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terça-feira, 1 de setembro de 2020

Bartolomeu I: não há progresso com base na destruição da natureza

Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação
Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação  (AFP or licensors)

Em sua Mensagem para o Dia de Oração pelo Cuidado da Criação em 1º de setembro, o Patriarca Ecumênico Ortodoxo é claro: a biodiversidade destruída e o equilíbrio climático em colapso exigem uma ação conjunta de indivíduos e governos, "o desenvolvimento não pode continuar sendo um pesadelo para a ecologia".

Alessandro De Carolis – Vatican News

A pergunta que chega na metade da mensagem faz com que se pare e reflita: "Por quanto tempo ainda a natureza vai suportar discussões e consultas infrutíferas e inúmeros atrasos adicionais na tomada de medidas decisivas para sua proteção?". É uma questão que não pode ser contornada e sobre a qual o Patriarca de Constantinopla, Bartolomeu I, concentra sua mensagem para o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação de 1º de setembro.

Um imperativo categórico

A questão é precedida por uma análise realista: "É uma convicção compartilhada - escreve Bartolomeu I - que, em nosso tempo, o ambiente natural está ameaçado como nunca antes na história da humanidade" e a extensão da ameaça é deixada clara, diz ele, pelo fato de que "o que está em jogo não é mais a qualidade, mas a preservação da vida em nosso planeta". Estamos testemunhando, "a destruição do ambiente natural, da biodiversidade, da flora e da fauna, a poluição dos recursos aquáticos e da atmosfera, o colapso progressivo do equilíbrio climático" e outros excessos. Um complexo de situações, observa Bartolomeu I, que mostra como "a integridade da natureza" é um "imperativo categórico" para a humanidade contemporânea. E, no entanto, não é compreendido em sua importância em todos os níveis.

A ilusão da natureza que se “auto-regenera”

Enquanto em nível pessoal, de grupos e organizações, vem à tona uma "grande sensibilidade e responsabilidade ecológica", o mesmo não acontece - observa o Patriarca de Constantinopla - se considerarmos os administradores de assuntos públicos. "Nações e agentes econômicos não são capazes - em nome das ambições geopolíticas e da "autonomia da economia" - de tomar as decisões corretas para a proteção da criação", é a observação do Patriarca ortodoxo, e de fato cultivam "a ilusão" de que "o ambiente natural tem o poder de se renovar".

Deixar de ser pesadelo

A crise da Covid, comenta o Patriarca, demonstrou o impacto da atividade humana na criação, com a queda da poluição registrada durante o lockdown. Portanto, Bartolomeu I é convicto de que, se a indústria de hoje, os transportes, o sistema econômico baseado na "maximização do lucro" tem um "impacto negativo sobre o equilíbrio ambiental", uma "mudança na direção de uma economia ecológica é uma necessidade que não se pode evitar". Não há um progresso verdadeiro baseado na destruição do ambiente natural". É inconcebível", continua ele, "que as decisões econômicas sejam tomadas sem levar em conta suas consequências ecológicas". O desenvolvimento econômico não pode continuar sendo um pesadelo para a ecologia”.

Igreja, “ecologia aplicada”

Na parte final da mensagem, Bartolomeu I recorda o grande compromisso do Patriarcado Ortodoxo com as questões ecológicas e a necessidade de colaborar a esse respeito. Afinal, ele conclui, "a própria vida da Igreja é uma ecologia aplicada. Os sacramentos da Igreja, toda sua vida de adoração, a ascese e vida comunitária, a vida diária de seus fiéis, expressam e geram o mais profundo respeito pela criação".

Vatican News

 

Hoje é celebrado o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação

Imagem referencial / Crédito: Unsplash

REDAÇÃO CENTRAL, 01 set. 20 / 05:00 am (ACI).- A cada 1º de setembro, é celebrado o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, estabelecido pelo Papa Francisco em 2015, em consonância com o tema tratado em sua encíclica Laudato Si sobre o cuidado da casa comum.

Em uma carta enviada em 2015 para os presidentes do Pontifício Conselho Justiça e Paz e do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, o Papa sublinhou que “como cristãos, queremos oferecer a nossa contribuição à superação da crise ecológica que a humanidade está vivendo”.

O Santo Padre afirmou naquela ocasião que este dia “oferecerá a cada crente e às comunidades uma valiosa oportunidade de renovar a adesão pessoal à própria vocação de protetores da criação, elevando a Deus uma ação de graças pela maravilhosa obra que Ele confiou a nosso cuidado, invocando sua ajuda para a proteção da criação e sua misericórdia pelos pecados cometidos contra o mundo no qual vivemos”.

O Papa pediu que as várias conferências episcopais de todo o mundo celebrem este dia com diversas iniciativas nas quais se envolvam sacerdotes, religiosos e leigos.

Do mesmo modo, incentivou que esta ocasião seja também um motivo para estreitar os laços ecumênicos com outros cristãos. Cabe ressaltar que esta atividade já vinha sendo celebrada na Igreja Ortodoxa há muito tempo.

O Papa Francisco, em sua encíclica Laudato Si, propôs duas orações pela criação:

Oração pela nossa terra

Deus Onipotente,
que estais presente em todo o universo
e na mais pequenina das vossas criaturas,
Vós que envolveis com a vossa ternura
tudo o que existe,
derramai em nós a força do vosso amor
para cuidarmos da vida e da beleza.
Inundai-nos de paz,
para que vivamos como irmãos e irmãs
sem prejudicar ninguém.
Ó Deus dos pobres,
ajudai-nos a resgatar
os abandonados e esquecidos desta terra
que valem tanto aos vossos olhos.
Curai a nossa vida,
para que protejamos o mundo
e não o depredemos,
para que semeemos beleza
e não poluição nem destruição.
Tocai os corações
daqueles que buscam apenas benefícios
à custa dos pobres e da terra.
Ensinai-nos a descobrir o valor de cada coisa,
a contemplar com encanto,
a reconhecer que estamos profundamente unidos
com todas as criaturas
no nosso caminho para a vossa luz infinita.
Obrigado porque estais conosco todos os dias.
Sustentai-nos, por favor, na nossa luta
pela justiça, o amor e a paz.

Oração cristã com a criação

Nós Vos louvamos, Pai,
com todas as vossas criaturas,
que saíram da vossa mão poderosa.
São vossas e estão repletas da vossa presença
e da vossa ternura.

Louvado sejais!
Filho de Deus, Jesus,
por Vós foram criadas todas as coisas.
Fostes formado no seio materno de Maria,
fizestes-Vos parte desta terra,
e contemplastes este mundo
com olhos humanos.
Hoje estais vivo em cada criatura
com a vossa glória de ressuscitado.

Louvado sejais!
Espírito Santo, que, com a vossa luz,
guiais este mundo para o amor do Pai
e acompanhais o gemido da criação,
Vós viveis também nos nossos corações
a fim de nos impelir para o bem.

Louvado sejais!
Senhor Deus, Uno e Trino,
comunidade estupenda de amor infinito,
ensinai-nos a contemplar-Vos
na beleza do universo,
onde tudo nos fala de Vós.

Despertai o nosso louvor e a nossa gratidão
por cada ser que criastes.
Dai-nos a graça de nos sentirmos
intimamente unidos
a tudo o que existe.

Deus de amor,
mostrai-nos o nosso lugar neste mundo
como instrumentos do vosso carinho
por todos os seres desta terra,
porque nem um deles sequer
é esquecido por Vós.

Iluminai os donos do poder e do dinheiro
para que não caiam no pecado da indiferença,
amem o bem comum, promovam os fracos,
e cuidem deste mundo que habitamos.

Os pobres e a terra estão bradando:
Senhor, tomai-nos
sob o vosso poder e a vossa luz,
para proteger cada vida,
para preparar um futuro melhor,
para que venha o vosso Reino
de justiça, paz, amor e beleza.
Louvado sejais!

Amém.

ACI Digital

 

S. EGÍDIO, ABADE

S. Egídio, Hans Memling (© St. Annen-Museum/Fotoarchiv der Hansestadt Lübeck)
S. Egídio, Hans Memling (© St. Annen-Museum/Fotoarchiv der Hansestadt Lübeck) 
(© St. Annen-
Museum/Fotoarchiv der Hansestadt Lübeck)

De eremita a abade

O túmulo de Santo Egídio, venerado em uma abadia, na região francesa de Nîmes, remonta, provavelmente, à época merovíngia, embora a sua inscrição não seja anterior ao século X, data em que foi composta a Vida do santo abade, permeada de prodígios.

Parte-se daqui, para se tentar reconstruir a vida de Egídio, cuja lenda mais popular indica que tenha vindo de Atenas, para viver como eremita, em um bosque junto à foz do rio Ródano, na França meridional, a fim de se entregar, com maior dedicação, ao serviço de Deus; transcorria o tempo em oração, vivendo com austeridade e jejuns; nutria-se de ervas, raízes e frutos selváticos; dormia na terra nua e seu travesseiro era uma rocha. Enternecido com por tantos sacrifícios, o Senhor teria mandado a Egídio uma cerva, para fornecer-lhe leite, todos os dias.

Entretanto, durante uma caça, o eremita foi descoberto por Flávio, rei dos Gotos, que se simpatizou por ele. De fato, por erro, o soberano lançou uma flecha contra a cerva, mas feriu o Santo, que se encontrava ao lado do animal que abrigava. Entre os dois nasceu uma amizade; o rei, que havia ficado comovido pelo ocorrido, decidiu oferecer a Egídio certa extensão de terra para construir uma abadia. Ali, o anacoreta, em troca da solidão, inevitavelmente perdida, teve a satisfação de ver crescer uma comunidade ativa de monges, da qual foi diretor espiritual até à sua morte, em 1° de setembro de 720. O mosteiro recebeu o nome de “Abadia de Saint-Gilles”.

Devoção e milagres

Junto com seus monges, Santo Egídio atuou uma grande obra de evangelização e civilização da região, atual Languedoc. Lavrou a terra, fertilizou os campos, até então incultos, abriu caminhos comerciais e, sobretudo, pregou o Evangelho, convertendo os pecadores e levando a fazer penitência.

Pelos seus muitos milagres, Egídio ficou conhecido em toda a França sob o nome de “santo taumaturgo”. Todavia, seu culto estendeu-se, segundo numerosos testemunhos, até à Bélgica, Holanda e Itália. Entre os lugares emblemáticos estão Tolfa, no Lácio, e Latronico, pequeno centro na região da Basilicata, onde, há quase três séculos, se renova o “milagre do maná”, atribuído ao Santo eremita. Na basílica dedicada ao santo Padroeiro, a partir de 1716, acontece em uma ou mais sextas-feiras de março, que, da pintura que representa Santo Egídio em penitência em um eremitério, “verte” um líquido incolor. O acontecimento, sobre o qual já falavam as crônicas, desde 1709, ocorreu de modo evidente, em 1716; narra-se que o povo, preocupado pelas muitas calamidades naturais, dirigia-se a Santo Egídio, para que as fizesse cessar. Suas orações foram atendidas e, provavelmente, aquele líquido recordava o “milagre” ocorrido.

No dia 22 de fevereiro de 1728, o Bispo local promulgou o decreto, segundo o qual o líquido podia ser recolhido, todas as vezes que se apresentasse. Desde então, o misterioso evento repete-se quase todos os anos e as pessoas o aguardam com ansiedade.

Vatican News

 

Santa Beatriz da Silva Menezes

A12.com

Beatriz nasceu no norte da África, numa colônia portuguesa. Ainda na infância, voltou com a família para Portugal. Ao completar vinte anos de idade, Beatriz foi para a corte da Espanha, pois sua tia Isabel, que se casara com o rei de Castela, convidou-a para ser sua primeira dama de honra.

Beatriz era uma jovem muito bela fisicamente, além de ser amável, culta, inteligente e educada nas virtudes cristãs. Logo que chegou despertou a admiração de todos. Isto provocou o ciúme e a inveja da rainha, que passou a maltratá-la. Beatriz tudo suportou sem falar nada para ninguém. No auge de seus sofrimentos, Beatriz entrega-se a Nossa Senhora e recebe a incumbência de fundar uma Ordem religiosa dedicada à Imaculada Conceição.

Imediatamente, deixou a corte e ingressou no mosteiro, onde cobriu seu rosto com um véu branco por toda a vida. Somente em 1479 Beatriz conseguiu realizar seu sonho e fundou uma nova congregação: a Ordem da Irmãs da Imaculada Conceição, conhecidas como concepcionistas.

Beatriz Menezes faleceu em 1490. Seu projeto de amor perpetuou e alcançou o mundo todo.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

Reflexão
Santa Beatriz representa a força feminina da comunidade cristã. Sua perseverança diante dos sofrimentos revela sua fidelidade ao projeto de Cristo. Seu sonho de fazer os outros felizes transbordou seu coração e a fez iniciar um novo projeto de evangelização, fundando assim as irmãs concepcionistas. Que Deus nos inspire a lutar pelos mais fracos a exemplo de santa Beatriz.
Oração
Senhor, Pai de bondade, aprendemos com Santa Beatriz a aceitar os desafios da vida e nunca abandonar o projeto de Deus em favor da libertação da humanidade. Guia-nos pelos caminhos da sabedoria e do discernimento e ajudai-nos a Vos encontrar nos mais pequeninos e sofredores. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
 

segunda-feira, 31 de agosto de 2020

O padre que fracassou

O padre que fracassou
 Uma história para nos lembrar que, mesmo nos nossos piores dias, podemos ser luz na vida dos outros.

Está circulando nas redes sociais e grupos católicos de WhatsApp um texto de autoria desconhecida que narra o sentimento de um padre que achava que tinha fracassado em seu trabalho. Anos depois, o testemunho de fiéis mostra o contrário.
Abaixo, reproduzimos o texto para que possamos refletir sobre uma de suas mensagens poderosas: “Nos piores dias da sua vida você ainda pode ser benção na vida de alguém”.

“O PADRE QUE FRACASSOU

O Padre de um pequeno vilarejo chegou à igreja animado e motivado para realizar mais uma missa vespertina. A hora passava e o povo não chegava. Depois de 15 minutos de atraso, entraram três crianças, depois de 20 minutos entraram dois jovens. Então o padre resolveu começar a missa com os cinco irmãos.

No decorrer da missa, entrou um casal que se sentou nos últimos bancos da igreja.
Quando o padre fazia a Homilia, entrou mais um senhor, meio sujo, com uma corda na mão. Desapontado e sem entender o porquê da fraca participação dos fiéis, o padre conduziu a missa animado e pregou com dedicação e zelo.

Quando voltava para a casa foi assaltado e espancado por dois ladrões que levaram a sua pasta onde estavam sua Bíblia e outros pertences de valor. Chegando na casa paroquial, fazendo os curativos das feridas, ele descreveu aquele dia como:

1) o dia mais triste da sua vida,
2)o dia mais fracassado do seu ministério,
3) o dia mais infrutífero da sua carreira.

Após cinco anos, o padre resolveu compartilhar essa história com a igreja. Quando ele terminava de contar a história, um casal de grande destaque naquela paróquia interrompeu-o e disse:

– Padre, o casal da história que se sentou no fundo éramos nós. Estávamos à beira da separação em função de vários problemas e desentendimentos que havia no nosso lar. Naquela noite, decidimos pôr fim ao nosso casamento, mas, primeiro, decidimos vir à igreja para deixarmos as nossas alianças e depois cada um seguiria o seu caminho. Entretanto, desistimos da separação depois de ouvirmos sua homilia, naquela mesma noite. Como consequência, hoje, estamos aqui com o lar e a família restaurados.

Enquanto o casal falava, um dos empresários mais bem sucedidos que ajudava no sustento daquela igreja acenava, pedindo para falar e ao lhe ser dada a oportunidade disse:

– Padre, eu sou aquele senhor que entrou meio sujo com uma corda na mão. Eu estava à beira da falência, perdido nas drogas, minha esposa e meus filhos tinham ido embora de casa por conta das minhas agressões. Naquela noite tentei suicidar-me, só que a corda arrebentou. Então decidi comprar outra. Quando me pus a caminho para comprar uma outra corda, vi a igreja aberta, decidi entrar mesmo sujo com a corda na mão. Naquela noite, a sua homilia perfurou o meu coração e saí daqui com ânimo para viver. Hoje estou livre das drogas, minha família voltou para casa e me tornei o maior empresário do vilarejo.

Lá na porta da entrada da sacristia, o diácono gritou:

– Padre, eu fui um daqueles ladrões que o assaltaram. O outro morreu naquela mesma noite, quando realizávamos o segundo assalto. Naquela sua pasta, havia uma Bíblia. Eu passei a lê-la sempre que acordava pela manhã. Depois de tanto ler, resolvi participar dessa igreja.

O Padre ficou em choque e começou a chorar junto com os fiéis. Afinal aquela noite que ele considerava como uma noite de fracasso foi uma noite muito produtiva.

MORAL DA HISTÓRIA

1- Exerça o seu chamado(trabalho/ missão) com dedicação e zelo independentemente do número de participantes,
2- Dê o seu melhor todos os dias, pois a cada dia você é um instrumento do bem para a vida de alguém,
3- Nos piores dias da sua vida você ainda pode ser benção na vida de alguém,
4- O dia que você considera como o dia mais infrutífero da sua vida na terra, na verdade é o dia mais produtivo no mundo espiritual.
5- Deus usa as circunstâncias ruins da vida para produzir grandes vitórias,
6- Nunca diga:” hoje Deus não fez nada”, só pelo fato de seus olhos nada enxergarem!

Deus o abençoe!”

Fonte: Aleteia

O sentido do celibato

Apologética
Veritatis Splendor
  • Fonte: CatolicaNet

A fragilidade humana atinge a todos, ninguém está isento, mesmo que sacerdote, religiosa, pastor, pastora.

No caso da sexualidade, o celibato faz parte das normas de um estilo de vida oferecido pela Igreja a quem quiser assim viver. Não é obrigação alguma por parte da Igreja, mas uma opção de fé e amor, de quem escolhe este estilo de vida. Aos que assim desejam viver a Igreja oferece um processo formativo bem longo, com apoio na psicologia, na teologia, na doação caritativa aos outros. Ninguém assume este estilo de vida sem conhecer muito bem, os compromissos e as conseqüências que deles advém. Todo este investimento formativo, que é de sumo valor, não tira da pessoa a possibilidade de rever a opção tomada, em qualquer momento da vida e, também, de errar.

Quando um sacerdote ou um religioso ou religiosa refazem sua opção, mas permanecem na Igreja, portanto, não abdicam da fé cristã ou mudam de religião, continuam atuando ativamente na Igreja, como leigo ou leiga. Apenas deixaram um determinado estilo de vida oferecido por ela e que livremente haviam abraçado.

Se um sacerdote ou religioso ou religiosa falham a seus compromissos, assumidos em plena liberdade como, por exemplo, o celibato, a instituição Igreja, ao saber da questão, tem diversos caminhos a tomar. Um deles, o primeiro, é o diálogo, para ajudar a ponderar e possibilitar a reconsideração da falha para que a pessoa possa voltar, livremente, ao compromisso ou fazer outra opção deixando o exercício do sacerdócio ou a vida consagrada. No caso de aceitação da emenda, a Igreja possibilita à pessoa os meios para se recuperar tanto em nível psicológico, como espiritual e moral. Ao deixar o sacerdócio ou a vida consagrada esta pessoa, como os(as) leigos(as) pode, na Igreja, assumir outro estilo de vida, compatível com o Evangelho. Em casos excepcionais, esgotados todos os caminhos, pode ocorrer sanções fortes, como a expulsão do quadro da vida sacerdotal ou da vida consagrada.

Se há suspeita, denúncia, provas de que se trata de um crime – como por exemplo, estupro, pederastia, pedofilia – segue-se, obviamente o procedimento jurídico comum de processo criminal, com acusação e defesa, e com as consequências que daí decorrem.

Toda e qualquer instituição tem sua imagem ferida quando um de seus membros se desvia de seus compromissos. Um problema a mais, que surge dos escândalos, é que pessoas não suficientemente maduras humanamente ou na fé, facilmente se sentem abaladas em suas convicções, em sua fé e em seu compromisso com a instituição atingida. E há ainda os que facilmente generalizam, passando a desconfiar e a julgar todos os demais daquela instituição: se um padre erra, todos os padres não prestam; se um advogado erra, todos os advogados não prestam; se um político é corrupto, todos os políticos são corruptos.

Contudo não se pode esquecer, mesmo diante de um escândalo, daqueles sacerdotes que dedicam suas vidas ao outro: muitos morrem em nome de sua missão e, principalmente, em nome de seu fiel povo.

Veritatis Splendor

Do Livro da Imitação de Cristo

A Imitação de Cristo « Católico Digital
Católico Digital

(Lib. 3,3)                                     (Séc.XV)

 

Eu ensinei os meus profetas

Ouve, filho, minhas palavras suavíssimas, que superam toda a ciência dos filósofos e sábios deste mundo. Minhas palavras são espírito e vida (cf. Jo 6,63), não ponderáveis por humanas inteligências.  

Não devem ser puxadas para a vã complacência, mas escutadas em silêncio, acolhidas com total humildade e afeição íntima.  

Eu disse: Feliz a quem instruis, Senhor, e lhe ensinas tua lei para que o alivies nos dias maus (Sl 93,12-13) e para que não se sinta abandonado na terra.  

Eu, diz o Senhor, ensinei no início aos profetas e até hoje não cesso de falar a todos. Porém muitos, à minha voz, são surdos e endurecidos.  

Muitos se comprazem em atender ao mundo mais que a Deus; com maior facilidade seguem os apetites de sua carne do que a vontade de Deus.  

O mundo promete coisas temporárias e pequeninas e é servido com imensas cobiças. Eu prometo bens sublimes e eternos e se entorpecem os corações dos mortais.  

Quem me serve e obedece com tanto empenho em todas as coisas, quanto se serve ao mundo e aos seus senhores?  

Cora de vergonha, servo preguiçoso e descontente, porque aqueles estão mais prontos para se perderem do que tu para viveres.  

Mais se alegram aqueles com a vaidade do que tu com a verdade.  

E, no entanto, por vezes se frustra sua esperança,ao passo que jamais falha a alguém minha promessa, nem sai de mãos vazias quem em mim confia.  

O que prometi, darei; o que falei, cumprirei.  

Sou eu o remunerador dos bons e inabalável acolhedor de todos os fiéis.  

Escreve minhas palavras em teu coração e rumina-as com cuidado; serão muito necessárias no tempo da tentação.  

O que não entendes ao ler, entenderás quando te visitar.  

Costumo visitar de dois modos meus eleitos: pela tentação e pela consolação.  

E lhes leio diariamente duas lições: uma, arguindo seus vícios; outra, exortando a progredir na virtude.  

Quem tem minhas palavras e delas faz pouco caso, terá quem o julgue no último dia (cf. Jo 12,48).

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Os políticos católicos não devem promover leis contra a vida dos nascituros, afirma Dom Paglia

Foto referencial. Crédito: Pixabay

VATICANO, 31 ago. 20 / 09:30 am (ACI).- O presidente da Pontifícia Academia para a Vida (PAV), Dom Vincenzo Paglia, assegurou que os políticos católicos não devem promover leis contra a vida dos nascituros.

Ao ser perguntado sobre as ações de presidentes ou legisladores que se dizem católicos e promovem leis a favor do aborto, Dom Paglia disse que “a Igreja é muito clara a esse respeito. É uma resposta do Catecismo. É um grande erro promover legislações sobre o aborto e a eutanásia”.

Assim indicou o Arcebispo italiano no sábado, 29 de agosto, durante sua participação no segundo Encontro Virtual da Rede Pan-Americana pelo Direito à Vida, na rodada de perguntas após sua apresentação “Luzes a partir dos 25 anos do Evangelho da Vida”, por ocasião dos 25 anos da encíclica Evangelium vitae do Papa São João Paulo II.

No evento transmitido pela CELAM, o também Grão-Chanceler do Pontifício Instituto João Paulo II para Estudos do Matrimônio e da Família destacou a importância de usar "o remédio da misericórdia, o remédio da compaixão" para gerar mudanças nas autoridades que lhes permitam ser defensoras do direito à vida.

Por isso, os políticos católicos "devem parar de promover leis contra a vida" dos nascituros. "Não há dúvidas sobre isso!", exclamou.

Depois de especificar que é certo que os políticos tentem melhorar uma "legislação má e pecaminosa" para que seja menos má, Dom Paglia disse que "os políticos cristãos e também os outros políticos devem escutar a validez de apoiar e ajudar a vida de todos e especialmente dos mais frágeis. Nesse sentido, não há nenhuma dúvida”.

Ao ser perguntado sobre a excomunhão dos católicos e o pecado do aborto, o presidente da PAV disse que aqueles que estão envolvidos nisso "certamente estão errados", mas embora "nos interesse a clareza de condenar o erro, devemos fazer de tudo para converter aquele que erra, para ajudar a salvá-lo”.

“Há uma grande responsabilidade da Igreja para que seus membros, antes de tudo, se convertam ao Evangelho da vida, à beleza da vida. É importante evitarmos o trabalho sujo da morte e realizarmos o belo trabalho da vida”, frisou o Prelado.

Sobre a objeção de consciência, Dom Paglia disse que “cada um de nós tem o direito de rejeitar e não obedecer a uma lei que considere profundamente errada. Não é um atentado à democracia. Absolutamente não".

“Deve haver um grande respeito por aqueles que enfrentam objeções de consciência às leis injustas e estão dispostos a pagar pessoalmente o preço que lhes é imposto pelas leis estaduais. Nesse sentido, são homens e mulheres a quem devemos plena admiração, respeito e apoio”, frisou.

O presidente da PAV disse ainda que “a ideologia de gênero é um retrocesso cultural, é um retrocesso”. Além disso, é contrária à diversidade natural da criação de Deus que dispôs que os seres humanos sejam homem e mulher.

“Nós, católicos, devemos apoiar isso com mais força e dizer aos promotores dessa doutrina que estão retrocedendo, que estão indo até mesmo contra a evolução de Darwin. São milhões de anos nos quais a evolução modela o homem e a mulher de maneiras diferentes. A diversidade e a riqueza, esse é o tema. Infelizmente, hoje, uma cultura secular não pode sustentar a força da diversidade”.

Em seguida, Dom Paglia destacou a importância de redescobrir “a aliança do homem e da mulher”, assim como sua “diversidade que permeia e gera vida” no matrimônio e na família.

Sobre as universidades ou escolas católicas onde a doutrina nem sempre é ensinada ou seguida, o Arcebispo disse que “os católicos têm a responsabilidade de refletir sobre os conteúdos da nossa fé e transmiti-los à escola, à universidade, à economia, à política, à arte, à literatura, a todos os setores”.

É necessário então “adquirir uma força maior no transmitir, mais do que no combater” para que o conteúdo da fé seja mais atraente, considerando “os enormes tesouros” da Igreja “que muitos no mundo secular nem sequer sonham ou conhecem. É necessário um orgulho católico mais inteligente".

“A Igreja é muito mais especialista em humanidade do que os demais. Temos o dom do espírito de dizer coisas sábias com mais inteligência do que muitos outros. O problema é acordar do sonho e abandonar o fechamento do interior que nos faz jogar na defesa. Hoje precisamos saber mostrar a altura, a profundidade e a beleza do mistério cristão”.

O presidente da PAV também comentou que no mundo de hoje “o combate à eutanásia não se faz só lembrando a doutrina. É realizado tendo os idosos em casa, acompanhando-os para que vivam até o fim. Esta é a batalha crucial que devemos empreender hoje”.

Dom Paglia também informou que em setembro o dicastério que preside lançará um novo documento sobre os idosos.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

ACI Digital

 

B. ALFREDO ILDEFONSO SCHUSTER, CARDEAL, ARCEBISPO DE MILÃO

B. Alfredo Ildefonso Schuster, 1930
B. Alfredo Ildefonso Schuster, 1930 

"Parece que as pessoas não se deixam mais convencer pela nossa pregação, mas, diante da santidade, ainda se ajoelham, acreditam e rezam. Parece que as pessoas são inconscientes diante das realidades sobrenaturais e indiferentes aos problemas da salvação. Mas se um verdadeiro Santo passar pela rua, vivo ou morto, todos correm para vê-lo".

Nesta espécie de testamento espiritual, deixado aos seminaristas moribundos, encerra-se toda a essência da santidade de Alfredo Ildefonso Schuster, monge de coração, antes de ser pastor de almas na cidade de Milão, para aonde a Igreja o enviara. Dois dias depois de pronunciar estas palavras, no cortejo fúnebre que acompanhava seu caixão, de Venegono a Milão, todos se uniram e acorreram para ver a passagem de um Santo.

Um verdadeiro filho de São Bento

Natural de Roma, filho do mestre alfaiate dos Pontífices, quando criança Ildefonso ajudava a Missa perto do Vaticano. Ao ficar órfão de pai, entrou para a residência estudantil de São Paulo fora dos Muros, onde teve como mestres o Beato Plácido Riccardi e o Padre Bonifácio Oslander. Educado à oração, ao silêncio e à ascese, sentiu o desejo de se tornar monge beneditino na mesma Abadia.
Em poucos anos, Alfredo tornou-se mestre dos Noviços, Prior claustral e abade ordinário. Durante seus anos de estudo, sem se descuidar dos seus deveres, conseguiu também se dedicar à arte sacra, à arqueologia e à história monacal e litúrgica, pela qual era apaixonado.
Ao formar-se em Filosofia, no Colégio de Santo Anselmo, e receber o Doutorado em Teologia, foi ordenado sacerdote, em 1904. Logo a seguir, foram-lhe confiados os cargos mais onerosos, como o de Reitor do Pontifício Instituto Oriental, e a missão de Visitador apostólico na Lombardia, Campânia e Calábria. Em 1926, pregou os exercícios espirituais ao então arcebispo Roncalli - futuro Papa João XXIII – do qual celebrou o rito fúnebre.

Monge-cardeal

Em 1929, Pio XI o escolheu como guia da arquidiocese ambrosiana de Milão e o criou Cardeal. Alfredo Ildefonso foi o primeiro a prestar juramento de lealdade diante do Rei Vitório Emanuel III, conforme previa a nova Concordata recém-assinada entre a Itália e a Santa Sé.
Milão recebeu o Cardeal Schuster de braços abertos, apesar dos anos difíceis que vislumbravam no horizonte. Na cidade ambrosiana, inspirado no seu mais ilustre predecessor - São Carlos Borromeu - fundou a União diocesana, composta de personalidades religiosas e leigas, que haviam recebido uma condecoração pontifícia.
O Cardeal Ildefonso foi um verdadeiro pastor, que jamais poupou esforços: em 25 anos, visitou cinco vezes as paróquias do território; escreveu Cartas pastorais ao povo e ao Clero, para defender a pureza da fé, com suas prescrições litúrgicas; promoveu Sínodos diocesanos e Congressos eucarísticos; e mandou construir novos seminários, como o de Venegono, onde faleceu.
Os fiéis milaneses sentiam sua proximidade e retribuíam seu carinho: ao ouvi-lo, ninguém permanecia indiferente às suas palavras. Ildefonso transmitia os ensinamentos da Igreja, sobretudo, com seu exemplo.

O difícil papel da Igreja durante a guerra

No entanto, na Itália, foi instaurado o regime fascista. Em boa fé, Ildefonso pensava que, mediante a colaboração entre o governo e a Igreja, o Fascismo podia se tornar uma ideologia evangelizadora, profunda e firmemente cristã. Mas, não foi assim.
Em 1938, o Cardeal Schuster já havia percebido isso, com a promulgação das leis raciais. Em uma homilia, que passou para a história, definiu o racismo desenfreado como "heresia".
Em 1939, participou do Conclave, no qual o Cardeal Eugênio Giovanni Pacelli foi eleito Papa com o nome de Pio XII. Depois, explodiu a guerra.
Em 1945, após a queda da República Social Italiana, Alfredo Ildefonso Schuster propôs um encontro de negociação entre os representantes partidários e Mussolini, mas, este último, preferiu fugir. Quando Mussolini e seus seguidores foram assassinados e expostos no Largo Loreto, o Arcebispo abençoou seus corpos, porque "todo cadáver devia ser respeitado".
Após a guerra, o Cardeal Alfredo Ildefonso foi eleito o primeiro Presidente da Conferência Episcopal Italiana. Em 1954, já debilitado, retirou para o seminário de Venegono, onde faleceu em 31 de agosto.
Alfredo Ildefonso Schuster foi beatificado, em 1996, por São João Paulo II.

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SS. JOSÉ DE ARIMATEIA E NICODEMOS, DISCÍPULOS DO SENHOR

SS. José de Arimateia e Nicodemos, discípulos do Senhor, Giotto
SS. José de Arimateia e Nicodemos, discípulos do Senhor, Giotto 

Depois disto, José de Arimateia, que era discípulo de Jesus, mas oculto, por medo dos judeus, rogou a Pilatos que lhe permitisse tirar o corpo de Jesus da Cruz. E Pilatos lho permitiu. Então foi e tirou o corpo de Jesus. Com ele foi também Nicodemos, que anteriormente, se encontrara às ocultas de noite com Jesus, levando quase cem arráteis de um composto de mirra e aloés. Tomaram, pois, o Corpo de Jesus e o envolveram em lençóis com as especiarias, como os judeus costumavam fazer, na preparação para o sepulcro. Havia um horto naquele lugar, onde Jesus fora crucificado e, no horto, um sepulcro novo, no qual ninguém ainda havia sido posto. Ali, pois, por causa da preparação da festa dos judeus e por aquele sepulcro estar perto, depositaram Jesus” (João 19,38-42).

No Evangelho de João encontramos a reconstrução mais precisa da deposição e sepultamento bastante incomum de Jesus, uma vez que, em geral, os corpos dos condenados eram deixados pelos romanos na cruz, até serem lançados em uma fossa comum. Porém, Jesus recebeu um tratamento diferente, graças a José, que usou sua influência para obter seu corpo e o enterrar em um sepulcro, que ele havia comprado para si. Contudo, ele teve que se apressar, porque em breve seria a Páscoa judaica, e ele não poderia participar da festa porque estava impuro, por ter entrado em contato com um cadáver. Por isso, foi ajudado por Nicodemos, que levou uma grande quantidade de óleos perfumados.

José de Arimateia, entre história e lenda

José era um ilustre membro do Sinédrio, um homem poderoso, muito conhecido e estimado em Jerusalém. Sua cidade natal, provavelmente, era Arimateia, identificada, por alguns, como a atual Rantis. Segundo o costume dos judeus, um corpo devia ser enterrado na própria terra natal. Por isso, alguns estudiosos acham estranho que ele tivesse um lugar para o sepultamento em Jerusalém.
Em seu Evangelho, João ressalta que um homem ilustre seguia Jesus, com discrição, por medo de ser criticado. Porém, ele não foi nada discreto ao pedir o corpo de Cristo a Pilatos, utilizando todo o seu poder para obtê-lo. José sabia que isto era muito arriscado: a simpatia por uma pessoa condenada à morte poderia ser facilmente interpretada como cumplicidade e, portanto, ter o mesmo e triste destino. Mas, naquele momento, José não teve medo de expressar abertamente a sua fé. Tanto que, além de oferecer seu sepulcro para Jesus, também comprou um linho para envolver seus restos mortais. Depois da Páscoa, ele não foi mais mencionado nos Evangelhos canônicos, mas, segundo algumas lendas de origem oriental, ele teria partido para evangelizar toda a Europa até à Grã-Bretanha, onde até foi citado no ciclo literário do Rei Artur como custódio do Santo Graal.

Nicodemos, figura do Evangelho de João

Nicodemos, fariseu, doutor da Lei e príncipe dos Judeus, era uma figura presente apenas no Evangelho de João. Encontramo-lo, pela primeira vez, quando Jesus chegou a Jerusalém. Fascinado pela sua pessoa, Nicodemos vai até Jesus, à noite, para não ser visto, e o interrogou sobre a natureza da sua missão. Jesus responde-lhe que “para fazer parte do Reino de Deus era preciso renascer, mas espiritualmente”. Nicodemos ficou tão impressionado, a ponto de falar positivamente sobre Jesus no Conselho, quando foi capturado; ele recordou aos fariseus que a lei permitia ao acusado ser ouvido antes de ser julgado.
Enfim, no momento da sepultura, o encontramos ao lado de José de Arimateia. Foi atribuído a Nicodemos também um Evangelho apócrifo, escrito em grego, que remonta ao século II, no qual a posição de Pôncio Pilatos foi revista.

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF