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domingo, 16 de agosto de 2020

São Roque

São Roque (arquidiocesesalvador)

Roque nasceu no ano de 1295, na França, em uma família rica, da nobreza da região. Ficou órfão na adolescência e vendeu toda a herança, distribuindo o que arrecadou entre os pobres. Depois disto, viveu como peregrino andante. Percorreu a França com destino à Roma.

No caminho, Roque deparou com regiões infestadas pela chamada peste negra. Era comum, ver à beira das estradas, pequenos povoados só de doentes que foram isolados do convívio das cidades, para evitar o contágio do restante da população ainda sã. Enxergando nas pobres criaturas o verdadeiro rosto de Cristo, Roque se atirou de corpo e alma na missão de tratá-los.

Seu zelo pelos doentes era tanto que ele descuidou-se de si próprio. Certo dia percebeu uma ferida na perna e viu que fora contaminado pela peste. Assim, decidiu se refugiar sozinho em um bosque, onde foi amparado por Deus.

Roque foi encontrado por um cão. Este animal passou a levar-lhe algum alimento todos os dias, até que seu dono, curioso, um dia o seguiu. Comovido, constatou que era seu cão que socorria o pobre doente. Este homem auxiliou Roque na sua recuperação.

Já com a saúde em dia, Roque voltou para sua cidade, mas foi preso, considerado como um espião. No cárcere continuou praticando a caridade e pregando a palavra de Cristo, convertendo muitos prisioneiros e aliviando suas aflições, até morrer.

Hoje as relíquias de São Roque são veneradas na belíssima basílica dedicada à ele em Veneza, Itália, sendo considerado o Santo protetor contra as pestes.  

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

Reflexão
Sempre vemos São Roque representado em trajes de peregrino com um cachorro que está a seu lado no ato de lhe dar um pão. Esta gravura é inspirada no tempo de seu isolamento quando teria morrido de fome se um cachorro não lhe houvesse trazido diariamente um pão e se da terra não tivesse nascido uma fonte de água para lhe matar a sede. Hoje em dia são tantas as pessoas a passar necessidades na vida. Que são Roque as proteja e lhes inspire forças para lutar contra as injustiças.
Oração
Ó inefável padroeiro nosso, São Roque, pela ardente caridade com que amastes o próximo nesta terra, chegastes a expor vossa própria vida para assisti-lo nas necessidades e doenças, especialmente nas moléstias contagiosas. Oh! Fazei que estejamos sempre livres dessas terríveis enfermidades e livrai-nos da peste ainda perigosa que é o pecado. Amém.

 https://www.a12.com/

Solenidade da Assunção de Nossa Senhora

 

Dom José Aparecido
Adm Apost. Arquidiocese de Brasília

APARECEU NO CÉU UM GRANDE SINAL!

Enquanto contempla o mistério da Assunção da Bem-Aventurada Virgem Maria aos céus em corpo e alma, a Igreja no Brasil se dedica neste domingo a refletir sobre a vocação à Vida Consagrada, como expressão da presença de testemunhas e sinais do Reino de Deus presente e atuante na história. Suplicamos com a Virgem Mãe elevada à glória dos Céus que muitos irmãos e irmãs se disponham a discernir a própria vocação para o seguimento de Jesus através da profissão dos conselhos evangélicos de castidade, pobreza e obediência.

A primeira leitura, extraída dos capítulos 11 e 12 do Apocalipse apresenta o grande sinal da “mulher que tem o sol por manto, a lua sob os pés, e uma coroa de doze estrelas na cabeça” (Ap 12,1). Nela, a piedade e a iconografia católica reconhecem a Virgem Imaculada que foi assunta ao céu. Nela a Tradição da Igreja reconhece a imagem da Igreja, o novo povo de Deus, sempre ameaçada pelo Dragão infernal. Nessa página da Revelação, o Dragão significa ao mesmo tempo a antiga serpente (Gen. 3,15) e os poderes mundanos, causa segunda da ação diabólica daquele que é o homicida, dos que então como hoje perseguem à morte os discípulos de Jesus. No dogma da Assunção da Virgem Maria, proclamado por Pio XII, dia 1 de novembro de 1950, a Igreja nos ensina que não há comparação entre os sofrimentos do tempo presente e a glória que nos está reservada no céu (cf Rom 8,18). Conforme às promessas feitas por Deus já no protoevangelho (Gen 3,15) a antiga serpente é derrotada pela descendência da mulher, abrindo-nos assim o caminho da vida. A Igreja aplica à Santíssima Virgem e ao amor esponsal da vida consagrada as palavras do salmo 44, rezado neste domingo.

Na primeira Epístola aos Coríntios, descobrimos o fundamento da graça da Assunção de nossa Senhora precisamente na vitória de Cristo sobre a morte e sobre todos os principados e potestades. A antiga serpente foi posta debaixo dos pés do Ressuscitado e já não tem poder sobre os redimidos.

Do evangelho (Lc 1,38-56) a Igreja aprende a perpetuar no tempo o seu Magnificat pelas grandes coisas realizadas na história através da jovem Myriam de Nazaré. E assim, no seio da assembleia orante, os consagrados e consagradas unem sua voz à da Igreja para celebrar a glorificação da Mãe do Senhor: “Hoje, a Virgem Maria, Mãe de Deus, foi elevada à glória do céu. Aurora e esplendor da Igreja triunfante, ela é consolo e esperança para o vosso povo ainda em caminho, pois preservastes da corrupção da morte aquela que gerou, de modo inefável, vosso próprio Filho feito homem, autor de toda a vida” (Prefácio).

A Liturgia a este ponto prossegue aclamando a esperança da glória eterna, unindo a Igreja peregrina à triunfante para cantar o hino ao Deus três vezes santo, fonte de todos os dons.

Confiantes na materna intercessão de Maria Assunta, peçamos a Deus santas vocações para a vida Consagrada em nossa amada Igreja de Brasília.

Folheto: "O Povo de Deus"/Arquidiocese de Brasília

sábado, 15 de agosto de 2020

Questões sobre o Batismo (Parte 1/12): Será o Batismo um simples banho?

Será o Batismo um simples banho?
  • Autor: São Tomás de Aquino
  • Fonte: Suma Teológica, Parte III, Questão 66
  • Tradução: Dercio Antonio Paganini

Objeção 1 – É óbvio que o Batismo não é um mero banho, pois o banho no corpo é uma coisa transitória, mas o Batismo é algo permanente, e portanto, o Batismo não é um mero banho, mas sim, “a regeneração, o selo, a salvaguarda, a iluminação”, como diz Damasceno (De Fifr Orth. IV).

Objeção 2 – Além disso, o grande São Vítor (De Sacram II) diz que “O Batismo é água santificada pela palavra de Deus para tirar as manchas do pecado”. Mas o banho por si mesmo não é apenas a água, mas um determinado uso da água.

Objeção 3 – Também Santo Agostinho (Trat. LXXX super João) diz: “A palavra é adicionada ao elemento e isto se torna um Sacramento”. Então, o elemento é a água, dessa forma, o Batismo é a água, e não o banho, senão, em caso contrário, está escrito (Eclo 34,30): “Aquele que se banha a si mesmo depois de tocar o morto, se o tocar novamente, de que valeu seu primeiro banho?”, dando a impressão que o Batismo é um simples banho, porém eu respondo que no Sacramento do Batismo, três coisas precisam ser consideradas a saber:

a) O que é “apenas o Sacramento” – Aquilo que é apenas Sacramento, é alguma coisa visível e externa, o sinal correspondente ao efeito interno; deste modo, é a verdadeira natureza do Sacramento. Esta exterioridade é algo que pode ser percebida pelos sentidos, ou seja, é a própria água, e seu uso, que é o banho. Conseqüentemente, alguém falou que a água é por si mesma o Sacramento, o que parece ser o propósito da passagem referida do grande São Vítor. Pela definição geral de um Sacramento, ele disse que o Sacramento é “um elemento material”, e definindo o Batismo ele disse que ele é “água”. Mas isso não é verdade. Por conseqüência do Novo Testamento, os Sacramentos tem uma certa santificação; então o Sacramento é completado quando a Santificação é completada. Mas, a santificação não é completa na água, mas somente uma certa santificação de virtude instrumental não permanente, mas apenas transiente, passa da água, na qual ela existe, para a pessoa que é o sujeito da verdadeira Santificação. Conseqüentemente, o sacramento não estará completo na própria água, mas na aplicação da água à pessoa, isto é, no banho, pois diz o Senhor (IV,3): “O Batismo é o banho exterior do corpo feito juntamente com palavras de fórmulas prescritas”.

b) O que é “realidade e Sacramento” e

c) O que é “apenas realidade” – O caráter Batismal é tanto realidade como Sacramento, porque ele é alguma coisa de real significado pelo banho externo, e um sinal sacramental da justificação interna, e esta última é apenas a realidade neste efetivamente chamado Sacramento assim significado, e não apenas significando.

Voltando à objeção 1, na qual é tanto Sacramento como realidade, isto é, o caráter, e também na qual é apenas realidade, isto é, a justificação interna permanece; o caráter permanece e é indelével, como dito acima (63,5), a justificação permanece, porém pode ser perdida. Conseqüentemente, Damasceno definiu o Batismo, não como aquilo que é feito externamente, e é apenas o Sacramento, mas como aquilo que fica interno. Assim sendo, ele definiu duas coisas como pertencentes ao caráter: uma chamada “Selo”, e outra “Salvaguarda”, visto que como o caráter que é chamado de Selo, então como ele próprio é interessado, protege a alma no bem. Ele também definiu duas coisas pertencentes à realidade do Sacramento: “regeneração” que se refere ao fato da pessoa, quando batizada, começa uma nova vida de honradez e iluminação, no que se refere especialmente à fé pela qual a pessoa recebe a vida espiritual de acordo com Habacuc 2 (Hb 10,38; cf. Hab 2,4): “Mas (meus) homens justos vivem pela fé”, e o Batismo é um tipo de afirmação da fé, por este motivo ele é chamado “Sacramento de Fé”. Do mesmo modo, Dionísio definiu o Batismo por sua relação com outros Sacramentos, dizendo (Ecl. Hier. II) que ele é “o princípio que forma os hábitos da alma para a recepção daquelas mais sagradas palavras e Sacramentos”, e ainda, por sua relação à glória do céu, que é a finalidade universal de todos os Sacramentos, onde ele junta: “a conferência de nossa mais sagrada e Divina regeneração”.

Retornando à objeção 2, como já declarado, a opinião do grande São Vítor nesta questão não é seguida. Todavia, o dizer que “o Batismo é a água” pode ser analisado como a água sendo o princípio material do Batismo, e assim poderia ser um “predicado casual”.

Referindo à objeção 3, quando as palavras são adicionadas o elemento torna-se um Sacramento, não no próprio elemento mas na pessoa sobre a qual o elemento é aplicado, sendo utilizada a água para lavá-la. Realmente, este é o significado pelo qual as verdadeiras palavras são adicionadas ao elemento, quando se diz: “Eu te batizo…”.

Veritatis Splendor

Assim São João Paulo II explicou a “dormição” da Virgem Maria

São João Paulo II / Virgem Maria
ACI Digital

REDAÇÃO CENTRAL, 15 ago. 20 / 08:00 am (ACI).- No marco da Solenidade da Assunção, recordamos o que o Papa São João Paulo II explicou há pouco mais de 23 anos sobre a “dormição” da Virgem Maria.

Em sua catequese de 25 de junho de 1997, o Papa que consagrou seu pontificado à Mãe de Deus com seu lema “Totus tuus” (Todo teu) recordou que, quando Pio XII proclamou o dogma da Assunção da Virgem Maria em 1º de novembro de 1950, “não quis negar o fato da morte, mas apenas não julgou oportuno afirmar solenemente a morte da Mãe de Deus, como verdade que devia ser admitida por todos os crentes”.

“Refletindo sobre o destino de Maria e sobre a sua relação com o Filho divino, parece legítimo responder afirmativamente: dado que Cristo morreu, seria difícil afirmar o contrário no que concerne à Mãe”, disse o santo que considerava o Terço como sua oração favorita.

Em seguida, São João Paulo II citou dois santos que se referiram a este tema: São Modesto de Jerusalém, falecido no ano 634, e São João Damasceno, que morreu no ano 704.

Este último escreveu sobre a Virgem Maria, que “aquela que no parto ultrapassou todos os limites da natureza”, ao ser assunta ao céu, despojou-se “da parte mortal” para “se revestir de imortalidade, porque nem o Senhor da natureza rejeitou a experiência da morte”.

“É verdade que na Revelação a morte se apresenta como castigo do pecado. Todavia, o fato de a Igreja proclamar Maria liberta do pecado original por singular privilégio divino não induz a concluir que Ela recebeu também a imortalidade corporal. A Mãe não é superior ao Filho, que assumiu a morte, dando-lhe novo significado e transformando-a em instrumento de salvação”, sublinhou o Papa Wojtyla.

“Para ser partícipe da ressurreição de Cristo, Maria devia compartilhar antes de mais a Sua morte”, destacou.

São João Paulo II também afirmou que, embora o “Novo Testamento não oferece qualquer notícia sobre as circunstâncias da morte de Maria”, este silêncio “induz a supor que esta se tenha verificado normalmente, sem qualquer pormenor digno de menção. Se assim não tivesse sido, como poderia a notícia permanecer escondida aos contemporâneos e, de alguma forma, não chegar até nós?”.

O Papa peregrino citou, em seguida, São Francisco de Sales, o qual considerou que “a morte de Maria se tenha verificado como efeito de um transporte de amor. Ele fala de um morrer ‘no amor, por causa do amor e por amor’, chegando por isso a afirmar que a Mãe de Deus morreu de amor pelo seu filho Jesus”.

Em todo caso, “qualquer que tenha sido o fato orgânico e biológico que, sob o aspecto físico, causou a cessação da vida do corpo, pode-se dizer que a passagem desta vida à outra constituiu para Maria uma maturação da graça na glória, de tal forma que jamais como nesse caso a morte pôde ser concebida como uma ‘dormida’”.

“A experiência da morte enriqueceu a pessoa da Virgem: passando pela comum sorte dos homens, ela pode exercer com mais eficácia a sua maternidade espiritual em relação àqueles que chegam à hora suprema da vida”, concluiu.

ACI Digital

 

Hoje é celebrada a Solenidade da Assunção da Santíssima Virgem Maria

ACI Digital

REDAÇÃO CENTRAL, 15 ago. 20 / 05:00 am (ACI).- “A Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre foi assunta em corpo e alma à glória celestial”. Assim o Papa Pio XII definiu em 1950, através da Constituição Apostólica Munificentissimus Deus, este dogma que é celebrado solenemente neste dia 15 de agosto – a Assunção da Santíssima Virgem Maria.

Igreja no Brasil celebra essa solenidade no domingo seguinte, neste ano, dia 16 de agosto.

O dogma da Assunção se refere a que a Mãe de Deus, ao cabo de sua vida terrena, foi elevada em corpo e alma à glória celestial.

Na celebração desta solenidade, em 2010, o Papa Bento XVI destacou a importância dessa data. “Nesta solenidade da Assunção, contemplamos Maria: ela nos enche de esperança a um futuro repleto de alegria e nos ensina o caminho para alcançá-lo: acolher na fé o Seu Filho; nunca perder a amizade com Ele, deixando-nos iluminar e guiar pela Sua Palavra; segui-lo cada dia, inclusive naqueles momentos nos quais sentimos que nossas cruzes ficam pesadas. Maria, a arca da Aliança que habita no santuário do céu, nos indica com claridade luminosa que estamos em caminha à nossa verdadeira Casa, a comunhão da alegria e da paz com Deus”.

Catecismo da Igreja Católica explica que “a Assunção da Santíssima Virgem constitui uma participação singular na Ressurreição do seu Filho e uma antecipação da Ressurreição dos demais cristãos” (966).

A importância da Assunção para homens e mulheres do começo do Terceiro Milênio da Era Cristã reside na relação que existe entre a Ressurreição de Cristo e nossa. A presença de Maria, ser humano como nós, que se encontra em corpo e alma já glorificada no Céu, é isso: uma antecipação da nossa própria ressurreição.

O Papa João Paulo II, em uma de suas catequeses sobre a Assunção, explicou isto nos seguintes termos: “O dogma da Assunção, afirma que o corpo de Maria foi glorificado depois de sua morte. Com efeito, enquanto para os demais homens a ressurreição dos corpos ocorrerá no fim do mundo, para Maria a glorificação do seu corpo se antecipou por singular privilégio”.

“Contemplando o mistério da Assunção da Virgem, é possível compreender o plano da Providência Divina com respeito a humanidade: depois de Cristo, Verbo Encarnado, Maria é a primeira criatura humana que realizou o ideal escatológico, antecipando a plenitude da felicidade prometida aos eleitos mediante a ressurreição dos corpos”, declarou São João Paulo II, na audiência geral de 9 de julho de 1997.

Ao celebrar esta solenidade em 1997, João Paulo II indicou: “Maria Santíssima nos mostra o destino final dos que ‘escutam a Palavra de Deus e a cumprem’ (Lc 11,28). Estimula-nos a elevar nosso olhar às alturas onde se encontra Cristo, sentado à direita do Pai, e onde também está a humilde escrava de Nazaré, já na glória celestial”.

ACI Digital

 

S. TARCÍSIO, ROMANO, MÁRTIR DA EUCARISTIA

S. Tarcísio, Roma
S. Tarcísio, Roma 

Acólito das catacumbas

A história de Tarcísio ocorreu no século III. Naquela época, o imperador Valeriano perseguia os cristãos e Tarcísio era um jovem acólito da Igreja de Roma, que frequentava as catacumbas de São Calisto.
Certo dia, pensando que sua juventude seria o melhor abrigo para a Eucaristia, ofereceu-se para levar o Pão consagrado aos prisioneiros e enfermos.

Apertado ao peito

Mas, ao longo do caminho, encontrou alguns jovens pagãos. Ao perceberem que Tarcísio apertava alguma coisa ao peito, tentaram arrancá-la. O menino não cedeu e, por isso, levou chutes e alguns até o apedrejaram. No entanto, Tarcísio resistiu e consegue não deixar profanar as hóstias. Estando já em fim de vida, um oficial pretoriano, que, às ocultas, havia se convertido ao cristianismo, o socorreu e o levou ao sacerdote da sua comunidade. Entre suas mãos cruzadas no peito, ainda se encontrava o pequeno bornal com a Eucaristia.

Protomártir da Eucaristia

Após a sua morte, Tarcísio foi enterrado nas catacumbas de São Calisto. Na epígrafe, foi inciso o ano 257, a pedido do Papa Dâmaso.
Aa seguintes palavras, escritas nas catacumbas de São Calisto, chegam até nós através de vários testemunhos, recordam o seu martírio: “Enquanto um grupo de malvados se atirava contra Tarcísio, para tentar profanar a Eucaristia que carregava consigo, ele, espancado à morte, preferiu perder a vida, ao invés de entregar aos cães raivosos as Partículas celestes do Corpo de Cristo”.

Carne da sua carne

Uma tradição oral também fala sobre este protomártir da Eucaristia, dizendo que, sobre o seu corpo, não foi encontrado o Santíssimo Sacramento. Segundo esta tradição, a Partícula consagrada, defendida com vida pelo jovem acólito, tornou-se carne da sua carne. Esta foi a única Hóstia oferecida a Deus, que se uniu ao seu corpo.

Vatican News 

S. ESTANISLAU KOSTKA, JESUÍTA

S. Estanislau Kostka, Liubliana, Eslovénia
S. Estanislau Kostka, Liubliana, Eslovénia 

“Santo Estanislau ensina-lhes a liberdade, que não é uma corrida às cegas, mas a capacidade de discernir a meta e seguir os melhores caminhos de comportamento e de vida. Ensina-lhes sempre a buscar, antes de tudo, a amizade com Jesus; a ler e a meditar a sua Palavra; a acolher a sua presença misericordiosa e poderosa na Eucaristia, a fim de resistir aos condicionamentos da mentalidade mundana” (Mensagem do Papa Francisco, por ocasião do 450º aniversário da morte do Santo, 15 de agosto de 2018).

Estanislau nasceu perto de Cracóvia, em 1550. Filho do príncipe Kotska, líder militar e Senador do reino de Sigismundo Augusto, foi enviado a Viena, aos 14 anos, para estudar no Colégio da Companhia de Jesus, que ainda estava no seu início. Santo Inácio havia falecido de recente, mas os Jesuítas já se distinguiam como profundos teólogos, os primeiros a propor uma verdadeira renovação no âmbito da Igreja.

“Ad Maiora natus sum”

Após uma breve permanência em Czestochowa, Estanislau chegou a Viena e ficou hospedado em um Colégio da Companhia de Jesus. Ele estava acompanhado pelo seu tutor e o irmão mais velho, Paulo. No entanto, a convivência tornou-se logo difícil, por causa das inclinações mundanas do seu irmão, que se opunham ao estilo sóbrio de Estanislau, que sentia "ter nascido para coisas maiores".
Naquele período, estudou sem cessar e viver, intensamente, o espírito do Evangelho e a devoção a Maria, dos quais dera testemunho com a sua vida e o seu trabalho. Começou a delinear-se nele a chamada do Senhor, que a sentia, de modo sensível, nos diversos momentos, que dedicava à oração, à participação da Missa e às Vésperas, aos Exercícios Espirituais, que frequentava conforme a insigne obra de Santo Inácio de Loyola.

Duas noites "prodigiosas"

Certo dia, Estanislau foi acometido por uma doença grave. Durante a sua enfermidade ocorreram prodígios extraordinários, sinais evidentes da obra da graça divina.
Enquanto dormia de noite, recebeu a visita de Santa Bárbara, acompanhada por dois anjos, que lhe ofereceu, finalmente, a santa Comunhão, que ele tanto queria receber durante a febre. Mas, não a pôde receber porque, junto com seu irmão e o tutor, teve que se transferir para um apartamento alugado, por causa da requisição do Colégio dos Jesuítas, por parte dos Habsburgos. O dono do apartamento era luterano e não gostava dos católicos.
Em outra noite, Estanislau recebeu a visita de Nossa Senhora com o Menino no colo: ao pegá-Lo em seus braços, ficou completamente curado, contrariamente ao parecer de todos os médicos, que não lhe davam muitos dias de vida. Ao despedir-se, a Virgem revelou-lhe que seu destino era na Companhia de Jesus.

A fuga vocacional

Estanislau estava ciente da sua escolha, mas sabia que seu pai jamais a aprovaria. Então, fugiu e, após vinte dias de caminho a pé, chegou a Dillingen, na Alemanha, onde foi acolhido na casa dos Jesuítas. Ali, conheceu o Padre Pedro Canísio, que, na época, era Provincial do norte da Alemanha. Os Jesuítas ficaram impressionados com aquele jovem extraordinário.
Estanislau foi enviado em peregrinação a Roma, junto com dois companheiros e, finalmente, ali, pôde começar o Noviciado e emitir os votos de pobreza, castidade e obediência.
Certo dia, alguns Noviços pediram-lhe para definir a figura do missionário. Então, expôs assim a sua bagagem espiritual: “Um homem com grandes sapatos de mortificação, amplo manto de amor a Deus e ao próximo e com chapéu de paciência, para se defender nas adversidades".
Logo a seguir, Estanislau adoeceu e faleceu, aos 18 anos, no dia da Assunção, em 1568. Foi sepultado na igreja, recém construída, ao lado do Noviciado, hoje chamada Santo André no Quirinal.
Santo Estanislau Kotska foi proclamado Santo pelo Papa Bento XIII, em 1726, junto com Luiz Gonzaga e João Berchmans, e escolhido como Padroeiro dos Noviços e de toda a Juventude.

Vatican News

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Ordenações Presbiterais em Brasília

 

Arquidiocese de Brasília

“Eu sou o Bom Pastor. O Bom Pastor dá a vida por suas ovelhas” (Jo 10,11)

É com esperança e gratidão, que a Arquidiocese de Brasília ordenará 13 diáconos transitórios neste sábado, 15 agosto, às 10h, no Santuário Menino Jesus Brasilândia.

A Cerimônia de Ordenação Presbiteral, acontecerá sem a presença dos fiéis. Devido à pandemia de coronavírus, os muitos abraços, demonstrações de carinho e felicitações comuns a essas cerimônias ficarão para outro momento. Porém, todo o povo fiel de Brasília é convidado a participar através dos meios de comunicações on-line.

A ordenação será transmitida pelo YouTube e FaceBook da Arquidiocese de Brasília e pela rádio e TV da Canção Nova.

O bispo ordenante da cerimônia será Dom José Aparecido, Administrador Diocesano da Arquidocese de Brasília.

Os candidatos ao Sacerdócio são:

– Diácono André marinho de Souza / Seminário Nossa Senhora de Fátima

– Diácono Daniel Campos Sevillano / Seminário Redemptoris Mater

– Diácono Danny Miguel Cuenca Cajamarca /Seminário Redemptoris Mater

– Diácono Felipe Ferreira de Souza / Seminário Nossa Senhora de Fátima

– Diácono Gustavo Santana Xavier Costa / Seminário Nossa Senhora de Fátima

– Diácono Jesús Enrique Sterling Achipiz / Seminário Redemptoris Mater

– Diácono Lucas Carvalho de Medeiros / Seminário Nossa Senhora de Fátima

– Diácono Lucas da Silva Mariano Meneses /Seminário Redemptoris Mater

– Diácono Paulo Henrique Ribeiro dos Santos /Seminário Redemptoris Mater

– Diácono Pawel Sobczak /Seminário Redemptoris Mater

– Diácono Rafael Enrique Macedo /Seminário Redemptoris Mater

– Diácono Silas César dos Reis /Seminário Nossa Senhora de Fátima

– Diácono Thaisson da Silva Santarém / Seminário Nossa Senhora de Fátima

Entenda a cerimônia

A ordenação presbiteral, realizada anualmente, é uma celebração sacramental cheia de significados e composta por várias partes. O presbiterado é o segundo grau do sacramento da Ordem Sagrada.

Como descrito no Pontificale Romanum (livro que contém todas as orações e orientações para a celebração dos sacramentos e sacramentais), a ordenação presbiteral segue as seguintes etapas:

– Eleição do candidato;
– Homilia;
– Propósito do eleito;
– Ladainha;
– Imposição das mãos e prece de ordenação (iniciada após a Liturgia da palavra. A imposição das mãos de Dom Aparecido bendirá a Deus e invocará o dom do Espírito Santo para a realização do ministério.
– Unção das mãos e entrega da patena e do cálice.

Após a ordenação, cada neo-sacerdote estará apto a atuar nas paróquias e comunidades da Arquidiocese de Brasília e do Brasil.

Informações:
Seminário Maior Arquidiocesano Nossa Senhora de Fátima
 Lago Sul Fone: 3366-9900

Seminário Missionário Arquidiocesano Redemptoris Mater
Lago Sul – 71675-200 Fone: 3251-1818

Arquidiocese de Brasília

China prende ativistas católicos que apoiam democracia em Hong Kong

Protestos em Hong Kong 2020. Crédito: Studio Incendo (CC BY 2.0)

HONG KONG, 13 ago. 20 / 09:36 am (ACI).- As autoridades chinesas prenderam ativistas pró-democracia de Hong Kong e impuseram novas sanções aos legisladores dos Estados Unidos, como parte de uma aparente repressão às liberdades civis na cidade.

Na segunda-feira, 10 de agosto, a ativista católica pela democracia Agnes Chow, de 23 anos, e outras figuras proeminentes foram presas e acusadas de violar a nova lei de segurança nacional de Hong Kong, que entrou em vigor em 1º de julho, sem aprovação pelo legislativo municipal.

Segundo a nova lei, uma pessoa que seja condenada por secessão, subversão, terrorismo ou conspiração com forças estrangeiras receberá um mínimo de 10 anos de prisão, com possibilidade de prisão perpétua.

A definição de terrorismo contemplada neste novo regulamento inclui incêndio criminoso e atos de vandalismo em transporte público "que visem intimidar o governo de Hong Kong ou o governo chinês para fins políticos". Além disso, podem ser acusados de secessão por exibir ou anunciar slogans como "Hong Kong Livre".

A lei foi duramente criticada por líderes de vários países ocidentais, bem como por líderes católicos, que a descreveram como o fim da política de "um país, dois sistemas" acordada entre a China e a Grã-Bretanha no momento da transferência de Hong Kong.

A prisão de Chow foi informada pela primeira vez na segunda-feira por Nathan Law, um ex-líder do Demosisto, partido político pró-democracia criado pela ativista católica e que foi dissolvido pouco antes da nova lei entrar em vigor.

Hong Kong Standard informou mais tarde que Chow havia sido presa por "incitar a secessão".

Também foi preso Jimmy Lai, editor do Apple Daily, jornal chinês de Hong Kong conhecido por suas críticas abertas à ação do governo. Lai foi acusado de "conspiração estrangeira".

As prisões aconteceram no mesmo dia em que a China anunciou novas sanções contra os legisladores dos EUA, depois que o governo Donald Trump emitiu sanções contra a diretora executiva de Hong Kong, Carrie Lam, na semana passada.

Os senadores Marco Rubio, Ted Cruz, Tom Cotton, Josh Hawley e Pat Toomey, bem como o deputado Chris Smith, foram sujeitos a novas proibições após mostrarem apoio aberto à democracia em Hong Kong e se manifestarem contra o internamento massivo de uigures em uma rede de campos de concentração na província chinesa de Xinjiang.

Além disso, foram anunciadas sanções adicionais contra várias ONGs, incluindo os líderes do National Endowment for Democracy; National Democratic Institute for International Affairs; International Republican Institute; Freedom House; e Human Rights Watch.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

ACI Digital

 

Do Sermão sobre o batismo, de São Paciano, bispo

Portal Paulinas
Portal Paulinas

(Nn.5-6: PL 13,1092-1093)        (Séc.IV)

 

Pelo Espírito sigamos o novo modo de viver em Cristo

O pecado de Adão passara para toda a raça: Por um homem, assim diz o apóstolo, entrou o delito e pelo delito, a morte; assim também a morte passou para todos os homens (Rm 5,12). Portanto é necessário que a justiça de Cristo também passe para o gênero humano. Como aquele, pelo pecado fez perecer sua raça, assim Cristo pela justiça vivificará todo o seu povo. O Apóstolo insiste: Como pela desobediência de um só muitos foram constituídos pecadores, assim pela obediência de um só muitos se constituem justos. Como reinou o delito para a morte, de igual modo reinará a graça pela justiça para a vida eterna (Rm 5,19.21).  

Dirá alguém: “Mas havia motivo para o pecado de Adão passar aos seus descendentes, pois foram gerados por ele; e nós, será que somos gerados por Cristo para podermos ser salvos por ele?” Nada de pensamentos carnais. Já diremos de que modo somos gerados, tendo Cristo por pai. Nos últimos tempos, assumiu Cristo de Maria a alma com a carne. A ela veio salvar, não a abandonou nos infernos, uniu-a a seu Espírito, fazendo-a sua. São estas as núpcias do Senhor, a união a uma carne, para formarem, conforme o grande sacramento, de dois uma só carne, Cristo e a Igreja.  

 Destas núpcias nasce o povo cristão, com a vinda do alto do Espírito do Senhor. À substância de nossas almas une-se logo a semente celeste descida do céu e brotamos nas entranhas da mãe e, postos em seu seio, somos vivificados em Cristo. Daí dizer o Apóstolo: O primeiro Adão, alma vivente; o último Adão, espírito vivificante (1Cor 15,45). Assim gera Cristo, na Igreja, por meio de seus sacerdotes. O mesmo Apóstolo: Em Cristo eu vos gerei (1Cor 4,15). A semente de Cristo, o Espírito de Deus, suscitando o novo homem no seio da mãe e dando-o à luz pelo parto da fonte, é dada pelas mãos do sacerdote; a madrinha do casamento é a fé.  

É preciso receber a Cristo para nascer, pois assim diz o apóstolo João: A todos aqueles que o receberam, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus (Jo 1,12). Não há possibilidade de se cumprir isto a não ser pelo sacramento do batismo, da crisma e do sacerdócio. O batismo purifica os pecados. Pela crisma é infundido o Espírito Santo. Solicitamos ambos das mãos e das palavras do bispo. Deste modo o homem todo renasce e se renova em Cristo. Da forma como Cristo ressuscitou dos mortos, assim também nós caminhemos com vida (Rm6,4). Quer dizer, despojados dos erros da vida antiga, sigamos pelo Espírito o novo modo de viver em Cristo.

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF