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quinta-feira, 19 de novembro de 2020

As escolas católicas devem abraçar a fé e não a arriscar, recorda Bispo

Foto referencial. Crédito: Unsplash

SAN FRANCISCO, 19 nov. 20 / 02:16 pm (ACI).- O novo presidente do comitê de educação da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB), Dom Thomas Daly, afirmou que as escolas católicas devem abraçar a fé, defendê-la e anunciá-la, e não a arriscar por agendas contrárias aos valores fundamentais.

Em uma sociedade cada vez mais secular, em que às vezes a vida das pessoas parece não ter sentido, “nossas escolas nos lembram do amor de Cristo, da dignidade da pessoa humana que está além da mentalidade do momento presente ou a última moda educacional ”, disse à CNA, agência em inglês do grupo ACI, o também bispo de Spokane, em 17 de novembro.

O comitê agora presidido por Dom Daly fornece um guia para a missão educacional das escolas católicas de ensino fundamental e médio, assim como das universidades e atendimento nos Campi nos Estados Unidos.

Dom Daly, eleito para o cargo durante a atual assembleia plenária dos bispos dos Estados Unidos, serviu antes de ser bispo e por 19 anos como professor e presidente da Marin Catholic High School, perto de San Francisco.

A “primeira missão” de qualquer escola católica deve ser a salvação das almas, mas muitas vezes essas escolas se concentram exclusivamente no acadêmico, o que prejudica sua missão católica, explicou o Prelado.

Uma escola católica deve ser academicamente excelente, sempre cuidando da razão de sua existência que é o de fortalecer a fé, disse.

Em vez de simplesmente funcionar como uma escola particular com "algum sabor religioso", uma escola católica deve encorajar e orientar seus alunos a "buscar o Senhor com um coração sincero".

“Não precisamos de mais 'escolas particulares'. Precisamos de escolas católicas para ensinar e anunciar o Evangelho com a aplicação do rigor acadêmico”, continuou.

Depois de destacar o exemplo de uma escola onde o diretor é um homem de fé e da qual estão surgindo várias vocações, o Prelado explicou que um dos desafios atuais é a pandemia do coronavírus que causou o fechamento de cerca de 140 escolas católicas no país.

Dom Daly também indicou que a educação católica é importante, pois era há dois séculos "quando a Igreja e nossa missão eram atacadas".

A razão para isso é em parte que atualmente as leis de vários estados nas escolas públicas os orientam para uma educação que não considera os valores católicos.

Por exemplo, disse o Bispo de Spokane, na última eleição de 3 de novembro, os eleitores de Washington aprovaram uma medida que exigirá "educação sexual integral" nas escolas públicas, algo que "mina as crenças essenciais de nossa fé" ao ignorar os laços com a reta sexualidade humana e não tratar estes temas no contexto do matrimônio.

O Bispo serviu como sacerdote e educador em San Francisco, uma cidade bastante secular e liberal hoje, o que lhe permitiu observar em primeira mão a indiferença e depois a hostilidade à mensagem da Igreja.

Dom Daly explicou que a educação católica não pode ter uma dicotomia entre "justiça social" e "piedade". Como exemplo, falou sobre a vida e o serviço de Santa Teresa de Calcutá que se dedicou a servir os demais.

Em sua opinião, as escolas católicas devem ser locais de aprendizagem onde se aprendem diferentes pontos de vista e ideias, respeitando a liberdade religiosa, mas sem comprometer as crenças católicas.

“Hoje, muitas instituições de ensino superior e de educação católica comprometeram a sua missão e isso não vai ser efetivo”, afirmou o Bispo.

"Educação com humildade leva à sabedoria, sem humildade leva à arrogância."

Em fevereiro de 2020, Gonzaga University (GU), um centro católico jesuíta na Diocese de Spokane, anunciou a criação de um escritório jurídico que se concentra principalmente na defesa da agenda LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros).

"Enquanto a tradição católica defende a dignidade de cada ser humano, a clínica de direitos LGBT pode levar a Faculdade de Direito da UG a entrar em conflito com a liberdade religiosa de indivíduos e organizações cristãs", disse Dom Daly à CNA naquela ocasião.

O Bispo de Spokane explicou que escreveu ao reitor da universidade em fevereiro, pedindo-lhe que falasse com ele sobre o escritório, mas nunca recebeu resposta, provavelmente devido à situação que surgiu diante da pandemia do coronavírus.

Publicado originalmente em CNA.

ACI Digital

Adoração Eucarística Mundial será realizada na Festa de Cristo Rei

Guadium Press
Este evento eucarístico ocorre em preparação ao 52º Congresso Eucarístico Internacional que está marcado para ocorrer em 2021 na cidade de Budapeste, Hungria.

Hungria – Budapeste (17/11/2020 14:00, Gaudium Press) No próximo sábado, 21, Festa de Cristo Rei, será realizada uma Adoração Eucarística Mundial em preparação para o 52º Congresso Eucarístico Internacional em Budapeste.

O Arcebispo de Esztergom-Budapeste, Cardeal Péter Erdő, convidou todos os católicos para que, a partir de suas dioceses, paróquias e comunidades, participem deste evento eucarístico que já está em sua sétima edição.

Por conta da atual situação epidemiológica que estamos vivendo, o purpurado explicou que “onde não há oportunidade de se reunir em nossas igrejas, também podemos participar de nossas casas com nossas orações pessoais”.

Estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos

Recordando a promessa feita por Nosso Senhor Jesus Cristo, de que permaneceria conosco até o fim do mundo, o purpurado comentou que Deus “está conosco no seu ensinamento, na sua graça, nos seus sacramentos, mas sobretudo na cerimônia da Eucaristia e do Santíssimo Sacramento, que também veneramos com adoração fora da Missa sagrada”.

No site da iniciativa (corpusdomini.iec2020.hu), está disponibilizado um mapa mundi no qual consta a localização de cada uma das comunidades que estão organizando a adoração. Os interessados poderão confirmar a presença na própria página.

https://youtu.be/H2-6jvJEEUM

Os que não encontrarem algum local próximo se preparando para a adoração mundial, poderão organizar o evento em alguma igreja, ou até mesmo em alguma capela de escola ou de hospital, sempre com a autorização do pároco, do diretor de igreja ou do responsável eclesiástico.

O momento de oração pode ser realizado de diversas formas, seja rezando em silêncio diante do Santíssimo Sacramento, meditando, de forma tradicional ou ainda cantando e adorando a Jesus Eucarístico. Também é permitida a participação de músicos, grupos de oração, grupos do Terço, comunidades escolares, ou qualquer outro grupo que deseje passar uma hora diante de Deus na Eucaristia.

No primeiro dia do Tríduo Pascal, também conhecido como Quinta-feira Santa, celebramos a instituição da Sagrada Eucaristia e também do Sacramento da Ordem.

Participação registrada

Os organizadores do evento pedem para que todos os participantes se registrem no website, para que dessa forma eles possam saber onde esta vigília está sendo realizada e também como uma forma de divulgação do evento.

Os que se registrarem no site terão acesso ao boletim ‘CEI2020’, recebendo, dessa forma, informações atualizadas sobre os preparativos para o Congresso Eucarístico de Budapeste de 2021, além de notícias em primeira mão sobre os programas e possibilidades de adesão. (EPC)



O que fazer quando as escolhas dos filhos não correspondem às nossas?

Martin Novak - Shutterstock

Saber tomar decisões corretas não é algo inato. Temos um papel importante como pais, para desempenhar nesse sentido, na vida de nossos filhos quando eles são crianças ou adolescentes. Mas como você reage quando, como adulto, suas decisões não parecem adequadas?

“Faça o que você quiser!”. Aplicada à relação educacional, essa frase pode parecer um sinal de confiança. É uma forma de confiar na capacidade de nosso filho, dele tomar uma decisão por si mesmo. E sabemos bem que chegará necessariamente o tempo em que nossos filhos terão de fazer as suas escolhas e tomar suas decisões sem nós, embora ainda seja possível e até desejável que saibam pedir conselhos. Porém, aquele “Faça o que você quiser” – que pode ter outras formulações – também pode ter um duplo sentido. Às vezes, está manchado de amargura e resignação e sua tradução mais ou menos decifrável por nossos filhos é parecida a esta: “Já que você acredita, ao contrário de mim, que é uma boa idéia, então faça o que eu não quero para você e que eu não posso te impedir de fazer”.

Acompanhar a decisão de nossos filhos mesmo que não nos agrade

Com ou sem razão, às vezes lamentamos as decisões e escolhas dos nossos filhos, mas somos obrigados a nos conformar: a escolha do cônjuge, a orientação profissional, etc.

Chega um momento em que, se não fugimos à nossa missão de conselho, se temos a consciência tranquila, teremos até que organizar esse casamento e acompanhar essa decisão, salvo em casos excepcionais que devem ser bem valorizados e com humildade. No entanto, nossa não-aceitação é um assunto delicado. Pode esconder certo orgulho social, uma decepção com nossos filhos que pode estar enraizada em nossas próprias decepções pessoais, nossas frustrações adultas. Então, cabe a nós buscar conselhos, temendo que o afastamento ganhe o jogo.

Mesmo quando exista ruptura, ainda assim deve ser um ato educativo, um ato de gerar e amar nossos filhos, e não um julgamento que os degrada e humilha. As disputas podem ter um final feliz muitos anos depois. Às vezes, isso vai acontecer só no Céu.

Aprender a aceitar as escolhas dos filhos

Mais delicada é esta maneira de dizer as coisas pelas quais – sem perceber – o adulto se habituou a fazer o filho sentir-se culpado ao se tornar independente, às vezes libertando-se de um rito familiar que estabelecemos e ao qual nos agarramos desajeitadamente. “Todos os dias 15 de agosto de cada ano, nos encontramos na casa dos seus avós!” ou “Seus irmãos e irmãs se alternam nas festas entre as duas famílias políticas”.

Existem muitas estratégias adultas pelas quais nos certificamos de não perder tudo, como ramos fracos que cedem sob o peso desses princípios para preencher nosso medo do vazio. A culpa como forma de governo é uma perversão que revela um duplo psicológico, um déficit espiritual, um medo afetivo e que engendra a tirania. O ascetismo da paternidade é o abandono do poder, não da fé, nem da esperança e nem da caridade.

Aleteia

Bispos dos EUA concluem Plenária: racismo entre temas mais debatidos

Papa Francisco com bispos estadunidenses (Vatican News)

Durante a Plenária houve vários pronunciamentos inspirados pela gravidade e importância dos eventos que estão se verificando no país. Alguns bispos falaram sobre a injustiça racial, após os protestos e violências desencadeados depois do assassinato pela polícia de George Floyd em Minneapolis, nos EUA, em 25 de maio passado. Entre outros, o arcebispo dom Lori descreveu as sessões de escuta organizadas pela Igreja para que os membros da comunidade pudessem compartilhar suas experiências com o racismo e sobre como reduzi-lo.

Vatican News

A Conferência dos Bispos Católicos dos EUA (USCCB) aprovou três pontos de ação, ao concluir os trabalhos da sua Assembleia Geral de outono 2020, realizada nos dias 16 e 17 de novembro em formato virtual pela primeira vez na história da Igreja neste país.

Prioridades pastorais para 2021-2024

Os bispos estadunidenses aprovaram as prioridades estratégicas revistas para o plano da Conferência episcopal 2021-24, sobre o tema “Criado novamente pelo corpo e sangue de Cristo: fonte de nossa cura e de nossa esperança”.

Os prelados também aprovaram a renovação do “Comitê ad hoc contra o Racismo”, dedicado a enfrentar o pecado do racismo.

Comitê contra o racismo

O Comitê foi criado em agosto de 2017, por recomendação unânime do Comitê executivo da Conferência dos Bispos Católicos dos EUA e em consulta com membros do Comitê de prioridades e planos da Conferência episcopal.

A Assembleia também aprovou as propostas orçamentárias para 2021 apresentadas pelo Comitê de Orçamento e Finanças.

O caso George Floyd e as manifestações de protestos

Durante estes “dois dias” de assembleia houve vários pronunciamentos inspirados pela gravidade e importância dos eventos que estão se verificando no país. Alguns bispos falaram sobre a injustiça racial, após os protestos e violências desencadeados depois do assassinato pela polícia de George Floyd em Minneapolis, nos EUA, em 25 de maio passado.

O arcebispo de Baltimore, dom William Lori, foi um dos muitos que descreveram as sessões de escuta organizadas pela Igreja para que os membros da comunidade pudessem compartilhar suas experiências com o racismo e suas opiniões sobre como reduzi-lo.

O racismo não admitido de muitas pessoas

“Estas conversações podem ser difíceis, dolorosas”, disse dom Lori. “Muitas pessoas acham que não precisam dessas conversações porque não se consideram racistas. A realidade é muito diferente.”

Entre as numerosas iniciativas relacionadas ao tema, dom Lori anunciou que sua arquidiocese está construindo uma nova escola católica K-8 num dos bairros mais pobres de Baltimore.

(Fides)

Vatican News

São Rafael de São José

ArqSP

José nasceu no dia primeiro de setembro de 1835, na Polônia, filho de um casal de nobres. Foi batizado com o nome de José e educado pelos pais dentro da religião cristã.

Na juventude, estudou engenharia civil na escola Militar de Engenharia. Sua vida na juventude foi marcada pela devoção à Nossa Senhora do Carmo, mas o progresso nos estudos o fez afastar-se da religião. Graças à sua inteligência, atingiu altos postos na carreira militar.

Em janeiro de 1863, durante um período de guerra, encontrou sua reconciliação com Deus. Confessou, comungou e iniciou uma vida de intensa espiritualidade e devoção a Jesus, José e Maria. O término da guerra o fez prisioneiro e ele foi deportado para a Sibéria, onde ficou dez anos sob o regime de trabalhos forçados.

Suas únicas companhias foram um crucifixo e o livro “Imitação de Cristo”. Libertado e repatriado, entrou na Ordem dos Carmelitas Descalços, aos quarenta e dois anos de idade. Vestiu o hábito dos carmelitas e tomou o nome de Rafael de São José, em 1882, quando recebeu a ordenação sacerdotal. Morreu no dia 15 de novembro de 1907, em Vadovice, na mesma cidade onde, anos mais tarde, nasceria João Paulo II.  

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, C.Ss.R.

Reflexão
São Rafael de São José foi um homem de Deus, vivendo em profunda união com Ele. Foi definido como uma oração vivente, sendo um homem de austeridade e silêncio. Outra marca de sua espiritualidade é o seu profundo amor a Maria e o zelo pelo sacramento da penitência.
Oração
Ó Deus, que concedeste ao beato Rafael espírito de fortaleza nas adversidades e extraordinário selo de caridade para promover a unidade da Igreja, concedei-nos, por sua intercessão, ser fortes na fé e amarmos uns aos outros, colaborando fielmente para a união de todos os fiéis em Cristo. Amém.

Portal A12

HISTÓRIA DE SÃO ROQUE GONZÁLES E COMPANHEIROS MÁRTIRES

S. Roque e Companheiros | Canção Nova

Estes três padres jesuítas tinham ascendência espanhola. Eles foram martirizados pelas mãos de índios influenciados pelos pajés de suas tribos. O martírio dos três aconteceu numa região que, na época, pertencia ao reino da Espanha e que, hoje, forma o Estado brasileiro do Rio Grande do Sul.

Origens

Roque González foi um padre e um missionário exemplar. Nasceu na capital do Paraguai, assunção, no ano 1576. Era filho de espanhóis, colonizadores que se estabeleceram ali. Seus pais, Bartolomeu Gonzalez Vilaverde e Maria de Santa Cruz, eram nobres e o educaram na fé e na virtude. Aos quinze anos, Roque tomou a decisão de entregar sua vida para o serviço de Deus.

Padre e jesuíta

Aos vinte e quatro anos Roque recebeu a ordenação sacerdotal. Tão logo foi ordenado, quis assumir o trabalho de formação espiritual dos índios que ocupavam as áreas do outro lado do rio Paraguai, em fazendas de colonizadores. O resultado desse trabalho foi tão bom que o bispo de Assunção quis que ele passasse a ser o pároco da catedral e, logo depois, assumisse o cargo de vigário-geral da diocese. Padre Roque, porém, renunciou a essas nomeações com o objetivo de entrar para Companhia de Jesus. Assim, em 1609 ele vestiu o hábito jesuíta. Desde então, dedicou-se totalmente ao serviço dos índios que habitavam as regiões do Paraguai, Uruguai, Argentina, Brasil e, até mesmo, parte da Bolívia.

Três heróis

O Padre Roque González uniu seu trabalho missionário ao dos outros dois. Os três padres trabalhavam segundo as orientações dos jesuítas. Organizavam missões e reduções entre os índios das tribos guaranis do Cone Sul. Tinham como meta catequizar os índios, ensinando a eles os princípios do Evangelho de Cristo. Além disso, eles formavam núcleos de resistência dos índios contra a opressão exercida pelos colonizadores brancos.

Reduções salvadoras

As reduções dos jesuítas impediam que os índios se tornassem escravos dos brancos. Ao mesmo tempo, ajudavam os índios a manterem suas culturas. Nelas, os índios eram alfabetizados, evangelizados e aprendiam técnicas de plantio e de sobrevivência.

Perseguição

Os colonizadores, por sua vez, não gostaram do sucesso dessas reduções dos jesuítas, entendendo que isso prejudicava a exploração brutal praticada por eles. Por isso, uniram-se a índios rebeldes, e instigaram-nos a invadir e destruir todo o trabalho dos jesuítas, tanto as missões quanto as reduções. Assim, mataram a muitos e acabaram com a experiência histórica das reduções. Nesses ataques, o padre Roque Gonzalez e seus companheiros foram assassinados.

Martírio

Na Redução de Caaró, pertencente ao Estado do Rio Grande do Sul, no Brasil, as mortes aconteceram no dia 15 de novembro de 1628. Padre Roque tinha celebrado a missa com os índios e estava construindo uma pequena torre para o sino, na nova capela. Então, os índios rebeldes chegaram, instigados por um feiticeiro chamado Nheçu. Atacaram a redução e uma outra vizinha, chamada Redução de São Nicolau. Ali, mataram a muitos e incendiaram tudo. Padre João de Castillo foi morto em São Nicolau. Padre Afonso Rodrigues e padre Roque Gonzáles estavam juntos em Caaró e morreram ali. Padre Afonso foi morto com um golpe de machado de pedra na cabeça.

Milagre

Cinquenta e três pessoas foram testemunhas da morte do padre Roque Gonzalez. Segundo elas, o coração dele fora arrancado do peito por mãos de índios cheios de fúria. Nesse momento, porém, uma voz foi ouvida saindo do coração, dizendo o seguinte: “Matastes a quem tanto vos amava e queria. Matastes, porém, só o meu corpo, porque minha alma está no Céu!”

Coração incorrupto

Quando os índios ouviram aquela voz, enfureceram-se mais ainda e furaram o coração do Padre Roque com uma flecha. Depois, jogaram-no ao fogo. Milagrosamente, porém, o fogo não queimou aquele coração.  Ele ficou preservado e, ainda hoje, é venerado como preciosa relíquia na cidade de Assunção.

Culto

Os três mártires tiveram suas beatificações celebradas pelo Papa Pio XI, no ano 1934. Em 1988 Papa João Paulo II celebrou a canonização, instituindo a festa dos três santos para o dia 19 de novembro.

Oração a São Roque Gonzalez e seus companheiros

“Deus, nosso Pai, o bem-aventurado Roque González e seus companheiros opuseram-se corajosamente à escravidão e à exploração dos índios pelos conquistadores. Olhai com bondade para todos os homens que andam como ovelhas sem um pastor que os ame, os procure e os salve.

Será que foram inúteis para nós o vosso sangue e as vossas dores no Calvário? Intercedei por nós para que os injustiçados sejam libertos, os pecadores se convertam, os fracos se fortaleçam, os aflitos sejam confortados. Vós bem sabeis como é o mundo em que vivemos, como são numerosos os inimigos que nos atacam e sabeis também o quanto somos fracos. Olhai com bondade para nós e caminhai conosco. Amém.”

Portal Cruz da Terra Santa

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Vaticano questiona medidas contra a liberdade religiosa devido à pandemia

guadiumpress
Mons. Janus Urbanczyk, observador permanente da Santa Sé junto à OSCE, participou do encontro “Liberdade de Religião ou Credo”, organizado pela OSCE em Viena, nos dias 9 e 10 de novembro passados.

Redação (18/11/2020 11:43Gaudium Press) Mons. Janus Urbanczyk, observador permanente da Santa Sé junto à Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa – OSCE, participou do encontro “Liberdade de Religião ou Credo”, organizado pela OSCE em Viena, nos dias 9 e 10 de novembro passados.

O prelado polonês fez sérias advertências, particularmente aos legisladores, sobre as consequências que as medidas restritivas, implantadas devido à pandemia, criam nas comunidades de fé. A fé, em tempos de crise, oferece “apoio moral” e leva “mensagens de solidariedade e de esperança”.

“As diferentes medidas impostas pelos Estados para combater a pandemia da COVID-19 têm tido consequências profundas na liberdade de manifestar a própria religião ou crença e têm limitado as atividades religiosas, educacionais e caritativas das comunidades religiosas”, declarou.

Depois de insistir que os Estados devem respeitar a autonomia das comunidades religiosas, Mons. Urbanczyk falou contra certas leis que buscam limitar o direito de contratar ou demitir pessoas de acordo com as opiniões e interesses dessas comunidades; posicionou-se contra a tendência de ter “atitudes negativas em relação às religiões e aos crentes, e a querer relegar as religões à esfera individual, despojando-as de seu papel legítimo na arena pública”.

Condenou também o que chamou de “disseminação do desprezo” para com as comunidades religiosas, incluindo conteúdos de “incitação ao ódio”, “promoção da irreverência” ou de “representações provocatórias” de símbolos religiosos.

A liberdade religiosa deve ser protegida

Os Estados não devem arrogar para si “o direito de interferir – sob o pretexto de consulta – na liberdade das comunidades religiosas”, afirmou também o prelado.

“Um dos principais desafios enfrentados hoje em dia por aqueles que defendem a liberdade de religião ou credo é convencer as pessoas de que, numa era secular, a liberdade religiosa é um direito importante que merece ser protegido.”

Com informações da Vatican News

https://gaudiumpress.org/

Qual é o dia certo para montar a árvore de Natal?

Amino Apps
por Prof. Felipe Aquino

Segundo o Padre Gustavo Haas, ex-assessor de liturgia da CNBB, a árvore de natal, que simboliza a vida, deve ser montada no primeiro domingo do Advento, que marca o começo deste tempo litúrgico.

O ideal é montar a árvore e colocar os enfeites e adereços aos poucos, durante as quatro semanas do advento, pois para nós católicos, este gesto nos faz recordar que estamos num tempo de preparação, ou seja, preparando a nossa vida para o nascimento de Jesus.

Ao ser entrevistado sobre o assunto, Pe. Haas, ainda afirmou que a preparação da árvore deve ser intensificada durante a última semana que antecede o Natal: “Até o Segundo Domingo do Tempo do Advento, tudo ainda é muito sóbrio, mesmo nas leituras feitas nas missas do advento. É só a partir do Terceiro Domingo do Tempo do Advento que a Bíblia começa a falar do nascimento de Jesus, e se inicia um momento de maior expectativa. Esse é o momento, portanto, de intensificar a decoração da árvore”.

A decoração natalina deve ser desmontada no Dia de Reis, em 6 de janeiro.

Fonte: http://www.catequisar.com.br/texto/materia/celebracoes/natal/23.htm

A primeira Árvore de Natal

A época natalina sempre desponta com uma euforia de cores e alegria. As casas e ruas engalanam-se para celebrar o maior acontecimento da humanidade: o nascimento do Salvador. São cantadas sublimes e harmoniosas canções para embalar o Menino Deus. Os abetos -semelhantes aos pinheiros-, sempre verdes, são enfeitados com belos e vistosos adornos, com luzes, com chocolates, com doces…

Quem, em sua infância não se alegrou montando uma árvore de Natal em casa? Contudo, muitos ainda se perguntarão: quem teve a ideia de decorar a primeira árvore na véspera de Natal?

Vamos recordar a história da origem lendária deste bonito costume da época de Natal.

* * *

Era noite. A natureza dormia sob um manto branco, suave e frio nas longínquas terras do Oriente. As estrelas cintilavam nas alturas e a lua parecia competir em brancura e brilho com a neve. As árvores, despojadas de folhas e flores, com suas lágrimas congeladas pendiam dos ramos, parecendo diamantes reluzentes à luz clara da lua.

Contudo, uma árvore se conservava verde e exuberante: era o abeto que, apesar do gelo e do frio do inverno nunca perdia sua folhagem e parecia reinar naquela solidão.

Mas, tudo dormia? Não. Em uma pobre e fria gruta dos arredores uma jovem virgem, de extraordinária beleza, vigiava junto com seu casto esposo. Em poucos minutos seria Mãe.

À meia noite. De forma milagrosa –porque não era um menino qualquer– nascia o Bebê. Era ao mesmo tempo Deus e homem, criatura frágil e terna, porém era o Ser eterno e todo-poderoso, o Salvador da humanidade prometido aos profetas e anunciado por eles: Jesus, o Filho de Deus e de Maria!

Uma melodia linda e desconhecida
Num instante o céu se enche de luzes, cores e sons extraordinários. E aparece uma multidão de anjos que anunciam o nascimento do Redentor cantando: “Gloria a Deus nas alturas e paz na Terra aos homens de boa vontade”.

A natureza, até agora seca e congelada, de repente, começou a tomar vigor como se fosse primavera.

As árvores renovavam suas folhas e suas flores, ficando mais bonitas que antes. Todo se tornava colorido e perfumado. Os mais variados animais, pequenos e grandes, saíram de seus refúgios para brincar alegremente na neve, coberta já de vida. Os pássaros abandonaram seus ninhos para cantar as mais belas e harmonias a seu Criador feito homem.

Também entre as árvores a alegria era generalizada pois, todos queriam louvar este maravilhoso nascimento e todos tinham algo a oferecer ao Menino Deus que acabava de nascer.

Só uma entre as árvores estava triste e cabisbaixa: o abeto. Era o único que permanecia verde em meio ao inverno. Contudo, agora, é o único que não tinha flores, nem frutos para oferecer a Jesus.

Seus ramos estavam cobertos de folhas, é verdade, porém, espetavam e pareciam espinhos, e não lhe permitiam aproximar-se do recém nascido, pois, feriria sua suave e delicada pele.

As demais árvores se compadeciam de sua desventura, porém não podiam fazer nada. E o abeto gemia em voz baixa, sem que houvesse ninguém a quem recorrer…

Será verdade que não havia ninguém para remediar sua tristeza?

As estrela, lá do alto, resplandeciam com mais fulgor e desta maneira também louvavam o Menino Jesus. E, ao iluminá-lo todo, deram-se conta de que na Terra havia alguém que não participava da mesma felicidade de todos. Era o pobre abeto que se sentia inútil e envergonhado.

Então, elas se olharam umas as outras com pena e a maior e mais brilhante propôs:

–Vamos a ajudar-lo? Temos tanta luz e somos tantos que bem poderíamos emprestar-lhe um pouco de nossa luminosidade. Deste modo ele teria algo que oferecer ao Menino Deus.

Todas aceitaram a proposta e, com a rapidez do relâmpago, se lançaram sobre o abeto, que ficou assustadíssimo, pensando que se incendiaria. Porém, o susto passou em seguida e, num instante, se viu todo coberto de brilhantes estrelas de todas as cores.

Que alegria! Agora sim que era digno de apresentar-se diante do Divino Infante para louvá-lo.

Ao vê-lo, o Menino Jesus sorriu de modo encantador e estendeu suas adoráveis mãozinhas para colher aquelas luzes tão cintilantes.

O Abeto não cabia em si de alegria… Por fim, depois de tanta tristeza, tinha um agrado que faria sorrir seu Criador.
Desde então, em todos os aniversários do Menino Jesus, as estrelas, sem faltar uma só vez, se desprendiam do firmamento para pousar nos ramos de todos os abetos da Terra e se entregavam, estrelas e abetos, como presente ao Menino Deus.

Quando Jesus subiu aos Céus, as estrelas já não baixavam mais à Terra para adornar os abetos. Então subiam mais alto ainda do que estavam para ficar mais próximo do Deus Humanado e, de alguma forma, embelezar ainda mais aquela festa eterna.

Contudo, na Terra, para recordar esse prodígio um dia acontecido, os meninos começaram a decorar os abetos no tempo de Natal com bolinhas coloridas, estrelas reluzentes e todo tipo de adornos e guloseimas, como oferenda de seus inocentes corações para alegrar o coração do pequeno Salvador.

***

Neste Natal, saibamos nós também oferecer o que tenhamos de melhor a esse Deus feito Menino para que nos abra as portas do Paraíso perdido pelo pecado, a espera do momento em que possamos participar com Ele, sua Santíssima Mãe e São José, do grande banquete da vida celestial.

Por Irmã Tammie Laura Bonyun, EP

https://cleofas.com.br/

Coisas nunca vistas

Museu do Dinheiro de Lisboa | rainews
17 novembro 2020

É inovadora e emotiva a forma como a diplomacia portuguesa se afirma junto da Roma papal no reinado de D. Manuel I, o monarca das grandes descobertas. E, se quisermos, funciona também como uma curiosa parábola de Portugal e do seu destino no concerto das nações. Ora vejamos. O rei D. Manuel I reinou entre outubro de 1495 e dezembro de 1521. No arco do período histórico que ele tutelou, Vasco da Gama chegou por mar à Índia (1498); Pedro Álvares Cabral aportou ao Brasil (1500); foi assegurado o controle das rotas comerciais do Oceano Índico e do Golfo Pérsico; estabeleceram-se entrepostos fundamentais como Malaca, Goa e Ormuz; e, por exemplo, o icónico e monumental Mosteiro dos Jerónimos seria construído em Lisboa. D. Manuel i arquitetou duas grandiosas embaixadas a Roma, carregadas é claro de ambição política pois tratava-se, afinal, de obter do Papa o apoio para um emergente império, mas também altamente inovadoras do ponto de vista cultural. A diplomacia tornava-se o teatro para exibir o exotismo e a originalidade dos mundos novos que, com as navegações, eram oferecidos ao velho espaço europeu. E Portugal assumia-se assim, mesmo se mais ou menos consciente de todas as implicações que isso representava, como um decisivo laboratório da modernidade.

Na embaixada de 1514, liderada por um robusto triunvirato político constituído pelo navegador Tristão da Cunha e pelos diplomatas Diogo Pacheco e João de Faria, o elemento que mais se destacou, no faustoso cortejo das oferendas reais ao pontífice, foi um elefante, que enlouqueceu de contentamento a Roma popular, que fascinou artistas e cortesãos e impressionou pessoalmente o Papa Leão X. Como escreveria mais tarde o próprio monarca português «eram coisas tão novas, nestas partes nunca vistas e que praticamente não se encontravam nos livros». Não admira que o Papa Leão x tenha decidido entregar a prestigiosa Rosa de Ouro nesse ano ao rei de Portugal. De facto, era daí que parecia chegar o futuro.

A segunda embaixada de D. Manuel I ao papa aconteceria pouco depois, em 1516, e o rei intentou repetir o mesmo efeito de surpresa, fazendo chegar, desta vez, um rinoceronte. O trunfo que Portugal jogava não seriam os animais em si, mas sim o poder documentar fortemente a nova realidade de um mundo global.

Ora, esta diplomacia-espetáculo tinha raízes mais fundas do que se poderia supor. Quando se entra na Biblioteca Apostólica Vaticana, que é a Biblioteca dos Papas, a presença de Portugal é atestada por uma profusão bibliográfica e documental que começaria por espantar os próprios portugueses: são textos inovadores no campo das ciências; extraordinários volumes sobre técnicas de navegação; requintados tratados de matemática, de astronomia ou de medicina; dicionários de novas línguas, acompanhados por atlas e relatos etnográficos; moedas e medalhas preciosíssimas; tesouros de espiritualidade e mística; ou incalculáveis monumentos literários como é, por exemplo, o Cancioneiro da lírica trovadoresca galaico-portuguesa que a Vaticana conserva. As  «coisas nunca vistas» e que até então «não se encontravam nos livros», os cientistas e homens de cultura portugueses escreviam-nas agora em volumes que chegavam à Santa Sé e que esta amigavelmente guardava. Pois o que é uma Biblioteca senão um polifónico repositório para a amizade?

Não há dúvida que a história das relações históricas de Portugal e da Santa Sé, mesmo na complexidade de algumas estações históricas, deve ser descrita como uma história de profunda amizade. E o importante espólio da Biblioteca Apostólica, de que a secção numismática faz parte, confirma-o amplamente. Sobre a amizade, recorda-nos o Papa Francisco: «A amizade não é uma relação fugaz e passageira, mas estável, firme, fiel, que amadurece com o passar do tempo. É uma relação de afeto que nos faz sentir unidos» (Christus vivit, 152).

José Tolentino de Mendonça
Cardeal arquivista e bibliotecário da Santa Igreja Romana

L'Osservatore Romano

Economia de Francisco: congresso do Papa por mudança global começa amanhã

AP/Associated Press/East News
por Francisco Vêneto

Mais de 3.000 jovens de 120 países dos 5 continentes se inscreveram no evento, que vai de 19 a 22 de novembro, online.

Economia de Francisco: o congresso do Papa em prol de uma mudança global na economia começa nesta quinta-feira, 19 de novembro, e vai durar 3 dias de palestras e debates com jovens economistas e empresários.

De acordo com as várias matérias veiculadas sobre o encontro pelo Vatican News, agência oficial de notícias do Vaticano, o assunto geral da iniciativa é “uma nova maneira de entender a economia de acordo com o espírito de São Francisco de Assis e da encíclica Laudato si’“. O objetivo é “criar um movimento de jovens economistas para traduzir na vida cotidiana a encíclica Fratelli tutti“.

O evento internacional, portanto, abordará temas como trabalho, finanças, educação e inteligência artificial, dado o impacto desta última na reorganização da economia e do emprego. Por causa da pandemia de covid-19, o evento será online e ao vivo.

Além da participação “virtual” do Papa Francisco, o evento contará com palestrantes como Muhammad Yunus, economista e Prêmio Nobel da Paz 2006, Vabdana Shiva, do Fórum Internacional sobre Globalização, e Stefano Zamagni, presidente da Pontifícia Academia de Ciências Sociais.

Economia de Francisco: o que é isso

A proposta do Papa é que os participantes reflitam juntos para concretizar uma aliança entre gerações, a fim de mudar a economia atual e a “dar uma alma à economia do amanhã”, para que ela seja mais justa, inclusiva e sustentável.

Francisco vem enfatizando que “tudo está intimamente ligado” e, portanto, os cuidados ambientais não podem ficar de fora da solução dos problemas estruturais da economia mundial. Neste sentido, o Papa ressalta a necessidade de corrigir os aspectos da política e da economia que não respeitam o homem, o meio ambiente e a dignidade da pessoa.

Na carta aos jovens economistas e empreendedores para convidá-los ao congresso “Economia de Francisco”, o Papa indica as diretrizes gerais desse novo modelo econômico: “uma economia diferente, que faça as pessoas viverem e não mate, inclua e não exclua, humanize e não desumanize, cuide da criação e não a deprede“.

Esse novo modelo econômico será “fruto de uma cultura de comunhão, baseada na fraternidade e na equidade“.

E é para tirar esse modelo do papel que o Papa convidou os jovens a participarem da iniciativa.

A resposta dos jovens ao convite do Papa

Mais de 3.000 jovens de 120 países dos 5 continentes se inscreveram no evento.

Eles são ligados ao mundo da economia, da gestão, das finanças, da tecnologia, da inteligência artificial, do investimento em iniciativas inovadoras, da educação, da filosofia, da sociologia, da teologia, da proteção ambiental, dos recursos naturais, do consumo responsável, da ação contra a pobreza e do ativismo pela dignidade humana.

Ao Vatican News, o pesquisador Domenico Rossignoli, da Universidade Católica do Sagrado Coração de Milão, declarou:

“Devemos ter a coragem de redescobrir a essência mais importante da economia: a de nos dizer como viver juntos, todos nós, da melhor maneira possível. E fazer desta economia algo que nos impulsione a construir um mundo onde os recursos possam ser utilizados para o bem de todos e não apenas de alguns”.

 Aleteia

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF