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quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Novos institutos de vida consagrada deverão ser aprovados pela Santa Sé

Guadium Press

Cidade do Vaticano (04/11/2020 15:00, Gaudium Press) Através do Motu Proprio ‘Authenticum charismatis’, o Papa Francisco alterou o Cânon 579 do Direito Canônico, estabelecendo que, antes de aprovar a fundação de novos Institutos de Vida Consagrada, os Bispos devem ter uma “prévia autorização escrita da Sé Apostólica”.

Nova norma entrará em vigor no dia 10 de novembro

Até então, o cânon 579 indicava que os Bispos diocesanos deveriam apenas consultar a Sé Apostólica, antes de erigir em seu próprio território o decreto formal para os novos institutos de vida consagrada e sociedades de vida apostólica. Agora, o episcopado deve solicitar uma “prévia autorização escrita” para isso. A nova norma entrará em vigor a partir do dia 10 de novembro.

No documento, assinado pelo Santo Padre no dia 1º de novembro em São João de Latrão, o pontífice ressalta que “um sinal claro da autenticidade de um carisma é a sua eclesialidade, a sua capacidade de integrar-se harmoniosamente na vida do Povo santo de Deus para o bem de todos” por isso “os fiéis têm o direito de serem advertidos pelos pastores sobre a autenticidade dos carismas e a confiabilidade daqueles que se apresentam como fundadores”.

Guadium Press

Evitar que institutos inúteis surjam de forma imprudente

Após reconhecer que os Bispos das Igrejas particulares têm a responsabilidade eclesial e “a decisiva tarefa de avaliar a conveniência de erigir novos Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica”, Francisco destaca que “deve se evitar que institutos inúteis ou desprovidos de suficiente vigor surjam de forma imprudente”.

Por este motivo, o Pontífice estabelece que “compete à Sé Apostólica acompanhar os Pastores no processo de discernimento que conduz ao reconhecimento eclesial de um novo Instituto ou de uma nova Sociedade de direito diocesano” e acrescenta que “os novos Institutos de vida consagrada e as novas Sociedades de vida apostólica, portanto, devem ser oficialmente reconhecidos pela Sé Apostólica, a única à qual compete o juízo final”.

Guadium Press

Todo Instituto de Vida Consagrada ou Sociedade de Vida Apostólica pertence intimamente a Igreja

Em seguida, o Santo Padre recorda a Exortação Apostólica ‘Vita Consecrata’ que diz que a vitalidade dos novos Institutos e Sociedades “deve ser avaliada pela autoridade da Igreja, à qual compete o exame apropriado, tanto para testar a autenticidade do propósito inspirador como para evitar a multiplicação excessiva de instituições semelhantes entre si, com o consequente risco de uma prejudicial fragmentação em grupos demasiado pequenos”.

“O ato de ereção canônica pelo Bispo transcende o âmbito diocesano e o torna relevante para o horizonte mais amplo da Igreja universal. Com efeito, ‘natura sua’, todo Instituto de Vida Consagrada ou Sociedade de Vida Apostólica, mesmo que tenha surgido no âmbito de uma Igreja particular, como dom à Igreja, não é uma realidade isolada ou marginal, mas pertence intimamente a ela, está no coração da Igreja como elemento decisivo da sua missão”, conclui Francisco. (EPC)

https://gaudiumpress.org/

Impedir o derramamento de sangue inocente

O apelo do Papa pelo Nagorno-Karabakh

L'Osservatore Romano
03 novembro 2020

A tragédia no Nagorno-Karabakh, onde continuam «o derramamento de sangue inocente» e as «destruições de habitações, infraestruturas e lugares de culto»,  foi recordada pelo Pontífice no final do Angelus recitado na praça de São Pedro no domingo 1 de novembro, solenidade de Todos os Santos.

«Gostaria de renovar o meu urgente apelo aos responsáveis das partes em conflito» frisou Francisco, realçando que «a controvérsia» não se resolve «com a violência, mas comprometendo-se numa negociação sincera, com a ajuda da comunidade internacional. Por meu lado – acrescentou – estou próximo de todos os que sofrem e convido a pedir a intercessão dos santos para uma paz estável na região».

 O Papa dirigiu o pensamento também às populações da área do mar Egeu atingidas pelo terramoto a 30 de outubro, convidando os fiéis a unir-se à sua prece pelos defuntos. Anteriormente, Francisco propusera uma reflexão «sobre a grande esperança, que se funda na ressurreição de Cristo», da qual «os santos e os beatos são as testemunhas mais importantes», pois «viveram-na em plenitude na sua existência, entre alegrias a sofrimentos, pondo em prática as Bem-aventuranças».

L'Osservatore Romano

10 chaves para encontrar paz de espírito e vivê-la diariamente

Gergely Zsolnai | Shutterstock

Como passar pelos momentos de angústia e medo, permanecendo na confiança e no abandono? A seguir encontre um guia precioso para manter a paz de coração.

Em um mundo angustiado e violento, onde podemos encontrar paz? Talvez numa praia de uma ilha deserta, em uma aconchegante sala de estar assistindo a um bom filme, no fundo de um monastério isolado ou em meditação? A busca do homem contemporâneo é desesperada: ele deseja a paz de espírito, mas não acredita mais nela. Parece-lhe impossível apaziguar as suas paixões íntimas e o fogo dos seus desejos, assim como extinguir os conflitos recorrentes que perturbam o planeta.

Mas o que é a paz? O grande Blaise Pascal parece cético: “Não há paz aqui”, escreveu ele. Santo Agostinho também não é otimista: “Estamos aqui embaixo divididos entre a concupiscência que nos puxa para baixo e Deus que nos puxa para cima; corpo e alma só serão totalmente reconciliados no céu. Então, impossível ter paz na terra?”

São Tomás de Aquino aconselha a começar por pôr ordem a si mesmo e as suas relações com os outros através do exercício das virtudes: força, temperança, justiça, prudência. Mas que luta! No entanto, a paz não se tornou hoje um imperativo vital? Não apenas para nosso bem-estar pessoal, mas para este mundo. Depois de passar mil dias e mil noites em oração sobre uma pedra, São Serafim de Sarov assegurou: “Adquira a paz interior e milhares ao seu redor encontrarão a salvação”. A paz começa com você mesmo.

Paz de espírito não é mera satisfação

Para o cristão, ela não se esconde no longo e tranquilo rio de uma vida organizada e descomplicada do “Deixe-me em paz!”. Ela não pode ser confundida com a satisfação de uma criança mimada, um bem-estar psicológico imediato, nem ser reduzida a uma ordem social que proporcione segurança efetiva. Também não pode ser conquistada com relaxamento, nem após a guerra.

“Há uma falsa paz que é uma mentira, uma cegueira, mais ou menos consciente, que consiste numa instalação num egoísmo fechado e confortável, uma fuga”, adverte um monge cartuxo do irmão Aloïs, que reza o Taizé. A paz está presente em meio a provações e lutas”. A paz imperturbável é, segundo São Serafim de Sarov , o sinal específico da presença do Espírito Santo. “Com todas as nossas forças, empenhemo-nos em salvaguardar a paz da alma e não nos indignemos quando os outros nos ofendem, incentiva. Precisamos evitar toda raiva e preservar a mente e o coração de todo movimento impensado.”.

É na realidade concreta e por vezes dolorosa da vida quotidiana, com os seus imprevistos e surpresas, que devemos procurar manter “a nossa alma em paz diante de Nosso Senhor”, segundo a expressão do Padre François Libermann ( 1802-1852), judeu convertido, fundador dos Padres do Espírito Santo. Simplificando nossa vida em torno de um único desejo: buscar a vontade de Deus em tudo e ter total confiança nele. Então, ao irradiar essa paz ao nosso redor – que nesse aspecto é como a violência – ela contamina, ela irradia e se alimenta daquilo que incendeia.

Aqui estão as 10 chaves para alcançar essa paz de espírito.

1. Não se desespere

“Se nos olharmos racionalmente, só enxergaremos nossas fraquezas, nossos apegos, nossas ambiguidades”, comenta o franciscano Éloi Leclerc, autor de A sabedoria de um pobre (em tradução livre. Para encontrar paz, você deve olhar para Deus e apenas olhar para si mesmo em Deus. “Nossa extrema pobreza nos coloca na necessidade absoluta de recorrer sempre a Deus”, afirmou também o padre François Libermann.

Recorrer a este Deus rico de misericórdia, que quer dizer etimologicamente: cujo coração cheio de ternura se inclina sobre a nossa miséria. E sob nossa pobreza, descobrir o tesouro escondido do nosso ser interior, modelado à imagem de Deus. Devemos aprender a nos amar com o olhar de Deus, ou seja, infinitamente melhor e mais caridoso que o nosso. Não nos preocupar com nossas quedas, não nos perturbar por nossas misérias ou por nossa aparente mornidão.

“A visão da nossa incapacidade e da nossa nulidade deve ser um grande tema de paz para nós ”, assegura o padre Libermann. É por isso que Deus enviou seu filho Jesus, não para nos julgar, mas para nos salvar e nos dar vida novamente. Ao purificar o nosso coração, Deus nos torna capazes de fazer obras ainda maiores, imbuídos de amor, porque o seu Espírito, que nos liberta, pode finalmente operar em nós. Portanto, não se desespere! É um trabalho para toda a vida.

2. Peça a graça da confiança

“As razões pelas quais perdemos a paz são sempre más razões”, explica o Padre Jacques Philippe, autor de Em Busca da Paz e a Perseguindo (em tradução livre). “A alma encontraria sua força, sua riqueza e toda sua perfeição no Espírito de Nosso Senhor, se apenas quisesse se abandonar à sua conduta”, escreveu o padre Libermann. “Mas porque ela o abandona e quer agir sozinha e em si mesma, ela encontra em si mesma apenas a mais profunda desordem, miséria e incapacidade”.

Segundo o padre Jacques Philippe, a falta de paz de espírito vem da falta de confiança em Deus. Sua condição é de “boa vontade” ou “pureza de coração”: esta disposição estável e constante do coração do homem se decide amar a Deus mais do que tudo e confiar nele nas pequenas coisas. “Não devemos temê-lo”, insistia o padre Libermann, “é um grande insulto a ele que é tão bom, tão gentil, tão amável e tão cheio de ternura e misericórdia por nós”. Um dos inimigos da paz é este pessimismo tingido de cinismo que respiramos todos os dias. Com efeito, “o pessimismo atua em profundidade, destrói o desejo de agir pelos outros, extingue até a ansiedade da inteligência, gera desânimo”, comenta Andrea Riccardi , fundadora da Comunidade Sant’Egidio .

3. Priorizar as prioridades

Em uma cultura do instantâneo, o evento mais próximo (passado ou futuro) tende a invadir nosso campo de consciência. Não tendemos a privilegiar “o urgente” em nossas vidas em detrimento do “importante”? Todos nós temos agendas lotadas, mas nos perguntamos: cheias de quê? Prioridades não faltam: pessoais, familiares, profissionais, amigáveis, sociais ou mesmo associativas. Um erro comum é favorecer apenas uma, por paixão ou por urgência, em detrimento das outras.

Por exemplo, você só gasta tempo com seu filho quando ele está em uma situação de fracasso escolar. Temos que voltar às nossas prioridades periodicamente e colocar as coisas em ordem, como fazemos com um armário. Pensemos no conselho que Jesus dá a Marta, que está agitada e ocupada e “resmunga” porque Maria, sua irmã, escuta a palavra do filho de Deus: “Marta, Marta, andas muito inquieta e te preocupas com muitas coisas; no entanto, uma só coisa é necessária; Maria escolheu a boa parte, que não lhe será tirada” (Lc 10,41-42).

4. Pratique “a opção preferencial pelos pobres”

Não é porque temos a consciência limpa e a sensação de estarmos em paz que somos homens e mulheres serenos. Uma certa satisfação egoísta pode nos dar a ilusão disso. Numa das suas conferências quaresmais, São Tomás de Aquino mostra que só a caridade traz a paz perfeita. Na verdade, diz ele, é “um fato da experiência que o desejo pelas coisas temporais não é satisfeito por sua posse”. Quando uma coisa é obtida, já queremos outra. O coração dos ímpios é como um mar fervente que não pode ser aplacado”.

Como podemos permanecer em paz de espírito quando mais e mais homens e mulheres são forçados à miséria da qual somos nós, por nossa falta de partilha, os atores inconscientes? Não podemos ignorar essas realidades, seria muito fácil, como afirma o profeta Jeremias: “tratam com negligência as feridas do meu povo, e exclamam: “Tudo vai bem! Tudo vai bem!”, quando tudo vai mal” (Jr 6:14).

“Se procuras a paz, vai ao encontro dos pobres”, aconselhou São João Paulo II, convencido de que a extrema pobreza das massas humanas gera as situações de calamidade do nosso tempo. Não é sobre sentir-se culpado, mas sim permitir-se ser desafiado. E se o clamor dos pobres fosse o de Cristo? Quando se é rico, não se gosta de falar sobre pobreza. No entanto, a maioria de nós é “rica”. É grande a tentação de se refugiar em “pequenos paraísos”, especialmente quando você se sente oprimido e desamparado. O Evangelho sempre nos inspira a encontrar novos caminhos. A imagem dos pobres é apenas o espelho da pobreza do nosso coração. A única resposta para a pobreza é mais amor.

5. Não perca de vista o propósito da vida

“Aquele que tem um ‘porquê’ que ocupa o lugar de uma meta, de um fim, pode conviver com qualquer ‘como’”, disse Nietzsche. O psiquiatra vienense Victor Frankl fez a mesma observação no inferno dos campos de concentração: aqueles que conseguiam sair tinham pelo menos um motivo para ter esperança. Portanto, o bem-estar profundo se baseia, antes de mais nada, na necessidade essencial de dar sentido à própria vida.

E quanto mais alto o objetivo, mais a nossa vida tem significado e mais o nosso ser se realiza em dar e florescer. Madre Teresa, quando cuidava dos pobres, era o próprio Cristo que ela cuidava. Cumprir o dever para o qual somos chamados é bom; fazer isso por amor é melhor. Infinitamente melhor! Principalmente quando procuramos pesar cada decisão à luz da vontade de Deus e viver de acordo com a “opção preferencial por Deus”.

6. Perdoe aqueles que o ofenderam

Disputas, conflitos, crises, nos fazem sofrer. Podem às vezes levar discussões e rupturas graves. Às vezes, podemos ser dolorosamente afetados a ponto de reter um rancor duradouro e um sentimento persistente de amargura. Ressentimento e ódio são venenos terríveis. O perdão é o único antídoto eficaz para encontrar o caminho da paz de espírito. Muitas vezes é um ato heróico, fruto de um longo processo.

Na verdade, dependendo da seriedade, dos efeitos, dos autores e das circunstâncias da ofensa, o caminho que leva ao perdão pode demorar. Isso é normal, pois o perdão é o amor pelo inimigo (e você também pode ser seu próprio inimigo). É como uma linha do horizonte a ser alcançada. “Se estás, portanto, para fazer a tua oferta diante do altar e te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; só então vem fazer a tua oferta” (Mt 5,23-24).

7. Não se deixe subjugar pelo medo

Para Andrea Riccardi, o medo é uma doença do nosso tempo, “que vestimos com noções mais nobres”. Temos medo que nos falte, medo de perder ou não adquirir. Medo do futuro, da morte, do sofrimento. Também o medo de não estar à altura. E o medo dos olhos dos outros. Nossos medos afetam todas as áreas de nossa vida e frequentemente nos incapacitam. Além disso, o medo leva ao pecado (podemos reler o livro de Gênesis para nos convencer disso). Temos razão em ter medo de que nunca teremos certeza de nada. Viver em paz supõe parar o motor de nossa imaginação que puxa em alta velocidade os carros de nossas preocupações.

“Não tenha medo!” Encontramos, dizem eles, essa injunção trezentas e sessenta e cinco vezes na Bíblia. O que significa uma vez por dia. Esta foi a primeira palavra dita por São João Paulo II em tempos difíceis. “Qual de vós, por mais que se esforce, pode acrescentar um só côvado à duração de sua vida?” (Mt 6:27). Como manter a paz de espírito? Entregando nosso passado à misericórdia de Deus (por meio do perdão) e o nosso futuro à Providência (por meio do abandono). E vivendo apenas o hoje. “Não vos preocupeis, pois, com o dia de amanhã: o dia de amanhã terá as suas preocupações próprias. A cada dia basta o seu cuidado” (Mt 6,34).

8. Renda-se a Deus incondicionalmente

Dificuldades, crises e provações são inevitáveis. A realidade nem sempre se curva às nossas vontades “sagradas”. A confiança em Deus nos ajuda a aceitar humildemente os acontecimentos, a enfrentá-los da melhor maneira possível, a vê-los como caminhos de santidade e paz. Pe Jacques Philippe, ecoando as palavras de São Paulo, descreve a vida cristã não como uma batalha espiritual (Efésios 6: 10-17). Devemos vestir a armadura de Deus: a fé, a palavra de Deus, a oração, os sacramentos. “Tudo posso naquele que me fortalece”, assegura o Apóstolo que nos transmite esta promessa divina: “A minha graça vos basta! Pois meu poder se manifesta na fraqueza”.

O importante, diz São Francisco de Sales, não é “manter os nossos corações em paz, mas trabalhar por ela”. É um caminho a ser refeito todos os dias: não desanime; comece com pequenos passos e tente ser fiel a eles; perseverar na oração para se recuperar constantemente sob o olhar de Jesus. “Não vos inquieteis com nada! Em todas as circunstâncias apresentai a Deus as vossas preocupações, mediante a oração, as súplicas e a ação de graças. E a paz de Deus, que excede toda a inteligência, haverá de guardar vossos corações e vossos pensamentos, em Cristo Jesus” (Fl 4, 6-7).

9. Deixe de lado o espírito de rivalidade e comparação

A comparação é um dos piores venenos contra a paz de espírito. Tornar-se o mais belo, o mais forte, o mais poderoso é algo que se realiza às custas dos outros. A cultura do “chefinho” é hipócrita e muito nociva. O espírito de rivalidade desperta sentimentos de inveja, ciúme e orgulho, que por sua vez geram tristeza. O pensamento crítico também vem da mesma convicção de que “nós somos os melhores”: julgamos os outros por referência ao que somos, o que temos, o que experimentamos. Ao contrário da crença popular, você não precisa estar em rivalidade para desenvolver seus dons e qualidades. Amar é querer o bem do outro, sem necessariamente fazer o papel de vítima, ou pior, de “alma caridosa”. Não há via de mão única no amor! Devemos também aceitar receber. E quem quer ser “campeão”, que saiba compreender aquele que perde.

10. Aprenda a viver o momento, aqui e agora

“Não é o lugar que deve ser mudado, mas a alma”, disse o sábio Sêneca. A paz não se esconde em uma ilha deserta ou no fundo de um mosteiro. Uma chave simples para adquirir esta serenidade que predispõe à paz é acolher cada momento que passa como uma dádiva de Deus: os tons fulvos do outono, a neve, os primeiros rebentos da primavera surgindo, a criança brincando, uma boa refeição com os amigos, uma visita a uma região desconhecida. Maravilhe-se com isso.

A alegria às vezes se esconde na degustação consciente dos “pequenos” prazeres da vida cotidiana, como tão bem os descreveu o escritor Philippe Delherm. Não é surpreendente que o Dr. Vittoz (grande terapeuta suíço que deu seu nome a um famoso método de reabilitação) insista tanto na importância do equilíbrio psíquico das pessoas, da recepção do mundo exterior pelos nossos sentidos, e da consciência do momento presente. Isso nos leva ao louvor e à adoração. Porque quem se maravilha acaba vendo a assinatura do Criador em sua criação. E fica como uma criança, cheia de confiança neste Deus de ternura.

“Sede dóceis e flexíveis nas mãos de Deus”, recomenda o padre Libermann. Você sabe o que fazer para isso: fique em paz e descanse, não se inquiete nem se preocupe com nada, esqueça o passado, viva como se não houvesse futuro, viva para Jesus no momento que vivemos; ou melhor, viva como se não tivéssemos vida em nós, deixando que Jesus viva à vontade”.

Aleteia

A tristeza negativa diante da morte é um sentimento distante da fé, adverte o Papa

Papa Francisco durante a Missa pelos Cardeais falecidos. Foto:
Foto EWTN-ACI Prensa / Daniel Ibáñez / Vatican Pool

Vaticano, 05 nov. 20 / 09:15 am (ACI).- O Papa Francisco afirmou que a “tristeza negativa” diante de um ente querido falecido que nos leva a pensar que “tudo termina na morte” é “um sentimento distante da fé”.

É um sentimento "que se vem juntar ao medo humano de ter que morrer" e do qual, reconheceu, "ninguém se pode considerar totalmente imune".

Por isso, “diante do enigma da morte”, convida todos, inclusive os fiéis, a “se converterem continuamente”.

O Pontífice apresentou este ensinamento nesta quinta-feira, 5 de novembro, durante a Missa em sufrágio pelos Cardeais e Bispos falecidos deste ano, que presidiu no altar da Cátedra da Basílica de São Pedro do Vaticano.

Na homilia, o Papa refletiu sobre as palavras de Jesus: “Eu sou a Ressurreição e a Vida: Todo aquele que vive e crê em mim não morrerá para sempre”.

Francisco explicou que esta revelação de Cristo desafia a todos: “Somos chamados a crer na ressurreição, não como numa espécie de miragem que surge ao longe no horizonte, mas como um acontecimento presente, que misteriosamente já nos toca agora”.

No entanto, essa fé na ressurreição não diminui a “perplexidade” humana experimentada pela morte. O próprio Cristo, recordou o Papa, diante da morte de seu amigo Lázaro, “não só não escondeu os seus sentimentos, mas até começou a chorar”.

O Santo Padre insistiu que “ao rezar pelos cardeais e bispos falecidos no decurso deste último ano, pedimos ao Senhor que nos ajude a considerar corretamente a sua parábola existencial”.

“Pedimos-lhe para dissolver esta tristeza negativa, que às vezes se apodera de nós, como se tudo acabasse com a morte. Trata-se dum sentimento distante da fé, que se vem juntar ao medo humano de ter que morrer e do qual ninguém se pode considerar totalmente imune”.

Por isso, “diante do enigma da morte, o fiel deve converter-se continuamente: diariamente, somos chamados a ir mais além da imagem que, instintivamente, temos da morte como aniquilação total duma pessoa; transcender a aparência visível, os pensamentos prefixados e óbvios, as opiniões comuns, para nos confiarmos inteiramente ao Senhor”.

“Recordamos, com gratidão, o testemunho dos cardeais e bispos falecidos, que viveram na fidelidade à vontade divina; rezamos por eles procurando seguir o seu exemplo”, concluiu a homilia o Papa Francisco.

ACI Digital

São Zacarias e Santa Isabel

ArqSP
Embora os nomes desses santos não estejam presentes no calendário litúrgico da Igreja, há muitos séculos a tradição cristã consagrou este dia à veneração da memória de são Zacarias e santa Isabel, pais de são João Batista.

Encontramos a sua história narrada no magnífico evangelho de são Lucas, onde ele descreveu que havia, no tempo de Herodes, rei da Judéia, um sacerdote chamado Zacarias, da classe de Abias; a sua mulher pertencia à descendência de Aarão e se chamava Isabel. Eles viviam na aldeia de Ain-Karim e tinham parentesco com a Sagrada Família de Nazaré.

Foram escolhidos por Deus por sua fé inabalável, pureza de coração e o grande amor que dedicavam ao próximo. Isabel, apesar de sua santidade, era estéril: uma vergonha para uma mulher hebréia, que era prestigiada somente através da maternidade. Mas foi por sua esterilidade que ela se tornou uma grande personagem feminina na historia religiosa do Povo de Deus. Juntos, foram os protagonistas dos momentos que antecederam o mais incrível advento da historia da humanidade: a encarnação de Deus entre os seres humanos.

Estavam velhos, com idade avançada, e como não tinham filhos, julgavam essa graça impossível de ser alcançada. Foi quando o anjo do Senhor apareceu ao velho sacerdote Zacarias no templo e disse-lhe que sua mulher, Isabel, teria um filho que teria o nome de João, que significa "o Senhor faz graça". O menino seria repleto do Espírito Santo desde a gestação de sua mãe, reconduziria muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus e seria precursor do Messias.

Zacarias, inicialmente, manteve-se incrédulo ante o anúncio celeste do nascimento de um filho pelo qual havia rezado com tanto ardor; para que pudesse crer, precisou de um sinal: ele ficou mudo até que João veio à luz do mundo. Na ocasião, sua voz voltou e ele entoou o salmo profético em que, repleto do Espírito Santo, profetizou a missão do filho.

Enquanto isso, devido à proximidade da maternidade, Isabel recolheu-se por cinco meses, para estar em união com Deus. Os dias ela dividia em três períodos: de silêncio, oração e meditação. E foi assim que Isabel, grávida de João e inspirada pelo Espírito Santo, anunciou à Virgem Maria, sua prima, quando esta a visitou: "Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre".

Após o nascimento de João, Zacarias e Isabel recolheram-se à sombra da fama do filho, como convém aos que sabem ser o instrumento do Criador. Com humildade, alegraram-se e satisfizeram-se com a santidade da missão dada ao filho, sendo fiéis a Deus até a morte.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

Arquidiocese de São Paulo

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Advertem que votação no STF pode incluir ideologia de gênero na educação

Imagem: Pixabay. Domínio Público.

BRASILIA, 04 nov. 20 / 11:11 am (ACI).- No próximo dia 11 de novembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) deverá votar uma ação sobre “bullying homofóbico”, que pode levar à inclusão da ideologia de gênero na educação; diante disso, foi lançada uma petição on-line contrária ao tema.

A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 5668, impetrada pelo PSOL, pede que o STF interprete o Plano Nacional de Educação, que foi aprovado pela Lei 13.005/2014, conforme a Constituição. A ADI alega que nesta lei não estão contempladas a prevenção e proibição do bullying homofóbico, o qual discriminaria crianças e adolescentes por gênero, identidade de gênero e orientação sexual.

Frente a esta eminente votação, a plataforma CitizenGo lançou uma petição que já conta com mais de 39 mil assinaturas, na qual assinala que o PSOL impetrou a ADI 5668, “insatisfeito com a massiva rejeição popular à inserção da ideologia de gênero no Plano Nacional de Educação, bem como nos planos municipais e estaduais”.

“Os danos provocados pela disseminação dessa ideologia nefasta são incontáveis. O objetivo de seus promotores não é ‘combater o preconceito e a discriminação’, mas desconstruir a personalidade humana para fortalecer o poder do estado e tornar as pessoas ainda mais suscetíveis à manipulação”, assinala.

Além disso, indica que “as crianças se tornarão vítimas ainda mais fáceis de abusadores sexuais, pois ficarão expostas nos chamados ‘banheiros de gênero’, que não possuem separação por sexo”.

Por sua vez, o coordenador nacional do Movimento Legislação e Vida, Prof. Hermes Rodrigues Nery, recordou que “para valorizar a cultura da vida e da família, o Brasil rechaçou em 2014 a ideologia de gênero no Plano Nacional de Educação”.

O também especialista em Bioética explicou que, “com a ideologia de gênero, a família é subestimada, diminuída, desvalorizada e desprotegida”.

Segundo ele, “com isso, fica desamparada a pessoa humana, vulnerável à angústia, a violência e a solidão; pois estas são as consequências quando não se vive a família em sua estrutura natural, quando se distorce o sentido da família, buscando querer o mesmo significado (dando direitos iguais) a outras formas de família, que na verdade não são formas de família, mas contrárias à família, travestidas de simulacro, de falsa aparência, de escapismo e, portanto, de ilusão”.

Prof. Hermes Rodrigues Nery indicou que, “nos países desenvolvidos, em que o Estado se voltou contra a estrutura natural da família (fazendo apologia da ideologia de gênero), são mais perceptíveis as consequências dos danos sociais e as patologias decorrentes”.

“O que se vê agora nestes países – observou o especialista – é que cresce o número daqueles que querem revogar tais legislações, que deram legalidade a ‘estranhos morais’ e abominações que aviltam o ser humano, em muitos aspectos”.

Para fazer frente a essa votação no STF, a petição de CitizenGo exorta à aprovação do Projeto de Lei (PL) 4754/2016, “que tipifica como crime de responsabilidade dos Ministros do Supremo Tribunal Federal a usurpação de competência do Poder Legislativo ou do Poder Executivo”.

“Os ministros do STF já afirmaram claramente que não se preocupam com os anseios do povo. Possuem uma agenda própria e querem valer-se de seu cargo para implementá-la em nosso país, independentemente do que a maioria da população pensa. É o que acontece com o aborto e a ideologia de gênero, que poderá ser imposta a todo o país no próximo dia 11 de novembro”, com o julgamento da ADI 5668.

Recentemente, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) emitiu uma nota sobre a próxima votação no STF, reforçando que o Plano Nacional de Educação (PNE) “está de pleno acordo com a Constituição, pois no inciso II do artigo 2º da Lei prevê, entre as diretrizes do plano, a superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação”.

“A referência não privilegia e nem se limita a uma forma de bullying, mas contempla todas as possíveis existentes e as que poderiam vir a existir, dimensionando a Lei, de tal forma, que também não discrimine e nem exclua outros grupos”, assinalam os prelados.

Para assinar a petição de CitizenGo, pode acessar AQUI.

ACI Digital

Religiosa vence MasterChef Brasil e dedica vitória aos missionários

A vencedora do MasterChef, Ir. Lorayne Caroline Tinti /
Foto: Facebook Irma Lorayne Caroline Tinti

SÃO PAULO, 04 nov. 20 / 03:53 pm (ACI).- Irmã Lorayne Caroline Tinti foi a vencedora do 17º episódio do MasterChef Brasil 2020, nesta semana, e dedicou sua vitória aos missionários, bem como aos jovens com os quais realiza um trabalho social.

Neste ano, o reality show de culinária chega à sua 7ª temporada com um formato diferente devido à pandemia. Assim, a cada semana, há a disputa entre oito participantes e um vencedor por programa.

Vencedora desta semana, a religiosa de 33 anos pertence à Congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Ressurreição, em Catanduva (SP), há 15 anos. Conquistou o troféu após preparar dois pratos que nunca tinha cozinhado, um tiramisù e um estrogonofe de camarão.

“Eu já tinha comido o tiramisù, fui apresentada a ele no ano passado, mas não tinha memória de como ele era. Rafaela me ajudou com a receita e pedi a intercessão de todos os santos (...). Era Deus me falando pega isso, pega aquilo e assim eu fiz”, contou Ir. Lorayne ao site do programa.

Já na preparação do estrogonofe, a religiosa disse que teve uma “surpresa” quando o jurado Jacquin foi à sua bancada e encontrou “um camarão sujo”. “Foi aí que refiz a limpeza de todos os outros.  Ele veio do céu para me ajudar naquele momento”, comentou.

Ir. Lorayne contou que começou a cozinhar com sua avó, quando tinha “uns 9 ou 10 anos”. “Minha mãe e tia também sempre cozinharam. Os almoços de domingo eram festivos e caprichados em casa”, recordou.

Mas, foi no convento que aprimorou este dom, quando passou a cozinhar para cerca de 20 religiosas. “As atividades e tarefas domésticas são todas divididas, inclusive o preparo das refeições. Galinhada, lasanha, creme de milho e frango com molho são os pratos mais famosos. Foi lá, também, que acabei conhecendo os alimentos mais requintados, como alho-poró e camarão”.

Testemunho de vida religiosa na TV

Ir. Lorayne decidiu ingressar no convento ainda na adolescência. Como recordou, passou a ter mais contato com as religiosas na escola. “Elas eram muito presentes ali e aquilo foi crescendo dentro de mim como uma sementinha. Eu sempre achei a vida delas muito legal”, disse.

E foi aos 17 anos, quando cursava o terceiro ano do Ensino Médio que Lorayne ouviu seu chamado vocacional. “Apesar de gostar, eu, até então, nunca tinha pensado em ser religiosa. Mas, quando uma irmã recém-chegada me convidou para um encontro vocacional, me apaixonei. Senti muita paz e tranquilidade naquele encontro”, recordou a jovem religiosa, que professou seus votos aos 24 anos.

Para Ir. Lorayne, participar do programa de TV é também um testemunho. “Como as pessoas não nos conhecem, muitos acham que só temos proibições, mas também estamos passando por transformações e mudanças. A vida religiosa pode, sim, estar em todos os lugares; a junção de gastronomia com a igreja é muito real”, indicou, ao destacar que “nas passagens bíblicas, Jesus compartilhou o pão, foi a casamentos”.

“Estar no MasterChef é mostrar que a gente também come, cozinha e está inserida no contexto tecnológico”, completou.

Ao receber o troféu de vencedora do MasterChef, Ir. Lorayne disse ter consigo muitas pessoas, “cada uma das mulheres que já passaram pela minha vida e também todos os trabalhos que já realizei e pude conhecer, muitas pessoas, muitas culturas”.

“Então, todos os missionários, todos aqueles que fazem o bem estão aqui comigo, aqueles que têm amor pela culinária. Nós temos um trabalho social e neste trabalho social, nós tentamos ensinar as crianças e adolescentes de que, sim, a gastronomia é um caminho para você ter dignidade para o resto da vida, para isso ser um trabalho, mas um trabalho com amor”, concluiu.

ACI Digital

O Anticristo

Crédito: Editora Cléofas
Por Prof. Felipe Aquino

Do grego “Antichristos”. Em composições, o termo anti tem diferentes significados: antibasileus significa um rei que preenche um interregno; antistrategos, um pretor; anthoupatos, um procônsul; em Homero antitheos significa alguém semelhante a um deus em poder e beleza, enquanto em outras obras significa um deus hostil.

Seguindo a mera analogia alguém poderia interpretar anticristo como significando alguém semelhante a Cristo em aparência e poder; mas é mais seguro definir a palavra de acordo com seu significado bíblico e seu uso eclesiástico.

Sentido bíblico da palavra

A palavra Anticristo ocorre somente nas Epístolas Joaninas; mas existem assim chamados paralelismos a estas ocorrências no Apocalipse, nas Epístolas Paulinas, e outros menos explícitos nos Evangelhos e no Livro de Daniel.

Nas Epístolas Joaninas

São João supõe em suas Epístolas que os primeiros cristãos conheciam o ensinamento concernente à vinda do Anticristo. “Vocês ouviram que o Anticristo vem” (1Jo 2,18); “Este é o Anticristo, de cuja vinda vocês ouviram” (1Jo 4,3). Embora o Apóstolo fale de vários Anticristos, ele distingue entre os muitos e o agente único e principal: “O Anticristo virá. Já agora há muitos Anticristos” (1Jo 2,18). Novamente, o escritor esboça o caráter e a obra do Anticristo: “Eles saíram dos nossos, mas eles não eram dos nossos” (1Jo 2,19); “Quem é mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este é o Anticristo, que nega o Pai e o Filho” (1Jo 2,22); “E todo espírito que nega Jesus, não é de Deus; e este é o Anticristo” (1Jo 4,3); “Pois muitos sedutores estão à solta no mundo, que não confessam que Jesus Cristo veio na carne: este é um sedutor e um Anticristo” (2Jo 1,7). Também quanto ao tempo, o Apóstolo coloca a vinda do Anticristo na “última hora” (1Jo 2,18); novamente ele mantém que “ele já está agora no mundo” (1Jo 4,3).

No Apocalipse

Praticamente todos os comentaristas encontram o Anticristo mencionado no Apocalipse, mas eles não concordam quanto ao capítulo específico do Livro no qual a menção ocorre. Alguns apontam para a “besta” de 11,7; outros para o “dragão vermelho” de 12; outros ainda para a besta “com sete cabeças e dez chifres” de 13; enquanto muitos escolásticos identificam o Anticristo com a besta que tinha “dois chifres, como um cordeiro” e falava “como um dragão” (13,11); ou com a besta vermelha “com sete cabeças e dez chifres” (17); ou, finalmente, com Satanás “libertado de sua prisão” e seduzindo as nações (20,7). Uma discussão detalhada das razões pró e contra cada uma destas opiniões estaria fora de lugar aqui.

Nas Epístolas Paulinas

São João supõe que a doutrina concernente à vinda do Anticristo já é conhecida a seus leitores; muitos comentaristas acreditam que ela se tornou conhecida na Igreja através dos escritos de São Paulo. São João exortava contra os hereges de seu tempo que aqueles que negavam o mistério da Encarnação eram vagas imagens do futuro grande Anticristo. Este último é descrito em mais detalhes em 2Ts 2,3.7-10. Na Igreja de Tessalônica tinham ocorrido distúrbios por causa da crença de que a segunda vinda de Jesus Cristo era iminente. Esta impressão se devia parcialmente a uma interpretação errada de 1Ts 4,15, e parcialmente às maquinações dos enganadores. Foi tendo em vista remediar estas desordens que São Paulo escreveu sua Segunda Epístola aos Tessalonicenses, inserindo especialmente 2,3-10. A doutrina Paulina é esta: “o dia do Senhor” será precedido por “uma revolta”, e a revelação do “homem da iniquidade”. Este irá se assentar no templo de Deus, mostrando-se a si mesmo como se ele fosse Deus; ele irá realizar sinais e falsos prodígios pelo poder de Satanás; ele irá seduzir aqueles que não receberam o amor pela verdade, para que eles pudessem ser salvos; mas o Senhor Jesus irá liquidá-lo com o espírito de Sua boca, e destruí-lo com o resplendor de Sua vinda. Quanto ao tempo, “o mistério da iniquidade já opera; apenas esperando que aquele que o detém seja retirado do caminho”. Resumidamente, o “dia do Senhor” será precedido pelo “homem da iniquidade”, conhecido nas Epístolas Joaninas como Anticristo; este “homem da iniquidade” é precedido por “uma revolta”, ou uma grande apostasia; esta apostasia é o resultado do “mistério da iniquidade” que já “opera”, e que, de acordo com São João, mostra a si mesmo aqui e ali por vagos tipos do Anticristo. O Apóstolo dá três estágios da evolução do mal: a fermentação da iniquidade, a grande apostasia, e o homem da iniquidade. Mas ele adiciona uma cláusula calculada para determinar o tempo do evento principal mais precisamente; ele descreve algo primeiro como uma coisa (to datechon), e depois como uma pessoa (ho katechon), evitando a ocorrência do evento principal: “algo o detém” e “aquele que o detém”. Nós aqui só podemos enumerar as principais opiniões quanto ao significado desta cláusula sem discutir os seus valores:

1. O impedimento do evento principal é “o homem da iniquidade”; o evento principal é a segunda vinda do Senhor (Grimm, Simar).

2. O impedimento é o Império Romano; o evento principal impedido é o “homem da iniquidade” (a maioria dos Padres Latinos e intérpretes posteriores)

3. O Apóstolo referiu-se a pessoas e eventos de seu próprio tempo, o katechon e o “homem da iniquidade” são variadamente identificados com os Imperadores Calígula, Tito, Nero, Claudius, etc. (Teólogos protestantes depois do século 17).

4. O Apóstolo refere-se imediatamente a homens e eventos contemporâneos, que são, entretanto, tipos do katechon escatológico, o “homem da iniquidade”, e o dia do Senhor; a destruição de Jerusalém, por exemplo, é o tipo da segunda vinda do Senhor, etc. (Döllinger).

Antes de deixar a doutrina Paulina sobre o Anticristo, nos devemos nos perguntar, de onde o Apóstolo derivou seu ensinamento? Novamente aqui nós encontramos várias respostas.

1. São Paulo expressa meramente seu próprio ponto de vista baseado na tradição judaica e nas imagens dos Profetas Daniel e Ezequiel. Este ponto de vista tem sido defendido por vários escritores protestantes.

2. O Apóstolo expressa a impressão produzida na Igreja dos primeiros tempos pelo ensinamento escatológico de Jesus Cristo. Esta opinião é expressada por Döllinger.

3. São Paulo derivou a sua doutrina concernente ao Anticristo das palavras de Cristo, da profecia de Daniel, e dos eventos contemporâneos. Esta opinião, também, é expressada por Döllinger.

4. O Apóstolo proferiu uma profecia recebida através da inspiração do Espírito Santo. Os intérpretes católicos têm geralmente aderido a esta opinião.

Nos Evangelistas e Daniel

Depois de estudar a figura do Anticristo na Epístola de São Paulo aos Tessalonicenses, alguém facilmente reconhece o “homem da iniquidade” em Dn 7,8.11.20.21, aonde o Profeta descreve o “pequeno chifre”. Um tipo do Anticristo é encontrado em Dn 7,8.23; 11,21-45, na pessoa de Antíoco Epífanes. Muitos comentaristas encontraram alusões mais ou menos claras ao Anticristo na vinda de falsos cristos e falsos profetas (Mt 24,24; Mc 13,6.22; Lc 21,8), na “abominação da desolação”, e naquele que “virá em seu próprio nome” (Jo 5,43).

O ANTICRISTO NA LINGUAGEM ECLESIÁSTICA

Bousset acredita que havia entre os judeus uma lenda completamente desenvolvida do Anticristo, que foi aceita e amplificada pelos cristãos; e que esta lenda diverge e contradiz em importantes pontos as concepções encontradas no Apocalipse. Nós não acreditamos que Bousset tenha provado completamente a sua opinião; sua visão quanto ao desenvolvimento do cristianismo e do conceito de Anticristo não excede os méritos de uma engenhosa teoria. Nós não precisamos entrar em uma investigação da obra de Gunkel, na qual ele traça a ideia de Anticristo ao dragão primevo das profundezas de Othe; esta visão não merece mais atenção do que o resto das fantasias mitológicas desse autor. O que então é o verdadeiro conceito eclesiástico de Anticristo? Suarez mantém que é de fé que o Anticristo é uma pessoa individual, um notável inimigo de Cristo. Isto exclui a afirmação daqueles que explicam o Anticristo ou como toda a coleção daqueles que se opõe a Jesus Cristo, ou como o Papado. Os hereges Valdenses e Albigenses, assim como Wyclif e Hus, chamavam o Papa pelo nome de Anticristo; mas a expressão era somente uma metáfora no caso deles. Não foi até o tempo da Reforma que o nome foi aplicado ao Papa no seu sentido próprio. Isto então passou praticamente ao credo dos Luteranos, e tem sido seriamente defendido por eles tão tardiamente quanto em 1861 no “Zeitschrift für lutherische Theologie”. A mudança da verdadeira Igreja para o reino de Anticristo é dita ter ocorrido entre 19 de fevereiro e 10 de novembro de 607 DC, quando o Papa Bonifácio III obteve do imperador grego Newton, o título “Chefe de Todas as Igrejas” para a Igreja Romana. Uma apelação foi feita a Ap 13,8, em confirmação desta data, e foi calculado a partir de Ap 11,3, que o fim do mundo poderia ser esperado em 1866 DC. O Cardeal Belarmino refutou este erro tanto do ponto de vista exegético como histórico em “De Rom. Pont.”, III. A pessoa individual do Anticristo não será um demônio, como alguns dos escritores antigos acreditavam; nem ele será a pessoa do demônio encarnada na natureza humana do Anticristo. Ele será uma pessoa humana, talvez de extração judaica, se a explicação de Gn 49,17, juntamente com a omissão de Dã do catálogo das tribos, como encontrado no Apocalipse, estiver correta. Deve ser lembrado que a tradição extra-escritural não nos fornece qualquer suplemento revelado às informações bíblicas concernentes ao Anticristo. Enquanto estas últimas são suficientes para fazer o crente reconhecer o “homem da iniquidade” no tempo de sua vinda, a falta de qualquer revelação adicional confiável deveria nos colocar em guarda contra os devaneios dos Irvingitas, dos Mórmons, e de outros recentes proclamadores de novas revelações.

Pode não estar fora de lugar chamar a atenção do leitor para duas dissertações do falecido Cardeal Newman sobre o assunto do Anticristo. Uma é chamada “A Ideia Patrística de Anticristo”; ela considera sucessivamente seu tempo, religião, cidade, e perseguição. Ela formou o número 83 dos “Tratados sobre os Tempos”, e foi republicada no volume chamado “Discussões e Argumentos sobre Vários Assuntos” (Londres, Nova Iorque, Bombaim, 1899). A outra dissertação está contida entre os “Ensaios Críticos e Históricos” do Cardeal (Vol. II; Londres, Nova Iorque e Bombaim, 1897), e traz o título “A Ideia Protestante do Anticristo”. Para entender a significância dos ensaios do Cardeal na questão do Anticristo, deve ser tido em mente que uma variedade de opiniões surgiram no decorrer do tempo concernentes à natureza deste oponente da cristandade.

1. Koppe, Nitzsch, Storr e Pelt argumentaram que o Anticristo é um princípio maligno, não corporificado em uma pessoa ou um governo; esta opinião está em oposição tanto a São Paulo como a São João. Ambos Apóstolos descrevem o adversário como sendo distintamente concreto em forma.

2. Um segundo ponto de vista admitiu que o Anticristo deve realmente aparecer em uma forma concreta, mas identificou esta forma concreta com o sistema do Papado. Lutero, Calvino, Zwingli, Melanchthon, Bucer, Beza, Calixtus, Bengel, Michaelis, e quase todos os escritores protestantes do Continente são citados como suportando este ponto de vista; o mesmo pode ser dito dos teólogos ingleses Cranmer, Latimer, Ridley, Hooper, Hutchinson, Tyndale, Sandys, Philpot, Jewell, Rogers, Fulke, Bradford, King James, e Andrewes. Bramhall introduziu qualificações na teoria, e após isso sua ascendência começou a se desvanecer entre os escritores ingleses. Nem se deve supor que a teoria Papa-Anticristo foi mantida por todos protestantes do mesmo modo; o Falso Profeta ou segunda Besta do Apocalipse são identificados com o Anticristo e o Papado por Aretius, Foxe, Napier Mede, Jurieu, Cunninghame, Faber, Woodhouse, e Habershon; a primeira Besta do Apocalipse tem esta posição na opinião de Marlorat, King James, Daubuz, e Galloway; ambas as Bestas são assim identificadas por Brightman, Pareus, Vitringa, Gill, Bachmair, Fraser, Croly, Fysh, e Elliott.

Após este panorama geral das visões protestantes concernentes ao Anticristo, nós devemos ser capazes de apreciar alguns dos comentários críticos do Cardeal Newman sobre a questão.

1. Se qualquer parte da Igreja for provada ser anticristã, toda a Igreja o é, inclusive o ramo protestante.

2. A teoria Papa-Anticristo foi gradualmente desenvolvida por três corpos históricos: os Albigenses, os Valdenses, e os Fraticelli, entre os séculos 11 e 16: são estes os expositores dos quais a Igreja de Cristo deve receber a verdadeira interpretação das profecias?

3. Os defensores da teoria Papa-Anticristo cometeram erros crassos em seus argumentos; eles citam São Bernardo como identificando a Besta do Apocalipse com o Papa, contudo São Bernardo fala na passagem do Antipapa; eles apelam para o Abade Joaquim como acreditando que o Anticristo será elevado à Sé Apostólica, enquanto o Abade realmente acredita que o Anticristo irá derrubar o Papa e usurpar sua Sé; finalmente, eles apelam ao Papa Gregório o Grande como declarando que qualquer um que alegue ser Bispo Universal é Anticristo, enquanto o grande Doutor realmente fala do Precursor do Anticristo que era, na linguagem de seu tempo, nada mais que a figura de um grande mal iminente.

4. Os protestantes foram levados à teoria Papa-Anticristo pela necessidade de opor uma resposta popular aos populares e convincentes argumentos dados pela Igreja de Roma para sua autoridade Divina.

5. Warburton, Newton, e Hurd, os advogados da teoria Papa-Anticristo, não podem ser comparados com os santos da Igreja de Roma.

6. Se o Papa é o Anticristo, aqueles que o recebem e seguem não podem ser homens como São Charles Borromeo, ou Fénelon, ou São Bernardo, ou São Francisco de Sales.

7. Se a Igreja deve sofrer como Cristo, e se Cristo foi chamado Belzebu, a verdadeira igreja de Cristo deve esperar uma reprovação similar; desse modo, a teoria Papa-Anticristo torna-se um argumento a favor da Igreja Romana.

8. A chacota “se o Papa não é o Anticristo, ele tem azar de ser tão parecido com ele”, é na verdade outro argumento a favor das alegações do Papa; uma vez que o Anticristo simula Cristo, e o Papa é uma imagem de Cristo, o Anticristo deve ter alguma semelhança com o Papa, se este for o verdadeiro Vigário de Cristo.

IRENAEUS, Adveresus Haer., IV, 26; ADSO (PSEUDO-RABANUS MAURUS), De ortu, vitâ et moribus Antichristi, P. L., CI, 1289-98); BELLARMIN, De Rom. Pont., III; NEWMAN, The Patristic Idea of Antichrist, No. 83 of Tracts for the Times, republished in Discussions and Arguments on Various Subjects (London, New York, and Bombay 1897).

Fonte: Enciclopédia Católica

https://cleofas.com.br/

Uma floresta humana a preservar

Waorani da Amazônia | L'Osservatore Romano
03 novembro 2020

«Devo admitir que o resto do mundo se perdeu, se com isto nos referimos por exemplo à cultura, aos hábitos, problemas, relacionamentos e a tudo o que faz parte da realidade da qual provenho», explica Marina Tana, que em 2017 empreendeu uma viagem solitária pela Amazónia, do Equador ao Brasil, e até 30 de outubro expôs em Milão as fotografias daquela experiência, contidas num percurso organizado por Paola Riccardi, intitulado “Human Forest”.

Na remota zona intangível do Parque Nacional Yasuní (criada no Equador em 1999 para proteger o território de alguns grupos indígenas), Marina Tana quis viver visitando também a comunidade Waorani de Bameno, apresentada pela primeira vez ao mundo em 1956 pela «Life Magazine» como “O pior povo da Terra”: dos anos 50 aos anos 70, objeto de uma verdadeira colonização, determinada pela presença de petróleo nos seus territórios, os Waorani voltaram a viver na floresta, um mundo tão distante do nosso: «A cosmogonia amazónica baseia-se em paradigmas completamente diferentes da nossa cultura ocidental, dominada pelo dualismo ontológico entre matéria e espírito, acrescenta Marina Tana, pois para eles os seres vivos e a floresta, a natureza e os espíritos, o corpo e a alma, nunca são concebidos como pura dualidade; tudo é imanente. Trata-se de uma perspetiva que para nós é difícil de compreender».

O coronavírus colocou em maior perigo as populações amazónicas, já cronicamente afetadas pela fragilidade económica e sanitária. «No ano passado, durante a emergência de incêndios na Amazónia, muitos países mobilizaram-se para ajudar a combater as chamas. E agora? — questiona Tana — na Amazónia, as pessoas têm relevância secundária,  ou até totalmente marginal, no que diz respeito à questão ambiental que, tendo um impacto sobre todos nós a nível global, exige uma série de ações internacionais concretas. Se houvesse ajuda médica, quem a deveria gerir? As comunidades indígenas, embora façam parte do mesmo Estado, não formam um corpo político coeso e isto favorece governos que não lhes querem dar voz nem sequer em assuntos que dizem respeito à segurança e à saúde». O fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado fez um apelo em defesa e tutela destas comunidades em risco: «Sem qualquer salvaguarda contra este vírus altamente contagioso», escreveu, «os povos indígenas enfrentam o risco concreto de genocídio devido à contaminação causada pela entrada descontrolada nas suas terras e pelo acesso praticamente inexistente a instalações hospitalares». Grandes guerreiros e caçadores, os Waorani vivem em harmonia com a floresta da qual obtêm o sustento através da pesca e da caça, em que participam também as mulheres e as crianças: «Durante quatro semanas passadas na aldeia de Bameno, dei testemunho da vida diária descobrindo, para além do folclore rebuscado de um certo tipo de turismo, as dificuldades desta comunidade comprometida na preservação da memória dos seus costumes e no combate à ameaça ambiental, à corrupção e à sedução do Ocidente».

Mais de seis meses de preparação, entre estudos e organização prática e logística, com o desejo de conhecer o mundo, a viagem à Amazónia coroa um sonho que Marina Tana tinha desde a infância. Todos os seus projetos são analisados nos pormenores, para evitar problemas inúteis, através de estudos e leituras capazes de ampliar o conhecimento antropológico e histórico dos países onde ela escolhe pôr o dedo no globo. Formada em engenharia e comprometida na área da tecnologia e inovação a nível internacional, Marina Tana começa a viajar sozinha em 2014, e continua até hoje: a escolha de viajar sozinha não é um fútil princípio de independência feminina, mas um modo para não ser influenciada por companheiros de viagem e para viver cada experiência de maneira exclusiva. O desejo de fotografar transforma-se em necessidade, não apenas para testemunhar o que vê, mas como instrumento que a relaciona com as paisagens e as pessoas que são a alma vibrante daqueles lugares: «A fotografia é o meio expressivo que escolhi para dar voz às reflexões decorrentes desta incrível experiência humana — diz Tana — sobre a restituição da justa dignidade e função às pessoas e sobre a promoção da ideia de uma ecologia integral para o nosso futuro». Os Waorani de Bameno, através do apelo de Penti Baihua, líder daquela comunidade, reivindicam o direito de ser livres de viver no seu ambiente, a floresta amazónica, cuja sobrevivência é uma garantia essencial para o mundo: «Quando se fala de sustentabilidade, ela não pode limitar-se apenas aos aspetos ecológicos e ambientais — conclui — mas deve incluir também os seres humanos. Eis no que consiste o conceito de ecologia integral, promovido pelo Papa Francisco na encíclica Laudato si’».

Susanna Paparatti

L'Osservatore Romano

HAGIOGRAFIA: São Áquila

Ecclesia

São Áquila

(Apóstolo dos Setenta)

O Apóstolo era natural do Ponto e judeu, casado com S Priscila, era residente em Roma. S. Paulo que o tomou como discípulo, conheceu-o em Corinto (Actos 18,2-3; Cor 16,19) onde era fabricante de tendas, durante o exílio devido ao édito de Cláudio, na segunda viagem apostólica em 51, e fez dele e de sua esposa companheiros na visita a Éfeso e outros lugares(Atos 18, 18 e segs).

Deveriam ser conhecedores dos fundamentos cristãos, pois S Paulo refere (Actos 18, 26) que “expuseram com mais precisão a Via do Senhor a Apolo de Alexandria que ensinava e falava desassombradamente na Sinagoga”.

Regressando a Roma, São Aquila e Priscila, depois de terem ajudado a fundar igrejas entre os gentios, terão continuado a sua missão a partir de sua própria casa (Rom 16,3).

Segundo a tradição São Aquila foi feito bispo por S Paulo, para a Ásia, na Acaia e Heraclita, convertendo e confirmando na fé muita gente, e consagrando presbíteros.

Em conseqüência da destruição de ídolos e a pregação que fazia contra os falsos deuses, foi martirizado pelos pagãos, juntamente com sua mulher S Priscila.

Devido ao fato de S Paulo nomear Priscila em primeiro lugar quando os saudou uma vez(Rom 16, 3) alguns teólogos da Reforma consideram, sem fundamento, que ela seria a escolhida pelo Apostolo.


BIBLIOGRAFIA:

Boletim da Paróquia de S. Nicolau (Comunidade Ortodoxa da região de Aveiro)
Patriarcado Ecumênico - Diocese de Espanha e Portugal



Ecclesia

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF