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sábado, 8 de agosto de 2020

S. DOMINGOS DE GUSMÃO, PRESBÍTERO, FUNDADOR DA ORDEM DOS PREGADORES

S. Domingos de Gusmão, Basílica de San Domenico em Bologna
S. Domingos de Gusmão, Basílica de San Domenico em Bologna 

Domingos de Gusmão dedicou toda a sua vida a conversar com Jesus ou a falar sobre Jesus. Ele era a quinta-essência de um cristão, ou seja, quase um ideal inatingível. Talvez não, sabendo, porém, que era um homem capaz de viver este ideal de maneira magnífica. Talvez sim, levando em consideração o que ele foi capaz de fazer em 51 anos. Ele foi uma presença marcante nos acontecimentos eclesiais, como Francisco de Assis. Ambos eram contemporâneos.

Os dois pregadores

Caleruega, aldeia de montanha da velha Castela. Ali, começa a história de Domingos, em 1170. Na sua família havia um tio sacerdote. Assim, o Evangelho tornou-se, para a criança e, depois, para o adolescente, o Pão que nutria.
Aos 24 anos, o sacerdócio foi a sua meta natural. Domingos começou a fazer parte dos Canônicos da Catedral de Osma, a pedido do Bispo Diego, que, depois, o levou consigo em missão à Dinamarca.
Na região de Toulouse, começa a propagar-se a heresia dos Cátaros, cientes de que Jesus era homem e não Deus. A urgência de pregar, explicar e testemunhar a fé suscitou em ambos uma certeza: a sua missão nada mais foi que a pregação aos pagãos, que a pediram ao Papa, em 1206.

Homem do encontro

O Papa Inocêncio III concordou com a missão, mas não sobre os destinatários. Dom Diego e Domingos deviam enfrentar os Albigenses, outro nome dado aos Cátaros. Por isso, retornam à França, mas, logo depois, Diego morre. Domingos de Gusmão permaneceu sozinho para enfrentar o ímpeto da heresia, mas o fez com paixão, mediante encontros, exortações, debates em público e em particular. Esta atividade o consumia, mas Domingos era entusiasta. Ele não a enfrentou como um doutor pedante. Pelo contrário, o seu olhar, seu modo de ser sempre afável, a coerência entre o que dizia e o que fazia, despertava respeito e simpatia, reduzindo as distâncias dos adversários. Assim, passam os anos, mas o cenário muda, em 1215.

Carinhoso como uma mãe, forte como um diamante

Naquele ano, realizou-se em Roma o IV Concílio de Latrão, do qual Domingos participou com Dom Folco, Bispo de Toulouse. A ocasião era propícia para apresentar ao Papa Honório III seu projeto, que havia tomado forma.
Há muito tempo, diversas pessoas, fascinadas pelo seu ideal, uniram-se a Domingos, vindas de várias partes da Europa, muitas delas eram jovens talentos.
Em 22 de dezembro de 1217, chegou o placet de Honório III, que aprovava o nascimento da "Ordem dos Frades Pregadores". Foi como uma explosão! Os "Dominicanos" partem, rapidamente, para levar o Evangelho, por toda parte, com seu estilo ardoroso.
Para Domingos, foi a última etapa, que culminou em 6 de agosto de 1221, quando faleceu, circundado pelos seus Frades, no amadíssimo Convento de Bolonha.
A apenas 13 anos da sua morte, Gregório IX, que o havia conhecido pessoalmente, o proclamou Santo.
Este homem foi elevado acima das montanhas de Castela. Seu grande coirmão, Lacordaire, disse: “Ele foi carinhoso como uma mãe, mas forte como um diamante".

Vatican News

 

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Igreja no Brasil celebra de 9 a 15 de agosto a Semana Nacional da Família

Dentro do Mês Vocacional, a Igreja no Brasil celebra, na segunda semana de agosto, a Semana Nacional da Família, uma mobilização de grupos e comunidades que ocorre, desde 1992, com momentos de oração, formação e reflexão. Neste ano, a Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) propôs como tema “Eu e minha casa serviremos ao Senhor” (Josué 24, 15).

Para animar a Semana Nacional da Família – do Dia dos Pais até o dia 15 de agosto – a Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF), organismo vinculado à Comissão Vida e Família da CNBB, elabora o subsídio “Hora da Família”, que começou a ser editado desde a vinda de São João Paulo II ao Brasil, em 1994. Neste ano de 2020, o material ganhou duas versões, uma com encontros mensais e outra especialmente preparada para a Semana Nacional da Família, agora chamada “Hora da Família Especial”.

O subsídio possui roteiro para os sete dias da semana com atividades que envolvem toda a família, sugestões de oração e de cantos. O material está disponível na versão impressa e também no aplicativo Estante Pastoral Familiar, numa versão digital.

O Hora da Família se coloca a serviço da Igreja e da construção do Reino de Deus começando em nossas casas. Aproveitem cada encontro e animem sua comunidade a vivenciarem os temas propostos como um itinerário de aprofundamento da fé em família a serviço da comunidade”, motiva o bispo de Rio Grande (RS) e presidente da Comissão para a Vida e a Família da CNBB, dom Ricardo Hoepers.

Recordando a celebração das diversas vocações pela Igreja neste mês de agosto, o assessor da Comissão para a Vida e a Família e secretário executivo da CNPF, padre Crispim Guimarães, ressalta que o Hora da Família Especial, em comunhão com a Igreja, “celebra a vocação comum: ser família. Na família todas as vocações nascem e se encontram”.

Celebrar em tempos de pandemia

O bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RS) e secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Joel Portella Amado, recordou em mensagem o momento desafiador da pandemia do novo coronavírus, que tem imposto limites ao agir Pastoral “ameaçando e mesmo levando embora tantas vidas”.

Segundo dom Joel, o lema deste ano, “Eu e minha serviremos ao Senhor”, é muito adequado para o momento que estamos passando: “Eu tomo mesmo a liberdade de compreender o lema do seguinte modo: ‘Eu e minha casa serviremos ao Senhor com pandemia ou sem pandemia, no modo presencial ou no modo virtual’. Isso porque, em qualquer condição uma família que se volta para o Senhor em atitude de fé, atitude traduzida em escuta da Palavra de Deus e no serviço a Deus através do próximo, aqui está um aspecto irrenunciável da nossa fé”.

O casal coordenador nacional da Pastoral Familiar, Luiz e Kátia Stolf, deseja que seja possível fazer uma Semana da Família abençoada mesmo com a pandemia, com o isolamento social: “que possamos fazer em nossas casas, a nossa pequena Igreja doméstica, acontecer também a Semana da Família, com nossos filhos, com nossos netos, enfim, com aqueles que convivem conosco. Aproveitemos esse momento especial de graça que Deus está nos dando para realizar e também celebrar a Semana da Família”.

Luiz e Kátia motivam a participação da forma disponível, seja nas comunidades, nas paróquias ou nas suas casas, com um grupo de conhecidos online, de forma virtual. “Que muitos frutos possamos estar colhendo a partir dessa semana”.

Programação Nacional

Com a motivação para a promoção de programações paroquiais, diocesanas e regionais, a Comissão Nacional da Pastoral Familiar fará dois momentos em âmbito nacional para abrir e fechar a Semana Nacional da Família.

No sábado, dia 8, haverá uma live com abertura do presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo, e formação sobre o tema da Semana Nacional da Família, a partir das 10h, no canal da Pastoral Familiar no Youtube. André Parreira, sua esposa e seus filhos, da diocese de São João Del Rei (MG), aprofundarão o tema da Semana Nacional da Família. Também participa da transmissão ao vivo a psicóloga portuguesa Marta Pimenta, que falará sobre “A família no pós-pandemia”.

No dia 16 de agosto, a CNPF vai promover uma segunda live, desta vez para encerramento da Semana. Neste dia, a principal atração serão os próprios agentes de Pastoral, pois o foco do programa serão celebrações e trabalhos realizados durante a semana nas diversas comunidades. Os agentes são convidados a compartilharem fotos e pequenos vídeos em suas redes sociais com a hashtag #semananacionaldafamília. As publicações serão selecionadas e divulgadas durante a live.

Fonte: CNBB 

Domus Galilaeae International Center

 

Domus Galilaeae surge cerca de um quilometro das ruinas da antiga cidade de Corazin, em um lugar conhecido como o planalto de Corazin. A Tradição local chama este lugar de "o lugar das arvores das bênçãos ”, ao lado da antiga estrada que unia Damasco a Galileia, passando por Corazin, por Cafarnaum e que contornava o lago da Galileia: a Via Maris, uma das mais importantes vias de comunicação do antigo oriente construída por Roma.

Se conhece como Via Maris, a antiga rota comercial, que remonta ao início da época do Bronze, que conectava o Egito com os impérios do norte da Síria, Anatólia e Mesopotâmia, atualmente Irã, Iraque, Israel, Turquia e Síria. Em latim Via Marissignifica “via do mar”.Se trata de uma estrada histórica, que percorre a costa mediterrânea de Israel. Foi a via mas importante do Egito até a Síria, (o crescente fértil), que seguia a planície costeira ante de atravessar a rota comercial, de modo que se pudesse viajar da África a Europa o ao sul da Ásia e África.

O Lugar do sermão da montanha e da instituição dos 12 Apóstolos.

O lugar de encontro de Jesus Ressuscitado com os Apóstolos e com os 500 discípulos.

https://www.domusgalilaeae.org/

O rico simbolismo bíblico e cultural do cedro do Líbano

LEBANESE FLAG
Hiba Al Kallas | Shutterstock
por Cerith Gardiner

A árvore, que aparece na bandeira do Líbano, é citada 70 vezes na Bíblia. Na maioria delas, refere-se ao crescimento espiritual

Após as terríveis explosões do dia 4 de agosto de 2020 em Beirute, o mundo se voltou ao povo libanês, oferecendo ajuda e orações. O que você deve ter notado em muitas publicações de solidariedade na internet é a bandeira libanesa, que tem um cedro ao centro e duas faixas vermelhas nas extremidades, separadas por uma branca.

As faixas vermelhas representam o sangue derramado durante a luta do país pela independência, já a grande faixa branca representa pureza e paz, bem como a neve que cai no país. No meio da bandeira está o cedro do Líbano, uma árvore que remonta aos tempos bíblicos.

Conhecida também como “cedro de Deus, a variedade libanesa do pinheiro costumava crescer no Monte Líbano nos tempos antigos e era apreciada pelos monges cristãos do vale Kadisha. A árvore representava, e ainda hoje representa, santidade, eternidade e paz.

A Bíblia diz:

“O justo florescerá como a palmeira, crescerá como um cedro do Líbano” (Salmos 92,13).

Com isso, fica clara a força da madeira dessa árvore e suas raízes – o que explica a noção de longevidade e eternidade. A madeira do cedro do Líbano foi usada na construção civil e naval e, mais tarde, nas ferrovias.

O cedro do Líbano é referenciado mais de 70 vezes nas Escrituras e, na maioria das vezes, está relacionado ao crescimento espiritual. E é exatamente essa noção à qual o povo do Líbano pode se apegar com esperança hoje. As raízes do cedro que tocam a faixa vermelha inferior e sua altura que se estende até a faixa superior revelam o relacionamento forte e gratificante com Deus, nosso Pai Celestial.

Aleteia 

Explosão em Beirute: Cardeal Patriarca do Líbano lança “Apelo aos Países de todo Mundo”

Cardeal Rai: me dirijo a vós porque uma catástrofe abateu sobre Beirute, a noiva do Oriente, o farol do Ocidente está ferida...
Guadium News
Cardeal Rai: me dirijo a vós porque uma catástrofe abateu sobre Beirute, a noiva do Oriente, o farol do Ocidente está ferida…

Redação (05/08/2020 20:17, Gaudium Press) “Beirute é uma cidade devastada. Uma catástrofe abateu sobre ela por causa de uma misteriosa explosão acontecida em seu porto. Beirute, a noiva do Oriente, o farol do Ocidente está ferida”.

“É uma cena de guerra sem guerra. A destruição e a desolação estão em todas as suas ruas, nos seus quarteirões e nas suas casas.

“Dezenas de cidadãos e cidadãs perderam a vida; milhares estão feridos; os hospitais, as igrejas, as casas, as instituições, os hotéis, as lojas e edifícios públicos e privados estão destruídos. Centenas de famílias estão sem abrigo”.

Foi assim que Dom Béchara Boutros, Cardeal Rai,  Patriarca Maronita da Antioquia e de Todo o Oriente inicia seu “Apelo aos Estados do Mundo”  feito nessa quarta-feira, 05 de agosto.

Uma explosão trouxe uma catástrofe que se somou a uma situação precária

O “Apelo” do Presidente da Assembleia dos Patriarcas e Bispos Católicos do Líbano descreve com tintas fortes, mas não exageradas a catástrofe que caiu sobre Beirute.

Mas o Cardeal Boutros Rai prosseguiu com seu “Apelo aos Estados do Mundo” descrevendo a situação em que a explosão do porto de Beirute “encontrou” o país:
O Estado vive “uma situação de falência econômica e financeira que o torna incapaz de fazer face a esta catástrofe humana e urbana;  o povo libanês também está em estado de pobreza e indigência.”

Um colapso generalizado que as instituições libanesas não conseguem reverter sozinhas

Chegou-se, diz o Patriarca Maronita da Antioquia e de Todo o Oriente, a uma situação em que todas as instituições são incapazes de sozinhas reverter a situação:.
“A Igreja que montou uma rede de socorros em todo o território libanês, encontra-se hoje diante de um novo grande dever do qual sozinha ela é incapaz de assumir, mesmo estando por inteiro solidária com os afligidos, as famílias das vítimas, os feridos e os desabrigados, os quais ela está pronta a acolher em suas instituições.”

Cardeal Rai: me dirijo a vós porque uma catástrofe abateu sobre Beirute, a noiva do Oriente, o farol do Ocidente está ferida...

Cardeal agradece e pede em nome da Igreja

O Presidente da Assembleia dos Patriarcas e Bispos Católicos do Líbano continua seu “Apelo” afirmando em nome da Igreja no Líbano: “eu agradeço todos os Estados que expressaram sua disponibilidade de ajudar Beirute, cidade devastada, e me dirijo aos outros países irmãos e amigos, aos grandes Estados, bem como as Nações Unidas,  para se mobilizar e conseguir ajuda imediata afim de salvar a cidade de Beirute, sem qualquer conotação política, porque chegou-se para além da política e dos conflitos.

Eu apelo também às organizações caritativas nos diferentes países para ajudar as famílias libanesas, e particularmente os moradores de Beirute, afim de eles possam curar suas feridas e restaurar suas casas”.

Por que me dirijo a todos os  países, explica o Cardeal

O Cardeal Boutros Rai justifica seu “Apelo”, antes de encerrar: “Durante os últimos anos o Líbano não cessou de viver catástrofes políticas, securitárias, econômicas e financeiras sucessivas, que exigem intervenções para o salvar.”

“O Líbano que ofereceu seu alfabeto ao mundo merece o apoio de seus irmãos e amigos para que possa restaurar sua capital”.

“Eu me dirijo a todos vocês porque sei quanto amais o Líbano e que ireis responder a esse apelo. Eu me dirijo a vós porque sei quanto desejais que o Líbano reencontre seu papel histórico a serviço do homem, da democracia e da paz no Oriente Médio e no mundo”. (JSG)

 https://gaudiumpress.org/

Erros que os ateus cometem ao falar com cristãos

 Apologética

  • Autor: Matthew J. Slick
  • Fonte: Site “Logos HP”
  • Tradução: Emerson de Oliveira

A seguir exemplos de erros que tenho visto dos ateus ao dialogar com cristãos. É importante para os dois lados conhecerem. Primeiro, o ateu deve compreender que cometendo estes erros diminiu sua credibilidade com um cristão e não ajuda sua causa. Segundo, o cristão deve saber estes erros para que ele possa identificá-los durante a conversação e, esperançosamente, não os cometa também.

Os ateus desafiam ao teísta demonstrar a existência de Deus dentro do campo da ciência

A ciência tem servido a humanidade bem. Através dela nós temos descoberto leis naturais inumeráveis do Universo e temos usado esse conhecimento para fazer nossas vidas mais fáceis em cada área de nossa existência. Mas limitar as provas de um teísta aos confins do que um ateu determina é um erro. Para um cristão, há experiências que a ciência e lógica não podem explicar e estas experiências são reais. Os ateus precisam reconhecer que nós temos experiências que são mudanças de vida. Nenhuma mera explicação psicológica explica a mudança de nossas vidas. Por favor, não zombe deles. A ciência pode explicar tudo o que existe na mente, corpo e alma? Não. Pode quantificar a beleza de um pôr-do-sol, do nascimentno de um bebê, ou o amor de um homem e uma mulher? A lógica nos tem servido bem, mas eles não são a última verdade em todas as coisas.

É claro, isto não significa que nós ignoramos a ciência. De fato, nós a usamos em nossas provas para Deus. Mas limitar o campo de discussão ao seu jogo de regras é uma maneira injusta de começar. É principalmente uma tentativa de iniciar o controle e manter o comando da conversação com regras que são de acordo com seu critério.

Nomes e insultos

É claro, isto é óbvio. Eu ouvi uma vez que o homem que ataca primeiro admite que seu argumento não é válido. Em algumas das discussões que eu tenho tido com ateus, quando eu tenho feito um ponto válido na lógica, tenho sido insultado. Chamar alguém de um nome é atacar a pessoa e não o assunto e fecha a porta da verdadeira discussão.

Condescendência

Este é o mais comum de todos os erros que eu encontro com ateus. Em conversas eu tenho sido chamado de idiota por crer em Deus, que seu fosse suficientemente inteligente eu abandonaria meu pensamento anacrônico, etc. Eu ainda estou para conhecer um ateu humilde.

Argumento do homem-de-palha [espantalho]

Algumas vezes os ateus constroem um argumento contra o cristianismo que não reflete uma verdadeira posição cristã. Por exemplo, um ateu declarou que a Trindade era algo ilógico porque três deuses não podem ser um Deus. Tive de corrigí-lo e mostrá-lo que a Trindade é a doutrina que há um só Deus em três pessoas, não três deuses.

Outros argumentos de homem-de-palha são com relação a pessoas que afirmam ser cristãs mas agem de uma maneira diferente. Um exemplo típico são os supremacistas brancos que afirmam ser verdadeiros cristãos, mas quando fazem algo que está contra a Bíblia, os ateus os usam para a atacar todos os cristãos.

Vatican News

Não é valido Sacramento do Batismo conferido com fórmulas arbitrariamente modificadas

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VaticanNews

É o que afirma a Congregação para a Doutrina da Fé num “responsum” a duas perguntas sobre um Batismo administrado com a fórmula “Nós te batizamos em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”.

Vatican News

 O Sacramento do Batismo administrado com uma fórmula modificada arbitrariamente não é válido e aqueles que o receberam desta forma devem ser batizados “de modo absoluto”, ou seja, repetindo o rito de acordo com as normas litúrgicas estabelecidas pela Igreja. É o que afirma a Congregação para a Doutrina da Fé ao responder duas perguntas sobre a validade de um Batismo conferido com a fórmula “Em nome do pai e da mãe, do padrinho e da madrinha, dos avós, familiares, amigos, em nome da comunidade te batizamos em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”. Em junho passado, o Papa Francisco aprovou este “responsum”, que é publicado esta quinta-feira, 6 de agosto.

 Numa nota doutrinal explicativa, o Dicastério observa que “a modificação deliberada da fórmula sacramental” foi introduzida “para enfatizar o valor comunitário do Batismo, para expressar a participação da família e dos presentes e para evitar a ideia da concentração de um poder sagrado no sacerdote em detrimento dos pais e da comunidade, que a fórmula no Ritual Romano transmitiria”. Na realidade – lembra a nota citando a Constituição conciliar Sacrosantum Concilium –, “quando alguém batiza é Cristo mesmo que batiza”, Ele é “o protagonista do evento que está sendo celebrado”. Certamente, na celebração “os pais, os padrinhos e toda a comunidade são chamados a desempenhar um papel ativo, um verdadeiro ofício litúrgico”, mas isto, segundo a determinação conciliar, implica que “cada um, ministro ou fiel, desempenhando seu próprio ofício, realize somente e tudo aquilo que, segundo a natureza do rito e as normas litúrgicas, é de sua competência” (Sacrosanctum Concilium, n. 28).

 “Aí – prossegue a nota – reaparece com motivações questionáveis de ordem pastoral, uma antiga tentação de substituir a fórmula entregue pela Tradição por outros textos julgados mais idôneos, mas “o recurso à motivação pastoral esconde, mesmo inconscientemente, uma deriva subjetivista e uma vontade manipuladora”. O Concílio Vaticano II, na esteira do Concílio de Trento, declara “a absoluta indisponibilidade do septenário sacramental à ação da Igreja”, estabelecendo que ninguém “mesmo se sacerdote, ouse, por sua própria iniciativa, acrescentar, remover ou alterar qualquer coisa em matéria litúrgica”. De fato, “mudar por iniciativa própria a forma celebrativa de um Sacramento não constitui um simples abuso litúrgico, como uma transgressão de uma norma positiva, mas um vulnus infligido ao mesmo tempo à comunhão eclesial e ao reconhecimento da ação de Cristo, que nos casos mais graves torna o próprio Sacramento inválido, porque a natureza da ação ministerial exige que se transmita fielmente o que se recebeu”.

 Na celebração dos Sacramentos – explica a nota – a assembleia não age “colegialmente”, mas “ministerialmente” e o ministro “não fala como um funcionário que desempenha um papel que lhe foi confiado, mas atua ministerialmente como sinal-presença de Cristo, que age em seu Corpo, dando sua graça”. Nesta luz “deve ser entendido o ditame tridentino sobre a necessidade do ministro de ter a intenção de pelo menos fazer o que a Igreja faz”: uma intenção que não pode permanecer “apenas em nível interior”, com o risco de subjetivismos, mas que também se expressa num “ato exterior” realizado “não em seu próprio nome, mas na pessoa de Cristo”.

 “Alterar a fórmula sacramental – conclui a nota – significa, ademais, não compreender a própria natureza do ministério eclesial, que é sempre serviço a Deus e a seu povo e não o exercício de um poder que chega à manipulação do que foi confiado à Igreja com um ato que pertence à Tradição.” Em cada ministro do Batismo deve portanto estar enraizada não somente a consciência de ter que agir em comunhão eclesial, mas também a mesma convicção que Santo Agostinho atribui ao Precursor, que “aprendeu que haveria em Cristo uma propriedade tal que, apesar da multidão de ministros, santos ou pecadores, que batizariam, a santidade do Batismo só poderia ser atribuída àquele sobre quem a pomba desceu, e de quem foi dito: ‘É ele quem batiza no Espírito Santo’ (Jo 1,33)". Em seguida, Agostinho comenta: "Batize Pedro, é Cristo que batiza; batize Paulo, é Cristo que batiza; e batize também Judas, é Cristo que batiza”.

 Já em 2008, a Congregação para a Doutrina da Fé havia respondido a duas perguntas sobre a validade de Batismos conferidos com fórmulas arbitrariamente modificadas: “I baptize you in the name of the Creator, and of the Redeemer, and of the Sanctifier” e “I baptize you in the name of the Creator, and of the Liberator, and of the Sustainer” (“Eu te batizo em nome do Criador, e do Redentor, e do Santificador” e “Eu te batizo em nome do Criador, e do Libertador, e do Sustentador”). A resposta foi como a hodierna: que o Batismo não era válido e aqueles que foram batizados com essas fórmulas tinham que ser batizados “de modo absoluto”.

Vatican News 

8 coisas que talvez não sabia sobre São Caetano, santo tão querido pelo Papa Francisco

ACI Digital

REDAÇÃO CENTRAL, 07 Ago. 20 / 07:00 am (ACI).- Hoje é celebrado São Caetano de Thiene, o sacerdote italiano fundador da Ordem dos Clérigos Regulares, ou Teatinos, conhecido como padroeiro do pão e do trabalho, muito querido pelo Papa Francisco.

A seguir, apresentamos alguns aspectos de sua vida que não pode deixar de conhecer:

1. Inspirou-se nos apóstolos para fundar sua ordem

Em 1524, São Caetano fundou a Ordem dos Clérigos Regulares, ou Teatinos, junto com João Pedro Carafa (que depois seria o Papa Paulo IV), Bonifácio de Colle e Paulo Consiglieri. Propôs-se a renovar o clero em sua vida apostólica, espiritual e na pregação da doutrina, tomando como modelo a vida dos Apóstolos.

2. Preparou-se 3 meses para celebrar sua primeira Missa

O amor e respeito que tinha pela Santa Missa foi tão grande que, para celebrá-la pela primeira vez, desde sua ordenação, passou três meses se preparando o melhor possível. Quando o dia chegou, ficou impressionado pelo dom tão maravilhoso do qual não se considerava digno.

3. Promoveu a comunhão frequente

Seu amor por Cristo na Eucaristia era muito profundo, estabeleceu a bênção com o Santíssimo Sacramento e promoveu a comunhão frequente. Em um de seus escritos assinalou: “Não estarei satisfeito até que veja os cristãos se aproximarem do banquete celestial com simplicidade de crianças famintas e alegres, e não cheios de medo e falsa vergonha”.

4. Impulsionou uma reforma na Igreja começando pelos próprios católicos

A crise na Igreja vivida na época de Lutero motivou São Caetano a impulsionar uma verdadeira reforma de vida e costumes dentro da Igreja, mas sem dividi-la. Quando muito queriam atacar e criticar a Igreja Católica, São Caetano lhes dizia: “A primeira coisa que deve fazer para reformar a Igreja é reformar-se a si mesmo”.

5. Teve uma grande confiança na providência divina

Os membros de sua ordem costumavam repartir todos os seus bens entre os mais pobres, a ponto de muitas vezes ficar sem ter o que comer. Um dia, São Caetano se aproximou do altar e bateu na porta do sacrário, onde estavam as hóstias consagradas e, com muita confiança, disse ao Senhor: “Jesus amado, lembro-te que hoje não temos nada para comer”. Após um momento, algumas mulas chegaram com comida e os homens que levávamos alimentos não queriam dizer de onde os tinham enviado.

6. Escolheu morrer em um madeiro como Cristo

Muito doente e desgastado de tanto dedicar sua vida ao trabalho pela santificação das almas, os médicos aconselharam que na cama de tábuas onde São Caetano dormia fossem colocado um colchão, mas o santo recusou, dizendo: “Meu salvador morreu na cruz; deixe-me pois morrer também sobre um madeiro”.

Assim, sendo superior de sua ordem, em 7 de agosto de 1547, São Caetano foi chamado à Casa do Pai. Suas relíquias estão na Igreja de San Paolo, em Nápoles.

7. Foi canonizado com Santa Rosa de Lima, São Luís Beltrão e São Francisco de Borja

Em 12 de abril de 1671, São Caetano foi canonizado junto com Santa Rosa de Lima, primeira santa da América; São Luís Beltrão, evangelizador da Colômbia; e São Francisco de Borja. Foi assim que São Caetano começou a se tornar muito popular na América Latina.

8.Sua festa é celebrada com solidariedade

São Caetano é muito querido na Argentina e, desde 1970,milhares de devotos vão desde a noite anterior à sua festa ao Santuário de Liniers, em Buenos Aires, onde muitos trocam as tradicionais velas e flores por alimentos e roupa que são levados às regiões mais necessitadas do país.

O Papa Francisco tem um carinho especial pelo santo e, como Arcebispo de Buenos Aires, presidiu durante vários anos a Missa central de sua festa em Liniers.

ACI Digital

 

Hoje a Igreja celebra São Caetano, padroeiro do pão e do trabalho

ACI Digital

REDAÇÃO CENTRAL, 07 Ago. 20 / 05:00 am (ACI).- “No oratório, rendemos a Deus a homenagem da adoração, nos hospital o encontramos pessoalmente”, costumava dizer São Caetano, padroeiro do pão e do trabalho, cuja festa é celebrada neste dia 7 de agosto.

São Caetano nasceu em Vicenza (Itália) em 1480. Estudou na Universidade de Pádua, formando-se na teologia e doutorando-se em direito civil e canônico.

Sua inquietude o levou a Roma, onde em pouco tempo foi nomeado secretário do Papa Júlio II. Com a morte do Pontífice, quis se preparar para o sacerdócio e foi ordenado em 1516, aos 36 anos.

Fundou em Roma a “Confraria do Amor Divino”, associação de clérigos que promovia a glória de Deus. Depois, ingressou no Oratório de São Jerônimo, que seguia a mesma linha da obra que tinha fundado, mas incluía também leigos pobres.

Seus amigos não gostaram dessa decisão, pois consideravam que alguém de linhagem como ele não deveria estar ali. Mas, o santo seguiu adiante, atendendo até mesmo os pacientes com doenças que muitos desprezavam.

Estando em Veneza, implantou a bênção com o Santíssimo Sacramento e incentivou a comunhão frequente. Uma vez escreveu: “Não estarei satisfeito até que veja os cristãos se aproximarem do banquete celestial com simplicidade de crianças famintas e alegres, e não cheios de medo e falsa vergonha”.

Naquela época, a cristandade passava por um período de crise. São Caetano, contemporâneo de Lutero, incentivava uma verdadeira reforma de vida e costumes na Igreja, mas sem dividi-la.

Em Roma, junto com alguns companheiros, fundou a Ordem dos Clérigos Regulares Teatinos, que buscava a renovação do clero, a pregação da doutrina, o cuidado dos doentes e a restauração do uso frequente dos sacramentos.

São Caetano teve que sofrer incompreensões e rechaços pela missão renovadora que tinha empreendido. Mais tarde, com o Beato João Marinoni, o santo fundou os “Montes de Piedade” para libertar da miséria pobres e marginalizados.

Ao final de sua vida, abriu um asilo para idosos e hospitais. Quando ficou muito doente, os médicos sugeriram que colocasse um colchão sobre sua cama de tábuas, mas o santo respondeu: “Meu salvador morreu na cruz; deixe-me pois morrer também sobre um madeiro”. Partiu para a Casa do Pai em Nápoles, em 7 de agosto de 1547, aos 77 anos.

O Papa Francisco, desde que era Cardeal, tem um carinho especial por São Caetano, que também é muito querido na Argentina. São inúmeros os peregrinos que vão venerá-lo no templo em honra a este santo, no bairro portenho de Liniers (Buenos Aires).

ACI Digital

 


quinta-feira, 6 de agosto de 2020

O Papa ao governador de Hiroshima: somente sem armas nucleares a paz florescerá

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Papa Francisco no Memorial da Paz em Hiroshima, novembro de 2019

No aniversário de 75 anos da primeira bomba atômica que explodiu em Hiroshima, o Papa Francisco reitera, numa mensagem enviada ao governador da província de Hiroshima, Hidehiko Yuzaki, que somente sem armas nucleares o mundo pode aspirar à paz.

Giancarlo la Vella/Mariangela Jaguraba – Vatican News

 O Papa Francisco se dirige às pessoas que, nesta quinta-feira (06/08), em Hiroshima e em todo o Japão, recordam as milhares de vítimas da primeira bomba nuclear. Francisco saúda os sobreviventes do hibakusha, termo japonês que se refere aos que sobreviveram à explosão atômica.

 A viagem apostólica ao Japão em 2019

 “Tive o privilégio de ir pessoalmente às cidades de Hiroshima e Nagasaki, durante minha visita apostólica em novembro do ano passado, em que visitei o Memorial da Paz de Hiroshima e o Parque Hipocentro de Nagasaki, escreve o Pontífice na mensagem enviada ao governador da província de Hiroshima, Hidehiko Yuzaki. Nesses lugares, Francisco meditou sobre a aniquilação das muitas vidas humanas e das duas cidades. Mais uma vez o Santo Padre tornou-se defensor e portador do grito dos pobres, que estão sempre entre as primeiras vítimas da violência e dos conflitos.

 A escolha da paz

 “Para que a paz floresça”, enfatiza Francisco em sua mensagem, “todos devem depor suas armas, sobretudo as mais poderosas e destruidoras, como as armas nucleares, que podem paralisar e destruir cidades, países inteiros”. O Papa repete o que disse no Memorial da Paz de Hiroshima, em 24 de novembro de 2019: “O uso da energia atômica para fins bélicos é imoral, assim como a posse de armas nucleares é imoral. Que as vozes proféticas dos sobreviventes de Hiroshima e Nagasaki continuem servindo de aviso para nós e para as gerações futuras”, conclui o Papa.

Vatican News

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF