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sexta-feira, 19 de junho de 2020

Bento XVI faz uma viagem inesperada à Alemanha

Papa emérito Bento VI e seu irmão Georg no Vaticano em uma imagem de arquivo.
Crédito: Vatican Media.
Vaticano, 18 Jun. 20 / 10:45 am (ACI).- O Papa Emérito Bento XVI visita seu irmão Georg Ratzinger, de 96 anos, gravemente doente, em Regensburg (Alemanha).
Este fato foi confirmado por fontes próximas de Bento XVI à CNA Deutch, agência em alemão do Grupo ACI. Trata-se de uma visita estritamente familiar e privada e, aparentemente, se deve ao estado de saúde de seu irmão Georg.
Segundo a ACI Stampa, agência em italiano do Grupo ACI, o Papa Emérito partiu às 10h52 de hoje, quinta-feira, 18 de junho, em um voo do estado italiano que fez escala em Munique e posteriormente viajou para Regensburg.
O Papa Emérito Bento XVI, de 93 anos, está acompanhado nesta viagem por seu secretário pessoal, Arcebispo Georg Gänswein.
É a primeira vez que o Papa Emérito sai da Itália desde que apresentou sua renúncia ao pontificado.
Georg Ratzinger foi diretor da Catedral de Ratisbona. Em 29 de junho de 2011, Georg e o Papa Emérito comemoraram em Roma o 60º aniversário de sua ordenação sacerdotal, já que foram ordenados juntos em 1951.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
ACI Digital

S. ROMUALDO, ABADE, FUNDADOR DOS CAMALDULENSES

S. Romualdo, Pseudo Palmeruccio
S. Romualdo, Pseudo Palmeruccio   (© MET)

O monge Romualdo foi um viajante incansável. Suas pregações eram feitas mais com os fatos do que com as palavras, ao percorrer toda a península italiana.
Ele manteve muitos encontros na sua vida: todos o procuravam e queriam conversar com este "Santo abade" e ele recebia todos, embora ele quisesse apenas o recolhimento no silêncio da oração.
Romualdo realizou muitos projetos, exceto um, que faltou: guiar expedições missionárias para a evangelização do Norte da Europa, que, entre os séculos X e XI, eram de difícil realização.

Sua vocação “tacente lingua et predicante vita”

Romualdo nasceu em uma família nobre de Ravena, em 952. Após uma disputa sangrenta, que envolveu sua família, amadureceu a sua vocação de seguir a vida monacal, entrando, com seu pai, para o mosteiro de Santo Apolinário em Classe. Como monge, impôs-se uma vida severa de penitência, meditação e oração.
Devido às suas nobres origens, Romualdo era requisitado em todos os lugares para exercer suas funções eclesiásticas e políticas.
Em Veneza, escolheu com diretor espiritual o eremita Marino e conheceu um dos mais importantes monges reformadores do século X: o abade Guarino, que acompanhou até Catalunha, onde permaneceu por dez anos e completou a sua formação.

Em busca de solidão

Ao retornar a Ravena, em 988, Romualdo renunciou, oficialmente, ao cargo de abade e começou a viajar. Sua primeira etapa foi Verghereto, perto de Forlí, onde fundou um mosteiro em honra de São Miguel Arcanjo. Ali, por causa das suas contínuas advertências aos monges, sobre a disciplina e a moral, foi obrigado a se mudar novamente.
Em 1001, retornou para Santo Apolinário em Classe, onde se tornou abade. Mas esta não é a vida que ele queria. Então, após um ano, renunciou e se refugiou em Montecassino. Ali, viveu, por um período, em uma caverna; depois, fundou um eremitério em Sítria, na região da Úmbria, onde permaneceu por sete anos.
Todos os mosteiros e cenóbios que fundou eram pequenos, porque achava que nas grandes estruturas se corria o risco de perder o silêncio, tão necessário para o recolhimento.

Camáldoli, apenas uma "parada"

Durante suas peregrinações, Romualdo esteve em Casentino, em 1012, onde conheceu o conde de Arezzo, Maldolo, proprietário de uma casa e de uma floresta, lugar que, depois, recebeu o nome de Camáldoli. Encantado pela figura deste anacoreta, o conde presenteou-lhe as suas propriedades, onde Romualdo criou um asilo e construiu um eremitério para religiosos contemplativos, aos quais lhes deu uma Regra semelhante à beneditina.
Porém, o monge se transferiu de novo: foi para a região das Marcas, onde fundou um mosteiro em Val de Castro; ali reservou para si uma pequena cela, onde faleceu em 19 de junho de 1027. Mesmo morto, viajou, pois suas relíquias foram trasladadas, primeiro para Jesi e, depois, para Fabriano, junto à igreja camáldula de São Brás.
São Romualdo foi canonizado por Clemente VIII, em 1595.
Vatican News

S. JULIANA FALCONIERI, VIRGEM, FUNDADORA DAS "MANTELATAS"

s. Juliana Falconieri
s. Juliana Falconieri 

Juliana, jovem muito bonita, tinha um talento indiscutível. Era uma daquelas mulheres que faziam os homens perder a cabeça, não importava da época.
Juliana viveu na Idade Média e sua cidade, Florença, foi berço de Dante Alighieri, do qual é contemporânea. Na cidade, em que se combatia uma áspera luta entre Guelfos e Gibelinos - entre vértices da tiara e da coroa – se expandem, cada vez mais, forças que partiam de baixo, que pretendiam impor seu gênio empresarial. Juliana fazia parte destas forças por causa do seu sobrenome, Falconieri, que, em Florença, no final do século XIII, era uma poderosa família de comerciantes.

A jovem com mantelete
Não era só a riqueza que reinava no Palácio dos Falconieri. Transparecia também certa riqueza imaterial e poderosa, a fé cristã, que havia levado um descendente da linhagem a se retirar totalmente e se dedicar a Deus.
Alexis Falconieri, irmão do pai de Juliana, foi um dos sete fundadores dos Servos de Maria. Ela ficou encantada pela escolha do tio, que foi para além dos esquemas de uma família que só queria ganhar dinheiro.
A jovem cresceu, desconsiderando a sua beleza. No entanto, recebeu diversas propostas de casamento, que as rejeitou com muita graça. Ela era muito atraída pela vida religiosa e, à moda mundana das mulheres florentinas, preferiu o manto escuro e largo, como aquele que seu tio usava. O mesmo manto foi logo vestido por outras moças da rica burguesia, que, seguindo o exemplo de Juliana, estavam mais propensas a servir aos pobres do que a serem reverenciadas por eles.

Amor à Florença que odiava
As "Mantellate", - mulheres que usavam manteletes, foram rebatizadas pela Igreja, tornando-se o ramo feminino dos Servos de Maria: eram mulheres de contemplação, de joelhos, e de caridade contínua pelas ruas; nas quartas e sextas-feiras elas não tocavam nenhum tipo de comida; no sábado, se saciavam com pão e água.
Florença começou a conhecê-las como semeadoras de concórdia, em um âmbito de vinganças cruzadas, que ensanguentavam a cidade da flor-de-lis. Os sacrifícios das “mantellate” eram a única arma para acabar com aquele período de tanto ódio. Juliana, em comparação às suas companheiras, tinha algo a mais para oferecer. Há muito tempo, sofria de dores de estômago, dores latejantes, daquelas que irritavam qualquer um, até os mais os mais tenazes. Aos poucos, a jovem “mantellata”, que se tornou mulher e guia, há décadas, do seu convento, não conseguia mais engolir sequer aquele pouco de comida, que servia para sustentá-la.

A "marca" roxa
Assim, dia 19 de junho de 1341, parecia ter chegado ao ápice de uma história absurda. Aquela mulher de Deus, prestes a falecer, foi proibida de receber até a Eucaristia, pelo temor que não conseguisse engolir a hóstia consagrada. Por isso, Juliana pediu que fosse colocada sobre seu peito, como se fazia com os doentes da época, enquanto o padre acompanhava tal gesto com a oração. Porém, narra-se que aconteceu uma coisa incrível com Juliana: a hóstia desapareceu.
Ao falecer, Juliana foi colocada no caixão pelas suas coirmãs, que, em certo momento, descobriram, no lugar do coração, uma mancha roxa do tamanho de uma hóstia, como se ela tivesse ficado impressa no seu corpo.
Até hoje, as “Mantellate” trazem, em seu hábito religioso, esta marca, como recordação da última e prodigiosa comunhão da sua fundadora.
O Papa Clemente XII a canonizou em 1737.
Vatican News

quinta-feira, 18 de junho de 2020

EM SEGREDO

Canção Nova
No início da Sua vida pública, Jesus Cristo propôs aos seus discípulos três atitudes fundamentais que nos ajudam, concretamente, em nosso processo de renovação interior: a oração, o jejum e a esmola, frisando que essas práticas devem ser realizadas em segredo.
Ao se referir à oração, Cristo disse aos Apóstolos: “Quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora ao teu Pai em segredo”. (Mt 6,6). Em outras palavras: a nossa oração deve ser precedida pela preparação do ambiente, a fim de que seja um tempo propício para o encontro com o Senhor. Nessa preparação, uma condição essencial é fecharmos as portas para as realidades externas, permitindo que o silêncio reine no ambiente e em nossas almas, pois o silêncio é o oxigênio que mantém vivo o nosso diálogo com Deus. Sem o devido silêncio, corremos o risco de perdermos o tempo com muitas coisas, mas deixando de lado o compromisso da oração, a única coisa necessária.
O primeiro passo que devemos realizar no aprendizado da oração é convidar o Cristo a caminhar conosco, permitindo que Ele entre em nossas vidas e em nossos pensamentos, ensinando-nos a permanecer em silêncio e a escutar.  É no silêncio que aprendemos que a oração é um encontro pessoal e decisivo com Cristo, um passo decisivo na construção da santidade e, por isso, não pode ser visto como algo cansativo ou monótono, pois Deus é sempre novo e desafiador.
Rezar, seguramente, exige de nós algumas atitudes básicas: humildade, confiança, determinação e perseverança, mas quando conseguimos adentrar a atmosfera da oração, crescemos na certeza de que “a oração realizada com todas as nossas forças têm muito poder. Transforma um coração amargurado num doce, um triste num alegre, um pobre num rico, um desanimado num destemido, um fraco num forte, um cego em um que vê, um frio num ardente. Leva o grande Deus ao pequeno coração; eleva a alma sedenta a Deus, a fonte da vida, e une dois entes que se amam: Deus e a alma”. (Santa Gertrudes).
Devemos buscar espaço em nossas vidas para o exercício diário da oração. Rezar não é algo acidental, mas é, sim, algo essencial. Muitas tarefas, pessoas, atividades, barulhos e compromissos podem dificultar ou impedir a realização de nossa oração, pois nesses dias em que utilizamos a tecnologia com grande frequência, mesmo trancados em nossos quartos, muitas vezes não estamos completamente sozinhos, estamos sempre conectados. Desse modo, o celular e a internet podem ser empecilhos para o exercício da oração.  Quando, de fato, fechamos a porta do nosso coração para tudo aquilo que nos afasta de Deus, ao mesmo tempo, nós permitimos que o Senhor esteja conosco, realizando em nossas vidas a experiência do perdão e da libertação.
No aprendizado da oração é comum enfrentarmos a tentação de postergar a oração para outro momento ou para o dia de amanhã. Quando isso acontecer, nós temos que recordar que grandes santos travaram verdadeiras batalhas para zelar e manter sua vida de oração em um nível elevado. Foi também por meio da oração que muitos santos vislumbraram as obras, as fundações e as congregações que Deus confiou a eles no serviço da Igreja. Os santos são as testemunhas de que, apesar de nossas limitações, quando rezamos e somos dóceis ao Espírito Santo, Deus faz maravilhas em nós.
Vivenciando um sublime momento de oração, Santa Teresa de Calcutá, a santa dos mais pobres, escreveu: “O fruto do silêncio é a oração. O fruto da oração é a fé. O fruto da fé é o amor. O fruto do amor é o serviço. O fruto do serviço é a paz”. Assim como Teresa de Calcutá, Santa Teresa de Lisieux, São João da Cruz e vários santos, nós, cotidianamente, vivemos uma luta contínua para transformarmos a oração em um bom hábito que nos ajuda a manter o pensamento, o coração e a nossa vida em sintonia com a vontade de Deus. Desse modo, para rezar, nós precisamos vencer o homem velho, acomodado, cansado e ansioso que existe dentro de nós. Agindo assim, nós iremos permitir que o homem novo, ousado e dinâmico prevaleça em nossas decisões, para que possamos perceber que “os segredos de Deus ninguém os conhece a não ser o Espírito de Deus”. (1 Cor 2, 11).
O Espírito Santo é o promotor da oração, e, por isso, a oração é um dom do Divino Paráclito que nos transforma em homens de esperança que mantêm a porta da fé aberta para o nosso próximo. A oração é um sinal de que Cristo se faz presente em nossa História, clareando o nosso cotidiano. Junto de Jesus, aprendemos que a oração não é apenas um dever, é uma necessidade; não é somente um ato formal da religião, é uma participação no diálogo eterno entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Quando alcançamos maturidade na vida de oração, aprendemos a realizar, a pedido de Cristo, jejuns e esmolas, ou seja, penitência e caridade. Para nós, cristãos, a esmola é muito mais do que um ato de cidadania, uma mera atividade de assistência social ou uma simples filantropia, pois é uma expressão irrenunciável do nosso amor a Deus, um exemplo de caridade, virtude teologal que exige a conversão interior ao amor de Cristo e dos irmãos.
A prática da esmola nos ajuda a vencer a incessante tentação do consumismo, de acumular coisas e mais coisas, educando-nos para irmos ao encontro das necessidades dos excluídos, partilhando com eles tudo aquilo que, por bondade divina, possuímos. Desse modo, a esmola educa para a generosidade do amor que nos ajuda a entender que “a primeira pobreza dos povos é não conhecer Cristo”. (Santa Teresa de Calcutá).
Pelo exercício da esmola, nós somos convocados por Deus a oferecermos muito mais do que roupas e objetos sem serventia para nós. Ele nos incentiva a nos oferecer gratuitamente a nós mesmos, pois o que dá valor à esmola é a caridade, que inspira diversas formas de doação e de serviço. Por conseguinte, “se um dos teus irmãos, que mora em alguma de tuas cidades, na terra que o Senhor teu Deus te vai dar, cair na pobreza, não lhe endureças o teu coração nem lhe feches a mão”. (Dt 5, 7).
No Evangelho, Cristo ressalta uma característica fundamental da esmola cristã: deve ficar escondida. “Que a tua mão esquerda não saiba o que faz a direita, a fim de que a tua esmola permaneça em segredo”. (Mt 6, 3-4). Ou seja, todo o serviço da caridade que empreendemos em nome de Cristo é para maior glória de Deus. A esmola deve ser realizada longe dos refletores da sociedade midiática, pois de nada serve dar bens, alimentos ou roupas aos outros se o nosso coração se ensoberbece, se enche de orgulho com isso.
A oração e a esmola são práticas de espiritualidade que devem ser renovadas no cotidiano da nossa fé, pois essas duas práticas de ascese nos aproximam de Cristo e nos fazem ver que, em união com Ele, tudo é novo, atual e determinante. Mas o Cristo nos desafia a sermos melhores e, por isso, Ele nos propõe uma terceira atitude: o jejum, ou seja, a penitência.
As Sagradas Escrituras ensinam que o jejum é uma grande ajuda para evitarmos o pecado, o mal e tudo o que a ele induz. O jejum sempre foi vivenciado e ensinado pelos santos de todas as gerações. São Pedro Crisólogo nos ensina que “o jejum é a alma da oração e a misericórdia é a vida do jejum, portanto quem reza jejue. Quem jejua tenha misericórdia. Quem, ao pedir, deseja ser atendido, atenda quem a ele se dirige. Quem quer, encontrar aberto em seu benefício o coração de Deus não feche o seu a quem o suplica”.
É no combate da oração que nós percebemos que estamos entorpecidos pelo pecado e suas consequências, ou seja, trazemos em nós as marcas das nossas limitações. Se queremos vencer as tentações, nós precisamos dominar o nosso corpo e suas concupiscências. Nessa batalha, o jejum é um grande aliado. Qual é, verdadeiramente, a utilidade do jejum? Santo Agostinho nos responde, afirmando: “Certamente é um suplício que me inflijo, mas para que Ele me perdoe; castigo-me por mim mesmo para que Ele me ajude, para aprazer aos seus olhos, para alcançar o agrado da Sua doçura”.
O jejum pode e deve ser realizado não só na Quarta-Feira de Cinzas e na Sexta-Feira da Paixão, mas também em todas as sextas-feiras do ano, pois, quando jejuamos, demonstramos para o nosso corpo quem está no comando. “O jejum rigoroso é penitência agradabilíssima a Deus. Mas, ora por esta, ora por aquela razão, temos feito concessões. Não faz mal, muito pelo contrário, que tu, com a aprovação do teu diretor, o pratiques com frequência”. (São Josemaría Escrivá, Caminho nº 231).
O jejum, a esmola e a oração nos reconduzem às únicas três realidades que não se dissipam. A oração nos une a Deus; a esmola, ao próximo e o jejum, a nós mesmos. A oração nos liberta de uma vida horizontal e nos insere na atmosfera do céu. A esmola nos liberta do apego aos bens materiais e ao dinheiro e nos insere no ambiente da oblação e da entrega, onde saciamos não apenas a fome material dos excluídos, mas, sobretudo, a fome mais profunda que sentimos no nosso íntimo: a fome de Deus.  O jejum nos liberta da busca desenfreada do prazer e nos insere no terreno da sacralidade do corpo.
Peçamos à Virgem Santa Maria que nos ajude a realizar as iniciativas da oração, da esmola e do jejum como meios necessários para a nossa perseverança na fé, pois, por meio dessas práticas, na escola de Maria, ao lado da Mãe de Deus e da Igreja, nós reconhecemos que Deus é “o Pai das misericórdias, o Deus de toda consolação”. (2 Cor 1,3).
Aloísio Parreiras
Arquidiocese de Brasília

EUA: Multinacional do aborto apoia candidatura presidencial de Joe Biden

Ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden /
Crédito: Flickr de Gage Skidmore (CC BY-SA 2.0)
WASHINGTON DC, 17 Jun. 20 / 03:30 pm (ACI).- A multinacional e principal provedora de abortos nos Estados Unidos, Planned Parenthood, anunciou na segunda-feira, 15 de junho, que respaldará oficialmente a candidatura presidencial de Joe Biden, do Partido Democrata.
Em um comunicado, o presidente e CEO interino da organização, Alexis McGill Johnson, descreveu a eleição presidencial, de 3 de novembro de 2020, como "uma luta pela sobrevivência de nosso país".
"Vemos que o Governo Trump nos desumaniza e desconsidera nossa saúde, nossos direitos e nossas vidas. Trump atacou o acesso ao aborto e ao cuidado de saúde reprodutiva e atacou as pessoas atendidas pelos centros de saúde da Planned Parenthood: mulheres, negros, imigrantes, comunidade LGBTQ + e muito mais”, escreve McGill Johnson.
Biden - continua o comunicado - foi "instrumental na criação da Lei de Proteção e Cuidado Acessível ao Paciente [N.do E.: Obamacare], que ampliou o controle da natalidade sem coparticipação para 63 milhões de mulheres e ajudou a garantir que o os serviços de saúde sexual e reprodutiva estivessem acessíveis em todo o país”.
Também indica que o candidato democrata "se comprometeu a defender o acesso aos cuidados de saúde sexual e reprodutiva, incluindo o acesso ao aborto".
"Donald Trump é perigoso. Temos que fazer todo o possível para removê-lo do cargo em novembro (...). Para nós e para muitos, a escolha é clara. Planned Parenthood Action Fund está apoiando Joe Biden como presidente", conclui o comunicado.
Em janeiro de 2020, a Planned Parenthood anunciou que triplicará seus gastos eleitorais com 45 milhões de dólares para apoiar candidatos à presidência, ao congresso e ao estado que sejam a favor do aborto, nas eleições de 2020, nos Estados Unidos.
Biden, que foi vice-presidente dos Estados Unidos durante os dois mandatos de Barack Obama, é um defensor da Planned Parenthood. De acordo com o site pró-vida Live Action, se chegar à presidência, revogaria a Emenda Hyde, uma emenda ao orçamento anual desde 1976 que proíbe que os dólares dos impostos federais paguem pelos abortos, exceto em casos de estupro, incesto, ou quando se considere necessário salvar a vida da mãe.
Também planeja "codificar o 'direito' ao aborto na lei federal e aumentar o financiamento dos contribuintes para as organizações de aborto, incluindo a Planned Parenthood", informa Live Action.
Marjorie Dannenfelser, co-presidente nacional de ProLife Voices para Donald Trump, disse que "Joe Biden passou toda a sua campanha agradando o lobby do aborto radical" e que "seu apoio à Planned Parenthood, a maior empresa de aborto do país, não é uma surpresa".
A organização pró-vida, Susan B. Anthony List, também criticou o apoio da Planned Parenthood.
Quando Joe Biden derrubou a Emenda Hyde, a capitulação do Partido Democrata ao extremismo foi completa. Agora, apoia o aborto financiado pelos contribuintes até o momento do nascimento e promete preencher a Suprema Corte com juízes pró-aborto”, indicou.
"Planned Parenthood assinalou que esta eleição é sobre 'vida e morte'. Estamos de acordo neste ponto: a vida de inúmeras crianças está em risco. Por esse motivo, é imperativo reeleger o presidente Trump, o presidente mais pró-vida que nosso país já viu, e garantir uma sólida maioria pró-vida no Senado dos Estados Unidos. A equipe de campo de Susan B. Anthony List está trabalhando incansavelmente para alcançar quatro milhões de eleitores do estado no campo de batalha, incluindo os independentes e democratas pró-vidas que não concordam com a postura extrema do partido, para expor profundamente a agenda impopular de Biden e derrotar extremistas do aborto nas urnas", conclui o grupo.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
ACI Digital

Assim nasceu a tradição do pão de Santo Antônio

Pão de Santo Antônio
REDAÇÃO CENTRAL, 13 Jun. 20 / 08:00 am (ACI).- O Reitor da Basílica de Santo António de Pádua, na Itália, Pe. Oliviero Svanera, explicou a origem do tradicional pão de Santo Antônio que se entrega em muitos lugares do mundo em 13 de junho, dia no qual a Igreja celebra o grande santo.
Em um diálogo com ACI Stampa - agência em italiano do Grupo ACI - Pe. Svanera assinalou que "o pão de Santo Antônio é sinônimo de caridade. Esta tradição nasceu a partir de um dos milagres do santo, cujo protagonista foi Tomasito, um menino de 20 meses que se afogou em um poço de água".
O reitor contou que "a mãe desesperada invocou a ajuda do santo e fez uma promessa: se conseguisse esta graça, ia dar aos pobres uma quantidade de pão igual ao peso do menino. E milagrosamente o pequeno voltou a viver”.
Este milagre, continuou o sacerdote, "deu origem a duas obras fieis ao espírito de Santo Antônio: A primeira é a Obra do Pão dos Pobres, organização antoniana em Pádua responsável por levar alimentos e materiais básicos e assistência às pessoas necessitadas".
O segundo trabalho é a "Caritas Antoniana Onlus, organismo de caridade dos frades do santo, que em 2016 apoiou 124 projetos de desenvolvimento em 40 países do mundo, com um total de 2,6 milhões de euros".
Além disso, o Reitor destacou que a devoção “do ‘Santo do Povo’ é universal, talvez porque ele quis considerar o mundo inteiro como sua casa. Nasceu em Portugal, foi ao Marrocos para levar a fé, chegou à Sicília depois de um naufrágio (...) se uniu aos frades de São Francisco que o enviaram à França. Quando voltou para a Itália, se estabeleceu em Pádua, onde morreu em 1231".
"Dizem que falava uma língua com milhares de sotaques, mas todos compreendiam. E ele era próximo a todos: pobres, pessoas com dificuldade, doentes. Neste ser irmão de todos, também está a sua universalidade", afirmou o Pe. Svanera.
O reitor do Santuário destacou o exemplo do santo para viver a humildade e a necessidade de superar a "tentação do poder, o orgulho e, como diria o Papa Francisco, o mundanismo".
ACI Digital

O Papa: a intercessão é própria dos Santos que são “pontes” entre Deus e o seu povo

Audiência Geral de 17 de junho de 2020
Vatican Media

"Moisés é tão amigo de Deus que pode falar com Ele face a face; e permanecerá tão amigo dos homens que sentirá misericórdia pelos seus pecados, pelas suas tentações, pela inesperada nostalgia que os exilados têm em relação ao passado, lembrando-se de quando estavam no Egito", disse Francisco na catequese desta quarta-feira.

Mariangela Jaguraba - Vatican News

“A oração de Moisés”. Este foi o tema da catequese do Papa Francisco na Audiência Geral, desta quarta-feira (17/06), realizada na Biblioteca do Palácio Apostólico por causa da pandemia de coronavírus.
Dando continuidade ao tema da oração, o Pontífice disse “que nos damos conta de que Deus nunca gostou de lidar com orantes “fáceis”. Nem sequer Moisés será um interlocutor “fraco”, desde o primeiro dia da sua vocação”.
Segundo Francisco, quando Deus chama Moisés ele é humanamente “um fracasso”. O livro do Êxodo o representa na terra de Madiã como um fugitivo. Quando era jovem sentira pena do seu povo, levantando-se também em defesa dos oprimidos. Mas depressa descobre que, apesar das boas intenções, das suas mãos não brota justiça mas, pelo contrário, violência.
Eis que se desintegram os sonhos de glória: Moisés já não é um funcionário promissor, destinado a uma carreira rápida, mas alguém que teve oportunidades, e que agora apascenta um rebanho que nem sequer é seu. É no silêncio do deserto de Madiã que Deus convoca Moisés para a revelação da sarça ardente: «”Eu sou o Deus de seus antepassados, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac, o Deus de Jacó”. Então Moisés cobriu o rosto, pois tinha medo de olhar para Deus».

Moisés nunca perdeu a memória do seu povo 
Deus fala e convida Moisés a cuidar novamente do povo de Israel, mas ele opõe os seus medos e objeções. “Não é digno daquela missão, não conhece o nome de Deus, os israelitas não acreditarão nele, tem uma língua que gagueja”, frisou o Papa, acrescentando que “a palavra que floresce frequentemente nos lábios de Moisés, em cada oração que dirige a Deus, é a pergunta: “Por quê?”. Por que me enviou? Por que quer libertar este povo? No Pentateuco há até um trecho dramático, onde Deus repreende Moisés pela sua falta de confiança, falta que o impedirá de entrar na terra prometida”.
Com estes temores, com este coração que muitas vezes vacila, como pode Moisés rezar? Na verdade, Moisés parece um homem como nós. E isso também acontece conosco: quando temos dúvidas, mas como podemos rezar? Nós não queremos rezar. E é com a sua fraqueza, e também coma sua força, que ficamos impressionados. Encarregado por Deus de transmitir a Lei ao seu povo, fundador do culto divino, mediador dos mistérios mais altos, não é por isso  motivo que ele deixará de manter estreitos vínculos de solidariedade com o seu povo, especialmente na hora da tentação e do pecado. Sempre apegado ao povo. Moisés nunca perdeu a memória do seu povo. E esta é uma grandeza dos pastores: não esquecer o povo, não esquecer as raízes. Como diz Paulo ao seu amado jovem bispo Timóteo: “Lembre-se de tua mãe e de tua avó, das tuas raízes, do teu povo”.

“Moisés é tão amigo de Deus que pode falar com Ele face a face; e permanecerá tão amigo dos homens que sentirá misericórdia pelos seus pecados, pelas suas tentações, pela inesperada nostalgia que os exilados têm em relação ao passado, lembrando-se de quando estavam no Egito. Moisés não renega a Deus, mas também não renega o seu povo. É coerente com seu sangue, é coerente com a voz de Deus.”

Moisés é a ponte, é o intercessor
Segundo o Papa, “Moisés não é um líder autoritário nem despótico; pelo contrário, o Livro dos Números define-o «mais humilde e paciente do que qualquer homem sobre a terra». Apesar da sua condição privilegiada, Moisés não deixa de pertencer àquele grupo de pobres em espírito que vivem fazendo da confiança em Deus o viático do próprio caminho. É um homem do povo”.
intercessão será a forma mais adequada de Moisés rezar. “A sua fé em Deus é uma só com o sentido de paternidade que nutre pelo seu povo. Habitualmente, a Escritura o representa com as mãos elevadas a Deus, como se  servisse de ponte com a própria pessoa entre o céu e a terra”.
"Até nos momentos mais difíceis, até no dia em que o povo rejeita a Deus e a ele mesmo como guia, fazendo um bezerro de ouro, Moisés não quer pôr de lado o seu povo. É o meu povo. É o seu povo. É o meu povo", disse o Pontífice. Moisés "não renega a Deus e nem o povo. E diz a Deus: «Este povo cometeu um pecado gravíssimo, fabricando um deus de ouro. Agora, porém, ou perdoas o pecado deles ou me riscas do teu livro».

“Moisés não negocia o povo. É a ponte, é o intercessor. Os dois, o povo e Deus, e ele no meio. Não vende o seu povo para fazer carreira. Ele não é um galgador, é um intercessor: pelo seu povo, pela sua carne, pela sua história, pelo seu povo e por Deus que o chamou. É a ponte. Que belo exemplo para todos os pastores que devem ser “ponte”. É por isso que são chamados de pontifex, pontes. Os pastores são pontes entre o povo a quem pertencem e Deus, a quem pertencem por vocação.”

"Esse é Moisés. Perdoa Senhor os seus pecados, caso contrário, me riscas do teu livro. Não quero fazer carreira com o meu povo”, sublinhou Francisco, acrescentando:
Esta é a oração que os verdadeiros fiéis cultivam na sua vida espiritual. Embora experimentem as falhas das pessoas e a sua distância de Deus, estes orantes não as condenam, nem as rejeitam. A atitude de intercessão é própria dos Santos que, à imitação de Jesus, são “pontes” entre Deus e o seu povo. Neste sentido, Moisés foi o maior profeta de Jesus, nosso defensor e intercessor. E ainda hoje, Jesus é o pontifex, ele é a ponte entre nós e o Pai.  Jesus intercede por nós, mostra ao Pai as chagas que são o preço da nossa salvação e intercede. Moisés é a figura de Jesus intercessor hoje, que Jesus reza por nós, intercede por nós.

O mundo vive e prospera graças à bênção do justo
Segundo o Papa, “Moisés nos exorta a rezar com o mesmo ardor de Jesus, a interceder pelo mundo, a recordar que ele, apesar de todas as suas fragilidades, pertence sempre a Deus. Todos pertencemos a Deus. Os pecadores piores, as pessoas mais perversas, os líderes mais corruptos, são filhos de Deus e Jesus sente isso e intercede por todos. O mundo vive e prospera graças à bênção do justo, à oração de piedade, a esta oração de piedade que o santo, o justo, o intercessor, o sacerdote, o bispo, o Papa, o leigo, qualquer batizado, eleva incessantemente pelos homens, em todos os lugares e épocas da história”.
“Pensemos em Moisés, o intercessor. Quando tivermos vontade de condenar alguém e ficamos com raiva por dentro... Ficar zangado é bom, eh! É um pouco de saúde, mas condenar não faz bem. Você fica bravo e o que deve fazer? Vai interceder por aquela pessoa”, concluiu Francisco.

Vatican News

S. GREGÓRIO BARBARIGO, BISPO DE PÁDUA E CARDEAL

S. Gregório Barbarigo, Rina Maluta
S. Gregório Barbarigo, Rina Maluta

Gregório passou cedo por sofrimentos, quando, com apenas dois anos, perdeu sua mãe por causa da peste. Seu pai, senador da República de Veneza, - onde o futuro santo nasceu em 1625 - o enviou, em 1643, com o embaixador veneziano, Alvise Contarini, a Münster, Alemanha, onde estava em andamento o plano de Paz Westfália, que colocaria um ponto final na sangrenta Guerra dos Trinta Anos. Ali, deu-se um acontecimento decisivo para a vida do jovem Gregório: o encontro com o Cardeal Fábio Chigi, futuro Papa Alexandre VII.
Ao terminar seus estudos em Pádua, com 30 anos, Gregório tornou-se sacerdote. Alexandre VII convocou-o a Roma e, com o surto da peste, confiou-lhe a coordenação da assistência aos doentes, cujo encargo assumiu e realizou com muito amor e dedicação.
Bispo e Pastor como São Carlos Borromeu
A confiança que o Papa Alexandre VII mantinha em Gregório, foi reconfirmada com a sua nomeação, em 1657, como guia da diocese de Bergamo. Após alguns anos, em 1664, foi-lhe confiada também a diocese de Pádua. Seu “estilo” de vida, em ambos os casos, era inspirado em São Carlos Borromeu, que, para ele, foi um modelo: antes de tudo, Gregório vendeu todos os seus bens para ajudar os pobres.
Gregório Barbarigo visitou cada uma das paróquias das suas dioceses: prestou assistência aos moribundos; difundiu a imprensa católica entre o povo; hospedava-se nas casas dos pobres. Durante o dia, ensinava catecismo às crianças e, à noite, se dedicava à oração. Em seu coração, a formação dos sacerdotes ocupava uma posição central, com a qual se comprometia, profundamente, no Seminário de Pádua, considerado um dos melhores da Europa.
Em Roma, compromisso com as Igrejas Orientais
Outro aspecto importante da missão de São Gregório Barbarigo foi a reunificação com as Igrejas Orientais.
Após seu ministério episcopal em Bergamo e antes de começar sua missão em Pádua, Gregório quis passar mais um tempo em Roma.
Em 1658, foi criado Cardeal pelo Papa Alexandre VII. Naqueles anos, participou de vários Conclaves e Inocêncio XI o escolheu como Conselheiro. Assim, Gregório trabalhou para a reunificação com as Igrejas Orientais. Era muito estimado pelos Papas e amado pelo povo.
São Gregório Barbarigo faleceu em Pádua, em 1697, e foi beatificado em 1761. Sua santificação deu-se em 1960, pelo Papa João XXIII, natural da província de Bergamo, que, anos antes, foi um dos signatários em seu processo de Canonização.
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S. MARINA DE BITINIA

S. Marina, Século XV
S. Marina, Século XV 

Para seus cabelos compridos, bastava uma tesoura; o saio longo e a penumbra cavernosa em que vivia, fariam o resto. Dito e feito. Eugênio transformou sua filha de 14 anos em um noviço imberbe. Assim, juntos, partiram para o Cenóbio de Kanoubine, na Síria, um lugar de oração escondido entre cavernas escavadas na rocha. Este foi o início da extraordinária história de Marina, natural da Bitínia, hoje Líbano, que, segundo os historiadores, viveu provavelmente na primeira metade do ano 700 (alguns a situam entre o século IV-V). 
Na verdade, a história da pequena Marina começou com a viuvez precoce do pai, que se retirou para um convento por causa da dor, condenando também sua filha a uma tristeza inconsolável. Porém, o desapego não resistiu à força do afeto. Eugênio confessou seu sofrimento ao abade, pedindo-lhe para viver no mosteiro com seu “filho”. O superior, comovido, aceitou.

Frei Marino
Com o passar do tempo, durante a longa viagem, Marina foi preparada pelo pai sobre os usos e costumes da vida religiosa e entrou para o Cenóbio. Ao entrar para o convento, como jovem imberbe e com feições femininas, - que alguns frades pensam ser um eunuco, - ela se tornou “Frei Marino”.
A vida com que "Marino" vivia a sua nova vida era tão perfeita - com a cumplicidade do ambiente solitário, que mantinha o sigilo - que o estratagema passou despercebido. A barba, que não crescia nas bochechas de Marino, era explicada pela intensa vida ascética, mas isso não importava. Aquele jovem era um verdadeiro exemplo no mosteiro e, seu pai, novamente um homem feliz! Uma alegria que durou três anos, quando Eugênio faleceu.

Infâmia e redenção
Certo dia, Frei Marino foi enviado, com outros confrades, para resolver um negócio e tiveram que dormir em uma pousada. Naquela mesma noite, a filha do dono foi estuprada por um soldado de passagem. Quando descobriu que estava grávida, a moça acusou os frades, em particular, Marino, que poderia ter-se defendido. Mas, ao elevar seu pensamento a Cristo, aceitou a culpa, da qual era alheio. Assim, o monge exemplar acabou caindo no ciclone da injúria. Por isso, foi castigado e expulso do mosteiro, sendo obrigado a cuidar do recém-nascido.
Marino passou três anos críticos, mas não se distanciou do cenóbio. Vive de esmola e se dedica ao nenê com todo o carinho. Seus confrades de então ficaram impressionados pela sua atitude e pediram ao abade a sua readmissão. Frei Marino foi novamente aceito, com a condição de servir aos frades e se dedicar aos trabalhos mais servis. O jovem não pensou duas vezes. Então, retomou seu saio, mais zeloso do que antes, continuando a cuidar do seu filho adotivo.

Miraculado
O desgaste físico, pelo qual passou ainda passava, exigiu um preço. Certa vez, seus confrades o encontraram morto em sua cela. Marino tinha apenas 25 anos, mas sua história podia preencher duas vidas.
A última viravolta ocorreu quando os frades, ao recomporem seu corpo no caixão, descobriram a sua verdadeira identidade e compreenderam, com grande pesar, a infâmia que aquele humilde monge, - que era uma moça - suportou em silêncio.
Narra-se que a jovem, que o havia caluniado, estava possuída pelo demônio. No entanto, correu e se prostrou diante do seu leito de morte, implorando o perdão de Marino. Naquele momento, ela ficou imediatamente curada.
Já se falava de seus prodígios em vida. Mas, depois da sua morte, os sinais extraordinários, atribuídos a Marina de Bitínia, multiplicaram-se.
Seus restos mortais encontram-se em Veneza, desde 1200. Ali a Santa é venerada como um dos Padroeiros.
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quarta-feira, 17 de junho de 2020

Papa Francisco: Moisés foi o maior profeta de Jesus

Papa Francisco durante a Audiência Geral. Foto: Vatican Media
VATICANO, 17 Jun. 20 / 09:00 am (ACI).- O Papa Francisco afirmou, durante a Audiência Geral realizada no Palácio Apostólico do Vaticano nesta quarta-feira, 17 de junho, que Moisés "era o maior profeta de Jesus", no sentido de que seu modo de se relacionar com Deus é o mesmo que o de Jesus: a intercessão.
O Santo Padre continuou com a série de catequese sobre a oração e, nesta ocasião, centrou-se na figura de Moisés. O Papa explicou que Moisés aparece no livro de Êxodo como uma pessoa derrotada.
O livro o mostra "na terra de Madiã como um fugitivo". "Precisamente, no silêncio do deserto de Madiã, Deus convoca Moisés para a revelação da sarça ardente".
Deus fala com Moisés e “o convida a cuidar novamente do povo de Israel. Moisés opõe os seus medos e objeções: Não é digno daquela missão, não conhece o nome de Deus, os israelitas não acreditarão nele, tem uma língua que gagueja”.
"Com estes temores, com este coração que muitas vezes vacila, Moisés parece um homem como nós", assinalou Francisco. "E é por essa fraqueza, mais que por sua força, que ficamos impressionados”.
Moisés, “encarregado por Deus de transmitir a Lei ao seu povo, fundador do culto divino, mediador dos mistérios mais altos, não é por isso motivo que ele deixará de manter estreitos vínculos de solidariedade com o seu povo, especialmente na hora da tentação e do pecado".
Além disso, o Santo Padre ressaltou que “Moisés é tão amigo de Deus que pode falar com Ele face a face; e permanecerá tão amigo dos homens que sentirá misericórdia pelos seus pecados, pelas suas tentações, pela inesperada nostalgia que os exilados têm em relação ao passado, lembrando-se de quando estavam no Egito”.
Portanto, “Moisés não é um líder autoritário nem despótico; pelo contrário, o Livro dos Números define-o ‘mais humilde e paciente do que qualquer homem sobre a terra’. Apesar da sua condição privilegiada, Moisés não deixa de pertencer àquele grupo de pobres em espírito que vivem fazendo da confiança em Deus o viático do próprio caminho”.
O Papa Francisco enfatizou que “a intercessão será a forma mais adequada de Moisés rezar. A sua fé em Deus é uma só com o sentido de paternidade que nutre pelo seu povo. Habitualmente, a Escritura o representa com as mãos elevadas a Deus, como se servisse de ponte com a própria pessoa entre o céu e a terra”.
"Até nos momentos mais difíceis, até no dia em que o povo rejeita a Deus e a ele mesmo como guia, fazendo um bezerro de ouro, Moisés não quer pôr de lado o seu povo", lembrou o Pontífice em sua catequese. "Moisés nunca perdeu a memória de seu povo, e essa é a grandeza dos pastores." “Moisés não renega a Deus, mas também não renega o seu povo. É coerente com seu sangue, é coerente com a voz de Deus".
Nesse momento, Moisés dirigiu uma súplica a Deus: “Este povo cometeu um pecado gravíssimo, fabricando um deus de ouro. Agora, porém, ou perdoas o pecado deles ou me riscas do teu livro”.
“Esta é a oração que os verdadeiros fiéis cultivam na sua vida espiritual. Embora experimentem as falhas das pessoas e a sua distância de Deus, estes fiéis não as condenam, nem as rejeitam".
O Papa concluiu: “A atitude de intercessão é própria dos Santos que, à imitação de Jesus, são ‘pontes’ entre Deus e o seu povo. Neste sentido, Moisés foi o maior profeta de Jesus, nosso defensor e intercessor".
ACI Digital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF