Translate

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

São João de Latrão

Basílica Letaranense de Roma | Opus Dei
No dia 9 de novembro celebra-se a festa da Dedicação da Basílica de São João de Latrão, a catedral da cidade de Roma.

Durante os primeiros séculos, por causa das perseguições, a celebração da Eucaristia e a catequese tinham lugar em casas privadas que algumas famílias – habitualmente as que dispunham de mais meios econômicos, e portanto tinham casas mais amplas – punham à disposição da Igreja. Eram as primitivas igrejas domésticas, que em Roma também são chamadas títulos.

titulus era uma tabuinha de madeira que se pendurava na entrada das vilas romanas, onde estava escrito o sobrenome do proprietário; a vivenda também era denominada com o nome da gens, ou linhagem familiar.

Com o decorrer do tempo, muitas domus ecclesiae acabaram por ser doadas à Igreja e, quando houve liberdade de culto, edificaram-se templos cristãos sobre esses veneráveis lugares, cuja história remontava à época apostólica em alguns casos, e a famosos mártires romanos em outros. A partir do século IV, cada uma das primitivas igrejas domésticas foi dedicada a um santo, em bastantes casos ao antigo proprietário do imóvel, que tinha entregue não só a sua casa mas a própria vida pela fé.

Os títulos mencionados em alguns documentos antigos traçam uma espécie de mapa onde se pode observar como estavam distribuídos os cristãos pela Urbe até ao século III. Os mais antigos são o titulus Clementis (hoje igreja de São Clemente), Anastasiae (Santa Anastácia), Vizantis (São João e São Paulo, no Celio), Equitii (Santos Silvestre e Martinho ‘ai Monti’, no Esquilino), Chrysogoni (São Crisógono, no Trastevere), Sabinae (Santa Sabina, no Aventino); Gaii (Santa Susana); Crescentianae (São Sisto) e Pudentis (Santa Pudenciana).

Estes nove títulos remontam às origens do cristianismo em Roma e há outros três que datam dos finais do século III: o titulus Callisti (hoje Santa Maria in Trastevere), Ceciliae (Santa Cecília) e Marcelli (São Marcelo ‘al Corso’).

Calcula-se que antes do Edito de Milão (ano 313) existiam mais de vinte títulos ou igrejas domésticas na Cidade Eterna. Nessa altura já aproximadamente um terço da população se tinha convertido ao cristianismo, mas esta realidade não se refletia na fisionomia urbana, devido ao fato de a Igreja carecer de personalidade jurídica. O imperador Constantino, além de ter autorizado publicamente o culto cristão, promoveu a construção das primeiras basílicas cristãs, em Roma e em Jerusalém.

Um povo de estirpe nobre

O Batistério lateranense (esquerda). À direita pode-se apreciar a cúpula do Batistério e o exterior do edifício.O Batistério lateranense (esquerda). À direita pode-se apreciar a cúpula do Batistério e o exterior do edifício.

Na Cidade Eterna, o primeiro templo cristão que se edificou foi a basílica Lateranense, nos terrenos até então ocupados por um quartel da guarda privada do imperador. Durante bastantes séculos – até ao período de Avignon – ali esteve a cátedra papal, pelo que esta basílica merecia o título de cunctarum mater et caput ecclesiarum, que ainda hoje se lê numa inscrição junto à entrada.

Ao princípio, recebeu o nome de Basílica do Salvador, mas na época medieval dedicou-se também a São João Batista e a São João Evangelista: O Papa Silvestre consagrou-a no ano de 318, embora tenham passado algumas dezenas de anos até ser concluída. Desde então, foi reconstruída várias vezes por causa de roubos, terremotos e incêndios. O edifício atual data de meados do século XVII e deve-se a Borromini, embora a fachada e a abside tenham sido transformadas posteriormente.

Um pouco separado da Basílica, na esquina direita da grande praça de São João, destaca-se um edifício de planta octogonal e de aspeto antigo, sobriamente adornado, mas de linhas harmoniosas. É o batistério. Data do século V, e foi construído durante o pontificado de Sisto III, sobre um outro primitivo que Constantino tinha mandado edificar.

Nas paredes, cinco afrescos reproduzem episódios da vida de Constantino, entre os quais são de destacar a aparição da Santa Cruz com a promessa: in hoc signo vinces (com este sinal vencerás), que sucedeu – segundo a tradição – quando o imperador estava acampado com o seu exército na zona de Saxa Rubra, na véspera da batalha da Ponte Mílvia em que Constantino derrotou Majêncio

A piscina circular onde antigamente os cristãos eram batizados por imersão fica no centro, rodeada por oito formosas colunas de pórfiro com capitéis jônicos e coríntios. Essas colunas sustentam uma arquitrave, que tem inscritos uns versos em latim, atribuídos ao Papa São Sisto III (432-440), onde se resume, de forma admirável, a doutrina cristã sobre o Batismo. Soam tão magnificamente, que vale a pena lê-los na língua original. Acrescentamos a tradução abaixo.

GENS SACRANDA POLIS HIC SEMINE NASCITVR ALMO
QVAM FECVNDATIS SPIRITVS EDIT AQVIS
VIRGINEO FETV GENITRIX ECCLESIA NATOS
QVOS SPIRANTE DEO CONCIPIT AMNE PARIT
COELORVM REGNVM SPERATE HOC FONTE RENATI
NON RECIPIT FELIX VITA SEMEL GENITOS
FONS HIC EST VITAE QVI TOTVM DILVIT ORBEM
SVMENS DE CHRISTI VVLNERE PRINCIPIVM
MERGERE PECCATOR SACRO PVRGANTE FLVENTO
QVEM VETEREM ACCIPIET PROFERET VNDA NOVVM
INSONS ESSE VOLENS ISTO MVNDARE LAVACRO
SEV PATRIO PREMERIS CRIMINE SEV PROPRIO
NVLLA RENASCENTVM EST DISTANTIA QVOS FACIT VNVM
VNVS FONS VNVS SPIRITVS VNA FIDES
NEC NVMERVS QVEMQVAM SCELERVM NEC FORMA SVORVM
TERREAT HOC NATVS FLVMINE SANCTVS ERIT

Aqui nasce um povo de nobre estirpe destinado ao Céu,
que o Espírito gera nas águas fecundadas.
A Mãe Igreja dá à luz na água, com um parto virginal
os que concebeu por obra do Espírito divino.
Esperai o reino dos céus, os renascidos nesta fonte:
a vida feliz não acolhe os nascidos uma só vez.
Aqui está a fonte da vida, que lava toda a terra,
que tem o seu princípio nas chagas de Cristo.
Submerge-te, pecador, nesta corrente sagrada e purificadora,
cujas ondas, a quem recebem envelhecido, devolverão renovado.
Se quiseres ser inocente, lava-te nestas águas,
tanto se te oprime o pecado herdado como o próprio.
Nada separa já os que renasceram, feitos um
por uma só fonte batismal, um só Espírito, uma só fé.
A nenhum aterrorize o número ou a gravidade dos seus pecados:
o que nasceu desta água viva será santo.

Apóstolo de apóstolos

Pelo Batismo todos os cristãos são chamados à santidade e ao apostolado. A inscrição do batistério lateranense mostra que essa consciência estava muito viva nas origens do cristianismo. Por isso, São Josemaria Escrivá ao explicar o espírito do Opus Dei o comparava com “a vida dos primeiros cristãos. Eles viviam profundamente a sua vocação cristã; procuravam seriamente a perfeição a que estavam chamados pelo fato, simples e sublime, do Batismo”[1].

OS PRIMEIROS CRISTÃOS VIVIAM PROFUNDAMENTE A SUA VOCAÇÃO CRISTÃ; PROCURAVAM SERIAMENTE A PERFEIÇÃO A QUE ESTAVAM CHAMADOS PELO FATO, SIMPLES E SUBLIME, DO BATISMO

Nos primeiros séculos, os neófitos eram batizados com uma tríplice imersão – em honra da Santíssima Trindade – na piscina do batistério, e traziam durante toda a semana seguinte uma túnica branca, como manifestação de não querer voltar a manchar a sua alma com o pecado, depois de purificada com as águas da regeneração. Se tinham a desgraça de cair, recorriam cheios de dor ao Sacramento da Penitência. Mas como eram grandes os seus desejos de santidade, a sua luta estava longe de ser uma luta negativa...! Sentiam-se felizes por terem encontrado a Verdade e o Bem – o Amor de Deus – e desejavam também, como é natural, ir a Deus acompanhados por muitos outros: parentes, amigos, vizinhos, companheiros de ofício... Anunciaram o Evangelho com alegria, e o Senhor concedeu-lhes muito fruto, mas sabemos que em certas ocasiões difundir a mensagem de salvação significou para eles arriscar a vida ou sofrer graves contradições. Contudo, os primeiros cristãos não se detiveram diante dos obstáculos: na sua conduta voltaram muitas vezes a ressoar as palavras pronunciadas por Pedro e João quando os pretendiam calar: “não podemos, pois, deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos[2]“.

Hoje como ontem cabe aos batizados a tarefa de trabalhar para que a salvação chegue a todas as partes e a todos os homens[3]. Por isso, nós cristãos não só procuramos fazer apostolado pessoal, mas encorajamos também os nossos amigos a serem também eles apóstolos e a se comprometerem na maravilhosa tarefa de aproximar almas a Cristo.

“Cada um de vós deve procurar ser um apóstolo de apóstolos”[4], escreveu São Josemaria em Caminho. Deus conta com cada um dos cristãos para que “todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade”[5]. Por isso, é urgente que todos os batizados tomem consciência da sua vocação para a santidade e para o apostolado. Assim aproximarão muitas pessoas da felicidade e serão eles próprios muito felizes, porque encherão de sentido cristão e de esperança qualquer realidade humana: “pelo Batismo, somos portadores da palavra de Cristo, que tranquiliza, que inflama e aquieta as consciências feridas. E para que o Senhor atue em nós, temos que dizer-lhe que estamos dispostos a lutar todos os dias, embora nos vejamos frouxos e inúteis, embora percebamos o peso imenso das nossas misérias e da nossa pobre fraqueza pessoal. Temos de repetir-lhe que confiamos nEle, na sua assistência: se for preciso, como Abraão, contra toda a esperança. Assim trabalharemos com redobrado empenho e ensinaremos os homens a comportar-se com serenidade, livres de ódios, de receios, de ignorâncias, de incompreensões, de pessimismos, porque Deus tudo pode”[6].


[1] Entrevistas com Mons. Josemaria Escrivá, n. 24

[2] Atos dos Apóstolos, 4,20

[3] Cfr. Concílio Vaticano II, Decreto Apostolicam actuositatem, nº 3.

[4] São Josemaria, Caminho, n. 920.

[5] 1 Tm 2, 4.

[6] São Josemaria, Amigos de Deus, n. 210.


São Josemaria / Opus Dei

domingo, 8 de novembro de 2020

A guerra é uma falência da humanidade

 

Papa Francisco no Capitólio
20 outubro 2020

Apelo assinado pelo Pontífice e pelos chefes religiosos


Congregados em Roma no «espírito de Assis», unidos espiritualmente aos crentes de todo o mundo e às mulheres e homens de boa vontade, rezamos uns ao lado dos outros para implorar sobre esta nossa terra o dom da paz. Lembramos as feridas da humanidade, trazemos no coração a oração silenciosa de tantos atribulados, muitas vezes sem nome nem voz. Por isso comprometemo-nos a viver e propor solenemente aos responsáveis dos Estados e aos cidadãos do mundo inteiro este Apelo de Paz.

Nesta Praça do Capitólio, pouco tempo depois do maior conflito bélico de que há memória na história, as nações que se guerrearam estabeleceram um Pacto, fundado sobre um sonho de unidade que em seguida se realizou: uma Europa unida. Hoje, neste tempo de desorientação, açoitados pelas consequências da pandemia de Covid-19, que ameaça a paz ao aumentar as desigualdades e os medos, digamos com força: Ninguém pode salvar-se sozinho, nenhum povo, ninguém!

A guerra e a paz, as pandemias e os cuidados da saúde, a fome e o acesso aos alimentos, o aquecimento global e a sustentabilidade do desenvolvimento, os deslocamentos de populações, a eliminação do risco nuclear e a redução das desigualdades não dizem respeito apenas a cada nação individualmente. Compreendemo-lo melhor hoje, num mundo cheio de conexões, mas onde muitas vezes se perde o sentido da fraternidade. Somos irmãs e irmãos, todos! Peçamos ao Altíssimo que, depois deste tempo de provação, deixe de haver «os outros» para existir apenas um grande «nós» rico de diversidade. É tempo de voltar a sonhar, com ousadia, que a paz é possível, a paz é necessária, um mundo sem guerras não é uma utopia. Por isso queremos dizer mais uma vez: «Nunca mais guerra!»

Infelizmente, aos olhos de muitos, a guerra voltou a aparecer como uma via possível para a solução das disputas internacionais. Não é assim. Antes que seja demasiado tarde, queremos lembrar a todos que a guerra sempre deixa o mundo pior do que o encontrou. A guerra é um falimento da política e da humanidade.

Apelamos aos governantes para que rejeitem a linguagem da divisão, frequentemente apoiada por sentimentos de medo e desconfiança, e não adotem caminhos sem retorno. Pensemos conjuntamente nas vítimas. Existem tantos, demasiados conflitos ainda em aberto.

Aos responsáveis dos Estados, dizemos: trabalhemos juntos numa nova arquitetura da paz. Unamos as forças em prol da vida, da saúde, da educação, da paz. Quanto aos recursos empregues na produção de armas cada vez mais destrutivas, fautoras de morte, chegou a hora de os utilizar para corroborar a vida, cuidar da humanidade e da nossa casa comum. Não percamos tempo! Comecemos por objetivos atingíveis: unamos, já hoje, os esforços para conter a propagação do vírus até termos uma vacina que seja apropriada e acessível a todos. Esta pandemia veio lembrar-nos que somos irmãs e irmãos de sangue.

A todos os crentes, às mulheres e aos homens de boa vontade, dizemos: Com criatividade façamo-nos artesãos da paz, construamos amizade social, assumamos a cultura do diálogo. O diálogo leal, perseverante e corajoso é o antídoto contra a desconfiança, as divisões e a violência. O diálogo dissolve, pela raiz, as razões das guerras, que destroem o projeto de fraternidade inscrito na vocação da família humana.

Ninguém pode deixar de se sentir envolvido. Todos somos corresponsáveis. Todos temos necessidade de perdoar e ser perdoados. As injustiças do mundo e da história curam-se, não com o ódio e a vingança, mas com o diálogo e o perdão.

Que Deus inspire estes ideais a todos nós e este caminho que percorremos juntos, plasmando o coração de cada um e fazendo-nos mensageiros de paz!

Roma, Capitólio, 20 de outubro de 2020.

L'Osservatore Romano

Qual é o significado do "deserto" em nossas vidas?

Giorgio Parravicini/Unsplash | CC0
por Mário Scaniuzzi

O deserto pode não ser apenas um espaço geográfico, mas também uma sensação que atravessamos durante a vida.

Quando falamos em deserto, a primeira imagem que me vem à mente é de um lugar sem vida, cheio de perigos, areia por toda a parte e sem água. Atravessar o deserto exige preparo, coragem.

Mas o deserto pode não ser apenas um espaço geográfico, pode ser também uma sensação que atravessamos durante a vida. Dificilmente uma pessoa não enfrenta momentos de solidão.

No capítulo 4 do Evangelho (v. 1-11), São Mateus mostra que Jesus passou pela tentação no deserto. Porém Ele estava “cheio do Espírito Santo”, isto é, repleto da sabedoria de Deus.

E foi com base na Palavra de Deus que Jesus enfrentou o deserto e as tentações.

Primeiro, o maligno queria que Jesus transformasse as pedras em pão. Depois, que Ele se lançasse do precipício para testar a ação dos anjos do Senhor. Por fim, o demônio queria que Cristo se prostrasse diante dele e o adorasse.

A todas estas tentações, do pão material, da adoração aos falsos deuses e ao teste à ação divina, Jesus respondeu com conhecimento da Palavra de Deus.

Sim, é a Palavra de Deus que nos socorre nos momentos de fraqueza, de tentação, quando precisamos de forças para enfrentar uma situação.

Sabemos que em nossas vidas temos momentos de queda, de solidão. Por isso é tão importante nos alimentarmos sempre com a oração e com e a eucaristia.

É dessa forma que nos preparamos para atravessarmos os desertos, as tentações, e seguirmos nosso caminho rumo ao Pai.

Aleteia

A saudação dos bispos dos EUA a Biden: agora é tempo de unidade

US-VOTE-POLITICS-BIDEN-HARRIS

Dom Gomez falou em nome da Conferência Episcopal: "Parabenizamos o senhor Biden e reconhecemos que se une a John F. Kennedy como segundo presidente dos Estados Unidos a professar a fé católica".

Vatican News

O arcebispo de Los Angeles e presidente da Conferência Episcopal dos Estados Unidos, Dom José H. Gomez, divulgou uma nota após a vitória de Joe Biden nas eleições do último dia 3 de novembro.

“Agradecemos a Deus pela bênção da liberdade. O povo americano se expressou nestas eleições. Agora, é o momento de os nossos líderes se unirem num espírito de unidade nacional e se disporem ao diálogo e ao compromisso pelo bem comum.

Como católicos e estadunidenses, as nossas prioridades e a nossa missão são claras. Estamos aqui para seguir Jesus Cristo, para testemunhar o seu amor em nossas vidas e para construir o seu reino sobre a terra. Creio que neste momento da história dos Estados Unidos, os católicos têm o dever especial de serem agentes de paz, de promover a fraternidade e a confiança recíproca e de rezar por um renovado espírito de verdadeiro patriotismo no nosso país.

A democracia requer que todos nós nos comportemos como pessoas virtuosas e autodisciplinadas. Requer que respeitemos a livre expressão das opiniões e nos tratemos uns aos outros com caridade e civilidade, mesmo que estejamos profundamente em desacordo em nossos debates sobre questões de direito e de política pública.

Assim, reconhecemos que Joseph R. Biden, Jr. recebeu votos suficientes para ser eleito o 46° presidente dos Estados Unidos. Parabenizamos o senhor Biden e reconhecemos que se une a John F. Kennedy como segundo presidente dos Estados Unidos a professar a fé católica. Nos congratulamos também com a senadora da Califórnia Kamala D. Harris, que se torna a primeira mulher da história a ser eleita vice-presidente.

Peçamos à Bem-aventurada Virgem Maria, padroeira desta grande nação, que interceda por nós. Nos ajude a trabalhar unidos para realizar a bela visão dos missionários e fundadores dos Estados Unidos: uma nação sob Deus, onde se defenda a santidade de cada vida humana e se garanta a liberdade de consciência e de religião."

Vatican News

Livro reúne obras artísticas sobre a Anunciação de Maria

Guadium Press
Dirigida ao público em geral, a obra é definida pela autora como “um passeio pela história através das obras de arte inspiradas em um tema central na origem do cristianismo”.

Redação (06/11/2020 16:00, Gaudium Press) “A Anunciação de Maria na arte do Oriente e Ocidente”, assim se intitula o livro de autoria do teólogo francês François Boefsplug e de Emanuela Fogliadini, professora de História da teologia do Oriente cristão na Faculdade de Teologia da Itália Setentrional de Milão.

Um passeio pela história através das obras de arte

Dirigida ao público em geral, a obra é definida pela autora como “um passeio pela história através das obras de arte inspiradas em um tema central na origem do cristianismo”. De fato, na publicação são analisados desde os mosaicos dos primeiros cristãos até os manuscritos iluminados, desde os ícones orientais até os retábulos medievais, desde as pinturas do Beato Angélico até os óleos flamencos, desde as pinturas de Poussin do século XVII até as do século passado, cheias de simbolismo, de Maurice Denise.

Emanuela Fogliadini explica ainda que o livro centra sua atenção na “excepcionalidade do anúncio: a surpresa de Maria nos gestos ou no rosto; a presença implícita ou explícita de Deus neste encontro”.

Obras de arte que podem falar de forma especial às novas gerações

Entre outras representações, a autora menciona também a tela de Henry Ossawa Tanner, conservada no Museu de Arte da Filadélfia e pintada no final do século XIX. “A Anunciação está localizada no quarto de uma jovem sentada em sua cama. O anjo não tem aspecto humano, mas é uma luz intensa, um brilho luminoso quase ofuscante”.

Já para François Boefsplug, estas obras podem falar de forma especial às novas gerações de hoje. “Todas interpretam de acordo com diferentes sensibilidades este misterioso evento narrado nos Evangelho canônicos e apócrifos. Particularmente significativo é o afresco da Iglesia Cristo Pantocrator do Mosteiro de Visoki Decani em Kosovo, que data de 1335-1350. Aqui, Maria está de frente para o espectador, não olhando para o anjo, representado como um mensageiro imperial”, ressaltou. (EPC)

https://gaudiumpress.org/

Washington aprova medida sobre "educação sexual integral", apesar da objeção dos bispos

Imagem referencial / crédito: Unsplash

WASHINGTON DC, 07 nov. 20 / 07:00 am (ACI).- Os eleitores do estado de Washington (Estados Unidos) aprovaram uma medida eleitoral que exigirá uma “educação sexual integral” nas escolas públicas, apesar da objeção dos bispos católicos locais.

Quase 60% dos eleitores de Washington aprovaram a medida.

Os bispos católicos em Washington disseram que a medida promovia um programa educacional prejudicial aos jovens e contrário às verdades da dignidade e sexualidade humana e da formação parental das crianças.

A proposta "não aborda adequadamente os complexos problemas morais associadas à sexualidade humana nem discute adequadamente o sexo no contexto do casamento", disse a Conferência Católica do Estado de Washington. Seus requisitos sobre o ensino do consentimento, por exemplo, não abordam a ideia de que a atividade sexual deve ocorrer apenas entre cônjuges casados.

O Escritório do Superintendente de Instrução Pública disse que os distritos escolares públicos poderiam escolher entre uma variedade de currículos de educação sexual completa e planos de estudos complementares.

O gabinete do superintendente estatal disse que é apropriado que os alunos do quarto ano do ensino fundamental aprendam a definir a orientação sexual e a identidade de gênero. As séries posteriores aprenderiam sobre relacionamentos saudáveis, consentimento, crescimento do desenvolvimento, as funções dos sistemas reprodutivos, como prevenir gravidez indesejada e DSTs. Do mesmo modo, supõe-se que devem compreender as influências da família, dos companheiros, da comunidade e dos meios de comunicação nas relações sexuais estáveis.

No entanto, os bispos de Washington discordaram.

A conferência dos bispos argumentou que "os conselhos escolares eleitos localmente não podem determinar completamente suas próprias políticas nesta área sensível". Explicou que, embora os distritos escolares tenham permissão para criar seu próprio currículo com base nos padrões de saúde do estado de 2005, o mandato de educação sexual não está financiado e, portanto, os distritos escolares são mais propensos a confiar no currículo estadual existente que criar o seu próprio sem financiamento.

A conferência católica advertiu que essa educação sexual pode ter um efeito no ambiente escolar em geral.

“Os pais podem excluir seus filhos da instrução em sala de aula, mas não podem excluí-los das discussões no pátio da escola e da mudança cultural que pode ocorrer na escola como resultado da (educação integral em saúde sexual)”, advertiu.

Os bispos citaram o documento Gaudium et Spes do Concílio Vaticano II, que enfatiza a necessidade de salvaguardar o direito dos pais de "educar seus filhos no seio da família".

Publicado originalmente em CNA.

ACI Digital

XXXII Domingo do Tempo Comum - Ano A

Dom José Aparecido
Adm. Apost. Arquidiocese de Brasília

É PRECISO VIGIAR

Aproxima-se o encerramento do ano litúrgico. A Liturgia aponta para a vinda gloriosa do Senhor no fim dos tempos e nos convida a perseverar no bom combate da fé e a estar vigilantes na esperança.

A primeira Leitura fala da sabedoria que está na raiz da virtude da prudência: “meditar sobre ela (a sabedoria) é a perfeição da prudência” (Sab 6, 15). E acrescenta o hagiógrafo: “e quem não dormir por causa dela depressa estará livre da inquietação”. A sabedoria e a prudência nos tornam vigilantes e nos preparam para acolher a Sabedoria eterna, o Verbo encarnado, o Senhor que virá um dia glorioso para celebrar as núpcias eternas.

O Apóstolo dos gentios, escrevendo aos Tessalonicenses ansiosos por saber das coisas últimas, procura deixa-los ancorados na esperança: “Não queremos deixar-vos na ignorância a respeito dos que faleceram, para não andardes tristes como os outros, que não têm esperança” (I Tes 4,13). Paulo bem sabe que a fé na Morte e Ressurreição de Jesus Cristo é, também neste campo, um divisor de águas decisivo. Sem o anúncio dessa Boa-Nova ficamos “sem a esperança da Promessa e sem Deus neste mundo” (Ef  2,12). Até os cristãos que, por desleixo ou por rebeldia ficaram sem a luz da fé, perderam o brilho e o sabor da vida em Cristo, se não despertam, caem no vazio existencial e na radical solidão que o Papa Francisco costuma chamar “consciência isolada”. “Se eliminamos Deus, se tiramos Cristo – dizia Bento XVI – o mundo cai no vazio e na escuridão”.

No Evangelho (Mt 25,1-13), Jesus narra a célebre parábola das dez virgens convidadas para uma festa de núpcias. Esta festa é uma feliz imagem da Vida Eterna, do Reino dos Céus. Mas Jesus não deixa de nos ensinar uma verdade que coloca as nossas seguranças e as nossas escolhas em questão. Aquelas dez virgens que aguardavam a chegada do Esposo para entrarem com o cortejo nupcial. Cinco delas, as prudentes, ao chegar o Esposo, puderam entrar porque suas lamparinas tinham azeite suficiente para vencer as trevas da espera. As outras cinco, as insensatas, cujo azeite havia acabado antes da chegada do Esposo, tinham se dispersado em busca de azeite para continuar a espera… mas chegaram tarde. O cortejo já havia entrado e as portas estavam fechadas.

O que significa este azeite indispensável para serem admitidas no banquete nupcial? Santo Agostinho, entre outros, vê no azeite um símbolo do amor que não se pode comprar, que recebemos como dom, conservamos no íntimo e praticamos com as obras (cf. Discursos 93,4). A verdadeira sabedoria consiste, portanto, em aproveitar a vida mortal para realizar obras de misericórdia – depois não será possível –  pois “no ocaso da vida seremos julgados quanto ao amor” (S. João da Cruz). Este azeite, esta unção de amor derramada pelo Espírito Santo suscita em nós uma esperança inabalável, “como uma lâmpada com a qual atravessar a noite para além da morte e chegar à grande festa da vida” (Bento XVI).

Folheto: "O Povo de Deus"/Arquidiocese de Brasília

São Adeodato I, papa (~ 550 – 618)

Portal São Francisco

Papa napolitano (615-618) da santa igreja apostólica fundada por Jesus Cristo nascido em Nápoles, chamado de Deusdedit que significa dado por Deus, criador do mais antigo selo pontifical conhecido: uma figura do Bom Pastor com suas ovelhas, com o Alfa e o Ômega, símbolo de Cristo, com o reverso onde se lê Deusdedit Papa.

Filho de Estevão, depois de ser padre por mais 40 anos em Roma, assumiu o pontificado em um período sazonalmente de paz e de tranqüilidade. Apoiado pelo piedoso Heráclito no Oriente, pela rainha Teodolinda na Itália e pelo rei longobardo Adaoldado, dedicando-se a um cuidadoso nivelamento dos poderes do clero secular, com os dos monges.

Durante um grande terremoto que abalou Roma (616), seguido de uma violenta epidemia, desenvolveu extraordinária caridade, a tal ponto que se criou uma tradição de que curava os doentes beijando-lhes as chagas. Em seu testamento deixou uma herança para os clérigos, gesto que foi seguido por outros pontífices.

Apesar de apenas três anos de pontificado, foi tempo suficiente para passar sua imagem inesquecível de bondade para as pessoas. Sepultado (618) na basílica de São Pedro, logo após sua morte passou a ser cultuado como santo e passou a ser festejado no dia 8 de novembro.

Fonte: www.dec.ufcg.edu.br

Portal São Francisco

sábado, 7 de novembro de 2020

Ouça a nova música de Maíra Jaber com a participação de Padre Rodrigo Rodrigues

Catholicus

O novo single “O Dono do Tempo” transmite uma mensagem de esperança, confiando sempre em Deus que tem os nossos dias em Suas mãos

A artista Maíra Jaber, cantora, compositora e missionária católica coloca seus dons a serviço do Evangelho desde o ano 2000, quando começou a exercer os ministérios de música e de pregação em grupos de jovens, grupos de oração, celebrações litúrgicas, congressos, retiros, ministrando cursos de formação para músicos, shows e eventos cristãos em geral.

Seu novo trabalho, intitulado “O Dono do Tempo” conta com a participação de Padre Rodrigo Rodrigues. Juntos, cantam em uma melodia delicada e que transmite uma mensagem de esperança para vivenciar esse tempo difícil, confiando nAquele quem tem os nossos dias em Suas mãos.

Em suas redes sociais, Maíra comenta sobre o lançamento e convida os ouvintes a acompanharem o trabalho nas diferentes plataformas digitais: “Olá, meus amores!!! Com MUITA alegria venho avisar que meu novo single #odonodotempo com o Padre @rodrigorodrigues.pe já está disponível em todas as plataformas digitais!

O link para o Spotify está aqui:

O Dono do Tempo – Maíra Jaber e Padre Rodrigo Rodrigues 

https://youtu.be/nyi0Cp1Y1K0?list=OLAK5uy_mAYJW7_nPzuKIrmb6_MCF-8XYpzM19V5E


Por Redação Catholicus

https://catholicus.org.br/

Sadio Mané: "prefiro construir escolas a comprar 10 Ferraris"

Shutterstock | mohsen nabil
por Dolors Massot

O jogador senegalês, estrela do Liverpool, não se esqueceu de quem lhe permitiu realizar o seu sonho.

Sadio Mané é um dos jogadores de futebol mais conhecidos da Premier League do Reino Unido. Ele é atacante do Liverpool FC. Por sua transferência, o Liverpool pagou colossais 34 milhões de euros em 2016.

E esta estrela do esporte, além de encantar pelo talento no futebol, está surpreendendo no seu testemunho de caridade e solidariedade.

SADIO MANE
Stephen Wright I Pro Sports Images Ltd I DPPI

Sadio Mané, nascido em Sédhiou (Senegal) há 28 anos, dedica uma parte importante de sua renda a ajudar as pessoas da cidade e da região onde nasceu.

A aldeia levantou o dinheiro de que precisava

Sadio não esqueceu o gesto de apoio que tornou seu sonho possível. De fato, sua aldeia contribuiu com dinheiro para que ele pudesse ir a Dakar e tentar a sorte nos testes de seleção para meninos que jogavam futebol.

Sadio Mane
BULENT KILIC/AFP/East News

“Meu tio foi a melhor ajuda que tive quando criança, mas não a única”, lembrou Sadio.

Foi assim que um observador percebeu o talento do menino. E Sadio pôde viajar para a Europa e se tornar o jogador de futebol de elite que é hoje, depois de participar das Olimpíadas de Londres e ter sido indicado à Bola de Ouro em 2019.

O jogador surpreende também na caridade. Sadio Mané está construindo escolas e centros esportivos no Senegal, além de dar ajuda financeira a centenas de famílias. Ele comenta que não perde tempo em discotecas ou jogando horas e horas no Play Station.

“Por que eu iria querer 20 relógios de diamante?”

Isso responde ao seu estilo de vida: “Por que eu iria querer 10 Ferraris ou 20 relógios de diamante?” – ele disse recentemente. “O que isso faria pelo mundo? Eu passei fome, trabalhei na roça, brincava descalço e não ia à escola. Hoje posso ajudar as pessoas.”

“Prefiro” – explicou Mané – “construir escolas e dar comida ou roupa aos pobres. Eu vivia em extrema pobreza.”

E parece que ele está mesmo decidido a voltar-se para os outros, com gestos que maravilham os “adeptos” da sua equipe e milhares de fãs do futebol.

70 euros por mês para famílias

Sadio Mané afirma: “hoje com o que ganho posso ajudar as pessoas. Prefiro construir escolas, um estádio, fornecer roupas, sapatos e comida para pessoas em extrema pobreza. Além disso, dou 70 euros por mês a todas as pessoas de uma região do Senegal para contribuir para a economia familiar.”

“Que as crianças não passem as necessidades que passei”

Essa atitude, aliada ao fato de ser jogador de futebol na principal Liga do mundo, dá sentido ao seu estilo de vida, o qual chega a chocar em comparação com outros jogadores que vivem como novos ricos.

“O mais importante para mim é ver o meu povo sair da pobreza e que as crianças que aí vivem não passem as necessidades que eu passei. Vendo-os felizes, também me sinto feliz.”

Aleteia

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF