Translate

sexta-feira, 10 de julho de 2020

A falsa Confissão de Fé Valdense de 1120 e o falso cânon bíblico de 66 livros dos valdenses, “anterior” à Reforma Protestante

A falsa Confissão de Fé Valdense de 1120 e o falso cânon bíblico de 66 livros dos valdenses

É sabido que os protestantes anticatólicos recorrem a qualquer citação, documento ou referência histórica que encontram na Internet e que possa servir-lhes em sua ofensiva contra a Igreja Cristã Católica. E em muitos casos, nem sem importam em analisar o contexto ou comprovar a veracidade ou autenticidade de tais evidências. Deste modo, sua incontrolável beligerância contra a Igreja do Senhor lhes impede de aplicar a si mesmos o mesmo rigor que empregam para questionar cada aspecto que expõe a Igreja Cristã Católica e, por isso, não é comum que este tipo de protestante reflita sobre a situação e diversidade doutrinária do seu próprio e bastante fragmentado mundo protestante.
Dito isto, quanto a questão do cânon bíblico, é sabido que os protestantes se esforçam por todos os meios em encontrar qualquer prova, evidência ou indício histórico pelo qual possam se apegar para apoiar a sua tese de que antes da Reforma existia uma Bíblia ou cânon de 66 livros, tal como eles carregam debaixo do braço aos domingos, quando se dirigem para os seus cultos.
Em diversos Sites e também em debates na Internet sobre o cânon bíblico, é possível ler e ouvir certos protestantes recorrerem a uma suposta “Confissão de Fé Valdense do ano 1120” para afirmarem, em tom triunfalista, que antes da Reforma havia um cânon de 66 livros. Alguns não param por aí e se aventuram a afirmar que os valdenses preservaram a Bíblia através dos séculos e que é possível traçar-lhes a historicidade até os Apóstolos, coisa esta que é impossível historicamente (…).
Voltando à questão do cânon, um dos Sites [protestantes] em que podemos ler a referida “Confissão de Fé Valdense do ano 1120” é o “Apostles Creed”. O artigo que faz referência ao cânon bíblico é o Artigo 3º, cuja tradução para o português seria esta:
  • Artigo 3º – Reconhecemos as Sagradas Escrituras canônicas, os livros da Bíblia Sagrada: os livros de Moisés, chamados Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio; Josué; Juízes; Rute; 1º de Samuel, 2º de Samuel; 1º de Reis, 2º de Reis; 1º das Crônicas, 2º das Crônicas; Esdras, Neemias; Ester; Jó; Salmos; os Provérbios de Salomão; Eclesiastes ou o Pregador; o Cântico de Salomão; as profecias de Isaías e Jeremias; as Lamentações de Jeremias; Ezequiel; Daniel; Oseias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miqueias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias. Aqui seguem os livros apócrifos, que não foram recebidos dos hebreus, mas que nós lemos – como diz São Jerônimo em seu Prólogo aos Provérbios – para a instrução do povo, não para confirmar a autoridade da doutrina da Igreja: 2º de Esdras, 3º de Esdras, Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruc com a Epístola de Jeremias, Ester a partir do décimo capítulo até o final, a Canção dos Três Jovens, a História de Susana, a História do Dragon, 1º de Macabeus, 2º de Macabeus e 3º de Macabeus”.
A fonte primária desta suposta “Confissão de Fé Valdense do ano 1120” é o livro “A History of the Evangelical Churches of the Valleys of Piedmont”, de Samuel Morland, do ano 1658:
Nesse livro, é possível apreciar a suposta Confissão de Fé nas páginas 30 e 31:
[Artigo 3º: o cânon valdense de 66 livros e os “apócrifos”, em tese datado de 1120]
Deve-se observar em primeiro lugar que o livro de Morland é de 1638 e o mesmo indica que a Confissão foi “copiada de certos manuscritos datados do ano 1120”. No entanto, não cita nenhuma nota, referência ou bibliografia, nem referências de museus os lugares históricos onde seja possível verificar se os originais dos tais manuscritos datam mesmo do ano 1120 — o que levanta sérias dúvidas sobre a autenticidade desta Confissão e, por isso, outros historiadores têm revisado e concluído que se trata de uma falsificação. Citarei a seguir apenas um pequeno, mas representativo grupo desses historiadores.
 * * *
1. A primeira fonte é o livro “History of the Canon of the Holy Scriptures in the Christian Church”, do acadêmico e erudito bíblico Edward Reuss, pág. 264:
[A Confissão de Fé valdense não é do século XII, mas do XVI]
A página 264 aponta claramente que a presumida Confissão de Fé de 1120 é uma falsificação que deve ser datada no mínimo de 1532.
* * *
2. A segunda referência é o livro “The Waldensian Manuscripts”, do respeitado erudito James Henthorn Todd, D.D., pág. 94:
[“A antiguidade desses documentos foi totalmente refutada”]
Henthorn indica que a antiguidade da referida Confissão de Fé, juntamente com outros manuscritos valdenses supostamente do ano 1120 foi totalmente refutada. Neste livro é evidenciada a falsificação [do cânon] apresentado [no livro de] Samuel Morland.
 * * *
3. A terceira referência é o livro “The Origin, Persecutions, and Doctrines of the Waldenses” (=”Origem, Perseguições e Doutrina dos Valdenses”) do acadêmico Pius Melia, D.D., pág 92:

[A Confissão de Fé valdense foi impressa com a falsa data de 1120]
Nesta obra, reafirma-se a falsificação da “Confissão de Fé Valdense de 1120”, a qual remonta ao século XVI.
* * *
4. A quarta referência provém dos próprios historiadores valdenses, que reconhecem que a citada Confissão NÃO é de 1129, mas uma falsificação que corresponde a um documento de 1531, ao qual se quis atribuir falsamente a data de 1120. Pode ser verificado no próprio Site bibliográfico valdense.
Esse Site é um projeto conjuto entre a Foundation Centro Culturale Valdese, em Torre Pellice, a Società di Studi Valdesi, também em Torre Pellice, e a Reformierter Bund in Deutschland, de Hannover.
Tanto a Sociedade Sulamericana de História Valdense, quando a Societá di Studi Valdesi e a Societé d’Histoire Vaudoise confirmam que a “Confissão de Fé de 1120” data realmente do ano 1531.
[A Confissão de Fé valdense é, na verdade, de 1531]
 * * *
5. A quinta [e última] referência provém também de historiadores valdenses. No “Bollettino della Societa Di Studi Valdesi”, de 1972, é possível ler o seguinte:
  • “Sabe-se que a chamada ‘Confissão de 1120’, datada por nossos historiadores como sendo do ano 1531, encontra-se em Perrin, que a chama de ”Confession de foy des Vaoudois'”.
[A Confissão de Fé de 1120 é de 1531: posterior à Reforma Protestante]
CONCLUSÃO
Ainda que as fontes que eu indiquei sejam mais do que suficientes, há ainda outras fontes que confirmam a falsidade da Confissão de Fé Valdense do ano 1120.
Com efeito, continua sem existir uma Bíblia [cristã] ou cânon de 66 livros anterior à Reforma, tal como possuem os protestantes hoje, já que o suposto cânon valdense de 66 livros pré-Reforma foi refutado.
FONTE: Veritatis Splendor

Santa Verônica Giuliani

Santa Verônica Giuliani (A12)
09 de julho
Santa Verônica Giuliani

Úrsula Giuliani nasceu em Mercatello, perto de Urbino, nos antigos Estados Pontifícios, hoje Itália, no ano de 1660. Foi a sétima filha de um casal profundamente católico. Desde muito pequena, já lhe aconteciam fenômenos extraordinários. Suas primeiras palavras, com um ano e meio de vida, foram dirigidas com autoridade divina a um comerciante que observou, quando acompanhava alguém da casa à mercearia, e que roubava no peso dos produtos: “Não trapaceie na venda, pois Deus vê tudo”.

Com três anos, convidava o Menino Jesus esculpido numa imagem a partilhar do seu almoço, e Ele descia do colo da Virgem para comer com ela. Também com três anos começou a desejar o martírio, ao ouvir a mãe e as irmãs falarem dos santos; querendo fazer como Santa Rosa de Lima, que se flagelava em segredo, fez pequenos nós em seu avental com a intenção de imitá-la, mas sua mãe descobriu e a impediu.

Caridosa com os pobres, a menina Úrsula lhes dava, quando nada mais tinha para oferecer, algo do seu vestuário. Viu um par de sapatos que doara para uma pequena pedinte, mais tarde, nos pés de Nossa Senhora.

Quando seus familiares voltavam da Missa, sentia um odor divino naqueles que haviam comungado, e pensava que isto era normal e partilhado por todos. Quando passou a ir à Missa, via o Menino Jesus na Hóstia Consagrada. E quando recebeu a Primeira Eucaristia aos dez anos, sentiu um fogo abrasante no coração. Pensando que isto era o normal para todos, perguntou ingenuamente à família quanto tempo durava aquele fogo depois da Comunhão.

Contudo havia também algumas sérias distorções no comportamento da menina Úrsula. Assim, quando as irmãs não queriam ajudá-la a fazer seus pequenos altares para Nossa Senhora, chegava a empurrá-las da escada. Certa vez, julgando que as visitas ricas que viriam comer os bolos preparados para elas não precisavam desses alimentos, amassou-os para que não fossem servidos, mas sim doados aos pobres.

Também, com já 16 anos, por causa de um zelo excessivo, ela erroneamente repreendia e mesmo maltratava os que visse cometendo alguma falta, chegando a dar uma bofetada numa criada que agia mal. Tornava-se ditatorial quando outras pessoas não a queriam acompanhar nas práticas religiosas.

O pai deseja para ela um vantajoso casamento, e tudo fez para que ela desistisse da vontade de ser religiosa que manifestou quando adolescente. Levava-a assim para recreações e distrações mundanas, que de fato lhe diminuíam o fervor. Porém, esta contradição fez com que ficasse doente, e o pai acabou permitindo que seguisse sua vocação.

Aos 17 anos, entrou para o convento das monjas Capuchinhas de Città di Castello, adotando o nome de Verônica. Logo começaram as provações: apesar da sua paz e convicção de alma, o corpo parecia oprimido dentro do mosteiro. O demônio aparecia em sua cela com a aparência da mestra de noviças, dizendo-lhe que não se confessasse com seu diretor espiritual, pois havia boatos de que eram amantes e portanto isto seria um escândalo para a Congregação; posteriormente, Verônica descobriu que não era a mestra das noviças que a visitava.

Trabalhou no convento sucessivamente faxineira, porteira, camareira, cozinheira, encarregada da despensa, enfermeira, sacristã, mestra das noviças (durante 22 anos) e, finalmente, abadessa, sempre dando o exemplo de amor a Cristo e à Sua Paixão e a Nossa Senhora, com espírito sobrenatural. Conquistou deste modo as outras religiosas e fez do mosteiro uma escola de perfeição.

união de Verônica coma Paixão de Jesus aumentou continuamente desde a sua entrada no mosteiro, incluindo muitas manifestações místicas. Primeiramente sentiu-se chamada por Ele a também carregar Sua Cruz. Com 21 anos, pediu ao Senhor para participar das dores da Sua coroa de espinhos, e foi atendida: a partir de então, passou a sentir uma dor imensa na cabeça, aumentada pelos médicos que, tentando aliviá-la, usaram um bastão de fogo no local e furaram-lhe a pele do pescoço com uma agulha incandescente; por fim, reconheceram que não podiam curar aquela “enfermidade”. Esta dor permaneceu com Verônica até a sua morte.

Outra manifestação mística foi a sua percepção da união dos Sagrados Corações de Jesus e Maria num só, aos Quais se unia também o seu.

Começou a escrever um diário, por ordem do seu confessor e diretor espiritual, relatando suas experiências místicas ao longo do tempo. A partir de 14 de agosto de 1720, Nossa Senhora lhe apareceu e começou a ditar coisas que não se lembrava da sua infância; estas passagens estão escritas na segunda pessoa do singular e nelas aparecem por extenso inclusive as orientações de pontuação feitas pela Virgem.

Nos 44 volumes e 22 mil páginas do diário Santa Verônica expõe o desejo de Jesus de que participemos da Salvação que nos obteve na Cruz por meio dos nossos sofrimentos. Narrou igualmente os sofrimentos que ela mesma padeceu, não por causas médicas, mas como fenômenos sobrenaturais e extraordinários que a permitiam unir-se a Cristo. (Mas também fazia mortificações voluntárias pela conversão dos pecadores). Por causa da importância deste testemunho, o diabo procurava atormentá-la, de modo a que ela não escrevesse.

A partir de cinco de abril de 1697, uma Sexta-Feira Santa, após intensa contrição e purgação, viu Jesus Crucificado com Nossa Senhora aos pés da Cruz. A virgem pediu a Cristo que concedesse a Verônica os Seus estigmas, e então cinco raios de luz saíram da Cruz e a atingiram, marcando-a de forma invisível e visível nas mãos, pés e coração.

Por humildade, Verônica pediu ao Senhor que ninguém soubesse do ocorrido, mas as irmãs viram as chagas. Seu confessor foi consultar o bispo e este o Santo Ofício, que determinou uma prova de obediência, humildade e resignação a Verônica. Inicialmente houve investigações, interrogatórios e a tentativa, inútil, da cura das feridas por médicos. Então, ela foi destituída do cargo que então ocupava, mestra das noviças, e ficou isolada numa cela, proibida de escrever cartas a não ser para as irmãs religiosas, de ir ao locutório, de ir ao coro para rezar exceto nos dias de preceito para ouvir a Missa, e o pior, de receber a Comunhão. Além disso uma irmã conversa foi nomeada para dirigi-la, tratando-a com severidade.

A tudo isso Verônica reagiu com humildade, tranquilidade e paz inalterável, sem qualquer sinal de tristeza, tornando-se admirada pelas outras irmãs, até que o Santo Ofício reconheceu a veracidade dos estigmas. Ela reassumiu o cargo de mestra das noviças, no final do ano.

Eleita abadessa em 1716, demonstrou que, além de mística, possuía um agudo senso prático (como outra grande mística, Santa Teresa de Ávila), desenvolvendo um trabalho extraordinário. Instalou água encanada no mosteiro e expandiu os prédios, construindo um grande dormitório e uma capela interior. Procurou proporcionar à comunidade todas as comodidades compatíveis com a sua Regra. O bispo local aconselhava-se com ela sobre a direção da sua diocese, e reconhecia que ela seria capaz de governar um império.

Em 1727, após 11 anos como abadessa, Verônica adoeceu, e seus últimos 33 dias de vida foram marcados por intenso sofrimento no leito, até seu falecimento em 9 de julho. Os estigmas nas mãos e pés ainda estavam presentes, e ela havia desenhado num cartão em forma de coração os símbolos da Paixão que Cristo colocara no seu próprio coração. Na autópsia, diante do bispo, do governador local, de professores de Medicina e outras sete testemunhas dignas, foi constatado que tais marcas apareciam exatamente como ela havia descrito – é o fenômeno da transverberação do coração, isto é, a experiência de ter transpassado o coração com feridas físicas, de origem mística.

À Santa Verônica foi revelado que suas orações e penitências haviam convertido inúmeros pecadores e libertado muitas almas do Purgatório, que aliás lhe apareciam para agradecer tal caridade.

 Colaboração: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:

Santa Verônica, inspiradora da santidade de São Pio de Pietrelcina, foi escolhida por Deus para vivenciar manifestações sobrenaturais, desde muito pequena. Tais situações pertencem somente à misteriosa sabedoria divina, e por isso não devemos ficar buscando fenômenos extraordinários para a nossa vida – o que seria evidência de um coração ordinário – mas sim viver um amor extraordinário a Ele e ao próximo, pois é esse o caminho ordinário da santidade. E mesmo na busca da perfeição, muitas vezes, como ela, agimos erradamente por excessos. Daí a necessidade de nos aproximarmos da vontade de Deus mais do que da nossa própria, cuja apenas nos empurrará abaixo pela escadaria do pecado. Por exemplo, há os que, por egoístico interesse pessoal, querem afastar de Deus os demais, de modo mais grave os que estão sob seus cuidados, proporcionando a eles intencionalmente acesso ao que é mundano. Ora, Deus há de nos lembrar o que escrevemos no livro da nossa vida; se não deixarmos que Nossa Senhora dos diga o que nele anotar, teremos apenas pontuado os sofrimentos que iremos merecer. Portanto, devemos ler e viver o que ela registrou no seu diário, o desejo de Cristo de que nos unamos à Sua Paixão, aceitando os sofrimentos pela conversão dos pecadores, de modo a que unamos também à Salvação. Isto não implica, para a maioria de nós, em grandes dores místicas ou terrenas do corpo ou da alma, mas nas dificuldades normais e comuns da existência, tanto as que não escolhemos como aquelas que derivam do nosso serviço a Deus e ao próximo, e que escolhemos livremente fazer. A escala desses serviços, paradoxalmente, é inversamente proporcional na régua de humildade de os dimensiona: assim, como Verônica, de porteira a abadessa foi cada vez mais serva das irmãs, por causa da responsabilidade dos cargos sucessivamente assumidos, Cristo, na Sua dignidade divina, rebaixou-Se à nossa humanidade decaída, lavando com Seu sangue na Cruz os nossos pecados – por isso pede que nos unamos a Ele no Madeiro, único lugar onde seremos encharcados de purificação. Esta verdade espiritual se manifesta no concreto, por isso Santa Verônica, sendo mística, nos dá o exemplo dos serviços práticos que fez no seu mosteiro, para o melhoramento da vida da comunidade. De fato, Jesus e Maria não podem ser apenas imagens em nossas vidas, mas, como na dela, uma convivência concreta, ainda que invisível. Nós o faremos canalizando as águas do nosso Batismo na direção do conforto das almas, incluindo as do Purgatório.

Oração:

Deus de amor eterno, cujo mistério de bondade é um abismo insondável, concedei-nos pela intercessão de Santa Verônica Giuliani a graça de fazer nosso coração arder incessantemente por Vós, para ter nele não as feridas do pecado, mas a marca do de Jesus, de modo a não vivermos sob o estigma da condenação, mas ao contrário podermos partilhar com Ele da ceia eterna. Pelo mesmo Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora. Amém.


Fonte: https://www.a12.com/

quinta-feira, 9 de julho de 2020

A visão de Igreja nos padres do cristianismo antigo

Dom Vital Corbelini - Diocese de Marabá
Dom Vital Corbellini
Bispo de Marabá – PA
A igreja é um dos temas importantes na teologia e na vida eclesial. Os primeiros teólogos e escritores cristãos desenvolveram uma eclesiologia bíblica, cristológica, trinitária, bem encarnada junto ao povo de Deus. A Igreja é a comunidade de fé, de esperança e de caridade que em Cristo Jesus se encontra para ouvir a Palavra de Deus, vive da eucaristia, e é chamada a testemunhar o amor de Deus no mundo de hoje, em unidade com os seus pastores. A seguir, vejamos pontos da visão eclesial em alguns padres da Igreja.
            Tertuliano, padre dos séculos II e III afirmou o valor do batismo na vida eclesial, pois sob as mãos do bispo renunciamos ao demônio e aos seus anjos para viver os compromissos batismais. Depois os catecúmenos eram imersos três vezes na água sendo batizados, recebendo, sem dúvida os outros sacramentais, a unção. Em seguida as pessoas recebiam a eucaristia do ministro no caso era o bispo quem presidia a assembléia. Em muitas ocasiões, afirmou Tertuliano, fazemos sempre o sinal sobre a fronte, no caso o sinal da cruz. Portanto esse costume veio da tradição e foi aprovada pela fé do povo de Deus, da Igreja de Cristo[1].
Orígenes, padre dos séculos II e III falou que a encarnação do Verbo de Deus possibilitou a divulgação do evangelho para o mundo e conseqüentemente a construção de igrejas. As Igrejas de Deus, instruídas por Cristo, brilham como astros no mundo (cfr. Fl 2,15), assim como nos falou o Apóstolo Paulo. O que diferencia a Igreja de outras assembléias é a questão do serviço[2], os sacramentos dados para as pessoas e o anúncio da Palavra de Deus.
Santo Ireneu, bispo de Lião, nos séculos II e III, afirmou que a verdadeira gnose é a doutrina dos apóstolos; é a antiga difusão da Igreja em todo o mundo, sendo este o caráter distintivo do Corpo de Cristo Jesus, consistindo na sucessão dos bispos aos quais foi confiada a Igreja em qualquer lugar onde ela esteja. Existe também a conservação das Escrituras que chegou até nós, a sua explicação correta e do dom da caridade, mais precioso do que a gnose, mais glorioso do que a profecia, superior a todos os outros carismas[3].
            São Fulgêncio de Ruspe, bispo africano dos séculos V e VI, afirmou que na Igreja católica é a recepção de Deus e nesta até o fim dos séculos há uma mistura de joio com a boa semente, que isto é os maus se confundem com os bons na comunhão dos sacramentos e que em cada estado de vida existem os bons e os ruins, seja vida sacerdotal, seja na vida monacal, seja na vida laical. Esse autor afirmou que não se devem abandonar os bons pelos ruins, mas de suportar os maus pelos bons, pela fé e pela caridade. Na Igreja é fundamental a conversão de todas as pessoas para Cristo de modo que ninguém é excluído da salvação. Só no final haverá a separação dos justos dos injustos, os bons dos ruins, os retos dos perversos[4].
            São Leão Magno, Papa no século V, afirmou a importância da concórdia, da unidade entre todos os membros do Senhor. Como é bonito e muito precioso aos olhos do Senhor o povo de Deus que caminha unido, colabore com o mesmo espírito, quando todos lutam contra os males da sociedade e de estar no bem; quando Deus é glorificado nas obras dos seus servos e a fonte de todo o amor é bendita com o reconhecimento de muitas pessoas. Então se nutrem os famintos, se vestem os nus, se visitam os enfermos, e as pessoas buscam os interesses dos outros. Por este dom gratuito de Deus, comum é o fruto de boas obras dos fiéis, comum é o seu merecimento. Assim todos cooperem pelo crescimento do amor na vida cristã[5].
            Santo Agostinho, bispo dos séculos IV e V exortou o seu povo para unidade na Igreja. Ainda que tenha a má semente, ele afirmou a importância de ser boa semente em vista da unidade com o Senhor. Pode haver diferenças nas coisas, mas não se pode estar divididos no altar de Deus. É ali mesmo que se deve ter a reconciliação com os irmãos, para assim oferecer juntos os dons ao altar de Cristo. Reconhecemos a paz de Cristo, aprofundando a importância de sermos bons reconduzindo também sobre o reto caminho, os errantes e vivermos por amor a unidade em Cristo Jesus[6].
[1] Cfr. Tertulliano, La Corona, 3-4. In: La teologia dei Padri. Città nuova editrice, Roma, 1984, Vol. 04, pg. 41-42.
[2] Cfr. Orígenes, Contra Celso, 3,29-30. São Paulo, Paulus, 2004, pgs. 228-230.
[3] Cfr. Ireneu de Lião, IV, 33,8, Paulus, SP, 1995, pg. 475.
[4] Cfr. Fulgenzio di Ruspe, Regola della vera fede, 43. In: La Teologia dei Padri, pg. 34.
[5] Cfr. Leone Magno, Sermoni, 88, 4-5. Idem, pg. 27.
[6] Cfr. Agostino, Le Lettere, I, 108, 17,20. Idem, Pg. 26.
CNBB

O jejum dos Apóstolos (Parte 3): como os Apóstolos sofreram


Apologética

Como os Apóstolos sofreram
A pregação dos Apóstolos trouxe ainda mais pessoas para a comunhão dos seguidores de Cristo. Ela também atraiu a atenção das autoridades, que responderam aprisionando os Apóstolos, “Mas um anjo do Senhor abriu de noite as portas do cárcere e, conduzindo-os para fora, disse-lhes: ‘Ide, apresentai-vos no templo e pregai ao povo as palavras desta vida’” (Atos 5,19-20).
Os Apóstolos retornaram à área do templo e continuaram a contar às pessoas acerca do Senhor Jesus. Quando o sumo sacerdote ouviu isso, ele os teve trazidos de volta à sua presença. E, então, “o sumo sacerdote os interrogou, dizendo: ‘Expressamente vos ordenamos que não ensinásseis nesse nome.’” (Atos 5,27-28).
São Pedro respondeu pelos outros Apóstolos com palavras que seriam ecoadas por incontáveis Cristãos desde então: vós dizeis “fique quieto”, mas Deus diz “Sê minha testemunha”. Claramente, “Importa obedecer antes a Deus do que aos homens” (v.28). Os Apóstolos foram agredidos e lhes foi ordenado que não falassem no nome de Jesus. Nós lemos como os Apóstolos se rejubilaram “por terem sido achados dignos de sofrer afrontas pelo nome de Jesus. E todos os dias não cessavam de ensinar e de pregar o Evangelho de Jesus Cristo no templo e pelas casas” (vv.41-42).
Desde então, cristãos têm tido de fazer escolhas semelhantes, pois a Igreja tem sido oprimida em todos os lugares, mais cedo ou mais tarde, onde tentou espalhar o Evangelho. Pessoas enfrentaram a tortura, a perda de suas propriedades, a aprisionamento; tudo isso para não negarem Cristo. Começando pelo primeiro mártir, Santo Estevão (cf. Atos 6,8-7.60), eles também deram suas vidas.
Nos últimos cem anos, os Cristãos têm experimentado onda após onda de perseguição em larga escala: no Império Otomano, na União Soviética, na África e no Oriente Médio. Na Europa e na América alguns fiéis experimentaram discriminação por causa de sua fé ou até mesmo por terem escolhido carregar crucifixos em seus pescoços publicamente. Mas, como os Cristãos já haviam dito nos dias primeiros da Cristandade: a perseguição é como a água para o jardim que é a Igreja, tornando-a capaz de aprofundar seu comprometimento para com Cristo, seu Senhor.
  • Nossa Igreja chama alguns dos que sofreram por Cristo “Grandes Mártires” porque seus sofrimentos foram muito severos. Aprenda sobre os Grandes Mártires Jorge e Dimitrios, do tempo da perseguição romana, e os venere.
  • Em 2015, completaram-se 100 anos desde o Genocídio Armênio. Em 1915, os turcos otomanos buscaram exterminar todos os Armênios, que eram de maioria Cristã. Acenda uma vela em memória daqueles que nele sofreram e morreram.
  • Durante o século XX, ateus militantes na União Soviética e na Europa Oriental mataram 12 milhões (os Novos Mártires da era soviética) e torturaram incontáveis outros fiéis. Acenda uma vela em memória deles.
  • Hoje, militantes islâmicos (Isis no Oriente Médio e boko haram na África) estão matando Cristãos, destruindo suas igrejas, casas e negócios. Reze diariamente por aqueles que sofrem por sua Fé na Ásia, África e em todo o mundo, através da intercessão dos Apóstolos e Mártires.
  • Discuta com as crianças: Os Apóstolos fizeram algo de errado para merecerem ser castigados? Isso te lembra de alguém que foi punido e era completamente inocente? Diga que quem sofre por sua Fé em Cristo é como o Cristo.
  • Rezem juntos os versos seguintes: “A vós, Seus amigos que partiram para o Repouso, o Cristo concede coroas imperecíveis e vos enche com a contemplação de Deus. Implorai a Ele agora que salve todas as Igrejas”
Veritatis Splendor

quarta-feira, 8 de julho de 2020

“Sublimis Deus” (Paulo III: 02.06.1537)


Bulas

  • Tradução: Pe. Ze
Paulo Bispo, servo dos servos de Deus, a todos os fiéis de Cristo que a presente Carta virem, saúde e bênção Apostólica.
O Deus sublime amou tanto o gênero humano, que criou o homem de tal maneira, que ele não só é participante dos bens terrenos, como as outras criaturas, mas também pode atingir o inacessível e invisível Bem Supremo, e vê-lo face a face. E, tendo sido o homem criado para alcançar a vida e a felicidade eterna, como disso é testemunha a Sagrada Escritura, e não podendo ninguém alcançar este vida e felicidade eterna a não ser pela confissão da Fé em Nosso Senhor Jesus Cristo, é necessário que o homem seja de tal condição e natureza que possa receber a Fé em Cristo, e que todo aquele que recebeu uma natureza humana seja capaz de receber a própria Fé. Nem é crível que alguém seja de tal forma destituído de entendimento que se convença de que pode alcançar um fim, mas não pode de maneira nenhuma atingir os meios extremamente indispensáveis. Por isso a própria Verdade, que nem se engana nem pode enganar, ao enviar os pregadores da Fé para o ofício da pregação, se sabe que disse: «Ide e ensinai todos os povos». Ele disse «todos», sem faltar ninguém, sendo todos capazes da aprendizagem da fé.
Vendo isto com maus olhos o inimigo do género humano, que sempre se opõe às boas obras, para que estas desapareçam, excogitou um meio até agora inaudito para impedir que a palavra de Deus fosse pregada aos gentios, em ordem à sua salvação, e moveu alguns dos seus sequazes que, ávidos de satisfazer a sua cobiça, se atrevem a afirmar que os Índios ocidentais e meridionais e outros povos, que nestes tempos chegaram ao nosso conhecimento, devem ser indistintamente reduzidos aos nossos interesses, como mudos animais, sob o pretexto de que são inaptos para a Fé Católica. Então reduzem-nos à escravidão, castigando-os com os mesmos maus tratos com que castigam os brutos animais que os servem.
Nós, portanto, que exercemos na terra as vezes de Nosso Senhor, embora sejamos indignos, e que procuramos com todo o empenho as ovelhas do seu rebanho a nós confiadas e que estão fora do seu redil, para as trazer para este redil, atendendo a que os referidos Índios, como verdadeiros homens, não só são capazes da Fé Cristã, mas também, como nos foi referido, acorrem muito prontamente à fé, e querendo nós ainda tomar providências a respeito disto com remédios convenientes, com a autoridade apostólica, pela presente Carta decretamos e declaramos que os mencionados Índios e todos os outros povos que no futuro chegaram ao conhecimento dos Cristãos, embora estejam fora da Fé de Cristo, não estão privados da sua liberdade e da posse das suas coisas, nem disso devem ser privados; pelo contrário, livre e licitamente podem usar, usufruir e gozar dessa mesma liberdade e posse, e não devem ser reduzidos à escravidão. E tudo o que se fizer ao contrário disto, seja nulo e sem efeito, sem qualquer valor ou autoridade. Decretamos e declaramos ainda que os referidos Índios e outros povos devem ser chamados à Fé de Cristo pela pregação da palavra de Deus e pelo exemplo de uma boa vida.
Às cópias desta presente Carta, assinadas pela mão de algum Notário público e munidas com o selo de alguma pessoa revestida de dignidade eclesiástica, deve ser dado o mesmo crédito que é dado ao original, sem que obstem quaisquer coisas antes referidas e outras contrárias.
Dado em Roma, no ano do Senhor de 1537, 2 de Junho, terceiro ano do nosso Pontificado.
Veritatis Splendor

SS. ÁQUILA E PRISCA (OU PRISCILA), DISCÍPULOS DE S. PAULO.

SS. Áquila e Prisca
SS. Áquila e Prisca  (© Biblioteca Apostolica Vaticana)

Áquila e Priscila tinham uma vida unida, sempre em movimento, com o olhar fixo em Cristo. Seu dinamismo em dar testemunho de fé chamou a atenção de Paulo de Tarso, do qual se tornaram amigos íntimos. Os poucos dados sobre a vida deste casal podemos encontrar nas Cartas do Apóstolo dos Gentios e nos Atos, quando Paulo elogia seus amigos.

Áquila era um judeu, nascido em Ponto, atual Turquia; ao imigrar para Roma, apaixonou-se e casou-se com uma jovem romana chamada Priscila. Juntos, iniciam uma fábrica de tendas e, juntos, convertem-se ao cristianismo. Mas, não puderam permanecer por muito tempo na Cidade Eterna, por causa do edito, promulgado pelo Imperador Cláudio, no ano 49, que previa a expulsão de todos os judeus acusados de fomentar tumultos.

Amizade com Paulo

Áquila e Priscila transferiram-se para Corinto, uma cidade cosmopolita, onde prosperava o culto a Afrodite. Ali, encontraram Paulo, que o hospedaram em sua casa, o envolveram em seu trabalho, para que pudesse providenciar o necessário para a sua subsistência.
Naquela cidade, capital da Acaia, o apóstolo escolheu, como local de culto e pregação, a casa do prosélito, Tício Justo, próxima àquela dos cônjuges. A amizade deles, arraigada em Jesus, nunca se interrompeu, nem quando Paulo decidiu voltar para a Síria. Os dois esposos acompanham-no, em parte da viagem, e se estabeleceram em Éfeso.

Risco de vida

Na cidade jônica da Anatólia, centro de intercâmbios culturais, religiosos e comerciais, os três encontraram-se novamente. Ali, Paulo morou por mais de dois anos e fundou uma Igreja. Áquila e Priscila, sem deixar suas atividades comerciais, ajudaram-no na formação de novos convertidos; de modo especial, acompanharam a iniciação cristã de Apolo, um judeu de Alexandria, profundo conhecedor das Escrituras; ele ficou fascinado pela catequese deles, que se tonou crível pelo testemunho reciprocidade e oblação conjugal.
A grande casa em Éfeso, adquirida pelos cônjuges, tornou-se logo ponto de referência para a comunidade recém-nascida, que ali se encontrava para ouvir a Palavra e celebrar a Eucaristia. Ali, o Apóstolo se hospedou, recordando sempre, com gratidão, a calorosa acolhida dos dois amigos, que, para o salvar - escreve na Carta aos Romanos - "arriscaram a sua vida".

Testemunhas do amor conjugal, arraigado no Evangelho

Ao cessar o edito imperial, concernente à expulsão dos judeus, Áquila e Priscila retornaram a Roma, sempre propensos ao zelo missionário e ao testemunho do Ressuscitado.
Nada se sabe sobre a morte dos dois esposos. Há quem identifica Priscila com Prisca, a primeira mulher mártir, decapitada e venerada na igreja homônima do bairro romano do Aventino. Outros, com a Priscila, proprietária das catacumbas na Via Salária. A estas duas era ligada a gens Acilia, que alguns estudiosos intitulam o nome de Áquila.

Vatican News

terça-feira, 7 de julho de 2020

O jejum dos Apóstolos (Parte 2): o que os Apóstolos fizeram


Apologética

O que os Apóstolos fizeram
Os Atos dos Apóstolos nos contam que, antes de Pentecostes, o número dos seguidores de Cristo em Jerusalém era de aproximadamente 120 (Atos 1,15). Com a descida do Espírito Santo e o sermão de São Pedro àqueles que foram atraídos pela comoção, esse número cresceu. Alguns daqueles que ouviram Pedro foram batizados e se uniram aos discípulos de Jesus.
Os Apóstolos transformaram esses fiéis em uma comunidade, a primeira Igreja, em Jerusalém. O Livro dos Atos nos conta sobre eles:
  • “Perseveravam eles na doutrina dos apóstolos, nas reuniões em comum, na fração do pão e nas orações. De todos eles se apoderou o temor, pois pelos apóstolos foram feitos também muitos prodígios e milagres em Jerusalém, e o temor estava em todos os corações. Todos os fiéis viviam unidos e tinham tudo em comum. Vendiam as suas propriedades e os seus bens, e dividiam-nos por todos, segundo a necessidade de cada um. Unidos de coração, frequentavam todos os dias o templo. Partiam o pão nas casas e tomavam a comida com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e cativando a simpatia de todo o povo. E o Senhor cada dia lhes ajuntava outros, que estavam a caminho da salvação” (Atos 2,42-47).
A primeira Igreja era caracterizada por elementos que ainda hoje são os sinais de qualquer Igreja viva: devoção à doutrina dos Apóstolos, às reuniões em comum, à fração do pão e às orações. A doutrina dos Apóstolos passou a ser expressa pelo Novo Testamento; o coração doutrinal da mensagem e proclamada no Credo. A “fração do pão” era o nome dado à Divina Liturgia no primeiro século; “as orações” eram os ofícios diários de sinagoga, os ancestrais de nossos Vésperas, Orthros e outros Ofícios diários.
Também, ainda hoje, encontramos as outras coisas mencionadas nessa passagem na vida da Igreja. Ainda há “muitos prodígios e milagres” realizados na Igreja pelos santos ou pelos ascetas. Fiéis ainda vivem de modo comunitário em monastérios, onde o pouco que se tem é geralmente destinado a quem tenha necessidade. Muitos monastérios recebem, regularmente, peregrinos que participam de seus ofícios diários e aproveitam a hospitalidade dos monges. O que os Apóstolos e os primeiros fiéis faziam em Jerusalém continua sendo o padrão para a nossa Igreja hoje.
  • Discuta como sua Paróquia vive as características da primeira Igreja em Jerusalém. Como ela é votada:
    – à doutrina os Apóstolos;
    – à comunidade e à partilha;
    – à Liturgia e às orações diárias.
  • O que pode ser feito para melhorar qualquer uma dessas áreas da vida da Igreja em sua comunidade?
  • Escreva cada uma das quatro características dos primeiros Cristãos de Atos 2,42 em cartões separados. Depois, leia o versículo por alguns momentos; então, peça às crianças que coloquem os cartões na ordem correta.
  • Reze pedindo ao Senhor que preserve e fortaleça as Igrejas que sofrem no Oriente Médio, que foi Evangelizado pelos Apóstolos.
  • Rezem o seguinte verso juntos: “Vós fizestes da Igreja um Céu Resplendente, iluminando a todos os fiéis: por isso, nós permanecemos de pé em meio a este lugar sagrado e Vos clamamos: ‘Firmai esta casa, ó Senhor’”.
Veritatis Splendor

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF