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domingo, 13 de dezembro de 2020

Santo Efrém, o Sírio sobre a Bem-Aventurada Virgem Maria - 306-373 D.C.

Apologista da Fé Católica

Santo Efrém [ܡܪܝ ܐܦܪܝܡ ܣܘܪܝܝܐ, literalmente “frutífero”] foi um diácono, hinógrafo, poeta e teólogo do século IV, cujos belos louveres à Bem-Aventurada Virgem Maria continuam a atrair a admiração dos cristãos católicos em todo o mundo. Ele é venerado pelos ortodoxos coptas, cristãos siríacos, Igreja Nestoriana do Oriente, Igreja Ortodoxa Calcedônia, Igreja Católica Romana e até atrai a veneração da Comunhão Anglicana. O Papa Bento XV (1914-1922) elevou Santo Efrém à honra de ser um Doutor da Igreja Universal. O Papa fez uma notável descrição deste amado santo: “Esta harpa do Espírito Santo [Efrém] nunca cantou canções mais belas do que quando ele estabeleceu suas cordas para cantar os louvores de Maria” (Acta Apostolicae Sedis, 1920, p. 467). Embora muitos estejam perdidos, conta-se que ele escreveu mais de 400 hinos. O historiador grego do século 5, Sozomeno, em sua famosa “História Eclesiástica” (Livro III) fala muito eloquentemente de Santo Efrém, e sua breve descrição deste Santo maravilhoso vale a pena compartilhar, embora um pouco longa. Ele escreve:

“Efrém, o sírio, tinha direito às mais altas honras e foi o maior ornamento da Igreja Católica. Ele era nativo de Nisibis, ou sua família era do território vizinho. Ele dedicou sua vida à filosofia monástica; e embora não recebesse nenhuma instrução, tornou-se, contrariando todas as expectativas, tão proficiente no aprendizado e na linguagem dos sírios, que compreendeu com facilidade os teoremas mais obscuros da filosofia. Seu estilo de escrita era tão repleto de oratória esplêndida e com riqueza e temperança de pensamento que ele ultrapassou os escritores mais aprovados da Grécia. Se as obras desses escritores fossem traduzidas para o siríaco, ou qualquer outra língua, e fossem despojadas, por assim dizer, das belezas da língua grega, elas reteriam pouco de sua elegância e valor originais. As produções de Efrém não têm essa desvantagem: foram traduzidas para o grego durante sua vida, e até mesmo traduções estão sendo feitas, e ainda preservam muito de sua força original, de modo que suas obras não são menos admiradas quando lidas em grego do que quando lidas em Siríaco. Basílio, que posteriormente foi bispo da metrópole da Capadócia, era um grande admirador de Efrém e ficou surpreso com sua erudição. A opinião de Basílio, que é universalmente confessada como tendo sido o homem mais eloquente de sua época, é um testemunho mais forte, penso eu, do mérito de Efrém, do que qualquer coisa que pudesse ser incluída em seu louvor. Dizem que ele escreveu trezentos mil versos, e que ele tinha muitos discípulos que estavam zelosamente ligados às suas doutrinas. Os mais célebres de seus discípulos foram Abbas, Zenóbio, Abraão, Maras e Simeão, em quem os sírios e quem quer que fosse buscar um aprendizado preciso se orgulhavam. Paulanas e Aranad são elogiados por seu discurso terminado, embora tenham se desviado da sã doutrina ”(cap. 16).

Assim, não apenas seus escritos eram amplamente conhecidos, eles também foram traduzidos para o grego, e São Basílio de Cesaréia o considerava em alta consideração. Não há exagero na confiabilidade desse magnífico escritor cristão primitivo. Sua Hinográfia da Abençoada Mãe abrange uma ampla gama de testemunhos em nome de sua Divina Maternidade, seu nascimento como uma Virgem, seu papel de mediação salvífica, seu ofício como Segunda Eva e sua absoluta impecabilidade. Isto é extremamente importante, pois neste ponto da história cristã, se fosse uma heresia considerar a Virgem Maria como declarado, então deveríamos ter ouvido falar de certa resistência e rebelião contra ela. No entanto, só vemos elogios e admiração por autores que consideravam a Mãe de Deus em alta estima.

Abaixo estão algumas citações selecionadas de suas Homilias que testemunham a universalidade da devoção mariana e o respeito que ela foi tão agraciada a receber por estar no centro da história da salvação. Santo Efrém era um escritor exclusivamente siríaco, e eu trouxe o inglês de “Maria nos Documentos da Igreja”, de pe. Paul Palmer, S.J., S.T.D., que puxa a maior parte de suas fontes do padre. Thomas J. Lamy, o estudioso bíblico belga e orientalista.

“Despertai, ó minha harpa, teus acordes, em louvor de Maria, a Virgem. Levanta a tua voz e canta a geração absolutamente maravilhosa desta Virgem, a filha de Davi, que deu vida ao mundo … (2) O amante com admiração se maravilha com ela; enquanto o curioso buscador é impregnado de vergonha e seu ouvido é detido, para que não ouse intrometer-se na Mãe que gerou em virgindade inviolada. (12) No ventre de Maria, tornou-se uma criança. Aquele que desde a eternidade é igual ao Pai. Ele nos deu parte em Sua própria grandeza e Ele mesmo fez a aquisição de nossa fraqueza. Mortal foi Ele feito conosco, que infundindo em nós Sua vida, poderíamos não morrer mais … (16) Maria é o Jardim sobre o qual desceu do Pai a chuva de bênçãos. Daquela chuva ela mesma borrifou no rosto de Adão. Ao que ele voltou à vida, e surgiu a partir do sepulcro – ele que tinha sido enterrado por seus inimigos no inferno … (20) Lo, uma virgem se tornou uma mãe, preservando a virgindade com seus selos ininterruptos … Ela é feita a mãe de Deus e está ao mesmo tempo em servitude e a obra de Sua sabedoria … (24) No Éden Eva tornou-se devedora, e a dívida pela qual sua posteridade em sua geração estava condenada à morte foi escrita em letras grandes. A Serpente, aquela perversa escrivã, escreveu, assinou e deu força com o selo de sua fraude … (26) Eva era uma devedora do pecado. Mas para Maria a dívida estava reservada para que a filha pagasse as dívidas de sua mãe e rasgasse a caligrafia que foi passada nas lágrimas de sua mãe como um legado para todas as gerações … (30) Maria era a Virgem inviolada – prefigurada pela terra abençoada do Éden antes de sua superfície ser rasgada por sulcos – floresceu de seu seio a Árvore da Vida, cujo sabor … dá vida às almas … ”(Hinos sobre a Maria Santíssima, 18 – Maria nos Documentos da Igreja, pe. Paul Palmer SJ, STD, páginas 15-23)

“Desde que meu filho és, com minhas rimas, eu te acalmarei. E, por sedes a tua mãe, vou honrá-lo. Meu Filho, a quem eu dei à luz, mais velho que eu Tu és. Meu Senhor, embora eu Te levasse, é Tu quem me sustenta … (11) Que o céu me abrace em seus abraços; porque acima eu sou honrada. Pois o céu, na verdade, não era a vossa mãe, mas tu fizeste o vosso trono. Quão mais honrosa e venerável é a mãe do rei do que o trono dele. Eu te darei graças, ó Senhor, porque queres que eu seja Tua Mãe. Em hinos delicados celebrarei o Teu louvor … (19) Que Eva, nossa primeira mãe, agora ouça e venha a mim … Deixe-a descobrir seu rosto e Te dê graças, porque Você tirou sua confusão. Deixe-a ouvir a voz da paz perfeita, porque sua filha pagou sua dívida. A Serpente, sua sedutora, foi esmagada por Ti, o Tiro que surgiu do meu peito. Por Ti os Querubins e a Espada foram levados embora, para que Adão pudesse retornar ao paraíso de onde foi expulso ”(Hinos sobre a Bem-Aventurada Maria, 19 – Maria nos Documentos da Igreja, Pe. Paul Palmer SJ, STD, páginas 15-23)

“Eva escreveu no Éden a grande caligrafia da dívida pela qual sua posteridade deveria transmitir a morte a todas as gerações; a Serpente assinou o livro fatal, selou-o e firmou-o com o sinete da fraude … Eva trouxe o pecado, e a dívida foi reservada para a Virgem Maria, para que ela pagasse a dívida de sua mãe, e rasgasse a caligrafia sob a qual estavam gemendo todas as gerações …. Duas virgens havia, mas destas duas muito diferente era a conduta: a primeira colocou prostrado seu marido, a outro ergueu seu pai. Através de Eva, o homem encontrou seu túmulo, através de Maria, ele foi chamado para o céu … O Éden de Deus é Maria; nela não há árvore de conhecimento, nenhuma serpente que prejudique, nenhuma Eva que mate, mas dela brota a Árvore da Vida que restaura os exilados ao Éden ”(Sobre a Anunciação da Mãe de Deus, Hino 3 – Maria nos Documentos da Igreja, Pe. Paul Palmer SJ, STD, páginas 15-23)

A Palavra do Pai saiu do seu seio e em outro seio [Maria] Ele colocou um corpo. De um seio veio ao seio. Esses seios puros estavam cheios dele. Bendito seja Aquele que habita em nós. ”(Hino sobre a ressurreição de Cristo, 7)

“Tu e Tua Mãe são os únicos que são perfeitos em todos os aspectos; porque não há lugar em ti, ó Senhor, nem mácula na tua mãe ”(O hino de Nisibis, 27).“

“… Como poderia ser que ela, que era a morada e habitação do Espírito e a quem o poder de Deus ofuscara, se tornasse depois a esposa de um homem mortal e, em conformidade com a maldição anterior, produzisse dor? Pois desde que Maria é abençoada entre as mulheres, através dela foi revogada a maldição original pela qual as crianças nascem com dor e maldição … Pois esta Virgem, sem experimentar as dores do parto, realmente e verdadeiramente deu à luz. Se, além disso, o fato de que certos discípulos foram chamados os irmãos do Senhor deve levar alguns a acreditar que eles eram os filhos de Maria, que eles saibam que até o próprio Cristo foi chamado o filho de José, e isto não é apenas pelo Judeus, mas pela própria Mãe Maria ”(Esta é uma tradução em inglês de“ Maria nos Documentos da Igreja ”(Palmer, p. 23), que é retirada de uma reconstrução latina de Mosinger [Veneza, 1876], pp. 23-24, reproduzido por J. Rendel Harris em Fragmentos dos comentários de Efrém, o Sírio sobre o Diatesseron [Londres, 1895], pp. 31-32]

Portal Apologistas da Fé Católica

IGREJA NO BRASIL MOBILIZA CAMPANHA EMERGENCIAL EM APOIO A CABO DELGADO, EM MOÇAMBIQUE, NA ÁFRICA

CNBB

Nesta sexta-feira, 11 de dezembro, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Cáritas Brasileira lançam a campanha “SOS Moçambique: Cabo Delgado quer paz”.  A  articulação em rede, em todo país, tem o objetivo de sensibilizar a sociedade brasileira, especialmente a comunidade cristã, a se engajar nesta campanha.

O valor arrecadado chegará à província de Cabo Delgado e vai se transformar em ajuda para milhares de famílias, que fugiram de suas aldeias em busca de abrigo e comida, e que estão sendo assistidas pela Cáritas Diocesana de Pemba.

“Somos todos irmãos, parte de uma família de muitos, toda humanidade. Por isso mesmo, as distâncias, os costumes, as diferenças não podem ser justificativas para indiferenças. Somos sempre convidados a ajudar nossos irmãos e irmãs que sofrem”, convoca arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo, frente à sequência de ataques terroristas que devastaram vidas em Moçambique.

Acesse aqui a carta de convite à adesão à campanha: “SOS Moçambique: Cabo Delgado quer paz”

Região e vidas destroçadas pela Guerra

 

Há três anos, a província de Cabo Delgado, em Moçambique, sofre  com a guerra que assola a região. Em meio a esse contexto, cerca de 500 mil pessoas já se deslocaram  de suas aldeias em busca de abrigo, comida e paz. Mulheres, homens,  crianças, idosos fogem assustados, percorrendo longas distâncias a pé e em barcos, para chegar onde podem encontrar apoio. Com os ataques violentos e os deslocamentos em situações precárias, estima-se que 2 mil pessoas já morreram com a guerra em Cabo Delgado.

“Infelizmente já aconteceram mortes, como gente que morreu no caminho, porque essas pessoas ficam nas embarcações, três a quatro dias no mar, então chegam desidratadas, chegam doentes, já houve partos durante a viagem”, explica o bispo da diocese de Pemba, dom Luiz Fernando Lisboa, brasileiro, que reside e atua em Moçambique há 20 anos. A fala foi registrada em uma das visitas do bispo ao bairro Paquitequete, um dos principais locais de chegada da população que deixa as suas aldeias em busca de abrigo.

Em Pemba, capital da província, a diocese, por meio da Cáritas, trabalha na mobilização  e sensibilização da comunidade local e internacional para que, de mãos dadas, acolha as vidas que precisam de cuidado, neste contexto. “É uma situação muito difícil, uma crise humanitária muito forte, para a qual nós pedimos, nós imploramos mesmo, ajuda e solidariedade da comunidade moçambicana e da comunidade internacional”, conclui dom Luiz Fernando.

Conheça mais no vídeo da campanha:

https://youtu.be/PkUA_Wf6mO8

Ação solidária da Igreja no Brasil: É tempo de Cuidar

O  “SOS Moçambique: Cabo Delgado quer paz” é uma ação da Igreja no Brasil e integra as ações da Ação Solidária Emergencial  “É Tempo de Cuidar”, promovida pela CNBB e Cáritas Brasileira. As doações poderão ser depositadas nas contas bancárias, geridas pela Cáritas Brasileira:

“É tempo de cuidar de Moçambique, convidamos você para acessar as redes sociais da CNBB e da Cáritas Brasileira para participar com a sua doação, com a sua ajuda, com o seu cuidado, salvando vidas e semeando a paz”, enfatiza dom Mário Antônio da Silva, presidente da Cáritas Brasileira, a partir de um convite para ampliar a solidariedade pelo mundo.

A resposta emergencial à guerra que acontece em Cabo Delgado seguirá recebendo doações até o dia 31 de janeiro de 2021. As atualizações sobre o recurso arrecadado e situação do país africano poderão ser acompanhadas nas redes sociais e mídias das duas organizações no decorrer do “SOS Moçambique: Cabo Delgado quer paz”.

CNBB

Como fazer um amigo-secreto diferente neste Natal

Jelena Zelen | Shutterstock
por Miriam Esteban Benito

Neste Natal marcado pela pandemia, te convidamos a participar do melhor amigo-secreto da tua vida.

O amigo-secreto é uma tradição deste tempo de Natal em quase todo o mundo. Trata-se de uma brincadeira em que todos presenteiam alguém e saem presenteados, de acordo com um sorteio aleatório entre os participantes.

Mas como fazer um amigo secreto em meio à pandemia. Como retribuir o carinho dos colegas e familiares com abraços e beijos? Sim, em 2020 estamos impossibilitados de tudo isso.

Amigo-secreto em tempos incertos

Apesar deste tempo difícil, te convido a organizar o melhor amigo de todos os tempos.Para isso, temos que nos lembrar das palavras do Papa Francisco:

“Quantas vezes a pergunta que as pessoas mais fazem é: O que posso comprar? O que mais posso ter? Preciso ir às lojas comprar… Digamos outra palavra: O que eu posso dar aos outros para ser como Jesus, que entregou-se a si mesmo e nasceu naquele presépio?”

O que dar de amigo-secreto 

Ceder o assento no transporte público, estender a mão a um amigo, dar mais carinho aos nossos familiares, levar comida aos que precisam, mandar um presentinho de surpresa para quem passa por um momento difícil…

O que estou querendo dizer, de fato, é que o melhor amigo secreto de todos os tempos pode ser algo simples, cotidiano. Tudo soma, tudo conta. E as consequências e benefícios destes pequenos gestos contribuem para melhorar a vida dos que nos cercam.Certamente, a vida se torna mais vazia quando focamos nas nossas próprias necessidades.

Olhos abertos e ouvidos atentos

A pergunta que tem que estar presente em nosso dia a dia é:Como posso ser hoje o melhor amigo secreto?

Nossos ouvidos podem ser nossos grandes aliados na hora de ouvir os problemas dos outros. Assim, nos tornamos seus amigos secretos. Ouvir com verdadeiro interesse e empatia, sem dúvida, é uma enorme mostra de apreço e amizade.

Rezar é o melhor presente 

Um grande presente de amigo-secreto é rezar pelos outros. Além disso, com esse gesto, nos inserimos no plano de Deus para o mundo, já que a oração é uma forma de servir ao senhor.

De fato, orar pelo outro é um grande gesto de amor. Mas por que rezar é um presente? Porque, dessa forma, estamos encomendando nosso amigo ao Único que pode dizer: “Faço novas todas as coisas”.

Deus sabe muito melhor do que nós quais são nossas necessidades e o que é bom para nós. Por meio da oração, o Senhor nos brinda com a oportunidade de aumentarmos a nossa fé e nossa confiança na Sua vontade.

Fácil, não é? Então, você anima participar do melhor amigo-secreto da sua vida neste Natal?

Aleteia

Coragem de sacerdote marroquino reconhecida com Prêmio para a Paz de Aquisgrana

Migrantes percorrem caminhos perigoso e muitas vezes fatais
através das terras altas da Argélia em direção a Marrocos 
(AFP or licensors)

"Um testemunho de coragem e abnegação". O sacerdote da paróquia na fronteira com a Argélia trabalha na acolhida de migrantes vítimas de traficantes de seres humanos e contrabandistas.

Roberta Barbi - Vatican News

Chama-se Antoine Exelmans, é vigário geral da Arquidiocese de Rabat - Marrocos - e sacerdote diocesano da Paróquia de Oujda, na fronteira com a Argélia. A ele foi destinado o prestigioso reconhecimento que todos os anos, desde 1988, é concedido pela Igreja alemã a pessoas ou grupos que demonstram uma particular coragem civil em seu compromisso com a paz, a justiça e a proteção dos direitos humanos.

Conforme afirmado no site do Episcopado, em nome da Conferência Episcopal da Alemanha, Dom Stefan Hesse, arcebispo de Hamburgo e presidente da Comissão para as Migrações e representante especial para as questões relativas aos refugiados, se congratula com o padre Exelmans, a quem conheceu durante a sua viagem a Marrocos em março de 2020. “Felicito calorosamente o padre Exelmans. Quando o encontrei em Rabat, há alguns meses, no centro de nossa conversa esteve o empenho da pequena Igreja Católica no Marrocos em favor das vítimas do tráfico de seres humanos, especialmente na fronteira argelino-marroquina”.

Em defesa dos migrantes

“Fiquei profundamente tocado e impressionado com as palavras deste sacerdote - afirmou o prelado - que me falou sobre o caminho perigoso e muitas vezes fatal que os migrantes percorrem através das terras altas da Argélia em direção a Marrocos. Muitos sofrem de fortes dores físicas e mentais. Na cidade marroquina de Oujda, perto da fronteira com a Argélia, contrabandistas mantêm migrantes presos em pequenas casas. Seus passaportes são tirados e muitas vezes eles permanecem lá sem nenhum cuidado. Na maioria das vezes, ficam indefesos contra gangues criminosas de traficantes”.

O empenho da paróquia de Oujda

“Graças ao empenho da paróquia de Oujda e sobretudo do pároco Exelmans, as pessoas estão cada vez mais livres desta situação: ambos correm um grande risco ao oferecer regularmente abrigo e segurança a cerca de 50 pessoas em busca de proteção - explicou-os recém chegados são acolhidos com o coração, tudo é compartilhado com eles. Este compromisso é um testemunho de coragem e abnegação. Agradeço que este grande compromisso tenha sido recompensado com o Prêmio Aachen da Paz”.

Uma cerimônia de premiação em streaming

Pela primeira vez, a cerimônia de entrega do Prêmio da Paz de Aachen aconteceu exclusivamente online devido às restrições impostas pela pandemia: o vídeo da cerimônia de premiação está disponível em streaming no site do Prêmio da Paz de Aachen.

Vatican News

A exposição 100 presépios volta ao Vaticano com uma importante novidade

O Papa visita a exposição. 
Foto: EWTN-CNA / Daniel Ibáñez / Vatican Pool

Vaticano, 12 dez. 20 / 10:00 am (ACI).- A exposição "100 Presépios no Vaticano" retorna neste Natal de 2020 à Santa Sé com uma edição especialmente adaptada ao contexto da pandemia do coronavírus.

A principal novidade é que, nesta ocasião, os mais de 100 presépios de todo o mundo serão exibidos ao ar livre, debaixo da Colunata de Bernini que circunda a Praça de São Pedro.

A exposição, promovida pelo Pontifício Conselho para a Nova Evangelização, será inaugurada no domingo, 13 de dezembro, e encerrada no dia 10 de janeiro de 2021.

Este ano será a Embaixada da Ucrânia junto à Santa Sé que se encarregará de divulgar e animar o evento, por isso contará com uma delegação oficial acompanhada por uma representação da comunidade ucraniana em Roma.

A exposição será inspirada no conteúdo da Carta Apostólica do Papa Francisco Admirabile signum, aprovada em dezembro de 2019. Nela, o Pontífice explica que “o Presépio faz parte do suave e exigente processo de transmissão da fé”.

“A partir da infância e, depois, em cada idade da vida, educa-nos para contemplar Jesus, sentir o amor de Deus por nós, sentir e acreditar que Deus está conosco e nós estamos com Ele, todos filhos e irmãos graças àquele Menino Filho de Deus e da Virgem Maria. E educa para sentir que nisto está a felicidade”.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

ACI Digital

III DOM DO ADVENTO - B

Dom Paulo Cezar Costa
Arcebispo de Brasília

João Batista, Profeta do Advento

A Palavra de Deus, no Evangelho de hoje, continua a falar da figura de João Batista. Ele, como profeta da espera, encarna em si o espírito do Advento. Hoje, João Batista, dando testemunho de si, afirma: “Eu sou a voz que clama no deserto; endireitai os caminhos do Senhor” (Jo 1, 23).

Em todas as culturas o deserto assumiu a idéia de lugar do vagar humano sem rumo, lugar de isolamento e de perda das condições de vida, mas os desertos são também aqueles criados pela nossa civilização, que habitam nossas cidades e casas. O deserto recorda a Israel e a cada um de nós, a situação de precariedade da existência humana, de fragilidade dos projetos e construções históricas. Ele é um convite àquilo que verdadeiramente faz viver a pessoa humana, porque conduz ao essencial, àquela pergunta de sentido que fazemos do início ao fim da existência. Para quem deseja uma vida cheia de significados, buscando uma resposta às interrogações profundas, a boa notícia do Evangelho é a voz: “Eu sou a voz que clama no deserto; endireitai os caminhos do Senhor” (Jo 1, 23).

Parece paradoxal que a resposta à busca do homem seja a voz. A voz nos remete aos profetas, como João Batista, mas conduz antes de tudo à Aliança que une Deus e o seu povo no monte Horeb, quando Israel vem reconhecido como Povo de Deus: “do céu, Ele fez com que ouvisses a sua voz, para te instruir…” (Dt 4, 36). Aos que vivem no deserto, que buscam a Deus, Ele não deixa faltar a sua voz. Tanto na Judeia, como também no deserto de cada povo, de cada cidade, de cada pessoa, ressoa a voz divina que grita, chama, consola, coloca a caminho: Jesus Cristo. Ele é a voz de Deus que entra na história do mundo e que ressoa em meio às desolações humanas.

Mas Israel é o povo da escuta (Sl 95). A voz clama por escuta, como se percebe sempre na Bíblia. A escuta vem expressa pelo verbo (shama`), que diz ao mesmo tempo escuta e obediência. É uma escuta empenhativa, e é próprio a este empenho que se dirige o pedido: “Endireitai o caminho do Senhor…” (Jo 1, 23). A mesma ideia de João Batista como aquele que prepara o caminho do Senhor está presente no Benedictus: “Tu menino, serás chamado profeta do Altíssimo, pois irás à frente do Senhor para preparar-lhe os caminhos” (Lc 1, 76). Jesus, falando de João Batista, o relembra com este texto de Malaquias: “Eis que eu envio o meu mensageiro à tua frente, ele preparará o teu caminho diante de ti” (Lc 7, 27). Sabemos que no tempo de Jesus, os essênios tinham ido habitar no deserto para preparar-lhe a estrada. Jesus não pertencia aos essênios. Para Ele a estrada do Senhor se abre e se prepara no meio dos homens: no meio dos seus afazeres, tragédias, doenças, hipocrisia e pecados…

João não é o Messias, ele reconhece que o Messias é maior do que ele. O Messias vem depois, com mais autoridade e direito. Ele não é digno nem de desamarrar as suas sandálias. O profeta tem consciência clara de que o seu caminho é aquele de preparar e de apontar para o Messias.

Como João Batista, ajudemos as pessoas no deserto da vida, entre pandemia e isolamento, a se encontrarem com Jesus, vivendo um tempo para apostas de confiança Naquele que é o Senhor da Vida. Juntos preparemos o Caminho do Senhor.

Folheto: "O Povo de Deus"

Arquidiocese de Brasília

S. LUZIA, VIRGEM E MÁRTIR DE SIRACUSA

Santa Lucia  (© Biblioteca Apostolica Vaticana)

A sua história é narrada nos atos do seu martírio, tradições, contos populares e lendas. Luzia nasceu no fim do Século III, na cidade de Siracusa, em uma nobre família. Educada cristianamente, ficou órfã de pai, quando ainda era criança. A mãe, Eutíquia, a criou com amor e dedicação. Ainda jovem, Luzia queria consagrar-se a Deus e manteve este desejo em seu coração. Ignorando as intenções da filha, Eutíquia, como era de costume na época, prometeu que Luzia se casaria com um jovem de boa família, mas não cristão. Luzia não quis revelar seu desejo de consagrar a sua virgindade a Cristo e, com vários pretextos, adiou o casamento, confiando na oração e na ajuda divina.

Viagem a Catânia e a intercessão de Santa Ágata

No ano 301, Luzia e sua mãe vão a Catânia em peregrinação à sepultura de Santa Ágata. Eutíquia sofria de hemorragia e, não obstante diversos e onerosos tratamentos, nada resolveu. A mãe e a filha foram pedir à jovem mártir de Catânia a graça da cura. Em 5 de fevereiro, dies natalis de Ágata, chegaram à cidade e participaram da celebração Eucarística, diante da sepultura da santa. “Então, Luzia se dirigiu à sua mãe e lhe disse: ‘Mãe, se a senhora acreditar no que foi lido, também irá acreditar que Ágata, que sofreu o martírio por Cristo, teve livre acesso ao tribunal divino. Por isso, se quiser ser curada, toca, com confiança, a sepultura dela’”. Eutíquia e Luzia se aproximaram da sepultura de Ágata. Luzia reza pela mãe e pede a graça para si de poder dedicar a sua vida a Deus. Concentrada, teve um sono suave, como se fosse raptada em êxtase, e viu Ágata entre os anjos, anunciando: “Luzia, minha irmã e virgem do Senhor, por que pedir a mim o que você mesma pode fazer? A sua fé serviu de grande benefício para a sua mãe, que ficou curada. Como para mim a cidade de Catânia é cheia de graça, assim para você será preservada a cidade de Siracusa, porque Nosso Senhor Jesus Cristo apreciou seu desejo de manter a virgindade”. Ao voltar a si, Luzia contou à mãe o que aconteceu e lhe disse que queria renunciar ao marido terreno e vender seu dote para fazer caridade aos pobres.

O martírio

Decepcionado e irado, o jovem, que queria Luzia como sua esposa, a denunciou ao prefeito Pascasio, acusando-a de oferecer culto a Cristo e de desobedecer ao decreto de Diocleciano. Presa e conduzida ao prefeito, Luzia, interrogada, recusou o pedido do jovem e, orgulhosa, professou a sua fé: “Sou a serva do Eterno Deus, que disse: ‘Quando forem levados diante dos reis e dos príncipes, não se preocupem o que devem dizer, porque não serão vocês a falar, mas o Espírito Santo falará por vocês’”. Pascasio, retrucou: “Você acredita ter o Espírito Santo?”. Luzia respondeu: “O Apóstolo disse: ‘Os castos são santuários de Deus e o Espírito Santo mora neles’”. Para desacreditá-la, Pascasio manda levá-la ao prostíbulo. Mas, Luzia continua a declarar que não iria ceder à concupiscência da carne; e, qualquer violência que seu corpo tivesse que sofrer, continuaria casta, pura e incontaminada no espírito e na mente. De modo extraordinariamente imóvel, os soldados não conseguem levá-la; com as mãos e os pés amarrados, não conseguem arrastá-la nem com os bois. Irritado com este acontecimento excepcional, Pascasio mandou queimar a jovem, mas o fogo não a atingiu. Furioso, Pascasio decidiu matá-la com um golpe de espada. Assim, Luzia foi decapitada em 13 de dezembro de 304.

Vatican News

sábado, 12 de dezembro de 2020

Excelente ajuda para refletir e meditar: os números do Catecismo que nos falam do Advento

Aleteia

A nossa vida toda é advento: é espera pelo encontro eterno com o Deus que vem a nós e nos leva a Si.

O Catecismo da Igreja Católica nos ajuda a meditar sobre o tempo de espera que é o Advento – e não apenas em relação à preparação para celebrar o Santo Natal, mas também para a vinda definitiva de Jesus, que faz parte, afinal, do mesmo mistério: a nossa vida toda é advento, é espera pelo encontro eterno com o Deus que vem a nós e nos leva a Si.

Em nossa oração e contemplação durante este Advento, podem ser de intensa ajuda espiritual estes números do Catecismo:

Preparação para a vinda de Cristo (Natal)

522. A vinda do Filho de Deus à terra é um acontecimento de tal imensidão que Deus quis prepará-lo durante séculos. Ritos e sacrifícios, figuras e símbolos da “Primeira Aliança”, tudo Ele faz convergir para Cristo; anuncia-o pela boca dos profetas que se sucedem em Israel. Desperta, além disso, no coração dos pagãos a obscura expectativa desta vinda.

523. São João Batista é o precursor imediato do Senhor, enviado para preparar-lhe o Caminho. “Profeta do Altíssimo” (Lc 1,76), ele supera todos os profetas, deles é o último, inaugura o Evangelho; saúda a vinda de Cristo desde o seio de sua mãe e encontra a sua alegria em ser “o amigo do esposo” (Jo 3,29), que designa como o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29). Precedendo a Jesus “com o espírito e o poder de Elias” (Lc 1,17), dá-lhe testemunho por sua pregação, seu batismo de conversão e, finalmente, seu martírio.

524. Ao celebrar cada ano a liturgia do Advento, a Igreja atualiza esta espera do Messias: comungando com a longa preparação da primeira vinda do Salvador, os fiéis renovam o ardente desejo de sua Segunda Vinda. Pela celebração da natividade e do martírio do Precursor, a Igreja se une a seu desejo: “É preciso que Ele cresça e que eu diminua” (Jo 3,30).

Preparação para a segunda vinda de Cristo

672. Cristo afirmou antes de sua Ascensão que ainda não chegara a hora do estabelecimento glorioso do Reino messiânico esperado por Israel, que deveria trazer a todos os homens, segundo os profetas, a ordem definitiva da justiça, do amor e da paz. O tempo presente é, segundo o Senhor, o tempo do Espírito e do testemunho, mas é também um tempo ainda marcado pela “tristeza” e pela provação do mal, que não poupa a Igreja e inaugura os combates dos últimos dias. É um tempo de expectativa e de vigília.

673. A partir da Ascensão, o advento de Cristo na glória é iminente, embora não nos “caiba conhecer os tempos e os momentos que o Pai fixou com sua própria autoridade” (At 1,7). Este acontecimento escatológico (*) pode ocorrer a qualquer momento, ainda que estejam “retidos” tanto ele como a provação final que há de precedê-lo.

(*) A palavra “escatologia” tem dois significados sem conexão entre si:

Usada neste contexto, ela tem origem no grego antigo εσχατος, “último”, e se refere à parte da teologia e da filosofia que trata dos “últimos eventos” da história do mundo ou do destino final do gênero humano. Abrange, portanto, os conceitos de morte, alma, juízo pessoal, juízo final, inferno e paraíso.

O mesmo termo, no entanto, também surgiu a partir do grego σκωρ (genitivo σκατος) e se refere ao ramo da fisiologia que estuda os resíduos corporais, como a matéria fecal. A partir desta significação, os termos “escatologia” e “escatológico” se popularizaram como relacionados com o que é desagradável, asqueroso, repugnante. Em nossa cultura laicista, infelizmente, este é praticamente o único sentido que a maioria das pessoas entende do termo.

674. A vinda do Messias glorioso depende a todo momento da história do reconhecimento dele por “todo Israel”. Uma parte desse Israel se “endureceu” (Rm 11,25) na “incredulidade” (Rm 11,20) para com Jesus. São Pedro o afirma aos judeus de Jerusalém depois de Pentecostes: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, a fim de que sejam apagados os vossos pecados e deste modo venham da face do Senhor os tempos de refrigério. Então enviará ele o Cristo que vos foi destinado, Jesus, a quem o céu deve acolher até os tempos da restauração de todas as coisas, das quais Deus falou pela boca de seus santos profetas” (At 3,19-21). E São Paulo lhe faz eco: “Se a rejeição deles resultou na reconciliação do mundo, o que será o acolhimento deles senão a vida que vem dos mortos?” A entrada da “plenitude dos judeus” na salvação messiânica, depois da “plenitude dos pagãos”, dará ao Povo de Deus a possibilidade de “realizar a plenitude de Cristo” (Ef 4,13), na qual “Deus será tudo em todos” (1Cor 15,28).

840. De resto, quando se considera o futuro, o povo de deus da Antiga Aliança e o novo Povo de Deus tendem para fins análogos: a espera da vinda (ou da volta) do Messias. Mas o que se espera é, do lado dos cristãos, a volta do Messias, morto e ressuscitado, reconhecido como Senhor e Filho de Deus, e do lado dos hebreus, a vinda do Messias – cujos traços permanecem encobertos —, no fim dos tempos, espera esta acompanhada do drama da ignorância ou do desconhecimento de Cristo Jesus.

2771 – Na Eucaristia, a Oração do Senhor manifesta também o caráter escatológico de seus pedidos. É a oração própria dos “últimos tempos”, dos tempos da salvação que começaram com a efusão do Espírito Santo e que terminarão com a Volta do Senhor. Os pedidos ao nosso Pai, ao contrário das orações da Antiga Aliança, apóiam-se sobre o mistério da salvação já realizada, uma vez por todas, em Cristo crucificado e ressuscitado.

2772 – Desta fé inabalável brota a esperança que anima cada um dos sete pedidos. Estes exprimem os gemidos do tempo presente, este tempo de paciência e de espera durante o qual “ainda não se manifestou o que nós seremos” (1Jo 3,2). A Eucaristia e o Pai-Nosso apontam para a vinda do Senhor, “até que Ele venha” (1Cor 11,26).

2816 – No Novo Testamento o mesmo termo “Basiléia” pode ser traduzido por realeza (nome abstrato), reino (nome concreto) ou reinado (nome de ação). O Reino de Deus existe antes de nós. Aproximou-se no Verbo encarnado, é anunciado ao longo de todo o Evangelho, veio na morte e na Ressurreição de Cristo. O Reino de Deus vem desde a santa Ceia e na Eucaristia: ele está no meio de nós. O Reino virá na glória quando Cristo o restituir a seu Pai: o Reino de Deus pode até significar o Cristo em pessoa, a quem invocamos com nossas súplicas todos os dias e cuja vinda queremos apressar por nossa espera. Assim como Ele é nossa Ressurreição, pois nele nós ressuscitamos, assim também pode ser o Reino de Deus, pois nele nós reinaremos.

2817 – Este pedido é o “Marana Tha”, o grito do Espírito e da Esposa: “Vem, Senhor Jesus”! Mesmo que esta oração não nos tivesse imposto um dever de pedir a vinda deste Reino, nós mesmos, por nossa iniciativa, teríamos soltado este grito, apressando-nos a ir abraçar nossas esperanças. As almas dos mártires, sob o altar, invocam o Senhor com grandes gritos: “Até quando, Senhor, tardarás a pedir contas de nosso sangue aos habitantes da terra?” (Ap 6,10). Eles devem, com efeito, obter justiça no fim dos tempos. Senhor, apressa portanto a vinda de teu reinado.

2853 – A vitória sobre o “príncipe deste mundo” foi alcançada, de uma vez por todas, na Hora em que Jesus se entregou livremente à morte para nos dar sua vida. É o julgamento deste mundo, e o príncipe deste mundo é “lançado fora”, “Ele põe-se a perseguir a Mulher”, mas não tem poder sobre ela: a nova Eva, “cheia de graça” por obra do Espírito Santo, é preservada do pecado e da corrupção da morte (Imaculada Conceição e Assunção da Santíssima Mãe de Deus, Maria, sempre virgem). “Enfurecido por causa da Mulher, o Dragão foi então guerrear contra o resto de seus descendentes” (Ap 12,17). Por isso o Espírito e a Igreja rezam: “Vem, Senhor Jesus” (Ap 22,17.20), porque a sua Vinda nos livrará do Maligno.

2854 – Ao pedir que nos livre do Maligno, pedimos igualmente que sejamos libertados de todos os males, presentes, passados e futuros, dos quais ele é autor ou instigador. Neste último pedido, a Igreja traz toda a miséria do mundo diante do Pai. Com a libertação dos males que oprimem a humanidade, ela implora o dom precioso da paz e a graça de esperar perseverantemente o retorno de Cristo. Rezando dessa forma, ela antecipa, na humildade da fé, a recapitulação de todos e de tudo naquele que “detém as chaves da Morte e do Hades” (Ap 1,18), “o Todo-Poderoso, Aquele que é, Aquele que era e Aquele que vem” (Ap 1,8): Livrai-nos de todos os males, ó Pai, e dai-nos hoje a vossa paz. Ajudados por vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado e protegidos de todos os perigos, enquanto, vivendo a esperança, aguardamos a vinda do Cristo Salvador.

Fonte: http://pt.aleteia.org/2015/12/04/excelente-ajuda-para-refletir-e-meditar-os-numeros-do-catecismo-que-nos-falam-do-advento/

Editora Cléofas

Santa Sé divulga calendário de celebrações de Natal com o Papa

Guadium Press

Cidade do Vaticano (10/12/2020 11:00, Gaudium Press) Na manhã desta quinta-feira, 10, a sala de imprensa da Santa Sé divulgou o calendário de celebrações que serão presididas pelo Papa Francisco nos meses de dezembro e janeiro.

Por conta da pandemia de Covid-19, a participação nas celebrações será limitada, seguindo o modelo já utilizado em meses anteriores, respeitando as medidas de proteção determinadas pelas autoridades sanitárias.

Guadium Press

Dezembro de 2020

Na quinta-feira, 24 de dezembro, véspera de Natal, Francisco presidirá a Missa do Galo na Basílica de São Pedro às 19h30 (horário local, 15h30 em Brasília). A mudança de horário deve-se ao toque de recolher estabelecido em toda a Itália às 22h.

Na sexta-feira, 25 de dezembro, celebração do Natal, o Santo Padre dará a tradicional Benção “Urbi et Orbi” às 12h (8h em Brasília), na Basílica de São Pedro. Como forma de evitar possíveis multidões na Praça de São Pedro, a tradicional saudação papal de Natal junto com a Bênção “Urbi et Orbi” não será realizada da sacada central da fachada da Basílica Vaticana.

Na quinta-feira, 31 de dezembro, o Pontífice participará das Primeiras Vésperas e do Te Deum em agradecimento pelo ano, por ocasião da Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus. Este momento de oração ocorrerá às 17h (13h em Brasília) na Basílica de São Pedro.

Guadium Press

Janeiro de 2020

Na sexta-feira, 1º de janeiro de 2021, Solenidade de Maria Mãe de Deus e Dia Mundial da Paz, o Papa presidirá a celebração na Basílica de São Pedro às 10h (horário local, 6h em Brasília).

Já na quarta-feira, 6 de janeiro, Solenidade da Epifania do Senhor, Francisco presidirá uma Celebração Eucarística na Basílica de São Pedro às 10h (horário local, 6h em Brasília).

No sábado, 12 de dezembro, por ocasião da Solenidade da Bem-Aventurada Virgem Maria de Guadalupe, o Pontífice celebrará uma Missa às 11h na Basílica de São Pedro. (EPC)

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Você tem medo do futuro? Siga o conselho de Moisés

Guido Reni | Public Domain
por Philip Kosloski

Para combater o medo do futuro, de acordo com Moisés, é preciso viver o hoje e renovar a aliança com Deus.

Você sempre tem medo do futuro? O desconhecido cria ansiedade em seu coração?

Moisés lidou com uma situação semelhante com o povo de Israel. Ele os conduziu pelo deserto e eles estavam à beira de entrar na Terra Prometida. No entanto, muitos estavam céticos e com medo do futuro.

De acordo com o Instituto de Estudos Bíblicos de Israel,

“A palavra ‘hoje’ aparece 59 vezes em Deuteronômio – muito mais do que em qualquer outro livro bíblico. Em alguns casos, Moisés usa ‘hoje’ com o significado de ‘em nossos tempos’, mas, sobretudo, ‘hoje’ é usada com o significado de ‘neste exato momento’. A palavra hebraica original para ‘hoje’, falada por Moisés, é ha-iom (הַיּוֹם), que literalmente significa ‘o dia’. Moisés repetia essa palavra para acalmar as pessoas: viva um dia de cada vez.”

Combatendo o medo do futuro

O povo de Israel tinha muito com que se preocupar, já que seu passado recente não era tão grande e eles continuamente duvidavam de Deus e de sua bondade. E, para combater o medo do futuro entre os seus, Moisés sugeria que eles renovassem sua aliança com Deus “hoje”.

Além disso, as palavras de Moisés também têm uma qualidade “eterna” e referem-se ao “hoje” de quem as lê / ouve. O professor Everett Fox explica esse aspecto: “O eternamente renovado ‘hoje’ busca conectar as gerações e uni-las em um destino comum…”

Da mesma forma, o professor Benjamin D. Sommer expande essa ideia em um artigo para o The Jewish Theological Seminary:

“Em última análise, o “hoje” de que fala Deuteronômio inclui o “hoje” do público do livro – isto é, os muitos “hoje” de cada pessoa ao qual o texto se dirige … Deuteronômio deseja que a aceitação dos mandamentos de Deus pelo público ocorra “hoje”, não no passado. O significado religioso parece reservado para um momento que não conhece as gerações passadas nem as futuras, mas apenas um eterno agora.”

Portanto, ao olharmos para o futuro, procuremos não permitir que todas as incertezas nos dominem. Tudo o que Deus quer de nós é que o aceitemos em nosso coração “hoje”, não amanhã ou ontem, mas “hoje”.

Que possamos, então, nos concentrar mais no momento presente, buscando caminhos para seguir a Deus, ao invés de ficarmos presos no passado ou sempre preocupados ou com medo do futuro.

Aleteia

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF