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terça-feira, 28 de julho de 2020

13 religiosas morrem no mesmo convento devido ao coronavírus

Irmãs felicianas que morreram por causa do novo coronavírus
MICHIGAN, 27 Jul. 20 / 03:00 pm (ACI).- Uma congregação religiosa feminina nos Estados Unidos sofreu um duro golpe ao perder 13 religiosas no convento de Livonia (Michigan), e mais uma no convento de Nova Jersey.
Trata-se da Congregação das Irmãs de São Félix e Cantalice, comumente conhecidas como Irmãs Felicianas. As religiosas começaram a morrer desde a última Sexta-feira Santa.
Em declarações ao National Catholic Register, Suzanne Wilcox English, diretora para a missão avançada das Irmãs Felicianas da América do Norte, disse que as irmãs falecidas haviam contribuído com muitos talentos ao serviço de Deus. Entre elas, havia professoras, professoras universitárias, uma tradutora multilíngue, uma bibliotecária, uma diretora de educação religiosa, uma organista e uma enfermeira. Uma havia servido como secretária na Secretaria de Estado do Vaticano e outra havia escrito uma história completa da congregação. Algumas estavam aposentadas - as irmãs que morreram tinham entre 69 e 99 anos - mas todas compartilharam seu ministério de oração.
A ordem religiosa tem nos Estados Unidos e Canadá 469 irmãs em aproximadamente 60 conventos, assim como uma missão no Haiti. O Convento da Apresentação da Virgem Maria em Livonia, Michigan, onde 13 irmãs faleceram com COVID-19, é o lar de 44 irmãs felicianas e cinco membros de outras congregações que são estudantes da Madonna University, nas proximidades.
A irmã Noel Marie Gabriel, diretora de serviços de saúde clínica da província, relatou que, além das 13 irmãs que morreram em Michigan, outras 17 foram infectadas, mas se recuperaram. No convento de Lodi, Nova Jersey, onde uma irmã morreu, outras 11 se recuperaram gradualmente da COVID-19.
Desde o início da epidemia, as irmãs foram francas e diretas ao abordar o problema enfrentado por suas comunidades. A irmã Mary Christopher Moore, ministra provincial da América do Norte, publicou uma carta semanal para mantê-las informadas dos casos e mortes, detalhando os passos que estavam tomando para garantir que a doença não se espalhasse mais. Em abril, informou que todos os conventos grandes estavam em quarentena e que as religiosas usavam máscaras quando se encontravam com outra pessoa. Também, desde o início da pandemia, participaram da Missa através de um circuito fechado de televisão.
À medida que passavam os dias e as primeiras irmãs sucumbiram à doença, a irmã Mary Christopher continuou informando as suas irmãs, e incentivando-as. "Nesta semana", escreveu em 4 de maio, "o Senhor chamou mais uma de nossas irmãs para casa devido aos efeitos do coronavírus, e continuamos chorando por ela e pelas outras irmãs que perdemos".
Enquanto a comunidade continuava vigilante, a Irmã Mary elogiava a fortaleza dos doentes e de seus cuidadores. "Hoje queremos homenagear vocês, nossas irmãs que enfrentam corajosamente a COVID-19", escreveu, "assim como as enfermeiras, auxiliares de enfermagem, cozinheiras, auxiliares de dieta, donas de casa" e outras que prestam seus cuidados.
"Estão sobrevivendo aos efeitos físicos do vírus e conhecendo o isolamento no sentido mais verdadeiro da palavra, tendo um contato mínimo com seus cuidadores, para a segurança de todos", acrescentou.
No final de junho - com 13 membros chamadas por Deus - a irmã Mary Christopher compartilhou a boa notícia de que todas as irmãs haviam saído do isolamento da COVID-19, sem nenhum caso ativo em nenhum de seus conventos. As sobreviventes que contraíram COVID-19, mas não morreram, experimentaram a lenta recuperação que caracterizou a pandemia, incluindo a fraqueza muscular prolongada e a fadiga, tanto física como emocional.
Em 8 de julho, apesar da triste notícia de que outra das irmãs mais velhas havia morrido, a irmã Mary Christopher pôde compartilhar algumas boas notícias.
Enquanto a lavagem das mãos, o uso de máscaras, o distanciamento social e a desinfecção regular continuavam sendo elementos básicos de suas rotinas, as irmãs voltaram a jantar juntas e podiam sair do convento para as tarefas necessárias. Mais uma vez, puderam viajar para trabalho, retiros ou férias, observando cuidadosamente as diretrizes de distanciamento e desinfecção, assim como as diretrizes de viagem emitidas por cada estado ou província.
“Depois de muitos meses de restrição”, escreveu a irmã Mary Christopher, “as mudanças são bem-vindas, mas continuaremos muito vigilantes”. Indicou que serão prudentes em seu planejamento e cautelosas ao sair dos conventos, seguindo as medidas de segurança.
Devido às restrições de viagem e requisitos de distanciamento social, não foi possível realizar funerais para as irmãs falecidas. Em resposta, o Pe. Bruce Lewandowski realizou um serviço virtual na Igreja do Sagrado Coração de Jesus Cristo, em Baltimore.
Aqui estão os nomes das irmãs que faleceram devido à COVID-19, com as datas da morte e as idades:
Irmã Mary Luiza Wawrzyniak, 99 (10 de abril)
Irmã Celine Marie Lesinski, 92 (12 de abril)
Irmã Mary Estelle Printz, 95 (12 de abril)
Irmã Thomas Marie Wadowski, 73 (15 de abril)
Irmã Mary Patricia Pyszynski, 93 (17 de abril)
Irmã Mary Ramona (Florence) Borkowski, 93, Lodi, Nova Jersey (18 de abril)
Irmã Mary Clarence Borkoski, 83 (20 de abril)
Irmã Rose Mary Wolak, 86 (21 de abril)
Irmã Mary Janice Zolkowski, 86 (22 de abril)
Irmã Mary Alice Ann Gradowski, 73 (25 de abril)
Irmã Victoria Marie Indyk, 69 (26 de abril)
Irmã Mary Martinez Rozek, 87 (28 de abril)
Irmã Mary Magdaleine Dolan, 82 (10 de maio)
Irmã Mary Danatha Suchyta, 98 (27 de junho)
Que as suas almas e as almas de todos os fiéis defuntos, pela misericórdia de Deus, descansem em paz.
ACI Digital

segunda-feira, 27 de julho de 2020

O “anjo do penhasco” que salvou centenas do suicídio na Austrália

WATSONS BAY SIDNEY
Aleksandar Todorovic | Shutterstock
Por John Burger

“Lembre-se sempre do poder de um simples sorriso, de uma mão amiga, de um ouvido atento e uma palavra gentil”, aconselhou.

Onde há vida, há esperança. Poucas pessoas conhecem essa verdade mais de perto que Don Ritchie.
Ritchie é tido como salvador da vida de centenas de supostos saltadores em um perigoso penhasco à beira-mar na Austrália, simplesmente convidando-os para ir até sua casa nas proximidades para tomar chá e conversar.
Quando ele morreu, em 2012, aos 85 anos, a família disse que ele salvou cerca de 500 pessoas do suicídio, embora a contagem oficial seja 160. Ele recebeu a Medalha da Ordem da Austrália e foi nomeado Herói Local da Austrália em 2011.
Talvez a maior satisfação para Ritchie tenha sido os presentes, cartões de Natal e cartas que ele recebeu daqueles que salvou, algumas vezes uma década ou duas após a tentativa de suicídio.
“Quem o conhecia sabia que ele era uma pessoa de muita força e muito capaz”, disse a filha de Ritchie, Sue, no momento de sua morte. “Foi apenas algo que ele constatou e viu que precisava fazer alguma coisa.”
Por mais de 50 anos, ele morou perto das falésias de Watsons Bay, no leste de Sydney, um local conhecido localmente como Gap.
No início de sua vida, esse veterano da marinha tentava conter pessoas desesperadas, que se dirigiam ali para cometer suicídio, enquanto sua esposa, Moya, chamava a polícia. Mas, à medida que envelhecia, ele começaria a adotar uma abordagem mais pessoal.
Ele ficou conhecido como “o anjo do penhasco”.
“Eu o conheci há 40 anos”, disse o padre Tony Doherty, da paróquia de Rose Bay, à rádio 702 ABC em Sydney.
“Foi em Watsons Bay, eu estava voltando para casa por volta das 13h. Havia um grupo de rapazes no Gap. Eu me aproximei hesitando. Ali estava uma figura deitada de bruços, conversando com um sujeito vietnamita aterrorizado, que estava à margem do penhasco e ameaçava pular. Eu vi essa figura gradualmente encorajar o sujeito a voltar. Ele mantinha sua voz suave, que encorajava esse companheiro a não pular.”
“Ele era um homem único”, lembrou Diane Gaddin, advogada de prevenção ao suicídio que teve uma filha que morreu no Gap.
“Ele é um farol e inspiração não apenas para nós, na Austrália, mas para o mundo, porque é preciso coragem, bravura, tenacidade, para ficar à beira do penhasco e incentivar alguém a não dar o passo final. Ele era um homem gentil e persuasivo que lhes oferecia esperança com palavras calorosas e acolhedoras.”
Obviamente, nem todas as intervenções de Ritchie foram bem sucedidas. Infelizmente, ele viu várias pessoas pularem, incluindo um jovem quieto que “apenas olhava para a frente”, como ele contou ao The Sydney Morning Herald em 2009.
“Eu estava conversando com ele por cerca de meia hora pensando que estava progredindo”, contou Ritchie. “Eu disse ‘por que você não vem tomar uma xícara de chá ou uma cerveja, se quiser?’ Ele disse ‘Não’ e pulou; eu ainda consegui pegar o seu boné.”
No entanto, Ritchie nunca desistiu. “Nunca tenha medo de falar com aqueles que você sente que precisam”, disse ele em 2011. “Lembre-se sempre do poder de um simples sorriso, de uma mão amiga, de um ouvido atento e uma palavra gentil.”
Como ele conseguiu que tantas pessoas voltassem? Para Ritchie, a fórmula era simples. Nas suas próprias palavras, seu conselho sempre foi: “Sorria. Seja amigável e diga ‘eu posso ajudá-lo de alguma forma?‘”
Aleteia

Confirmado: incêndio na Catedral de Nantes foi criminoso.

Interior da Catedral/GuadiumPress
O sacristão ruandês de 39 anos, libertado por falta de provas, confessou o crime. França é o pior lugar da Europa para cristãos.

Redação (26/07/2020 09:13Gaudium Press) O incêndio na Catedral de Nantes foi criminoso. O principal suspeito, posto em liberdade por falta de provas, confessou ontem sábado que provocou o incêndio na catedral. O ruandês de 39 anos está agora em prisão preventiva e poderá ficar 10 anos em detenção, além de pagar uma multa de 150 mil euros. Segundo o advogado do delinquente, seu cliente está disposto a colaborar e reconheceu a culpa por sentir remorso. Para ele foi uma libertação.
O incêndio destruiu o único órgão que sobreviveu à Revolução Francesa e causou sérios danos ao recinto sagrado.
O crime aconteceu num contexto de sérios atos de vandalismo em edifícios religiosos na França. Foram mais de 800 só no ano 2019. Muitos deles, sob custódia do Estado, não possuem sequer alarmes anti-incêndio. Segundo o Observatório de Intolerância e Discriminação a Cristãos na Europa, a França é o país mais difícil do continente europeu para os cristãos.

Dos Sermões de São Cesário de Arles, bispo

São Cesário de Arles/Canção Nova
Sermo 25,1:CCL103,111-112) (Séc.VI)

A misericórdia divina e a humana
Bem-aventurados os misericordiosos porque alcançarão misericórdia. É suave a palavra misericórdia, meus irmãos. E se a palavra assim é, o que não será a realidade? Apesar de todos a desejarem, não agem de modo a merecer recebê-la, o que é mau. De fato, todos querem receber a misericórdia, mas poucos querem dá-la.
Ó homem, com que coragem queres pedir aquilo que finges dar! Deve, portanto, conceder misericórdia aqui na terra quem espera recebê-la no céu. Por isto, irmãos caríssimos, já que todos queremos misericórdia, tenhamo-la por padroeira neste mundo, para que nos liberte no futuro. Há no céu uma misericórdia a que se chega pelas misericórdias terrenas. A Escritura assim diz: Senhor, no céu, tua misericórdia.
Há, então, a misericórdia terrena e a celeste, a humana e a divina. Qual é a misericórdia humana? Aquela, é claro, que te faz olhar para as misérias dos pobres. E a misericórdia celeste? Certamente a que concede o perdão dos pecados. Tudo quanto a misericórdia humana distribui pelo caminho, paga-o na pátria a misericórdia divina. Neste mundo, Deus, em todos os pobres, sofre frio e fome; ele mesmo o disse: Sempre que o fizestes a um destes pequeninos, a mim o fizestes. Deus, pois, que no céu se digna dar, quer na terra receber.
Que espécie de gente somos nós que, quando Deus dá, queremos receber, quando ele pede, nós nos recusamos a dar? Se um pobre tem fome, Cristo sofre necessidade, conforme disse: Tive fome e não me destes de comer. Por conseguinte, não desprezes a miséria dos pobres, se queres esperar confiante o perdão dos pecados. Agora Cristo passa fome, irmãos. Em todos os pobres ele se digna ter fome e sede. Mas aquilo que recebe na terra, paga-o no céu.  
Pergunto-vos, irmãos, que quereis ou que buscais quando vindes à igreja? Não é a misericórdia? Dai, então, a misericórdia terrena e recebereis a celeste. O pobre pede a ti e tu pedes a Deus. O pobre pede um pedaço de pão; tu, a vida eterna. Dá ao mendigo o que merecerás receber de Cristo. Escuta o que ele diz: Dai e dar-se-vos-á. Não sei com que coragem queres receber aquilo que não queres dar. Por isto, vindo à igreja, dai, segundo vossas poses, esmolas aos pobres.

O jejum dos Apóstolos (Parte 9): natividade do Santo Profeta e precursor João Batista

O jejum dos Apóstolos (Parte 9): natividade do Santo Profeta e precursor João Batista

Natividade do Santo Profeta e Precursor João Batista (24 de junho)
O que há de tão especial em São João? Ele é celebrado mais vezes durante o ano que qualquer outro santo, exceto pela Mãe de Deus. Nos lembramos de sua concepção (23 de setembro), sua natividade (hoje, 24 de junho), seu papel desempenhado no batismo de Cristo (7 de janeiro) e sua morte (29 de agosto). Além disso, no nosso ciclo semanal, todas as terças-feiras são dedicadas à sua memória. Nos Ícones da Deisis (“da Oração” – representa Cristo Glorioso) e nas Iconostases, São João Batista e a Mãe de Deus ladeiam o Cristo: são os mais importantes dos santos.
Temos uma pista de sua importância no Troparion regular cantado em sua honra: “Quanto a vós, ó Precursor, o Testemunho do Senhor te basta.” Encontramos o Testemunho de Cristo sobre João no Evangelho: “entre os nascidos de mulher não há maior que João Batista” (Lucas 7,28).
Enquanto outros profetas prometeram a vinda do Messias, apenas João anunciou sua chegada iminente (“Fazei penitência porque está próximo o Reino dos Céus” – Mateus 3,2) e o identificou quando Ele surgiu, dizendo: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Lucas 7,28). E, nas palavras de nosso Troparion, “Verdadeiramente, fostes maior que os profetas, porque só vós fostes achado digno de batizar Aquele a quem eles puderam apenas anunciar.”
Os eventos que circundam a concepção e a natividade de São João são recordados em Lucas 1,5-25; 57-80. A narrativa das Escrituras se encerra com o cântico entoado por Zacarias, pai de João, “Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e resgatou o seu povo, e suscitou-nos um poderoso Salvador, na casa de Davi, seu servo (como havia anunciado, desde os primeiros tempos, mediante os seus santos profetas), para nos livrar dos nossos inimigos e das mãos de todos os que nos odeiam. Assim exerce a sua misericórdia com nossos pais, e se recorda de sua santa aliança, segundo o juramento que fez a nosso pai Abraão: de nos conceder que, sem temor, libertados de mãos inimigas, possamos servi-lo em santidade e justiça, em sua presença, todos os dias da nossa vida. E tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque precederás o Senhor e lhe prepararás o caminho, para dar ao seu povo conhecer a salvação, pelo perdão dos pecados. Graças à ternura e misericórdia de nosso Deus, que nos vai trazer do alto a visita do Sol nascente, que há de iluminar os que jazem nas trevas e na sombra da morte e dirigir os nossos passos no caminho da paz.” (Lucas 1,68-79).
A vila de Ain Karin, a sudoeste de Jerusalém, tem sido reconhecida desde há muito tempo como o local do nascimento de João. As igrejas gregas e latinas que lá existem hoje foram construídas sobre as ruínas de igrejas mais antigas que datam dos primeiros séculos, o que demonstra mais uma vez a continuidade das Igrejas históricas em relação às primeiras comunidades Cristãs.
  • Leia as Narrativas Evangélicas da concepção e da natividade de São João (Lc 1, 5-25; 57-80).
  • Resuma a história para as crianças, enfatizando os nomes dos pais de João e o que o Evangelho nos diz sobre eles. Revise com perguntas, tais quais: “Onde Zacarias trabalhava? A) no Templo; B) em uma padaria; C) em uma loja de velas.” e “Zacarias e Isabel eram: A) jovens e trabalhavam duro; B) idosos e tristes; C) idosos e justos.”
  • O anjo diz a Zacarias: “foi ouvida a tua oração: Isabel, tua mulher, vai dar-te um filho, e tu o chamarás João” (Lucas 1,13). Qual a sua experiência com a oração? Você sente que ela é ouvida? Deus as vezes te diz “Espere” ou “Não”?
  • Rezem juntos os seguintes versos: “Ó Profeta digno de louvor, sois o mensageiro para todos; anunciado por Gabriel, o filho de uma mulher estéril e o mais justo filho do ermo; sois o verdadeiro amigo de Cristo, o Esposo; implorai a Ele que tenha piedade de nossas almas!”
Hoje, exultante, Isabel dá à luz o último dos profetas e o primeiro dos apóstolos, o anjo terreno e o homem celeste, a Voz da Palavra, o soldado e precursor do Cristo, que exultou na Presença do Prometido de Israel e anunciou o Sol da Justiça antes mesmo de ter nascido. Sem cessar, intercedei diante dEle por nós que celebramos o vosso memorial com fé.
Veritatis Splendor

S. CELESTINO I, PAPA

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S. Celestino/VaticanNews
O Papa Celestino I eleito em 10 de setembro de 422 nasceu no sul da Itália. É considerado um governante de atitude, mas seu mandato durou apenas uma década.
Era um período de reconstrução para Roma, que fora quase destruída pela invasão dos bárbaros. O Papa Celestinho I participou ativamente restaurando numerosas Basílicas, entre elas a de Santa Maria em Trastévere, a primeira dedicada à Nossa Senhora.
Respondia pessoalmente as cartas que recebia e seus conselhos formaram um primeiro esboço do que seria o futuro direito canônico. Também foi vigoroso o intercâmbio de correspondência que manteve com seu amigo e contemporâneo, Santo Agostinho.
Foi ele o primeiro a determinar que os Bispos não deveriam nunca negar a absolvição a alguém que estivesse morrendo. Combateu as heresias, ajudou a esclarecer dúvidas doutrinais e combateu os abusos que se instalavam nas sedes episcopais.
Sob sua direção foi realizado o Concílio de Éfeso. Nele confirmou-se o dogma de Maria como "Mãe de Deus". Com isso, o bispo Nestório, que pregava Maria somente como mãe do homem Jesus, foi considerado herege.
Celestino I morreu em 432, depois de uma frutífera vida em favor do Cristo.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

Reflexão
Ser responsável por um trabalho é sempre algo exigente. Um bom cristão sabe usar do poder que lhe é conferido para trabalhar em função das pessoas. O serviço deve ser a palavra de ordem para quem tem Jesus Cristo como guia de sua vida. Aprendamos de São Celestino I, que sendo papa, soube tratar com igualdade o povo de Deus e trabalhar para o crescimento da Igreja.

Oração
Deus eterno e todo-poderoso, quiseste que São Celestino I governasse todo o vosso povo, servindo-o pela palavra e pelo exemplo. Guardai, por suas preces, os pastores de vossa Igreja e as ovelhas a eles confiadas, guiando-os no caminho da salvação. Por Cristo nosso Senhor. Amém!

Hoje é celebrado São Pantaleão, médico mártir cujo sangue se torna líquido

ACI Digital
REDAÇÃO CENTRAL, 27 Jul. 20 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 27 de julho, é celebrada a festa de São Pantaleão, um médico mártir nascido no final do século III na Nicomédia (atual Turquia). O que se conhece sobre ele está em um antigo manuscrito do século IV que se encontra no Museu Britânico.
Era filho de mãe cristã, mas se deixou levar pela vida do mundo pagão e rechaçou a fé. Pantaleão chegou a ser um prestigioso médico.
Um bom cristão chamado Hermolau o incentivou a conhecer “a cura proveniente do mais alto” e o levou à Igreja. Desse modo, aos poucos se entregou ao serviço de Cristo atendendo seus pacientes em Nome do Senhor.
Naquela época começou a perseguição de Diocleciano na Nicomédia. Pantaleão deu tudo o que tinha aos necessitados e alguns médicos invejosos o delataram às autoridades. Foi preso junto com Hermolau e outros cristãos.
O imperador queria salvá-lo em segredo e lhe disse para renunciar a sua religião, mas Pantaleão se negou e, com a ajuda de Deus, curou milagrosamente um paralítico para demonstrar a verdade da fé.
Assim, o santo foi condenado a ser decapitado com seus companheiros. Partiu para a Casa do Pai em 27 de julho no início do século IV, aos 29 anos.
Diz-se que tentaram matá-lo de seis formas diferentes: com fogo, com chumbo derretido, afogando-o, jogando-o às feras, torturando-o em uma roda e atravessando-lhe uma espada. Mas, com a ajuda do Senhor, ficou ileso. Quando foi decapitado, a árvore onde aconteceu o martírio floresceu no mesmo instante.
Algumas relíquias de seu sangue são conservadas em Constantinopla (Turquia), Ravello (Itália) e no Real Mosteiro da Encarnação em Madri (Espanha), que é custodiado pelas religiosas Agostinianas Recoletas.
Nesta cidade espanhola, seu sangue permanece em estado sólido quase todo o ano e ocorre o milagre da liquefação (torna-se líquido) perto da festa do santo, data na qual as religiosas abrem as portas ao público para que apreciem o fato.
ACI Digital

domingo, 26 de julho de 2020

6 dados que talvez não saiba sobre a vida de São Joaquim e Sant’Ana

São Joaquim e Sant’Ana com a Virgem Maria / Foto: Pixabay (Domínio público)
REDAÇÃO CENTRAL, 26 Jul. 20 / 07:00 am (ACI).- Neste dia 26 de julho, a Igreja celebra a Festa de São Joaquim e Sant’Ana, os avós de Jesus; por isso oferecemos alguns dados que talvez você não conheça sobre suas vidas e para que se anime a pedir a sua intercessão.
1. Seus nomes aparecem nos evangelhos apócrifos
Segundo indica a Enciclopédia Católica, a menção a Joaquim e Ana como os pais de Nossa Senhora aparece nos evangelhos apócrifos: "evangelho de São Tiago", o "evangelho da Natividade da Santíssima Virgem" e no "Livro da natividade da Santa Virgem Maria e a infância do Salvador".
2. São Joaquim se retirou por 40 dias no deserto
O evangelho apócrifo de São Tiago narra que um dia o Sumo Sacerdote do Templo de Jerusalém não quis aceitar a oferta de Joaquim porque ele era de idade avançada e não tinha filhos.
Entristecido, o santo decidiu se retirar para o deserto, onde passou 40 dias rezando e jejuando a Deus como penitência por seus pecados e implorando-lhe que lhe concedesse a bênção de ter filhos.
3. Um anjo disse a Sant’Ana que ela ficaria grávida
Segundo a tradição, depois que o esposo partiu para o deserto, Sant’Ana se entristeceu e rezava e jejuava por ele. Também pedia fervorosamente a Deus a graça de ter um filho, já que sofria humilhações por causa de sua esterilidade.
Como resposta às suas orações, um anjo lhe apareceu e disse: "Ana, o Senhor escutou tua oração: conceberás e darás a luz a uma filha santíssima, diante de cuja presença todos se ajoelharão e bendirão porque trará a salvação ao mundo; seu nome será Maria”.
São Joaquim também recebeu a visita do anjo no deserto e voltou para casa.
4. Consagraram sua única filha ao Senhor
A tradição também assinala que, três anos após o nascimento da Virgem Maria e depois do período de amamentação, São Joaquim e Sant’Ana levaram a menina ao templo para consagrá-la ao Senhor.
5. Ensinaram Maria a escutar e fazer a vontade de Deus
Em uma ocasião, o Papa Francisco disse que em sua casa, a Virgem Maria "cresceu, acompanhada pelo seu amor e pela sua fé; na casa deles, aprendeu a escutar o Senhor e seguir a sua vontade".
"São Joaquim e Sant’Ana fazem parte de uma longa corrente que transmitiu a fé e o amor a Deus, no calor da família, até Maria, que acolheu em seu seio o Filho de Deus e o ofereceu ao mundo, ofereceu-o a nós. Vemos aqui o valor precioso da família como lugar privilegiado para transmitir a fé!", expressou.
6. Iam passear com Jesus no Monte Carmelo
Uma antiga tradição da Igreja Católica indica que o Menino Jesus ia com frequência ao Monte Carmelo (Israel) para rezar e passear junto com seus pais, São José e Santa Maria, e seus avós, São Joaquim e Sant’Ana.
Os habitantes da região tinham muito carinho por eles. Séculos depois, os Carmelitas expandiram a devoção ao Divino Menino.
ACI Digital

ESPIRITUALIDADE: João, o Solitário.

«ACERCA DA ORAÇÃO»

João, o Solitário
(Trad. a partir do inglês por Patrícia Calvário)
1. Não imagines, irmão, que a oração consiste apenas em palavras ou que pode ser aprendida por meio de palavras. Não, na verdade, deves compreender que a plenitude da oração espiritual não se atinge como resultado de uma aprendizagem ou através da repetição de palavras. Pois não é a um homem que estás a orar, perante quem podes repetir um discurso bem elaborado: é a Ele, que é Espírito, a quem diriges os movimentos da tua oração. Portanto, deves orar também em espírito, uma vez que Ele é Espírito.
2. Aquele que ora em plenitude a Deus não precisa de um lugar especial. Nosso Senhor diz: “Há de vir a hora em que não adorareis o Pai nesta montanha nem em Jerusalém”; e mais uma vez, para mostrar que não se requer lugar algum em especial para orar, ensinou também que aqueles que adoram o Pai o devem fazer “em espírito e verdade”; e continua instruindo-nos referindo porque devemos orar segundo disse, “Pois Deus é Espírito”, e deve ser venerado espiritualmente, no espírito. Paulo também nos ensina acerca de como devemos empregar esta salmodia e oração espiritual: “O que, portanto, devo fazer?”, pergunta, “Orarei em espírito e orarei na minha mente; cantarei no espírito e cantarei na minha mente”. É no espírito e na mente, portanto, que Paulo recomenda que oremos e cantemos a Deus; sobre a língua nada nos diz. E não o faz porque esta oração espiritual é mais interior do que a língua, mais profundamente interior do que qualquer coisa que assome aos lábios, mais interior do que quaisquer palavras ou canto vocal. Quando alguém ora desta forma está imerso num nível mais profundo do que todo o discurso e permanece no plano onde se podem encontrar seres espirituais e anjos; como estes, essa pessoa profere “santo” sem quaisquer palavras. Mas se esta forma de oração cessa e recomeça a oração do canto vocal, então encontra-se fora da região dos anjos e torna-se novamente um homem comum.
3. Quem canta usando a língua e o corpo e persevera nesta adoração noite e dia, pertence à categoria dos “justos”. Mas aquele que foi considerado digno de penetrar mais fundo, cantando na mente e no espírito, esse é um “ser espiritual”.
A categoria do “ser espiritual” é mais elevada que a do “justo”, mas só é possível tornar-se “ser espiritual” depois de ser “justo”. Até alguém ter venerado por um considerável número de vezes desta forma exterior, jejuando, usando a voz para salmodiar, com longos períodos em genuflexão, vigílias constantes, recitação de salmos, trabalhos árduos, súplicas, abstinência, escassez de comida, e outras coisas deste tipo, mergulhando a sua alma continuamente na recordação de Deus, cheia de temor e tremor ao seu nome, humilde perante todos os homens, considerando toda a gente melhor que ele, mesmo quando vê as ações do homem: quando vê alguém perverso, ou adúltero, ou alguém ganancioso, ou bêbedo, ainda assim age com humildade perante eles e no mais oculto dos seus íntimos pensamentos verdadeiramente considera-os melhores que ele, não aparentemente, mas vendo alguém no meio de todas estas coisas más, aproxima-se e age com humildade perante ele, suplicando-lhe “ora por mim, pois sou um pecador perante Deus, sou culpado de muitas coisas, por nenhuma delas paguei o preço”. Somente quando alguém atinge isto – e outras coisas mais grandiosas que estas que mencionei – poderá cantar a Deus a mesma salmodia que os seres espirituais usam para O adorar.
4. Pois Deus é silêncio e no silêncio é ele cantado através desta salmodia, a única digna Dele. Não falo do silêncio da língua, pois se se mantém meramente a língua em silêncio, sem saber como cantar na mente e em espírito, significa apenas que se está desocupado e se enche de maus pensamentos: mantém apenas um silêncio exterior e não sabe como cantar interiormente, a língua do seu “homem interior” ainda não aprendeu a movimentar-se nem sequer para balbuciar. Deves observar o bebê espiritual que está dentro de ti da mesma forma que o fazes com uma criança comum ou um bebê: tal como a língua na boca de um bebê está imóvel porque não sabe ainda como falar ou os movimentos certos para falar, o mesmo acontece com a língua interior da mente; estará alheia a todo o discurso e pensamento: estará apenas ali no seu sítio, pronta a aprender os primeiros balbucios dos enunciados espirituais.
5. Assim, há o silêncio da língua, há o silêncio de todo o corpo, há o silêncio da alma, há o silêncio da mente e há o silêncio do espírito. O silêncio da língua é a abstenção de todo o discurso maldoso; o silêncio de todo o corpo dá-se quando todos os seus sentidos estão desocupados; existe silêncio da alma quando desprovida de maus pensamentos irrompendo nela; o silêncio da mente é a ausência de reflexão sobre ensinamentos prejudiciais; o silêncio do espírito existe quando a mente se abstém até mesmo de inspirações causadas por criaturas espirituais e todos os seus movimentos são inspirados apenas por Deus, no assombro tremendo do silêncio que envolve o Ser.
6. Estes são os graus e medidas que podem ser encontradas no discurso e no silêncio. Mas se ainda não os alcançaste e te encontras muito longe deles, permanece onde estás e canta a Deus usando a voz e a língua em amor e temor. Canta com esmero, trabalha tenazmente até alcançares o amor. Permanece no temor de Deus, como é de seu direito, e deste modo serás considerado digno de O amar com um amor natural – Ele que se deu a nós na nossa renovação [batismo].
7. E quando recitares as palavras da oração que te escrevi, tem cuidado para não as repetires apenas, mas deixa que o teu ser se transforme nessas palavras. Pois não há qualquer proveito na recitação a não ser que a palavra de fato se incorpore em ti e se torne ação, e assim serás visto pelo mundo como homem de Deus – a quem é devida a glória, a honra e a exaltação, pelos séculos dos séculos. Amém!
ECCLESIA BRASIL

Jovem escala parede para ver a mãe internada com Covid-19

PALESTINA
Twitter / @mhdksafa (Fair use)
Por Jesús V. Picón

O rapaz repetia o gesto de amor e coragem todas as noites. E foi pela janela do hospital que ele viu a mãe morrer

Ocoronavírus está nos deixando histórias comoventes, que cortam o coração. O vírus mudou o mundo e as relações humanas, a ponto de não podermos nos despedir de nossos entres queridos na hora de sua morte.
Não podemos ficar ao lado dos nossos enfermos, não podemos ter contato físico nem acompanhá-los em sua agonia e dor. Mas o jovem palestino Jihad-AlSuwaiti, de 30 anos, demonstrou que o amor por sua mãe é tão especial e poderoso que rompe barreiras. Ele não se importou com a altura do quarto do hospital onde ela estava internada com Covid-19, na cidade de Beit Awwa, na Cisjordânia. Todas as noites, ele escalava a parede do prédio para observá-la através da janela, já que ele não podia entrar no quarto por causa do risco de contaminação. O que será que o rapaz dizia a ela do lado de fora da janela? Só Deus e ele sabem…
E foi da janela que ele viu a mãe, Rasmi Suwaiti, de 73 anos, morrer. Deve ter sido como ver uma vela se apagando lentamente…Muito impactante.
Eu sempre disse que ficaria louco se minha mãe viesse a faltar. Minha dor seria muito forte. Todos os dias, quando falo com ela, ela me diz para ser forte, para que eu me prepare, que tenho uma missão a cumprir aqui, pois eu sempre falo que morreria com ela. Peço a Deus que me dê forças para quando chegar esse momento.
Foi por isso que a história desse jovem palestino me comoveu tanto. Talvez eu fizesse o mesmo, subiria até a janela, sem me importar com a altura. Poder acariciar e beijar sua mãe através do vidro já é um motivo para refletir.
Quantos de nós temos nossa mãe e nosso pai e somos impacientes com eles, falamos mal deles, ficamos sem vê-los, sem abraçá-los e beijá-los! Quanta dor sofreu este jovem que só podia acariciar o vidro frio da janela. Quanta dor passou sua mãe sem saber que seu filho a observava e a acompanhava do lado de fora do quarto! Meus olhos se enchem de lágrimas…
Minha mãe mora com meu pai em outra cidade. Talvez eu seja um pouco imprudente, mas romperei o confinamento e irei até eles hoje mesmo. Queria beijá-los e abraçá-los. Mas não posso colocá-los em risco. Tentarei, então, apenas vê-los. Nem que seja de longe.
Não quero ter que esperar até que o vidro de uma janela me separe da minha mãe ou do meu pai, pois Deus perdoa sempre, mas a Covid-19 não tem misericórdia.
Com informações de OK Diario 
Aleteia

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF