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sábado, 27 de junho de 2020

Estados Unidos: Leis pró-vida e contra o aborto avançam em três estados

Foto referencial. Crédito: Pixabay
WASHINGTON DC, 27 Jun. 20 / 09:00 am (ACI).- Nos últimos dias, as legislaturas em três estados aprovaram leis pró-vida que restringem o aborto em Iowa, Mississippi e Tennessee (Estados Unidos).
O Congresso do Tennessee aprovou uma proibição do aborto após a meia-noite de 19 de junho por 23 votos a 5, depois que foi aprovada na Câmara dos Deputados, segundo informa o jornal The Tennessean.
Marjorie Dannenfelser, do grupo pró-vida Susan B. Anthony List, elogiou a nova lei, assinalando que "o Tennessee estabelece um marco agora porque inclui algumas das maiores proteções na nação para os nascituros e suas mães”.
A legislação proíbe o aborto se o batimento cardíaco for detectado após seis semanas de gestação. Também o impede se a mulher solicitar um aborto com base no sexo, raça ou se o feto tiver síndrome de Down.
Do mesmo modo, rejeita o aborto para jovens sob custódia do Serviço Infantil do Departamento de Estado e elimina a possibilidade de pedir autorização a um juiz para praticá-lo.
A norma permite o aborto se a vida da mulher estiver em risco, mas não se o bebê foi concebido por estupro ou incesto.
Além disso, o médico é obrigado a fazer um ultrassom ou ecografia e mostrar as imagens para a mãe com as explicações precisas sobre o desenvolvimento do bebê.
Ashley Coffield, presidente e CEO da Planned Parenthood do Tennessee e do norte do Mississippi, rejeitou a lei, acusando os legisladores de "usar a vida das mulheres como uma ferramenta para impulsionar sua agenda política".
Planned Parenthood, a União de Liberdades Civis da América (ACLU) e o Centro de Direitos Reprodutivos entraram com uma ação contra a lei, alegando que é inconstitucional.
Segundo informa KCCI News, no estado de Iowa, o Senado aprovou uma lei que exige um período de espera de 24 horas para qualquer mulher que queira se submeter a um aborto. Além disso, a regra afirma que a mãe deve ver o ultrassom do bebê e receber informações sobre adoção.
A republicana Shannon Lundgren disse que a aprovação da lei mostra que seu partido "sempre pensa no futuro e como podemos avançar com o movimento pró-vida no estado de Iowa".
Os senadores democratas contestaram a lei e acusaram os republicanos de aproveitar a pandemia de coronavírus para aprovar essas leis.
Em 23 de junho, adeptos da Planned Parenthood e da ACLU entraram com uma ação contra a lei, tentando bloqueá-la temporariamente antes de entrar em vigor em 1º de julho.
No estado do Mississippi, o Congresso aprovou uma lei para restringir o aborto por raça, sexo ou anormalidades genéticas.
Associated Press informou que, em 23 de junho, a Câmara de Representantes local aprovou a lei por 91 a 25 votos, depois de ter sido previamente aprovada no Senado.
Beth Orlansky, diretora do Mississippi Center for Justice, comentou que "essa é uma restrição inconstitucional que afeta negativamente as mulheres pobres que não têm meios de procurar ajuda em outro lugar".
A violação da lei poderia custar aos médicos ou outros profissionais de saúde até dez anos de prisão. A norma estabelece que a mulher que solicita o aborto não será punida.
Sue Liebel, da plataforma pró-vida Susan B. Anthony List, explicou sobre a lei que "o aborto realizado por causa do sexo, raça ou potencial deficiência do bebê, como a síndrome de Down, constitui a eugenia do mundo moderno".
Espera-se que o governador do Mississippi, o republicano Tate Reeves, promulgue a lei, e que os grupos abortistas apresentem alguma medida legal para tentar bloqueá-la.
Publicado originalmente em CNA. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
ACI Digital

sexta-feira, 26 de junho de 2020

Novo Diretório para a Catequese reitera rechaço da Igreja à ideologia de gênero

Vaticano, 25 Jun. 20 / 01:59 pm (ACI).- Este 25 de junho o Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização publicou o novo Diretório para a Catequese, aprovado pelo Papa Francisco e que substitui ao “Diretório geral para a catequese” de 1997.
O documento de perto de 300 páginas anima a evangelização no mundo digital, a pastoral com os migrantes e o trabalho a favor do meio ambiente; além de enfatizar o papel da doutrina da Igreja na bioética e também frente ao tema da ideologia de gênero.
Nesse sentido, no capítulo “Catequese e algumas questões de bioética”, o novo diretório adverte que a “ideologia do género” (gender) coloca em discussão o dado revelado: «Homem e mulher os criou» (Gn 1,27).
O texto explica que “a identidade de género, segundo essa posição, já não é um dado originário que o homem deve acolher e preencher de sentido, mas uma construção social que se decide autonomamente, totalmente desvinculada do sexo biológico”.
“O homem nega a sua própria natureza e decide que é ele quem a cria para si mesmo. Ao invés, segundo a narrativa bíblica da criação, o ser humano foi criado por Deus como homem e como mulher. A Igreja está bem consciente da complexidade das situações pessoais muitas vezes vividas de maneira conflituosa. Ela não julga as pessoas, mas convida a acompanhá-las sempre e em qualquer situação”, completa o Diretório.
“Contudo, está consciente de que, numa perspectiva de fé, a sexualidade não é apenas um dado físico, mas uma realidade pessoal, um valor confiado à responsabilidade da pessoa. Deste modo, a identidade sexual e a vivência existencial deverão ser uma resposta ao chamamento originário de Deus”, conclui.
Em relação às demais questões de bioética o documento assinala no número 378:
“As questões de bioética interpelam a catequese e a sua função formativa. Onde se achar oportuno e conforme as circunstâncias, os agentes pastorais promovam itinerários específicos de educação para a fé e para a moral cristã, onde temas como a vida humana como dom de Deus, o respeito e o desenvolvimento integral da pessoa, a ciência e a técnica que se ordenam ao bem do homem tenham um espaço adequado à luz do Magistério da Igreja, expresso também no Catecismo da Igreja Católica”.
“A catequese educa os catequistas para formarem a sua consciência em relação às questões da vida, 111 relembrando a necessidade de prestar atenção aos desafios colocados pelos desenvolvimentos da ciência e da tecnologia e fazendo emergir os elementos fundamentais para o anúncio da fé:
Deus é a referência inicial e última da vida, desde a sua conceção até à morte natural;
a pessoa é sempre unidade de espírito e corpo;
a ciência está ao serviço da pessoa;
a vida deve ser acolhida em qualquer condição, porque foi redimida pelo mistério pascal de Jesus Cristo.
ACI Digital

10 passagens bíblicas para descansar teus problemas em Deus

PALEC W BIBLII
Shutterstock

Para consultar em momentos de tribulação

Estas citações bíblicas são apropriadas para que consultar em momentos de tormenta em tua vida. O Senhor te chama e convida a encontrar calma Nele.
1 – Proteção e refugio seguro
Seria bom que em todo momento tivesses presente o seguinte:
“O Senhor é bom, é um refúgio na tribulação; conhece os que nele confiam.” Naum 1, 7.
2 – Diante dos problemas, contrariedades e dificuldades
Os problemas sempre estarão presentes em nossas vidas, não podemos desanimar quando eles acontecem, o importante é não perder a paciência e seguir confiando em Deus.
“Em tudo somos oprimidos, mas não sucumbimos. Vivemos em completa penúria, mas não desesperamos. Somos perseguidos, mas não ficamos desamparados. Somos abatidos, mas não somos destruídos.” II Coríntios 4, 8-9.
3 – A segurança da Salvação de Deus
O Deus da vida e do amor, não nos desampara nem nos deixa sozinhos. Ele age em todos os momentos. Aprende a dizer como o salmista:
“Em meio à adversidade vós me conservais a vida, estendeis a mão contra a cólera de meus inimigos; salva-me a vossa mão.” Salmos 137, 7.
4 – Alegria e confiança em Deus
Deus Todo Poderoso, conhece tudo de nós. Achas que Ele nos abandonará nas horas da provação? Alegra-te! Ele sempre está atento aos seus filhos!
“Vós sois meu asilo, das angústias me preservareis e me envolvereis na alegria de minha salvação.” Salmos 31, 7.
5 – Tudo se move por ordem de Deus
Se pões tua confiança em Deus, ele moverá as coisas e situações de tal maneira que sejas favorecido por sua graça.
“Aliás, sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são os eleitos, segundo os seus desígnios.” Romanos 8, 28.
6-  O auxilio Divino 
Com a ajuda de Deus podes contar sempre. Ele tem um grande caminho de salvação escondido nas circunstâncias complexas que você vive.
“Para os montes levanto os olhos: de onde me virá socorro? O meu socorro virá do Senhor, criador do céu e da terra.” Salmos 120, 1-2.
7 – Entrega tudo ao Senhor
Todo peso, preocupação ou problema que esteja perturbando tua alma, coloca debaixo do amparo do Deus que tudo pode.
“Confiai-lhe todas as vossas preocupações, porque ele tem cuidado de vós.” I Pedro 5, 7.
8 – Hoje é o dia
Deus age agora nessa situação que lhe traz inquietação.
“Não vos preocupeis, pois, com o dia de amanhã: o dia de amanhã terá as suas preocupações próprias. A cada dia basta o seu cuidado.”  Mateus 6, 34.
9 – Assim como recebes, deves dar
Todo esse amor com que Deus te inundou deve ser multiplicado com os demais, de maneira especial com os que sofrem, para que possam conhecer o quão bom é o Senhor.
“Bendito seja Deus, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias, Deus de toda a consolação, que nos conforta em todas as nossas tribulações, para que, pela consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus, possamos consolar os que estão em qualquer angústia” II Coríntios 1, 3-4.
10 – A oração traz paz ao coração 
Suplica, roga, implora ao Bom Deus que te conceda paz em todas as circunstâncias da tua vida. Para Deus não há impossíveis.
“Não vos inquieteis com nada! Em todas as circunstâncias apresentai a Deus as vossas preocupações, mediante a oração, as súplicas e a ação de graças. .E a paz de Deus, que excede toda a inteligência, haverá de guardar vossos corações e vossos pensamentos, em Cristo Jesus.”  Filipenses 4, 6-7.

Papa Francisco

O Papa Francisco, em seu documento Aperuit Illis, com o qual introduziu o Domingo da Palavra de Deus, afirma que a relação entre o Ressuscitado, a comunidade dos crentes e a Sagrada Escritura é extremamente vital para a nossa identidade.
“Sem o Senhor que nos introduz na SagradaEscritura, é impossível compreendê-la em profundidade; mas é verdade também o contrário, ou seja, que, sem a Sagrada Escritura, permanecem indecifráveis os acontecimentos da missão de Jesus e da sua Igreja no mundo. Como justamente escreve S. Jerónimo, «a ignorância das Escrituras é ignorância de Cristo»”, afirma o Papa.
O Papa afirma ainda que “é profundo o vínculo entre a Sagrada Escritura e a fé dos crentes. Sabendo que a fé vem da escuta, e a escuta centra-se na Palavra de Cristo (cf. Rm 10, 17), daí se vê a urgência e a importância que os crentes devem dar à escuta da Palavra do Senhor, tanto na ação litúrgica, como na oração e reflexão pessoais”.
Aleteia

5 ensinamentos básicos de Jesus sobre a oração

Jesus Sermon on the mount
Domain Public
Philip Kosloski

Reconciliar-se com os outros antes de rezar, ser ousado e não usar frases vazias na oração fazem toda a diferença

Entre os mais importantes ensinamentos de Jesus, encontramos sua abordagem da oração e sua compreensão íntima dessa prática. Nos Evangelhos, Jesus ensina seus discípulos a rezar e, mais importante que isso, dá orientações claras sobre o que é a oração, descrevendo-a como um relacionamento pessoal não somente com Deus, mas também com outros seres humanos e com a criação como um todo.
Os Evangelhos têm passagens completas sobre a oração pessoal e comunitária que, em última análise, exigem uma reavaliação da própria vida de oração. Aqui estão cinco lições fundamentais sobre essa prática tiradas diretamente das Escrituras. Será muito útil a todos.

1
REZAR SEM SER VISTO

“Quando orardes, não façais como os hipócritas, que gostam de orar de pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade eu vos digo: já receberam sua recompensa. Quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora ao teu Pai em segredo; e teu Pai, que vê num lugar oculto, te recompensará” (Mateus 6, 5-6).

2
ANTES DE REZAR, RECONCILIE-SE COM OS OUTROS

“Se estás, portanto, para fazer a tua oferta diante do altar e te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar e vai primeiro reconci­liar-te com teu irmão; só então vem fazer a tua oferta” (Mateus 5, 23-24).

3
REZE ANTES DE TOMAR DECISÕES IMPORTANTES

“Naqueles dias, Jesus retirou-se a uma montanha para rezar, e passou aí toda a noite orando a Deus. Ao amanhecer, chamou os seus discípulos e escolheu doze dentre eles que chamou de apóstolos” (Lucas 6: 12-13).

4
NÃO USE FRASES VAZIAS

“Nas vossas orações, não multipliqueis as palavras, como fazem os pagãos que julgam que serão ouvidos à força de palavras” (Mateus 6, 7).

5
SEJA OUSADO E ACREDITE QUE DEUS RESPONDERÁ À SUA ORAÇÃO

“Por isso, vos digo: tudo o que pedirdes na oração, crede que o tendes recebido, e vos será dado”
(Marcos 11,24).
Aleteia

Jesus e João Batista eram primos?

DISCIPLES OF JESUS
Ottavio Vannini/Public Domain
Philip Kosloski

Jesus estava relacionado a São João Batista através da conexão de Maria com Isabel, embora seja incerto exatamente o que isso significava

Costuma-se dizer que Jesus era primo de São João Batista. Mas isso é verdade?
De acordo com o estudioso das Escrituras Dr. Edward Sri, em seu Commentary on the Gospel of Matthew, “a língua hebraica não tinha palavra para primo”.
Isso é o que também afirma John Alexander Clapperton em seu livro do século 19 Pitfalls in Bible English, em que ele examina essa palavra grega usada no Novo Testamento.
A palavra “primo” é usada em diferentes lugares em Shakespeare, às vezes equivalendo a “sobrinho”, às vezes a “sobrinha”; duas vezes para “tio”, uma vez para “cunhado” e três vezes para “netos”.
Na Bíblia, ela é usada em apenas uma passagem (Lucas 1, 36 e 58), onde Isabel é chamada de “prima” da mãe de Nosso Senhor. É usada uma palavra grega (suggenes) que tinha o mesmo significado vago da nossa antiga palavra inglesa “cousin” (primo), uma da mesma etnia, um parente próximo. A consequência é que não podemos ter certeza do parentesco entre João Batista e nosso Senhor.
Um artigo de Catholic Answers conclui da mesma forma: “tudo o que podemos dizer da palavra suggenes é que Isabel era algum tipo de parente de Maria. Mas se ela era tia, prima ou tinha uma relação mais distante, não pode ser determinado a partir da palavra”.
É por isso que muitas traduções da Bíblia se abstêm de usar a palavra “primo” e usam um termo mais vago.
As Bíblias NABRE, RSVCE e ESV, em inglês, por exemplo, usam os termos “relative” e “kinswoman”, cujo significado é relacionado a “parente”.
Jesus e João Batista certamente eram parentes, possivelmente até primos, mas a Bíblia não nos dá evidência suficiente para determinar quão estreito era o seu grau de parentesco.
Aleteia

S. JOSEMARIA ESCRIVÁ Y BALAGUER, PRESBÍTERO, FUNDADOR DO OPUS DEI

S. Josemaria Escrivá y Balaguer
S. Josemaria Escrivá y Balaguer  (© Opus Dei)

“Pegadas de pés descalços sobre a neve”. O gérmen da santidade pode desabrochar também em acontecimentos aparentemente banais. Josemaría tinha 16 anos quando observou aquelas pegadas deixadas por alguns Carmelitas ao chegarem à cidade e se perguntou: “O que seria capaz de oferecer a Jesus diante da total generosidade, que testemunham aqueles rastos de pés nus na neve”?
Era o ano de 1918. Aquele rapaz espanhol, natural de Barbastro, em Aragão, depois transferido com a família para Logroño, intuiu que Deus estava à sua procura para realizar alguma coisa que ainda não tinha forma.


Pegadas da vocação
Aquelas pegadas na neve prosseguem, de qualquer modo, no seu interior. Josemaría interroga-se, continuamente, para saber, com clareza, qual o projeto, que Deus não lhe havia revelado totalmente, para tomar uma decisão. Qual a escolha melhor, para encontrá-lo preparado, senão a de ser sacerdote?
O jovem estudou, antes em Logroño e depois em Zaragoza, e formou-se, não só em vista do seu futuro ministério, mas também em Direito, seguindo o conselho do seu pai, que veio a falecer em 1926.

No dia 28 de março do ano seguinte, Josemaría tornou-se sacerdote. A sua primeira experiência foi em uma periferia de Zaragoza, entre os pobres e analfabetos. No entanto, aquelas pegadas continuam em seu coração.

Visão de uma Obra
Quarta-feira, 2 de outubro de 1928. Após a Missa, Padre Escrivá subiu para seu quarto. Morava com a sua família, há quase um ano, em um pequeno apartamento de Madri: pouco dinheiro e muito trabalho, entre compromissos sacerdotais, estudo e aulas particulares.

Ao organizar suas anotações, - propósitos, inspirações, ideias – como por uma fulguração, Josemaría “viu” a Obra que Deus lhe pedia: “Pessoas de todas as nações e raças, de todas as idades e culturas buscavam a Deus e o encontravam na vida de cada dia; santificavam seu trabalho, humilde ou prestigioso que fosse; cristianizavam seus ambientes, como por contágio”.

Então, Josemaría ajoelhou-se e, com o tempo, escreveu: “Tinha 26 anos, contava com a graça de Deus e bom humor. Nada mais. Mas tinha que construir a Opus Dei”. Aquelas pegadas tinham chegado ao seu destino!

“Cem anos antes”
A guerra civil estoura, sobretudo e de modo feroz, contra a Igreja, obrigando Josemaría à clandestinidade, refugiando-se, para além dos Pirineus, em Burgos, na França. Regressou para Madri, em 1839, e, depois, em 1946, partiu para Roma, onde foi recebido pelo Papa Pio XII.

O Papa Pacelli estimava muito ao Padre Escrivá, mas o problema era que, para aprovar canonicamente uma Obra daquele tipo, - simples cristãos que queriam se santificar na vida de cada dia - faltavam os princípios jurídicos.

A Opus Dei, - disse alguém – “teria chegado cem anos antes”. Mas, finalmente, entre 1947 e 1950, foi-lhe concedido o máximo sigilo eclesial. A Opus Dei contou, nos decênios sucessivos, com uma grande expansão. Seu fundador fez numerosas viagens pelo mundo.

Josemaría Escrivá de Balaguer faleceu em 26 de junho de 1975, Em 6 de outubro de 2002, João Paulo II o proclamou Santo.

Vatican News

quinta-feira, 25 de junho de 2020

Os 4 dogmas sobre Nossa Senhora

Os Dogmas Marianos (Denianos)

Quatro verdades básicas que todo católico deve saber sobre a Imaculada e Sempre Virgem Mãe de Deus assunta aos céus.

Os 
dogmas sobre Maria são verdades de fé declaradas por um Concílio ou por um Papa e nas quais o fiel católico é obrigado a acreditar e professar.
Eles foram enunciados em momentos importantes para a história da Igreja e tocam em pontos sensíveis relativos à doutrina.

1. Maternidade divina

Cristo é pessoa divina e Maria é a Sua mãe. Foi declarado no Concílio de Éfeso, em 431. Na época a Igreja vivia uma profunda polêmica interna causada pelos nestorianos, corrente muito popular entre as comunidades cristãs do Oriente. Segundo eles, Jesus tinha duas naturezas, uma humana e outra divina, mas pouco ligadas. Maria seria mãe apenas de Cristo como homem. Para combater esse pensamento, a Igreja outorgou-lhe o título de Theotokos (Teótokos), expressão grega que significa “Mãe de Deus”.

2. Virgindade perpétua

Maria foi virgem antes, durante e depois do parto. Foi declarado no segundo Concílio de Constantinopla, em 553. A virgindade de Maria é uma ideia tradicional, que remonta às origens do cristianismo, mas gerou bastante polêmica ao longo da história da Igreja. Foi questionada pelos pagãos, que não compreendiam como uma virgem poderia dar à luz. Já as tendências gnósticas dentro do cristianismo achavam que Jesus era filho de José.

3. Imaculada Conceição

Maria foi totalmente isenta de pecado, inclusive quando concebida por seus pais, Santa Ana e São Joaquim. Todo o resto da humanidade, desde os nossos primeiros pais, nasceu com pecado original – daí, aliás, a necessidade da Salvação. Proclamado pelo Papa Pio IX em 1854, o dogma da Imaculada Conceição teve como pano de fundo a luta que na época a Igreja travava contra o racionalismo enviesado e exacerbado. Essa corrente, com ares de “científica”, negava a possibilidade de forças sobrenaturais agirem no mundo. O dogma da Imaculada realça justamente a intervenção direta de Deus no mundo ao preservar Maria do pecado original.
Nas aparições de Lourdes, a própria Nossa Senhora confirmou essa verdade de fé: confira neste artigo.
E, em outro caso impressionante, durante um exorcismo na Itália em 1823, dois sacerdotes dominicanos fizeram o diabo reconhecer esse mesmo dogma 30 anos antes de que ele fosse promulgado! Confira aqui.

4. Assunção

Após a morte, Maria subiu ao Céu em corpo e alma. Depois de Cristo, ela foi a única criatura que teve esta distinção. Foi declarado por Pio XII no pós-guerra, em 1950. Após a maciça mortandade da Segunda Guerra, o dogma fala da santidade da vida e da dignidade dos corpos humanos, ao lembrar que eles também estão destinados à Ressurreição.
Aleteia

O Papa na Audiência Geral: Davi é nobre porque reza. A oração nos dá nobreza

"A oração nasce da convicção de que a vida não é algo que passa por nós, mas um mistério surpreendente, que em nós suscita à poesia, a música, a gratidão, o louvor, ou a lamentação e a súplica. Quando uma pessoa não tem essa dimensão poética, quando lhe falta a poesia, a sua alma manca", disse Francisco em sua catequese.

Mariangela Jaguraba - Vatican News

O Papa Francisco prosseguiu com o tema da oração na Audiência Geral desta quarta-feira (24/06), realizada na Biblioteca do Palácio Apostólico.
Na catequese de hoje, o Pontífice abordou o tema da “A oração de Davi”, “predileto de Deus desde menino, escolhido para uma missão única, que assumirá um papel central na história do povo de Deus e da nossa fé”.
Nos Evangelhos, Jesus é chamado várias vezes “filho de Davi” e  como ele, nasce em Belém. Segundo as promessas, da descendência de Davi vem o Messias: “Um Rei totalmente segundo o coração de Deus, em perfeita obediência ao Pai, cuja ação cumpre fielmente o seu plano de salvação”.

Davi é um pastor.
A história de Davi começa nas colinas ao redor de Belém, onde apascenta o rebanho de seu pai, Jessé. É ainda um rapaz, o último de muitos irmãos. Por ordem de Deus, o Profeta Samuel vai em busca do novo rei. Davi trabalhava ao ar livre e confortava a sua alma tocando harpa. “Nos longos dias de solidão gostava de tocar e cantar ao seu Deus. Brincava também com a funda”, disse o Papa, acrescentando:

Portanto, em primeiro lugar Davi é um pastor: um homem que cuida dos animais, que os defende quando surge o perigo, que lhes dá o sustento. Quando Davi, por vontade de Deus, tiver que se preocupar pelo povo, não realizará ações muito diferentes destas. É por isso que na Bíblia a imagem do pastor é muito recorrente. Também Jesus se define “o bom pastor”, o seu comportamento é diferente daquele do mercenário; oferece a sua vida pelas ovelhas, guia-as, sabe o nome de cada uma delas.

Dimensão poética.
Davi aprendeu muito da sua primeira profissão. “Quando o profeta Natã o repreenderá pelo seu gravíssimo pecado, Davi compreenderá imediatamente que tinha sido um mau pastor, que roubara de outro homem a única ovelha que ele amava, que já não era um servo humilde, mas um homem doente de poder, um caçador furtivo que mata e saqueia”, sublinhou Francisco.

A seguir, o Pontífice destacou o segundo traço característico presente na vocação de Davi: o seu espírito de poeta. “Desta pequena observação deduzimos que Davi não era um homem vulgar, como muitas vezes pode acontecer com indivíduos obrigados a viver por muito tempo isolado da sociedade. Ao contrário, é uma pessoa sensível, que gosta da música e do canto. A harpa o acompanhará sempre: para elevar um hino de alegria a Deus,  para expressar um lamento, ou para confessar o próprio pecado.”

O mundo que se apresenta aos seus olhos não é uma cena silenciosa: o seu olhar capta, por detrás do desenrolar dos acontecimentos, um mistério maior. A oração nasce precisamente dali: da convicção de que a vida não é algo que passa por nós, mas um mistério surpreendente, que em nós suscita à poesia, a música, a gratidão, o louvor, ou a lamentação e a súplica. Quando uma pessoa não tem essa dimensão poética, quando lhe falta a poesia, a sua alma manca. Portanto, segundo a tradição Davi é o grande artífice da composição dos salmos. No início fazem frequentemente referência explícita ao rei de Israel e a alguns dos acontecimentos mais ou menos nobres da sua vida.

Oração, voz que nunca se apaga.
“Davi tem um sonho: ser um bom pastor”, disse o Papa. “Às vezes conseguirá estar à altura desta tarefa, outras vezes, não; mas o que importa, no contexto da história da salvação, é que ele representa a profecia de outro Rei, do qual é apenas anúncio e prefiguração”, sublinhou Francisco.

“Olhemos para Davi, pensemos a Davi. Santo e pecador, perseguido e perseguidor, vítima e carnífice também. É uma contradição. Davi era tudo isso, junto”, disse o Pontífice, ressaltando que “também nós, na nossa vida, temos traços frequentemente opostos. Na trama da vida, todos os homens pecam muitas vezes de incoerência. Na vida de Davi existe apenas um fio condutor que confere unidade a tudo o que acontece: a sua oração. Esta é a voz que nunca se apaga”.

“Davi Santo, reza. Davi pecador, reza. Davi perseguido, reza. Davi perseguidor, reza. Davi vítima, reza. Até Davi, carnífice, reza. Este é o fio condutor de sua vida. Um homem de oração. Essa é a voz que nunca se apaga: quer assuma os tons do júbilo, quer os da lamentação, é sempre a mesma oração, só muda a melodia. Agindo assim, Davi nos ensina a deixar que tudo faça parte do diálogo com Deus: tanto a alegria como a culpa, o amor como o sofrimento, a amizade como a doença. Tudo pode tornar-se palavra dirigida ao “Tu” que nos ouve sempre”, frisou ainda o Papa.

Davi é nobre porque reza
Davi, que conheceu a solidão, na verdade, nunca esteve sozinho! E no fundo este é o poder da oração, em todos aqueles que lhe dão espaço na própria vida: A oração dá a você nobreza, e Davi é nobre porque reza. É um carnífice que reza, se arrepende e a nobreza retorna da oração. A oração nos dá nobreza: ela é capaz de assegurar a relação com Deus, que é o verdadeiro Companheiro de caminho do homem, no meio das numerosas provações da vida.

“Boas ou más, mas sempre a oração. Obrigado, Senhor. Tenho medo, Senhor. Ajuda-me, Senhor. Perdoa-me, Senhor. A confiança de Davi é tão grande que, quando ele foi perseguido e teve que fugir, ele não deixou ninguém defendê-lo: “Se meu Deus me humilha assim, Ele sabe”, porque a nobreza da oração nos deixa nas mãos de Deus. Aquelas mãos chagadas de amor e as únicas mãos seguras que temos”, concluiu Francisco.


Vatican News

O que é o Óbolo de São Pedro e para que serve?

Imagem referencial / Foto: Flickr adkorte (CC-BY-2.0)
REDAÇÃO CENTRAL, 25 Jun. 20 / 05:00 am (ACI).- Nos dias antes da Solenidade de São Pedro e São Paulo, que é celebrada em 29 de junho (e no Brasil é transferida para o domingo, neste ano 28 de junho), na maioria das paróquias se realiza a convocação para a coleta do Óbolo de São Pedro.
Segundo explica o site do Vaticano, o Óbolo de São Pedro é “a ajuda econômica” que os fiéis oferecem ao Santo Padre “como sinal de adesão à solicitude do Sucessor de Pedro relativamente às múltiplas carências da Igreja universal e às obras de caridade em favor dos mais necessitados”.
A coleta é realizada em todas as dioceses no “Dia mundial da caridade do Papa”, todo dia 29 de junho ou no domingo mais próximo da Solenidade de São Pedro e São Paulo.
A Santa Sé assinala que a origem desta prática data do final do século VIII, depois da conversão dos anglo-saxões, os quais se sentiram “tão ligados ao Bispo de Roma que decidiram enviar, de maneira estável, um contributo anual ao Santo Padre”.
Esta coleta foi chamada “Denarius Sancti Petri” (Esmola para São Pedro)e se difundiu pelos demais países europeus. Em 5 de agosto de 1871, o Papa Pio IX a regularizou através da encíclica “Saepe Venerabilis”.
Algumas das obras de caridade financiados com o Óbolo de São Pedro são o melhoramento da estrutura do Hospital Pediátrico na República Centro-Africana, o alívio da crise humanitária no Haiti e a oferta de dez bolsas universitárias para os jovens deslocados pela guerra e pelo terrorismo no Curdistão iraquiano.
É possível conhecer mais sobre os projetos de ajuda AQUI.
Em novembro de 2016, a Santa Sé lançou o site oficial do óbolo de São Pedro para que os fiéis colaborem com as obras de caridade da Igreja, leiam as mensagens do Papa, entre outras coisas. Está disponível em italiano, inglês e espanhol.
Em 2017, foram criadas as contas de Twitter e Instagram desta iniciativa. No Twitter, estão em três idiomas: @obolus_it (em italiano), @obolus_es (em espanhol) e @obolus_en (em inglês). No Instagram é uma conta única: obolus_va.
Para doar, acesse AQUI.
ACI Digital

S. GUILHERME, ABADE, FUNDADOR DO MOSTEIRO DE MONTEVERGINE

S. Guilherme, Bernardino Zenale
S. Guilherme, Bernardino Zenale

Guilherme tinha os pés torturados de tanto andar. Seu destino era Santiago de Compostela e, depois, um dia, a Terra Santa. Às vezes, 14 anos são suficientes para escolher a vida que se quer viver, renunciado àquela que se tem. Assim foi Guilherme, um adolescente de Vercelli.
Com 14 anos, fez uma coisa semelhante àquela que Francesco faria em Assis, mais de cem anos depois. Deixou a vida opulenta riqueza da sua família, renunciou ao título nobiliário, vestiu um saio rude e partiu descalço e sozinho.
Compostela torna-se uma etapa obrigatória de peregrinação para o homem do primeiro Milênio. Por volta do ano 1099, Guilherme partiu para o Santuário espanhol: fez cinco anos de caminhada, de pão e água, de cilício, dormindo no chão, de colóquio íntimo com Deus e de ardente anúncio do Evangelho ao longo do caminho.


Meta impensável
A outra etapa de qualquer peregrinação, na época, era a Terra de Jesus. Então, Guilherme voltou para a Itália com o objetivo de partir para Jerusalém. Porém, o homem que planeja se defronta com as surpresas de Deus.

O jovem encaminhou-se para o sul da Itália em busca de um navio. Mas, nas proximidades de Brindes, foi agredido por alguns ladrões. Naquele pobre peregrino nada havia roubar; decepcionados, a agressão se transformou em violência. Guilherme foi espancado e obrigado a interromper sua viagem. Ao recuperar suas forças, encontrou-se com João de Matera, o futuro santo, que havia conhecido antes, que lhe disse, com decisão, que, por detrás da agressão sofrida, poderia estar oculto um sinal maior: dedicar a sua missão de apóstolo na Itália.
Guilherme refletiu e se convenceu e, em 1118, volta novamente para Irpínia, aos pés do Montevergine, que o escala até encontrar uma pequena bacia, onde se deteve. Ali, o peregrino se tornou eremita.

Os monges de Montevergine
O eremita pensava ser feito para a solidão, mas a solidão não era feita para ele: sua fama de homem de Deus se espalhou rápido como o vento gelado que penetrava nos bosques do Monte Partênio. Dezenas de pessoas chegavam ao lugar onde se encontrava a cela do monge Guilherme.
Assim, o eremita torna-se abade. Foram poucas as Regras escritas, ditadas e mostradas com seu exemplo: penitência rigorosa, oração, prática da caridade com os pobres.

Este foi o broto da sua Congregação dedicada a Maria, oficialmente reconhecida em 1126. No entanto, os pés do eremita queimavam.

Certo dia, o Santo peregrino confiou a um discípulo a recém-nascida Abadia de Montevergine e retomou sua estrada, indo de Irpínia a Sânio, da Lucânia à Apúlia e Sicília.

Os príncipes normandos e as pessoas paupérrimas, que o encontravam, permaneciam fascinados.
Em sua história, fala-se de sinais milagrosos, entre os quais o mais conhecido era o do lobo que dilacerou o burro de carga de Guilherme. Então o monge o "obrigou" a se transformar em um animal de carga, com perfeita mansidão.

Padroeiro da Irpínia
A abadia de Montevergine prosperou, graças às contínuas doações conspícuas. Entre os amigos reinantes, mas, sobretudo, sinceros de Guilherme, destaca-se Rogério II, um rei normando. Foi ele quem visitou, pela última vez, o peregrino, que se tornou eremita e abade, debilitado e quase sem força.

Em 1142, São Guilherme entregou seu espírito em um de seus mosteiros da Irpínia, em Goleto.
800 anos depois da sua morte, em 1942, Pio XII o proclamou Padroeiro principal da Irpínia.


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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF