Translate

sábado, 21 de novembro de 2020

Catolicismo Primitivo (Parte 2/4) – A Didaqué

Veritatis Splendor

“Didaqué” é uma palavra grega que significa “ensinamento”. Daí que o título completo da obra seja “A instrução do Senhor aos gentios através dos Doze Apóstolos” ou, de uma forma mais resumida, “Instruções dos Apóstolos”. É considerada como um dos documentos mais importantes da Igreja primitiva, pertencente ao grupo de escritos dos Padres Apostólicos[1]. Ainda que a data da sua composição não seja conhecida com exatidão, alguns autores opinam que foi escrita, aproximadamente, entre os anos 50 a 70, enquanto que outros a situam entre inícios e meados do século II.

O Batismo

Na Didaqué se encontra informação de valioso interesse apologético, porque são descritas as práticas católicas de batizar, tanto por imersão[2] quanto por infusão[3]:

  • “Sobre o batismo, batiza desta maneira: ditas com anterioridade todas estas coisas, batiza em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo em água viva [corrente]. Se não tens água viva, batiza com outra água; se não podes fazê-lo com água fria, faz com quente. Se não tiveres uma nem outra, derrama água na cabeça três vezes, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Antes do batismo, jejuem o batizante e o batizando, e alguns outros que o possam. Ao batizando, contudo, lhe mandarás jejuar um ou dois dias antes” (Didaqué 7,1-4).

Isto é relevante porque algumas denominações protestantes têm entendido que só é válido o batismo por imersão. Argumentam que a palavra “batismo” é uma romanização (“bapto” ou “baptizo”), cujo significado é “lavar” ou “submergir”, implicando que a forma de batizar deve ser dessa maneira. É por isso que se costuma aplicar o batismo por imersão em comunidades eclesiais protestantes, como as batistas e evangélicas, além de algumas seitas como A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias [mórmons] e os Testemunhas de Jeová. No entanto, o texto da Didaqué demonstra que para os primeiros cristãos o significado da palavra não estabelecia uma maneira fixa para a administração do sacramento, e que este poderia variar de acordo com as circunstâncias[4].

O texto da Didaqué também lança muita luz sobre a antiga polêmica relacionada à fórmula batismal, sobre se na Igreja primitiva se batizava somente em nome de Jesus, como menciona Atos 2,38; 8,16; 10,48; 19,5, ou em nome da Trindade, como Jesus ordena em Mateus 28,19. Isto, porque a Didaqué também faz referência ao batismo “em nome do Senhor” (Didaqué 9), porém, quando indica as palavras a serem empregadas no momento de batizar, diz que deve-se fazer “em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”:

  • “Que ninguém coma nem beba de vossa ação de graças, senão os batizados em nome do Senhor…” (Didaqué 9).
  • “…batizai em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Didaqué 7).

Isto apoia a tese de que, efetivamente, quando na Escritura se faz referência ao batismo “em nome de Jesus”, o que se fazia era uma referência de forma abreviada ao batismo “em nome da Trindade”, diferenciando-o assim de outros batismos como o de João Batista. [Ademais, a presença da fórmula na Didaqué] também descarta a tese de que a fórmula trinitária foi uma interpolação tardia, originada no século IV, tal como supõem algumas seitas que rejeitam a doutrina da Trindade[5].

A forma de orar

No que diz respeito à forma de orar, a Didaqué apresenta instruções muito interessantes de ordem apologética em face às críticas do Protestantismo em relação às “orações pré-fabricadas” católicas. Isto porque ainda que o Protestantismo enxergue tradicionalmente neste tipo de oração uma forma de “oração vã”, [a Didaqué] precisamente ensina aqui a recitar o “Pai Nosso” – certamente uma “oração pré-fabricada” – em contraposição à oração dos hipócritas[6]:

  • “Tampouco oreis à maneira dos hipócritas; ao contrário, tal como o Senhor ordenou em seu Evangelho, assim orareis: ‘Pai nosso celeste, santificado seja teu nome, venha teu reino, faça-se tua vontade assim no céu como na terra. O pão nosso de nossa subsistência dai-nos hoje e perdoa-nos nossa dívida, assim como também perdoamos a nossos devedores, e não nos leves à tentação, mas livra-nos do mal. Porque teu é o poder e a glória pelos séculos’. Assim orareis três vezes ao dia” (Didaqué 8,2-3).

A celebração da Eucaristia

Ainda que na Didaqué não encontremos um testemunho explícito a favor da presença real de Cristo na Eucaristia – doutrina católica rejeitada quase que unanimemente pelo Protestantismo – encontramos, porém, um texto que a insinua implicitamente, ao exigir que só possam se aproximar dela os batizados, por ser um alimento sagrado:

  • “No tocante à ação de graças, dareis graças desta maneira. Primeiramente, sobre o cálice: ‘Te damos graças, Pai nosso, pela santa vinha de Davi, teu servo, que nos deste a conhecer por meio de Jesus, teu servo. A ti seja a glória pelos séculos’. Depois, sobre o fragmento: ‘Te damos graças, Pai nosso, pela vida e o conhecimento que nos manifestaste por meio de Jesus, teu servo. A ti seja a glória pelos séculos. Como este fragmento estava disperso sobre os montes e, reunido, se fez um, assim seja reunida tua Igreja dos confins da terra em teu Reino. Porque tua é a glória e o poder, por Jesus Cristo, eternamente’. Que ninguém, contudo, coma nem beba da vossa ação de graças senão os batizados no nome do Senhor, pois acerca disso disse o Senhor: ‘Não deis o sagrado aos cães’” (Didaqué 9,1-4).

Muitas denominações cristãs não-católicas, seguindo a Reforma Protestante, têm rejeitado também o caráter sacrificial da Eucaristia, ao ler em Hebreus 9,28 que “Cristo foi oferecido em sacrifício uma só vez, para quitar os pecados de muitos”; por isso, para eles a Missa católica é uma abominação[7]. Na Didaqué, pelo contrário, vemos que os primeiros cristãos enxergavam a Eucaristia como o sacrifício puro e perfeito profetizado pelo profeta Malaquias: “Pois desde o nascer do sol até o poente, grande é meu nome entre as nações e em todo lugar se oferece a meu nome um sacrifício de incenso e uma oblação pura” (Malaquias 1,11).

  • “Reunidos a cada dia do Senhor, fracionai o pão e dai graças, …porque este é o sacrifício de que disse o Senhor: ‘Em todo lugar e a todo tempo se me oferece um sacrifício puro, porque eu sou Rei grande – diz o Senhor – e meu nome é admirável entre as nações” (Didaqué 14,1-3).

Cabe ressaltar que a doutrina católica não ensina que Cristo se “ressacrifica” a cada Missa, como assumem muitos protestantes de forma equivocada. O que [a Igreja] ensina é que o único sacrifício de Cristo é apresentado a Deus Pai em cada Eucaristia e, por isso, no Catecismo oficial da Igreja Católica se ensina que “atualiza o único sacrifício de Cristo Salvador” (CIC 1330) e não que “o repete”.

Confissão dos pecados

Em contraposição à prática comum do Protestantismo, onde a pessoa se confessa diretamente com Deus, na Didaqué encontramos um testemunho inicial da disciplina penitencial da Igreja primitiva, que no princípio implicava uma confissão pública dos pecados diante dos presbíteros e da comunidade, tal como se menciona na Sagrada Escritura (Atos 19,18; Tiago 5,16) e cuja forma se desenvolveu paulatinamente até a confissão auricular que conhecemos hoje em dia[8]:

  • “Reunidos a cada dia do Senhor, fracionai o pão e dai graças, depois de haver confessado vossos pecados, a fim de que o vosso sacrifício seja puro” (Didaqué 14,1).

A esmola

Encontra-se também uma breve menção à esmola como obra piedosa ordenada pelo Evangelho.

  • “No tocante às vossas orações, esmolas e todas as demais ações, as fareis conforme o tens ordenado no Evangelho de Nosso Senhor” (Didaqué 15,4).

Agora, esta esmola se referiria também à contribuição voluntária dos fiéis para o sustento da Igreja e a ajuda dos mais necessitados, mencionada em Romanos 15,26-28; 1Coríntios 16,1; 2Coríntios 8,10? Ainda que o texto não o indique, isto é bastante provável. O que parece ser seguro, também, é a ausência total da prática do dízimo, tal como foi adotada pelo Protestantismo e que é derivada da Lei Mosaica prescrita no Antigo Testamento. A norma cristã refletida na Didaqué é, pelo contrário, a própria norma evangélica onde cada fiel deve contribuir não com exatos 10%, mas “segundo o ditame do seu coração; não de má vontade nem forçado, pois: ‘Deus ama a quem dá com alegria’” (2Coríntios 9,7).

A segunda vinda de Cristo

Conforme se observa na Didaqué, os cristãos da Igreja primitiva pensavam que não era possível prever o momento da segunda vinda de Cristo, tentação esta em que têm caído uma e outra vez numerosas seitas (Adventistas, Testemunhas de Jeová, Crescendo em Graça, etc.). Ao contrário, para os primeiros cristãos, era preciso estar preparado porque ao não saberem nem o dia e nem a hora, o mais prudente era evitar que fossem pegos desprevenidos:

  • “Vigiai sobre vossa vida; não se apaguem vossas lanternas, nem descarregai vossos lombos, mas estai preparados, porque não sabeis a hora em que vosso Senhor virá” (Didaqué 16,1-2).

Justificação e Salvação

Quanto à doutrina da justificação, a Didaqué, embora um texto cristão tão breve e antigo, contribui ricamente nesta doutrina. Rejeita, por um lado, e com antecipação, o Pelagianismo, heresia que surgiu formalmente no século V, onde o homem se justifica por seus próprios méritos e não pela graça de Deus mediante a fé:

  • “Logo, tampoco nós, que fomos por Sua vontade chamados em Jesus Cristo, nos justificamos por nossos próprios méritos, nem por nossa sabedoria, inteligência e piedade, ou pelas obras que fazemos em santidade de coração, mas pela fé, pela qual o Deus onipotente justificou a todos desde o princípio” (Didaqué 32,4).

Porém, ao mesmo tempo, rejeita antecipadamente a heresia adotada por Lutero e o Protestantismo, onde só a fé basta para salvar-se (“Sola Fides”) mesmo que não esteja acompanhada da obediência aos mandamentos e uma vida conforme à vontade de Deus. Rejeita, ainda, a ideia de que a salvação não pode ser perdida (doutrina protestante que afirma: “uma vez salvo, sempre salvo”), assinalando que de nada serve ter tido fé durante muito tempo se a morte não surpreender o fiel na graça de Deus[9]:

  • “Reuni-vos com frequencia, inquirindo o que convém a vossas almas. Porque de nada vos servirá todo o tempo de vossa fé se não estiverdes perfeitos no último momento” (Didaqué 16,2-3).

Você pode ler uma tradução católica (em espanhol) da Didaqué nesta url:

Também pode ler a tradução protestante (em espanhol) nesta outra:

—–
NOTAS:
[1] São conhecidos como Padres Apostólicos aqueles autores do Cristianismo primitivo que tiveram algum contato com um ou mais Apóstolos. São um subconjunto dentro dos Padres da Igreja, que se compõe de escritores do primeiro século e inícios do segundo, cujos escritos têm uma profunda importância para o conhecimento da Fé Cristã primitiva. Caracterizam-se por ser textos descritivos ou normativos, que tratam de explicar a natureza da novidade da doutrina cristã.
[2] O batismo por imersão realiza-se mergulhando totalmente a batizando na água.
[3] O batismo por infusão realiza-se derramando água sobre a cabeça [do batizando].
[4] Da mesma maneira que a Sagrada Escritura observa que a forma de batizar nem sempre pode ser por imersão. A este respeito pode-se mencionar o fato de que São Paulo parece ter sido batizado em uma casa e de pé. Atos 22,16 narra um batismo em Jerusalém, de 3000 pessoas em um mesmo dia e, visto que se trata de uma cidade que não possui nenhum rio, faz-se difícil crer que essa quantidade de pessoas foi mergulhada em algum tanque ou poço de água potável.
[5] Os que argumentam que a fórmula batismal em nome das Três Divinas Pessoas, mencionada em Mateus 28,19, é uma interpolação tardia, buscam apoio nos escritos de Eusébio de Cesareia, historiador da Igreja do século IV, fazendo observar que antes do Concílio de Niceia (ano 325) Eusébio citava Mateus 28,19 escrevendo: “Fazei discípulos a todas as gentes, bautizando-os em meu nome”, e só posteriormente começou a citar o texto como o conhecemos hoje. Isto, no entanto, mais que provar que na Antiguidade se constumava citar a Escritura de forma não-textual, não tem força em relação à evidência documental, já que na totalidade de manuscritos bíblicos existentes (incluindo os mais antigos) lê-se a fórmula completa: “…batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (quanto a isto, leia: “Batismo só em nome de Jesus?”).
[6] No Catolicismo não se crê que uma oração seja vã por ser “pré-fabricada”. Crê-se que quando Jesus adverte que ao orar não se deve “falar muito como os gentios, que se caracterizam por crerem que pelo palavrório serão ouvidos” (Mateus 6,7) não está criticando a repetição em si mesma, já que o próprio Jesus chegou a empregar repetições (Mateus 26,43-44) e as encontramos frequentemente em orações da Sagrada Escritura (Isaías 6,2-3; Daniel 3,52-57Salmo 136; 150; Apocalipse 4,8; etc.); nem está criticando a oração longa, da qual o próprio Senhor deu exemplo no Getsemani (Mateus 26,39.42.44), permanecendo a noite inteira em oração. Crê-se, ao contrário, que a crítica se refira à forma de orar dos pagãos, que enxergavam a oração como uma espécie de fórmula mágica que, sendo repetida mecânicamente, alcançavam seus objetivos; era o que faziam, por exemplo, os sacerdotes de Baal no Antigo Testamento, com práticas intermináveis na oração (1Reis 18,26) (quanto a isto, consulte o meu livro “Conversas com meus Amigos Evangélicos”, Createspace, 2014, 1ª Edição, p. 170).
[7] Por otro lado, se se lê a Epístola aos Hebreus no seu contexto (capítulos 9 e 10), observa-se que o seu propósito não era rejeitar o caráter sacrificial da Eucaristia, mas admoestar aqueles cristãos, que estranhavam os sacrifícios rituais da Antiga Aliança, a não cair neles e judaizar. O cristão não tem necessidade dos ditos sacrificios, que não eram mais que uma prefiguração do sacrifício Eucarístico.
[8] Ainda que a confissão auricular pôde desenvolver-se em sua forma exterior através do tempo, sua essência, que reside no fato reconhecido da reconciliação do pecador por meio da autoridade da Igreja, se depreende do poder que Cristo outorgou a seus Apóstolos quando lhes disse: “a quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem os retiverdes, eles lhes serão retidos” (João 20,23).
[9] Para mais detalhes a respeito da doutrina católica sobre a justificação, consulte os meus livros “Conversas com meus Amigos Evangélicos”, Createspace, 2014, 1ª Edição, p. 52s) e “Compêndio de Apologética Católica”, Creatspace, 2014, 2ª Edição, p. 205.

Portal Veritatis Splendor

São Gelásio I, papa

ArqSP

Nascido em Roma, Gelásio era de origem africana, culto, inteligente e dotado de personalidade forte. Cristão fervoroso, era conselheiro do papa Félix III, que vinha tentando conciliar as igrejas do Ocidente e do Oriente. Em 492, com a morte do papa, ele foi eleito sucessor para dar continuidade a essa política, o que não conseguiu por causa da oposição do imperador Anastácio I.

Papa Gelásio I muito fez para a manutenção da doutrina recebida dos apóstolos, combatendo e tentando eliminar as heresias dos sacerdotes Mane e Pelágio. Foi o primeiro pontífice a expressar a máxima autoridade do bispo de Roma sobre toda a Igreja. Deixou isso claro em uma carta escrita por ele a Anastácio I, na qual se faz uma nítida distinção entre poder político e poder religioso.

Também desenvolveu um grande trabalho de renovação litúrgica. Organizou e presidiu o sínodo de 494, no qual saiu aprovada a grande renovação litúrgica da Igreja. Assim, ele instituiu o Sacramentário Gelasiano, para uniformizar as funções e ritos das várias igrejas. Trata-se do decreto que, levando o seu nome, contém cerca de cinqüenta prefácios litúrgicos, uma coletânea de orações para recitar durante a missa. Atualmente, esse e os outros decretos que assinou fazem parte do acervo do Museu Britânico.

Papa Gelásio I viveu em oração e insistia que seus clérigos fizessem o mesmo. Segundo Dionísio, o Pequeno, ele procurou mais servir do que dominar e morreu pobre, depois de enriquecer os necessitados. Por sua caridade, foi chamado "papa dos pobres". Morreu em 21 de novembro de 496, em Roma.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

Arquidiocese de São Paulo

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

O SENHORIO DE JESUS EUCARÍSTICO

psaojose

Temos que percorrer um caminho pessoal de aprofundamento, de redescoberta, de total zelo e sintonia com o senhorio de Jesus Eucarístico em nossas almas. Temos que aprender a professar, de joelhos diante do Tabernáculo, que “nosso Deus é o Deus que permanece para sempre, Seu Reino não será destruído e Seu poder durará eternamente; Ele é o Libertador e o Salvador, que opera sinais e maravilhas no céu e na terra”. (Dn 6, 27b-28). Temos que reconhecer que, na Eucaristia, Cristo manifesta a Sua singular realeza, pois, neste Sublime Sacramento, a glória e a realeza divinas já estão presentes, mesmo que escondidas sob os sinais do pão e do vinho.

Na Eucaristia, nosso Senhor Jesus Cristo, Verbo encarnado, morto e ressuscitado em prol de nossa salvação, é o Rei por excelência, o Rei do universo, das nossas vidas e de toda a nossa existência. Como não sentir uma profunda alegria por sermos chamados a contemplar e adorar o esplendor desta verdade de fé? Como não testemunhar ao mesmo tempo um incontido entusiasmo por poder servir ao Cristo Eucarístico, de anunciar com palavras e com a vida o Seu senhorio? É esta, de modo singular, a nossa missão: bradar ao mundo a sublimidade e a riqueza da Eucaristia, esperança para todos e cada um de nós. Unidos ao Cristo Eucarístico, nós temos não só o direito e o dever, mas acima de tudo, a honra, o privilégio, a graça e a satisfação de confessar sem reservas o Seu excelso senhorio sobre todos os seres humanos, sobre toda a criação e sobre todas as coisas, que pode e deve ser chamado, sem sombra de dúvida, de realeza.

Temos que ofertar a Jesus Eucarístico, nosso Rei e Senhor, o nosso amor sempre renovado, purificado e apaixonado. Ele é a maior inspiração de nossas almas; consequentemente, “na liberdade de filhos de Deus, aqueles que são alimentados pelo Pão da Unidade assumem o compromisso de abraçar as fraturas presentes na realidade atual, certos de que a força do amor de Deus neles presente pode renovar essa mesma realidade, segundo o desígnio e o poder divinos”. (Texto-base do XVI CEN).

Impulsionados pelo Cristo Eucarístico, todo aquele que recebe a Sagrada Comunhão se predispõe a servir à Igreja com humildade, zelo e santidade e se predispõe também a trabalhar com afinco na obra da unidade dos cristãos e na obra de evangelização e promoção humana, para que Cristo Eucarístico seja sempre reconhecido e adorado como o Senhor Absoluto de toda a criação. Onde há fraturas, conflitos e divisões, está faltando, certamente, uma maior participação na recepção do Corpo dado e do Sangue derramado. Todo aquele que possui uma alma eucarística pode oferecer uma grande contribuição para a vivência da justiça, do serviço, da paz, da solidariedade e da caridade. Na construção da unidade, como súditos de Cristo Eucarístico, bradamos: “Que venha a nós o Vosso Reino Eucarístico, ó Jesus! A impiedade e a ingratidão já reinaram bastante sobre a terra!” (São Pedro Julião Eymard, “Flores da Eucaristia”).

Na Eucaristia, o Sacramento dos Sacramentos, está presente o senhorio da graça e da misericórdia, do perdão e da comunhão. Pela reta participação na Eucaristia, somos chamados a antepor o reino dos céus à fascinação dos bens materiais, do ter e do prazer e de toda expressão do poder terreno. Por amor ao Cristo Eucarístico, não podemos ficar neutros ou indiferentes diante dos ataques à vida, da ruína dos lares e da separação dos cônjuges e do divórcio, pois temos noção de que “as consciências dos que se deixam orientar pela verdade, pela sabedoria divina, são iluminadas, e as dúvidas cedem espaço às certezas. Situações concretas da existência recebem resposta na celebração eucarística, de modo que, pela escuta de Cristo Jesus, os que o celebram e recebem têm a possibilidade de sempre realizar novas opções em favor da vida”. (Texto-base do XVI CEN).

Com o Cristo Eucarístico, na alma e no coração, temos que reinar servindo incondicionalmente a Deus, ao próximo e à Igreja. Por estar a serviço do Cristo Eucarístico, é um grato privilégio poder afirmar que “a Eucaristia é a realeza de Nosso Senhor na alma fiel. O corpo do comungante se torna para Jesus um templo; o coração, um altar; a razão, um trono; a vontade uma serva fiel”. (São Pedro Julião Eymard, “Flores da Eucaristia”).

Quando participamos da Sagrada Comunhão, nós sentimos a necessidade de passarmos pelo mundo fazendo o bem, testemunhando os sinais da misericórdia no cotidiano de nossas vidas. Quando somos alcançados pela graça sobrenatural, que recebemos na Santa Eucaristia, aprendemos a reservar tempos e momentos para a oração silenciosa diante do Sacrário, a fim de que possamos dizer ao Cristo: “Senhor, nosso Deus, Tu és digno de receber a glória, a honra e o poder, porque Tu criaste todas as coisas. Pela Tua vontade é que elas existem e foram criadas!”. (Ap 4, 11).

Por estar a serviço do Cristo Eucarístico, quero convidá-los a salmodiar: “Vinde, adoremos e prostremo-nos por terra, e ajoelhemos ante o Deus que nos criou! Porque Ele é o nosso Deus, nosso Pastor; e nós somos o seu povo e seu rebanho, as ovelhas que conduz com Sua mão”. (Salmo 94). Por estar a serviço do Cristo Eucarístico, eu vos exorto a não esmorecerdes jamais a santidade e o ânimo. Trabalhai com piedade, zelo e amor, para que em nossas Paróquias e Comunidades exista sempre mais um serviço fiel e pontual a Jesus Eucarístico, nosso Rei e Senhor! Levai a todos os ambientes o entusiasmo do vosso amor e da vossa fé eucarística, pois “quem se alimenta de Cristo na Eucaristia não precisa esperar o Além para receber a vida eterna; já a possui na terra, como primícias da plenitude futura, que envolverá o homem na sua totalidade”. (Papa João Paulo II, Ecclesia de Eucharistia, nº 18).

Que a Virgem Maria, a Serva do Senhor, Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento, nos ajude a permanecer no serviço e no amor de Jesus Eucarístico, para que possamos dar abundantes frutos para a glória de Deus Pai e para a salvação do mundo! Assim seja! Amém!

Aloísio Parreiras
(Escritor e membro do Movimento de Emaús)

Arquidiocese de Brasília

Aborto legal na Argentina, "prioridade" presidencial em meio ao pico de covid-19

Wikimedia Commons

As diretrizes ideológicas do atual governo falam mais alto que a realidade sanitária do país.

Aborto legal na Argentina foi uma das bandeiras do presidente Alberto Fernández porque é uma das bandeiras da esquerda em todo o mundo. O país está sofrendo uma das maiores altas do planeta em contaminações e mortes por covid-19, apesar das rígidas restrições às liberdades de movimento impostas pelo governo aos cidadãos argentinos: a quarentena mais longa do mundo nesta pandemia tem se mostrado um fracasso clamoroso. Mesmo diante deste cenário trágico, o aborto continua sendo uma “prioridade” presidencial.

Fernández anunciou neste dia 17 de novembro o envio ao Congresso do seu projeto de legalização do aborto, enfatizando:

“A legalização do aborto salva a vida das mulheres e preserva sua capacidade reprodutiva, muitas vezes afetada por esses abortos inseguros”.

E afirmando como fato algo que é bastante questionado estatisticamente com base na trajetória dos países que legalizaram a prática, Fernández declarou que a legalização “não aumenta o número de abortos nem os promove”

Aborto legal na Argentina: respostas

A Rede Federal de Famílias e a organização Famílias do Mundo Unidas pela Paz (Fampaz) estiveram entre as primeiras entidades a criticar o presidente argentino e a sua “estratégia enganosa”, apresentada “em plena crise sanitária” e “incorporando a pena de morte contra um incapaz de qualquer defesa, o nascituro”.

Em declaração à rede católica de agências de notícias ACI Prensa, a Fampaz recordou que há doenças que causam mais mortes por ano do que o aborto:

“Portanto, não é uma prioridade na saúde pública. Acreditamos, em honra à verdade, que o aborto ‘não está criminalizado’, como se costuma dizer, pois na realidade ele ‘é um crime em si mesmo’. Se algo é feito para que um ser humano pare de se desenvolver, então um ser humano está sendo assassinado. Isto não condiz com a frase ‘interrupção voluntária da gravidez’: é uma morte sem volta. Paralisar voluntariamente o coração de um cidadão é cometer um crime, na Argentina ou em qualquer parte do mundo”.

A Fampaz acrescentou:

“Aborto não é gratuito. Nem para o sistema de saúde, nem para a sociedade, muito menos para quem está envolvido nele. O aborto pode ser apagado da mente, mas nunca do coração”.

Aspectos-chave deixados em segundo plano

A entidade também destaca uma preocupação crucial, relegada pelas ideologias pró-aborto apesar do seu discurso feminista:

“Tudo sempre gira em torno da mulher, não dos estupradores, que são os atores principais, em uma gravidez forçada”.

Equivale a questionar: em vez de legalizar o assassinato de um inocente, quais são as políticas de Estado para coibir de fato os estupros?

A organização evocou, ainda, uma solução muito mais humana:

“É preciso agilizar os trâmites da lei de adoção, que priva do amor de uma família aqueles bebês que não são aceitos por suas mães biológicas, bem como o apoio às casas de acolhimento para mães solteiras que desejam levar adiante a sua gravidez”.

O pe. Máximo Jurcinovich, porta-voz da Conferência Episcopal Argentina (CEA), recordou a recente mensagem dos bispos do país sobre a nova tentativa governamental de aprovar o aborto:

“Para começar, não há lugar para pensar em projetos legislativos que contradigam o discurso de cuidar de todos os argentinos. Além disso, este projeto desencoraja a busca do encontro fraterno e imprescindível entre os argentinos e obscurece seriamente o horizonte proposto pelo Papa Francisco na sua última encíclica, Fratelli Tutti. Não cuidar de todas as vidas seria uma falta gravíssima de um Estado que quer proteger os seus habitantes”.

Aleteia

Aborto: um ataque à vida nascente

Guadium Press

Redação (19/11/2020 17:06Gaudium Press) O aborto está se tornando cada vez mais comum em nossos dias, favorecido pela discrição com que é praticado, pela facilidade de acesso aos medicamentos que o provocam, pela confusão moral em que se encontram as consciências, pelo eufemismo de linguagem que oculta a sua real natureza homicida, pela laicidade das leis, e por diversos outros fatores psicológicos, materiais e sentimentais que se fazem presentes.

A Santa Igreja, longe de fechar seus olhos às dificuldades de seus filhos, aponta a solução para seus problemas, não de acordo com uma concepção otimista da vida, mas sim, de acordo com os ditames da razão e da moral, impressos por Deus nas almas.

Visando apresentar a temática do aborto, voltaremos nossos olhos para os problemas relativos à origem da vida, que podem ser considerados os mais delicados e complicados, pois atacam seres humanos ainda indefesos que dependem totalmente do arbítrio de seus progenitores.

A origem do problema

A origem da vida humana implica uma série de complicações sobre o ponto de vista moral, especialmente nos tempos atuais, em que os homens não respeitam os sagrados valores da família católica, segundo os quais os pais devem estar unidos por um vínculo matrimonial indissolúvel, visando a geração e a educação da prole e a mútua ajuda. Por isso, se multiplicam as dificuldades relativas à origem da vida humana, uma vez que a união entre os pais não é duradoura – para não dizer que se baseia apenas num hedonismo desenfreado – os filhos, que muitas vezes não são considerados como tais, não tem a menor possibilidade de vir à luz.

O ato de união entre o homem e a mulher não pode ser considerado como um meio de obter o prazer sensual, pois implica uma série de responsabilidades, inclusive de ordem humana, que só podem ser cumpridas mediante uma constituição sólida da família. O erro maior está em separar o ato próprio do matrimônio de sua dimensão real; ou seja, a geração de filhos, dentro de um lar, para a constituição de novos filhos de Deus, pelo futuro batismo que hão de receber.

Uma vez que a consideração a respeito do fruto gerado da união entre um homem e uma mulher não tem o mesmo valor que a Igreja sempre ensinou, são praticados atos que impossibilitam, impedem ou interrompem a concepção, muitos dos quais só podem ser efetuados mediante técnicas médico-cirúrgicas, que surgiram nos tempos contemporâneos.

O cerne da questão do aborto

 “Deus não fez a morte, nem se alegra que pereçam os vivos” (Sab. 1, 13). “O primeiro direito de uma pessoa humana é a sua vida. Ela tem outros bens e alguns deles são mais preciosos; mas este — da vida — é fundamental, condição de todos os demais”.[1] Essa é a razão que impede a prática de um homicídio, seja ele contra um homem maduro, uma criança, um ancião, ou um ser humano que está nos seus primeiros dias de vida. Por isso, interromper a origem da vida é atentar contra o bem mais importante de um ser humano, donde advém a gravidade do aborto, especialmente quando ele é praticado por aquela que é chamada a dar a vida a outro ser, e não a tirar a vida fruto de seu ventre.

Assim, o aborto é definido como “a morte deliberada e direta, independentemente da forma como é realizada, de um ser humano na fase inicial da sua existência, que vai da concepção ao nascimento.”[2]

“O aborto como o infanticídio são crimes nefandos”.[3]

Compreender e aceitar que o aborto como um ataque à vida que já está se desenvolvendo no útero materno é fácil, por isso, o cerne do problema está no tempo anterior à implantação que transcorre da fecundidade até a consolidação do embrião no décimo quarto dia de sua existência.

Afirmam os especialistas que essa é a etapa da vida humana que mais corre perigo, e a razão é patente: há opiniões que sustentam que o zigoto ainda não é uma pessoa, e por isso pode ser manipulado e até eliminado, segundo um capricho da vontade humana. Disso decorre que nela se centram problemas tão importantes como a regulação da fecundação humana, a procriação assistida, a clonação humana, o diagnóstico genético pré-implantacional, os bebês-medicamentos, etc.

Alguns chegam a denominar “pré-embrião” o zigoto que foi gerado e ainda não se implantou no útero. Essa teoria se funda em que o zigoto ainda não tem viabilidade de se alimentar, por isso, não é ser humano. Assim, qualquer manipulação desse ser biológico antes da implantação no útero é eticamente admissível, pois não estariam atuando em um ser humano em desenvolvimento, mas no que eles denominam pré-embrião. Entretanto o zigoto tem possibilidade de se alimentar no material contido no citoplasma do óvulo, que naturalmente foi proporcionado pela mãe. Portanto, “a definição legal de pré-embrião não é mais que uma ficção legal, um artifício linguístico, que não tem nenhum fundamento científico”.[4]

O que diz a Igreja?

O que a Igreja define a respeito disso? Pode ser manipulado esse ser gerado e ainda não implantado no útero materno ou isso é também aborto?

O tema do aborto é razão de discussões intermináveis, pois abrange o âmbito da ciência, que está em constante desenvolvimento, apresentando sempre novas descobertas. Porém, no que diz respeito à moral, os princípios são sempre os mesmos e permanentes. O problema está em saber quando se constitui a pessoa humana, mas por se tratar de uma questão filosófica e moral, cabe a Igreja dar essa resposta:

“Não pertence às ciências biológicas dar um juízo decisivo sobre questões propriamente filosóficas e morais, como são a do momento em que se constitui a pessoa humana e a da legitimidade do aborto. Ora, sob o ponto de vista moral, isto é certo mesmo que porventura subsistisse uma dúvida concernente ao facto de o fruto da concepção ser já uma pessoa humana: é objetivamente um pecado grave ousar correr o risco de um homicídio. ‘É já um homem aquele que o virá a ser’”.[5]

“O fruto da geração humana, desde o primeiro momento da sua existência, isto é, a partir da constituição do zigoto, exige o respeito incondicional que é moralmente devido ao ser humano na sua totalidade corporal e espiritual. O ser humano deve ser respeitado e tratado como pessoa desde a sua concepção e, por isso, desde esse mesmo momento devem ser-lhe reconhecidos os direitos da pessoa, entre os quais e antes de tudo, o direito inviolável de cada ser humano inocente à vida.” [6]

Dar nome às coisas

Atualmente, a dicotomia que há entre os conceitos religiosos e civis tende a aumentar a confusão moral nas mentes e a amortecer o impacto que certos atos ilícitos provocariam numa consciência ilustrada.

Tenta-se, muitas vezes, tirar os nomes próprios às coisas para camuflar os sentimentos, e assim abafar as consciências. Mas quem mata é assassino, independentemente da idade ou condição daquele que foi morto. Há uma verdadeira campanha atual em abrandar os termos linguísticos com os quais são denominados esses atos, trocando a palavra aborto por “interrupção da gravidez”, utilizando-se de um termo que se aplica a uma interrupção natural, sem concurso direto da mãe, e por isso não culposa, a fim de amortecer o impacto na consciência moral das pessoas. O mesmo se aplica ao tornar cada vez mais discreto e simples o ato do aborto, pelo uso de pílulas, sem necessidade de intervenção cirúrgica numa clínica especializada.

“Diante de tão grave situação, impõe-se mais que nunca a coragem de olhar frontalmente a verdade e chamar as coisas pelo seu nome, sem ceder a compromissos com o que nos é mais cômodo, nem à tentação de autoengano. A propósito disto, ressoa categórica a censura do Profeta: « Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem, mal, que têm as trevas por luz e a luz por trevas » (Is 5, 20). Precisamente no caso do aborto, verifica-se a difusão de uma terminologia ambígua, como « interrupção da gravidez », que tende a esconder a verdadeira natureza dele e a atenuar a sua gravidade na opinião pública. Talvez este fenômeno linguístico seja já, em si mesmo, sintoma de um mal-estar das consciências.”[7]

Cabe notar que nos tempos atuais, tem-se verdadeira ojeriza ao ato de matar, em função da gravidade de tirar a vida de alguém, mesmo quando seja em legítima defesa; porém se aprova e até se estimula que uma mãe, aquela que gerou um fruto no seu próprio seio, seja a mesma assassina que tire aquela vida inocente[8].

Conclusão

Há uma lei moral impressa indelevelmente na alma de cada homem, mesmo que se procure ocultá-la. Porém, dada a decadência oriunda do pecado original, é difícil e às vezes até heroico ser fiel aos ditames que ela impõe. Toda a sociedade hodierna está voltada para o esquecimento dessa lei e propaga sua extinção. Ademais, a própria constituição humana está cada vez mais frágil, as pessoas se deixam influenciar pelo que a opinião pública pensa, independentemente da sua concordância com a moral.

Entretanto, o maior dom que Deus concedeu ao homem, ao criá-lo por puro amor, foi o dom da vida, por ser ele um reflexo da vida divina. Cabe aos filhos de Deus apreciar esse dom e empregar todo o esforço necessário para defendê-lo, mesmo que custe muito sofrimento.

Assim se exprime a doutrina católica a respeito dos sofrimentos que envolvem a temática do aborto, defendendo sempre os princípios mais fundamentais:

“É verdade que, muitas vezes, a opção de abortar reveste para a mãe um carácter dramático e doloroso: a decisão de se desfazer do fruto concebido não é tomada por razões puramente egoístas ou de comodidade, mas porque se quereriam salvaguardar alguns bens importantes como a própria saúde ou um nível de vida digno para os outros membros da família. Às vezes, temem-se para o nascituro condições de existência tais que levam a pensar que seria melhor para ele não nascer. Mas estas e outras razões semelhantes, por mais graves e dramáticas que sejam, nunca podem justificar a supressão deliberada de um ser humano inocente”.[9]

A Santa Igreja se compadece maternalmente de seus filhos apontando sempre a verdade a respeito do sofrimento: os homens estão aqui de passagem, de maneira que os sofrimentos são verdadeiros auxílios para promover a santificação, burilando a alma de toda malícia, proveniente dos pecados cometidos, e aplainando os caminhos para a vida futura, no Céu. Mesmo o Homem-Deus quis sofrer para deixar o exemplo. Apenas por meio da perfeita aceitação das dificuldades que os homens sofrem nessa vida é que eles podem se assemelhar a Deus, e conquistar o Céu.

Lembremo-nos que nunca alguém é provado acima de suas próprias forças; a medida do sofrimento é própria de cada um. E, ademais, o mesmo Filho de Deus que sofreu por nós, quis nos deixar a sua Mãe, como nossa mãe, a fim de nos socorrer em nossas fraquezas.

Por Odair Ferreira

Bibliografia

CONCÍLIO VATICANO II. Constituição pastoral Gaudium et spes sobre a Igreja no mundo atual. 7 de dezembro de 1965.

CONGREGAÇÃO PARA DOUTRINA DA FÉ. Declaração sobre o aborto provocado: De aborto procurato, 18 de novembro  de 1974.

CONGREGAÇÃO PARA DOUTRINA DA FÉ. Instrução sobre o respeito à vida humana nascente e a dignidade da procriação: Donum vitae, 22 de fevereiro de 1987.

JOÃO PAULO II, Evangelium vitae, 25 de março de 1995.

LUCEA, Justo Asnar (coord). La vida humana naciente. Madrid: BAC, 2007.


[1] Cf. CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ. De Aborto Procurato, 11.

[2] Cf. JOÃO PAULO II. Evangelium vitae, 58.

[3] Cf. CONCÍLIO VATICANO II. Gaudium et Spes, 51.

[4] Cf. LUCEA, Justo Asnar (coord). La vida humana naciente. Madrid: BAC, 2007. p. 29. (Tradução pessoal).

[5] Cf. CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ. De Aborto Procurato, 13.

[6] Cf. CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ. Donum Vitae, I – O respeito aos embriões humanos.

[7] JOÃO PAULO II. Evangelium vitae, 58.

[8] JOÃO PAULO II. Evangelium vitae, 58: “A gravidade moral do aborto provocado aparece em toda a sua verdade, quando se reconhece que se trata de um homicídio e, particularmente, quando se consideram as circunstâncias específicas que o qualificam. A pessoa eliminada é um ser humano que começa a desabrochar para a vida, isto é, o que de mais inocente, em absoluto, se possa imaginar: nunca poderia ser considerado um agressor, menos ainda um injusto agressor! É frágil, inerme, e numa medida tal que o deixa privado inclusive daquela forma mínima de defesa constituída pela força suplicante dos gemidos e do choro do recém-nascido. Está totalmente entregue à proteção e aos cuidados daquela que o traz no seio. E todavia, às vezes, é precisamente ela, a mãe, quem decide e pede a sua eliminação, ou até a provoca.”

[9] Cf. JOÃO PAULO II. Evangelium vitae, 58.

https://gaudiumpress.org/

Salmo 94(95)

Crédito: SlideShare
Convite ao louvor de Deus

Animai-vos uns aos outros, dia após dia, enquanto ainda se disser ‘hoje’ (Hb 3,13).

1 Vinde, exultemos de alegria no Senhor, *
aclamemos o Rochedo que nos salva! 
2 Ao seu encontro caminhemos com louvores, *
e com cantos de alegria o celebremos!

3 Na verdade, o Senhor é o grande Deus, *
o grande Rei, muito maior que os deuses todos. 
4 Tem nas mãos as profundezas dos abismos, *
e as alturas das montanhas lhe pertencem; 
5 o mar é dele, pois foi ele quem o fez, *
e a terra firme suas mãos a modelaram.

6 Vinde adoremos e prostremo-nos por terra, *
e ajoelhemos ante o Deus que nos criou! 
=7 Porque ele é o nosso Deus, nosso Pastor, †
e nós somos o seu povo e seu rebanho, *
as ovelhas que conduz com sua mão.

=8 Oxa ouvísseis hoje a sua voz: †
“Não fecheis os corações como em Meriba, * 
9 como em Massa, no deserto, aquele dia, 
– em que outrora vossos pais me provocaram, *
apesar de terem visto as minhas obras”.

=10Quarenta anos desgostou-me aquela raça †
e eu disse: “Eis um povo transviado, * 
11 seu coração não conheceu os meus caminhos!” 
– E por isso lhes jurei na minha ira: *
“Não entrarão no meu repouso prometido!”

https://www.liturgiadashoras.online/

Por que Deus permite o mal? Bispo responde

Foto referencial. Crédito: Pixabay

San Sebastián, 20 nov. 20 / 07:00 am (ACI).- O Bispo da diocese espanhola de San Sebastián, Dom José Ignacio Munilla explicou por que Deus permite o mal no mundo e lembrou que Deus permitiu a cruz de Jesus Cristo, que é o maior mal de todos os tempos “porque daquela cruz de Jesus Cristo veio a salvação do mundo. A sua salvação e a minha”.

Dom Munilla comenta em seu canal no Youtube o compêndio do Catecismo da Igreja Católica. Nessa ocasião, explicou por que Deus permite o mal no mundo, que consta no número 58 do Compêndio da Igreja Católica.

Nele se explica que “a fé dá-nos a certeza de que Deus não permitiria o mal se do próprio mal não extraísse o bem. Deus realizou admiravelmente isso mesmo na morte e ressurreição de Cristo: com efeito, do maior mal moral, a morte do Seu Filho, Ele retirou os bens maiores, a glorificação de Cristo e a nossa redenção”.

Dom Munilla lembrou que “o mal não veio de Deus, mas Ele criou um mundo com uma liberdade na qual é possível a existência do mal derivado do pecado”.

E, nesse sentido, enfatizou que "Deus não permitiria o mal se dele não fizesse sair o bem”.

“Deus é todo-poderoso, infinitamente bondoso e seu poder se manifestou na criação do mundo do nada, algo que somente Deus pode fazer. Isso supõe uma onipotência infinita, mas a onipotência que se requer para tirar bem do mal é ainda maior que a necessária para criar o mundo do nada”, explicou o Bispo de San Sebastián.

Além disso, explicou que "aquela obra de Redenção na qual Deus tira os bens dos males, é o momento culminante da Revelação de Deus infinitamente poderoso e misericordioso".

No Catecismo da Igreja Católica, no numeral 312, fala-se sobre este tema no episódio do Gênesis no qual José havia sido vendido por seus irmãos como escravo e levado para o Egito, onde passou a ser ministro.

Houve uma grande fome e seus irmãos foram ao Egito para pedir ajuda, e foi o irmão que eles venderam como escravo que os salvou de perecer.

“José, que tinha sido vendido, diz aos seus irmãos: ‘Não, não fostes vós que me fizestes vir para aqui. Foi Deus. [...] Premeditastes contra mim o mal: o desígnio de Deus aproveitou-o para o bem [...] e um povo numeroso foi salvo’".

Dom Munilla destaca em relação a esta passagem do Gênesis que “foi Deus quem o permitiu, porque n’Ele há primazia e senhorio de Deus sobre a história, acima dos males e pecados, Deus sobrevoa com um desígnio de salvação que não entendemos, mas que Deus redireciona e reformula para que seja bom para o homem”.

Neste sentido, o Prelado recorda outros textos da história da espiritualidade, como o de Santa Catarina de Sena, que diz “tudo procede do amor, tudo está ordenado para a salvação do homem, e não com nenhum outro fim”.

São Paulo afirma também que “tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus”.

Além disso, Dom Munilla explica que “quando caminhamos pelas cidades e nelas nos perdemos porque não seguimos as orientações do GPS, este nos diz “recalculando” e volta a nos introduzir.

Embora o Bispo de San Sebastián indique que se trata de "uma metáfora, uma imagem pode ajudar-nos a compreender como, no fundo, Deus não perde o fio da história e de reorientar os males do homem para o bem".

Do mesmo modo cita São Tomás Moro, que pouco antes de ser decapitado, escreve à filha e diz: "Nada pode acontecer-me que Deus não queira. E tudo o que Ele quer, por muito mau que nos pareça, é, na verdade, muito bom".

“Que ato de confiança! Quantos bens derivaram do martírio de São Tomás Moro! Quantas pessoas no Reino Unido voltaram à igreja vendo este homem de bem”, ressaltou.

Nesse sentido, também se destaca a mística do século XIII, Juliana de Norwich, que diz: "Compreendi, pois, pela graça de Deus, que era necessário ater-me firmemente à fé [...] e crer, com não menos firmeza, que todas as coisas serão para bem".

Dom Munilla animou a unir-se a este ato de confiança de que "tudo será para o bem e fazemos nossa essa afirmação".

“Por que Deus permitiu a cruz de Jesus Cristo, que é o maior mal de todos os tempos? Porque dessa cruz de Jesus Cristo veio a salvação do mundo. A sua salvação e a minha”, afirmou.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

ACI Digital

O Papa aos padres do Pio Latino-Americano: fraternidade prevaleça sobre toda difrença

Papa Francisco no Colágio Pio Latino-Americano de Roma
Vatican News

“Quando abrirem o coração a todos sem distinção, pelo amor de Deus, criem um espaço onde Deus e o próximo possam encontrar-se. Jamais deixem de manifestar esta disponibilidade, esta abertura: jamais fechem a porta para aqueles que no fundo de seus corações anseiam por poder entrar e se sentir acolhidos. Pensem que o Senhor os chama sob o manto daquele pobre, para sentar-se todos juntos em seu banquete”, disse o Papa Francisco aos sacerdotes alunos do Pontifício Colégio Pio Latino-Americano de Roma.

Raimundo de Lima - Vatican News

“Lutem contra a cultura do descarte, a segregação social, a desconfiança e o preconceito com base na raça, cultura ou fé, para que o sentimento de fraternidade prevaleça sobre toda diferença.”

Foi a exortação do Papa à comunidade do Pontifício Colégio Latino-Americano de Roma, dirigindo-se aos superiores, bispos e sacerdotes, alunos e ex-alunos (cerca de 50 ao todo), recebidos por Francisco pouco depois do meio-dia desta sexta-feira (20/11), na Sala Clementina, no Vaticano, por ocasião do começo de um novo ano acadêmico há pouco iniciado.

Ao agradecer ao reitor do Colégio, o padre jesuíta Gilberto Freire, pelas palavras de saudação que lhe foram dirigidas, o Santo Padre ressaltou que nelas se ilustra os desafios que este tempo impôs a esta comunidade educacional e a necessidade de manter-se fiéis à própria missão de formar e formar-se como sacerdotes a serviço do santo Povo de Deus que peregrina na América Latina.

Evangelização da América

Por quanto a história tenha separado nossos povos, não destruiu neles a raiz que os unem naquela grande obra que foi a evangelização da América. “Nesta base, o Colégio Pio Latino-Americano nasceu como um compromisso a unir todas as nossas Igrejas particulares e, ao mesmo tempo, as abrir à Igreja universal nesta cidade de Roma”, frisou o Papa.

Referindo-se à evangelização no continente americano, o Papa Bergoglio – também ele latino-americano – evidenciou que “o exemplo de mestiçagem que tornou a América grande, e que se vive na comunidade plural que vocês formam, pode contribuir para curar o mundo”.

“O Evangelho e sua mensagem chegaram a nossa terra por meios humanos, não isentos do pecado, mas a graça venceu nossa fraqueza e sua Palavra se espalhou por todos os cantos do continente. Povos e culturas o acolheram numa rica diversidade de formas que ainda hoje podemos contemplar.”

Atualmente, continuou o Papa em seu discurso, “há latino-americanos espalhados por todo o mundo e muitas comunidades cristãs têm se beneficiado desta realidade. Igrejas do norte e centro da Europa, mesmo no Leste, encontraram neles uma nova vitalidade e um renovado impulso.”

Chamados a semear a Palavra

“Muitas cidades – ressaltou –, de Madri a Kobe, celebram com fervor o Cristo dos Milagres e o mesmo pode ser dito de Nossa Senhora de Guadalupe. A rica mestiçagem cultural que tornou possível a evangelização se produz hoje novamente.”

Francisco prosseguiu observando que os povos latinos se encontram entre si e com outros povos graças à mobilidade social e aos instrumentos da comunicação, e deste encontro também eles saem enriquecidos.

Neste campo, frisou, vocês são chamados a semear a Palavra, de modo generoso, sem preconceitos, como Deus semeia. “Sobre isso devem incidir a formação e o ministério de vocês, para abrir a porta de seus corações e dos corações daqueles que os escutam, para ajudar e convidar os outros a fazer o mesmo com vocês para o bem de todos, para curar este mundo do grande mal que o aflige e que a pandemia evidenciou.”

O Papa destacou três pontos concretos de ação que têm dois momentos: pessoal e comunitário, que se completam inevitavelmente.

Abrir a porta do coração e dos corações

Abrir o coração certamente ao Senhor que não cessa de bater à nossa porta, para habitar em nós. Mas abri-lo também ao irmão, porque não se esqueçam que nossa relação com Deus pode ser facilmente avaliada pelo modo como procedemos em relação ao próximo.

“Quando abrirem o coração a todos sem distinção, pelo amor de Deus, criem um espaço onde Deus e o próximo possam encontrar-se. Jamais deixem de manifestar esta disponibilidade, esta abertura: jamais fechem a porta para aqueles que no fundo de seus corações anseiam por poder entrar e se sentir acolhidos. Pensem que o Senhor os chama sob o manto daquele pobre, para sentar-se todos juntos em seu banquete.”

Ajudar e convidar os outros a fazer o mesmo

Deus os chamou à vocação sacerdotal, os enviou a esta cidade de Roma para completar a formação de vocês, porque tem um projeto de amor e de serviço para cada um. “Pastores segundo o seu coração que se dediquem ao cuidado das ovelhas, que as apascentem, as conduzam e busquem sempre o seu bem-estar”, ressaltou Francisco.

“Nosso esforço também deve ser um chamado, deve reunir o rebanho, fazê-lo sentir-se povo, chamado também ele a colocar-se em caminho para antecipar o reino, já aqui nesta terra. Isto implica que se sintam úteis, responsáveis, necessários, que haja um espaço onde eles também possam colaborar.”

Curar o mundo do grande mal que o aflige

A pandemia colocou-nos diante do grande mal que aflige a nossa sociedade. A globalização superou as fronteiras, mas não as mentes e os corações. “O vírus se difunde sem freios – continuou o Pontífice –, não somos capazes de dar uma resposta conjunta.

“O mundo continua fechando as portas, recusando o diálogo e a colaboração, se recusa a abrir-se sinceramente ao compromisso comum por um bem que alcance a todos sem distinção. A cura deste mal deve vir de baixo, dos corações e das almas que um dia lhes serão confiadas, com propostas concretas no âmbito da educação, a catequese, o compromisso social, capazes de mudar mentalidades e abrir espaços, para curar este mal e dar a Deus um povo unido.”

O Papa concluiu confiando-os à Virgem Mãe, Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira da América Latina, convidando-os a serem testemunhas da fraternidade humana onde o Senhor os enviar.

Vatican News

Santo Edmundo

ArqSP

Edmundo é um santo mais vivo na memória do povo da Inglaterra do que nos documentos históricos. Mesmo porque os registros trazem dados sobre o seu reinado e sua morte, enquanto sobre sua origem poucas são as informações. Sabemos apenas que Edmundo era cristão, filho do rei Alkmund, da Saxônia, que, posteriormente, teria sido adotado pelo rei das regiões da Inglaterra oriental, a Estanglia.

Aos quatorze anos de idade, tornou-se o último rei daquele território. Era um tempo duríssimo para toda a Inglaterra, agredida, constantemente, pelos sanguinários bárbaros dinamarqueses que invadiam a saqueavam seus vilarejos. Esses bárbaros eram comandados por três irmãos: Halfdene, Ivarr e Ubba. Em suas investidas, além de saquear os povoados, exigiam um resgate para não destruírem as vilas.

No ano de 869, os dinamarqueses irromperam uma grande invasão nos domínios do rei Edmundo. Para defender seu povo e o reino, ele reuniu seu pequeno exército e combateu os invasores, mais equipados e em maior número. Desse modo, ele acabou como prisioneiro de seus opositores.

Os dinamarqueses ofereceram ao rei Edmundo a possibilidade de manter sua vida e a coroa caso renegasse a fé e se proclamasse vassalo. O rei rejeitou a proposta por duas vezes. Dessa maneira, selou seu destino. Morreu traspassado pelas flechas dos bárbaros pagãos no dia 20 de novembro de 870. O desaparecimento do rei Edmundo levou ao fim o reino da Estanglia. Mas a Inglaterra se fortaleceu sob seu nome, e o jovem rei morto tornou-se uma bandeira.

Antes do final do século IX, as moedas cunhadas durante o seu reinado já eram chamadas "penny of Edmund". A sua veneração tornou-se o culto de maior devoção do povo inglês. Foi canonizado e proclamado padroeiro da Inglaterra, recebendo as homenagens dos devotos no dia de sua morte.

As relíquias mortais de santo Edmundo foram sepultadas em Beadoricesworth, que hoje se chama Bury St. Edmund, na região de Cambridge. Atualmente, existe uma congregação de sacerdotes ingleses chamados Padres de Santo Edmundo.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

Arquidiocese de São Paulo

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Peixe nas sextas-feiras?

Veritatis Splendor
  • Autor: Pe. Arthur W. Terminiello
  • Fonte: Livro “The 40 Questions Most Frequently Asked about the Catholic Church by Non-Catholics” (1956) / Site “Una Fides, One Faith” (http://net2.netacc.net/~mafg)
  • Tradução: Carlos Martins Nabeto

– Por que os católicos têm que comer peixe às sextas-feiras?

Em primeiro lugar, os católicos não precisam comer peixe às sextas-feiras. Eles podem comer qualquer coisa que gostem, exceto carne.

Sexta-feira é dia de abstinência de carne para os católicos, para que este pequeno sacrifício seja uma obra de satisfação pelos pecados que cometeram. A Igreja o ordena da mesma maneira que a mãe insistirá para que seu filho  restitua algo que possa ter roubado; ou insistirá para que coma alimentos nutritivos. A Igreja é mãe e sabe que, a menos que sejamos constantemente lembrados, não faremos satisfação pelos nossos pecados.

A carne não é considerada coisa ruim pelos católicos. Caso contrário, certamente a Igreja não a permitiria todos os dias, exceto um. Seria ruim todos os dias!

A sexta-feira foi escolhida porque este foi o dia em que Nosso Senhor morreu para expiar os nossos pecados e para nos recordar que devemos oferecer os nossos sacrifícios em união com o Seu sacrifício na cruz.

Veritatis Splendor

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF