «ouvistes que foi dito: amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo.
Mas eu digo-vos: amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos perseguem e caluniam» (Mt. 5, 43-44).
Aleteia

Das Obras de Santo Tomás de Aquino, presbítero

10 curiosidades sobre São Tomás de Aquino
Aleteia
(Opusculum 57, In festo Corporis Christi, lect. 1-4)              (Séc.XIII)

Ó precioso e admirável banquete!
            O unigênito Filho de Deus, querendo fazer-nos participantes da sua divindade, assumiu nossa natureza, para que, feito homem, dos homens fizesse deuses.
            Assim, tudo quanto assumiu da nossa natureza humana, empregou-o para nossa salvação. Seu corpo, por exemplo, ele o ofereceu a Deus Pai como sacrifício no altar da cruz, para nossa reconciliação; seu sangue, ele o derramou ao mesmo tempo como preço do nosso resgate e purificação de todos os nossos pecados.
            Mas, a fim de que permanecesse para sempre entre nós o memorial de tão imenso benefício, ele deixou aos fiéis, sob as aparências do pão e do vinho, o seu corpo como alimento e o seu sangue como bebida. Ó precioso e admirável banquete, fonte de salvação e repleto de toda suavidade! Que há de mais precioso que este banquete? Nele, já não é mais a carne de novilhos e cabritos que nos é dada a comer, como na antiga Lei, mas é o próprio Cristo, verdadeiro Deus, que se nos dá em alimento. Poderia haver algo de mais admirável que este sacramento?
            De fato, nenhum outro sacramento é mais salutar do que este; nele os pecados são destruídos, crescem as virtudes e a alma é plenamente saciada de todos os dons espirituais.
            É oferecido na Igreja pelos vivos e pelos mortos, para que aproveite a todos o que foi instituído para a salvação de todos.
            Ninguém seria capaz de expressar a suavidade deste sacramento; nele se pode saborear a doçura espiritual em sua própria fonte; e torna-se presente a memória daquele imenso e inefável amor que Cristo demonstrou para conosco em sua Paixão.
            Enfim, para que a imensidade deste amor ficasse mais profundamente gravada nos corações dos fiéis, Cristo instituiu este sacramento durante a última Ceia, quando, ao celebrar a Páscoa com seus discípulos, estava prestes a passar deste mundo para o Pai. A Eucaristia é o memorial perene da sua Paixão, o cumprimento perfeito das figuras da Antiga Aliança e o maior de todos os milagres que Cristo realizou. É ainda singular conforto que ele deixou para os que se entristecem com sua ausência.

Maior tapete de Corpus Christi da América Latina será virtual este ano

Foto: Arquidiocese de Niterói/Divulgação.
Niterói, 11 Jun. 20 / 09:00 am (ACI).- Este ano, a Arquidiocese de Niterói que possuí o maior tapete de Corpus Christi da América Latina no município de São Gonçalo vai homenagear o Corpo e o Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo com um tapete virtual, nesta quinta-feira, 11.
Tradicionalmente, a solenidade do Corpo de Cristo, que é celebrada pela Igreja Católica em todo o mundo, também é ocasião de unir milhares de pessoas em procissões e na confecção de tapetes com materiais como sal, flores e serragem.    
Até o ano passado, os fiéis passavam a noite e a madrugada montando os tapetes, mas devido à pandemia da COVID-19, o Setor de Comunicação da Arquidiocese de Niterói, em contato com o Arcebispo de Niterói, Dom José Francisco, apresentou um projeto para não deixar passar em branco a data e permitir que os fiéis confeccionem virtualmente um tapete de artes, para expressar sua devoção.
Mesmo sem sair de casa, os fiéis das paróquias e comunidades fotografaram seus desenhos feitos em papéis de todo tipo e tamanho. Todo o material que será utilizado para confecção do tapete virtual foi entregue na terça-feira, 9. Os organizadores pediram também, na medida do possível, um vídeo curto, com as identificações dos autores do “Tapete de Corpus Christi Virtual” da Arquidiocese de Niterói.
A apresentação das artes será feita pelas redes sociais, no dia 11, após a Santa Missa, que terá início às 17h (hora do Brasil) e será presidida por Dom José Francisco, na Catedral de São João Batista, de portas fechadas. Após a Eucaristia, haverá uma procissão, da nave central da Catedral para a Capela do Santíssimo, para um momento de Adoração. 
Ao final da transmissão da solene celebração, o Setor de Comunicação exibirá as artes.
Confira mais em: https://arqnit.org.br.
ACI Digital

O milagre eucarístico com o qual se instituiu a Solenidade de Corpus Christi

Milagre Eucarístico de Bolsena / Crédito da imagem –
Wikipédia (domínio público)
REDAÇÃO CENTRAL, 10 Jun. 20 / 05:00 am (ACI).- A Catedral de Orvieto, na Itália, guarda um dos milagres Eucarísticos mais importantes na história da Igreja e que motivou o Papa Urbano IV a instituir a Solenidade de Corpus Christi.
Em meados do século XIII, Pe. Pedro de Praga duvidava sobre a presença de Cristo na Eucaristia e realizou uma peregrinação a Roma para rogar sobre o túmulo de São Pedro uma graça de fé.
Ao regressar, enquanto celebrava a Santa Missa em Bolsena, na cripta de Santa Cristina, a Sagrada Hóstia sangrou, manchando o corporal com o preciosíssimo sangue.
A notícia chegou rapidamente ao Papa Urbano IV, que estava muito perto de Orvieto e mandou que o corporal fosse levado até ele. A venerada relíquia foi levada em procissão e diz-se que o Pontífice, ao ver o milagre, ajoelhou-se diante do corporal e, em seguida, o mostrou à população.
Mais tarde, o Santo Padre publicou a bula “Transiturus”, com a qual ordenou que fosse celebrada a Solenidade de Corpus Christi em toda a Igreja na quinta-feira depois do domingo da Santíssima Trindade.
Do mesmo modo, o Papa Urbano IV encomendou a Santo Tomás de Aquino a preparação de um ofício litúrgico para a festa e a composição de hinos, que são entoados até o dia de hoje: Tantum Ergo, Lauda Sion.
A santa relíquia é conservada na Catedral de Orvieto e pode ser apreciada em uma capela construída em honra a este milagre Eucarístico. O corporal sai em procissão todos os anos durante a Festa de Corpus Christi e são presididas as celebrações Eucarísticas na Catedral.
São João Paulo II, durante sua visita à Catedral de Orvieto em 1990, assinalou que “Jesus se converteu em nosso alimento espiritual para proclamar a soberana dignidade do homem, para reivindicar seus direitos e suas justas exigências, para transmitir-lhes o segredo da vitória definitiva sobre o mal e a comunhão eterna com Deus”.
ACI Digital

S. BARNABÉ, APÓSTOLO

S. Barnabé, apóstolo
S. Barnabé, apóstolo 
«A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma. Ninguém dizia que eram suas as coisas que possuía, mas tudo entre eles era comum... Nem havia entre eles nenhum necessitado, porque todos os que possuíam terras ou casas vendiam-nas, e traziam o preço do que tinham vendido e depositavam-no aos pés dos apóstolos. Repartia-se então a cada um deles conforme a sua necessidade. Assim José - a quem os apóstolos deram o apelido de Barnabé, que quer dizer “Filho da Consolação” - levita, natural de Chipre, possuía um campo. Vendeu-o e trouxe o valor dele e depositou aos pés dos apóstolos» (Atos 4, 32-37).
A Bíblia menciona, pela primeira vez, o nome de Barnabé entre aqueles que, depois da morte de Jesus em Jerusalém, se reúnem em torno dos Apóstolos. Trata-se de uma comunidade de fiéis, na qual vivem, fraternalmente, compartilhando seus bens. Porém, a tradição – transmitida por Eusébio de Cesareia, obtida de Clemente Alexandrino - também o inclui entre os 72 discípulos enviados por Jesus em missão para anunciar o Reino de Deus. Logo, ele já pertencia ao grupo dos seguidores de Cristo. Sobre as suas origens, sabemos, através da Sagrada Escritura, que era natural da ilha de Chipre, na Grécia, judeu e chamado José.

Cristão em Jerusalém
Barnabé encontra-se entre as pessoas mais influentes da primeira Comunidade cristã nascente, tanto que, embora não fizesse parte dos Doze, era chamado apóstolo. Foi o primeiro a acolher Paulo, após a sua conversão na estrada de Damasco, que chegara a Jerusalém para encontrar os Apóstolos. Enquanto muitos desconfiavam daquele Saulo, que perseguia os cristãos, Barnabé o acolheu e o inseriu na comunidade.

Barnabé, considerado um "homem virtuoso... repleto de Espírito Santo e de fé", foi enviado a Antioquia da Síria, de onde chegavam notícias de numerosas conversões. Uma vez constatado que muitos acreditavam nele, Barnabé se alegra e exorta todos a "perseverarem com um coração resoluto no Senhor". Assim, pediu a ajuda de Paulo no seu serviço à nova comunidade de fiéis.

Logo, mais uma vez, Barnabé intervém na vida de Paulo, encorajando-o na sua missão como Apóstolo dos gentios. Os dois permanecem em Antioquia, durante um ano, instruindo muitos. Precisamente ali, "pela primeira vez, os discípulos foram chamados cristãos".

Uma longa missão com Paolo
Depois da pregação em Antioquia, Barnabé e Paulo partem para uma nova missão em Chipre. Com eles estava também João, chamado Marcos (o evangelista), primo de Barnabé. A etapa sucessiva era a Panfília, de onde João decide voltar para Jerusalém. Ao invés, Barnabé e Paulo prosseguem para a Pisídia, Licaônia, Listra e Derbe, mas, depois, voltam para Antioquia da Síria, detendo-se também em Perge e Atália.

No entanto, as conversões dos pagãos, cada vez mais numerosas, começam a suscitar divergências sobre a necessidade ou não da circuncisão. Por isso, por volta do ano 49, Barnabé e Paulo voltaram a Jerusalém para resolver este problema com os Apóstolos. Logo depois, ambos se preparam para uma nova missão, mas Barnabé quis envolver novamente o jovem João, embora Paulo fosse contrário, por não confiar muito nele. Barnabé, porém, o vê como um discípulo para ser reabilitado. Não chegando a um acordo, seus destinos se separam: Barnabé embarca para Chipre, com seu primo, e Paulo parte para a Ásia. "Até entre os Santos havia conflito, discórdia, divergência, que, para mim, causam consolação, pois os Santos não caem do céu": foi o que explicou Bento XVI, na audiência geral de 31 de janeiro de 2007, ao falar da relação entre Barnabé e Paulo.A santidade não consiste em nunca cometer erros, mas aumenta com a capacidade de se arrepender e a disponibilidade de recomeçar, mas, acima de tudo, com a capacidade de perdoar. De fato, mais tarde, Paulo mudou de ideia sobre João.

Da Itália ao martírio em Salamina
O Novo Testamento não nos fornece mais informações sobre Barnabé, mas alguns documentos bizantinos falam de uma viagem que fez com Pedro, com destino a Roma, de onde prosseguiu para o norte da Itália.

Em Milão, de modo particular, a sua pregação teria suscitado várias conversões, que deram origem à primeira comunidade cristã na cidade, que, por isso, o considerou seu primeiro Bispo.
Os Atos de Barnabé, obra do V século, narram a sua morte em Salamina, onde teria sido apedrejado por judeus sírios, no ano 61. A sepultura de Barnabé existe ainda hoje existe, Dizem que teria sido o próprio Barnabé a indicar, em sonho, a sua sepultura ao Bispo de Salamina, Anthemios, em fins do século V. Este, portanto, teria mandado trasladar os restos mortais do apóstolo Barnabé para a Basílica, que ele lhe quis dedicar.

Vatican News

quarta-feira, 10 de junho de 2020

Beato Eduardo Poppe



Eduardo João Maria Poppe, nasceu na cidade de Temsche, na Bélgica, no dia 18 de dezembro de 1890. Era o terceiro dos onze filhos de uma modesta família de trabalhadores. Sua educação religiosa começou no seio da própria família, muito cristã. Depois foi estudar no colégio dos Irmãos da Caridade, onde completou o ensino básico. Aos quinze anos entrou no seminário de São Nicolau, na diocese de Gand, destacando-se como exemplo de caridade e piedade. Foi durante o serviço militar, prestado em 1910, que Eduardo percebeu sua vocação religiosa. Aos vinte e dois anos ele ingressou no Seminário filosófico Leão XIII de Lovanio. Durante a Primeira Guerra Mundial foi convocado à servir as armas, servindo junto à Cruz Vermelha como enfermeiro, atendendo as ambulâncias que chegavam com os feridos. Em 1915 foi transferido para Gand e no ano seguinte era ordenado sacerdote. Logo foi nomeado vigário da Paróquia de Santa Colete, nesta diocese, iniciando seu ministério entre a população mais pobre, difundindo a devoção à Eucaristia e à Virgem Maria.
Preocupado em preparar as crianças para a Primeira Comunhão, formou um grupo de jovens catequistas para dar ênfase à devoção Eucarística. Logo este trabalho tornou-se conhecido e instituído em outras paróquias da diocese. Assim, Padre Eduardo elaborou e escreveu “O manual do catequista eucarístico”, em 1917, idealizado segundo os decretos de Papa São Pio X. Mas não criou apenas o “manual”, ele instituiu a “Liga da Comunhão frequente”, estendida aos operários também. O seu apostolado foi interrompido em 1918, quando foi nomeado diretor do convento das Irmãs de São Vicente de Paulo em Moerzeke-lez-Termonde. Ali continuou com sua preocupação em manter acesa a chama da fé cristã nos jovens catequistas, todos filhos de famílias socialistas e anticlericais. Por isto, publicou um semanário intitulado “Zonneland”, que significa “País do Sol”, direcionado à “Cruzada eucarística Pio X” de toda a Bélgica.
Mais tarde os problemas de sua saúde se agravaram. Padre Eduardo convivia desde a infância com uma doença congênita no coração. Por este motivo foi obrigado a viver numa poltrona. E foi neste período que ele escreveu sua extensa e notável bibliografia catequética com ênfase na Eucaristia. Dela se destacaram as obras: “Direção espiritual dos jovens” de 1920; “Salvemos os operários” de 1923, “Apostolado eucarístico paroquial” de 1923, “O amigo dos jovens” e “O método educativo eucarístico”, ambos de 1924. Inclusive outras publicadas depois de sua morte. Em 1921 o Cardeal o nomeou diretor espiritual do CIBI de Leopoldsburgo, reservado aos noviços que se destinavam ao serviço do altar, ali também seu ministério floresceu. Porém, aos trinta e quatro anos de idade, Padre Eduardo Poppe morreu repentinamente, no dia 10 de junho de 1924, no convento de Moerzeke-lez-Termonde, durante o período das férias. A sua morte causou forte comoção popular e no meio do clero, sendo imediatamente venerado por sua santidade. Ele foi beatificado em 1999, pelo Papa João Paulo II, que o nomeou de o “Pedagogo da Eucaristia”.
Outros Santos do mesmo dia: São Getúlio e companheiros, São Itamar, São Landerico, São Bogumilo, São Crispolo, São Maurino de Colona, Beato Henrique de Treviso, Beato Boaventura de Peraga, Beato João Dominici, Beatos Amada de Bolonha, Cecília Cesarini e Diana D’Andalo, Beato Henrique de Bolzano, Beato Tomás Green e Gualtiero Pierson e Beata Madalena de Capri.

Solenidade de Corpus Christi na Arquidiocese de Brasília terá adaptações

Na próxima quinta-feira, 11 de junho, a Igreja Católica celebra, em todo o mundo, o dia de Corpus Christi. A festa celebra, solenemente, o mistério da Eucaristia – o Sacramento do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo.
Este ano, devido à pandemia causada pelo COVID-19, foi suspenso a tradicional celebração solene seguida de procissão na Esplanada dos Ministérios.
Dom José Aparecido, recém eleito administrador da Arquidiocese de Brasília,  explica no vídeo como será a solenidade na Arquidiocese de Brasília:

Na Catedral de Brasília a celebração será às 10h30 e 18h30. Quem desejar participar deverá solicitar a sua vaga previamente pelo do site da Catedral.
Corpus Christi
Corpus Christi significa “Corpo de Cristo” e seu significado solene é celebrar o mistério da Eucaristia – o Sacramento do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo. A festa acontece sempre em uma quinta-feira, em referência à Quinta-feira Santa (instituição deste sacramento). Durante a última ceia Jesus tomou um pão e, tendo pronunciado a bênção, partiu-o, distribuiu-o aos discípulos e disse: “Tomai e comei, isto é o meu corpo.” Em seguida, tomou um cálice, deu graças e deu-lho, dizendo: “Bebei dele todos, pois isto é o meu sangue, o sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos, para a remissão dos pecados.” (Mt 26,26-28). Em seguida mandou os apóstolos celebrarem este mistério em Sua memória.

Arquidiocese de Brasília

Santo Anjo da Guarda de Portugal

Anjo da Paz, da Pátria, da Eucaristia. As três aparições desse anjo em Portugal compuseram o ciclo angélico da mensagem de Fátima.
Na primavera de 1916, as 3 crianças estavam na Loca do Cabeço (Fátima) a pastorear, quando apareceu-lhes um jovem de mais ou menos 14 ou 15 anos, mais branco que a neve, dizendo: “Não temais, sou o Anjo da Paz, orai comigo: Meu Deus eu creio, adoro, espero e amo-vos. Peço-vos perdão para os que não creem, não adoram, não esperam e não vos amam”. As crianças rezaram por três vezes, com o rosto ao chão. Depois ouviram do anjo: “Orai assim. Os corações de Jesus e de Maria, estão atentos à voz de vossas súplicas”. Essa oração acompanhou os pastorinhos sempre.
A segunda aparição deu-se num dia de verão, no quintal da casa de Lúcia, no Poço do Arneiro. As crianças estavam brincando sobre o poço, quando o anjo apareceu-lhes dizendo: “Que fazeis? Orai, orai muito. Os corações santíssimos de Jesus e de Maria, tem sobre vós desígnios de misericórdia… eu sou o Anjo da sua guarda, o anjo de Portugal”.
Na terceira aparição, outono do mesmo ano, novamente na Loca do Cabeço, as crianças rezavam a oração que aprenderam na primeira aparição, e o Anjo lhes apareceu com o cálice e uma hóstia. A hóstia a pingar gotas de sangue no cálice. Elas ajoelharam, e o anjo ensinou-lhes esta oração profundíssima que diz da essência da mensagem de Fátima: “Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espirito Santo, adoro-vos profundamente. E ofereço-vos o Preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo presente em todos os sacrários da Terra. Em reparação aos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido, e pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-vos a conversão dos pobres pecadores”. Depois disso, o Anjo da Eucaristia, entregou a hóstia para Lúcia e o cálice entre Francisco e Jacinta e disse-lhes: “Tomai e bebei o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, horrivelmente ultrajado pelos homens ingratos. Reparai os seus crimes e consolai o vosso Deus.”
Esta oração nos une com Maria, ao reparador Jesus Cristo, no mistério da Eucaristia para a glória da Santíssima Trindade.
Santo Anjo da Guarda de Portugal, rogai por nós!
Canção Nova

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF