Dogmas são verdades de fé que a Igreja ensina como reveladas por Deus |
sábado, 18 de julho de 2020
Primado e infalibilidade: 150 anos da proclamação dos Dogmas
Santo Arnolfo de Metz
Aleteia |
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
sexta-feira, 17 de julho de 2020
Os Padres Apostólicos “incomodam”?
- Autor: José Miguel Arráiz
- Fonte: ApologéticaCatólica.org (http://apologeticacatolica.org)
- Tradução: Carlos Martins Nabeto
- “Os gálatas eram discípulos de São Paulo e vejam o que aconteceu: leiam Gálatas capítulo 1. Paulo, chocado, diz: “Fico espantado de que TÃO RÁPIDO vos afastastes!!!” TÃO RÁPIDO! Imaginem se eu tivesse confiado nos gálatas só porque eram discípulos diretos de Paulo. Sem dúvida, tinham imposição das mãos e tudo, mas eu teria um evangelho oblíquo, distorcido, pervertido”.
- “O fato de os “Padres apostólicos” serem próximos dos Apóstolos não deve nos fazer supor que eles não se equivocavam e mal-interpretavam os ensinamentos dos Apóstolos. A pessoa mais próxima dos Apóstolos poderia cometer a mais grave má-interpretação, assim como uma pessoa dois mil anos depois pode compreender corretamente a mensagem apostólica. O fato é o que diz a Escritura. Paulo adverte: “Portanto, olhai por vós e por todo o rebanho que o Espírito Santo vos confiou por bispos, para apascentar a Igreja do Senhor, a qual Ele ganhou por seu próprio sangue. Porque eu sei que depois da minha partida lobos vorazes entrarão no meio de vós e não pouparão o rebanho. E entre vós mesmos se erguerão homens que falarão coisas perversas para arrastar consigo os discípulos” (Atos 20:28-30)”.
- “Ao sectário, depois de uma e outra advertência, evita-o; já sabes que ele é pervertido e peca, está condenado por sua própria sentença” (Tito 3,10-11).
- “Meu filho Timóteo: esta é a recomendação que eu te faço, de acordo com as profecias anteriormente pronunciadas sobre ti. Combate, compenetrado nelas, o bom combate, conservando a fé e a consciência reta; alguns, por tê-la rejeitado, naufragaram na fé; entre estes estão Himeneo e Alexandro, os quais entreguei a Satanás para que aprendam a não blasfemar” (1Timóteo 1,18-19).
- “Evita os falatórios profanos, pois os que a eles se dão crescerão cada vez mais na impiedade e sua palavra irá roer como a gangrena. Himeneo e Fileto estão entre estes homens: desviaram-se da verdade ao afirmar que a ressurreição já ocorreu e pervertem a fé de alguns” (2Timóteo 2,16-18).
- “Nas Escrituras há coisas difíceis de se entender, que os ignorantes e os fracos interpretam deturpadamente para a sua própria perdição” (2Pedro 3,16).
- “Porém, antes de mais nada, tende presente que nenhuma profecia da Escritura pode ser interpretada por conta própria, porque nunca profecia nenhuma veio por vontade humana, mas homens movidos pelo Espírito Santo falaram da parte de Deus” (2Pedro 1,20-21).
- “Porque virá um tempo em que os homens não suportarão a sã doutrina, mas que, arrastados por sua próprias paixões, terão numerosos mestres pela coceira de ouvir novidades; afastarão seus ouvidos da verdade e se voltarão às fábulas” (2Timóteo 4,3-4).
- “Tu, pelo contrário, porta-te em tudo com prudência, suporta os sofrimentos, realiza a função de evangelizador, desempenha com perfeição o teu ministério” (2Timóteo 4,5).
- “Meus filhos: esta é a última hora. Ouvistes que viria um Anticristo. Pois bem: muitos anticristos apareceram, pelo quê nos damos conta que já é a última hora. Saíram dentre nós, porém não eram dos nossos. Se fossem dos nossos, permaneceriam conosco. Porém ocorreu assim para manifestar que nem todos são dos nossos” (1João 2,18-19).
- Pois a Bíblia nos diz que Cristo fundou uma Igreja que é coluna e fundamento da verdade (1Timóteo 3,15);
- Sobre a qual as forças do mal não prevaleceriam (Mateus 16,18-19);
- Que seria guiada pelo Espírito Santo à plena verdade (João 16,13);
- E que, graças a isto, o Evangelho poderia chegar a todo o mundo e cumprir a grande comissão de fazer discípulas todas as nações, batizando-as no nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo (Mateus 28,19).
- “Há um problema lógico com o princípio do consenso universal dos Padres. Na verdade, é possível que todos os Padres estivessem equivocados em uma determinada doutrina de consenso unânime. Aliás, tanto católicos quanto não católicos não creem que os seus escritos sejam divinamente inspirados e infalíveis. Logo, se eles são falíveis, é logicamente possível que todos eles puderam estar equivocados em um determinado ponto, de tal maneira que inclusive o consenso universal poderia ser nada mais que um consenso no erro”.
- “Os Santos Padres, os Doutores, os Concílios, a própria Virgem Maria e São José, e todos os Santos juntos podem se equivocar” (Martinho Lutero, Weimarer Ausgabe 17,2).
- “Estou seguro de que os meus dogmas eu os recebi do céu. Os meus dogmas permanecerão e o Papa sucumbirá” (Martinho Lutero, Weimarer Ausgabe 10,2).
- “Como é bem sabido, a verdade não é determinada pela maioria, nem mesmo pelo voto unânime”.
- “Por Deus, essa boca blasfema não estará nunca comigo; não lhe dirigirei uma única palavra; não quero falar com ele, nem vê-lo, nem ouví-lo. Que ele ou sua maldita quadrilha de fanáticos zwinglianos e outros semelhantes me louvem ou censurem me importa tanto quanto se me louvassem ou censurassem os judeus, os turcos, o papa ou o próprio demônio. E como eu me encontro a um passo da morte, quero dar este testemunho da minha fé diante do tribunal do meu Senhor e Salvador Jesus Cristo, declarando que aos fanáticos e inimigos do sacramento, a Karlstadt, Zwínglio, Ecolampádio, Schwenckfeld, e aos seus discípulos de Zurique ou de onde quer que sejam, eu os condenei com toda severidade e os evitei, conforme a ordem do Apóstolo: “Ao homem herético, após a primeira e a segunda advertências, evita-o”” (Martinho Lutero, Kurzes Bekenntnis von heiligen Sakrament: WA 54.141-67).
NOTAS
[1] http://infocatolica.com/blog/apologeticamundo.php/1610111044-catolicismo-primitivo-3-san-i (em espanhol).
[2] https://es.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADnodo_de_Dort (em espanhol).
[3] http://www.apologeticacatolica.org/Tradicion/TradicionN07.html (em espanhol).
S. MARCELINA, VIRGEM, IRMÃ DE S. AMBRÓSIO, BISPO
santamarcelina.org |
No dia 17 de julho é celebrada a Festa de Santa Marcelina, santa que viveu no século IV e pelo seu modelo exemplar de educadora inspirou o Fundador do Instituto das Irmãs Marcelinas, Beato Luigi Biraghi, a torná-la a padroeira de sua congregação religiosa, em 1838.
Marcelina viveu dias tranqüilos em Treviri, mas aos 13 anos, com a morte precoce do pai, voltou para Roma com a família. Antes de fazer 20 anos, ela perdeu também a mãe e ficou com a responsabilidade da educação dos irmãos.
A atuação de Ambrósio nos 23 anos de episcopado faz parte da história civil e religiosa de Milão. E Sátiro, que morreu em 379, sempre trabalhou a seu lado e também na administração dos bens da família.
Para os dois irmãos, Marcelina foi conselheira e mestra, desenvolvendo paralelamente sua vida comunitária com as companheiras virgens. Embora no silêncio de sua vida recolhida, ela desenvolveu um apostolado eclesial, participando das ansiedades e solicitações do Bispo Ambrósio. Ele teve grande estima por ela e propôs o seu exemplo a muitas jovens que eram também chamadas por Deus a uma dedicação total.
Devoção do Povo.
Marcelina trabalhou ao lado do irmão Ambrósio até o final da vida dele, que morreu em abril de 397. Ela morreu poucos meses depois, em 17 de julho de 397 e foi sepultada em Milão, na Basílica Santambrosiana.
O povo dedicou-lhe intensa devoção. Na mesma vila onde Marcelina morreu, em 1838, foi fundada a Congregação das Irmãs Marcelinas, pelo Monsenhor Luís Biraghi. Seguindo o seu exemplo, a Congregação nasceu com a meta de orientar, formar, educar os jovens e todos os que lhe fossem confiados no caminho do amor, ensinando-lhes a palavra de Jesus. E assim realizaram-se as palavras do Papa Libério: “Muitas jovens te seguirão …”.
Bispo de Crateús também é diagnosticado com Covid-19
Dom Ailton Menegussi / Foto: Diocese de Crateús |
Hoje a Igreja recorda 16 carmelitas mártires decapitadas na Revolução Francesa
ACI Digital |
Santo Aleixo
Um mendigo que o povo venerava como santo viveu em Edessa, na Síria, no início do século V, e era conhecido como o “homem de Deus”. Segundo a lenda, o mendigo era Santo Aleixo, nascido em 350, em Roma, filho de um senador romano.
Conta-se sobre ele que era muito virtuoso e caridoso. Quando ficou um pouco mais velho seguindo a tradição, seus pais o prometeram a uma jovem de excelente família cristã e eles acabaram se casando.
Os pais de Aleixo não sabiam que ele tinha o desejo no coração de tornar-se consagrado a Deus. Por isso, na noite de núpcias, Aleixo conversou com sua noiva que também parecia ter o desejo de ser consagrada e eles resolveram não consumar o matrimonio para se dedicar totalmente a Deus.
Ao perceber que a vida cheia de riquezas era um perigo para a alma, Aleixo abandonou todos os bens materiais e passou a peregrinar em oração por diversas cidades. Chegou a Edessa, na Síria e lá permaneceu por um bom tempo, vivia como mendigo pedindo esmolas perto da Basílica de São Tomé, repartia tudo que ganhava com os outros, ajudava os doentes na rua, a compaixão movia seu coração. Diversos casos de curas milagrosas aconteceram por causa de suas orações.
Aleixo começou a ficar famoso pelas suas curas milagrosas e essa fama o incomodou fazendo com que ele voltasse a vida de peregrinação. Só que desta vez, o ser peregrino lhe causou muitos sofrimentos e maus tratos lhe causando uma deformação no rosto, por isso, voltou para Roma e pediu ajuda na casa do seu pai.
Por causa do rosto deformado Aleixo não foi reconhecido pelo pai, mesmo assim, Santo Aleixo pediu: “Tende compaixão deste pobre de Jesus Cristo e permita-me ficar em algum canto do palácio”.
O pai o acolheu e ordenou que ele ficasse cuidando da cocheira e dos animais, foram dezessete anos trabalhando na cocheira do palácio sem que ninguém desconfiasse de sua identidade, sendo maltratado pelos outros empregados. Mesmo assim, nunca revidou manteve acesa a chama de sua fé.
Morreu em 17 de julho e foi colocado num cemitério comum para criados. Porém, antes de morrer, entregou um pergaminho ao criado que o socorreu, no qual revelava sua identidade. Os pais quando souberam, levaram o caso ao conhecimento do Bispo, que autorizou sua exumação. Aleixo foi levado então para um túmulo construído na propriedade do senador. A fama de sua história de "homem de Deus" se espalhou entre os cristãos romanos e orientais, difundindo rapidamente o seu culto.
A casa do senador, pai de Santo Aleixo, ficava no monte chamado Aventino. No ano 1217 iniciou-se no local a construção de uma igreja dedicada a São Bonifácio. Ao se fazerem as escavações para a fundação, encontraram os restos mortais de Santo Aleixo. Por isso, a igreja construída ali passou a ser dedicada a Santo Aleixo, sob as ordens do Papa Honório III.
Em fins do século X, o bispo Sérgio de Damasco fundou o Mosteiro de Santo Aleixo, dedicado a uma vida simples e pobre, para os monges gregos em Roma. No ano 1817, a Congregação dos Sagrados Corações de Jesus e Maria nomeou Santo Aleixo como o segundo patrono, por seu exemplo de paciência, caridade e humildade.
Colaboração: José Duarte de Barros Filho
Reflexão:
“Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é o Reino dos Céus!” (Mt 5, 3). Santo Aleixo viveu as bem-aventuranças, despojou-se de tudo, teve a coragem de abandonar as riquezas, as honras para abrir espaço em sua vida para o seguimento do Senhor Jesus. Ele viveu a humildade para combater o orgulho que é um dos pecados mais próprios das almas espirituais. Mesmo as pessoas mais dedicadas à oração, às boas obras precisam lutar contra o orgulho porque, se permitirem que ele cresça, arruinará a sua santidade. O orgulho se esconde nas boas ações, por isso é necessário vigilância, pois ele esteriliza o nosso apostolado. Peçamos a Deus, através o exemplo e intercessão de Santo Aleixo, que possamos crescer em verdadeira humildade para poder assim combater o orgulho e a vaidade em nossas vidas.
Oração:
Deus, nosso Pai, vós sois aquele que tudo vê, tudo escuta, tudo faz, tudo cria, se revelando sem se mostrar. A exemplo de Santo Aleixo, busquemos a simplicidade de vida, pois vós sois o simples, o indivisível, e somente os simples verão a vossa face única e verdadeira. Dai-“Deus, nosso Pai, vós sois aquele que tudo vê, tudo escuta, tudo faz e tudo cria, revelando-se sem se mostrar. A exemplo de Santo Aleixo, dai que busquemos a simplicidade de vida, pois vós sois o Simples, o Indivisível, e somente os simples verão a vossa face única e verdadeira. Dai-nos a retidão no falar e no agir, a compaixão no acolher e a dedicação em servir, pois realizar essas coisas é participar das vossas bem-aventuranças. Por Cristo nosso Senhor Amém. Santo Aleixo, rogai por nós.”
Fonte: https://www.a12.com/