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quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Papa Francisco: A oração é como o oxigênio da vida

Papa Francisco na Audiência Geral Foto: Vatican Media
por Mercedes de la Torre

Vaticano, 11 nov. 20 / 08:37 am (ACI).- O Papa Francisco destacou na Audiência Geral desta quarta-feira, 11 de novembro, que a oração "é como o oxigênio da vida" e acrescentou que "não há verdadeira oração sem espírito de humildade".

Antes de pronunciar sua catequese da Biblioteca do Palácio Apostólico, o Santo Padre confidenciou que recentemente alguém lhe disse que “fala demasiado sobre oração. Não é necessário” e ele respondeu que “sim, é necessário. Porque, se não rezarmos, não teremos forças para ir em frente na vida” e acrescentou que “a oração é como o oxigênio da vida. A oração é atrair sobre nós a presença do Espírito Santo que nos leva sempre em frente. É por isso que falo muito sobre a oração”.

Em seguida, o Papa explicou que “o diálogo constante com o Pai, no silêncio e no recolhimento, é o ponto fulcral de toda a sua missão”.

Nesse sentido, o Santo Padre destacou que “Jesus deu exemplo de uma oração contínua, praticada com perseverança” e exortou os discípulos a rezar “com insistência, sem se cansar”.

Por isso, o Papa recordou as três parábolas contadas no Evangelho de São Lucas que sublinham esta característica da oração.

Em primeiro lugar, a do hóspede que chega de imprevisto, no meio da noite, e o dono da hospedagem vai chamar um amigo e lhe pede pão. O amigo responde: "não!" Porque já está na cama, mas ele insiste, e insiste a ponto de o obrigar a levantar-se e a dar-lhe pão (Lc 11,5-8), o que mostra que "a oração deve ser antes de mais tenaz”.

“Deus é mais paciente do que nós, e quem bate à porta do seu coração com fé e perseverança não fica desiludido. Deus responde sempre. Sempre. O nosso Pai sabe bem do que precisamos; a insistência não serve para o informar ou convencer, mas para alimentar o desejo e a expetativa em nós”, alertou.

A segunda parábola é a da viúva que se dirige ao juiz para que a ajude a obter justiça. Este juiz é corrupto, é um homem sem escrúpulos, mas no final, exasperado pela insistência da viúva, decide contentá-la (Lc 18,1-8) e o Papa a encoraja a invocar a Deus com coragem “sem se resignar ao mal e à injustiça".

Mais tarde, o Santo Padre recordou a terceira parábola que apresenta um fariseu e um publicano que vão ao templo para rezar, “o primeiro dirige-se a Deus gabando-se dos próprios méritos; o outro sente-se indigno até de entrar no santuário” (Lc18,9-14).

“Deus não ouve a oração do primeiro, isto é, dos soberbos, mas atende a dos humildes. Não há verdadeira oração sem espírito de humildade. É precisamente a humildade que nos leva a pedir na oração”, afirmou.

Nesse sentido, o Papa Francisco destacou que “o ensinamento do Evangelho é claro: é preciso rezar sempre, até quando tudo parece vão, quando Deus nos parece surdo e mudo, e que perdemos tempo. Mesmo que o céu se ofusque, o cristão não deixa de rezar” e recordou que “muitos santos e santas viveram a noite da fé e o silêncio de Deus - quando batemos à porta e Deus não responde - e estes santos foram perseverantes”.

“Nestas noites de fé, quem reza nunca está sozinho. Na verdade, Jesus não é apenas testemunha e mestre de oração, é muito mais. Ele acolhe-nos na sua oração, para podermos rezar n'Ele e através d'Ele. E isto é obra do Espírito Santo”, disse o Papa.

Desta forma, o Pontífice convidou a não esquecer o Espírito Santo porque “o Espírito Santo que ora em nós; é Ele que nos leva a orar, leva-nos a Jesus. É o dom que o Pai e o Filho nos deram para prosseguirmos ao encontro com Deus... quando oramos, é o Espírito Santo que reza nos nossos corações”.

Por fim, o Papa rezou "para que seja o próprio Espírito Santo, Mestre de oração, a ensinar-nos o caminho da oração".

ACI Digital

S. BARTOLOMEU, ABADE DE GROTTAFERRATA

S. Bartolomeu, Annibale Carracci 

No ano 980, nasceu o herdeiro de uma família nobre, proveniente de Constantinopla, mas residente em Rossano, Calábria, batizado com o nome de Basílio. Era considerado um menino prodígio, tanto que, aos 7 anos, foi confiado aos monges do mosteiro de São João Calibita, de Caloveto, para ser educado na fé cristã. Após cinco anos, foi transferido para Vallelucio, próximo de Montecassino, onde conheceu seu mestre: São Nilo, do qual jamais se separou.

Companheiro de São Nilo

Após dois anos, Nilo foi transferido para Serperi, próximo de Gaeta. Basílio, - que, ao se tornar monge, recebeu o nome de Bartolomeu, - o seguiu. Os dois futuros Santos viveram ali por dez anos, um longo período transcorrido em oração, silêncio, jejum e abstinência, sobretudo do sono. A seguir, partiram para Roma: o objetivo era interceder, junto ao Papa Gregório V, pelo seu concidadão João Filagato, que se era autoproclamado, unilateralmente, Papa com o nome de João XVI. Mas, em vão: no caminho de volta, perto de Grottaferrata, receberão a aparição de Nossa Senhora, que lhes pediu para construir, naquele lugar, um mosteiro e uma igreja em sua homenagem.

Abadia de Grottaferrata

Assim, ambos permaneceram em Grottaferrata, até à morte: São Nilo, faleceu logo em seguida, em 1004. No novo mosteiro, Bartolomeu dedicou-se, de modo particular, à assistência dos pobres; escreveu hinos religiosos e, com uma notável habilidade diplomática, conseguiu resolver os muitos dissídios entre os poderosos da época. Entre as obras mais famosas que escreveu - cujas versões originais são preservadas na abadia de Grottaferrata – destacam-se a biografia mais precisa sobre a figura de São Nilo, seu mestre, e o Typicon, código litúrgico e disciplinar do mosteiro, do qual é considerado cofundador. Bartolomeu faleceu em 1055 e foi sepultado, no seu mosteiro, ao lado do seu mestre.

O milagre do amor pelos pobres

Segundo o relato de várias testemunhas, São Bartolomeu fez muitos milagres ao longo de sua vida. Porém, o mais famoso, que chegou até nós, ocorreu alguns anos após a sua morte: o protagonista, Frei Franco, um monge moribundo, ficou curado, milagrosamente, após um sonho: ele diz ter visto duas pombas, - uma branca e uma preta - que, ao se aproximarem dele, o guiaram a um campo, repleto de luz, onde São Bartolomeu o aguardava com alguns pobres. Após ter dado a todos um pedaço de pão, o Santo entrou em esplêndido palácio, onde se encontrava a Virgem Maria. Mas, ao se despedir de Franco, pediu-lhe para recordar aos monges de Grottaferrata, que fossem sempre misericordiosos com os mais necessitados.

Vatican News

S. MARTINHO, BISPO DE TOURS

S. Martinho, bispo de Tours  (© Biblioteca Apostolica Vaticana)

Seu gesto: poucos personagens podem ter sua história resumida em uma única ação, tão poderosa a ponto de permanecer indelével e profunda em uma vida.
São Martinho pertenceu a uma categoria especial de santos. Seu famoso manto é a antonomásia de um homem que nasceu em 316 ou 317, ao término do tardo Império Romano, na Panônia, hoje Hungria.
Filho de um tribuno militar, Martinho viveu em Pavia porque seu pai, um veterano do exército, havia recebido de presente um terreno naquela cidade.
Seus pais eram pagãos, mas a criança era atraída pelo cristianismo; com apenas 12 anos, queria ser asceta e retirar-se para o deserto. Mas, um edito imperial interpôs a farda e a espada ao seu sonho de oração em solidão. Por isso, Martinho teve que se alistar e acabou em um quartel na Gália.

Metade ao pobre Jesus

Seu gesto do manto ocorreu em torno do ano 335. Como membro da guarda imperial, o jovem soldado era muito requerido para as rondas noturnas. Em uma delas, durante o inverno, Martinho deparou-se, a cavalo, com um mendigo seminu. Movido de compaixão, tirou seu manto, o cortou em duas partes e deu a metade ao pobre. Na noite seguinte, Jesus apareceu-lhe em sonho, usando a metade do manto, dizendo aos anjos: "Este aqui é Martinho, o soldado romano não batizado: ele me cobriu com seu manto". O sonho impressionou muito o jovem soldado, que, a festa da Páscoa seguinte foi batizado.
Por vinte anos, ele continuou a servir o exército de Roma, dando testemunho da sua fé em um ambiente tão distante dos seus sonhos de adolescente. Mas, ele ainda tinha uma longa vida para ser vivida.

Do mosteiro à púrpura

Logo que pôde, ao ser dispensado do exército, foi ter com o Dom Hilário, bispo de Poitiers, firme opositor da heresia ariana.
Esta oposição do purpurado custou-lhe o exílio, pois o imperador Constâncio II era um seguidor da doutrina de Ário. No entanto, Martinho tinha ido visitar a sua família na Panônia. Ao saber da notícia, retirou-se para um mosteiro perto de Milão.
Quando o Bispo voltou do exílio, Martinho foi visitá-lo, obtendo dele a permissão para fundar um mosteiro perto de Tours. Assim, vivendo uma vida austera em cabanas, o ex-soldado, - que havia dado seu manto a Jesus, - tornou-se pobre como desejava. Rezava e pregava a fé católica em terras francesas, onde ficou conhecido por muitos.
Sua popularidade transformou-se em nomeação como Bispo de Tours, em 371. Martinho aceitou, mas com seu estilo próprio de vida: não quis viver como príncipe da Igreja, para que as pessoas - pobres, presos e enfermos - continuassem a encontrar abrigo sob seu manto.
São Martinho viveu nas adjacências dos muros da cidade, no mosteiro de Marmoutier, o mais antigo da França. Dezenas de monges o seguiram, muitos deles, pertenciam à casta nobre.

Um verdadeiro cavaleiro

Em 397, em Condate, atual Candes de Saint-Martin, o Bispo de 80 anos partiu com a missão de reconstituir um cisma surgido entre o clero local. Em virtude do seu carisma, pacificou os ânimos. Mas, antes de regressar para Tours, foi acometido por uma série de febres violentas.
São Martinho de Tours faleceu, deitado na terra nua, conforme o seu desejo. Uma grande multidão participou do enterro de um homem tão querido, generoso e solidário como um verdadeiro cavaleiro de Cristo.

Vatican News

terça-feira, 10 de novembro de 2020

Cruz peitoral do Papa é doada ao Museu Internacional do Crucifixo

Guadium Press
Visitantes do Museu Internacional do Crucifixo terão a oportunidade de apreciar de perto a cruz peitoral doada pelo Papa Francisco e mais de 150 obras que estão em exposição.

Cidade do Vaticano (06/11/2020 15:00, Gaudium Press) O Museu Internacional do Crucifixo da cidade de Caltagirone, na região da Sicília, recebeu nesta sexta-feira, 6, uma cruz peitoral doada pelo Papa Francisco.

A entrega oficial da Cruz foi feita pelo Bispo local, Dom Calogero Peri, ao reitor do Santuário do Santíssimo Crucifixo do Socorro, Padre Enzo Mangano.

Guadium \Press

Objetivo do museu: conhecer melhor a espiritualidade do Crucifixo

O sacerdote, que também é idealizador e promotor do museu, promoveu uma iniciativa com o objetivo de se conhecer melhor a espiritualidade do Crucifixo, criando salas de exposição e pedindo a amigos e artistas que doassem obras de arte, objetos ou relíquias sobre a Paixão.

Através de uma carta do substituto da Secretaria de Estado, Monsenhor Edgar Peña Parra, o Papa Francisco encorajou “os fiéis e os peregrinos do antigo Santuário da Paixão a aderir cada vez mais intensamente ao Caminho, à Verdade e à Vida de Cristo”.

Guadium Press

Dom Peri, o Papa e os crucifixos doados

Dom Calogero Peri foi um dos primeiros a doar um crucifixo ao Museu Internacional do Crucifixo de Caltagirone, anexo ao santuário de mesmo nome, por este motivo o local é dedicado a ele.

O crucifixo doado pelo prelado é uma reprodução do de São Damião que estava no quarto do hospital onde o Bispo permaneceu internado por cerca de um mês, por conta do coronavírus. Durante o período de convalescência, esse crucifixo foi um ponto de referência a Dom Peri, por este motivo ele pediu para levá-lo assim que recebeu alta. Em sinal de gratidão a Deus por ter sido curado, o prelado doou a peça religiosa ao museu.

Visitantes do Museu Internacional do Crucifixo terão a oportunidade de apreciar de perto a cruz peitoral doada pelo Papa Francisco, a cruz doada por Dom Peri e mais de 150 obras que estão em exposição no local. (EPC)

https://gaudiumpress.org/

DROGA QUE MATA

HypeScience
por Dom Sérgio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Salvador (BA)

Durante a pandemia, tem sido verificado um crescimento preocupante no consumo de bebidas alcoólicas. A quarentena pode ser um desafio, de modo especial, para quem luta contra o alcoolismo. O abuso de bebida alcoólica, especialmente, a situação dos dependentes de álcool tem sido motivo de piadas em programas humorísticos e em rodas de amigos. Contudo, o alcoolismo necessita ser tratado com a merecida seriedade, pois o álcool está incluído na relação de drogas que causam dependência e, em muitos casos, a morte. O álcool pode se tornar uma droga que mata! O alcoolismo é doença que atinge grande parcela da população brasileira, devendo ser tratado como um problema de saúde pública. As suas tristes consequências são bastante conhecidas: graves danos à saúde, acidentes de trânsito, acidentes de trabalho, violência doméstica, brigas e homicídios.

O atual estilo de vida tem favorecido a iniciação sempre mais precoce no uso de bebidas alcoólicas, fazendo dos jovens as grandes vítimas do alcoolismo, muitas vezes, associado ao uso de outras drogas. O alcoolismo tem causado muito sofrimento para os que são dependentes de álcool e para os seus familiares, sendo motivo de lágrimas para muitas mães, esposas e filhos. Infelizmente, a compreensão que se tem do problema não ajuda na recuperação das pessoas. É preciso superar a visão que reduz o alcoolismo a uma fraqueza moral, para considerá-lo enfermidade que exige tratamento sério e continuado.

 A relutância em admitir a situação, em pedir ou aceitar ajuda, dificulta muito a superação do problema. A ajuda fraterna de familiares e de amigos é fundamental na recuperação dos dependentes de álcool. Hoje, cada vez mais, surgem tratamentos que possibilitam a desintoxicação e o controle do alcoolismo, levando as pessoas a uma vida saudável. Conforme a situação, podem ser indicados medicamentos, terapias individuais, de grupo ou familiar, internação em clínicas e centros especializados, aconselhamento psicológico e espiritual. Muitas instituições têm prestado precioso serviço na recuperação de inúmeras pessoas.

 No campo religioso, são muitas as iniciativas em andamento, como a Pastoral da Sobriedade. É preciso valorizar, divulgar e apoiar os esforços em favor da superação do alcoolismo chamando a atenção para a responsabilidade social na solução deste problema, pois resta muito a fazer. Há necessidade de medidas preventivas, de cunho educativo e social; de controle rigoroso da venda de bebidas alcoólicas para menores; de aplicação da lei coibindo o uso de álcool pelos motoristas; de eliminar bebidas alcoólicas da propaganda. Além disso, a vivência religiosa e o cultivo dos valores éticos muito podem contribuir para vencer a dependência de álcool e trazer uma nova vida, inspirada na fé em Cristo.

CNBB

RENOVAR O AMOR E A VENERAÇÃO POR MARIA

Virgem Maria | Sinais do Reino

A Virgem Santa Maria ocupa um lugar especialíssimo na história da salvação, pois, não apenas aos pés da Cruz, mas em toda a sua existência, ela viveu o seu sim, sua plena entrega nas mãos do Senhor. A Santíssima Virgem é, com toda a certeza, a pessoa que realizou mais perfeitamente sua doação e amor para com Deus e para com todos nós, seres humanos.

Como uma nova primavera que anuncia o suave aroma das rosas e das flores, o nascimento de Maria fez brilhar em todo o universo a límpida luz da santidade. Como a chuva copiosa do inverno que rega e fecunda a terra árida, o sim de Maria irrigou e transformou a história da salvação em uma história de identificação com os planos do Altíssimo. Como a nascente de um grandioso rio, um imenso manancial da mais pura e límpida água, Maria conservou em sua alma as mais nobres virtudes e os mais preciosos sentimentos de incontida alegria por ter transmitido ao mundo um novo tempo, a pessoa de Jesus, o motivo maior da nossa paz e da nossa alegria.

Contemplando o exato momento da anunciação do Anjo Gabriel e o ecoar do sim de Maria, aprendemos a reviver o amor e a veneração pela Mãe de Cristo. Quando temos o bom hábito de recorrer a Nossa Senhora, nas diversas horas do dia, desde o amanhecer até o anoitecer, vislumbramos com os olhos da fé que existe uma Mulher, uma Mãe, que pela amplitude de seu serviço, amor e doação, traz em sua face os traços de Deus; e pela perseverança na correspondência aos desígnios do Senhor apresenta inúmeros detalhes de graça e de santidade. Enfrentando muitos desafios, rompendo com muitos preconceitos, valorizando a participação da mulher na vida da Igreja, praticando a caridade sem fronteiras, Maria nos ensina a acolher sempre mais em nossas almas aquele Coração que batera em uníssono com o seu coração. Ao lado de Jesus, à espreita do amado Filho, com humildade e simplicidade, Maria conquistou para si um privilegiado espaço na história da salvação e, a todo instante, ela não se cansa de nos convidar a acolher em nosso íntimo o seu amado e adorado Filho.

Quando o Sangue de Cristo circula em nossas veias, por meio da participação na Eucaristia ou quando revivemos  nossa devoção mariana pela oração do rosário, do ângelus e do ofício de Nossa Senhora, nós percebemos que Maria é a Santa Mãe de Deus, a Virgem digna de louvor, o Espelho da justiça, a Causa da nossa alegria. Ela é a Mãe de Jesus e a nossa mãe.

Por amor a Cristo, ela está sempre disposta a ouvir nossos rogos quando recorremos a ela, expondo as preocupações com a salvação do nosso próximo e dos nossos familiares. “Maria é, ao mesmo tempo, uma Mãe de misericórdia e de ternura, a quem ninguém recorreu em vão; abandona-te cheio de confiança no seu seio materno, pede-lhe que te alcance esta virtude da humildade que ela tanto apreciou; não tenhas medo de não ser atendido, pois Maria a pedirá por ti a esse Deus que exalta os humildes e reduz ao nada os soberbos; e como Maria é onipotente junto do seu Filho, será ouvida com toda a certeza”. (Papa Leão XIII, Prática da humildade, nº 56). Com renovada esperança, temos que recorrer, hoje e sempre, à Virgem Maria para que ela interceda por nós, diante do Senhor que tanto aprecia o silêncio, o autêntico sacrifício e a correspondência ao Seu amor.

Ó Maria, estamos e somos felizes, pois reconhecemos que Tu és a Mãe da Igreja, a Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Doce Mãe, quando diante de nós surgem as possibilidades do pecado, recorremos à tua materna proteção, suplicando: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós!” Pelo reto exercício da piedade mariana, utilizando as palavras do Cura D’Ars, não nos cansamos de dizer aos nossos amigos e parentes: “Se não fores para o céu, como ficarei magoado! Não verás a Santíssima Virgem, esta criatura tão linda!”. Querida Mãe, ensina-nos a valorizar esse sublime privilégio de te reconhecer como nossa mãe. Nosso amor por ti é sólido e profundo; por conseguinte, a cada dia criamos singulares títulos para expressar a certeza de que, quando depositamos todas nossas coisas em teu materno coração, Cristo vem prontamente ao nosso auxílio, pois por ser um bom Filho Ele sempre atende aos teus pedidos.

Incomparável Mãe, nós agradecemos ao Cristo a graça de te reconhecer como a Mãe do bom conselho. O melhor conselho que tu, constantemente, nos ofereces é: “Fazei tudo o que Ele vos disser!” (Jo 2, 5). Fazer a vontade de Deus, aprofundar a vida da santidade, anunciar a Boa Nova da Salvação, tendo a ti, Mãe Maria, no coração e na alma, é atualizar, de alguma forma, nossa pertença ao Deus Altíssimo e nossa devoção para contigo, amada Mãe.

Cristo, obrigados por nos fazer perceber o alcance da intercessão de Maria em nossas vidas. Maria, “coitado de mim se não te conhecesse ou se me esquecesse de te invocar; correria grave perigo de me perder. Ó Maria, feliz quem te reconhece como mãe e se entrega à tua proteção”. (Santo Afonso de Ligório, Visitas a Jesus sacramentado e a Nossa Senhora, página 90).

Virgem Maria, não podemos esquecer tampouco que tu mereces todo o nosso respeito, gratidão e apreço e, por isso, confiando em tua materna proteção, nós te saudamos, dizendo: “Salve Maria, Mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve!”. Maria, Mãe e Rainha, ensina-nos a fazer o bem, a servir ao Senhor, a crescer na prática da caridade e a expandir as possibilidades do verdadeiro amor. Inigualável Mãe, nós te amamos!

Aloísio Parreiras

(Escritor e membro do Movimento de Emaús)

Arquidiocese de Brasília

O significado da expressão: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida"

Wilson Tamayo | Cathopic CC0

E por que você deveria "tatuar" essas palavras em seu coração.

Disse Jesus: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14,6a). Ao colocar essas afirmações, Ele consegue condensar e sintetizar o processo de santificação, de humanização, de divinização e de cura. Ele mostra como pode fazer um processo de cura do homem como um todo, porque a grande meta de Jesus é que todos sejamos perdoados, regenerados e inteiramente curados.

Jesus se diz o Caminho, que implica para todos nós cristãos, para todos aqueles que de fato querem chegar ao Pai, uma porta estreita, difícil de passar (cf. Jo 10,9). Ninguém vai ao Pai se não passar por Jesus, e para passar por Jesus é necessário entender sua proposta.

O Caminho

Caminho significa seguir os Seus passos, assumir as consequências do discipulado. Simboliza resignação, esvaziamento, obediência a Deus. Significa aceitar a perseguição. O Caminho é carregar a cruz, o Caminho é Jesus Cristo.

A Verdade

Nós encontramos a Verdade nos ensinamentos de Jesus Cristo, nas suas ações, na sua forma de agir. A verdade que contrapõe é uma verdade falsa, é a verdade do mundo. Estamos no mundo, mas não somos do mundo (cf. Jo 17,14ss).

A Verdade que é colocada diante de cada um de nós, de mim a cada dia nestes 25 anos de sacerdócio, de você cristão e que está diante de nós para que não erremos nas nossas opções e decisões é: a Verdade é Jesus. A Verdade que não nos deixa recuar, que nos faz caminhar certo.

A Vida

“Eu sou a Vida”, disse Jesus. Quando se perde a vida plena de Deus somos prisioneiros de nossas paixões. A vida que Deus nos propõe em Jesus Cristo nos faz livres, mais donos de nós mesmos. A Vida em Cristo é liberdade diante de nossos próprios apetites, de nossas próprias paixões e de nossos próprios vícios. É a liberdade de escolhas, que o Apóstolo Paulo ilustrou muito bem ao dizer: “Tudo me é permitido, mas nem tudo convém. Tudo me é permitido, mas eu não me deixarei dominar por coisa alguma” (1Cor 6,12). Por isso é um caminho de santificação e humanização.

O Caminho, a Verdade e a Vida

Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. São três palavras que nós não deveríamos escrever, mas tatuar em nossos corações, em nossa mente, em nossa alma. Desculpe a palavra tatuar, mas é a que eu acredito que seja mais oportuna.

O Apóstolo Felipe foi aquele que, como nós, nos momentos de dificuldades pediu: “Mostra-nos o Pai” (cf. Jo 14,8). Um pedido até inocente e estaria tudo certo se a resposta de Jesus não fosse: “Ninguém vai ao Pai, senão por mim” (Jo 14,6b). Repito, Ele é a porta estreita que temos que atravessar. Felipe representa exatamente a nossa busca de Deus sem Jesus, do Criador sem o Redentor, do Todo-Poderoso sem a encarnação. Por isso, Felipe representa um pouco de cada um de nós, na nossa limitação de fé.

Se estamos buscando a santidade, temos que nos perguntar: o Caminho, a Verdade e a Vida são para nós realmente um modelo de discipulado e de vida?

Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação (1Ts 4,3). Que Ele em Jesus, com a intercessão de todos os santos, nos ajude a buscar e viver a santidade.

Por Padre Reginaldo Manzotti 

Aleteia

Após roubar barco de padre, ladrões se arrependem e voltam para tirá-lo do rio

Imagem referencial / Foto: Pixabay (domínio público)

BELÉM, 10 nov. 20 / 08:59 am (ACI).- Um sacerdote que viajava de barco para celebrar uma Missa no interior do Pará foi assaltado e obrigado a pular no rio; mas, ao se dar conta de que se tratava de um padre, os ladrões se arrependeram e voltaram para salvá-lo.

O caso aconteceu no último sábado, 7 de novembro, com Padre Mateus Tavares dos Santos, da Paróquia de São Sebastião da Boa Vista, na ilha de Marajó (PA).

O delegado de Breves, Jorge David, contou ao portal UOL que “o padre emprestou uma lancha e, ao se aproximar da localidade, foi abordado por outra embarcação em que estavam dois indivíduos, armados com arma de fogo tipo pistola. Eles anunciaram o assalto e mandaram o padre pular na água. Em seguida, empreenderam fuga em outra embarcação”.

Segundo o relato em depoimento do sacerdote, os bandidos entraram na lancha, revistaram-no e levaram seu celular, R$ 500 e uma mochila que estava com o material para a Missa. Além disso, tiraram o colete salva-vidas do presbítero, mandaram que pulasse no rio e fugiram com a embarcação.

Pe. Mateus disse que ficou cerca de 15 minutos na água, até que não conseguia mais resistir e começou a rezar. Foi quando viu a embarcação retornando e um dos assaltantes perguntou: “Tu é [sic] padre mesmo?”.

Como o Pe. Mateus respondeu que era sacerdote, o bandido estendeu a mão para ele e o retirou da água.

De acordo com o depoimento do sacerdote, os bandidos ainda disseram para ele segurar em uma embarcação que passava pelo local e pediram ao piloto que o levasse até a margem, onde foi socorrido por pessoas da ilha Jararaca.

O caso foi registrado na delegacia no município de Breves e os ladrões ainda não foram localizados.

ACI Digital

Diante de apagão no Amapá, Bispo faz apelo à solidariedade

Dom Pedro José Conti | Seles Nafes

REDAÇÃO CENTRAL, 09 nov. 20 / 03:46 pm (ACI).- O Amapá enfrenta o sétimo dia de apagão após um incêndio que atingiu a principal subestação do estado, com consequente desabastecimento e falta de água potável; diante disso, o Bispo do Macapá, Dom Pedro José Conti lançou um apelo à solidariedade, por meio da campanha lançada pela Cáritas Diocesana.

No último dia 3 de novembro, um incêndio atingiu a subestação de energia elétrica localizada na Zona Norte de Macapá , a qual, segundo a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), “atende o estado todo”.

A falta de eletricidade, então, afetou o Amapá, causando também problemas nas telecomunicações, de abastecimento de água potável, filas em postos e combustíveis.

Em recente vídeo publicado pelo Regional Norte 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Pedro Conti relatou que muitos perderam o que estava na geladeira e tiveram que jogar os alimentos fora e que também faltou água potável.

Segundo o Prelado, o que mais o preocupa é “o povo que mora mais nas periferias, que é o nosso povo pobre”.

“De qualquer maneira, estamos trabalhando e queremos que logo cheguem condições melhores para todos”, declarou o Bispo, acrescentando que “muitas pessoas, generosamente, querem ajudar. Obrigado”.

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Por isso, a Cáritas Diocesana de Macapá lançou a campanha “É Tempo de Cuidar”, a fim de arrecadar doações de materiais de higiene, limpeza, água potável e alimentos para o atendimento das famílias mais vulneráveis.

Essas doações podem ser feitas nas paróquias e na sede da Cáritas da Diocese de Macapá, localizada no endereço: Av. Padre Manoel da Nóbrega , n° 1000, CEP: 68.905-627 – Jesus de Nazaré, Macapá – AP.

Além disso, foi disponibilizada uma conta para receber doações financeiras, as quais serão destinadas para a compra de produtos necessários.

“Quem quiser ajudar, colabore. E nós nos comprometemos a identificar quem realmente está precisando neste momento”, indicou Dom Conti.

Por fim, assinalou que “a ajuda, a colaboração e a fraternidade sempre é uma possibilidade que nós temos não só de manifestar o nosso amor, a nossa unidade e fraternidade, mas também superar as dificuldades, os medos e as divisões”.

As doações podem ser realizadas por meio da seguinte conta:

Cáritas Diocesana de Macapá – C.D.M.
CNPJ 11.452.602/0001-04.
Banco do Brasil: Agência: 2825-8 Conta: 60702-9.

ACI Digital

S. LEÃO MAGNO, PAPA E DOUTOR DA IGREJA

S. Leão Magno, Basílica de São Paulo Extramuros 

No ano 452 d.C., a península italiana tremia diante dos Hunos, liderados por Átila. Grande parte do norte já havia caído nas garras do invasor. As cidades de Aquileia, Pádua e Milão tinham sido conquistadas, saqueadas e arrasadas. Átila avançava na sua continua corrida e se encontrava perto de Mântua, no rio Mincio. Ali, a história se detém e se forma.
Leão Magno, eleito Papa doze anos antes, guiou uma delegação de Roma para se encontrar com Átila, o qual dissuadiu a continuar a guerra de invasão.
A lenda – retomada depois por Raphael, nos afrescos das "Salas do Vaticano" – narra que o líder dos hunos se retirou após ter visto aparecer, atrás de Leão, os Apóstolos Pedro e Paulo, armados de espadas.
Três anos depois, em 455, foi ainda o "Papa Magno", embora desarmado, a deter, às portas de Roma, os Vândalos da África, guiados pelo rei Genserico. Graças à sua intervenção, a cidade foi saqueada, mas não incendiada. Permaneceram intactas as Basílicas de São Pedro, de São Paulo fora dos Muros e de São João em Latrão, nas quais a população encontrou abrigo e se salvou.

"Pedro falou pela boca de Leão"

A vida de Leão, porém, não consistiu apenas no seu compromisso com a paz, que levou adiante com coragem e sem cessar. O Pontífice dedicou-se muito também à defesa da doutrina. Foi ele que, de fato, inspirou o Concílio Ecumênico de Calcedônia – atual Kadiköy, na Turquia -, que reconheceu e afirmou a unidade de duas naturezas em Cristo: humana e divina; rejeitou a “heresia de Eutiques”, que negava a essência humana do Filho de Deus. A intervenção de Leão no Concílio foi feita através de um texto doutrinal fundamental: o “Tomo de Leão” contra Flaviano, bispo de Constantinopla. O documento foi lido publicamente aos 350 Padres conciliares, que o acolheram por aclamação, afirmando: "Pedro falou pela boca de Leão, que ensinou segundo a piedade e a verdade".

Teólogo e pastor

Sustentador e promotor da Primazia de Roma, o "Pontífice Magno" deixou para a história quase 100 sermões e cerca de 150 cartas, nos quais demonstra ser teólogo e pastor, zeloso com a comunhão entre as várias Igrejas, sem jamais esquecer as necessidades dos fiéis. De fato, foi para eles que incentivou as obras de caridade em uma Roma dominada pela escassez, pobreza, injustiças e superstições pagãs; colocou em prática todas as ações necessárias – lê-se em seus escritos – para manter constantemente a justiça e "oferecer amorosamente a clemência, porque sem Cristo nada podemos fazer, mas com Ele tudo é possível".

O 45º Papa da história

Natural da Toscana, tornou-se diácono da Igreja de Roma, por volta do ano 430; dez anos depois, Leão foi enviado pela imperatriz Plácida para pacificar a Gália, disputada pelo general Aécio e o prefeito pretoriano Albino. Após alguns meses, faleceu o Papa Sisto III. Leão, seu conselheiro, foi o Sucessor. Sua consagração como Pontífice - o 45º da história – ocorreu em 29 de setembro de 440.

Um Pontificado de "primazias"

Seu Pontificado, que durou vinte e um anos, colecionou várias primazias: foi o primeiro Bispo de Roma a ser chamado Leão; o primeiro Sucessor de Pedro a ser chamado "Magno"; o primeiro Papa, que por sua pregação, foi também um dos dois únicos Papas - o outro foi Gregório Magno - a receber, em 1754, por desejo do Papa Bento XIV, o título de "Doutor da Igreja".
A morte de Leão Magno ocorreu em 10 de novembro de 461. Segundo alguns historiadores, ele foi também o primeiro Papa a ser sepultado na Basílica Vaticana. Suas relíquias, ainda hoje, são conservadas na Capela de "Nossa Senhora do Pilar, na Basílica de São Pedro".

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF