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quinta-feira, 13 de agosto de 2020

10 dados marcantes da vida de Irmã Dulce, primeira santa brasileira

Santa Dulce dos Pobres / Foto: OSID

REDAÇÃO CENTRAL, 13 ago. 20 / 06:00 am (ACI).- “No amor e na fé encontraremos as forças necessárias para a nossa missão”, dizia Santa Dulce dos Pobres, primeira santa nascida no Brasil, cuja memória é recordada neste 13 de agosto.

A seguir, apresentamos 10 dados marcantes da vida desta religiosa que é também conhecida como o Anjo Bom do Brasil.

1. Desde criança, praticou a caridade

O amor pelo próximo e a prática da caridade fizeram parte da vida de Irmã Dulce desde a infância. Conta-se que, aos 13 anos, a menina começou a acolher em sua casa mendigos e doentes e transformou a sua residência em um centro de atendimento.

Muitos se aglomeravam na porta da casa para receber a ajuda da pequena e, por este motivo, o local ficou conhecido como “A Portaria de São Francisco”.

2. Era professora

Antes de ingressar na vida religiosa, Irmã Dulce se formou professora pela Escola Normal da Bahia, em 9 de dezembro de 1932. No ano seguinte, entrou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus e, sua primeira missão como freira foi ensinar em um colégio mantido pela sua congregação.

3. Adotou o nome Dulce em homenagem à sua mãe

Ainda muito cedo, quando tinha apenas 7 anos, Santa Dulce (cujo nome de batismo era Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes) perdeu sua mãe, Dulce Maria, a qual tinha 26 anos.

Mais tarde, quando ingressou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, em 1933, e recebeu o seu hábito, adotou o nome Irmã Dulce, em homenagem à sua mãe.

4. Era devota de Santo Antônio

Após a canonização de Irmã Dulce, ocorrida em 13 de outubro de 2019, o então Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, presidiu uma Missa no dia seguinte na Igreja de Santo Antônio dos Portugueses, em Roma.

O local foi escolhido devido à grande devoção que Irmã Dulce tinha por Santo Antônio. “Era realmente um amigo que ela tinha, um confidente, e ao mesmo tempo, a quem ela recorria em suas necessidades”, sublinhou o Prelado.

De fato, Santo Antônio sempre teve um lugar especial na vida da religiosa, desde sua infância. Era ao santo que ela recorria nos momentos de angústia, desespero e também para solicitar a concretização de algum projeto. Chamava-o, inclusive, de seu “tesoureiro”.

De acordo com o site da Arquidiocese de Salvador (BA), ainda na infância, ela costumava decorar o altar do santo.

Além disso, atualmente pertence ao acervo do Memorial Irmã Dulce uma imagem de Santo Antônio do século XIX, que pertenceu ao avô da religiosa, o advogado Manoel Lopes Pontes, diante da qual a família dela costumava fazer seus pedidos e orações.

5. Construiu o maior hospital da Bahia a partir de um galinheiro

Na década de 1930, Ir. Dulce começou um trabalho assistencial nas comunidades carentes, sobretudo nos Alagados, conjunto de palafitas que se consolidara na parte interna do bairro de Itapagipe, em Salvador (BA).

Conta o site das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID) que, em 1939, a religiosa invadiu cinco casas na Ilha dos Ratos, para abrigar os doentes que recolhia nas ruas de Salvador. Foi expulsa do lugar e precisou peregrinar durante uma década, levando os seus doentes por vários locais da cidade.

Em 1949, ocupou um galinheiro ao lado do Convento de Santa Antônio, após a autorização da sua superiora, com os primeiros 70 doentes. Hoje, no local, está o Hospital Santo Antônio, o maior da Bahia.

Segundo assinala OSID, esta iniciativa da religiosa “deu origem à tradição propagada há décadas pelo povo baiano de que a freira construiu o maior hospital da Bahia a partir de um simples galinheiro”.

6. Durante 30 anos, dormiu em uma cadeira de madeira

No Memorial Irmã Dulce também se encontra o quarto da religiosa, onde está a cadeira de madeira na qual ela dormiu por cerca de 30 anos, em razão de uma promessa.

Em 1955, a irmã da santa brasileira, também chamada Dulce, passou por uma gravidez de alto risco e a religiosa rezou por sua saúde e recuperação. Assim, durante três décadas, dormiu na cadeira para pagar sua promessa e agradecer pela recuperação de sua irmã, mesmo enfrentando muitas dificuldades, devido a um enfisema pulmonar.

Irmã Dulce só deixou de dormir na cadeira de madeira em 1985, aos 71 anos, após ser convencida por seus médicos a voltar a ter seu descanso noturno na cama, devido ao seu estado de saúde.

7. Enfrentou graves problemas respiratórios

Conforme assinala OSID, nos últimos 30 anos de sua vida, a religiosa viveu com 70% da capacidade respiratório comprometida. Entretanto, isso “não impediu que ela construísse e mantivesse uma das maiores e mais respeitadas instituições filantrópicas do país, uma verdadeira obra de amor aos pobres e doentes”.

8. Foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz

As obras da Irmã Dulce receberam diversos apoios e reconhecimentos. Tanto que, em 1988, a religiosa foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz pelo então presidente do Brasil, José Sarney, com o apoio da Rainha Sílvia, da Suécia.

9. Teve dois encontros com São João Paulo II

Irmã Dulce encontrou com o Papa São João Paulo II em duas ocasiões em que o Pontífice visitou o Brasil. A primeira foi em 7 de julho de 1980, quando o então Papa visitou pela primeira vez o Brasil.

O segundo encontro aconteceu em 20 de outubro de 1991. Nesta ocasião, João Paulo II quebrou o protocolo de sua agenda e fez questão de visitar Ir. Dulce, que já estava com a saúde debilitada, no Convento Santo Antônio. Cinco meses depois desta visita, em 13 de março de 1992, o Anjo Bom do Brasil faleceu.

10. Sua canonização foi uma das mais rápidas da história recente da Igreja

No dia 13 de outubro de 2019, Irmã Dulce se tornou a primeira mulher nascida no Brasil a ter seu nome inscrito no livro dos santos, apenas 27 anos após seu falecimento.

Segundo destaca o site Obras Sociais da Irmã Dulce (OSID), sua canonização foi a terceira mais rápida da história recente da Igreja, “atrás apenas da santificação do Papa João Paulo II (9 anos após sua morte) e de Madre Teresa de Calcutá (19 anos após o falecimento da religiosa)”.

Vale recordar que os mais rápidos da história dos santos lusófonos seguem sendo o de Santo Antônio de Lisboa (ou Santo Antônio de Pádua), canonizado 11 meses após seu falecimento no dia 30 de maio de 1232, e São Teotônio, canonizado 1 ano depois de sua morte ocorrida em 1162 pelo Papa Alexandre III.

ACI Digital 

Hoje é celebrada Santa Dulce dos Pobres, o Anjo Bom do Brasil

ACI Digital

REDAÇÃO CENTRAL, 13 ago. 20 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 13 de agosto é celebrada pela primeira vez após a festa de Santa Dulce dos Pobres, a religiosa baiana que dedicou sua vida ao serviço aos pobres e doentes e que foi canonizada no dia 13 de outubro de 2019 pelo Papa Francisco, no Vaticano.

O 13 de agosto foi escolhido como o dia oficial da festa litúrgica da religiosa conhecida como Anjo Bom do Brasil porque foi nesta mesma data, em 1933, na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, em Sergipe, que Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, aos 19 anos de idade, recebeu o hábito de freira e adotou, em homenagem à sua mãe, o nome de Irmã Dulce.

Segunda filha do dentista Augusto Lopes Pontes e de Dulce Maria de Souza Brito Lopes Pontes, a pequena Maria Rita nasceu em 26 de maio de 1914, na capital baiana. Perdeu sua mãe aos sete anos de idade.

Desde cedo, começou a manifestar seu interesse pela vida religiosa. Aos 13 anos, passou a acolher mendigos e doentes em sua casa, transformando a residência da família em um centro de atendimento. A casa ficou conhecida como ‘A Portaria de São Francisco’, devido ao grande número de carentes que se aglomeravam à sua porta. Nessa época, expressou pela primeira vez o desejo de se dedicar à vida religiosa.

Entrou para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, na cidade de São Cristóvão, em Sergipe, em fevereiro 1933, tendo recebido o hábito agosto do mesmo ano, quando passou a ser chamada Irmã Dulce.

Sempre com muita fé, amor e serviço, o Anjo Bom iniciou na década de 1930 um trabalho assistencial nas comunidades carentes, sobretudo nos Alagados, conjunto de palafitas que se consolidara na parte interna do bairro de Itapagipe, na capital baiana.

Em 1939, Irmã Dulce invadiu cinco casas na Ilha dos Ratos, para abrigar os doentes que recolhia nas ruas de Salvador. Expulsa do lugar, peregrinou durante uma década, levando os seus doentes por vários locais da cidade. Até que em 1949, ocupou um galinheiro ao lado do convento, após a autorização da sua superiora, com os primeiros 70 doentes.

Esta iniciativa deu início à criação das Obras Sociais Irmã Dulce, instituição considerada hoje um dos maiores complexos de saúde pública do país, com cerca de quatro milhões de atendimentos ambulatoriais por ano.

“Quando nenhum hospital quiser aceitar algum paciente, nós aceitaremos. Esta é a última porta e por isso eu não posso fechá-la”, disse Irmã Dulce.

Em 1988, foi indicada pelo então presidente da República, José Sarney, com o apoio da Rainha Sílvia, da Suécia, para o Prêmio Nobel da Paz.

A religiosa também teve dois grandes momentos de sua vida ao lado de São João Paulo II. Em 7 de julho de 1980, encontrou-se com o então Papa que visitava pela primeira vez o Brasil. Na ocasião, ouviu dele o incentivo para prosseguir com a sua obra.

Os dois voltaram a se encontrar em 20 de outubro de 1991, na segunda visita do Sumo Pontífice ao Brasil. João Paulo II fez questão de quebrar o rigor da sua agenda e foi ao Convento Santo Antônio visitar a religiosa baiana, cuja saúde já se encontrava bastante debilitada em função de problemas respiratórios.

Cinco meses depois, no dia 13 de março de 1992, o Anjo Bom do Brasil faleceu, aos 77 anos.

Em janeiro de 2000, teve início o processo de canonização de Irmã Dulce. Em 2010, a Congregação para a Causa dos Santos reconheceu a autenticidade de um milagre atribuído à religiosa, que levou à sua beatificação em 22 de maio de 2011. Trata-se do caso de Claudia Cristina dos Santos, ocorrido em Itabaiana, em Sergipe.

Após dar à luz seu filho, Gabriel, a mulher sofreu uma forte hemorragia, durante 18 horas, tendo sido submetida a três cirurgias. Diante da gravidade do quadro, os familiares chamaram Padre José Almí para ministrar a unção dos enfermos. O sacerdote decidiu fazer uma corrente de oração pedindo a intercessão de Irmã Dulce e deu a Cláudia uma pequena relíquia da Bem-Aventurada. A hemorragia cessou subitamente.

E, em 13 de outubro de 2019, a religiosa foi canonizada pelo Papa Francisco, no Vaticano, após o reconhecimento da cura milagrosa de um homem após 14 anos cego.

O maestro José Maurício Bragança Moreira ficou cego durante 14 anos por conta de um glaucoma. Em 2014, voltou a enxergar, após rezar pedindo à intercessão de Ir. Dulce dos Pobres.

Fonte: ACI Digital 

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Joe Biden escolhe candidata pró-aborto para a vice-presidência dos Estados Unidos

Kamala Harris. Crédito: Flickr Steve Rhodes (CC BY-NC-ND 2.0)

WASHINGTON DC, 12 ago. 20 / 11:10 am (ACI).- O candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta terça-feira, por meio de sua conta no Twitter, que escolheu como candidata à vice-presidência a senadora californiana Kamala Harris, que promove o aborto legal e a legalização de maconha.

Harris é a primeira mulher negra a ser escolhida candidata à vice-presidência em um dos partidos majoritários dos Estados Unidos. Sua mãe nasceu na Índia e seu pai na Jamaica. Como defensora do aborto legal, pressionou Biden nesta direção nos últimos meses.

Biden comentou que quando Harris serviu como procuradora-geral do estado da Califórnia, compartilhou funções com seu filho falecido Beau Biden. “Ele a viu enfrentar os grandes bancos, ajudar os trabalhadores e proteger mulheres e crianças de abusos. Estava orgulhoso dela na época e estou agora, por tê-la como parceira nesta campanha", disse Joe Biden.

Antes de sua escolha nesta terça-feira, Harris foi manchete por seus inúmeros ataques a Biden. Criticava-o especialmente por apoiar a Emenda Hyde, que impede o uso de fundos federais para o aborto.

Biden apoiou essa emenda por mais de quatro décadas. Mudou sua postura em junho de 2019, apenas um dia depois de reafirmar seu apoio a essa política. Harris destacou isso durante um debate, comentando que a postura contrária à emenda "teve um impacto em muitas mulheres em nosso país".

Em abril de 2019, Harris disse que acreditava nas mulheres que acusaram Biden de má conduta sexual durante seu mandato no Senado e como vice-presidente de Barack Obama.

“Eu acredito nelas e respeito que sejam capazes de contar suas histórias, assim como por terem a coragem de fazê-lo”, disse Harris em um evento em Nevada. Biden negou ter agido "inadequadamente" com as mulheres.

Harris atuou no Senado como membro do Comitê Judiciário, responsável por vetar candidatos para cargos federais. Em 2018, questionou a idoneidade de um candidato por pertencer à Ordem dos Cavaleiros de Colombo, uma das maiores instituições católicas de caridade do mundo.

Em dezembro de 2018, Harris e a senadora Mazie Hirono examinaram o candidato Brian C. Buescher, um advogado de Omaha indicado pelo presidente Donald Trump para presidir o Tribunal Distrital do Distrito de Nebraska.

Harris também apoiou a legalização da maconha em 2018, embora durante um debate em julho, o deputado Tulsi Gabbard tenha assinalado que, como procuradora-geral, Harris enviou "mais de 1.500 pessoas para a prisão por violações com maconha", mas riu do tema quando admitiu em uma entrevista ter usado a droga.

Publicado originalmente em CNA.

ACI Digital

 

Documentário reflete sobre a situação da Igreja em tempo de pandemia

Cartaz do documentário Igreja e Pandemia / Crédito: Divulgação

REDAÇÃO CENTRAL, 12 ago. 20 / 12:51 pm (ACI).- Com a pandemia do coronavírus, uma forma de prevenção adotada tem sido o isolamento social e, com isso, também a Igreja Católica sofreu as consequências e teve que adotar diferentes medidas de segurança, entre as quais o fechamento dos templos ao público; esta é a questão abordada no documentário “Igreja e Pandemia”, lançado no último domingo.

Conforme observa a sinopse do documentário, a crise do coronavírus neste ano “levou a Igreja Católica a uma situação sem precedentes”, pois, “com as portas fechadas aos fiéis, pela primeira vez na história, por motivos sanitários, o exercício da religião ficou gravemente dificultado”.

“O que o passado nos ensina? Qual a posição do clero? O que esperar do futuro?”, estas são algumas questões que o documentário busca responder.

A obra é conta com direção Lucas Monachesi, formado em Comunicação Social e graduando em História, o qual também dirigiu o documentário “In Illo Tempore”, sobre a Missa Tridentina.

Embora tenha sido lançado no último domingo, 9 de agosto, no Youtube, “Igreja e Pandemia” já alcançou um grande público, contando com mais de 2 mil visualizações até o momento.

“Para um documentário independente, feito por poucas pessoas e que conta apenas com o compartilhamento espontâneo nas redes sociais é um resultado muito acima do que eu poderia imaginar”, expressou Monachesi, acrescentando que “muitos padres vieram elogiar o trabalho e muitos leigos se sentiram representados pelas falas contidas no filme”.

O diretor explicou que a principal motivação para esta obra “foi tentar fazer um retrato histórico da Igreja neste momento de pandemia”. Segundo ele, embora agora já aja “uma flexibilização maior”, quando a ideia surgiu, “em várias cidades as igrejas estavam completamente fechadas e isso foi algo que nunca ninguém presenciou na história da Igreja”.

“É uma situação completamente estranha e que pegou a Igreja de surpresa e deixou boa parte dos fiéis sem acesso à Eucaristia e aos demais sacramentos”, indicou o diretor, ao observar que, embora a grande mídia ressalte o problema sanitário e econômico, “esquecem completamente que o aspecto religioso é muito importante para várias pessoas”.

Além disso, Monachesi chamou a atenção para outro aspecto que sofreu impactos devido à pandemia, a questão financeira das igrejas, “que dependem muito de doações e dízimos para se sustentarem” e “começaram a ter problemas para pagar as suas contas” e também com relação a suas ações caritativas.

Nesse sentido, pontuou, o documentário tenta “mostrar às pessoas que a Igreja é importante sim e que a presença física nos sacramentos é de fundamental importância para os católicos”.

Segundo ele, as pessoas devem refletir “o quão importante é a fé e como que o fechamento total das igrejas afetou o espírito das pessoas e até mesmo a vida financeira das paróquias”.

O diretor explicou ainda que, no documentário, buscaram “abordar o problema de como a Igreja foi afetada com esta pandemia de uma maneira respeitosa, sabendo que no atual momento da nossa história, não basta a Igreja querer, é preciso que o poder público ceda e entenda que religião é importante e é um dos serviços mais essenciais à vida humana”.

Para esta obra, foram entrevistados “dois leigos bastante envolvidos com as suas paróquias, um padre diocesano, um padre oriental de rito greco-melquita, um monge beneditino e um arcebispo”. Assim, declarou Monachesi, “tentamos mostrar visões diferentes do problema, mas que convergem para um objetivo comum, que é o sentido real da Eucaristia para os católicos”.

Para assistir ao documentário “Igreja e Pandemia”, acesse AQUI.

ACI Digital 

A história por trás da Virgem Maria abraçando um bebê ainda não nascido

ANA LAURA SALAZAR OROZCO
Facebook | Ana Laura Salazar Orozco
por Jesús V. Picón

O testemunho para a Aleteia de Ana Laura Salazar Orozco, a artista responsável pela obra “Maria, Mãe da Vida”.

Clique aqui para abrir a galeria de fotos

Sempre sonhei com o rosto mais bonito do universo, porque sei que esse rosto é o da Virgem Maria, a Mãe de Deus, nosso Senhor. Nunca o vi, apenas o imagino e percebo através de esculturas e pinturas. Meu maior desejo é que, quando eu morrer, a primeira coisa que eu veja seja aquele lindo rosto.

Acabo de ver uma pintura da Virgem Maria. Esta imagem viralizou nas redes sociais devido à descriminalização do aborto no México. Para surpresa de todos, o que parecia perdido foi ganho, pois a Suprema Corte de Justiça da Nação deu um “sim” à vida e um “não” ao aborto.

Para muitos, foi um milagre; para outros, apenas questões jurídicas. Para mim, foram as mãos amorosas da Virgem, que interveio pelos seus filhos mais indefesos.

Na pintura que menciono, a Virgem Maria está segurando um pequeno bebê nas mãos. Esta obra de arte denota a ternura da Virgem Santíssima quando toma nas mãos a criaturinha e a beija com amor. A vida está protegida por Nossa Senhora, a vida triunfou! A beleza, a doçura desta rainha celestial está perfeitamente capturada nesta pintura, e isso nos dá paz, enche de alegria.

É verdade que a autora da pintura representa bebês em risco de aborto, mas também há outra coisa: representa um acontecimento doloroso que a artista Ana Laura Salazar Orozco viveu na sua própria pele, e que ela própria relata nas suas redes sociais, e depois na entrevista que ele nos concedeu.

Você é católica, Ana Laura? Como sua fé em Deus influencia suas esplêndidas obras religiosas? Deus significa muito para você?

Sim, totalmente. Meus pais eram católicos praticantes e sempre ensinaram a para nós. Cresci vivendo fortemente a fé em minha família. E procurei um marido católico, para que pudéssemos continuar com os mesmos valores na educação da família.

A certa altura da minha vida, senti que devia fortalecer meu amor por Nossa Senhora, e disse ao Senhor: “Aumente o meu amor pela tua Mãe”. E acredito que agora é Ela que tem guiado meus passos.

Quando me pedem um trabalho religioso, eu medito, rezo e peço inspiração ao Espírito Santo; de fato, eu digo: “guia-me, mova os pincéis por mim”.

E me importa muito que as pessoas, ao verem minhas obras, sintam algo, e que seus corações se movam de alguma forma.

Agora me fale um pouco daquele seu quadro intitulado “Maria, Mãe da Vida”. Como tudo aconteceu?

Esta pintura foi criada aos poucos. Tive uma gravidez extrauterina; era meu quarto filho. Ele não foi salvo, obviamente, mas nós o batizamos e sempre o temos em mente. A perda do meu bebê realmente me machucou.

Mais tarde, como jovem mãe, fui convidada para ver um filme sobre como o aborto é horrível. Naquele filme real, eu realmente senti como se tivesse ouvido o bebê gritar quando estava sendo abortado. Alcançou o fundo da minha alma!

E agora, com tudo o que está se desenvolvendo em torno do aborto no mundo, comentei com uma irmã: “eu gostaria de fazer algo, uma pintura para combater o aborto”. E ela, sabendo disso, deu-me a figura de um pequeno feto feito de cerâmica, o que me impressionou; e cada vez que o via, orava para que uma alma, uma criancinha, fosse salva.

A ideia veio daí, vendo aquele bebê nas minhas mãos, falei pra mim mesma que ia pintar assim, porque cada bebê está nas mãos de Maria. Então pintei este quadro no início deste ano.

E as reproduções que vou fazer deste quadro, vou doar à pessoa que criou a associação VIFAC (dedicada a cuidar de mulheres em estado de vulnerabilidade durante a gravidez); e eu disse a ela: “Tudo o que eu obtiver nas reproduções vou doar para você”, e ela ficou muito grata.

E quando não foi aprovada essa lei que queria permitir o aborto no Estado de Veracruz (México), mandei a imagem do quadro para agradecer, e de repente viralizou, mas nunca imaginei isso. Fiquei impressionado com tudo isso, nada parecido jamais havia acontecido comigo.

Aleteia 

Ídolos

Ídolos
  • Autor: Ewerton Wagner Santos Caetano

Idolatria: acreditar em vários deuses iguais a Deus, dignos do mesmo culto que Deus.

Há apenas um Deus, um único fundamento de todas as coisas, absolutamente simples, transcendente, fora de qualquer gênero ou classificação (cf. Deuteronômio 6,4).

Na prática, a idolatria transfere para a criatura aquilo que é devido a Deus. O idólatra faz de um falso deus a sua razão de existir e sua esperança última.

O falso deus pode ser algo efetivamente existente ou um ideal na mente do idólatra.

Geralmente esse ideal é representado por um objeto físico através do qual o idólatra se dirige ao falso deus. Esse objeto é, estritamente falando, o ídolo.

O ídolo, na mente do idólatra, pode de algum modo conter ou controlar o falso deus. O culto idolátrico procura, através de sacrifícios, apaziguar e atrair a benevolência do falso deus para obtenção de algum benefício material ou espiritual.

Por outro lado, em sentido amplo, a idolatria pode significar a escolha de algum bem finito no lugar do Criador. Por exemplo, existe a idolatria do dinheiro, ou seja, a idolatria do poder de conquista de bens materiais (cf. Mateus 6,24).

Essa forma de idolatria é mais comum e especialmente tolerada em sociedades materialistas.

Outros ídolos: fama, poder político, o próprio país, algum indivíduo sobre o qual se projetam crenças e desejos impossíveis, o corpo saudável e belo, o conforto e o prazer, um futuro utópico em nome do qual se justificam os maiores crimes no presente.

O CULTO CATÓLICO AOS SANTOS E À SANTA VIRGEM

  • “Jesus lhes respondeu: ‘Não está escrito em vossa Lei: Eu disse: sois deuses? Se ela chama de deuses aqueles aos quais a palavra de deus foi dirigida – e a Escritura não pode ser anulada – àquele que o Pai consagrou e enviou ao mundo dizeis: ‘Blasfemas!’, porque disse: ‘Sou Filho de Deus!’’” (João 10,34-36).

A Igreja afirma que, em Cristo e pela ação do Espírito, somos todos chamados a ser participantes da vida divina:

  • “Pois que o seu divino poder nos deu todas as condições necessárias para a vida e para a piedade, mediante o conhecimento daquele que nos chamou pela sua própria glória e virtude. Por elas nos foram dadas as preciosas e grandíssimas promessas, a fim de que assim vos tornásseis participantes da natureza divina, depois de vos libertardes da corrupção que prevalece no mundo como resultado da concupiscência” (2Pedro 1,3-4).

Os santos são aqueles que alcançaram essa meta. Podemos dizer que os santos são “deiformes” por estarem perfeitamente unidos a Deus:

  • “Não rogo somente por eles, mas pelos que, por meio de sua palavra, crerão em mim: a fim de que todos sejam um. Como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, que eles estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. Eu lhes dei a glória que me deste para que sejam um, como nós somos um: Eu neles e tu em mim, para que sejam perfeitos na unidade e para que o mundo reconheça que me enviaste e os amaste como amaste a mim. Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estou, também eles estejam comigo, para que contemplem minha glória, que me deste, porque me amaste antes da fundação do mundo” (João 17,20-24).

Mas os santos não são “divinos” por essência ou natureza. Seguem sendo apenas criaturas.

Essa “deificação”, de fato, não os torna “iguais” a Deus. Os santos dependem de Deus quanto ao ser e quanto ao seu poder de ação no mundo.

O culto que se dá aos santos, portanto, não é, de modo algum, o mesmo culto que é dado a Deus (cf. Apocalipse 22,8s).

A Igreja distingue: o culto a Deus é absoluto e último. Apenas Deus é Deus. A Ele damos tudo e sacrificamos tudo. Só Ele merece a verdadeira adoração (“latria”).

Já o culto aos santos é inteiramente relativo a Deus, que é fonte de sua bondade e santidade. A eles prestamos reverência, damos o justo louvor e pedimos seu auxílio em nossas necessidades, já que são intercessores queridos por um Deus que aprecia o uso de instrumentos para causar o bem (cf. Lucas 10,16).

A veneração dos santos é denominada “dulia” na teologia católica.

A distinção entre “latria” e “dulia” é absoluta no catolicismo.

Aos santos propriamente não damos todo o nosso ser nem tudo o que temos em sacrifício, embora seja justo, no caso particular da Santíssima Virgem, oferecer tudo a Deus por meio dela, já que Ele o fez por nós do mesmo modo (cf. Gálatas 4,4).

Aliás, a Santíssima Virgem é um caso particular de dulia. Ela é digna da dulia máxima, hiperdulia, ou seja, ela está, sozinha, acima de todos os anjos e santos, unida estreitamente a cada pessoa da Santíssima Trindade (cf. Lucas 1,27-38).

Ainda assim, a Santíssima Virgem é um grão infinitesimal e invisível diante da glória da Trindade.

Portanto, na doutrina católica sobre o culto aos santos, aos anjos e à Santíssima Virgem, não há o menor traço do pecado de idolatria apontado pelos protestantes.

Por outro lado, cabe especialmente aos pastores (padres, bispos) orientar os fiéis para que tenham sempre em mente em seus atos de piedade e devoção aos santos que eles, os santos, são meros instrumentos de Deus, que eles não substituem a Deus e que a alegria deles é ajudar as almas a alcançarem a Vida Eterna em Deus.

  • “Quem a Deus tem, nada lhe falta, pois só Deus basta” (Santa Teresa de Ávila).
Veritatis Splendor

Cardeais exigem justiça por crimes do governo chinês contra minoria muçulmana

Uigures em um mercado em Kasgar. Crédito: Wimmedia - Todenhoff (CC BY-SA 2.0).

PEQUIM, 11 ago. 20 / 01:30 pm (ACI).- Dois Cardeais católicos e mais de 70 líderes religiosos exigiram que parlamentares, governos e juristas investiguem e façam justiça pelos crimes cometidos pelo governo comunista chinês contra o grupo étnico uigur.

Em um comunicado de 8 de agosto, o Arcebispo de Yangon e presidente da Federação das Conferências Episcopais da Ásia, Cardeal Charles Maung Bo; o Arcebispo de Jacarta (Indonésia), Cardeal Ignatius Suharyo, e 74 outros líderes religiosos disseram que o tratamento dado pelo governo chinês aos uigures é "uma das tragédias humanas mais atrozes desde o Holocausto".

Além disso, pediram "oração, solidariedade e ação para acabar com essas atrocidades em massa" contra a minoria muçulmana na China.

“Depois do Holocausto, o mundo disse 'Nunca mais'. Hoje, repetimos essas palavras: 'Nunca mais', uma e outra vez. Apoiamos os uigures. Também apoiamos budistas tibetanos, praticantes do Falun Gong e cristãos em toda a China que estão enfrentando a pior repressão à liberdade de religião ou crença desde a Revolução Cultural”, disseram.

“Fazemos um simples apelo à justiça para investigar esses crimes e fazer com que os responsáveis prestem contas e estabeleçam um caminho para a restauração da dignidade humana”, acrescentaram.

Da mesma forma, assinaram o comunicado o Arcebispo Emérito de Canterbury, Rowan Williams; e outros líderes muçulmanos, judeus, budistas e cristãos, que citaram a prisão de um milhão de muçulmanos na China e a campanha de esterilização forçada, entre as "muitas perseguições e atrocidades em massa".

De acordo com vários relatórios, entre 900 mil e 1,8 milhão de uigures e outras minorias étnicas foram presos em Xinjiang, uma província no extremo noroeste da China. Além disso, o Governo estabeleceu mais de 1.300 campos de detenção, onde sobreviventes informaram ter sido submetidos a doutrinação política e antirreligiosa, tortura, espancamentos e trabalhos forçados.

Em 29 de junho, a agência de notícias norte-americana AP assinalou que muitos uigures também contaram que as autoridades os forçaram a implantar o dispositivo intrauterino DIU e outras formas de controle de natalidade, bem como a fazer abortos e esterilizações para cumprir as políticas de planejamento familiar da China. Um especialista disse à AP que a campanha chinesa é um "genocídio, ponto final".

Além disso, as autoridades estabeleceram um sistema de vigilância em massa na região para rastrear os movimentos das pessoas, que inclui amostragem de DNA e tecnologia de reconhecimento facial, bem como plataformas policiais preventivas.

No documento, os líderes afirmam ainda que a campanha chinesa de esterilização forçada de mulheres uigures em quatro prefeituras poderia elevar essa ação ao nível de genocídio, segundo a Convenção sobre o Genocídio de 1948.

“O objetivo claro das autoridades chinesas é erradicar a identidade uigur. A mídia estatal chinesa afirmou que o objetivo é romper sua linhagem, romper suas raízes, romper suas conexões e suas origens”, assinalaram.

Além disso, os líderes advertiram que “os parlamentares, governos e juristas têm a responsabilidade de investigar” e afirmaram que “como líderes religiosos, não somos ativistas nem formuladores de políticas. Mas temos o dever de chamar nossas comunidades para suas responsabilidades de cuidar de seus semelhantes e agir quando correm perigo".

Outros líderes religiosos que assinaram a declaração foram 20 rabinos, 19 imãs, o representante do Dalai Lama na Europa e o Arcebispo copta ortodoxo de Londres, Dom Angaelos. Além disso, outros líderes católicos, como o Bispo de Clifton (Reino Unido), Dom Declan Lang, e Pe. Nicholas King, capelão da Universidade de Oxford, também assinaram.

Publicado originalmente em CNA. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

ACI Digital

 

CNBB realiza Dia de Oração e Reflexão sobre o Pacto pela Vida e pelo Brasil

 2020.08.11 - CNBB 15 AGOSTO GIORNATA PREGHIERA E RIFLESSIONE

Realiza-se no dia 15 de agosto, o Dia de Oração e Reflexão sobre o Pacto pela Vida e pelo Brasil. Para o arcebispo de Belo Horizonte (MG), dom Walmor Oliveira de Azevedo, presidente da CNBB, a entidade assinou o Pacto pela vida e pelo Brasil impulsionada por sua fidelidade ao Evangelho de Jesus Cristo.

Vatican News

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realiza, no próximo 15 de agosto, o Dia de Oração e Reflexão sobre o Pacto pela Vida e pelo Brasil. O Pacto foi assinado em 7 de abril, Dia Mundial da Saúde, por seis entidades representativas de diversos setores da sociedade brasileira. O documento foi lançado num período em que o Brasil se deparava com o agravamento da pandemia.

O Pacto começou a ser elaborado cerca de um mês antes, por meio de reuniões entre representantes das entidades signatárias, todas bastante preocupadas com o quadro que se agravava no país. A CNBB, seguindo a trajetória de seis décadas de compromisso evangélico com a realidade nacional, fez parte, desde o primeiro momento, das reflexões e da formulação do texto.

Clarear caminhos e rumos novos

Para o arcebispo de Belo Horizonte (MG), dom Walmor Oliveira de Azevedo, presidente da CNBB, a entidade assinou o Pacto pela vida e pelo Brasil impulsionada por sua fidelidade ao Evangelho de Jesus Cristo, fonte inesgotável da luz da verdade, luz indispensável para clarear caminhos e rumos novos que a sociedade brasileira precisa, com urgência, para construir um novo tempo.

Segundo ele, a missão evangelizadora da Igreja, no rico e interpelante horizonte de sua Doutrina Social, não se exime na tarefa de, em cooperação com segmentos da sociedade civil, no que lhe é próprio e devido, ajudar a superar injustiças e discriminações para com os pobres e vulneráveis, defesa dos direitos e promoção da justiça, apoio à democracia e contribuição na conquista do Bem comum. “A Igreja assim o faz, estando no coração do mundo solidária, na força do testemunho do Reino de Deus, a caminho”, afirmou.

Para o bispo auxiliar do Rio de Janeiro, dom Joel Portella Amado, secretário- geral da CNBB, não se tratava, como continua não se tratando, apenas do aspecto sanitário, ou seja, da doença em si, porém de muitos outros aspectos, entre os quais as consequências econômicas, sociais, políticas e a desinformação.

Quando juntamos tudo isso, explica dom Joel, temos uma situação que exige posicionamento. Conforme o primeiro parágrafo do Pacto, não se trata, portanto, de um único aspecto, mas de uma complexa realidade que exige “de todos, especialmente de governantes e representantes do povo, o exercício de uma cidadania guiada pelos princípios da solidariedade e da dignidade humana, assentada no diálogo maduro, corresponsável”.

Um caminho de diálogo, comunhão e parceria

O Pacto, explica o arcebispo de Porto Alegre (RS), dom Jaime Spengler, primeiro vice-presidente da CNBB, aponta para entendimento, compromisso, concordância, no caso estabelecidos entre diversas entidades da sociedade. “Expressa, pois, desejo, disposição e empenho para, diante da gravidade do momento sócio-econômico-político, colaborar na busca de um novo tempo para o Brasil. Ele é, portanto, expressão do empenho de diversas entidades da sociedade, rumo a um consenso em torno da necessidade de promover os princípios da solidariedade e da dignidade humana”, afirmou.

Lembrando a necessidade da construção de agendas e políticas públicas para o enfrentamento da pandemia sanitária e suas consequências, as entidades signatárias recordam que cabe ao Governo Federal promover, como reforçado em no quarto parágrafo do Pacto, o “diálogo, presidindo o processo de grandes e urgentes mudanças (…) ultrapassando a insensatez das provocações e dos personalismos”, em vista do bem de todo o povo brasileiro.

Enfrentamento solidário das mazelas do povo brasileiro

O vírus colocou às claras inúmeras situações vivenciadas pela maioria do povo brasileiro, desassistido em muitas frentes, das quais se destaca a saúde. Por isso, o Pacto, em seu sexto parágrafo, afirma “não é justo jogar o ônus da imensa crise nos ombros dos mais pobres e trabalhadores”.

Essa realidade, lembra o bispo de Roraima (RR), dom Mario Antônio da Silva, segundo vice-presidente, não é uma etapa casual, mas o produto de determinadas situações e estruturas econômicas, sociais e políticas, com agravantes às populações vulneráveis neste tempo de pandemia. Esse fato, destaca dom Mario, clama o cumprimento das exigências da justiça e nos interpela à prática da solidariedade como sinal de autenticidade evangélica.

Se a pandemia, como o próprio nome indica, é um fenômeno generalizado, assim também deve ser o seu enfrentamento. Por isso, a proposta das entidades signatárias é que o Pacto seja “abraçado por toda a sociedade brasileira em sua diversidade, … fortalecendo nossa democracia, mantendo-nos irredutivelmente unidos”, conforme destaca seu décimo parágrafo. “É hora de entrar em cena no Brasil o coro dos lúcidos, fazendo valer a opção por escolhas científicas, políticas e modelos sociais que coloquem o mundo e a nossa sociedade em um tempo, de fato, novo”, diz trecho documento.

É por isso que o Pacto precisa ser efetivamente colocado em prática, ainda mais quando o Brasil atinge e mesmo ultrapassa a marca dos cem mil mortos, não se vislumbrando soluções a curto prazo. O Pacto, destaca dom Jaime, oferece um leque de oportunidades para que cada entidade, a partir do que lhe é próprio, se engaje de forma determinada na promoção da vida, em especial dos mais vulneráveis.

Não apenas um documento

Dom Joel completa afirmando “não se tratar apenas de um documento a mais em meio a tantos, mas um processo, um conjunto de atitudes que não podem ser adiadas”. Em razão disto, o Conselho Permanente, órgão deliberativo mais importante da CNBB, abaixo apenas da Assembleia Geral da Conferência, aprovou por unanimidade que se faça uma consulta ampla a todos os bispos e, por meio desses, às demais instâncias da ação evangelizadora no Brasil, de modo que, através da colaboração de todos, em clima de fraternidade e comunhão, se possa contribuir para a superação de um quadro tão triste como o atual.

Com o dia de oração e reflexão, informa o secretário-geral da CNBB, inicia-se um processo que deve durar enquanto a pandemia durar. O ideal, destaca dom Joel, seria não precisarmos fazer isso. “Se é necessário fazer, nós o faremos, dialogando continuamente com as demais entidades que assinaram o Pacto e com todas as outras que desejarem unir forças”, disse.

As informações para o aprofundamento do Pacto Pela Vida e Pelo Brasil podem ser obtidas aqui no site da CNBB, que será atualizado continuamente, enquanto durar a pandemia.

Fonte CNBB

Vatican News

Celam: inclusão, respeito e proteção dos povos indígenas

Celam: inclusão, respeito e proteção dos povos indígenas

“A Igreja reitera o seu compromisso com a defesa dos direitos humanos de nossos irmãos e irmãs indígenas de todo o mundo”, para que eles não sejam considerados “simplesmente uma minoria”, mas também se tornem “os principais interlocutores”, afirma o Celam.

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As diferentes comunidades indígenas do mundo devem ser incluídas, respeitadas e protegidas em sua cultura.

É o que pede com veemência o Conselho Episcopal Latino-americano (Celam) numa nota assinada pelo presidente do organismo, dom Miguel Cabrejos Vidarte, divulgada neste domingo, 9 de agosto, Dia Internacional dos Povos Indígenas.

“A Igreja reitera o seu compromisso com a defesa dos direitos humanos de nossos irmãos e irmãs indígenas de todo o mundo”, para que eles não sejam considerados “simplesmente uma minoria”, mas também se tornem “os principais interlocutores”.

O Celam destaca as graves dificuldades em que vivem as comunidades indígenas, como por exemplo, as “ameaças à sua terra e estilo de vida, falta de serviços de saúde e educação de qualidade, e várias formas de discriminação”. “Uma dura realidade”, afirma a nota, “agravada pela emergência sanitária causada pela Covid-19 que afetou gravemente a região amazônica”, infectando “mais de 70 mil indígenas no continente americano”, dos quais “23 mil na bacia do Rio Amazonas”.

O CELAM se refere na nota a um dos “sonhos” citados pelo Papa Francisco em sua Exortação Apostólica pós-sinodal “Querida Amazônia”: “Sonho uma Amazônia que luta pelos direitos dos mais pobres, dos povos originários, dos últimos, onde sua voz seja ouvida e sua dignidade seja promovida. Sonho uma Amazônia que defenda a riqueza cultural que a distingue, onde a beleza humana brilha em tantas formas diferentes.” Na esteira destas palavras, os bispos latino-americanos convidam as autoridades do continente a “centralizar menos e descentralizar mais a assistência social e econômica que tem sido prestada durante este difícil período de pandemia”, assegurando que “nossos irmãos indígenas recebam a atenção que merecem e precisam urgentemente”.

Vatican News Service – IP/MJ

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terça-feira, 11 de agosto de 2020

Do Tratado sobre a Encarnação do Senhor, de Teodoreto de Ciro, bispo

Liturgia Diária

(N.28:PG 75,1467-1470)      (Séc.V)

 

Por suas chagas fomos curados

Nosso remédio são os tormentos de nosso Salvador. O profeta no-lo ensina: Ele tomou sobre si nossos pecados e carregou nossas dores; nós, porém, o julgávamos castigado e ferido por Deus e humilhado. Ferido por nossos pecados, esmagado por nossos crimes; o castigo que nos valeu a paz caiu sobre ele; por suas chagas fomos curados. Todos, quais ovelhas, nos desgarramos; por isso como ovelha foi conduzido ao matadouro e, como cordeiro, calou-se diante do tosquiador (Is 53,4-7).  

Igual a um pastor, vendo dispersas as ovelhas, toma em mãos uma delas e a conduz às pastagens escolhidas; as outras, arrasta-as após si por este exemplo. Assim o Deus Verbo, ao ver errante o gênero humano, assumiu a forma de servo, unindo-a a si. E, por ela, atraiu a si toda a natureza humana e conduziu à divina pastagem aqueles que eram mal apascentados e presa dos lobos.  

Foi para isso que nosso Salvador assumiu nossa natureza. Para isso o Cristo Senhor aceitou a paixão salvadora, entregou-se à morte e foi sepultado, posto no sepulcro, para nos libertar da antiga tirania e dar a promessa da incorruptibilidade àqueles que estavam sujeitos à corrupção. Reedificando o templo destruído e ressuscitando dos mortos, mostrou até aos mortos e aos que esperavam sua ressurreição o cumprimento das verdadeiras e sólidas promessas.  

Na verdade, é como se Ele dissesse: “Do mesmo modo como a vossa natureza, assumida por mim, pela inabitação e união da divindade, alcançou a ressurreição e, livre da corrupção e dos sofrimentos, passou para a incorruptibilidade e a imortalidade, assim também vós sereis livres da dura escravidão da morte e, despidas a corrupção e suas perturbações, sereis revestidos de impassibilidade.”   

Por este motivo enviou pelos apóstolos a todo o gênero humano o dom do batismo. Ide, pois, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo (Mt 28,19). O batismo é imagem e figura da morte do Senhor. “Pois se estamos completamente unidos a Cristo, como diz Paulo, pela imagem da sua morte, também o estaremos pela imagem da sua ressurreição (Rm 6,5).

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF