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domingo, 13 de setembro de 2020

Especial coleta "Pró Terra Santa”, 13 de setembro

Santo Sepulcro - Jerusalém
Santo Sepulcro - Jerusalém 

As ofertas recolhidas em todo o mundo em 13 de setembro constituem a "Coleta Pró Terra Santa", uma ajuda que há séculos se destina aos cristãos do Oriente Médio.

Vatican News

As ofertas recolhidas em todo o mundo em 13 de setembro constituem a "Coleta Pró Terra Santa", uma ajuda que há séculos se destina aos cristãos do Oriente Médio. Para esta ocasião, acompanhados pelo Custódio da Terra Santa, Fr. Francesco Patton, oferecemos-lhe um especial dedicado à história e às atividades da Custódia, que há mais de 800 anos se compromete a sustentar a presença cristã na terra de Jesus. Apresentamos um especial realizado por Christian Media Center.

https://youtu.be/5MV2WC_N208

Fr. FRANCESCO PATTON, ofm - Custódio da Terra Santa

“Preservar a história, guardar a história significa guardar a memória. O nosso é um tempo que vive muito no presente e, portanto, mesmo as pessoas, as escolhas que as pessoas fazem, ou mesmo as comunidades, os povos e nações, hoje tendem a esquecer a própria história, a perder as próprias raízes. A memória, a história, as raízes são fundamentais”.

História, raízes, memória: as da Custódia da Terra Santa remontam há mais de 800 anos. Quando São Francisco de Assis enviou seus frades para estabelecer a "Província de Além Mar". Pouco depois, eles mesmos receberiam um mandato claro: guardar - em nome da Igreja Católica - os Lugares Santos, testemunhas da vida, morte e Ressurreição de Jesus.

Fr. FRANCESCO PATTON, ofm - Custódio da Terra Santa

Nós temos em nossos arquivos documentos muito preciosos: as bulas papais - incluindo a bula de 1342 com a qual o Papa Clemente VI, de Avinhão, na prática, estabelece a Custódia da Terra Santa -, mas também as bulas anteriores. Para nós têm um duplo valor: por um lado, remetem à nossa história, por outro, têm um valor muito concreto porque nos permitem documentar a nossa presença... também quando, às vezes, acontecem algumas disputas, que requerem a apresentação dos documentos que demonstram porque estamos aqui.

Um dos momentos chave desta longa história é representado pelo encontro de 1219 entre São Francisco e o Sultão do Egito Al Malek Al Kamel em Damietta, no Delta do Nilo. Enquanto a Quinta Cruzada se alastrava por todos os lados, esse diálogo pacífico entre dois mundos moldou profundamente o estilo dos frades da Custódia.

Fr. FRANCESCO PATTON, ofm - Custódio da Terra Santa

As indicações que Francisco dá são sucessivas ao encontro com Sultão. Sobretudo a primeira parte em que diz "não fazer litígios ou disputas" e de colocar-se à serviço de todos com uma clara identidade cristã, parece-me ser uma indicação que, para nós, ao longo destes oito séculos, realmente serviu como uma diretriz.

AS NOVAS GERAÇÕES

A educação e o crescimento das novas gerações são alguns dos campos aos quais a Custódia da Terra Santa dedica maior atenção. Uma atividade diária que se concretiza nas 15 escolas que dirige em 5 países, frequentadas por 11.000 alunos e 1.100 professores.

As escolas são instrumentos fundamentais para garantir à população local a possibilidade de acesso à formação cristã – de outra forma impossível de se encontrar nesta terra - mas ao mesmo tempo são lugares nos quais se vive o encontro com os alunos e professores de outras religiões e confissões cristãs.

Fr. FRANCESCO PATTON, ofm - Custódio da Terra Santa

"Em muitas de nossas escolas há um forte componente muçulmano, ainda assim é possível compartilhar, viver juntos. Com os cristãos de outras confissões fazemos juntos a hora da religião: e é uma hora da religião cristã, de uma perspectiva ecumênica, onde se busca também conhecer algumas diferenças e particularidades que uma Igreja tem em relação à outra".

Fr. IBRAHIM FALTAS, ofm - Diretor das Escolas Terra Santa

“Há uma bela convivência e um belo diálogo ecumênico em nossas escolas. Vivemos essa convivência praticamente todos os dias”.

Um cuidado amoroso, dos franciscanos, que não negligenciam nem mesmo os alunos com necessidades especiais: eles são acolhidos nas escolas para que possam superar as suas dificuldades e dar um sorriso aos seus rostos.

A pandemia do Coronavirus não conseguiu impedir a atividade educacional franciscana. Por meio da educação a distância, os professores conseguiram transpor as barreiras do medo e por meio de sua competência continuaram dando aulas aos alunos, obtendo resultados realmente satisfatórios.

As Escolas Terra Santa cobrem todos os níveis escolares, do jardim de infância ao ensino superior. A maior parte dos estudantes continua então a própria carreira escolar na universidade.

Fr. IBRAHIM FALTAS, ofm - Diretor das Escolas Terra Santa

“Frequentemente temos alunos que entram com três anos de idade e seguem até concluir os estudos universitários. Também oferecemos muitas bolsas”.

GEORGE HLEIS

“Eu terminei a universidade ano passado ... ali mesmo, no Monte das Oliveiras”

O objetivo é claro: permitir que os cristãos locais estudem em sua própria terra, para evitar que decidam se mudar para o exterior para se formar e, depois, talvez, para viver.

Todos os anos, um total de 500 bolsas são concedidas, mantidas por dois programas diferentes que cobrem a totalidade ou parte das despesas escolares.

O público-alvo são os alunos com baixo nível de renda familiar que mantêm uma média de notas elevada.

Fr. PETER VASKO, ofm - Custódia Terra Santa – Fundação Franciscana para a Terra Santa 

95% desses estudantes agora trabalham nos setores jurídico, médico, contábil e de engenharia. E quando vemos os jovens se profissionalizando e sendo verdadeiramente gratos à Custódia Franciscana, nosso coração se enche de alegria.

GEORGE HLEIS

Há muitos jovens que não gostam da situação atual, gostariam de ir para o exterior em busca de melhores oportunidades. Também pensei nisso, mas amo estar na terra onde Jesus viveu.

Fr. PETER VASKO, ofm - Custódia Terra Santa – Fundação Franciscana para a Terra Santa 

É extremamente importante perceber que, se queremos que os cristãos fiquem aqui, devemos dar-lhes uma motivação, incentivos: essa motivação e esses incentivos surgem da possibilidade de acesso ao ensino universitário.

Fr. FRANCESCO PATTON, ofm - Custódio da Terra Santa

Entre as escolas há uma, a escola de música "Magnificat", que tem a particularidade de ver juntos judeus, cristãos e muçulmanos. E isso ajuda a compreender ainda mais o valor que têm não apenas as escolas, mas também as artes, porque através da música se cria o diálogo, através da música e através daquele que o Papa João Paulo II chamou de "o caminho da beleza", "o caminho da 'arte', se chega ao compartilhamento de valores e também ao fazer juntos, algo de muito belo.

Fr. ALBERTO PARI, ofm - Diretor da escola de música “Magnificat”

É um grande projeto da Custódia da Terra Santa, e é uma escola aberta a todos: a maioria dos alunos é cristã, mas também há muçulmanos e judeus. Temos a grande esperança de formar uma geração de músicos sem fronteiras.

UMA CASA PARA OS MAIS NECESSITADOS

As pedras e as pessoas, o azeite e a casa ... e a gratidão em virtude da missão dos Frades franciscanos. Se em meados do século passado a Custódia da Terra Santa oferecia "pão e azeite" como ajuda quotidiana nas suas paróquias, hoje, por conta das diferentes necessidades da população, fornecer alojamento ou uma habitação para uma vida digna tornou-se um meio de manter viva a presença cristã na Terra Santa.

GRAZIELLA QAMAR - Moradora da cidade antiga de Jerusalém

“Esta casa é toda a minha vida. Esta casa é um lugar especial para mim e não poderia nunca deixá-la. Meu filho Musa tentou várias vezes me persuadir a ir morar fora do país, mas sempre respondi com recusa absoluta”.

A Custódia da Terra Santa oferece mais de 582 casas em Jerusalém - distribuídas dentro e ao redor da cidade antiga - Também 72 casas em Belém, abrigando cerca de 2.050 pessoas.

Até o momento são mais de 700 os pedidos de moradia, dos quais pelo menos 250 são urgentes.

Os frades franciscanos na Terra Santa não se limitam apenas a guardar e conservar as Pedras desses lugares, mas também cuidam das pedras vivas, isto é, dos cristãos locais e especialmente daqueles que se encontram em condições difíceis. Um exemplo desse compromisso é representado pela Casa da Criança de Belém, fundada em 2007, que hoje acolhe mais de 24 crianças e adolescentes que se encontram em condições particulares de vulnerabilidade social.

JOSEPH SAYEH - Belém

“Meu pai está doente, tem muitos problemas de saúde e não trabalha. Graças a Deus minha mãe encontrou um emprego recentemente. Nossa casa é muito pequena e todos juntos não cabemos nela, mas graças a Deus comemos, bebemos e estamos vivos”.

Os frades franciscanos vivem e trabalham em alguns dos contextos de crise mais difíceis do mundo, como a Síria. A Custódia da Terra Santa também está presente aqui, onde é ainda mais forte o empenho para estar junto da população – em particular a cristã - atingida pela guerra e por uma grave crise econômica, pelas perseguições e pelas dificuldades de ser minoria, que levam centenas de milhares de pessoas a fugir.

Fr. FRANCESCO PATTON, ofm - Custódio da Terra Santa

“É preciso também levar em conta o dar a vida: os frades ao longo da história o fizeram de muitas maneiras, o fizeram enquanto permaneciam em momentos difíceis de perseguição, em momentos de pandemia como os da peste e da cólera . Hoje nos encontramos em outro momento difícil, porque justamente para quem está na Síria o problema da guerra e da crise econômica também se soma o problema da pandemia”.

A falta de um bem essencial, como uma casa para morar, afetou nas últimas semanas a capital libanesa, Beirute, onde a terrível explosão de agosto que destruiu a área ao redor do porto gerou 300.000 desalojados. A Custódia, presente no Líbano com quatro conventos, está fazendo todo o possível para dar sua própria contribuição ativa à reconstrução.

Na Síria, desde 2017, a Custódia ajuda a população local a reconstruir ou reformar as casas atingidas pela longa guerra iniciada em 2011. O faz em pequenas cidades por meio dos párocos, e em particular em Aleppo em colaboração com a Associação Pró Terra Sancta. Já são 700 as casas reconstruídas.

Moradora

“Após a explosão, todo o prédio desabou, não sobrou nada. Felizmente, naquele momento, não estávamos por perto. Não conseguimos tirar nada da nossa casa. Fugimos e alugamos outro apartamento”. “Estávamos em casa quando a parede caiu. Era uma hora da tarde... uma sexta-feira ... de 2013. Logo após o desabamento fugimos. Agora estamos felizes, muito felizes”

SANTUÁRIOS E PEREGRINOS

Mas a primeira e fundamental missão dos franciscanos permanece sempre a mesma: guardar os Lugares Santos. São 80 os santuários presentes nas atuais fronteiras de Israel, Palestina, Jordânia e Síria

Fr. FRANCESCO PATTON, ofm - Custódio da Terra Santa

“Nós devemos sempre lembrar aquele que é o mandato do Papa Clemente VI de 1342, que nos pede para estar nos santuários, para habitar nos santuários”.

Do Monte Nebo, lugar de onde Moisés contemplou a Terra Prometida ...

...aos santuários da vida, paixão e morte de Jesus

Jerusalém é considerada o coração da Terra Santa

No Monte das Oliveiras, os Santuários da Paixão: o pranto e o lamento de Jesus sobre Jerusalém são celebrados na igreja do Dominus Flevit, que oferece uma das vistas mais significativas da Cidade Santa.

Poucos metros abaixo, ao lado do jardim das oliveiras, está a Basílica do Getsêmani, lugar da agonia de Jesus na Sexta-Feira Santa antes de ser preso.

Dentro das Muralhas de Jerusalém, os peregrinos repercorrem as XIV estações da Via Crucis. Uma prática iniciada pelos franciscanos em 1600 e que se repete todas as sextas-feiras até hoje.

Mas, para os cristãos, Jerusalém tem um coração: a Basílica do Santo Sepulcro, onde estão o Calvário e o Túmulo de Cristo.

A abertura da Basílica acontece bem cedo, às 4 da manhã: as três comunidades cristãs por ela responsáveis - a católica ou latina, representada pelos frades franciscanos, os ortodoxos gregos e os armênios - juntas abrem suas grandes portas: dia e noite celebram alternadamente nas diferentes partes da igreja e nos espaços comuns como o Túmulo e o Calvário.

No entanto, depois de anos de fortíssimo crescimento, em 2020 o número de peregrinos foi a zero devido à propagação do Coronavirus e o conseqüente fechamento das fronteiras: não há mais grupos em toda a Terra Santa, não há mais longas filas para acessar os santuários, que por muito tempo permaneceram fechados aos fiéis e que agora aparecem quase vazios ... assim como as ruas das cidades.

Fr. SALVADOR ROSAS FLORES, ofm - Presidente Convento Santo Sepulcro

“A esperança sempre nos acompanhou, apesar de a porta estar fechada, a esperança de abri-la, de acolher de novo os cristãos, de mostrar os lugares santos, de os levar nós mesmos ao interior. Esta esperança permanece entre nós, entre nós frades, entre os cristãos. Devemos ser cautelosos, é claro, o Senhor muito nos recomenda. A esperança terá que ser enriquecida com o tempo”.

A pagar pelas consequências da pandemia está também a rede das “Casas Novas”, que são geridas pela Custódia  criadas precisamente para acolher um número de peregrinos que continuaram a crescer nas últimas décadas.

Fr. IBRAHIM FALTAS, ofm - Diretor Casa Nova - Jerusalém

“Casa Nova, a casa dos peregrinos. A Casa Nova é o lugar preferido de todos os peregrinos que vêm visitar a Terra Santa, os Lugares Sagrados. Temos Casas em Jerusalém, Belém, Nazaré, Tiberíades, Tabor e Ein Karem, todas essas Casas Novas para os peregrinos que vêm aqui”.

Boa estrutura de recepção, quartos com banheiros, restaurantes. As instalações da Casa Nova de Nazaré e as demais, sempre ofereceram serviços de boa qualidade aos peregrinos. Após 11 de março, devido à pandemia se esvaziaram completamente.

Fr. CARLOS MOLINA, ofm - Diretor Casa Nova – Nazaré

“Isso significa que não houve receita financeira para a Casa Nova. Não haviam obras para a Custódia, nem para sustentar os Santuários, mas sobretudo não haviam mais rendimentos para os trabalhadores da Casa Nova”.

ELIANA GHAWALI - Gerente de reservas Casa Nova - Belém

“Este ano deveriam ter vindo muitas pessoas, tínhamos reservas feitas para todos os meses! Infelizmente em março tivemos que fechar por causa do coronavírus, e até agora a casa está fechada, não trabalhamos mais”.

Fr. SEVERINO LUBECKI, ofm - Diretor Casa Nova - Ein Kerem

“É claro que a estrutura não pode ser abandonada: deve ser mantida, deve ser limpa todos os dias, a manutenção de rotina deve sempre ser feita no interior”.

Fr. FRANCESCO PATTON, ofm - Custódio da Terra Santa

“Somos uma ordem mendicante, como franciscanos, assim São Francisco nos ensinou que devemos pedir com confiança e acolher com gratidão. Daquilo que recebemos, também prestamos conta. Porque todos os anos no site da Custódia, no site dos Comissários da Terra Santa, no site da Congregação para as Igrejas Orientais, é publicada a lista das obras que fazemos em grande parte graças à Coleta da Sexta-Feira Santa, ou Coleta Pró Terra Santa, que este ano se realiza no dia 13 de setembro. Por isso, todos os anos pedimos a ajuda, o apoio também econômico de todos os cristãos do mundo, e depois agradecemos o que os cristãos de todo o mundo nos dão como expressão da sua proximidade, da sua solidariedade e do seu amor”.

Vatican News

As 10 passagens bíblicas mais compartilhadas no celular

As 10 passagens bíblicas mais compartilhadas no celular

Todos os versículos no ranking dos mais compartilhados são frases de estímulo, exortação, consolo e coragem.

YouVersion é um aplicativo sobre a Bíblia para dispositivos móveis que já teve mais de 125 milhões de downloads no mundo inteiro. Isso ilustra em que medida as novas tecnologias se integram à vida cristã e de oração.

O site elaborou uma série de listas com as passagens bíblicas que fazem mais sucesso, confira:

Os 10 versículos mais compartilhados

As estatísticas mostram que quase todos os versículos no ranking dos mais compartilhados são frases de estímulo, exortação, consolo e coragem, com algumas exceções interessantes: o mais compartilhado é o Salmo 118, 24, uma frase de celebração e vitória; e em 7º lugar encontramos o famoso “Marido, amai vossas mulheres”, de São Paulo (no entanto, a petição paralela de “esposas, obedecei os vossos maridos” parece não ser muito encaminhada).

Então, as passagens mais compartilhadas são:

  1. Este é o dia que o Senhor fez: seja para nós dia de alegria e de felicidade. (Salmos 118, 24)
  2. Humilhai-vos, pois, debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele vos exalte no tempo oportuno. (2 Pedro 5, 6)
  3. Nada temas, porque estou contigo, não lances olhares desesperados, pois eu sou teu Deus; eu te fortaleço e venho em teu socorro, eu te amparo com minha destra vitoriosa. (Isaías 41, 10)
  4. Pedi e se vos dará. Buscai e achareis. Batei e vos será aberto. (Mateus 7, 7)
  5. Mas aqueles que contam com o Senhor renovam suas forças; ele dá-lhes asas de águia. Correm sem se cansar, vão para a frente sem se fatigar. (Isaías 40, 31)
  6. Porque não temos nele um pontífice incapaz de compadecer-se das nossas fraquezas. Ao contrário, passou pelas mesmas provações que nós, com exceção do pecado. (Hebreus 4, 15)
  7. Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela, para santificá-la, purificando-a pela água do batismo com a palavra. (Efésios 5, 25-26)
  8. Isto é uma ordem: sê firme e corajoso. Não te atemorizes, não tenhas medo, porque o Senhor está contigo em qualquer parte para onde fores. (Josué, 1, 9)
  9. Pois Deus não nos deu um espírito de timidez, mas de fortaleza, de amor e de sabedoria. (2 Timóteo 1, 7)
  10. O Senhor é o meu rochedo, minha fortaleza e meu libertador. Meu Deus é a minha rocha, onde encontro o meu refúgio, meu escudo, força de minha salvação e minha cidadela. (Salmos 18, 3)

Os 5 versículos mais populares e consultados

  1. Tudo posso naquele que me conforta. (Filipenses 4, 13)
  2. Mas aqueles que contam com o Senhor renovam suas forças; ele dá-lhes asas de águia. Correm sem se cansar, vão para a frente sem se fatigar. (Isaías 40, 31)
  3. Não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. (Mateus 6, 13)
  4. Isto é uma ordem: sê firme e corajoso. Não te atemorizes, não tenhas medo, porque o Senhor está contigo em qualquer parte para onde fores. (Josué 1, 9)
  5. Não vos inquieteis com nada! Em todas as circunstâncias apresentai a Deus as vossas preocupações, mediante a oração, as súplicas e a ação de graças. (Filipenses 4, 6)

Capítulos mais lidos

  1. Romanos 8 (sobre a ideia de que a carne mata, o espírito dá vida, com Deus somos mais que vencedores)
  2. Romanos 12 (recomendações para a vida cristã)
  3. Mateus 5 (Bem-aventuranças)
  4. João 4 (Jesus e a samaritana)
  5. Hebreus 12 Deus nos trata como filhos).

As estatísticas também apresentam o “versículo do ano”, que representa a maior pontuação nas categorias de “favoritos”, “compartilhados” e “marcados”.

E o vencedor é:

Tudo posso naquele que me conforta. (Filipenses 4, 13)

(A partir do original publicado em Religión en Libertad)

Aleteia

S. JOÃO CRISÓSTOMO, BISPO E DOUTOR DA IGREJA

S. João Crisóstomo, século XVII
S. João Crisóstomo, século XVII  (© Musei Vaticani)

Desde criança, João Crisóstomo foi um campeão da palavra. O famoso reitor Libônio, seu professor, que via no jovem seu sucessor natural. No entanto, ficou desapontado quando aquele estudante promissor preferiu o fascínio da fé ao da retórica, "se os cristãos não me o tivessem roubado", exclamou!
Na verdade, João foi "roubado" pela atração que nutria pelas palavras sagradas, que estudava com atenção no círculo de amizades de Diodoro, futuro bispo de Tarso. Precisamente São Paulo foi um dos seus favoritos, ao qual dedicou inúmeros pensamentos e escritos.
Porém, toda a Bíblia, com seus ensinamentos, deixou um profundo sulco naquele jovem de Antioquia, que estava para se tornar faca de dois gumes no Oriente cristão do século V, justamente pelos seus talentos prodigiosos.

Espírito não ventre

O bispo Fabiano o ordenou sacerdote, mas, desde o período de diaconato, João demonstrava claramente que a sua capacidade de falar das Escrituras ao povo era fora do comum.
Antes desta fase de vida, o jovem também fez a experiência eremítica: seis anos no deserto, dos quais, os dois últimos, em uma caverna. Esta experiência consolidou nele um caráter de sobriedade que reforçou ainda mais as suas palavras, que abalavam por sua franqueza.
João Crisóstomo pregava o amor concreto aos irmãos mais pobres; chamava a atenção dos monges para as obras de caridade e a se desapegarem do dinheiro; exortava os leigos a evitar a teia de aranha da devassidão. Enfim, dava mais espaço ao espírito e menos à carne.
João foi um moralista, no sentido positivo do termo, em uma época em que, extrair dos provérbios bíblicos normas de comportamento coerentes com a vida de um batizado, era bastante normal.

Patriarca incômodo

Em 397, quando tinha 50 anos, deu-se a grande mudança! João Crisóstomo estava em Constantinopla para suceder o Patriarca Nectário. Mudou sua função, teve maior visibilidade e proximidade da corte. Mas, quem não mudou nada foi João. Aquele que combatia a corrupção - que lotava os palácios do poder bizantino - continuou fiel ao seu estilo. As pessoas o amavam por isso, diziam seus contemporâneos.
Quem começou a detestá-lo, cada vez mais abertamente, era a nobreza e o clero, apegados aos privilégios, mas também por culpa daquele homem que, ao invés de se alinhar com os companheiros do grupo, do qual fazia parte, lançava frechadas com sua língua impetuosa. A indolência e os vícios, sobretudo dos que usavam batina, eram seus alvos favoritos.
Às palavras, seguiram os fatos: muitos padres foram removidos por indignidade, inclusive o bispo de Éfeso. Para muitos era exagerado demais e, contra um homem, que no fundo era mais ingênuo que astuto, começa a série de intrigas.

"Boca de ouro"

O partido contra João foi liderado pelo Patriarca de Alexandria, Teófilo, e a Imperatriz Eudóxia. Em sua ausência, convocaram um sínodo, que obrigou João ao exílio. Era o ano 403.
Mas, a sua remoção não durou muito. Por furor popular, João Crisóstomo voltou para Constantinopla, porém, seus adversários relançaram o desafio.
Em 9 de junho de 404, uma nova condenação o afastou do centro do Império. O antigo eremita deparou-se com uma solidão forçada.
João "boca de ouro", como foi apelidado mais tarde, faleceu em 407, em Comana, no Ponto, durante um dos muitos exílios obrigatórios.
Ao longo dos séculos, a sabedoria de um homem e sacerdote, corroborada por centenas de escritos, demonstrou que "em todas as coisas" deve ser dada "glória a Deus"!

Vatican News

 

XXIV Domingo do Tempo Comum: Ano "A"

 

Dom José Aparecido
Adm. Apost. Arquidiocese de Brasília

SENHOR, QUANTAS VEZES DEVO PERDOAR?

A rezarmos o Pai Nosso, fazemos uma súplica exigente: “perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”. Com estas palavras ensinadas pelo próprio Senhor Jesus, nós pedimos o perdão das nossas faltas oferecendo ao Pai, que não se cansa de perdoar, a medida do perdão que desejamos receber.

Já no Antigo Testamento lemos que: “Se (alguém) não tem compaixão do seu semelhante, como poderá pedir perdão a Deus?” (Eclo. 28,4). O mesmo sábio aconselha: “Perdoa ao próximo que te prejudica, assim, quando orares, teus pecados serão perdoados” (28,2). Esta palavra já nos aproxima da revelação Evangélica da centralidade do perdão e da misericórdia na vida dos filhos de Deus.

Mesmo o salmista, ao convidar a própria alma a bendizer ao Senhor lembrando-se dos imensos benefícios que o Senhor lhe fez, diz: “Ele te perdoa toda culpa, cura toda tua enfermidade … como um pai se compadece de seus filhos, o Senhor tem compaixão dos que o temem” (Sl. 102,3.13).

Na segunda leitura, o Apóstolo sugere aos cristãos de Roma que na comunidade Cristã nada há de essencial senão a pertença radical a Jesus, pois “quer vivamos quer morramos, pertencemos ao Senhor”, que “morreu e ressuscitou para ser o Senhor dos vivos e dos mortos” (Rm. 14,8-9). E o fez realizando a reconciliação do gênero humano com o Seu Pai e nosso Pai.

Na sequência da tradição bíblica do perdão e levando-a ao seu pleno cumprimento, Jesus universaliza o sentido do próximo e estabelece o vínculo entre o perdão recebido e o perdão dado (cf. Mt 18, 21-35). São João Paulo II assim comenta o diálogo entre Jesus e Pedro: “Cristo sublinha com insistência a necessidade de perdoar aos outros. Quando Pedro lhe perguntou quantas vezes devia perdoar ao próximo, indicou-lhe o número simbólico de «setenta vezes sete», querendo desta forma indicar-lhe que deveria saber perdoar sempre a todos e a cada um”. (Dives in misericordia, n. 14).

A parábola que ilustra a resposta de Jesus a Pedro, coloca salienta o contraste hiperbólico entre a magnanimidade do senhor que perdoa uma soma incalculável representada pelos dez mil talentos (mais de dois bilhões de denários) e a mesquinhez do criado para com o companheiro que lhe devia apenas cem denários, ou seja, cem vezes o salário de um dia.

O exercício contínuo e generoso do perdão nos configura cada vez mais a Cristo, que “me amou e Se entregou por mim”. E nós confiamos este desejo à intercessão d’Aquela que não cessa de proclamar «a misericórdia, de geração em geração» e também a daqueles em que já se realizaram até ao fim as palavras do Sermão da Montanha, «Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia» (cfr. Id., n. 15).

Folheto: "O Povo de Deus"/Arquidiocese de brasília.

sábado, 12 de setembro de 2020

Toda pessoa que se suicida está condenada?

suicidio
Cléofas

Antigamente se pensava que sim, embora a Igreja nunca tenha ensinado isso oficialmente; pois ela nunca disse o nome de um condenado. Hoje, com a ajuda da psicologia e psiquiatria, sabemos que a culpa do suicida pode ser muito diminuída devido a seu estado de alma.

Evidentemente que o suicídio é, objetivamente falando, um pecado muito grave, pois atenta contra a vida, o maior dom de Deus para nós. Infelizmente há países que chegam a facilitar e até mesmo estimular esta prática para pacientes que sofrem ou para doentes mentais. Na Suíça, por exemplo, uma decisão da Suprema Corte abriu o caminho para a legalização da assistência ao suicídio de pacientes mentalmente doentes. O país já permite legalmente o suicido assistido para outros tipos de pacientes com uma ampla faixa de doenças e incapacidades físicas. É o império da “cultura da morte” através da eutanásia.

O Catecismo da Igreja ensina que:

§2280 – “Cada um é responsável por sua vida diante de Deus que lha deu e que dela é sempre o único e soberano Senhor. Devemos receber a vida com reconhecimento e preservá-la para sua honra e a salvação de nossas almas. Somos os administradores e não os proprietários da vida que Deus nos confiou. Não podemos dispor dela”.

§2281 – “O suicídio contradiz a inclinação natural do ser humano a conservar e perpetuar a própria vida. É gravemente contrário ao justo amor de si mesmo. Ofende igualmente o amor do próximo porque rompe injustamente os vínculos de solidariedade com as sociedades familiar, nacional e humana, às quais nos ligam muitas obrigações. O suicídio é contrário ao amor do Deus vivo”.

Mas o Catecismo lembra também que a culpa da pessoa suicida pode ser muito diminuída:

§2282 – “Se for cometido com a intenção de servir de exemplo, principalmente para os jovens, o suicídio adquire ainda a gravidade de um escândalo. A cooperação voluntária ao suicídio é contrário à lei moral. Distúrbios psíquicos graves, a angústia ou o medo grave da provação, do sofrimento ou da tortura podem diminuir a responsabilidade do suicida”.

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Portanto, ninguém deve pensar que a pessoa que se suicidou esteja condenada por Deus; os caminhos de Sua misericórdia são desconhecidos de nós. O Catecismo manda rezar por aqueles que se suicidaram:

§2283 – “Não se deve desesperar da salvação das pessoas que se mataram. Deus pode, por caminhos que só ele conhece, dar-lhes ocasião de um arrependimento salutar. A Igreja ora pelas pessoas que atentaram contra a própria vida”.

Certa vez o santo Cura D´Ars, São João Maria Vianney, ao celebrar a santa Missa notou que uma mulher vestida de luto estava no final da igreja chorando, seu marido havia suicidado na véspera, saltando da ponte de um rio. O santo foi até ela no final da Missa e lhe disse: “pode parar de chorar, seu marido foi salvo, está no Purgatório; reze por sua alma”. E explicou à pobre viúva: “Por causa daquelas vezes que ele rezou o Terço com você, no mês de maio, Nossa Senhora obteve de Deus para ele a graça do arrependimento antes de morrer”. Não devemos duvidar dessas palavras.

Prof. Felipe Aquino

Cléofas 

Missa "virtual" não substitui participação pessoal na Missa

Papa celebra na Capela da Casa Santa Marta durante pandemia na Itália
Papa celebra na Capela da Casa Santa Marta durante pandemia na Itália 
AFP or licensors)

Em Carta aos presidentes das Conferências Episcopais, o cardeal Roberth Sarah afirma a necessidade de voltar à normalidade da vida cristã, nos locais onde a emergência sanitária provocada pela pandemia o permite: participar de uma Missa pelos meios de comunicação não é equiparável à participação física na igreja.

Vatican News

É urgente voltar à normalidade da vida cristã com a presença física na Missa, nos locais onde as circunstâncias o permitirem: nenhuma transmissão é equiparável à participação pessoal ou pode substitui-la.

É o que afirma o cardeal Robert Sarah, prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, em uma Carta sobre a celebração da liturgia durante e depois da pandemia de Covid-19, intitulada "Voltemos com alegria à Eucaristia!". O texto, dirigido aos presidentes das Conferências Episcopais da Igreja Católica, foi aprovado pelo Papa Francisco no último dia 3 de setembro.

Dimensão comunitária da vida cristã

“A pandemia devida ao coronavírus - escreve o cardeal Sarah - produziu transtornos” não somente na dinâmica social e familiar, "mas também na vida da comunidade cristã, incluída a dimensão litúrgica”.

O purpurado recorda que “a dimensão comunitária tem um sentido teológico: Deus é a relação de Pessoas na Santíssima Trindade” e “se coloca em relação com o homem e a mulher e os chama por sua vez a uma relação com ele”.

Assim, “enquanto os pagãos construíam templos dedicados apenas à divindade, aos quais as pessoas não tinham acesso, os cristãos, assim que passaram a usufruir da liberdade de culto, imediatamente construíam lugares que fossem domus Dei et domus ecclesiae, onde os fiéis podiam reconhecer-se como comunidade de Deus". Por isso “a casa do Senhor supõe a presença da família dos filhos de Deus”.

Colaboração da Igreja com as autoridades civis

“A comunidade cristã - lê-se no texto - nunca buscou o isolamento e nunca fez da igreja uma cidade de portas fechadas. Formados para o valor da vida comunitária e na busca do bem comum, os cristãos sempre buscaram a inserção na sociedade”. “Mesmo na emergência da pandemia, surgiu um grande sentido de responsabilidade: na escuta e colaboração com as autoridades civis e com os especialistas”, os Bispos “estiveram prontos a tomar decisões difíceis e dolorosas, até a prolongada suspensão da participação dos fiéis na celebração da Eucaristia”.

Urgência de voltar à normalidade da vida cristã

“Assim que as circunstâncias o permitirem - afirma o cardeal Sarah - é necessário e urgente regressar à normalidade da vida cristã, que tem o edifício da Igreja como casa e a celebração da liturgia, em particular a Eucaristia, como “meta para a qual se encaminha a ação da Igreja e a fonte de onde promana toda a sua força” (Sacrosanctum Concilium, 10).

Conscientes de que Deus nunca abandona a humanidade que criou, e que mesmo as mais duras provas podem dar frutos de graça, aceitamos a distância do altar do Senhor como um tempo de jejum eucarístico, útil para redescobrir a importância vital, a beleza e a preciosidade incomensurável. No entanto, assim que possível, é necessário voltar à Eucaristia" com "um crescente desejo de encontrar o Senhor, de estar com Ele, de recebê-lo para levá-lo aos irmãos com o testemunho de uma vida cheia de fé, de amor e de esperança".

Necessidade da participação pessoal na Missa

O purpurado sublinha que, “embora os meios de comunicação desenvolvam um apreciado serviço aos doentes e àqueles impossibilitados de ir à igreja, e prestaram um grande serviço na transmissão da Santa Missa num momento em que não havia possibilidade de celebrar comunitariamente, nenhuma transmissão é equiparável à participação pessoal ou pode substituí-la.

Com efeito, estas transmissões, por si só, correm o risco de nos afastar de um encontro pessoal e íntimo com o Deus encarnado que se entregou a nós não de forma virtual, mas sim, dizendo: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele” (Jo 6,56). Esse contato físico com o Senhor é vital, indispensável, insubstituível. Uma vez identificadas e adotadas as medidas concretamente praticáveis ​​para reduzir ao mínimo o contágio do vírus, é necessário que todos retomem seu lugar na assembleia dos irmãos, encorajando os desanimados, amedrontados, há muito tempo ausentes ou distraídos.

Sugestões para o retorno à celebração da Eucaristia

A carta sugere “algumas linhas de ação para promover um retorno rápido e seguro à celebração da Eucaristia. A devida atenção às normas de higiene e segurança – afirma o purpurado - não pode levar à esterilização de gestos e ritos”.

Ademais, confia-se na ação prudente mas firme dos Bispos, para que a participação dos fiéis na celebração da Eucaristia não seja reduzida pelas autoridades públicas a uma 'aglomeração', e não seja considerada como equiparável ou até mesmo subordinada às formas de agregação recreativa. As normas litúrgicas não são matéria sobre os quais as autoridades civis podem legislar, mas apenas as autoridades eclesiásticas competentes (cf. Sacrosanctum Concilium, 22).

Respeito pelas normas litúrgicas

A carta exorta a facilitar “a participação dos fiéis nas celebrações, mas sem experiências rituais improvisadas e em plena conformidade com as normas contidas nos livros litúrgicos que regulam seu desenvolvimento”, e reconhecendo “aos fiéis o direito de receber o Corpo de Cristo e adorar o Senhor presente na Eucaristia nas formas previstas, sem limitações que até mesmo possam ir além do previsto pelas normas higiênicas emanadas pelas autoridades públicas ou pelos Bispos”.

Um princípio seguro: a obediência aos bispos

Sobre este ponto, o cardeal dá uma indicação precisa: “Um princípio seguro para não errar é a obediência. Obediência às normas da Igreja, obediência aos Bispos. Em tempos de dificuldade (por exemplo, pensemos nas guerras, pandemias), os Bispos e as Conferências Episcopais podem dar normativas provisórias que devem ser obedecidas. A obediência salvaguarda o tesouro confiado à Igreja. Estas medidas ditadas pelos Bispos e pelas Conferências Episcopais expiram quando a situação volta à normalidade”.

Saúde pública e salvação eterna

A Igreja - conclui o Cardeal Sarah - protege a pessoa humana “na sua totalidade” e “à necessária preocupação pela saúde pública, a Igreja une o anúncio e o acompanhamento para a salvação eterna das almas”.

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF