Translate

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Um convite da Pedra

Catequese
Veritatis Splendor

Reserve um momento para ler isto… Pode mudar a sua vida!

* * *

Se a vida e viver a vida são uma luta para você neste momento, o convite a seguir pode muito bem ajudá-lo.

A luta sempre fez parte da vida ao longo da história humana. O que é muito decepcionante nestes tempos modernos é que, com toda a magia da tecnologia moderna, muitos desses problemas não estão melhorando. De fato, em pouco mais de 150 anos, matamos milhões e milhões de pessoas com os nossos modernos métodos de guerra e técnicas de extermínio. Aqueles de nós que escaparam, passamos a consumir os recursos do mundo a tal ponto que todo homem, mulher e criança sobre a Terra vive em um ambiente poluído, em um grau ou outro.

O problema é que ficamos cegos à nossa verdadeira natureza. Não somos seres que nascemos para viver uma vida bem curta e depois desaparecemos no esquecimento. Ficamos tão preocupados com os nossos direitos pessoais e com a luta por ganho material que acabamos por perder o contato com a parte da nossa natureza que vive além do nosso ser físico. Gostemos ou não, optamos pelo benefício físico tangível e pelo direito de desfrutá-lo, às custas do nosso bem-estar espiritual.

No entanto, dentro da maioria de nós sentimos que somos mais do que simplesmente um corpo físico que surge sobre a Terra em algum momento e posteriormente desaparece. Pesquisas indicam que, de longe, a maior porcentagem de nós acredita que existe um Deus ou alguma inteligência controladora por trás de tudo neste universo.

Nos últimos anos tem havido um crescimento constante no interesse em explorar o espiritual, buscando respostas que parecem nos iludir no aqui e agora. O problema é, porém, para onde vamos e quem vemos para tentar trazer essa parte imortal do nosso ser de volta ao dia a dia das nossas vidas.

O primeiro passo é pedir! Pedir a quem? Pedir ao Deus que nos criou e que a maioria de nós crê que existe em algum lugar? Por exemplo: certa noite, uma jovem viciada em drogas acordou de um sono perturbado, sentou-se na cama e simplesmente implorou: “Deus, me ajuda!”, e depois voltou a dormir. Quando ela acordou pela manhã, o vício em drogas que a atormentava em sua vida se fôra. A partir daquele momento, ela começou a reconstruir a sua vida, buscando orientação em Deus e, com o tempo, tornou-se uma pessoa bastante carinhosa, alcançando outras pessoas que sofriam com vícios dos mais variados tipos.

O Deus que ajudou aquela jovem a recuperar a sua vida realmente ama todos e a cada um de nós, sem exceção, tanto é verdade que Ele enviou Alguém para nos ajudar a abrir mais plenamente o caminho de volta até Ele. Esse Alguém era o Seu Filho, Jesus Cristo. A entrada desta Pessoa mudou mais a história humana do que qualquer outra pessoa nascida nesta terra.

A mudança é possível em qualquer vida enquanto houver vida. Além disso, não custa nada. Tudo o que precisamos fazer é chegar e pedir. Há todo tipo de fórmulas de oração que foram escritas para se lidar com essas situações, mas também pode ser tão simples quanto: “Senhor Jesus: ajuda-me, por favor! Tentarei segui-Lo para onde quer que me indiques”.

Por que você não pára de ler agora e convida Jesus para o seu coração, fazendo um convite simples como este que acabei de descrever? Não importa quem você é, ou qual a sua formação, ou onde você está; todos fomos criados pelo mesmo Senhor e Doador da Vida. Quando você estender esse convite, Jesus aceitará e virá imediatamente para estar com você. Ele esperou toda a sua vida por esse momento; portanto, se você acabou de fazer esse convite, descanse com Ele por um momento antes de continuar a ler.

É impossível amar algo ou seguir alguém que você não conhece. A maneira mais rápida e fácil de descobrir mais sobre Jesus é ler sobre a Sua vida nos quatro Evangelhos do Novo Testamento. Saia e procure ou compre uma cópia do Novo Testamento o mais rápido possível; (…) está disponível na maioria das grandes livrarias. (…)

Você precisará de auxílio no seu novo relacionamento com Cristo e escolher quem o auxiliará é um passo muito importante. A melhor sugestão seria você se aproximar da Igreja Católica Romana, que foi fundada por Jesus Cristo e seus Apóstolos há cerca de 2.000 anos. Os católicos creem que Jesus Cristo é Deus, Senhor e Salvador de toda a humanidade. Para continuar a Sua presença salvadora e mensagem através da história, Jesus fundou uma Igreja que é visível na Igreja Católica Romana. Os católicos creem que a Igreja continuará sua missão até o fim do mundo, quando o próprio Jesus retornará.

O Senhor concedeu um dom especial de ensino a Pedro e aos outros Apóstolos, que continua nos seus sucessores: o Papa e os Bispos até os dias atuais. Há uma sucessão ininterrupta de Papas, 264 em número, desde o original Pedro Apóstolo até o atual Papa Francisco. Assim como Jesus era a comunicação visível do amor de Deus, também Jesus se comunica através da estrutura visível da Igreja. A natureza mística e divina da Igreja está ligada à sua estrutura social. De que outra forma Deus pode se revelar com certeza, exceto através daquilo que é acessível à pessoa humana?

O ingresso de adultos na Igreja é amplamente realizado através de um processo chamado de “Rito de Iniciação Cristã para Adultos” (RICA). Este RICA é um processo gradual que pode ser ajustado às necessidades do indivíduo e a sua participação não impõe ao solicitante nenhuma obrigação de ingressar na Igreja. Em geral, porém, os recém-chegados que escolhem seguir em frente são recebidos na Igreja na Vigília da Páscoa, no Sábado Santo.

Há alguns anos saiu uma história sobre uma jovem família que se mudou para uma nova paróquia. O marido e a esposa rapidamente se envolveram na vida paroquial através de suas várias pastorais. O pároco notou, no entanto, que quando a família se apresentava para a comunhão, a esposa permanecia [sentada] no banco. Isso não é particularmente notável, pois há muitos casamentos em que um dos cônjuges não é católico; mas nesse caso em particular, essa mulher fazia parte da vida paroquial e o pastor não conseguiu conter a sua curiosidade. Certo dia, quando estavam trabalhando juntos em um projeto, ele perguntou se ela já havia pensado em se tornar católica; ela respondeu que “sim, muitas vezes”. Perguntou o pároco: “Então qual é o problema? Posso ajudar de alguma maneira”. Ela então respondeu: “Bem, padre: é que ninguém tinha me convidado…”

Para ter certeza de que a mesma situação não acontece com você, por que não aceita o nosso convite para descobrir Cristo em Sua Igreja Católica? Se você gostar do que irá ver, o resto será entre você e Deus. É simples, basta telefonar para a secretaria da Igreja Católica mais próxima de você e pedir para falar com o padre. Se ele não estiver disponível, explique à pessoa que atende o telefone que você está interessado em descobrir mais sobre a Igreja Católica e ela irá ajudá-lo. Se você tiver algum problema ao entrar em contato com uma paróquia, escreva-nos e tentaremos ajudá-lo. (…)

Temos um outro artigo, que você pode achar útil, intitulado “Aproximando-se da Igreja Católica pela primeira vez” (…) Você pode lê-lo aqui. (…)

Que Deus o abençoe em sua busca e tenha certeza de que você está em nossas orações.

Veritatis Splendor

“Fratelli tutti”, Francisco assinará a sua Encíclica em 3 de outubro

Basílica de São Francisco de Assis
Basílica de São Francisco de Assis 

O documento tem o subtítulo "Sobre a fraternidade e a amizade social" e será assinado após a missa que o Papa celebrará na Basílica franciscana. A cerimônia não terá a presença de fiéis no respeito da atual situação sanitária.

Alessandro De Carolis – Vatican News

Sobre o túmulo do Santo que viu a fraternidade em cada criatura de Deus e a transformou em um canto sem tempo. Inicia dali a nova etapa do Magistério do Papa que escolheu carregar o nome do Santo da Úmbria. Depois da “Lumen fidei” (2013) e “Laudato si'” (2015) - que ecoa no título o início do Cântico das Criaturas - desta vez é a cidade do Pobrezinho que batizará a terceira Encíclica “Fratelli tutti” (Todos irmãos)..., que o Papa assinará na tarde do dia 3 de outubro, depois de chegar a Assis às 15h e celebrar a Santa Missa na Basílica inferior. Uma celebração ainda condicionada pela pandemia, já que a Prefeitura da Casa Pontifícia refere em uma declaração o desejo de Francisco de que a visita "se realize de forma privada, sem qualquer participação dos fiéis", "por causa da situação de saúde".

A citação de São Francisco da qual é tirado o título da Encíclica
A citação de São Francisco da qual é tirado o título da Encíclica

No coração de um magistério

O título do último documento se refere a um valor central do Magistério de Francisco, que na noite de sua eleição, 13 de março de 2013, se apresentou ao mundo com a palavra "irmãos". E irmãos são os invisíveis que ele abraça em Lampedusa, os imigrantes, em sua primeira saída como Pontífice. Também Shimon Peres e Abu Mazen que apertam juntos a mão com o Papa em 2014 são um exemplo dessa fraternidade que tem a paz como meta. Até a Declaração de Abu Dhabi do ano passado, também neste caso um documento sobre a "fraternidade humana" que, disse Francisco, "nasce da fé em Deus que é Pai de todos e Pai da paz".

Sorrentino: do gesto do Papa, a força para recomeçar

Com a de 3 de outubro serão quatro as visitas do Papa a Assis, após as etapas de 4 de outubro de 2013 e a dupla visita de 2016, 4 de agosto e 20 de setembro. Um retorno que o bispo da cidade, dom Domenico Sorrentino, espera com "emoção e gratidão", como se lê em uma declaração. "Enquanto o mundo sofre uma pandemia que coloca tantos povos em dificuldade e nos faz sentir irmãos na dor, não podemos deixar de sentir a necessidade de nos tornarmos acima de tudo irmãos no amor", escreve dom Sorrentino, que fala da "fraternidade cósmica" de São Francisco. "Este gesto do Papa Francisco - conclui o bispo de Assis - nos dá nova coragem e força para 'reiniciar' em nome da fraternidade que nos une a todos".

Vatican News

Estudantes pedem apoio ao Papa Francisco na luta contra o aborto na Coreia do Sul

O Papa Francisco. Foto: Daniel Ibáñez / ACI Prensa

Seul, 06 set. 20 / 05:00 am (ACI).- Diante da possível legalização do aborto na Coreia do Sul, uma associação de universitários pró-vida apresentou uma carta solicitando o apoio do Papa Francisco na luta pelo direito à vida no país asiático.

Em 21 de agosto, a Associação de Estudantes Pró-Vida da Coreia do Sul e uma delegação de sacerdotes se encontraram com o Núncio Apostólico na Coreia, Dom Alfred Xuereb, para entregar uma mensagem ao Papa Francisco em nome dos estudantes de seis universidades da Coreia do Sul.

A presidente da associação, Anna Choo Hee-Jin, de 26 anos, assinalou na carta que, apesar dos protestos dos estudantes pró-vida, o “atual governo coreano, pressionado pela reivindicação feminista de 'direito de escolha', não está a favor de proteger o recém-nascido”.

Choo indicou que a força humana "não é suficiente nesta luta para proteger a vida" e destacou que o que eles mais precisam neste momento é a oração e a fortaleza.

“Portanto, se possível, gostaríamos de pedir a sua bênção e suas palavras de incentivo para que todos possamos continuar promovendo a cultura da vida”, pediu a estudante ao Santo Padre.

Os alunos incluíram na carta um documento em italiano onde apresentam uma proposta para ajudar as grávidas a escolherem a vida.

O Tribunal Constitucional da Coreia do Sul decidiu em abril de 2019 que as leis do Código Penal de 1953 que sancionam o aborto no país são inconstitucionais e deu aos legisladores até 31 de dezembro de 2020 para avaliar a lei, que legalizaria o aborto no país até cinco meses de gestação.

“Os embriões dependem completamente do corpo da mãe para a sua sobrevivência e desenvolvimento, por isso não é possível concluir que sejam seres vivos separados e independentes com direito à vida”, argumentou o tribunal.

O aborto na Coreia do Sul está despenalizado desde 1973 nos casos de gravidez devido a estupro ou incesto, ameaça à saúde da mulher ou em casos de certas doenças.

O Núncio indicou aos estudantes que o Papa Francisco receberia a carta e os documentos antes de 25 de agosto.

Além disso, em 20 de agosto, o Arcebispo de Seul, Cardeal Andrew Yeom Soo-jung, junto com uma delegação católica se reuniu com o Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, para apresentar suas preocupações sobre a possível legalização do aborto no país.

O Comitê pela Vida da Arquidiocese de Seul pediu que a lei revisada inclua aconselhamento obrigatório para mulheres que estejam considerando o aborto, requisitos de responsabilidade financeira para os pais biológicos e a capacidade legal para que as mães possam dar à luz de forma anônima devido ao estigma cultural que há sobre as gravidezes fora do casamento na Coreia.

De acordo com o Instituto Coreano de Saúde e Assuntos Sociais, até 2017 foram realizados cerca de 50 mil abortos no país.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

ACI Digital

 

domingo, 6 de setembro de 2020

Papa Francisco lamenta a baixa taxa de natalidade na UE

Pope Children
© Antoine Mekary | ALETEIA
O papa Francisco lamentou em 2017 a baixa taxa de natalidade em uma União Europeia em que nascem poucas crianças e não consegue proporcionar referências religiosas a seus jovens.

“Frente à tradição, se preferiu a traição” aos ideais que contribuíram para o esplendor da Europa, insistiu Francisco, em uma nova mensagem dirigida à União Europeia (UE) ante participantes de um congresso sobre a contribuição cristã para o futuro do projeto europeu.

“À rejeição do que provinha dos pais, seguiu-se o tempo de uma dramática esterilidade. Não apenas porque na Europa se tem poucos filhos, e muitos são os que foram privados do direito de nascer, como também porque nos achamos incapazes de entregar aos jovens os instrumentos materiais e culturais para enfrentar o futuro”, insistiu Francisco.

Ante vários dirigentes europeus, o Papa evocou a responsabilidade dos cristãos dentro de uma Europa que, devido a “um certo preconceito laicista”, relegou a religião a “uma esfera puramente privada e sentimental”.

Desde sua eleição em 2013, o argentino Jorge Bergoglio, o primeiro Papa não europeu, se mostra exigente em relação à União Europeia, que comparou a “uma avó cansada”, durante um discurso no Parlamento Europeu de Estrasburgo, em 2014.

(AFP)

Aleteia

A assustadora sociedade em que a última criança nasceu há 25 anos

ŚMIERĆ CÓRKI
Shutterstock

“Os Filhos dos Homens” simboliza o pesadelo de um mundo que não consegue mais reproduzir-se.

A escritora britânica Phyllis Dorothy James (1920-2014), que publicava suas obras de ficção policial sob o pseudônimo P. D. James, é autora de “Os Filhos dos Homens“, uma perturbadora distopia ambientada numa sociedade incapaz de reproduzir-se.

A trama, escrita em 1971, se passa num futuro que então parecia longínquo, mas que já está a menos de cinco meses de distância de nós: o ano de 2021. Na história, o Reino Unido sofre um período tão dramático de infertilidade masculina que o último bebê nasceu há 25 anos e, portanto, já é um adulto num país que não tem mais crianças. Nenhuma criança.

Distopias à parte, o fato do mundo real de 2020 é que a produção de espermatozoides pelos homens de grande parte do Ocidente caiu 59,3% entre 1971 e 2011. Os dados, publicados pela revista Human Reproduction Update, vêm de uma pesquisa realizada por um grupo de investigadores da Dinamarca, da Espanha, do Brasil, dos Estados Unidos e de Israel. O estudo se refere à realidade de Europa, América do Norte, Austrália e Nova Zelândia.

A professora de Sociologia Anne Hendershott, do Centro Veritas para Ética na Vida Pública, da Universidade Franciscana de Steubenville, em Ohio, nos EUA, comentou a pesquisa em artigo publicado pelo site The Catholic Thing em agosto de 2017.

Ela observa que, na Revolução Industrial do século XIX, os homens estavam sujeitos a riscos sanitários muito maiores do que hoje, mas os problemas de fertilidade eram muito menores. Por que as grandes melhoras no acesso a serviços de saúde em nossos tempos convivem com o paradoxo de que a fertilidade masculina sofreu tamanha diminuição? Poluição e pesticidas, estresse e maus hábitos alimentares, cigarro e obesidade, tudo isso tem sido associado ao fenômeno. Entretanto, constata Hendershott, há hoje muito menos fumantes nessas regiões do Ocidente em comparação com 1971, além de muito mais controle do governo sobre os níveis de poluição e sobre o uso de pesticidas. A obesidade poderia ser um fator plausível, mas a ciência ainda não estabeleceu nenhuma correlação taxativa entre esse quadro e a infertilidade. No tocante à dieta, uma pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade de Loma Linda estudou durante 4 anos um grupo de vegetarianos estritos e constatou que a sua média de contagem e mobilidade de espermatozoides é significativamente mais baixa que a dos carnívoros, mas, como quer que seja, o vegetarianismo é minoritário entre os homens da atualidade e, portanto, não pode ser uma causa generalizável da diminuição geral dos níveis de fertilidade masculina.

Então onde é que estão as causas desse declínio?

A trama distópica de P. D. James nos pinta um mundo sob as garras de um governo totalitário em que os valores cristãos foram praticamente extintos, assim como a própria fé. Numa sociedade em que animais de estimação substituem crianças, a Igreja anglicana realiza batismos para bichos de estimação na inane tentativa de continuar existindo, ainda que apenas para executar ritos já vazios de significado. Até o sexo se tornou “o menos importante dos prazeres sensoriais do homem”, o que leva o governo a tentar estimular o desejo sexual mediante profusão de lojas de pornografia, mas sem muito resultado. Boa parte das pessoas ainda se casam, cada vez mais com parceiros do mesmo sexo; nada, porém, parece indicar que os nascimentos vão retomar a normalidade.

A professora Anne Hendershott comenta:

“O romance de P. D. James descreve uma sociedade que conseguiu precisamente aquilo que queria: prazer sexual sem risco de gravidez. Mas a ironia é que, não havendo possibilidade de procriação, o sexo perde o seu sentido. É um fato que enfrentamos cada vez mais hoje, enquanto debatemos se o Estado deve obrigar todos os contribuintes, incluindo aqueles que têm objecções religiosas, a pagar pelos ‘direitos reprodutivos’ de todas as mulheres, numa época em que existem cada vez mais preocupações com a infertilidade masculina”.

A fertilidade humana, destaca ela, tem de ser vista a partir de uma perspectiva cultural, considerando-se que a cultura é a concepção de vida que caracteriza cada sociedade humana, com os valores partilhados e os comportamentos aceitos. Logo, para se compreenderem as taxas de fertilidade e a diminuição da população, é preciso identificar e modificar as influências culturais.

A cultura pode modificar até a atividade sexual, estabelecendo os tipos de relação entre o sexo e a reprodução. Se a chegada de uma criança é desvalorizada, o ato sexual que gera a criança também se desvaloriza. A professora aponta, como exemplo, que os níveis de fertilidade masculina estão em queda no Ocidente, mas não na África.

O impacto cultural sobre a fertilidade de uma sociedade já era destacado na encíclica Humanae Vitae, publicada pelo Papa São Paulo VI em julho de 1968:

“O problema da natalidade, como de resto qualquer outro problema que diga respeito à vida humana, deve ser considerado numa perspectiva que transcenda as vistas parciais – sejam elas de ordem biológica, psicológica, demográfica ou sociológica – à luz da visão integral do homem e da sua vocação, não só natural e terrena, mas também sobrenatural e eterna”.

Anne Hendershott prossegue:

“Talvez seja a hora de considerar a sociologia em torno da cultura de ‘direitos reprodutivos’ que criamos – a cultura de contracepção que o Ocidente abraçou. Temos que nos questionar sobre o eventual custo psíquico de uma cultura em que a contracepção e o aborto são de tal forma importantes que o ObamaCare procurou obrigar todos os empregadores – incluindo instituições religiosas – a fornecerem planos de saúde aos seus funcionários que incluíam a cobertura a medicamentos contraceptivos e abortivos”.

Após observar que a diminuição da fertilidade começou a ser registrada mais nitidamente a partir de 1971, com o surgimento da pílula contraceptiva e a liberalização do aborto nos Estados Unidos, a professora finaliza o seu artigo perguntando:

“Será que há um preço psíquico a pagar quando começamos a partir do princípio de que podemos controlar todos os aspectos da nossa vida? Será que chegamos a sobrecontrolar a nossa própria fertilidade?”

Aleteia

A VITÓRIA DA FÉ

É preciso exercitar a fé racional | Fé | Pleno.News
Pleno.News

Por sermos “servidores de Cristo e administradores dos mistérios de Deus” (1 Cor 4, 1), nós temos que professar que nosso Senhor Jesus Cristo infundiu em nossas almas a virtude teologal da fé. A fé é um dom de Deus e é pela aceitação desta virtude que o homem se abre à Salvação. Por meio da fé, realizamos uma adesão plena, livre e pessoal ao amor e à misericórdia de nosso Redentor.

“Pela fé, Cristo habita em nossos corações” (Ef 13,17). Pela vivência da virtude da fé, somos capacitados a crescer na santidade; consequentemente, “tudo o que não vem da fé é pecado” (Rm 14,23). Por outro lado, é pela fé que superamos os erros e vencemos o pecado; afinal, “esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé!” (1 Jo 5,4).

Pela leitura atenta da Sagrada Escritura, temos acesso às verdades da fé que Deus nos revelou. As verdades da fé nos oferecem uma contribuição excepcional para o nosso crescimento na vida cristã.  A fé provém da Palavra de Deus e da intimidade com a Pessoa de Cristo e, por isso, quanto maior for o conhecimento das verdades reveladas e quanto maior for a nossa correspondência ao Cristo, maior será o alcance da nossa fé.

Acreditar é aderir, incondicionalmente, à vontade de Deus, renunciando a tudo aquilo que possa prejudicar nossa união com nosso Redentor, pois “para quem está em Jesus Cristo, nem a circuncisão nem a incircuncisão são eficazes, mas a fé que age pelo amor” (Gl 5,6). A fé exprime-se em atos de religião. Pela fé, participamos retamente dos sacramentos, exercitamos as práticas de caridade e, desinteressadamente, nos dedicamos ao serviço de propagação do Evangelho. Em comunidade, no serviço de Igreja, descobrimos que “o justo viverá pela fé!” (Rm 1,17)

Pela fé, cooperamos com a obra de Deus em nós. Com efeito, “é pela graça que vós sois salvos por meio da fé”. (Ef 2,8). Consequentemente, é necessário que, todos os dias, realizemos uma obediência de fé. Como não basta unicamente a nossa vontade para ter fé, é preciso que saibamos bradar: “Eu creio, Senhor, mas aumenta a minha fé!” (Lc 17,5). Com renovada fé, ouviremos o que Ele nos diz: “Tudo é possível a quem crê!” (Mc 9,23). “Credes em Deus!” (Jo 14,1). Ou ainda: “Vai, a tua fé te salvou!” (Mc 10, 52). Professando nossa fé, diremos a Jesus: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus-Vivo!” (Mt 16,16).

A fé não é algo estagnado; é, sim, algo dinâmico e em constante evolução. Sendo assim, a fé nos impulsiona a um contínuo crescimento na vida espiritual. Ficar parado, em termos de fé, é um sério risco. A fé gera em nós a alegria de viver o Cristianismo e uma ampla satisfação em pertencer à Igreja de Cristo. “A fé dá alegria. Se Deus não está presente, o mundo desertifica-se e tudo se torna aborrecido, tudo é completamente insuficiente. (…) Quem realmente vive a fé com paciência e se deixa formar por ela é purificado por muitos revezes e fraquezas, e torna-se bom”. (Cardeal Joseph Ratzinger, “O sal da terra”.)

A fé é um poderoso instrumento que Deus nos concedeu para que possamos superar as dificuldades advindas de uma doença e de um contínuo sofrimento. “A fé é o fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê”. (Hb 11,1). Por isso, mesmo nas tempestades, nas noites escuras e no enfrentamento de uma pandemia, nós temos que discernir a suave voz de Cristo que nos diz: “Se tivésseis fé como um grão de mostarda!” (Lc 17,6). A fé não é um antídoto que faz com que as dificuldades desapareçam, mas é uma singular confiança que evidencia que, mais cedo ou mais tarde, as tempestades vão passar e o sol voltará a brilhar no céu de nossas vidas. Crescer na fé é uma necessidade vital, pois a fé nos ajuda a caminhar de cabeças erguidas, testemunhando os sinais da nossa esperança no Senhor.

Vamos concluir, professando nossa fé em Nossa Senhora, pedindo que Ela interceda junto a seu Filho para que aprendamos a imitar o seu exemplo e, por meio da vivência da fé, façamos do nosso coração um imenso reservatório que transborde a água límpida e fecunda do amor de Deus.

Ajuda-nos, Mãe, a crescer na fé, para que inspirados em teu exemplo, também possamos dizer, com convicção de fé:  Senhor, “faça-se em mim segundo a tua palavra!”. (Lc 1,38). Ensina-nos, Mãe, a adentrar, com coragem, o mistério da fé, a fim de que o exercício dessa virtude teologal seja constante em nossos corações e produza uma fecunda raiz que nos una, cada vez mais, ao teu Filho Jesus, para que possamos também produzir frutos de conversão e de santidade!

Aloísio Parreiras

(Escritor e membro do Movimento de Emaús)

Arquidiocese de Brasília

XXIII Domingo do Tempo Comum: Ano "A"

 

Dom José Aparecido
ADM. APOST. ARQUIDIOCESE DE BRASÍLIA
SE TEU IRMÃO PECAR CONTRA TI…

Desde a década de 70, a Igreja no Brasil dedica o mês de setembro à promoção do conhecimento da Bíblia entre os católicos. Este mês foi escolhido porque nele se celebra a memória de São Jerônimo, Doutor da Igreja, patrono dos cultores das Escrituras Santas. Ele traduziu a Bíblia para a língua dos romanos a pedido do Papa Dâmaso. Sua tradução foi adotada na liturgia católica e ficou conhecida como “Vulgata”, por seu latim popular, simples e belo. A tradução brasileira usada na liturgia foi feita a partir das línguas originais e cotejada com a Nova Vulgata, revisada por especialistas a pedido de São Paulo VI.

Neste mês, portanto, a Igreja no Brasil «exorta com ardor e insistência todos os fiéis a que aprendam “a sublime ciência de Jesus Cristo” (Fl. 3,8) na leitura frequente da Sagrada Escritura» (CIC n. 133), porque, como dizia S. Jerônimo, “a ignorância das Escrituras é ignorância de Cristo” (Comentário a Isaías). Peçamos a sua intercessão para aprendermos a conhecer e amar as Escrituras Sagradas.

Neste Domingo, a liturgia da Palavra nos orienta para uma atitude oposta à de Caim, que ao matar o irmão, retrucou a Deus: “por acaso sou guarda do meu irmão?” (Gn. 4,9). O desinteresse pela vida do irmão, por suas quedas ou afastamento de Deus, não é respeito, é escárnio, desprezo. Cada irmão nosso vale o caro preço do Sangue de Cristo.

Já na primeira Aliança, Deus exortava o profeta Ezequiel a cuidar da casa de Israel, orientando e corrigindo o ímpio, isto é, o pecador injusto: “Se eu disser ao ímpio que ele vai morrer, e tu não lhe falares, advertindo-o a respeito de sua conduta, o ímpio vai morrer por própria culpa, mas eu te pedirei contas da sua morte” (Ez 33, 7-9). A correção omitida acarreta responsabilidade pela vida do ímpio, mas a correção realizada traz a salvação àquele que corrige.

Ao convidar-nos a não fechar os corações, o Espírito Santo nos chama pela pena do Salmista a ouvir “hoje a voz do Senhor” (Sl. 94). Por meio do Apóstolo dos gentios, a Sua voz nos diz para não ficar “devendo nada a ninguém, a não ser o amor mútuo, pois quem ama o próximo está cumprindo toda a Lei” (Rm 13,8).

Quando por meio de obras de misericórdia espirituais oferecemos nosso amor aos que padecem no erro, é a Cristo que adoramos: “O que fizestes a um destes pequeninos, a mim o fizestes”. Por isso, no Evangelho (Mt 18,15-20), Jesus nos ensina o modo de fazer a correção fraterna e as etapas a cumprir ao corrigir os que erram. Vale a pena meditar durante esta semana sobre as palavras de Jesus, pedindo-lhe as luzes e a força para colocá-las em prática. A capacidade de fazer correção fraterna é um índice de maturidade cristã e, como nos ensina o Papa Francisco, um remédio eficaz contra a maledicência.

Nossa Senhora nos ajude a ser atentos à voz do Espirito Santo que fala nas Escrituras.

Folheto: "O Povo de Deus"/Arquidiocese de Brasília

Questões sobre o Batismo (Parte 8/12): Seria uma imersão tripla essencial ao Batismo?

Apologética
Veritatis Splendor
 Autor: São Tomás de Aquino
Fonte: Suma Teológica, Parte III, Questão 66
Tradução: Dercio Antonio Paganini

Objeção 1: Parece que uma tripla imersão é essencial ao Batismo, pois Santo Agostinho diz em um sermão no Símbolo, endereçado aos Neófitos: “Certamente, vocês foram mergulhados três vezes quando foram batizados no nome da Trindade. Certamente mergulhados três vezes porque foram batizados em nome de Jesus Cristo que, no terceiro dia, ressuscitou dor mortos. Então aquela tripla imersão reproduz o sepultamento do Senhor, pelo qual vocês foram sepultados com Cristo no Batismo”. Então, a tripla imersão parece ser essencial ao Batismo, uma vez estabelecido que o Batismo inclui a Trindade de Pessoas, e também que nós precisamos ser amoldados ao sepultamento de Cristo. Dessa forma, podemos concluir que a tripla imersão é essencial ao Batismo.

Réplica à objeção 1: A Trindade atua como o principal agente no Batismo, porém, da mesma forma que o agente entra no efeito, no que diz respeito a forma e não no que se refere à matéria. Além do mais, a Trindade estará intrínseca ao Batismo pelas palavras da fórmula. Portanto, não é essencial para a Trindade ser incluída pelo modo no qual a matéria é utilizada; então isto é feito para ficar mais clara a importância da Trindade.

Objeção 2: Os Sacramentos obtêm sua eficácia das ordens de Cristo, e a imersão tripla foi ordenada por Cristo: o Papa Pelágio II escreveu ao Bispo Gaudêncio: “O preceito do Espírito dado pelo Próprio nosso Deus e Senhor, nosso Salvador Jesus Cristo, adverte-nos para conferir o Sacramento do Batismo a cada um dos nomes da Trindade, e portanto, com tripla imersão”. Então, como é essencial no Batismo chamar o nome da Trindade, também será essencial a tripla imersão.

Réplica à Objeção 2: O Papa Pelágio entendeu a tripla imersão ordenada por Cristo no seu equivalente, ou seja, no sentido de que Cristo ordenou que o Batismo fosse conferido “em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”. Aqui, da mesma forma podemos argumentar como no final da réplica à objeção 1, vista acima, a respeito do uso da matéria.

Objeção 3: Se a imersão tripla não é essencial ao Batismo, segue-se que o Sacramento do Batismo é conferido na primeira imersão e portanto, se uma segunda e terceira imersões são adicionadas, parece que o Batismo é conferido na segunda ou na terceira vez, o que é um absurdo. Assim sendo, uma imersão não é suficiente para o Sacramento do Batismo e, portanto, é essencial a tripla imersão.

Réplica à Objeção 3: Como estabelecido antes (perg. 64, art. 8), a intenção é essencial ao Batismo; consequentemente, o Batismo resulta da intenção do ministro da Igreja, a qual entende conferir o Batismo por imersão tripla. Todavia, Jerônimo diz sobre Ef 4,5-6: “‘Um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos’ – Sobre o Batismo “, isto é, a imersão, “ser repetida três vezes levando em conta o mistério da Trindade, realmente é um único Batismo”. Se, todavia, a intenção fosse conferir um Batismo a cada imersão, mesmo com a repetição das palavras, isto seria um pecado, pois seria uma repetição do Batismo.

Ao contrário, Gregório escreveu ao Bispo Leandro: Nunca poderá ser repreensível batizar uma criança tanto com tripla como com simples imersão, pois a Trindade pode ser representada nas três imersões, assim como a Unidade divina é representada na imersão única.

Eu respondo que: Como ficou estabelecido acima (arts. 7 e 1) a lavagem com água é por si mesma requerida ao Batismo, sendo essencial ao sacramento, enquanto o modo de aplicação dessa água é acidental ao sacramento. Consequentemente, como Gregório diz nas palavras acima mencionadas, ambas, tanto a simples como a tripla imersão são consideradas legais, então, uma imersão significa a unidade entre a morte de Cristo e Deus, enquanto a imersão tripla significa os três dias do sepultamento de Cristo, e também a Trindade das Pessoas.

Mas por várias razões, de acordo com o que a Igreja ordenou, se um modo está em prática em um certo tempo, o outro estará em outro tempo. Por conseguinte, desde os primórdios da Igreja, alguns deram a falsa noção no que concerne à Trindade, assegurando que Cristo seria um mero homem e que Ele não é chamado “Filho de Deus” ou “Deus”, exceto pela razão de Seu mérito, o qual foi magnificado em Sua morte, por esta razão eles não batizariam em nome da Trindade, mas em memória da morte de Cristo, e com uma única imersão. Isto foi condenado pela Igreja antiga. Todavia, nos Cânones Apostólicos (XLIX) podemos ler: “Se algum Padre ou Bispo conferir o Batismo sem a imersão tripla na única administração do mesmo, mas com uma única imersão, cujo Batismo é dito a ser conferido na morte do Senhor, que seja deposto do cargo.”, pois nosso Senhor não disse: “batize-os em Minha morte”, mas sim “Batize-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.”

Mais tarde, todavia, apareceu o erro de certos cismáticos e hereges, que rebatizavam, como relata Agostinho sobre os Donatistas (Super. João, cf. De Haeresiae LXIX). Todavia, contrariando o erro, uma única imersão foi recomendada pelo IV Concílio de Toledo, nos atos dos quais se lê: “Com a finalidade de evitar escândalos dos cismas, ou a prática de ensinamentos hereges, recomendamos uma imersão simples no Batismo.”

Mas agora que este motivo cessou, a imersão tripla é universalmente observada no Batismo, e consequentemente qualquer um que batize pecará gravemente se não seguir o ritual da Igreja. Mas o Batismo em si é considerado válido.

Desta maneira, a morte de Cristo é suficientemente representada em uma única imersão, e a representação dos três dias de Seu sepultamento não é necessário para a nossa salvação porque, veja bem, se Ele tivesse ficado morto ou sepultado por um único dia, isto seria o suficiente para consumar a nossa redenção; então, aqueles três dias foram ordenados para que se manifestasse a realidade de Sua morte, como estabelecido acima (perg. 53, art. 2). Fique claro, porém, que nem na parte da Trindade, nem na parte da Paixão de Cristo é essencial ao sacramento a tripla imersão.

Veritatis Splendor

São Liberato de Loro

A12.com

Liberato nasceu no século XIII na pequena vila de Loro, na Itália. Era filho de um grande dono de terras. Mas o jovem Liberato, ouvindo o chamado de Deus e por sua grande devoção à Virgem Maria, abandonou toda a riqueza e conforto para seguir a vida religiosa.

Ordenado sacerdote e desejando consagrar sua vida à penitência e às orações contemplativas se retirou ao pequeno convento de Sofiano. Ali vestiu o habito da Ordem dos frades menores de São Francisco, onde sua vida de virtudes lhe valeu a fama de santidade.

No livro "Florzinhas de São Francisco" encontramos o seguinte relato sobre ele: "no Convento de Sofiano, o frade Liberato de Loro Piceno vivia em pela comunhão com Deus. Ele possuía um elevado dom de contemplação e durante as orações chegava a se elevar do chão. Por onde andava os pássaros o acompanhavam, posando nos seus braços, cabeça e ombros, cantando alegremente. Amigo da solidão, raramente falava, mas quando perguntado, demonstrava a sabedoria dos anjos. Vivia alegre, entregue ao trabalho, penitência e à oração contemplativa”.

Quando atingiu a idade de quarenta e cinco anos, caiu gravemente enfermo, ficando entre a vida e a morte. No auge do sofrimento, sentia-se consolado por Jesus Cristo e por Maria, e nunca reclamou das dores que sentia.

 Não sabemos ao certo o dia de seu falecimento. Somente no século XIX, após um complicado e atrapalhado processo de canonização, é que o seu culto foi reconhecido pelo Papa Pio IX, que lhe deu a autorização canônica de ser chamado de Santo.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

Reflexão
A história de são Liberato mostra a simplicidade que deve orientar a vida cristã. Suas ações sempre foram marcadas pelo amor a deus, ao próximo e a natureza. Como um verdadeiro franciscano, Liberato abandonou tudo para poder aproximar-se verdadeiramente do Pai do Céu. O convite que nos fica é o de colocar Deus em primeiro lugar na nossa vida.
Oração
Criador Do Céu e da Terra, Deus de amor e de bondade, concedei-nos, pelos méritos de são Liberato, alcançar a simplicidade de vida necessária para bem viver nossa vocação neste mundo. Por Cristo nosso Senhor. Amém!

 https://www.a12.com/

sábado, 5 de setembro de 2020

Mulher recusou abortar; deu à luz gêmeos que se tornaram padres

PRIEST TWINS
felipe_lizama_silva / Instagram / Fair Use
por Mattheuw Green

O ultrassom indicava que tudo ia mal, mas ela queria aceitar a vontade de Deus.

O que você faria se soubesse que está grávida de uma criança com duas cabeças e membros extras? E se os médicos dissessem que você deveria fazer um aborto porque uma gravidez tão difícil assim poderia colocá-la em risco?

Rosa Silva enfrentou essa situação no Chile em 1984; ela decidiu recusar o aborto e aceitar “tudo o que Deus me enviar”. A diocese de Valparaíso, no Chile, deve a essa decisão dois de seus sacerdotes – irmãos gêmeos pe. Paulo e pe. Felipe Lizama.

A história incomum dos gêmeos foi notícia em 2013, um ano após a ordenação deles, e foi difundida por artigos nos meios de comunicação católicos Aciprensa e Religión en Libertad (ReL), entre outros sites. Hoje, após oito anos de sacerdócio, eles estão entusiasmados com seu ministério e usam as redes sociais para evangelizar.

Seus pais, Rosa e Humberto, não poderiam imaginar há 36 anos que hoje eles teriam filhos gêmeos idênticos, sacerdotes, transmitindo missas ao vivo no Facebook. Quando Rosa foi fazer um checkup depois de saber que estava grávida, o médico fez um ultrassom e achou que o que eles estavam vendo na tela era uma criança gravemente deformada (pela descrição, provavelmente gêmeos siameses inviáveis), uma gravidez que poderia colocar a vida de Rosa em risco. O médico recomendou um aborto “terapêutico” como solução.

“Disseram à minha mãe para fazer um aborto, mas ela não quis. Ela escolheu a vida, mesmo que naquela época pudesse [fazer um aborto], porque ela supostamente corria risco de morte”, disse o padre Paulo à ReL. (O aborto “terapêutico” era legal no Chile na época; foi tornado ilegal em 1989, mas foi legalizado novamente em 2017.)

Padre Felipe disse à Aciprensa que eles não têm certeza se o médico interpretou mal o ultrassom ou se o Senhor interveio na gravidez para que gêmeos saudáveis ​​nascessem. Seja como for, padre Paulo diz: “sempre sinto especial carinho e ternura quando penso no coração de minha mãe, que se dispôs a dar a vida por mim, por nós.”

O caminho desde o nascimento até o sacerdócio não foi fácil. Embora Felipe e Paulo tenham crescido como católicos praticantes, por algum tempo o entusiasmo por jogar futebol atrapalhou a participação na missa dominical. Aí, quando os meninos tinham 14 anos, os pais se separaram e Felipe e Paulo passaram a se dedicar mais à Igreja; não havia muito mais o que fazer na cidade, eles disseram a ReL.

Quando eles tinham 16 anos, começaram a participar mais da vida da Igreja. Então entraram no seminário com 18 anos.

Alguém pode pensar que entrar para o sacerdócio foi uma decisão que eles teriam discernido juntos; os gêmeos têm a reputação de compartilhar todos os seus segredos. No entanto, eles dizem que ambos mantiveram seu discernimento vocacional privado, porque eles não queriam influenciar as decisões de vida um do outro. Cada um foi atraído pelo sacerdócio à sua maneira, embora o resultado final tenha sido o mesmo. Paulo disse à Aciprensa: “Não sei qual de nós dois sentiu o chamado primeiro. Acho que Deus fez as coisas muito bem, para proteger a liberdade de nossa resposta”. Padre Paulo, no dia em que foram ordenados, disse: “compartilhamos as mesmas experiências e o mesmo chamado de Jesus a compartilhá-Lo com os outros”.

Falando sobre a vocação ao sacerdócio, pe. Felipe disse à Aciprensa: “Deus não brinca com a gente. Ele quer que sejamos felizes, e o sacerdócio é uma bela vocação que nos torna plenamente felizes”.

Os gêmeos só souberam da história de coragem de sua mãe quando estavam no sexto ano de seus estudos do seminário. Padre Paulo diz: “Como não defender a vida? Como não podemos pregar o Deus da vida? Este acontecimento deu um impulso à minha vocação, deu-lhe uma vitalidade específica. Estou convencido do que acredito, do que sou e do que falo, claramente pela graça de Deus”.

Após 10 anos de estudo e preparação, foram ordenados sacerdotes juntos no dia 28 de abril de 2012, na catedral de Valparaíso.

https://www.instagram.com/p/Kld-ewhcYl/?utm_source=ig_embed

Hoje, a mídia social faz parte de seu ministério. Suas postagens no Facebook, Instagram e Twitter refletem sua alegria no sacerdócio, seu senso de humor, sua proximidade um com o outro e com a comunidade.

Aleteia

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF