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segunda-feira, 20 de julho de 2020

Santa Margarida de Antioquia

Santa Margarida de Antioquia (A12)
20 de julho
Santa Margarida de Antioquia

Santa Margarida, Virgem e Mártir, nasceu no ano de 275, em Antioquia da Pisídia, na Ásia Menor, onde seu pai era sacerdote pagão. Órfã de mãe, Margarida foi amamentada e cuidada por uma ama cristã muito piedosa e a menina abraçou o cristianismo e consagrou a sua virgindade a Deus.

Seu pai a renegou e a mandou para o campo trabalhar ao lado dos escravos. Enquanto trabalhava no campo, o prefeito romano luxurioso chamado Olibrius ficou atraído por sua grande beleza, tentou torná-la sua esposa.

Ela se recusou e como não cedeu às ameaças e chantagens, ele a levou a um tribunal aberto onde foi ameaçada de morte a menos que renunciasse à fé cristã. Diante das autoridades negou-se a abandonar a fé cristã.

O sofrimento da jovem foi tão terrível e de resultados tão fantásticos que se tornou uma das páginas mais transmitidas através dos séculos da tradição cristã.

Foram horas de pressão e tortura psicológica que, por fim, viraram tortura física. Margarida foi açoitada, depois teve o corpo colocado sobre uma trave e rasgado com ganchos de ferro. Dizem que a população e até mesmo os carrascos protestaram contra a pena decretada.

No dia seguinte, ela apareceu, sem o menor sinal de sofrimento, na frente do governante, que, irado com o estranho fato, determinou que ela fosse assada viva sobre chapas quentes. Novamente, a comoção tomou conta de todos, pois nem assim a jovem morria ou demonstrava sofrer. Diz a tradição que Margarida teria sido visitada no cárcere pelo satanás, em forma de um dragão que a engoliu.

Mas Margarida conseguiu sair do seu ventre, firmando contra ele o crucifixo que trazia nas mãos. Ela foi, então, jogada nas águas de um rio gelado. Quando saiu de lá viva, com as correntes arrebentadas e sem sinal das torturas aplicadas, muita gente ajoelhou-se, converteu-se e até se ofereceu para morrer no lugar dela. Mas o prefeito enfurecido mandou que a decapitassem.

Ela morreu no dia 20 de julho de 290, com apenas quinze anos. O seu corpo foi recolhido e levado para um lugar seguro, onde foi enterrado pelos cristãos convertidos. No século X, foi transferido para a Itália e desde então sua história se propagou também em todo o Ocidente. De tal forma, que Santa Margarida é protetora das grávidas nos partos complicados e de pessoas com complicações no estômago.

Colaboração: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:

A vida breve de Santa Margarida nos mostra que apesar de seu sofrimento ela soube colocar o amor a Deus e sua fé como prioridade. Muitos de nós desanimamos no primeiro obstáculo que a vida nos traz e nos deixamos abater por coisas extremamente insignificantes. Lembremo-nos de Santa Margarida e peçamos sua intercessão nos momentos de dor.

Oração:

Deus de amor e misericórdia derramai sobre nós, pela intercessão de Santa Margarida, as graças necessárias para enfrentarmos as dificuldades do dia a dia. Que o nosso sofrimento se una ao do Cristo Crucificado e nos aproxime cada vez mais das glórias do Reino do Céu. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!

Fonte: https://www.a12.com/

domingo, 19 de julho de 2020

Dom Henrique: redes sociais pedem abertura de processo de canonização

dom Henrique Soares da Costa (cancaonova)

“O número de homenagens a Dom Henrique é o grito dos católicos sedentos por bons e santos pastores”, afirma uma das inúmeras postagens.

A repercussão do falecimento de dom Henrique Soares da Costa nas redes sociais tem sido imensa, o que não surpreende quem conhecia o trabalho sólido e profundo de um dos bispos mais queridos do Brasil.
pe. Gabriel Vila Verde postou em sua rede social:
“A Páscoa de Dom Henrique abalou o Brasil. Não se fala de outro assunto nas redes sociais! Uma verdadeira chuva de fotos, vídeos e textos sobre ele. Sabe qual a razão disso? A saudade das ovelhas que perdem um bom pastor. Neste tempo de superficialidade e de tanto fingimento, vimos em Dom Henrique um homem verdadeiramente apaixonado por Jesus, que falava com emoção e convicção. Não encenava um teatro, mas transmitia verdade e simplicidade a todo instante. Louvo a Deus por ter experimentado bons momentos em sua companhia. Meu Deus, como ele era bondoso e acolhedor! Baixinho no tamanho, mas gigante no amor. Eu perdi um pai na terra, mas tenho a certeza que ganhei um amigo no Céu. Dom, a tua partida é como o grão que cai na terra e morre, para dar muitos frutos. Acreditem: a morte deste homem servirá para conversão de muitos. Assim como os santos, ele fará mais barulho morto do que vivo!”
pe. Zezinho publicou:
“A Igreja Católica do Nordeste já nos deu mais de quinze mártires e catequistas que marcaram o catolicismo no Brasil. O mais recente é Dom HENRIQUE Soares, bispo de Palmares. Culto, popular, seguro, bom de diálogo, simples, perdoador, amado pelos pobres, pelos jovens e pelos casais, grande catequista , grande comunicador! Espero que seja lembrado ao lado de Dom Helder, Irmã Dulce e outros líderes católicos do nordeste”.
pe. Paulo Ricardo postou em seu site oficial:
“Muito nos consola saber que Dom Henrique morreu como viveu: segundo comunicado da família, ele ‘fez questão de enfatizar, antes da entubação, com a firmeza da sua têmpera e profundidade da sua fé, que estava espiritualmente bem, inteiro, nas mãos de Cristo’. Grande esperança nos dão, também, as datas dos últimos acontecimentos da vida de Dom Henrique. Atendendo à súplica que todos fazemos na saudação angélica, a Santíssima Virgem velou pela morte de seu filho com verdadeira delicadeza de mãe: Dom Henrique foi entubado no dia de Nossa Senhora do Carmo e faleceu no dia mariano por excelência: o sábado”.
Centenas de internautas fizeram questão de postar homenagens a Dom Henrique e deixar claro o porquê das homenagens:
“O número de homenagens a Dom Henrique é o grito dos católicos sedentos por bons e santos pastores” (Jefferson Andrade).
 Uma foto compartilhada em dezenas de páginas apresenta o bispo como “Santo Henrique de Palmares” e traz a seguinte legenda:

“Se ele já era um santo em sua pobre humanidade, quanto mais o será agora, na presença Eterna de Deus! ‘Quando o Cordeiro abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as vidas daqueles que tinham sido imolados por causa da Palavra de Deus e por causa do testemunho que dela tinham dado. Eles gritaram em alta voz: «Senhor santo e verdadeiro, até quando tardarás em fazer justiça, vingando o nosso sangue contra os habitantes da Terra? Então foi dada a cada um deles uma veste branca. Também lhes foi dito que descansassem ainda algum tempo, até que ficasse completo o número dos seus companheiros e irmãos que iriam ser mortos como eles’ (Apocalipse 6, 9 -11)”.
O irmão de dom Henrique, Adriano Soares da Costa, compartilhou em sua rede social que já foi aberta na plataforma Citizen Go uma “Solicitação de dispensa para abertura do Processo de Beatificação de Dom Henrique Soares da Costa“. O texto nessa página, que é de iniciativa popular, informa:
“A Santa Igreja Católica no Brasil perdeu um dos maiores nomes do seu episcopado recente, Dom Henrique Soares da Costa. Vítima de COVID19 faleceu em odor de santidade! OS católicos de todos os rincões do Brasil e até mesmo do exterior ao saber de sua morte exclamam como na perda de São João Paulo II: Santo Subito! Solicitamos ao Regional Nordeste II da CNBB e do Conselho Permanente desta instituição que solicitem ao Santo Padre, o Papa Francisco, a dispensa dos 05 anos para apresentação do libelo de demanda (supplex libellus) isto é, a petição escrita, com a qual pede o início da causa de beatificação. Nós, Igreja do Brasil, suplicamos aos nossos pastores que olhem para a súplica dos fiéis e que solicitem ao Vigário de Cristo a abertura do processo de beatificação, e que Dom Henrique do Céu e honrado em nossos altares seja o grande intercessor diante de Deus por todos os acometidos por este vírus e por todos aqueles que amam a Igreja de Cristo”.
Fonte: Aleteia Brasil

Testemunho: o livramento do Senhor na vida de Dom Henrique Soares

Dom Henrique / 20-Mar-2018, após espancamento

Sem palavras! Uma experiência incrível do poder e amor de Deus!

Meu caro Amigo,
Há exatamente oito anos, 20 de março de 2009, eu vivia momentos de intensa emoção: experimentei, naquele dia para mim inesquecível, a mão de Deus, que nos guia de modo realmente incompreensível…
Pela manhã tinha viajado a Salvador, pois o Senhor Núncio Apostólico desejava falar-me. O assunto era uma reviravolta na minha vida: o Papa convidava-me a aceitar ser consagrado Bispo Auxiliar de Aracaju. Onde Deus desejava levar-me? O que desejava de mim? Disse “sim” ao Núncio! Não, ao Núncio não: ao Papa através do Núncio! Não, ao Papa não: a Cristo através do Papa! Disse “sim” sem pensar – não se pensa quando o Senhor chama; não se calcula! Simplesmente diz-se “sim”! Foi o que procurei fazer em toda a minha vida, apesar de tantas e tantas infidelidades e covardias… Deus as conhece; você não, caro Amigo!
Mas, disse “sim”. E voltei para Maceió, pois era sexta-feira da Quaresma e eu tinha via-sacra às 16 horas na minha Igreja do Livramento (inesquecível e saudoso Livramento!) e, depois, uma missa no Povoado Poxim, em Coruripe, na Diocese de Penedo… Apressado, sem almoço, fiz a via-sacra e fui para o Poxim. No retorno, pelas 21 – 21:30h, o inesperado, o absurdo, o desígnio de Deus que eu não sei e Ele sabe; não compreendo e Ele vê com clareza: um daqueles automóveis utilitários me trancou; quatro homens de revólveres em punho.Fugi.Perseguiram-me. Atiraram no meu carro; seis balas o perfuraram e esvaziaram os dois pneus dianteiros. Trancaram-me novamente. Tiraram-me do automóvel, espancaram-me gravemente, recolocaram-me no automóvel, levaram-me para o meio do mato. Eu sangrava muito. Disseram-me que me matariam: aqueles seriam meus últimos momentos…
Eu me perguntava todo o tempo qual o sentido daquilo tudo: naquele dia recebera a notícia da nova missão que o Senhor me confiara. Naquele mesmo dia o Senhor permitiria que me tirassem a vida… Disse-lhes que não me matassem, pois tinha ainda uma missão a cumprir. Estava – como sempre estou – de batina, a veste do sacerdote, a veste do bispo, a veste que deve significar que somos de Deus, somos consagrados, que algo em nós rompeu-se na relação com o mundo, de modo que vivemos no mundo, plenamente, mas somos homens de Deus, testemunhas do Absoluto, mensageiros do Infinito. Não sei se tiveram medo ou respeito por um homem de Deus… Não me mataram. Deixaram-me no carro, sangrando, ferido… com o coroinha que me acompanhava e ao qual não fizeram mal algum (Sim: meus queridos coroinhas! Tive mais de quarenta: sempre procurei fazer deles verdadeiros homens e cristãos! Sempre os amei e os amo ainda agora como a filhos no Senhor. Desses, três já são padres e um está a caminho do sacerdócio…) Quando os bandidos foram embora, fui, com meu coroinha, para a estrada e consegui carona até a polícia.
Tudo isto há oito anos! Estou vivo, sou Bispo e continuo minha vida, viajando tantas vezes à noite, por estradas tão desertas, cumprindo a missão que o Senhor me confiou… Sempre que vou por esses caminhos escuros, recordo do que me aconteceu… Recordo que pode acontecer novamente…
Um padre amigo, como um irmão para mim, disse-me: O Senhor hoje poupou sua vida. Hoje você deveria morrer! Ele o deixou com vida porque, a partir de agora, é como se você já fosse morto: não deve se poupar, não deve se guardar para você: deve entregar-se por Ele, dar-se a Ele, estar disposto a tudo perder por Ele…
É verdade! Estou nas mãos Dele! Seja Ele minha vida, seja Ele minha força, seja Ele a alegria dos meus dias e o sentido da minha existência! Dele vim, Nele vivo, para Ele vou! Seja bendito o Seu Nome em mim, quer na vida quer na morte! E que Ele nunca permita que Dele eu me separe! – Hoje, como há oito anos, in manus Tuas, Domine (nas Tuas mãos, Senhor)…
Aleteia

Cardeal Dolan sobre reportagem da AP: Uma história inventada para denegrir a Igreja

Cardeal Timothy Dolan. Crédito: Bohumil Petrik / ACI Prensa
NOVA IORQUE, 17 Jul. 20 / 03:20 pm (ACI).- O Arcebispo de Nova York, Cardeal Timothy Dolan, garantiu que o relatório publicado na semana passada pela Associated Press (AP) sobre a ajuda do governo para manter os empregos nas instituições católicas, foi algo inventado com a aparente intenção de “denegrir a Igreja” nos Estados Unidos.
Assim indicou o Cardeal em uma mensagem publicada em 14 de julho no site da Arquidiocese de Nova York, depois que a AP publicou uma matéria há alguns dias afirmando que "a Igreja Católica Romana dos Estados Unidos utilizou uma isenção especial e sem precedentes dos regulamentos federais para acumular pelo menos 1,4 bilhão em ajudas ao coronavírus apoiadas pelos contribuintes”.
O texto da AP indica ainda que "muitos milhões de dólares vão para as dioceses que pagaram grandes acordos ou buscaram proteção contra falência por causa dos encobrimentos de abuso sexual por parte do clero".
A esse respeito, o Cardeal Dolan disse que, embora apoie e respeite a liberdade de imprensa, também deve especificar que, com seu relatório, a AP "inventou uma história onde não havia uma e tentou denegrir a Igreja".
AP também indicou que a arrecadação "da Igreja poderia ter atingido - ou mesmo excedido – 3,5 bilhões de dólares", de um total de 696 bilhões de dólares que o governo dos Estados Unidos estabeleceu no fundo do Programa de Proteção de Cheques de Pagamento, para ajudar a manter os empregos nos Estados Unidos.
Do mesmo modo, a nota da AP assinala que "à medida que a economia despencou e as taxas de desemprego cresceram, o Congresso permitiu que os grupos religiosos e outras organizações sem fins lucrativos" também recebessem o benefício para manter "os norte-americanos empregados".
AP indica ainda que as dioceses, paróquias, escolas e outros ministérios católicos receberam "pelo menos 3.500 empréstimos". As dioceses incluem a Arquidiocese de Nova York, a Diocese de Orange e a Diocese de Wheeling-Charleston.
Sobre o relatório de AP, o Cardeal Dolan disse que é "evasivo, carregado de insinuações, sobre dioceses, paróquias, escolas, organizações de caridade e outras instituições católicas que receberam corretamente a ajuda do governo federal para pagar seus empregados durante a crise da COVID -19".
"Muitos meios de comunicação divulgaram a notícia insinuando que havia algo de errado com o fato de que as instituições católicas tenham recebido dinheiro do Programa de Proteção de Pagamento", assegurou.
Ao ser consultado sobre se o relatório da AP era verdadeiro, o Cardeal disse que “minha resposta simples é não, de modo algum. No melhor dos casos, foi cheio de erros; no pior, totalmente falso.
O Purpurado explicou que o programa de proteção visa manter o emprego de muitas pessoas “nestes tempos difíceis. As instituições religiosas foram convidadas e autorizadas a participar, já que empregam muitas pessoas em todo o país".
No caso de Nova York, o número é de 6 mil empregos em período integral e 400 em meio período.
Sem essa assistência, por exemplo, “a secretária paroquial ou o professor de seu filho em uma escola católica poderia facilmente ter perdido o emprego. Portanto, o dinheiro não foi destinado à ‘Arquidiocese’, mas aos nossos trabalhadores".
"Um segundo problema é que o artigo tenta estabelecer algum tipo de conexão entre a crise de abusos sexuais” na Igreja e o programa de proteção. “Não se equivoquem, o dinheiro recebido pela Arquidiocese de Nova York foi usado exclusivamente para os fins da lei, que é continuar pagando salários e benefícios aos funcionários", ressaltou.
"Nem um centavo desse dinheiro foi usado de forma alguma para vítimas ou sobreviventes de abuso sexual".
Em terceiro lugar, continuou o Cardeal, “o artigo da AP se concentra apenas na Igreja Católica, como se os católicos fossem os únicos participantes do Programa de Proteção ao Pagamento. De fato, organizações religiosas de todas as religiões participaram do programa, como era a intenção".
À nível nacional, explicou o Cardeal, "a Administração de Pequenas Empresas aprovou mais de 88 mil empréstimos para organizações religiosas, apoiando mais de um milhão de empregos. Por que, então, focar apenas a Igreja Católica, a menos que os repórteres tenham algum preconceito contra a Igreja (que suspeitamos que eles têm)?”.
No mesmo dia em que o relatório da AP foi divulgado, os bispos dos EUA divulgaram um comunicado explicando por que se viram obrigados a solicitar empréstimos do governo em meio à pandemia de coronavírus que levou a uma grave crise econômica e que gerou, entre outras coisas, que mais de 100 escolas católicas tenham sido forçadas a fechar.
“A Igreja Católica é a maior provedora não governamental de serviços sociais nos Estados Unidos. Todos os anos, nossas paróquias, escolas e ministérios atendem a milhões de pessoas necessitadas, independentemente de raça ou religião”, afirmou o Arcebispo de Oklahoma City e chefe do Comitê de Justiça Doméstica e Desenvolvimento Humano do Episcopado dos EUA, Dom Paul S. Coakley.
Sobre o relatório da AP, o Cardeal Dolan finalmente disse que é "tão impreciso e deixa uma impressão tão prejudicial que me pareceu importante deixar as coisas claras para todos vocês".
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
ACI Digital

Angelus: colabora com Deus quem reconhece o bem que cresce silenciosamente.

Janela do apartamento pontifício no Palácio Apostólico
Janela do apartamento pontifício no Palácio Apostólico  (Vatican Media)
"O mal, certamente, deve ser rejeitado, mas os malvados são pessoas com as quais é preciso ter paciência. Não se trata daquela tolerância hipócrita que oculta ambiguidade, mas da justiça mitigada pela misericórdia. Se Jesus veio buscar os pecadores mais que os justos, curar os enfermos antes ainda que os saudáveis, também a ação de nós, seus discípulos, deve ser dirigida para não eliminar os malvados, mas para salvá-los."

A paciência de Deus, representada pelo proprietário do campo que tem seu olhar fixo no bom trigo, e que abre nossos corações à esperança, nos foi proposta pelo Papa como exemplo do agir cristão. “Suportar as perseguições e as hostilidades faz parte da vocação cristã” – disse Francisco - e colaboram bem com Deus “aqueles que sabem reconhecer o bem que cresce silenciosamente no campo da Igreja e da história, cultivando-o até a maturação. E então será Deus, e somente Ele, a recompensar os bons e punir os malvados.

A Parábola do Joio, descrita no Evangelho de Mateus, inspirou a alocução do Santo Padre neste XVI Domingo do Tempo Comum, antes de rezar o Angelus com os fiéis reunidos na Praça São Pedro, em maior número que nos domingos precedentes, visto o constante aumento de turistas e peregrinos em Roma, após a abertura das fronteiras entre os países da União Europeia em 1º de julho.

Na Parábola, Jesus conta que no campo onde foi semeado um bom trigo, surgem ervas daninhas. "Entre nós - disse o Papa saindo do texto escrito - podemos dizer que também hoje o solo é devastado por tantos herbicidas e pesticidas, que também fazem mal quer às ervas, como à terra e à saúde. Mas isso, entre parênteses".

Os servidores então - continuou Francisco - foram até o proprietário perguntar de onde veio o joio: “Foi o inimigo que fez isso”, respondeu. Os servidores quiseram imediatamente limpar o campo, mas foram advertidos pelo proprietário de que havia o risco de também o trigo ser arrancado junto com as ervas daninhas. Assim, “é preciso esperar o momento da colheita: somente então serão separadas e o joio será queimado.”

O Papa explica que esta é "uma história de bom senso. Pode-se ler nesta parábola uma visão da história. Ao lado de Deus - o dono do campo - que semeia sempre e somente boa semente, há um adversário, que espalha o joio para impedir o crescimento do trigo”:

O proprietário age abertamente, à luz do sol, e seu objetivo é uma boa colheita; o outro, o adversário, no entanto, tira proveito da escuridão da noite e trabalha por inveja, por hostilidade, para arruinar tudo. O adversário tem um nome, o adversário ao qual se refere Jesus tem um nome: é o diabo, o opositor por excelência de Deus. Sua intenção é atrapalhar a obra da salvação, fazer com que o Reino de Deus seja obstaculizado por operários iníquos, semeadores de escândalos. De fato, a boa semente e o joio representam não o bem e o mal abstratamente, não, mas nós seres humanos, que podemos seguir a Deus ou ao diabo.

Tantas vezes, observou o Papa, ouvimos que uma família vivia em paz, depois começaram as guerras, as invejas. Um bairro vivia em paz, depois começaram coisas ruins:

“E nós nos acostumamos a dizer: "Eh, alguém veio ali semear cizânia", ou "esta pessoa da família, com as fofocas, semeia cizânia". É sempre semear o mal que destrói. E isso é sempre o diabo que faz, ou a nossa tentação, quando caímos na tentação de fofocar para destruir os outros”

A intenção dos servidores – diz Francisco - é eliminar imediatamente o mal, isto é, as pessoas más, “mas o proprietário é mais sábio, vê mais longe: eles devem saber esperar, porque suportar as perseguições e as hostilidades faz parte da vocação cristã”:

O mal, certamente, deve ser rejeitado, mas os malvados são pessoas com as quais é preciso ter paciência. Não se trata daquela tolerância hipócrita que oculta ambiguidade, mas da justiça mitigada pela misericórdia. Se Jesus veio buscar os pecadores mais que os justos, curar os enfermos antes ainda que os saudáveis, também a nossa ação, seus discípulos, deve ser dirigida para não eliminar os malvados, mas para salvá-los. E nisso, a paciência.

“Suportar as perseguições e as hostilidades faz parte da vocação cristã”

“Os servidores querem um campo sem ervas daninhas, o proprietário um bom trigo”, observa o Pontífice. Assim, o Evangelho do dia “apresenta duas maneiras de agir e viver a história: por um lado, o olhar do patrão, que vê longe; por outro, o olhar dos servidores, que veem o problema”:

O Senhor nos convida a assumir seu próprio olhar, o que se fixa no bom trigo, que sabe protegê-lo mesmo entre as ervas daninhas. Aqueles que buscam os limites e defeitos de outros não colaboram bem com Deus, mas sim aqueles que sabem reconhecer o bem que cresce silenciosamente no campo da Igreja e da história, cultivando-o até a maturação. E então será Deus, e somente Ele, a recompensar os bons e punir os malvados.

“Será Deus, e somente Ele, a recompensar os bons e punir os malvados.”

Que a Virgem Maria - disse o Santo Padre ao concluir-nos ajude a entender e imitar a paciência de Deus, que deseja que nenhum de seus filhos se perca, a quem Ele ama com o amor do Pai.

Vatican News

XVI Domingo do Tempo Comum

Campo - grão de trigo
Campo - grão de trigo
Vivemos em um mundo cada vez mais inquieto e confuso, onde tudo é descartável e deve ser feito às pressas. Podemos desanimar, claro, mas devemos ficar tranquilos, pois Deus conhece muito bem toda a situação pela qual passa o mundo e a Igreja.

Pe. Cesar Augusto dos Santos, SJ

«A liturgia de hoje nos propõe três parábolas para descrever o Reino de Deus. Elas estão interligadas pelo verbo “crescer”: o grão de trigo e o joio crescem juntos; a semente de mostarda cresce até se tornar uma grande árvore; o fermento na farinha faz crescer a massa.

Diante das dificuldades e da fraqueza humana, Jesus conta a parábola do joio, para expressar a grandeza de Deus. Aos empregados, que pedem para arrancar o joio, que cresce com o trigo, Jesus diz “não”, para não acontecer que, arrancando o joio, seja arrancado também o trigo. Por isso, era preciso deixá-los crescer juntos até à colheita!

Os empregados ficam surpresos com Jesus porque sofrem de impaciência - atualíssima em nossos dias - que resulta sempre em medo, pouca reflexão e muitas decisões tomadas com ímpeto.

Interessante notar que Jesus não coloca a culpa simplesmente no joio, mas constata que foi “algum inimigo que o misturou com o trigo”!

Nesta parábola, Jesus serve-se de imagens da vida no campo dando espaço à iniciativa e à paciência infinita de Deus, na qual encontramos a misericórdia, que transforma tudo.

Vivemos em um mundo cada vez mais inquieto e confuso, onde tudo é descartável e deve ser feito às pressas. Podemos desanimar, claro, mas devemos ficar tranquilos, pois Deus conhece muito bem toda a situação pela qual passa o mundo e a Igreja. “O joio também existe dentro da Igreja e entre os que Deus escolheu para o seu serviço. Mas o trigo não foi sufocado pela semeadura da injustiça” (Bento XVI).

A erva daninha e o trigo demonstram duas realidades bem diferentes entre si, mas devem ser apartadas e discernidas. A expressão final da parábola “fogo, choro e ranger de dentes” nada mais é que o símbolo da dor e da raiva, provocados pelo remorso de se excluir Deus das nossas vidas; Ele respeita a nossa liberdade.

O ponto enfático da parábola é o forte contraste entre o pensamento de Deus - paciente e tolerante - e a intolerante rigidez dos seus servos e, hoje, de nós, em relação ao próximo e à nossa comunidade: o bem e o mal lutam incessantemente dentro de nós.

Por isso, somos convidados a ser pacientes, tolerantes e misericordiosos.

As três parábolas: o joio e o trigo, a semente de mostarda e o fermento representam o amor e a graça de Deus para conosco, mas também a sua paciência na construção do Reino!».

(Reflexão do Padre Carlos Henrique Nascimento para o XVI Domingo do Tempo Comum)
Vatican News

Hoje a Igreja celebra Santas Justa e Rufina, padroeiras dos oleiros

ACI Digital
REDAÇÃO CENTRAL, 19 Jul. 20 / 05:00 am (ACI).- Santas Justa e Rufina são duas irmãs que foram martirizadas no tempo do imperador romano Diocleciano por se negarem a contribuir no culto de uma imagem de barro que representava a deusa pagã Salambona.
As duas santas nasceram nos anos 268 e 270, respectivamente, em Sevilha (Espanha), no seio de uma família muito modesta, mas de costumes firmes e sólida fé cristã.
Seus pais faleceram quando eram muito novas, por isso, o Bispo da cidade, amigo da família, costumava visitá-las para incentivá-las a perseverar na virtude e que empreendessem um ofício que lhes servisse para ganhar a vida de maneira honrada.
As irmãs começaram a vender recipientes de cerâmica e, para se manterem fortes, costumavam participar da Missa e rezavam durante longos períodos.
Eram especialmente caritativas com os pobres, com os quais eram muito generosas. Entretanto, a maior preocupação de ambas era a conversão dos pagãos. Rezavam constantemente por eles e sempre que tinham uma oportunidade, aproveitavam para anunciar o Evangelho e ensinar as verdades da fé aos gentios.
Um dia, durante a festa em honra a Vênus, algumas mulheres que percorriam as ruas da cidade com um ídolo da deusa Salambona em seus ombros pediram a Justa e Rufina uma esmola para a festa e que adorassem o ídolo. Ambas se negaram e quebraram a imagem, provocando a ira dos idólatras que se lançaram contra elas.
Diogeniano, prefeito de Sevilha, mandou prendê-las, interrogou-as e ameaçou-as com cruéis tormentos se continuassem na religião cristã. Por sua parte, as santas se opuseram e afirmaram que elas só adoravam Jesus Cristo.
“Isso que chamam de deusa Salambona não era nada mais do que um desprezível artefato de barro cozido; nós adoramos o único Deus verdadeiro que está nos Céus e seu Filho Jesus Cristo que se fez homem e morreu por nós, para nos salvar de nossos pecados...”, disseram as santas.
Por volta do ano 290, depois de muitas torturas, Santa Justa partiu para a Casa do Pai por causa do seu enfraquecimento, enquanto Santa Rufina foi degolada por ordem de Diogeniano.
Ambas foram nomeadas padroeiras de Sevilha, dos grupos de oleiros e dos vendedores de cerâmica. Seus restos mortais são venerados em Sevilha desde o tempo de seu martírio até a chegada dos muçulmanos, em 711, quando foram escondidos para sua proteção.
No século passado, seus restos mortais foram descobertos em Alcalá de los Azules, em Cádiz. Além disso, sob a Igreja da Trindade, em Sevilha, são conservados os cárceres em que foram presas e torturadas.  
ACI Digital

Falece Dom Henrique Soares, vítima de Covid-19

+ Dom Henrique Soares. Foto: Diocese de Palmares (PE)
Palmares, 19 Jul. 20 / 08:32 am (ACI).- Em nota oficial na noite de ontem, 18, a diocese de Palmares (PE) comunicou o falecimento do seu pastor, Dom Henrique Soares, que se encontrava internado após ter contraído o novo coronavírus.
“É com imensa tristeza que neste dia 18 de julho, comunicamos o falecimento, no Hospital Memorial São José, em Recife/PE, do nosso Bispo Diocesano, Dom Henrique Soares da Costa, vítima da Covid-19”, afirma a diocese.
“Dom Henrique Soares da Costa é natural de Penedo-AL e foi ordenado sacerdote pela Arquidiocese de Maceió, tendo, em 2009, sido nomeado pelo então Papa Bento XVI como Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Aracaju, em Sergipe”.
“Em 2014, sucedeu ao nosso bispo emérito, Dom Genival Saraiva de França, sendo o terceiro bispo da Diocese de Palmares, nomeado pelo Papa Francisco”, prossegue o comunicado.
“Nestes seis anos conduzindo o Povo de Deus da Diocese de Palmares, Dom Henrique sempre esteve junto ao seu clero sendo como ele mesmo afirmava: “Pai e Pastor””.
“Agradecemos a todos pelas orações e preces pelo nosso Bispo nestes dias em que esteve entregue à vontade de Deus, tendo sido chamado por Ele à eternidade. Da mesma forma, agradecemos à família de Dom Henrique por ter confiado a sua vida e vocação à Igreja do Senhor”, afirma ainda o texto da nota oficial de falecimento.
Indicações para as exéquias e enterro
Segundo a diocese, “Nas próximas horas, o corpo de Dom Henrique Soares da Costa, nosso Bispo Diocesano, chegará a Palmares. Será sepultado na Catedral Diocesana de Nossa Senhora da Conceição dos Montes, onde tantas vezes celebrou os sacramentos, unindo-se ao aos seus padres e diáconos, em torno do altar do Senhor”.
“A missa exequial será celebrada às 10h. Tendo em vista o período pandêmico em que vivemos, teremos apenas a presença dos padres e diáconos, além de outros bispos e familiares de Dom Henrique”.
“Pedimos a todos que acompanhem a celebração de suas casas pelas redes sociais da Diocese de Palmares e evitem chegar a Catedral para não haver aglomerações”, conclui o comunicado.
ACI Digital

sábado, 18 de julho de 2020

O jejum dos Apóstolos (Parte 6): a Igreja dos Apóstolos é Santa

A Igreja dos Apóstolos é Santa

A Igreja dos Apóstolos é Santa
Quando pensamos na Santidade da Igreja, geralmente pensamos nos Santos, e o fazemos corretamente. Mas, quais Santos? Para os Apóstolos, um “santo” era qualquer um ligado ao Único Santo através do Batismo. Assim, São Paulo escreveu: “Mas, agora, estou indo a Jerusalém para ministrar aos Santos” (Romanos 15,25). Somos todos “santos” – participando na Santidade de Cristo, na Vida da Trindade, como “participantes da natureza divina” (2Pedro 1,4).
Os Apóstolos ensinaram que a nossa união com o Único Santo, causa consequências em nossas vidas. Nosso Batismo afeta o que somos e aquilo que devemos fazer. Em primeiro lugar, nós devemos viver vidas santas: “A exemplo da santidade daquele que vos chamou, sede também vós santos em todas as vossas ações, pois está escrito: Sede santos, porque eu sou santo” (1Pedro 1,15-16). Ser santo em toda a nossa conduta significa que tudo aquilo que fazemos deveria refletir nosso relacionamento com Deus. Nós deveríamos ser uma benção onde quer que estejamos – em nosso local de trabalho, em nossa vida social e, especialmente, em nossas casas.
São Pedro nos ensina também que a Igreja é um povo santo com um propósito: “Vós, porém, sois uma raça escolhi¬da, um sacer¬dócio régio, uma nação santa, um povo adquirido para Deus, a fim de que publiqueis as virtudes daquele que das trevas vos chamou à sua luz maravilhosa” (1Pedro 2,9). Nosso propósito como nação santa de Deus é louva-lO como nosso Salvador, o que nós fazemos sempre que nos unimos para adoração ou rezamos, mesmo em nossas próprias casas, em Unidade de Espírito com Igreja.
São Pedro chama a Igreja – os santos – de povo sacerdotal. Como os sacerdotes no templo do Antigo Testamento sacrificavam animais e outras oferendas a Deus, nós também somos chamados a oferecer sacrifício: “Achegai-vos a ele, pedra viva que os homens rejeitaram, mas escolhida e preciosa aos olhos de Deus; e quais outras pedras vivas, vós também vos tornais os materiais deste edifício espiritual, um sacerdócio santo, para oferecer vítimas espirituais, agradáveis a Deus, por Jesus Cristo” (1Pedro 2,4-5). Nosso sacrifício é espiritual, sem o derramamento de sangue. É a Eucaristia que nós oferecemos “em tudo e por tudo” em união com Cristo e Seu povo.
A Igreja, então, é um povo sacerdotal com um chamado santo, uma comunhão de santos que inclui a Mãe de Deus, os Apóstolos, os Mártires, todos os que partiram antes de nós e, também, nós mesmos. A Igreja é Santa e nós somos essa Igreja.
  • A Igreja é um “povo santo”. O que na sua vida reflete e o que não reflete essa santidade?
  • A Igreja é um “sacerdócio régio”. Considere viver esse sacerdócio, em casa também, através da adoração frequente. Busque conhecer a Regra de Oração de São Pacômio.
  • Ajude as crianças a cantar os louvores de Deus, ensinando-as cânticos da Divina Liturgia, de Vésperas ou de outros Ofícios que vocês frequentem.
  • Reze para que o Senhor preserve e fortaleça as Igrejas que sofrem no Oriente Médio, que foi Evangelizado pelos Apóstolos.
  • Rezem juntos o seguinte verso: “Em Vosso Amor, a Assembleia dos Santos se reuniu, rejubilando-se em Vós. Com corações puros e jubilosos, eles dançam com os anjos no Céu na eterna celebração diante de Vós, o Senhor e Deus de todos”.
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São Frederico Arnolfo de Ultrecht

Santoral de Julho - 18 - São Frederico, Santo Arnolfo de Metz ...
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Frederico nasceu por volta do ano 790. Apesar de ser neto do rei Radbon da Holanda, o jovem decidiu tornou-se missionário em Utrecht, Holanda. Seus sermões chamavam atenção dos líderes da Igreja que logo o convidaram a ser padre. Em 825, foi indicado para ser bispo.
Como bispo, se esforçou para combater os abusos das uniões incestuosas e enviou missionários para as áreas pagãs ao norte de sua diocese. Ele também censurou a imoralidade da nobreza, o que atraiu a inimizade da Imperatriz Judite, segunda esposa do imperador Luís, o Debonário.
Ainda lutou contra o Arianismo, doutrina herege difundida por Arius, bispo de Alexandria, no século IV, onde este afirmava que só existia um Deus verdadeiro, o “Pai”, ou seja, Jesus Cristo não era Deus. Arius foi excomungado no ano seguinte da divulgação de sua doutrina, e em 325, no Primeiro Concílio de Nicéia, a Igreja proclamou como Dogma a Santíssima Trindade, afirmando que existe apenas um Deus e Ele se apresenta em Três Pessoas que são iguais, consubstanciais e semelhantes: o Pai; o Filho e o Espírito Santo.
Neste concílio foi construído a primeira parte do Credo Niceno-constantinopolitano. Mas, a doutrina do Arianismo ainda continuava presente no tempo de Frederico, século VII, que ele eliminou com sua catequese a partir da explicação do Credo, que foi totalmente formulado no ano de 381, no Concílio de Constantinopla. O resultado foi à conscientização social da comunidade, que procurando viver à espiritualidade da Santíssima Trindade, não se deixou levar pelos líderes políticos que pregavam o Arianismo.
Seu mandato durou 18 anos, tendo em vista que, em 838, após a celebração da santa missa, enquanto agradecia pela cerimônia realizada, dois homens chegaram a apunhalá-lo com espadas, que foram cravadas em seu peito. Segundo alguns escritos, o bispo morreu dizendo: “na presença do Senhor, continuarei o meu caminho na terra dos vivos”.
Frederico foi elevado aos altares com os clérigos da igreja de Utrecht na Holanda que edificou por suas virtudes, austeridades e orações.
São Frederico, rogai por nós!
Oração
Que possamos, como São Frederico de Ultrecht, ser um conhecedor das Sagradas Escrituras e ter a coragem de defender e propagar os valores cristãos das famílias e nas famílias, sem medo de proclamar os valores do Reino de Deus e testemunhar com a vida que cremos na Santíssima Trindade, ou seja, em um Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Reflexão
Há duas versões sobre o seu martírio: primeira, que os assassinos estariam a mando da Imperatriz Judite; segunda, que os mandantes do crime tenham sido os políticos de Walcheren. Mas, com certeza, foi martirizado por pregar a favor da moralização das famílias de sua diocese.

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF