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domingo, 19 de julho de 2020

Cardeal Dolan sobre reportagem da AP: Uma história inventada para denegrir a Igreja

Cardeal Timothy Dolan. Crédito: Bohumil Petrik / ACI Prensa
NOVA IORQUE, 17 Jul. 20 / 03:20 pm (ACI).- O Arcebispo de Nova York, Cardeal Timothy Dolan, garantiu que o relatório publicado na semana passada pela Associated Press (AP) sobre a ajuda do governo para manter os empregos nas instituições católicas, foi algo inventado com a aparente intenção de “denegrir a Igreja” nos Estados Unidos.
Assim indicou o Cardeal em uma mensagem publicada em 14 de julho no site da Arquidiocese de Nova York, depois que a AP publicou uma matéria há alguns dias afirmando que "a Igreja Católica Romana dos Estados Unidos utilizou uma isenção especial e sem precedentes dos regulamentos federais para acumular pelo menos 1,4 bilhão em ajudas ao coronavírus apoiadas pelos contribuintes”.
O texto da AP indica ainda que "muitos milhões de dólares vão para as dioceses que pagaram grandes acordos ou buscaram proteção contra falência por causa dos encobrimentos de abuso sexual por parte do clero".
A esse respeito, o Cardeal Dolan disse que, embora apoie e respeite a liberdade de imprensa, também deve especificar que, com seu relatório, a AP "inventou uma história onde não havia uma e tentou denegrir a Igreja".
AP também indicou que a arrecadação "da Igreja poderia ter atingido - ou mesmo excedido – 3,5 bilhões de dólares", de um total de 696 bilhões de dólares que o governo dos Estados Unidos estabeleceu no fundo do Programa de Proteção de Cheques de Pagamento, para ajudar a manter os empregos nos Estados Unidos.
Do mesmo modo, a nota da AP assinala que "à medida que a economia despencou e as taxas de desemprego cresceram, o Congresso permitiu que os grupos religiosos e outras organizações sem fins lucrativos" também recebessem o benefício para manter "os norte-americanos empregados".
AP indica ainda que as dioceses, paróquias, escolas e outros ministérios católicos receberam "pelo menos 3.500 empréstimos". As dioceses incluem a Arquidiocese de Nova York, a Diocese de Orange e a Diocese de Wheeling-Charleston.
Sobre o relatório de AP, o Cardeal Dolan disse que é "evasivo, carregado de insinuações, sobre dioceses, paróquias, escolas, organizações de caridade e outras instituições católicas que receberam corretamente a ajuda do governo federal para pagar seus empregados durante a crise da COVID -19".
"Muitos meios de comunicação divulgaram a notícia insinuando que havia algo de errado com o fato de que as instituições católicas tenham recebido dinheiro do Programa de Proteção de Pagamento", assegurou.
Ao ser consultado sobre se o relatório da AP era verdadeiro, o Cardeal disse que “minha resposta simples é não, de modo algum. No melhor dos casos, foi cheio de erros; no pior, totalmente falso.
O Purpurado explicou que o programa de proteção visa manter o emprego de muitas pessoas “nestes tempos difíceis. As instituições religiosas foram convidadas e autorizadas a participar, já que empregam muitas pessoas em todo o país".
No caso de Nova York, o número é de 6 mil empregos em período integral e 400 em meio período.
Sem essa assistência, por exemplo, “a secretária paroquial ou o professor de seu filho em uma escola católica poderia facilmente ter perdido o emprego. Portanto, o dinheiro não foi destinado à ‘Arquidiocese’, mas aos nossos trabalhadores".
"Um segundo problema é que o artigo tenta estabelecer algum tipo de conexão entre a crise de abusos sexuais” na Igreja e o programa de proteção. “Não se equivoquem, o dinheiro recebido pela Arquidiocese de Nova York foi usado exclusivamente para os fins da lei, que é continuar pagando salários e benefícios aos funcionários", ressaltou.
"Nem um centavo desse dinheiro foi usado de forma alguma para vítimas ou sobreviventes de abuso sexual".
Em terceiro lugar, continuou o Cardeal, “o artigo da AP se concentra apenas na Igreja Católica, como se os católicos fossem os únicos participantes do Programa de Proteção ao Pagamento. De fato, organizações religiosas de todas as religiões participaram do programa, como era a intenção".
À nível nacional, explicou o Cardeal, "a Administração de Pequenas Empresas aprovou mais de 88 mil empréstimos para organizações religiosas, apoiando mais de um milhão de empregos. Por que, então, focar apenas a Igreja Católica, a menos que os repórteres tenham algum preconceito contra a Igreja (que suspeitamos que eles têm)?”.
No mesmo dia em que o relatório da AP foi divulgado, os bispos dos EUA divulgaram um comunicado explicando por que se viram obrigados a solicitar empréstimos do governo em meio à pandemia de coronavírus que levou a uma grave crise econômica e que gerou, entre outras coisas, que mais de 100 escolas católicas tenham sido forçadas a fechar.
“A Igreja Católica é a maior provedora não governamental de serviços sociais nos Estados Unidos. Todos os anos, nossas paróquias, escolas e ministérios atendem a milhões de pessoas necessitadas, independentemente de raça ou religião”, afirmou o Arcebispo de Oklahoma City e chefe do Comitê de Justiça Doméstica e Desenvolvimento Humano do Episcopado dos EUA, Dom Paul S. Coakley.
Sobre o relatório da AP, o Cardeal Dolan finalmente disse que é "tão impreciso e deixa uma impressão tão prejudicial que me pareceu importante deixar as coisas claras para todos vocês".
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
ACI Digital

Angelus: colabora com Deus quem reconhece o bem que cresce silenciosamente.

Janela do apartamento pontifício no Palácio Apostólico
Janela do apartamento pontifício no Palácio Apostólico  (Vatican Media)
"O mal, certamente, deve ser rejeitado, mas os malvados são pessoas com as quais é preciso ter paciência. Não se trata daquela tolerância hipócrita que oculta ambiguidade, mas da justiça mitigada pela misericórdia. Se Jesus veio buscar os pecadores mais que os justos, curar os enfermos antes ainda que os saudáveis, também a ação de nós, seus discípulos, deve ser dirigida para não eliminar os malvados, mas para salvá-los."

A paciência de Deus, representada pelo proprietário do campo que tem seu olhar fixo no bom trigo, e que abre nossos corações à esperança, nos foi proposta pelo Papa como exemplo do agir cristão. “Suportar as perseguições e as hostilidades faz parte da vocação cristã” – disse Francisco - e colaboram bem com Deus “aqueles que sabem reconhecer o bem que cresce silenciosamente no campo da Igreja e da história, cultivando-o até a maturação. E então será Deus, e somente Ele, a recompensar os bons e punir os malvados.

A Parábola do Joio, descrita no Evangelho de Mateus, inspirou a alocução do Santo Padre neste XVI Domingo do Tempo Comum, antes de rezar o Angelus com os fiéis reunidos na Praça São Pedro, em maior número que nos domingos precedentes, visto o constante aumento de turistas e peregrinos em Roma, após a abertura das fronteiras entre os países da União Europeia em 1º de julho.

Na Parábola, Jesus conta que no campo onde foi semeado um bom trigo, surgem ervas daninhas. "Entre nós - disse o Papa saindo do texto escrito - podemos dizer que também hoje o solo é devastado por tantos herbicidas e pesticidas, que também fazem mal quer às ervas, como à terra e à saúde. Mas isso, entre parênteses".

Os servidores então - continuou Francisco - foram até o proprietário perguntar de onde veio o joio: “Foi o inimigo que fez isso”, respondeu. Os servidores quiseram imediatamente limpar o campo, mas foram advertidos pelo proprietário de que havia o risco de também o trigo ser arrancado junto com as ervas daninhas. Assim, “é preciso esperar o momento da colheita: somente então serão separadas e o joio será queimado.”

O Papa explica que esta é "uma história de bom senso. Pode-se ler nesta parábola uma visão da história. Ao lado de Deus - o dono do campo - que semeia sempre e somente boa semente, há um adversário, que espalha o joio para impedir o crescimento do trigo”:

O proprietário age abertamente, à luz do sol, e seu objetivo é uma boa colheita; o outro, o adversário, no entanto, tira proveito da escuridão da noite e trabalha por inveja, por hostilidade, para arruinar tudo. O adversário tem um nome, o adversário ao qual se refere Jesus tem um nome: é o diabo, o opositor por excelência de Deus. Sua intenção é atrapalhar a obra da salvação, fazer com que o Reino de Deus seja obstaculizado por operários iníquos, semeadores de escândalos. De fato, a boa semente e o joio representam não o bem e o mal abstratamente, não, mas nós seres humanos, que podemos seguir a Deus ou ao diabo.

Tantas vezes, observou o Papa, ouvimos que uma família vivia em paz, depois começaram as guerras, as invejas. Um bairro vivia em paz, depois começaram coisas ruins:

“E nós nos acostumamos a dizer: "Eh, alguém veio ali semear cizânia", ou "esta pessoa da família, com as fofocas, semeia cizânia". É sempre semear o mal que destrói. E isso é sempre o diabo que faz, ou a nossa tentação, quando caímos na tentação de fofocar para destruir os outros”

A intenção dos servidores – diz Francisco - é eliminar imediatamente o mal, isto é, as pessoas más, “mas o proprietário é mais sábio, vê mais longe: eles devem saber esperar, porque suportar as perseguições e as hostilidades faz parte da vocação cristã”:

O mal, certamente, deve ser rejeitado, mas os malvados são pessoas com as quais é preciso ter paciência. Não se trata daquela tolerância hipócrita que oculta ambiguidade, mas da justiça mitigada pela misericórdia. Se Jesus veio buscar os pecadores mais que os justos, curar os enfermos antes ainda que os saudáveis, também a nossa ação, seus discípulos, deve ser dirigida para não eliminar os malvados, mas para salvá-los. E nisso, a paciência.

“Suportar as perseguições e as hostilidades faz parte da vocação cristã”

“Os servidores querem um campo sem ervas daninhas, o proprietário um bom trigo”, observa o Pontífice. Assim, o Evangelho do dia “apresenta duas maneiras de agir e viver a história: por um lado, o olhar do patrão, que vê longe; por outro, o olhar dos servidores, que veem o problema”:

O Senhor nos convida a assumir seu próprio olhar, o que se fixa no bom trigo, que sabe protegê-lo mesmo entre as ervas daninhas. Aqueles que buscam os limites e defeitos de outros não colaboram bem com Deus, mas sim aqueles que sabem reconhecer o bem que cresce silenciosamente no campo da Igreja e da história, cultivando-o até a maturação. E então será Deus, e somente Ele, a recompensar os bons e punir os malvados.

“Será Deus, e somente Ele, a recompensar os bons e punir os malvados.”

Que a Virgem Maria - disse o Santo Padre ao concluir-nos ajude a entender e imitar a paciência de Deus, que deseja que nenhum de seus filhos se perca, a quem Ele ama com o amor do Pai.

Vatican News

XVI Domingo do Tempo Comum

Campo - grão de trigo
Campo - grão de trigo
Vivemos em um mundo cada vez mais inquieto e confuso, onde tudo é descartável e deve ser feito às pressas. Podemos desanimar, claro, mas devemos ficar tranquilos, pois Deus conhece muito bem toda a situação pela qual passa o mundo e a Igreja.

Pe. Cesar Augusto dos Santos, SJ

«A liturgia de hoje nos propõe três parábolas para descrever o Reino de Deus. Elas estão interligadas pelo verbo “crescer”: o grão de trigo e o joio crescem juntos; a semente de mostarda cresce até se tornar uma grande árvore; o fermento na farinha faz crescer a massa.

Diante das dificuldades e da fraqueza humana, Jesus conta a parábola do joio, para expressar a grandeza de Deus. Aos empregados, que pedem para arrancar o joio, que cresce com o trigo, Jesus diz “não”, para não acontecer que, arrancando o joio, seja arrancado também o trigo. Por isso, era preciso deixá-los crescer juntos até à colheita!

Os empregados ficam surpresos com Jesus porque sofrem de impaciência - atualíssima em nossos dias - que resulta sempre em medo, pouca reflexão e muitas decisões tomadas com ímpeto.

Interessante notar que Jesus não coloca a culpa simplesmente no joio, mas constata que foi “algum inimigo que o misturou com o trigo”!

Nesta parábola, Jesus serve-se de imagens da vida no campo dando espaço à iniciativa e à paciência infinita de Deus, na qual encontramos a misericórdia, que transforma tudo.

Vivemos em um mundo cada vez mais inquieto e confuso, onde tudo é descartável e deve ser feito às pressas. Podemos desanimar, claro, mas devemos ficar tranquilos, pois Deus conhece muito bem toda a situação pela qual passa o mundo e a Igreja. “O joio também existe dentro da Igreja e entre os que Deus escolheu para o seu serviço. Mas o trigo não foi sufocado pela semeadura da injustiça” (Bento XVI).

A erva daninha e o trigo demonstram duas realidades bem diferentes entre si, mas devem ser apartadas e discernidas. A expressão final da parábola “fogo, choro e ranger de dentes” nada mais é que o símbolo da dor e da raiva, provocados pelo remorso de se excluir Deus das nossas vidas; Ele respeita a nossa liberdade.

O ponto enfático da parábola é o forte contraste entre o pensamento de Deus - paciente e tolerante - e a intolerante rigidez dos seus servos e, hoje, de nós, em relação ao próximo e à nossa comunidade: o bem e o mal lutam incessantemente dentro de nós.

Por isso, somos convidados a ser pacientes, tolerantes e misericordiosos.

As três parábolas: o joio e o trigo, a semente de mostarda e o fermento representam o amor e a graça de Deus para conosco, mas também a sua paciência na construção do Reino!».

(Reflexão do Padre Carlos Henrique Nascimento para o XVI Domingo do Tempo Comum)
Vatican News

Hoje a Igreja celebra Santas Justa e Rufina, padroeiras dos oleiros

ACI Digital
REDAÇÃO CENTRAL, 19 Jul. 20 / 05:00 am (ACI).- Santas Justa e Rufina são duas irmãs que foram martirizadas no tempo do imperador romano Diocleciano por se negarem a contribuir no culto de uma imagem de barro que representava a deusa pagã Salambona.
As duas santas nasceram nos anos 268 e 270, respectivamente, em Sevilha (Espanha), no seio de uma família muito modesta, mas de costumes firmes e sólida fé cristã.
Seus pais faleceram quando eram muito novas, por isso, o Bispo da cidade, amigo da família, costumava visitá-las para incentivá-las a perseverar na virtude e que empreendessem um ofício que lhes servisse para ganhar a vida de maneira honrada.
As irmãs começaram a vender recipientes de cerâmica e, para se manterem fortes, costumavam participar da Missa e rezavam durante longos períodos.
Eram especialmente caritativas com os pobres, com os quais eram muito generosas. Entretanto, a maior preocupação de ambas era a conversão dos pagãos. Rezavam constantemente por eles e sempre que tinham uma oportunidade, aproveitavam para anunciar o Evangelho e ensinar as verdades da fé aos gentios.
Um dia, durante a festa em honra a Vênus, algumas mulheres que percorriam as ruas da cidade com um ídolo da deusa Salambona em seus ombros pediram a Justa e Rufina uma esmola para a festa e que adorassem o ídolo. Ambas se negaram e quebraram a imagem, provocando a ira dos idólatras que se lançaram contra elas.
Diogeniano, prefeito de Sevilha, mandou prendê-las, interrogou-as e ameaçou-as com cruéis tormentos se continuassem na religião cristã. Por sua parte, as santas se opuseram e afirmaram que elas só adoravam Jesus Cristo.
“Isso que chamam de deusa Salambona não era nada mais do que um desprezível artefato de barro cozido; nós adoramos o único Deus verdadeiro que está nos Céus e seu Filho Jesus Cristo que se fez homem e morreu por nós, para nos salvar de nossos pecados...”, disseram as santas.
Por volta do ano 290, depois de muitas torturas, Santa Justa partiu para a Casa do Pai por causa do seu enfraquecimento, enquanto Santa Rufina foi degolada por ordem de Diogeniano.
Ambas foram nomeadas padroeiras de Sevilha, dos grupos de oleiros e dos vendedores de cerâmica. Seus restos mortais são venerados em Sevilha desde o tempo de seu martírio até a chegada dos muçulmanos, em 711, quando foram escondidos para sua proteção.
No século passado, seus restos mortais foram descobertos em Alcalá de los Azules, em Cádiz. Além disso, sob a Igreja da Trindade, em Sevilha, são conservados os cárceres em que foram presas e torturadas.  
ACI Digital

Falece Dom Henrique Soares, vítima de Covid-19

+ Dom Henrique Soares. Foto: Diocese de Palmares (PE)
Palmares, 19 Jul. 20 / 08:32 am (ACI).- Em nota oficial na noite de ontem, 18, a diocese de Palmares (PE) comunicou o falecimento do seu pastor, Dom Henrique Soares, que se encontrava internado após ter contraído o novo coronavírus.
“É com imensa tristeza que neste dia 18 de julho, comunicamos o falecimento, no Hospital Memorial São José, em Recife/PE, do nosso Bispo Diocesano, Dom Henrique Soares da Costa, vítima da Covid-19”, afirma a diocese.
“Dom Henrique Soares da Costa é natural de Penedo-AL e foi ordenado sacerdote pela Arquidiocese de Maceió, tendo, em 2009, sido nomeado pelo então Papa Bento XVI como Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Aracaju, em Sergipe”.
“Em 2014, sucedeu ao nosso bispo emérito, Dom Genival Saraiva de França, sendo o terceiro bispo da Diocese de Palmares, nomeado pelo Papa Francisco”, prossegue o comunicado.
“Nestes seis anos conduzindo o Povo de Deus da Diocese de Palmares, Dom Henrique sempre esteve junto ao seu clero sendo como ele mesmo afirmava: “Pai e Pastor””.
“Agradecemos a todos pelas orações e preces pelo nosso Bispo nestes dias em que esteve entregue à vontade de Deus, tendo sido chamado por Ele à eternidade. Da mesma forma, agradecemos à família de Dom Henrique por ter confiado a sua vida e vocação à Igreja do Senhor”, afirma ainda o texto da nota oficial de falecimento.
Indicações para as exéquias e enterro
Segundo a diocese, “Nas próximas horas, o corpo de Dom Henrique Soares da Costa, nosso Bispo Diocesano, chegará a Palmares. Será sepultado na Catedral Diocesana de Nossa Senhora da Conceição dos Montes, onde tantas vezes celebrou os sacramentos, unindo-se ao aos seus padres e diáconos, em torno do altar do Senhor”.
“A missa exequial será celebrada às 10h. Tendo em vista o período pandêmico em que vivemos, teremos apenas a presença dos padres e diáconos, além de outros bispos e familiares de Dom Henrique”.
“Pedimos a todos que acompanhem a celebração de suas casas pelas redes sociais da Diocese de Palmares e evitem chegar a Catedral para não haver aglomerações”, conclui o comunicado.
ACI Digital

sábado, 18 de julho de 2020

O jejum dos Apóstolos (Parte 6): a Igreja dos Apóstolos é Santa

A Igreja dos Apóstolos é Santa

A Igreja dos Apóstolos é Santa
Quando pensamos na Santidade da Igreja, geralmente pensamos nos Santos, e o fazemos corretamente. Mas, quais Santos? Para os Apóstolos, um “santo” era qualquer um ligado ao Único Santo através do Batismo. Assim, São Paulo escreveu: “Mas, agora, estou indo a Jerusalém para ministrar aos Santos” (Romanos 15,25). Somos todos “santos” – participando na Santidade de Cristo, na Vida da Trindade, como “participantes da natureza divina” (2Pedro 1,4).
Os Apóstolos ensinaram que a nossa união com o Único Santo, causa consequências em nossas vidas. Nosso Batismo afeta o que somos e aquilo que devemos fazer. Em primeiro lugar, nós devemos viver vidas santas: “A exemplo da santidade daquele que vos chamou, sede também vós santos em todas as vossas ações, pois está escrito: Sede santos, porque eu sou santo” (1Pedro 1,15-16). Ser santo em toda a nossa conduta significa que tudo aquilo que fazemos deveria refletir nosso relacionamento com Deus. Nós deveríamos ser uma benção onde quer que estejamos – em nosso local de trabalho, em nossa vida social e, especialmente, em nossas casas.
São Pedro nos ensina também que a Igreja é um povo santo com um propósito: “Vós, porém, sois uma raça escolhi¬da, um sacer¬dócio régio, uma nação santa, um povo adquirido para Deus, a fim de que publiqueis as virtudes daquele que das trevas vos chamou à sua luz maravilhosa” (1Pedro 2,9). Nosso propósito como nação santa de Deus é louva-lO como nosso Salvador, o que nós fazemos sempre que nos unimos para adoração ou rezamos, mesmo em nossas próprias casas, em Unidade de Espírito com Igreja.
São Pedro chama a Igreja – os santos – de povo sacerdotal. Como os sacerdotes no templo do Antigo Testamento sacrificavam animais e outras oferendas a Deus, nós também somos chamados a oferecer sacrifício: “Achegai-vos a ele, pedra viva que os homens rejeitaram, mas escolhida e preciosa aos olhos de Deus; e quais outras pedras vivas, vós também vos tornais os materiais deste edifício espiritual, um sacerdócio santo, para oferecer vítimas espirituais, agradáveis a Deus, por Jesus Cristo” (1Pedro 2,4-5). Nosso sacrifício é espiritual, sem o derramamento de sangue. É a Eucaristia que nós oferecemos “em tudo e por tudo” em união com Cristo e Seu povo.
A Igreja, então, é um povo sacerdotal com um chamado santo, uma comunhão de santos que inclui a Mãe de Deus, os Apóstolos, os Mártires, todos os que partiram antes de nós e, também, nós mesmos. A Igreja é Santa e nós somos essa Igreja.
  • A Igreja é um “povo santo”. O que na sua vida reflete e o que não reflete essa santidade?
  • A Igreja é um “sacerdócio régio”. Considere viver esse sacerdócio, em casa também, através da adoração frequente. Busque conhecer a Regra de Oração de São Pacômio.
  • Ajude as crianças a cantar os louvores de Deus, ensinando-as cânticos da Divina Liturgia, de Vésperas ou de outros Ofícios que vocês frequentem.
  • Reze para que o Senhor preserve e fortaleça as Igrejas que sofrem no Oriente Médio, que foi Evangelizado pelos Apóstolos.
  • Rezem juntos o seguinte verso: “Em Vosso Amor, a Assembleia dos Santos se reuniu, rejubilando-se em Vós. Com corações puros e jubilosos, eles dançam com os anjos no Céu na eterna celebração diante de Vós, o Senhor e Deus de todos”.
Veritatis Splendor

São Frederico Arnolfo de Ultrecht

Santoral de Julho - 18 - São Frederico, Santo Arnolfo de Metz ...
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Frederico nasceu por volta do ano 790. Apesar de ser neto do rei Radbon da Holanda, o jovem decidiu tornou-se missionário em Utrecht, Holanda. Seus sermões chamavam atenção dos líderes da Igreja que logo o convidaram a ser padre. Em 825, foi indicado para ser bispo.
Como bispo, se esforçou para combater os abusos das uniões incestuosas e enviou missionários para as áreas pagãs ao norte de sua diocese. Ele também censurou a imoralidade da nobreza, o que atraiu a inimizade da Imperatriz Judite, segunda esposa do imperador Luís, o Debonário.
Ainda lutou contra o Arianismo, doutrina herege difundida por Arius, bispo de Alexandria, no século IV, onde este afirmava que só existia um Deus verdadeiro, o “Pai”, ou seja, Jesus Cristo não era Deus. Arius foi excomungado no ano seguinte da divulgação de sua doutrina, e em 325, no Primeiro Concílio de Nicéia, a Igreja proclamou como Dogma a Santíssima Trindade, afirmando que existe apenas um Deus e Ele se apresenta em Três Pessoas que são iguais, consubstanciais e semelhantes: o Pai; o Filho e o Espírito Santo.
Neste concílio foi construído a primeira parte do Credo Niceno-constantinopolitano. Mas, a doutrina do Arianismo ainda continuava presente no tempo de Frederico, século VII, que ele eliminou com sua catequese a partir da explicação do Credo, que foi totalmente formulado no ano de 381, no Concílio de Constantinopla. O resultado foi à conscientização social da comunidade, que procurando viver à espiritualidade da Santíssima Trindade, não se deixou levar pelos líderes políticos que pregavam o Arianismo.
Seu mandato durou 18 anos, tendo em vista que, em 838, após a celebração da santa missa, enquanto agradecia pela cerimônia realizada, dois homens chegaram a apunhalá-lo com espadas, que foram cravadas em seu peito. Segundo alguns escritos, o bispo morreu dizendo: “na presença do Senhor, continuarei o meu caminho na terra dos vivos”.
Frederico foi elevado aos altares com os clérigos da igreja de Utrecht na Holanda que edificou por suas virtudes, austeridades e orações.
São Frederico, rogai por nós!
Oração
Que possamos, como São Frederico de Ultrecht, ser um conhecedor das Sagradas Escrituras e ter a coragem de defender e propagar os valores cristãos das famílias e nas famílias, sem medo de proclamar os valores do Reino de Deus e testemunhar com a vida que cremos na Santíssima Trindade, ou seja, em um Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Reflexão
Há duas versões sobre o seu martírio: primeira, que os assassinos estariam a mando da Imperatriz Judite; segunda, que os mandantes do crime tenham sido os políticos de Walcheren. Mas, com certeza, foi martirizado por pregar a favor da moralização das famílias de sua diocese.

Primado e infalibilidade: 150 anos da proclamação dos Dogmas

Dogmas são verdades de fé que a Igreja ensina como reveladas por Deus
Dogmas são verdades de fé que a Igreja ensina como reveladas por Deus 
Após longas discussões durante o Concílio Vaticano I, foram aprovados o Dogma do Primado do Papa sobre a Igreja Católica e o da Infalibilidade do Magistério pontifício quando for pronunciado "Ex cathedra". Quais e o que são os Dogmas da Igreja?

Sérgio Centofanti

Há cento e cinquenta anos, em 18 de julho de 1870, foi promulgada a Constituição "Pastor Aeternus", que definia os dois Dogmas do Primado do Papa e da sua Infalibilidade.

Discussões longas e agitadas
A Constituição dogmática "Pastor Aeternus" foi aprovada por unanimidade pelos 535 Padres conciliares presentes, "após discussões longas, briosas e agitadas": assim Paulo VI se expressou durante uma Audiência geral, ao descrever aquele dia como "uma página dramática na vida da Igreja, mas nem por isso, menos clara e definitiva "(Audiência Geral, 10 de dezembro de 1969).
Oitenta e três Padres conciliares não participaram da votação. A aprovação do texto ocorreu no último dia do Concílio Vaticano I, suspenso por causa da guerra franco-prussiana. A guerra começou em 19 de julho de 1870 e se prolongou "sine die", com a tomada de Roma pelas tropas italianas em 20 de setembro daquele mesmo ano, que sancionou, efetivamente, o fim do Estado pontifício.
A Constituição "Pastor Aeternus" reflete uma posição intermediária entre as várias discussões dos participantes, mas excluía, por exemplo, que a definição da Infalibilidade fosse integralmente estendida também às Encíclicas ou a outros Documentos doutrinais.
Dos contrastes que surgiram no Concílio, resultou o Cisma dos antigos católicos, que não quiseram aceitar o Dogma sobre o Magistério infalível do Papa.

Dogma sobre a racionalidade e sobrenaturalidade da fé
Os dois Dogmas foram proclamados depois daquele da racionalidade e sobrenaturalidade da fé, contido na outra Constituição dogmática do Concílio Vaticano I "Dei Filius", de 24 de abril de 1870. Neste texto, afirma-se que "Deus, princípio e fim de todas as coisas, pode ser conhecido, com certeza, sob a luz natural da razão humana, através das coisas criadas; de fato, as coisas invisíveis de Deus podem ser conhecidas pela inteligência da criatura humana através das suas obras” (Rm 1,20).
Este Dogma - explicou Paulo VI na Audiência de 1969 - reconhece que "a razão, somente pela sua própria força, pode chegar ao conhecimento seguro do Criador através das criaturas. Assim, a Igreja defende, no século do racionalismo, o valor da razão", afirmando, de um lado, "a superioridade da revelação e da fé sobre a razão e sobre suas capacidades"; de outro lado, declara que" não pode haver nenhum contraste entre verdade da fé e verdade da razão, visto que Deus é a fonte, tanto de uma quanto da outra".

Dogma do Primado
Na Constituição "Pastor Aeternus", antes da proclamação do Dogma do Primado, Pio IX recorda a oração de Jesus ao Pai para que os seus discípulos sejam "uma só coisa": Pedro e seus Sucessores são "o princípio imutável e o fundamento visível" da unidade da Igreja. Por isso, declarou solenemente: “Logo, proclamamos e afirmamos, com base nos testemunhos do Evangelho, que a Primazia da jurisdição sobre toda a Igreja de Deus foi prometida e conferida, pelo Senhor Jesus Cristo, ao Beato apóstolo Pedro, de modo imediato e direto (...). Daí, o que o Príncipe dos pastores e grande Pastor de todas as ovelhas, o Senhor Jesus Cristo, instituiu no Beato apóstolo Pedro, para tornar contínuas a salvação e o bem perene da Igreja, é necessário, por desejo de quem o instituiu, que dure para sempre na Igreja, que, fundada sobre a rocha, permaneça firme até o fim dos séculos (...). Disso resulta que, quem suceder a Pedro nesta Cátedra, em virtude da instituição do próprio Cristo, obtenha a Primazia de Pedro sobre toda a Igreja (...): todos, pastores e fiéis, de qualquer rito e dignidade, estão vinculados, sob ele, pela obrigação de subordinação hierárquica e verdadeira obediência, não apenas nas coisas, que se referem à fé e aos costumes, mas também nas concernentes à disciplina e ao governo da Igreja, no mundo inteiro. Desta forma, tendo salvaguardado a unidade da comunhão e da profissão da mesma fé com o Pontífice Romano, a Igreja de Cristo será um só rebanho sob um único sumo Pastor. Esta é a doutrina da verdade católica, da qual ninguém pode se distanciar, sem a perda da fé e o perigo da salvação".

Magistério infalível do Papa
No Primado do Papa - escreve Pio IX – “está contido também o supremo poder do Magistério”, conferido a Pedro e seus sucessores “para a salvação de todos", como "confirma a constante tradição da Igreja (...). Todavia, precisamente neste tempo, em que sentimos de modo particular a necessidade salutar da presença do ministério Apostólico, muitas pessoas se opõem ao seu poder; por isso, acreditamos que é realmente necessário proclamar, de maneira solene, a prerrogativa de que o unigênito Filho de Deus se dignou vincular ao supremo cargo pastoral. Portanto, mantendo-nos fiéis à tradição recebida da fé cristã, desde o início, - para a glória de Deus, nosso Salvador, para a exaltação da religião católica e para a salvação dos povos cristãos, com a aprovação do sagrado Concílio, - proclamamos e definimos o Dogma, revelado por Deus, de que o Pontífice Romano, quando fala “Ex cathedra”, - ou seja, quando exerce seu cargo supremo de Pastor e Doutor de todos os cristãos e, em virtude do seu supremo poder Apostólico define uma doutrina sobre a fé e os costumes, - vincula toda a Igreja, pela divina assistência, prometida pela pessoa do Beato Pedro; além do mais, goza da infalibilidade, com a qual o divino Redentor quis que sua Igreja fosse acompanhada, ao definir a doutrina sobre fé e os costumes. Assim, tais definições do Pontífice Romano são imutáveis, por si mesmas, e não pela aprovação da Igreja".

Quando ocorre a infalibilidade
João Paulo II explicou o significado e os limites da Infalibilidade na Audiência geral, em 24 de março de 1993: “A infalibilidade não é dada ao Pontífice Romano, como a uma pessoa em particular, mas enquanto cumpre seu cargo de pastor e mestre de todos os cristãos. Ele também não a exerce por autoridade em si mesma e por si mesma, mas “pela sua suprema autoridade apostólica" e "por assistência divina, que lhe foi prometida, mediante o Beato Pedro". Enfim, ele não dispõe dela como se pudesse usar e abusar em todas as circunstâncias, mas apenas “quando fala da Cátedra - Ex Cathedra” - e somente em campo doutrinal, limitado às verdades da fé e da moral e às que lhe estão intimamente ligadas (...). O Papa deve agir como “pastor e doutor de todos os cristãos”, ao pronunciar-se sobre verdades concernentes à “fé e aos costumes”, com termos que demonstrem, claramente, sua intenção de definir certa verdade e exigir a sua adesão definitiva de todos os cristãos. Foi o que aconteceu - por exemplo – com a definição do Dogma da Imaculada Conceição de Maria, sobre a qual Pio IX afirmou: “Trata-se de uma doutrina revelada por Deus e, como tal, deve ser firme e constantemente aceita por todos os fiéis”; ou, então, com definição da Assunção de Maria Santíssima, quando Pio XII disse: “Com a autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos Beatos Apóstolos Pedro e Paulo, e com a minha autoridade, a declaramos e definimos Dogma, divinamente revelado”... etc. Somente sob estas condições podemos falar de magistério papal extraordinário, cujas definições são irreformáveis “de por si”, não pela aprovação da Igreja” (...). Os Sumos Pontífices podem exercer este tipo de magistério como de fato aconteceu, realmente. Porém, muitos Papas não o exerceram".

O que significa dogma?
Os Dogmas são verdades de fé que a Igreja ensina como reveladas por Deus (cf. Catecismo da Igreja Católica, 74-95). São pontos firmes da nossa crença. Os principais Dogmas são: Deus é Uno e Trino; o Pai é o criador de todas as coisas; Jesus, seu Filho, é verdadeiro Deus e verdadeiro homem, encarnado, morto e ressuscitado pela nossa salvação; o Espírito Santo é Deus; a Igreja é una, como o Batismo é uno. E ainda: o perdão dos pecados; a ressurreição dos mortos; a existência do Paraíso, do Inferno e do Purgatório; a transubstanciação; a maternidade divina de Maria, como a sua virgindade, concepção imaculada e sua Assunção.
Todas estas verdades não são abstratas e insensatas, mas devem ser entendidas no âmbito da grande verdade de Deus, que é Amor, e deseja que as suas criaturas participem da vida divina. O próprio Jesus revelou quais são os maiores mandamentos: amar a Deus e ao próximo (Mt 22, 36-40). No fim das nossas vidas, seremos julgados pelo amor.

Dogmas e desenvolvimento da Doutrina
Enfim, um dogma é um ponto firme da vida de fé; é definido pelo Magistério da Igreja, que o reconhece na Sagrada Escritura como revelado por Deus, em estreita conexão com a Tradição.
A Tradição, no entanto, não é algo imóvel e estático, mas - como João Paulo II diz na esteira do último Concílio (Carta Apostólica “Ecclesia Dei”) - é viva e dinâmica à medida que aumenta a inteligência da fé.
Os dogmas não mudam, mas, graças ao Espírito Santo, podemos entendemos, cada vez mais, a amplidão e profundidade das verdades da fé. Assim, o Papa Wojtyla afirmou "que o exercício do magistério concretiza e manifesta a contribuição do Pontífice Romano para o desenvolvimento da Doutrina da Igreja" (Audiência geral, 24 de março de 1993).

Primado, colegialidade, ecumenismo
Na audiência geral de 1969, Paulo VI reivindicou a atualidade do Concílio Vaticano I e sua conexão com o Concílio seguinte: "Ambos os Concílios Vaticanos, primeiro e segundo, são complementares", embora muito divergentes "por várias razões". Assim, a atenção às prerrogativas do Pontífice Romano, no Vaticano I, foi alargada, no Vaticano II, a todo o Povo de Deus, com os conceitos de "colegialidade" e "comunhão"; no entanto, o tema da unidade da Igreja, que, em Pedro, tem seu ponto de referência visível, se desenvolve com um forte compromisso com o diálogo ecumênico. Tanto que João Paulo II, no seu documento "Ut unum sint", pôde lançar um apelo às Comunidades cristãs, para encontrar uma forma de exercício da Primazia, que, "apesar de não renunciar, de nenhum modo, à essencialidade da sua missão, se abra a uma nova situação", como "serviço de amor, reconhecido por todos" (Ut unum sint, 95).
Por sua vez, o Papa Francisco fala, no “Evangelii Gaudium”, de uma "conversão do papado": "O Concílio Vaticano II afirmou que, de modo análogo às antigas Igrejas patriarcais, as Conferências Episcopais podem "dar uma contribuição múltipla e fecunda, para que o sentido de Colegialidade seja concretizado" (Lumen Gentium, 23). No entanto, este auspício não se realizou, suficientemente, porque ainda não havia sido esclarecido pelas Conferências Episcopais, que o concebesse como sujeitos de atribuições concretas, inclusive também alguma autoridade doutrinária autêntica. “Uma centralização excessiva, ao invés de ajudar, podia complicar a vida da Igreja e o seu dinamismo missionário" (Evangelii gaudium, 32). Seria necessário recordar que, segundo o Concílio Vaticano II, "a infalibilidade, prometida à Igreja, também reside no corpo episcopal, quando exerce o magistério supremo com o Sucessor de Pedro" (Lumen gentium, 25).

Amar o Papa e a Igreja é construir sobre Cristo
Além dos Dogmas, Pio X recordava, em uma audiência de 1912, a necessidade de amar o Papa e obedecê-lo, expressando a sua tristeza quando isto não acontecia.
Dom Bosco exortava seus colaboradores e seus jovens a manter em seus corações "três amores brancos": a Eucaristia, Nossa Senhora e o Papa.
Bento XVI, em 27 de maio de 2006, conversando em Cracóvia com os jovens que cresceram sob o pontificado de João Paulo II, disse, com palavras simples, o que as verdades da fé, proclamadas no distante 1870, queriam dizer: “Não tenham medo de construir as suas vidas na Igreja e com a Igreja! Sintam orgulho de amar Pedro e a Igreja, que lhe foi confiada. Não se deixem enganar pelos que opõem Cristo à Igreja! Há apenas uma rocha sobre a qual vale realmente a pena de construir a casa: esta rocha é Cristo! Há apenas uma rocha sobre a qual vale, realmente, a pena de apoiar tudo. Esta rocha é aquela a quem Cristo disse: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja” (Mt 16,18). Vocês, jovens, conheceram bem quem o Pedro dos nossos tempos. Por isso, não esqueçam que nem aquele Pedro, que está observando o nosso encontro da janela de Deus Pai, nem este Pedro, que agora está diante de vocês, nem qualquer outro Pedro estão contra vocês, nem contra a construção de uma casa duradoura sobre a rocha. Pelo contrário, compromete seu coração e suas mãos para ajudá-los a construir a vida em Cristo e com Cristo”.
Vatican News

Santo Arnolfo de Metz

Um brinde a Santo Arnulfo de Metz, o padroeiro dos cervejeiros!
Aleteia
Arnolfo nasceu em Metz, na antiga Gália, atual França, no ano 582. A sua família era muito importante e fazia parte da nobreza. Ele estudou e casou-se com uma aristocrata, com a qual teve dois filhos. Nesta época, a região da Gália era dominada pelos francos e era dividida em diversos reinos que guerreavam entre si.
Um dos reis da região, conhecendo a fama da conduta cristã de Arnolfo o tornou como seu conselheiro. Confiou-lhe também a educação de seu filho Dagoberto, que se formou dentro dos costumes da piedade e do amor cristão. Tal preparo fez de Dagoberto um dos reis católicos mais justos da História.
Pelo trabalho zeloso que exercia, foi nomeado bispo, mas não queria aceitar. Conta a tradição que lançou um anel no rio, dizendo a Deus que se ele fosse digno do episcopado, fizesse o anel retornar. Alguns dias depois o anel foi encontrado no ventre de um peixe.
Naquele tempo, as questões dos leigos e do celibato não tinham uma disciplina rigorosa e uniforme dentro da Igreja, que ainda seguia evangelizando a Europa. Por isso, mesmo casado, Arnolfo foi bispo e um de seus filhos tornou-se padre.
Depois de algum tempo Arnolfo abandonou o bispado para ingressar num mosteiro. Desta maneira serena, Arnolfo viveu o resto de seus dias, dedicando-se às orações, penitência e caridade. Morreu no dia 18 de julho de 641. 

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

Reflexão
Arnolfo era um homem de fé inabalável, correto e justo. Numa época onde a disciplina da Igreja ainda estava sendo formada, Arnolfo soube conjugar sua vida pública com seus compromissos com a evangelização. Foi um homem de seu tempo, preocupado com as pessoas. Sempre procurou encontrar soluções humanas e cristãs para os problemas do seu povo. Que nós também saibamos ocupar nosso lugar na sociedade, levando à todos os ambientes a boa nova de Jesus Cristo.

Oração
Deus de amor e misericórdia, que cumulaste são Arnolfo com seus melhores dons, dai-nos seguir seu exemplo e imitar suas ações, levando os homens e mulheres ao compromisso cristão com as questões do tempo atual. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF