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quinta-feira, 24 de setembro de 2020

A forma do batismo: somente por imersão? (Parte 2/12) – Os batismos (purificações ou lavagens) dos hebreus

Veritatis Splendor

Muitos eruditos chegaram à conclusão que tanto João Batista quanto os Apóstolos e demais administradores do batismo, praticaram a infusão e não a imersão no século I.

Por quê? Porque o batismo não foi inventado por João, sendo ele herdeiro de uma prática milenar: os batismos judaicos (lavagens de purificação).

  • “Consistindo somente em prescições carnais, que versam sobre comidas e bebidas, e sobre batismos de todo gênero, impostas até ao tempo da correção” (Hebreus 9,10).

Este texto é importante para se saber sobre os batismos judaicos. A tradução [espanhola] da Reina Valera como outras versões [como a Almeida brasileira] traduzem [aqui o termo grego “batismo”] por “lavagens”, “purificações” ou “abluções”, e é correto traduzir assim porque o texto se refere às lavagens rituais do Antigo Pacto. Porém o que queremos apontar aqui é que o texto grego diz: “batismos”!

Vejamos a “Reina-Valera Interlinear grego-espanhol”:

  • “µονον→somente επι→sobre βρωµασιν→comidas και→e ποµασιν→bebidas και→e διαφοροις→diferentes βαπτισµοις→imersões και→y δικαιωµασιν→justos/retos decretos σαρκος→de carne µεχρι→até καιρου→tempo assinalado διορθωσεως→de retificação completa επικειµενα→jazendo sobre” (Hebreus 9,10).

Como vemos, o grego diz “βαπτισµοις”, “baptismois”; em seguida, vem a tradução literal: “imersões”. Porém, já na sua tradução normal, a Reina-Valera [assim como a Almeida] emprega “abluções” ou “lavagens”:

  • – “Consistindo apenas em comestíveis e em bebidas, e em diversas lavagens, e ordenanças sobre a carne, impostas até o tempo da correção” (Reina Valera, ano 1909).
  • – “Já que consiste apenas de comidas e bebidas, de diversas abluções, e ordenanças sobre a carne, impostas até o tempo de reformar as coisas” (Reina Valera, ano 1960).
  • [- “Consistindo somente em comidas, e bebidas, e várias abluções e justificações da carne, impostas até ao tempo da correção”.]

Porque a Reina-Valera e outras versões não traduzem Hebreus 9,10 como “imersões”? A resposta é porque esses “batismos” a que se refere o texto não são por imersão na água, sangue ou azeite, mas por infusão e também por aspersão. É por isso que traduzem como “lavagens”, “purificações” ou “abluções”.

Há alguns (normalmente as seitas) que insistem que somente se deve ter em conta o sentido literal da palavra “baptizo”; mas isso é um grande erro, porque se se traduzisse Hebreus 9,10 como “imersões” teríamos um grande problema. É por isso que traduzem como “abluções” ou “lavagens”. O que significa isto? Que a palavra grega “baptizo” possui um sentido mais amplo do que apenas “mergulhar”.

Vejamos, pois, os diversos batismos (lavagens de purificação) a que se refere a Carta aos Hebreus 9,10:

  • “E Moisés tomou a metade do sangue, e a pôs em bacias; e a outra metade do sangue derramou sobre o altar. E tomou o Livro da Aliança e o leu aos ouvidos do povo, e eles disseram: ‘Tudo o que o Senhor tem falado faremos, e obedeceremos’. Então tomou Moisés aquele sangue, e aspergiu-o sobre o povo, e disse: ‘Este é o sangue da aliança que o Senhor tem feito convosco sobre todas estas palavras'” (Êxodo 24,6-8).

Vemos aqui que Moisés derramou sangue no altar e também asperge o povo com esse sangue, em sinal da Aliança que Deus fez com eles. Mas como sabemos que isto é um batismo? Porque Hebreus 9,10 nos afirma que isto é um batismo (lavagem de purificação)!

  • “Toma os levitas do meio dos filhos de Israel e purifica-os; E assim lhes farás, para os purificar: asperge sobre eles a água da expiação; e sobre toda a sua carne farão passar a navalha, e lavarão as suas vestes, e se purificarão” (Números 8,6-7).

Vemos aqui que uma das formas de purificar os levitas era aspergindo água[2] sobre o povo. Mas como sabemos que isto é um batismo? Porque Hebreus 9,10 nos afirma que isto é um batismo (lavagem de purificação)!

Como verão, caros leitores, com estes textos estamos confirmando que os batismos (lavagens de purificação) no Antigo Testamento se davam por infusão ou aspersão. Por isso a Reina-Valera [e a Almeida], em Hebreus 9,10, traduz a palavra grega “baptismos” por “abluções” e não por sua tradução literal “imersões”. Mas ainda há mais! Vejamos:

– “Então o sacerdote lavará as suas vestes, e banhará a sua carne na água, e depois entrará no arraial; e o sacerdote será impuro até à tarde. Também o que a queimou lavará as suas vestes com água, e em água banhará a sua carne, e impuro será até à tarde. E um homem puro ajuntará a cinza da novilha, e a porá fora do arraial, num lugar puro, e ficará ela guardada para a congregação dos filhos de Israel, pela água lustral; é expiação” (Números 19,7-9).

  • “E Moisés fez chegar a Arão e a seus filhos, e os lavou com água” (Levítico 8,6).
  • “Então farás chegar a Arão e a seus filhos à porta da tenda da congregação, e os banharás com água” (Êxodo 29,4).

Muito bem! Novamente não encontramos a imersão aqui, pois uma forma de “lavar”, “banhar” é pela infusão e também pela aspersão. Mais uma vez: como sabemos que isto é um batismo? Porque Hebreus 9,10 nos afirma que isto é um batismo (lavagem de purificação)!

  • “E falou o Senhor a Moisés, dizendo: ‘Farás também uma pia de cobre com a sua base de cobre, para lavar; e a porás entre a tenda da congregação e o altar; e nela deitarás água. E Arão e seus filhos nela lavarão as suas mãos e os seus pés'” (Êxodo 30,17-19; v.tb. Êxodo 40,12; Levítico 16.4.28).

Ora, é lógico que eles não iriam mergulhar [todo o corpo] na pia de bronze apenas para lavar as mãos e os pés; iriam pois fazê-lo pela infusão. E de novo: como sabemos que isto é um batismo? Porque Hebreus 9,10 nos afirma que isto é um batismo (lavagem de purificação)!

É por isso que em Hebreus 9,19-21, ainda que o texto grego diga “aspergiu”, para lançar algumas gotas, sabemos que isso é um batismo (lavagem), porque Hebreus 9,10 nos afirma que isto é um batismo:

  • “Porque, havendo Moisés anunciado a todo o povo todos os mandamentos segundo a lei, tomou o sangue dos bezerros e dos bodes, com água, lã purpúrea e hissopo, e aspergiu tanto o mesmo livro como todo o povo, dizendo: ‘Este é o sangue do testamento que Deus vos tem mandado’. E semelhantemente aspergiu com sangue o tabernáculo e todos os vasos do ministério” (Hebreus 9,19-21).

Pelo exposto, percebemos que as “lavagens” (batismos) de purificação do povo hebraico (cf. Hebreus 9,10), NÃO eram por imersão, e tanto João Batista quanto Jesus e os seus Apóstolos possuíam essa herança milenar de batizar assim.

Recordemos que João Batista era judeu e estava batizando judeus, uma nacionalidade que era bastante escrupulosa e zelosa quanto à letra da Lei. E isto particularmente na época dos fariseus. Suponhamos que João tivesse introduzido algo que não era comumente praticado, como a imersão. Não lhe teriam exigido que determinasse a sua autoridade para fazer tal mudança? Os próprios fariseus mencionavam Elias de modo especial (cf. João 1,25), mostrando que eles pensavam no batismo conforme praticado pelos profetas. E a posterior reação desfavorável dos fariseus, quando os discípulos de Jesus batizavam, indica quão escrupulosos eram em relação aos requisitos de quem batizava e de como era administrado o batismo.

Devemos lembrar também que João Batista foi criado no lar de um sacerdote (era filho de um sacerdote da linha de Abias, cujo nome era Zacarias. A mãe de João era descendente direta de Aarão, o primeiro sumo sacerdote, cf. Lucas 1,5), e com todos os antecedentes da aspersão e da unção com azeite (cf. Êxodo 29,7; Levítico 8,10–11,3; 1João 2,20.27), com sangue (cf. Êxodo 24,6-8; 29,21; Levítico 8,30; Hebreus 9,18-22) e com água (cf. Levítico 14,6-7.51; Números 19,2.9.18). Seria pois inacreditável supor que João, de repente, introduzisse a imersão sem dar qualquer explicação a respeito.

—–
NOTA
[2] Água lustral: para purificar (de “luere”: “desligar, expiar”). No Cristianismo é empregada quando se quer expressar a ablução batismal e, sobretudo, quando a ablução tem um tom de purificação cúltica.

Veritatis Splendor

“O grito da selva": carta dos povos amazônicos à 75ª Assembleia da ONU

José Gregorio Diaz Mirabal coordenador Geral da COICA

“Na Amazônia, também não podemos respirar”, assim inicia a carta enviada pela Coordenação das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica (COICA) aos líderes presentes na 75ª Assembleia Geral da ONU. Um “Grito da Selva”, para que sejam tomadas medidas concretas para a proteção da Casa Comum.

Jane Nogara – Vatican News

No dia 22 de setembro foi realizado um encontro da Coordenação das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica (COICA) para lançar o “Grito da Selva”. O evento contou com a participação do cardeal Cláudio Hummes presidente da REPAM com a coordenação de José Gregório Diaz Mirabal. A temática do encontro: “A Amazônia diante da sua pior crise: Covid-19, incêndio, violências e mudanças climáticas”.

Carta aberta à ONU

No final do encontro foi apresentada uma Carta aberta a todos os líderes reunidos na 75ª Assembleia Geral da ONU: “Na Amazônia, também não podemos respirar”.

A carta apela fundamentalmente para que as decisões a serem tomadas não sejam em vão e principalmente que os povos nativos sejam consultados. Os povos amazônicos recordam à 75ª Assembleia da ONU: “Estamos aqui, quase sem poder respirar devido à fumaça dos incêndios em nossas florestas ou pela intensidade da Covid-19 em nossos corpos. Apesar disso, estamos fazendo todo o possível para conter simultaneamente o avanço do fogo, do vírus e das invasões, em uma batalha desigual para sobreviver e garantir a sobrevivência de toda a humanidade”.

Uso de recursos naturais

Ao comentar as decisões que poderão ser tomadas em relação ao meio ambiente na Amazônia, a Coordenação pede aos líderes da ONU “para se comprometam em respeitar e incorporar nossas práticas de uso sustentável dos recursos naturais, se quisermos sobreviver. Omitir isto seria cair num discurso desonesto e vazio, porque não haverá outra maneira de recuperar nossas economias se não estivermos levando a sério a recuperação de nossos ecossistemas naturais”.

Desmatamento zero

Segue uma reflexão sobre a atual situação que deve ser considerada pelos líderes:

“Pedimos que se comprometam a manter pelo menos 80% da Amazônia intacta e que nossos territórios sejam reconhecidos para que possamos salvaguardar pelo menos metade da terra na próxima década. Temos apenas 10 anos para reflorestar e, ao mesmo tempo, atingir o desmatamento zero. Será difícil, mas não impossível”

Ações concretas

Por fim a Coordenação das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica recorda aos líderes que “diante de uma Amazônia em um ponto sem retorno e suas sérias implicações para o clima e a segurança alimentar global, exigimos responsabilidade, onde o discurso seja apoiado por ações concretas”, com as seguintes medidas fundamentais para a sobrevivência: “precisamos reavivar o Acordo de Paris e evitar acordos comerciais extrativos, e que os bancos deixem de financiar projetos prejudiciais à Amazônia”.

Concluindo o grupo de Coordenação da COICA recorda ao mundo, "é irônico que na Amazônia estejamos usando máscaras para lidar com a fumaça enquanto procuramos controlá-la ou procurando tubos de oxigênio para que nosso povo sobreviva à cruel Covid-19. Porque temos que dizê-lo: na Amazônia, também não podemos respirar”.

A Carta é assinada pela Coordenação e pelos representantes de mais de 3 milhões de habitantes indígenas que compõem mais de 500 povos originários da bacia e do bioma amazônico.

Vatican News

Governo do Brasil pede que "Cuties" seja retirado da Netflix e que se abra uma investigação

Imagem referencial / crédito: Pixabay

BRASILIA, 23 set. 20 / 03:30 pm (ACI).- O Governo brasileiro pediu a suspensão da transmissão do filme "Cuties" (Mignonnes, em seu original em francês) através da Netflix e a abertura de uma investigação que apure "a responsabilidade pelo fornecimento e distribuição de conteúdo pornográfico envolvendo crianças".

pedido do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, liderado por Damares Alves, foi encaminhado no dia 21 de setembro à Coordenação da Comissão Permanente da Infância e da Juventude da Procuradoria-Geral de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul. A carta foi assinada pelo Secretário Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Maurício Cunha.

“Assim, tendo em conta a proteção integral devida às crianças e adolescentes sob a responsabilidade da família, da sociedade e do Estado (CF – art. 227), emerge a imprescindibilidade de atuação estatal na proposição de medidas judiciais com o fim de: 1) suspender, imediatamente, a oferta do filme aos assinantes da Nelix Brasil e, 2) apurar responsabilidade pela oferta e distribuição de conteúdo pornográfico envolvendo crianças”, afirma a carta.

No início do texto, a “preocupação” do governo é relatada com referência a “Cuties”, “O filme, protagonizado por uma menina de 11 (onze) anos, possui, como pano de fundo, o fascínio pela dança, a busca pela liberdade, o desenvolvimento da identidade sexual e o conflito em relação à tradição religiosa de sua família”.

“Ocorre que para tratar de tais assuntos, o filme apresenta cenas de pornografia infantil, assim entendida como: “qualquer situação que envolva criança ou adolescente em atividades sexuais explícitas, reais ou simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de uma criança ou adolescente para fins primordialmente sexuais” (ECA - art. 241-E)”, disse Cunha.

Também indica que o filme contém “múltiplas as cenas com close-ups das partes íntimas das meninas, enquanto estas reproduzem movimentos eróticos durante a dança, se contorcem e simulam práticas sexuais; tudo levando à normalização da hipersexualidade das crianças”.

“Há uma cena, aos 68’ de filme, que sugestiona, inclusive, a ‘oferta de sexo pela menina’ a um homem adulto, em troca de um aparelho celular, fato que, obviamente, excede o limite da liberdade de expressão para incitar a pedofilia e a exploração sexual de crianças”, denuncia a Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente.

A carta enfatiza que “não há como deixar de repudiar o longa-metragem”, especialmente “em momento no qual as representações nacionais e internacionais de proteção à infância e adolescência se unem para o enfrentamento à pedofilia e à sexualização precoce de crianças e adolescentes”.

“Isso porque, além de conduta criminosa (à luz do ordenamento jurídico brasileiro), há evidente retroalimentação da lascívia de pessoas que se sentem atraídas, sexualmente, por crianças e adolescentes, além do claro abastecimento da indústria de pornografia infantil”, acrescenta o texto.

Cunha destacou que no artigo 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente, consta o crime de “vender ou expor à venda, vídeo ou outro registro que contenha cena pornográfica envolvendo criança e adolescente”, que é punido com reclusão de 4 a 8 anos e multa.

No âmbito da norma estatutária, a carta lembrou que os delitos relacionados à pornografia e à exploração sexual infanto-juvenil “resultam de tratados internacionais, no parcular, do Protocolo Facultavo da Convenção dos Direitos da Criança, elaborado pela ONU e raficado pelo Brasil por meio do Decreto nº 5.007/2004”.

Ao final da carta, explica-se que a Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente “vê com extrema preocupação, a perpetuação do conteúdo retro mencionado, que longe de ser entretenimento ou liberdade de expressão, na verdade, afronta e fragiliza a normativa nacional de proteção à infância e adolescência, além de se tratar de apologia a crime de pornografia infantil, caso em que requer a atuação dessa Comissão Permanente da Infância e da Juventude”.

A Ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos do Brasil acrescentou em comunicado que "o governo do presidente Jair Bolsonaro não vai parar nesta luta" e que "todas as medidas judiciais cabíveis" serão tomadas pelos "direitos humanos de todos filhos do Brasil”.

“As crianças e os adolescentes são o bem mais precioso e mais vulnerável da nação. Todos estamos interessados ​​em interromper conteúdo que coloque as crianças em risco ou as exponha à erotização precoce", acrescentou.

Polêmica por Cuties

Cuties é um filme escrito e dirigido pela franco-senegalesa Maïmouna Doucouré. Estreou originalmente no Festival de Cinema de Sundance de 2020, em janeiro deste ano, e começou a ser transmitido na Netflix em setembro.

Antes de sua estreia, milhares de usuários de redes sociais protestaram contra o filme. A Netflix foi especialmente criticada por promover uma "cultura da pedofilia" com o filme, já que a descrição - posteriormente modificada - dizia ser a história de um grupo de meninas de onze anos que "dançam sensualmente".

“Amy tem onze anos e quer pertencer a um grupo de meninas da sua idade que dançam sensualmente, por isso começa a explorar a feminilidade e a desafiar a sua família religiosa”, afirma a sinopse.

Da mesma forma, foi criticada a imagem do cartaz que acompanhava o texto, descrita como inadequada por inúmeros usuários.  Na imagem se vê quatro meninas com poucas roupas de cor azul e em poses de danças eróticas.

A Netflix pediu desculpas publicamente pela sinopse, assim como pela imagem do poster, que considerou como "imagens inadequadas", mas não removeu o filme.

 Em 11 de setembro, o senador do Partido Republicano pelo Estado do Texas, Ted Cruz, pediu ao procurador-geral dos Estados Unidos que investigasse se a Netflix e Cuties "violaram alguma lei federal contra a produção e distribuição de pornografia infantil".

No final de semana de 12 de setembro, a Netflix registrou o maior número de cancelamentos de assinaturas dos últimos anos, depois da polêmica. De acordo com dados da empresa YipitData compartilhados com a revista Variety, “no sábado, 12 de setembro, a taxa de cancelamento da Netflix nos EUA saltou para quase oito vezes os níveis diários médios registrados em agosto de 2020, atingindo a maior alta dos últimos anos”.

Até o momento, uma campanha lançada na plataforma CitizenGO coletou mais de 240 mil assinaturas rejeitando Cuties, exigindo que a Netflix "retire esta produção altamente ofensiva".

Para participar da campanha de assinaturas do CitizenGO exigindo que a Netflix remova Cuties de seu serviço, você pode entrar AQUI.

ACI Digital

São Pacífico

Franciscanos

Pacífico nasceu no ano de 1424 em Cerano, na Itália. Muito cedo ficou órfão dos pais, sendo educado e formado pelo Superior dos beneditinos do Mosteiro de São Lorenzo de Novara.

Após a morte do seu benfeitor beneditino ele decidiu seguir a vida religiosa, mas preferiu ingressar para a Ordem dos Irmãos Menores franciscanos. Em 1444, com vinte e um anos de idade tomou o hábito franciscano. Em seguida foi enviado para completar os estudos à Universidade de Sorbone em Paris, regressando para a Itália com o título de Doutor.

Desde então se dedicou à pregação e percorreu inúmeras regiões da Itália. O seu apostolado era combater a ignorância religiosa, tanto entre os leigos como no meio do clero, especialmente em relação ao Sacramento da Penitência. Na sua cidade natal mandou construir uma igreja em homenagem a Nossa Senhora.

Pacífico destacou-se na sua ordem religiosa e tornou-se comissário geral e visitador. Neste cargo Pacífico percorreu a Itália e as ilhas da Sardenha e Sicília. Em 1471 o Papa Xisto IV o enviou em missão à Sardenha para controlar a invasão muçulmana. Dia 04 de junho de 1482 Pacífico morreu em Sardenha, longe de sua terra natal que tanto amava. 

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

Reflexão
Pacífico é considerado pelos teólogos "insígne por sua doutrina e santidade, consolo e protetor de sua pátria". Sua força era a pregação da Palavra de Deus. Também nós somos chamados constantemente para espalhar o Evangelho a todos os povos, exercendo assim nossa vocação cristã. A Palavra de Deus transforma e vivifica a realidade.
Oração
Deus de amor e de bondade, que escolhestes Pacífico para propagar sua Palavra, fazei de nós verdadeiros apóstolos. Considerai nossa fraqueza, mas olhai também nossa disposição em vos servir. Dai-nos a fortaleza que animou Pacífico e nos leve sempre a vos colocar sempre em primeiro lugar. Por Cristo nosso Senhor. Amém.

Portal A12

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

8 maneiras de buscar equilíbrio entre a vida pessoal e profissional

Shutterstock | MinDof
por Octavio Messias

Precisamos abrir mão de modelos de penitência e entender que o bom trabalho é aquele fazemos bem.

Precisamos abandonar essa noção de que confunde uma vida profissional prolífica com penitência, como se o sucesso dependesse exclusivamente do sofrimento. Claro, como tudo que vale a pena na vida, uma carreira de sucesso requer esforço e abrir mão de uma série de outras coisas. Agora o resultado não depende necessariamente do quanto você se prova.

Especialistas hoje reconhecem que qualidade vale mais do que quantidade e muitas vezes um número menor de horas trabalhadas com energia, foco e a cabeça descansada proporciona uma produtividade maior. Com uma vida profissional bem balanceada o indivíduo tem menos chances de sofrer com estresse e de se tornar burnout, um maior senso de bem-estar e chances de fazer um trabalho melhor, sem abrir mão de todas as outras coisas importantes da vida.

Voltado para executivos, o site norte-americano Business News Daily publicou uma lista com oito maneiras de buscar esse equilíbrio. São dicas para aproveitar melhor todos os momentos da vida, inclusive os de trabalho. 

1
ACEITE QUE NÃO HÁ UM MODELO IDEAL

Nem sempre é possível largar a caneta pontualmente às 17h e passar o resto do dia com família e amigos. Não busque uma agenda ideal, busque a melhor agenda dentro das suas reais possibilidades.  

2
FAÇA O QUE VOCÊ AMA

Quem nunca ouviu a expressão: “Faça o que ama e nunca mais tenha de trabalhar um único dia”? Embora não seja exatamente assim que funcione, é importante fazer algo que te motive, no que você enxergue um propósito maior e que te motive a sair da cama todas as manhãs. 

3
PRIORIZE A SUA SAÚDE

O seu trabalho depende única e exclusivamente de você e se você não estiver bem, seja física ou emocionalmente, esse trabalho também sofrerá. A melhor maneira de extrair o máximo do próprio potencial é estando bem. 

4
NÃO TENHA MEDO DE SE DESLIGAR

Cortar laços com o mundo exterior permite com que nos recuperemos do estresse e tenhamos espaço mental para que surjam novas ideias. Pessoas bem sucedidas costumam tirar intervalos durante o dia para leitura e meditação. Se não for possível, resguarde o seu tempo livre. 

5
TIRE FÉRIAS

Às vezes, se desligar totalmente significa excluir o trabalho da vida por um tempo. Seja tirar o dia para um passeio ao ar livre ou passar um mês em uma praia no Nordeste, o importante é se permitir recarregar física e mentalmente. 

6
ENCONTRE TEMPO PARA VOCÊ E PARA AQUELES QUE VOCÊ AMA

Lembre-se que antes de um profissional você é um indivíduo, com interesses e gostos já presentes antes de assumir o cargo atual. É preciso tomar um papel ativo em planejar o seu tempo livre, em criar espaço para você na sua agenda, pois se ficar esperando uma hora sem nada para fazer ela dificilmente virá. 

7
CRIE LIMITES DE HORAS TRABALHADAS

Para evitar burnout, especialmente durante a quarentena, tente limitar o seu tempo no trabalho e abandonar totalmente o trabalho no seu tempo livre. Determine quando começará e quando encerrará o expediente. 

8
ESTABELEÇA OBJETIVOS E PRIORIDADES (E SE ATENHA A ELES)

Crie agendas e uma lista de tarefas por prioridade. Vá ticando uma por uma até terminar ou, se possível, até acabar o expediente. Evite checar e-mail e telefone a cada cinco minutos. Maximizar a produtividade no horário de trabalho significa mais tempo livre depois dele. 

Aleteia

HAGIOGRAFIA: O Profeta Santo Elias (Parte 9/9)

Ecclesia

O Profeta Santo Elias

Tradução do Amado Irmão WILMAR SANTIN

12. Folclore sobre Elias

A popularidade de Elias foi verdadeiramente extraordinária. A narração bíblica, nos chamados ciclos elianos do AT e nos textos da Transfiguração no NT, por sua grandiosidade e eficácia impressionava grandemente a imaginação do povo, principalmente devido ao seu arrebatamento ao céu e por causa da crença de sua permanência em vida, da sua intervenção em favor dos bons em suas necessidades e do seu regresso para lutar contra o anticristo no final dos tempos.

No tempo de São Martinho, um jovem, apresentando-se como sendo Elias e sustentando tal afirmação com pretensos milagres, chegou a seduzir várias pessoas e inclusive a um bispo (Sulplicio Severo, Vita sancti Martini, 24, em CSEL, I, p. 133). No tempo de S. Gregório Magno, como ele mesmo conta (Ep. 38, em PL, LXXVII, col. 635), um judeu chamado Nasas atraía na Sicília os cristãos em torno a um altar por ele construído em honra a Elias.

Nos costumes eslavos, a festa de Elias adquiriu uma particular importância, que a distinguia das outras festividades. O dia de Elias, chamado "Elias, o trovão", era esperado como se aguarda um dia de descanso, com interrupção dos trabalhos no campo. Segundo as crenças populares, Elias comanda o trovão e a chuva, e na sua ira pode mandar a seca. Segundo o historiador Zabelin (Les coutumes, les traditions, les légendes... russes, Moscou 1800, p. 96), na consciência popular da velha Rússia, Perun, o deus pagão do trovão e do relâmpago, cedeu o lugar ao profeta Elias, venerado também - fato notável - pelos Buriatas e Tártaros. A vida de Elias esteve vinculada aos fenômenos celestes, ao trovão, à chuva e à seca. O povo via em Elias um intercessor junto a Deus para o duro trabalho nos campos (cf. indícios destas crenças no Eucologio [ou ritual], Leópolis 1695). Nos campos de Novgorod, onde em 1198 surgiu a primeira igreja em honra de Elias e onde se transferiu o culto do santo, desde Kiev, o barulho do trovão era explicado como a passagem do carro de Elias sobre as nuvens.

Nas comunidades sírias, antes de se tornarem cristãs, Elias, por influência das lendas judaicas, já havia se transformado num ser misterioso, meio anjo e meio homem, coberto de penas e capaz de voar para socorrer aqueles que a ele se dirigiam.

Nestas crenças populares se inspirou também Eugênio Sue, autor de "O judeu errante".

No dia 20 de julho se reúne no Monte Carmelo uma grande multidão de devotos de Elias: cristãos de vários ritos, judeus e muçulmanos. Todos sobem ali com os mais variados meios de locomoção ou a pé, para cumprir seus votos, para apresentar suas crianças ao batismo e principalmente para cantar e dançar em honra do profeta. Do interior do monastério se escuta o rumor de uma grande feira: toda aquela gente tão diferenciada se reúne ali cada ano em nome de Elias, o qual continua exercendo sua fascinação e sua notável influência na vida e nas crenças daqueles povos.

Francesco Spadafora


FONTE:

Título original: Elia Profeta, em Santi del Carmelo, Institutum Carmelitanum, Roma 1972, p. 136-153)

Aleteia

Nosso Senhor Jesus Cristo: o primeiro apologeta, o primeiro defensor da Fé

Veritatis Splendor
  • Autor: Israel Octavio Hernandez
  • Fonte: Site “Católico, Defiende tu Fe” (https://www.catolicodefiendetufe.org)
  • Tradução: Apostolado Veritatis Splendor

Nosso Senhor Jesus Cristo foi o primeiro apologeta, pois nada ensinava sem apresentar as provas de sua verdade, seus motivos de credibilidade.

Nos Evangelhos, o vemos debatendo com os fariseus, mostrando-lhes a verdade:

  • “E, partindo dali, chegou à sinagoga deles. E, estava ali um homem que tinha uma das mãos mirrada; e eles, para o acusarem, o interrogaram, dizendo: ‘É lícito curar nos sábados?’ E ele lhes disse: ‘Qual dentre vós será o homem que tendo uma ovelha, se num sábado ela cair numa cova, não lançará mão dela, e a levantará? Pois, quanto mais vale um homem do que uma ovelha? É, por consequência, lícito fazer bem nos sábados’. Então disse àquele homem: ‘Estende a tua mão’. E ele a estendeu e ficou sã como a outra. E os fariseus, tendo saído, formaram conselho contra ele, para o matarem” (Mateus 12,9-14).
  • “Então chegaram ao pé dele os fariseus, tentando-o, e dizendo-lhe: ‘É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo?’
    Ele, porém, respondendo, disse-lhes: ‘Não tendes lido que aquele que os fez no princípio macho e fêmea os fez. E disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão dois numa só carne? Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem’. Disseram-lhe eles: ‘Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio, e repudiá-la?’ Disse-lhes ele: ‘Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas ao princípio não foi assim. Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de fornicação, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério'” (Mateus 19,3-9).

Veja-se ainda: Mateus 16,1-4; 22,15-22.34-46; Marcos 10,2-9Lucas 10,25-37João 8,3-11.

Jesus debate até com o Diabo citando as Escrituras:

  • “Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome; E, chegando-se a ele o tentador, disse: ‘Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães’. Ele, porém, respondendo, disse: ‘Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus’. Então o diabo o transportou à cidade santa, e colocou-o sobre o pináculo do templo, e disse-lhe: ‘Se tu és o Filho de Deus, lança-te de aqui abaixo; porque está escrito: Que aos seus anjos dará ordens a teu respeito; e tomar-te-ão nas mãos, para que nunca tropeces com o teu pé em alguma pedra’. Disse-lhe Jesus: ‘Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus’. Novamente o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles. E disse-lhe: ‘Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares’. Então disse-lhe Jesus: ‘Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás’. Então o diabo o deixou; e, eis que chegaram os anjos, e o serviam” (Mateus 4,1-11).

Mas Jesus também emprega a apológética com os seus próprios discípulos.

Com efeito, se ao lermos os Evangelhos nos focarmos nisso, descobriremos como Nosso Senhor Jesus Cristo apresentava – superabundantemente – as provas necessárias para que as suas doutrinas fossem aceitas.

Desta forma, como prova de que Ele era o Messias e, portanto, da sua autoridade para ensinar, algumas vezes aponta o cumprimento nele das profecias messiânicas:

  • “‘Como, pois, se cumpririam as Escrituras, que dizem que assim convém que aconteça?’ Então disse Jesus à multidão: ‘Saístes, como para um salteador, com espadas e varapaus para me prender? Todos os dias me assentava junto de vós, ensinando no templo, e não me prendestes. Mas tudo isto aconteceu para que se cumpram as Escrituras dos profetas’. Então, todos os discípulos, deixando-o, fugiram” (Mateus 26,54-56).
  • “Então começou a dizer-lhes: ‘Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos'” (Lucas 4,21).

Outras vezes, os milagres que fazia provavam que Ele era o Messias:

  • “‘Mas eu tenho maior testemunho do que o de João; porque as obras que o Pai me deu para realizar, as mesmas obras que eu faço, testificam de mim, que o Pai me enviou'” (João 5,36).

Para provar que tinha o poder para perdoar os pecados, cura um paralítico:

  • “E Jesus, vendo a fé deles, disse ao paralítico: ‘Filho, tem bom ânimo, perdoados te são os teus pecados’. E eis que alguns dos escribas diziam entre si: ‘Ele blasfema’. Mas Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse: ‘Por que pensais mal em vossos corações? Pois, qual é mais fácil? Dizer: Perdoados te são os teus pecados; ou dizer: Levanta-te e anda? Ora, para que saibais que o Filho do homem tem na terra autoridade para perdoar pecados (disse então ao paralítico): Levanta-te, toma a tua cama, e vai para tua casa’. E, levantando-se, foi para sua casa. E a multidão, vendo isto, maravilhou-se, e glorificou a Deus, que dera tal poder aos homens” (Mateus 9,2-8).

Para a sua Presença Real na Sagrada Eucaristia, Ele oferece como prova do seu poder divino a sua então próxima ascensão aos Céus:

  • “Sabendo, pois, Jesus em si mesmo que os seus discípulos murmuravam disto, disse-lhes: ‘Isto escandaliza-vos? Que seria, pois, se vísseis subir o Filho do homem para onde primeiro estava?'” (João 6,61-62).

E não poucas vezes as provas antecederam à sua doutrina. Ele primeiro apresenta as provas e deixa que os seus Apóstolos, seus discípulos, raciocinando, deduzam delas a doutrina que Ele quer estabelecer. Um exemplo disto, certamente de grandiosíssimo valor, encontramos naquela ocasião em que São João Batista, querendo que Nosso Senhor Jesus Cristo se proclamasse logo como o Messias esperado, envia dois de seus discípulos para perguntar-Lhe:

  • “És tu aquele que havia de vir, ou esperamos outro?” (Mateus 11,3).

Pergunta essa a que Nosso Senhor Jesus Cristo não deu uma resposta direta mas, tendo feito muitos milagres perante eles, provou que era o Messias esperado, dizendo-lhes:

  • “E Jesus, respondendo, disse-lhes: ‘Ide, e anunciai a João as coisas que ouvis e vedes: os cegos vêem, e os coxos andam; os leprosos são limpos, e os surdos ouvem; os mortos são ressuscitados, e aos pobres é anunciado o evangelho. E bem-aventurado é aquele que não se escandalizar em mim'” (Mateus 11,4-6).

Assim, ofereceu primeiro as provas e deixou para João Batista deduzir a doutrina a partir delas.

E todos os Apóstolos, seguindo o exemplo de Nosso Senhor Jesus Cristo, apresentam racionalmente a Religião Cristã e querem que os fiéis a professem por CONVICÇÃO. Assim os exorta o Apóstolo São Pedro:

  • “Antes, santificai ao Senhor Deus em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós” (1Pedro 3,15).

A excelência da Apologética consiste, portanto, em nos levar a sermos católicos por convicção, a professarmos triunfalmente a nossa Religião, por estarmos plenamente convencidos de que o Catolicismo é a verdadeira Religião, de que é a Religião de Deus!

Veritatis Splendor

Cuties: Filme da Netflix que sexualiza crianças leva a cancelamento recorde de assinaturas

Imagem referencial / crédito: Unsplash

WASHINGTON DC, 17 set. 20 / 03:00 pm (ACI).- No último fim de semana, a Netflix registrou o maior número de cancelamentos de assinaturas dos últimos anos, depois da polêmica gerada pela estreia de “Cuties” (Mignonnes, em seu original em francês), filme acusado de promover a pedofilia por sexualizar as meninas protagonistas

De acordo com os dados da empresa YipitData compartilhados com a revista Variety, “as taxas de abandono de assinantes da Netflix começaram a aumentar em 10 de setembro, um dia após o lançamento de 'Cuties' na Netflix, quando a hashtag '#CancelNetflix' estava no lugar de maior tendência no Twitter”.

"No sábado, 12 de setembro, a taxa de cancelamento da Netflix nos EUA saltou para quase oito vezes os níveis diários médios registrados em agosto de 2020, atingindo a maior alta dos últimos anos", disse a empresa que analisa os dados sobre o comportamento de milhões de consumidores norte-americanos.

Da mesma forma, destacou que, como “a hashtag #CancelNetflix continua sendo uma tendência nas redes sociais, é possível que o alto índice de abandono continue nos próximos dias”.

YipitData não forneceu estimativas do número de clientes que cancelaram a assinatura do serviço e a Netflix também não informou sobre a situação.

Cuties é um filme escrito e dirigido pela franco-senegalesa Maïmouna Doucouré. Estreou originalmente no Festival de Cinema de Sundance de 2020, em janeiro deste ano, e começou a ser transmitido na Netflix em setembro.

Antes de sua estreia, milhares de usuários de redes sociais protestaram contra o filme. A Netflix foi especialmente criticada por promover uma "cultura da pedofilia" com o filme, já que a descrição - posteriormente modificada - dizia ser a história de um grupo de meninas de onze anos que "dançam sensualmente".

“Amy tem onze anos e quer pertencer a um grupo de meninas da sua idade que dançam sensualmente, por isso começa a explorar a feminilidade e a desafiar a sua família religiosa”, afirma a sinopse.

Da mesma forma, foi criticada a imagem do cartaz que acompanhava o texto, descrita como inadequada por inúmeros usuários.  Na imagem se vê quatro meninas com poucas roupas de cor azul e em poses de danças eróticas.

A Netflix pediu desculpas publicamente pela sinopse, assim como pela imagem do poster, que considerou como "imagens inadequadas", mas não removeu o filme.

Em 11 de setembro, o senador do Partido Republicano pelo Estado do Texas, Ted Cruz, pediu ao procurador-geral dos Estados Unidos que investigasse se a Netflix e Cuties "violaram alguma lei federal contra a produção e distribuição de pornografia infantil".

Até o momento, uma campanha lançada na plataforma CitizenGO coletou mais de 230 mil assinaturas rejeitando Cuties, exigindo que a Netflix "retire esta produção altamente ofensiva".

Para participar da campanha de assinaturas do CitizenGO exigindo que a Netflix remova Cuties de seu serviço, você pode entrar AQUI.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

ACI Digital

S. PIO DE PIETRELCINA, PRESBÍTERO

S. Pio de Pietrelcina, , San Giovanni Rotondo 

“Um pobre frade que reza”

Padre Pio nasceu no seio de uma família de camponeses e, desde criança, sempre foi animado pelo desejo de “ser frade”. Aos 16 anos, entrou para o Noviciado da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, em Morcone, adotando o nome de Frei Pio. Em 1910, recebeu a ordenação sacerdotal.

Seis anos depois, entrou para o Convento de Santa Maria das Graças, em San Giovanni Rotondo, onde dedicava muitas horas do dia ao sacramento da Confissão. O cume das suas atividades pastorais era a celebração da Santa Missa. Ele se definia “um pobre frade que reza”. “A oração – afirmava – é a melhor arma que temos; é a chave que abre o coração de Deus”.

Encontro extraordinário

Em 1948, Padre Pio confessou um jovem sacerdote polonês, Padre Karol Wojtyła, que, 30 anos depois, se tornou Sucessor de Pedro, com o nome de João Paulo II. No humilde frade – realçou o Pontífice, em 1999, durante o rito de beatificação de Padre Pio – pode-se contemplar a imagem de Cristo sofredor e ressuscitado: “Seu corpo, marcado pelos ‘estigmas’, indicava a íntima ligação entre a morte e a ressurreição”.

“Não menos dolorosas e, humanamente, talvez ainda mais torturantes, - recordou o Papa na sua homilia – foram as provações que ele teve que suportar, por causa, - se assim pudermos dizer - dos seus carismas particulares”.

Para Padre Pio, “sofrer com Jesus” é um dom: “ao contemplar a cruz sobre os ombros de Jesus, sinto-me mais fortalecido e exulto com santa alegria”. “Tudo o que Jesus sofreu na sua Paixão – revelou – eu também sofro, indignamente, segundo as possibilidades de uma criatura humana”.

“Alívio do Sofrimento”

A vida do Padre Pio foi também reflexo de um incessante compromisso para aliviar as dores e as misérias de tantas famílias. Em 1956, foi inaugurada a “Casa Alívio do Sofrimento”, uma obra hospitalar de vanguarda. É a “pupila dos meus olhos”, afirmava o frade, que, por ocasião do seu discurso inaugural, acrescentou: “Esta é uma criatura que a Providência gerou, com a ajuda de vocês. Ei-la aqui! Admirem-na! Louvemos, juntos, ao Senhor Deus. Nesta terra foi plantada uma semente, que o Senhor fará germinar com os seus raios de amor”.

Morte do Padre Pio

Padre Pio faleceu na noite do dia 23 de setembro de 1968, com a idade de 81 anos. Em 16 de junho de 2002, foi proclamado Santo pelo Papa João Paulo II, que afirmou na sua homilia: “A vida e a missão do Padre Pio são um testemunho das dificuldades e dores, que, se aceitos por amor, se transformam em um caminho privilegiado de santidade, que se abre ainda mais rumo a perspectivas de um bem muito maior, aceitável somente pelo Senhor”.

Vatican News

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF