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sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

O Natal de Maria e José não foi "um mar de rosas", recordou o Papa

© Vatican Media
por Francisco Vêneto

As dificuldades da Sagrada Família devem nos inspirar a viver um Natal mais autêntico e menos consumista.

O Natal de Maria e José não foi “um mar de rosas”, recordou o Papa Francisco na Audiência Geral desta semana. Por isso, ele exortou os fiéis a se inspirarem na Sagrada Família para viver um Natal mais autêntico e menos consumista.

“Restrições e dificuldades nos aguardam neste ano, mas pensemos no Natal da Virgem Maria e de São José: não foi um mar de rosas”.

Convidando-nos a resgatar o sentido do Natal, o Papa também recordou a crise mundial decorrente da pandemia de covid-19 e afirmou que temos a oportunidade de purificar a nossa forma de viver o mistério do Nascimento de Jesus.

O Natal de Maria e José não foi “um mar de rosas”

Francisco declarou:

“Gostaria de exortar a todos a ‘apertar o passo’ rumo ao Natal, o Natal verdadeiro, isto é, o nascimento de Jesus Cristo. Restrições e dificuldades nos aguardam neste ano, mas pensemos no Natal da Virgem Maria e de São José: não foi um mar de rosas. Quantas dificuldades eles tiveram! Quantas preocupações! Apesar de tudo, a fé, a esperança e o amor os guiaram e os ampararam. Que seja assim também para nós! Que esta dificuldade também nos ajude a purificar um pouco o modo de viver o Natal, de festejar, saindo do consumismo: que seja mais religioso, mais autêntico, mais verdadeiro”.

Aleteia 

Natal passa a ser festa nacional no Iraque

Guadium Press

Redação (17/12/2020, 10:50 – Gaudium Press) A partir de agora o Natal torna-se uma festa oficial no Iraque.

A festa de Natal chega ao Iraque, “oficialmente e para sempre”, após votação unânime do Parlamento. A proposta aprovada foi formulada nos últimos meses tendo sido divulgada durante um encontro entre o presidente iraquiano Barham Salih e o patriarca caldeu, cardeal Louis Raphael Sako, que, logo que soube da aprovação, expressou sua alegria e gratidão por esta decisão tão esperada.

Festa de Natal já era reconhecida em algumas regiões do Iraque 

As autoridades políticas iraquianas já haviam assinalado para o reconhecimento da festa de Natal quando, em 2008, foi reconhecida em algumas regiões, porém, não em todo o território nacional. Em 2013 o governo iraquiano havia estabelecido que o dia 25 de dezembro seria um feriado nacional. Segundo o governo de Bagdá, um dia de descanso para que a minoria cristã pudesse viver as comemorações em família.

Há dois anos, 2018, o governo iraquiano havia aprovado uma emenda que modificava a lei sobre feriados nacionais. Foi nessa ocasião que o Natal passou a ter o status de celebração pública para todos os cidadãos, cristãos e muçulmanos.

No ano passado, o cardeal Louis Raphael Sako havia dado algumas instruções sobre como celebrar o Natal de forma sóbria, sem momentos de convívio público, como sinal de proximidade às famílias das centenas de mortos e feridos registrados durante os protestos e confrontos de rua que nos meses anteriores haviam abalado o país.

O Parlamento iraquiano decidiu por unanimidade que o Natal será uma “festividade nacional” comemorada em todo o país a partir deste ano.
Guadium Press

A partir deste ano de 2020, o Natal volta a ser reconhecido como festividade nacional em todo o Iraque

A partir deste ano, portanto, o Natal se torna uma festividade nacional no Iraque. O cardeal Louis Raphael Sako, imediatamente após ouvir a notícia da decisão unânime do Parlamento, divulgou uma mensagem na qual agradeceu ao presidente iraquiano Barham Salih, ao presidente do Parlamento Muhammad al Halbousi e a todos os parlamentares “pelo voto favorável de seus irmãos cristãos”, invocando a bênção e a recompensa de Deus para todos eles.

No dia 17 de outubro o próprio cardeal Sako havia exposto ao presidente Salih a proposta de apresentar um projeto de lei ao Parlamento voltado a reconhecer o Natal como feriado em todo o Iraque.

Na ocasião, o patriarca caldeu recebia em sua residência o presidente Salih que destacou o papel das comunidades cristãs na reconstrução do país, após os anos de ocupação jihadista de Mosul e grandes regiões do norte do Iraque. (JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com informações Fides)

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Com o hebraico Vatican News dirige-se ao mundo em 36 línguas

Home Page Vatican News em hebraico 

O portal de informação da Santa Sé se enriquece. A partir desta quinta-feira (17) oferece conteúdo para os leitores de língua hebraica. Patriarca Pizzaballa: "Trata-se de uma língua simbolicamente importante para nós cristãos".

VATICAN NEWS

Vatican News agora "fala" também em hebraico. O portal de informação multimídia da Santa Sé, inaugurado há três anos, abre novas páginas web, elevando para 36 o número de línguas em que se expressa. Deste modo fortalece o compromisso de levar a palavra e o testemunho do Papa em todas as partes do mundo, ao mesmo tempo em que informa sobre a vida da Igreja universal nos diferentes países.

Mensagem

Por ocasião do lançamento das novas páginas, o Patriarca Latino de Jerusalém, Pierbattista Pizzaballa escreveu uma mensagem afirmando que não é, como se poderia pensar apenas “mais uma língua entre muitas”. O hebraico, afirma Pizzaballa, "é uma língua simbolicamente importante para nós cristãos, porque constitui uma das línguas que estão na raiz da história da Igreja: junto com o grego e o aramaico, é a língua das Escrituras". Naturalmente, ele acrescenta, "o site é em hebraico contemporâneo, uma língua que foi reavivada na era moderna, mas diretamente ligada à língua dos Patriarcas, dos Profetas e dos Reis dos tempos antigos e do povo judeu da época de Jesus".

O Patriarca Latino de Jerusalém traça os esforços feitos pela Igreja na história recente, desde o Concílio Vaticano II, para desenvolver relações amistosas com o povo judeu, para contribuir por um "mundo melhor". O prelado recorda momentos simbólicos, como as visitas dos últimos Papas às sinagogas em várias partes do mundo, encontros com representantes do povo judeu, visitas à Terra Santa, ao Muro das Lamentações e ao Yad Vashem, o memorial Shoah.

Papa Francisco

Papa Francisco dirigiu-se várias vezes aos povos da região e seus líderes, pedindo, não apenas em nome da Igreja, um compromisso renovado para encontrar soluções para os conflitos regionais que impedem a região de viver em justiça, paz e prosperidade. Também por esta razão", escreve Pizzaballa, "é importante que o convite à reconciliação e ao perdão ressoe também em hebraico, um convite que caracteriza o serviço das Igrejas locais da Terra Santa, um convite baseado na vida e na missão de Jesus".

Na realidade língua hebraica não é totalmente nova no mundo das comunicações da Santa Sé: já tinha, de fato, estreado no site da Rádio Vaticano em outubro de 2010, por ocasião da Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para o Oriente Médio, permanecendo até dezembro de 2017. Hoje se inaugura uma nova temporada graças ao compromisso e colaboração do Patriarcado Latino e do Vicariato de São Tiago de Jerusalém.

Vatican News

quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Amoris Laetitia e perseguição aos católicos na China, alguns dos temas do diário do Cardeal

Guadium Press

Redação (17/12/2020 11:03Gaudium Press) Já foi lançado o primeiro volume do tão esperado “Prison Journal” do Cardeal George Pell, escrito em seus dias de prisão, enquanto esteve confinado em um cárcere por falsas acusações de abuso sexual.

O primeiro volume de 350 páginas, publicado pela Ignatius Press, refere-se aos primeiros 5 meses passados em sua cela de isolamento na Prisão de Avaliação de Melbourne.

Nesse local, era permitido apanhar sol meia hora por dia, não podia celebrar missa, apenas assisti-la pela televisão aos domingos. Dividia a mesma zona com assassinos e terroristas, alguns deles muçulmanos, de quem ouvia tanto orações como gritos.

Eram permitidas visitas duas vezes por semana e, de vez em quando, uma religiosa levava-lhe a comunhão.

No entanto, a tristeza natural que poderia sentir não se reflete no diário, no qual trata dos mais variados temas.

Sandro Magister publicou alguns trechos deste trabalho em seu blog Settimo Cielo, do qual reproduzimos algumas passagens. Os subtítulos são nossos:

A história de Jude Chen

Meu enfoque [sobre o sofrimento] é mais semelhante ao do avô de Jude Chen, […] que invocava a Deus a partir de pequenos problemas, porque sem eles teria sido orgulhoso e, graças a eles, evitavam-se problemas maiores. […]

Meu tempo na prisão não é um piquenique, mas se converte em um período de férias, quando comparado com outras experiências na prisão. Meu bom amigo Jude Chen, natural de Xangai e agora residente no Canadá, escreveu-me sobre a prisão de sua família sob o regime comunista chinês.

Em 1958, o irmão de Jude, Paul, um seminarista, e a irmã Sophie, uma estudante do ensino médio, foram presos por serem católicos e passaram trinta anos em duas prisões diferentes; para Sophie, no frio da China setentrional. Foi concedida à família uma visita de quinze minutos por mês, quando estavam em uma prisão de Shangahi, e uma carta de cem palavras por mês ao longo de três décadas.

Confiscaram todos os bens do avô de Jude, Simon, que era rico e tinha construído uma igreja paroquial dedicada à Santíssima Trindade. Jude o amava e ambos viveram na mesma casa por nove anos até a morte do ancião. Jude conta que, quando perguntavam a ele sobre sua propriedade confiscada, ele respondia: “Tudo veio de Deus e será restituído a Deus.”

Os Guardas Vermelhos invadem a casa paterna

Após o início da Revolução Cultural na primavera de 1966, os Guardas Vermelhos invadiram sua casa e ficaram decepcionados ao descobrir que o avô Simon havia morrido. Consequentemente, destruíram seu túmulo, saquearam a casa, e forçaram a mãe de Jude a queimar todos os seus objetos religiosos. O pai de Jude foi demitido como professor e rebaixado a porteiro.

Aos onze anos e no ensino fundamental, Jude foi forçado a confessar aos seus quarenta colegas de classe que ele era um criminoso de uma família criminosa. Ele também se lembra de seu professor que dizia aos seus companheiros para ficarem longe dele.

Aos dezessete anos, Jude foi enviado por oito anos para um campo de trabalho em um subúrbio de Xangai. Quando ele estava prestes a sair, seus pais lhe deram esta instrução: “Jude, não conserve nenhum ódio em seu coração, mas somente amor.” Este é o combustível sagrado que dá força à Igreja.

Interpretações perigosas de Amoris Laetitia

A fidelidade a Cristo e a seu ensinamento permanece indispensável para algum catolicismo fecundo, para algum despertar religioso. Este é o motivo pelo qual as “aprovadas” interpretações argentina e maltesa de “Amoris laetitia” são tão perigosas: vão contra o ensinamento do Senhor sobre o adultério e o ensinamento de São Paulo sobre as disposições necessárias para receber devidamente a Sagrada Comunhão. […]

Nos dois Sínodos sobre a Família, algumas vozes proclamaram em voz alta que a Igreja era um hospital de campanha ou um porto de refúgio. Mas esta é apenas uma imagem da Igreja e está longe de ser a mais adequada ou relevante, porque, acima de tudo, a Igreja deve mostrar como não adoecer e como escapar dos naufrágios, e aqui os mandamentos são essenciais. O próprio Jesus ensinou: “Se observardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor” (Jo 15, 10).

(Uma nota editorial de rodapé, a respeito das interpretações de “Amoris laetitia”, explica que “as diretrizes pastorais” – que “permitiam, em certas circunstâncias, aos católicos divorciados que se casaram novamente” receber a comunhão – foram publicadas na Argentina e Malta, e “o Papa Francisco aprovou as diretrizes de Buenos Aires em uma carta aos bispos da região em setembro de 2016”, enquanto que “a publicação de diretrizes maltesas no ‘L’Osservatore Romano’, diário da Santa Sé, em janeiro de 2017 também foi vista por alguns como uma aprovação oficial dessas diretrizes”).

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AARÃO: SACERDOTE DO SENHOR (PARTE 2/2)

Aarão | Canção Nova

UMA MEMÓRIA DE DEUS PARA O SEU POVO

A carta aos Hebreus, no Novo Testamento, nos diz algo muito bonito sobre Aarão: “Ninguém arroga a si mesmo esta honra (de ser sacerdote), ela é recebida por chamamento de Deus, como sucedeu a Aarão” (Hb 5, 4). Nessas palavras, o autor da carta deixa claro que a vocação é um chamado divino e qualquer serviço assumido em nome de Deus só tem sentido se for resposta a tal chamado.

Aarão foi chamado por Deus para ser sacerdote. Mas como, então, viver essa vocação? O capítulo 18 do Livro dos Números prescreve como dever ser o sacerdote. Nele, Deus diz a Aarão: “Não terás patrimônio na terra deles, nem terás parte alguma no meio deles. Eu é que serei tua parte e teu patrimônio no meio dos filhos de Israel” (Nm 18, 20). Também o Livro do Eclesiástico, no elogio a Aarão, diz que Aarão foi “circundado com romãs, com sininhos de ouro numerosos em volta, os quais tilintavam a cada um de seus passos, fazendo ouvir seu tilintar no Templo, como memorial para os filhos de seu povo” (Nm 45, 9).

Compreendemos, assim, que o sacerdote é um escolhido de Deus para ser memorial desse mesmo Deus no meio do povo. Tudo que ele tem é Deus. Tudo o que faz como sacerdote lembra ao povo a presença de Deus no meio deles. Assim foi a vida de Aarão, dos seus filhos e de toda a tribo de Levi, que foi escolhida para ser a porção sacerdotal do povo de Deus.

Revista EcoandoEditora Paulus nº 18  (Págs. 10 e 11)

Dezembro/2020

Por que a história do presépio está ligada a São Francisco de Assis

MonDoMD | CC BY-SA 4.0
por Bret Thoman, OFS

São Francisco gostava tanto do Natal que deu início à tradição de representar a cena do nascimento de Jesus.

A história do presépio está ligada a uma pequena cidade no Vale de Rieti, Itália, onde São Francisco de Assis reproduziu pela primeira vez o nascimento de Cristo.

De fato, São Francisco tinha uma profunda devoção ao Natal. Tomás de Celano, seu primeiro biógrafo, disse que ele se referia ao Natal como “a festa das festas” e a celebrava com “devoção inenarrável”.

Francisco gostava tanto do Natal, que em 1223 – três anos antes de morrer – fez algo totalmente novo: começou a recriar o nascimento de Jesus.

O cenário era Greccio, uma pequena cidade a cerca de 90 quilômetros de Roma. Com a ajuda de um cavaleiro local chamado Giovanni, Francisco escolheu uma caverna em um penhasco para a Missa.

Na Igreja primitiva, a “festa das festas” sempre foi a Páscoa – o mistério pascal que salvou a humanidade do pecado. No entanto, Francisco não mudou nem pretendeu mudar essa ordem de precedência entre as festas. Seu desejo, de fato, era simplesmente destacar e reviver a dimensão histórica e humana do nascimento de Cristo.

O primeiro presépio

Francisco disse, então, a Giovanni: “Desejo representar a memória daquele Menino que nasceu em Belém: ver o máximo possível com meus próprios olhos corporais o desconforto das necessidades de seu filho, como ele ficou em uma manjedoura, e como ele descansou no feno.”

Por meio da presença visual dos animais vivos, do feno e da manjedoura, a cena ganhou vida. As pessoas reunidas puderam, portanto, entrar no mistério da Encarnação de uma forma totalmente nova.

Na era de Francisco, a religião tendia a ser elevada. As pessoas tinham dificuldade para entender a Missa, já que as liturgias eram em latim.

Propagar a mensagem do Natal

No entanto, com o presépio, São Francisco de Assis pregava ao povo “sobre o nascimento do pobre rei e da pobre cidade de Belém”. Quando ele olhava para Cristo, ele via uma “criança dormindo profundamente na manjedoura”.

Posteriormente, foi construído um altar sobre a manjedoura e uma igrejinha construída em torno da gruta. Além disso, deu início a uma tradição de recriar o presépio de Jesus em Greccio. Com o tempo, a tradição se espalhou para outras partes da Itália e as pessoas em todos os lugares começaram a adotar a reconstituição do Natal.

Peregrinações a Greccio

Atualmente, Greccio é visitada por inúmeras pessoas todos os anos. Os peregrinos ficam encantados com o extenso Vale Rieti e o intrigante eremitério situado em um penhasco.

Por outro lado, dentro da ermida, pode-se visitar a gruta onde São Francisco recriou o primeiro presépio. Além da gruta, há um dormitório e uma caverna onde São Francisco se abrigava.

Ademais, perto da igreja, também é possível conferir uma uma exposição de presépios artesanais de todo o mundo.

Enfim, a mensagem que se quer passar com essas representações é que o nascimento de Jesus não foi um evento que ocorreu remotamente em uma época e em um lugar distantes. Pelo contrário: nosso Salvador está conosco aqui e agora.

Portanto, neste período de alegre expectativa do Advento, procuremos o menino Jesus conosco onde estamos.

Clique na galeria abaixo e conheça um pouco de Greccio.

Aleteia

Feliz aniversário Papa Francisco!

Papa Francisco / Foto: Vatican Media

REDAÇÃO CENTRAL, 17 dez. 20 / 06:00 am (ACI).- Hoje, 17 de dezembro, o Papa Francisco completa 84 anos de vida. Milhões de fiéis se alegram em todo mundo pelo aniversário do Pontífice nascido na Argentina e que sempre pede que se lembrem dele nas orações.

Jorge Mario Bergoglio nasceu no seio de uma família católica no dia 17 de dezembro de 1936, no bairro de Flores, Buenos Aires, sendo o mais velho de cinco filhos do casal formado por Mario José Bergoglio e Regina Maria Sívori, ambos imigrantes italianos.

Foi batizado no dia de Natal de 1936 na Basílica Maria Auxiliadora e São Carlos, do bairro de Almagro, em Buenos Aires.

Em sua infância, foi aluno do Colégio Salesiano dos Santos Anjos e estudou na Escola Nacional de Educação Técnica Nº 27 Hipólito Yrigoyen, onde se graduou como técnico em química. Em seguida, trabalhou no laboratório Hickethier-Bachmann.

Durante sua juventude, teve uma doença pulmonar e foi submetido a uma cirurgia na qual foi extirpada uma parte de um pulmão, o que não o impediu de desenvolver suas atividades com normalidade.

Em 11 de março de 1958, ingressou no noviciado da Companhia de Jesus no Seminário de Villa Devoto. Como noviço da Companhia de Jesus, terminou seus estudos no Seminário Jesuíta de Santiago, no Chile.

Entre 1967 e 1970, cursou estudos de teologia na Faculdade de Teologia do Colégio Máximo de San José. Foi ordenado sacerdote no dia 13 de dezembro de 1969, poucos dias antes de completar 33 anos.

Continuou seus estudos de 1970 a 1971 na Universidade de Alcalá de Henares (Espanha) e, em 22 de abril de 1973, fez sua profissão como jesuíta. De volta à Argentina, foi mestre de noviços na Vila Barilari; professor na Faculdade de Teologia de San Miguel; consultor provincial da Companhia de Jesus, cargo que ocupou até 1979; e reitor do Colégio Máximo da Faculdade.

Foi nomeado Bispo Auxiliar de Buenos Aires pelo Papa João Paulo II em 20 de maio de 1992. Quando a saúde do então Arcebispo de Buenos Aires, Cardeal Antonio Quarracino, começou a se debilitar, Dom Bergoglio foi designado Arcebispo Coadjutor em 3 de junho de 1997. Ao falecer o Cardeal Quarracino, ele o sucedeu no cargo de Arcebispo de Buenos Aires em 28 de fevereiro de 1998.

Durante o consistório de 21 de fevereiro de 2001, o Papa João Paulo II o criou Cardeal. Como Cardeal, fez parte da Comissão para a América Latina; da Congregação para o Clero; do Pontifício Conselho para a Família; da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos; do Conselho Ordinário da Secretaria Geral para o Sínodo dos Bispos; e da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica.

Foi presidente da Conferência Episcopal Argentina em dois períodos consecutivos, de novembro de 2005 até novembro de 2011. Integrou também o Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM).

O Cardeal Bergoglio sempre teve um estilo de vida singelo e austero. Vivia em um apartamento pequeno em vez da residência episcopal, renunciou à sua limusine e a seu motorista, deslocava-se em transporte público e preparava sua própria comida.

Gosta de ópera, tango e é amante do futebol. Ele segue sendo sócio ativo do Clube Atlético San Lorenzo de Almagro, seu time do coração.

Em 13 de março de 2013, foi eleito Pontífice, sucedendo o agora Papa Emérito Bento XVI.

ACI Digital

Santos Daniel, Profeta E Os Três Jovens: Ananias, Azarias E Misael († Séc. A.C. VI)

Ecclesia

O Santo Profeta Daniel era um aristocrata e, possivelmente, oriundo de família real. No quarto ano do reinado de Joaquim, durante a primeira conquista de Jerusalém por Nabucodonosor (605 a.C), o jovem Daniel era prisioneiro na Babilônia. Com outros jovens de famílias abastadas, foi enviado a uma escola preparatória de serviços à corte do rei, que prepara jovens na faixa de idade entre 14 a 17 anos. Na escola estudava com 3 amigos: Ananias, Azarias e Misael. Durante vários anos os quatro se dedicaram a aprender a língua local e outras diversas ciências caldeias.  Tiveram que mudar seus nomes: Daniel passou a se chamar Balthasar; Ananais recebeu o nome de Sidrac; Misael de Mesac e Azarias tomou o nome de Abidnego. Porém, mesmo com novos nomes, os jovens não mudaram a fé que receberam de seus pais. Temendo profanar seus corpos com comida pagã, pediram ao seu educador para não receber alimentos vindos da mesa do rei (que era regada com sangue de sacrifícios), mas que pudessem consumir apenas comidas simples compostas de vegetais.

Por algum tempo o educador acatou o pedido e, durante 10 dias, os jovens se alimentaram apenas com comida de origem vegetal. Depois de algum tempo, sentiram-se mais sadios e dispoostos que seus companheiros que comiam da mesa do rei. Esta constatação fez com que lhes fosse permitido continuar com a dieta alimentar. O Senhor recompensou os jovens piedosos com progressos nas ciências e o rei, durante os exames, descobriu que eles eram mais sábios que os magos babilônicos. Depois de concluir seus estudos, Daniel e seus três companheiros foram designados para servir na corte do rei. Daniel tornou-se cortesão durante os reinados de Nabucodonosor e de seus cinco herdeiros. Após a derrota da Babilônia, tornou-se conselheiro do rei Dario de Média e do rei persa Ciro (cf. Dn 6,28).

Deus concedeu a Daniel o dom de interpretar visões e sonhos, conforme narra os capítulos 2 e 4 onde explica o sonho de Nabucodonosor. No primeiro sonho o rei viu um enorme ídolo ser destruído por uma pedra que caiu de uma montanha. Daniel explicou que o ídolo simbolizava os quatro reinos pagãos que sucederiam, entre os quais estavam o babilônico e o romano. A pedra que destruía o ídolo simbolizava o Messias e a montanha era seu Reino Eterno.  Daniel termina assim a explicação do sonho: «Tu, ó rei, estavas vendo, e eis aqui uma grande estátua; esta estátua, que era imensa, cujo esplendor era excelente, e estava em pé diante de ti; e a sua aparência era terrível. A cabeça daquela estátua era de ouro fino; o seu peito e os seus braços de prata; o seu ventre e as suas coxas de cobre; as pernas de ferro; os seus pés em parte de ferro e em parte de barro.  Estavas vendo isto, quando uma pedra foi cortada, sem auxílio de mão, a qual feriu a estátua nos pés de ferro e de barro, e os esmiuçou.  Então foram juntamente esmiuçados o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro, os quais se fizeram como pragana das eiras do estio, e o vento os levou, e não se achou lugar algum para eles; mas a pedra, que feriu a estátua, se tornou grande monte, e encheu toda a terra.  Este é o sonho; também a sua interpretação diremos na presença do rei.  Tu, ó rei, és rei de reis; a quem o Deus do céu tem dado o reino, o poder, a força, e a glória.  E onde quer que habitem os filhos de homens, na tua mão entregou os animais do campo, e as aves do céu, e fez que reinasse sobre todos eles; tu és a cabeça de ouro.  E depois de ti se levantará outro reino, inferior ao teu; e um terceiro reino, de bronze, o qual dominará sobre toda a terra.  E o quarto reino será forte como ferro; pois, como o ferro, esmiúça e quebra tudo; como o ferro que quebra todas as coisas, assim ele esmiuçará e fará em pedaços.  E, quanto ao que viste dos pés e dos dedos, em parte de barro de oleiro, e em parte de ferro, isso será um reino dividido; contudo haverá nele alguma coisa da firmeza do ferro, pois viste o ferro misturado com barro de lodo.  E como os dedos dos pés eram em parte de ferro e em parte de barro, assim por uma parte o reino será forte, e por outra será frágil.  Quanto ao que viste do ferro misturado com barro de lodo, misturar-se-ão com semente humana, mas não se ligarão um ao outro, assim como o ferro não se mistura com o barro.  Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre, Da maneira que viste que do monte foi cortada uma pedra, sem auxílio de mãos, e ela esmiuçou o ferro, o bronze, o barro, a prata e o ouro; o grande Deus fez saber ao rei o que há de ser depois disto. Certo é o sonho, e fiel a sua interpretação». (Dn 2, 31-45)

Este sonho era uma visão profética acerca da Igreja. Efetivamente, a fé cristã que surgiu no império romano, espalhou-se logo por todo o mundo, e seguirá existindo até o fim do mundo, até que os grandes reinos pagãos desapareçam sem deixar rastros. No terceiro capítulo de seu livro, Daniel conta a façanha de seus três amigos que se negaram a adorar um ídolo de ouro (Marduk)e por isso foram jogados numa fornalha ardente. Porém, um anjo do Senhor lhes preservou intactos. A oração de agradecimento dos três jovens tornou-se modelo dos cânticos oitavo e nono da Cânon das matinas. Sobre a atividade de Daniel, durante os sete anos dos reinados dos três sucessores de Nabucodonosor (Evil-Merodac, Neriglisor e Lavosoadac), nada se conhece. O assassino de Lavosoardac, Nabonid co-governou com seu filho Belsasar. No primeiro ano do reinado de Belsasar, Daniel teve uma visão sobre os quatro reinos que se transformou na visão do céu e de Deus, na imagem do «Ancião» e do «Filho do Homem», (isto é, o Filho de Deus que deveria encarnar-se. (Dn, 7)

Como sabemos pelos Evangelhos, o Salvador chamava-se a si mesmo de «Filho do Homem», fazendo recordar aos judeus a profecia de Daniel. Durante o julgamento no Sinédrio, quando o Sumo sacerdote inquiriu a Jesus se Ele era mesmo o Messias prometido, o Senhor se refere à visão de Daniel, e recorda a glória celestial do Filho do Homem. (Dn 7; Mt 26,64)

A parte mais importante da visão de Daniel se refere aos tempos que precederão o fim do mundo e o Juizo Final. Porém, alguns trechos destas profecias se referem às perseguições à Igreja por Antioco Epifanes, no século III, nos tempos do Anticristo. A visão seguinte, registrada noterceiro anos de Belsasar sobre duas monarquias sob o aspecto de um cabrito e de um cordeiro também se referem ao fim do mundo. Estas visões têm características comuns com as visões narradas no Apocalipse de São João, o Teólogo. (Dn 7-8) (Ap 11, 12 e 17).

Babilônia foi tomada pelo rei Dario de média, no 17º. ano do reinado de Belsasar (539 aC). Belsasar foi assassinado durante a conquista da cidade, tal qual foi profetizado por uma mão misteriosa que escreveu na parede «Mene, Mene, Tekel, Uparsin» (tu eras insignificante e teu reino será dividido entre Medos e Persas (Dn 5, 25-31), tal qual Daniel tinha interpretado a inscrição. Antes, a queda da Babilônia foi predita pelos profetas Isaias e Jeremias (Is 13,14 e 21; Jr 50 e 51). No livro do Apocalipse, a Babilônia representa o reino do mal (Ap 16,19)

No reinado de Dario de Média, Daniel era um dos principais dignitários do reino. Os cortesãos pagãos caluniaram Daniel ao rei e, por inveja e pela astúcia, fizeram com que Daniel fosse jogado na cova dos leões. Deus, porém, preservou seu profeta intacto. (Dn 6) Mais tarde, Daniel teve outra visão relacionada aos 70 por 7 (490 anos) que se referia a chegada do Messias. (Dn 9) Daniel foi prosperando durante o reinado de Dario e de Ciro, o persa. Por sua influência, Ciro decretou a libertação do povo hebreu do cativeiro, no ano 536 aC. Segundo a tradição, o profeta Daniel interpretou para Ciro o que Isaias profetizara para ele. (Is 44, 28 a 45,13) Surpreso com a profecia acerca de si mesmo, o rei reconheceu o poder do Senhor e ordenou que os hebreus construíssem em sua honra o templo de Jerusalém. (Es 1) Pela segunda vez, foi milagrosamente salvo dos leões. (Dn 14) No terceiro ano do reinado de Ciro, na babilônia, Daniel teve uma revelação sobre o destino do povo de Deus. (Dn 10-12)

Sobre sua vida posterior pouco se sabe. Morreu muito idoso, com cerca de 90 anos, em Suzac (Ekbatana). Seu livro compreende 14 capítulos onde os seis primeiros constituem uma resenha histórica onde relata como a glória de Deus se espalhava durante o tempo do cativeiro na Babilônia. Os capitulos 7 ao 12 são proféticos e contém as visões sobre o futuro e o destino do povo judeu. É surpreendente a exatidão com que Daniel profetizou a chegada do Messias e o início do Novo testamento.

Tradução e publicação neste site
com permissão de: Ortodoxia.org
Trad.: Pe. Pavlos/Pe. André

Ecclesia

São João da Mata

S. João da Mata | ArqSP

A missão de salvar cristãos prisioneiros dos turcos foi mostrada a João da Mata em uma visão que teve ao celebrar logo a sua primeira missa. Essa foi a motivação que tornou possível a Ordem da Santíssima Trindade e da Redenção dos cativos, ou somente Padres Trinitários, como são conhecidos, que tinha como objetivo resgatar cristãos presos e mantidos como escravos pelos inimigos muçulmanos. Nessa época, o Império Otomano, dos turcos muçulmanos, dominava aquelas regiões.

A nova Congregação foi fundada em 1197 por João da Mata, com o apoio do religioso Félix de Valois, considerado seu co-fundador, também celebrado pela Igreja. A autorização da Igreja veio através do papa Inocêncio III, um ano depois. Mas João, antes de procurar o auxilio de seu contemporâneo Félix, já levava uma vida social e religiosa voltada para a luta a favor dos oprimidos.

João da Mata nasceu em 23 de junho de 1152, em Francon, no sul da França, e desde pequeno mostrou sua preocupação para com os injustiçados. Ele chegava a dividir com os pobres todo o dinheiro que recebia dos pais para seu divertimento. Depois de tornar-se sacerdote e ter-se doutorado em teologia em Paris, procurou Félix, que vivia recluso e solitário, com o qual conviveu por três anos. Nesse período, planejaram a criação da nova Ordem e a melhor maneira de lutar pela liberdade dos cristãos, então subjugados, segregados e muitos mantidos em cativeiro.

Para isso ele ergueu, então, a primeira comunidade em Cerfroi, região deserta nos arredores de Paris, que depois se tornou a Casa-mãe da Ordem dos Trinitários. De lá os sacerdotes missionários formados passaram a soltar os cativos, levando-os, em triunfo, a Paris. O próprio João da Mata organizou uma expedição à África, onde resgatou, pessoalmente, um grande número de cristãos em cativeiro. Em uma segunda viagem, caiu nas mãos dos muçulmanos, foi espancado e deixado sangrando pelas ruas de Túnis, na Tunísia.

Recuperou-se, reuniu os cristãos e os embarcou num navio que devia levá-los a Roma. O barco acabou sendo atacado, teve as velas rasgadas e o leme quebrado. Os registros e a tradição contam que João da Mata tirou o manto, rezou, transformou-o numa vela, pediu a Deus que guiasse o navio e, assim, chegaram ao porto da cidade italiana de Óstia. Depois, muitos outros cristãos foram libertados dessa maneira, na África, pelos integrantes que engrossavam a nova Congregação.

A Ordem dos Trinitários cresceu tanto que seu fundador teve de construir várias outras casas comunitárias, tamanha era a solicitação para o ingresso. João da Mata morreu santamente, no dia 17 de dezembro de 1213. O papa Inocêncio XI elevou à honra dos altares são João da Matha, cuja celebração foi estabelecida para o dia de sua morte.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

Arquidiocese de São Paulo

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

DIREITOS HUMANOS IMPORTAM

Dom Roberto Francisco Ferrería Paz | CNBB
Bispo de Campos (RJ)

O advento é o tempo da imaginação profética de deletrear a palavra pessoa humana, na sua dignidade de valor e consistência. O Natal, sendo o nascimento do menino Deus, nos irmana e nos iguala. Ilumina a longa marcha que tem como grandioso marco a Declaração Universal dos Direitos Humanos que celebramos no 10 de dezembro.

Sim, estes direitos são naturais e intrínsecos a toda pessoa humana, indivisíveis, imprescritíveis e inalienáveis. Ninguém pode nos tirar ou ridicularizá-los porque estaria profanando algo de inestimável e precioso para autoconsciência da humanidade. Não interessam só aos ativistas ou especialistas em Direito Internacional, mas ao povo simples e gente de carne e osso, pele e pescoço. Porque eles têm a ver com a fome, o trabalho, a saúde integral, o direito a ter acesso a um leito no hospital, à educação formal e digital.

O arrogante e o autoritário os desprezam, porque desejariam ter, sempre diante deles, subservientes, capachos, e alienados, como se referia Bertold Brecht em relação ao analfabeto político: “ele estufa seu peito dizendo, eu não gosto de política; mal sabe ele que é na política que se decide o preço do feijão, a falta de moradia, a saúde em colapso, a filha que se torna garota de programa e o filho viciado”.

Direitos humanos são tão necessários como o pão farto ou a água refrescante, porque eles defendem a vida, a vida digna para todos/as. Por não levá-los a sério, continuamos vendo o espetáculo deprimente da compra de votos, da política como balcão de negócios e da corrupção aliada a desigualdade mais escancarada.

É verdade que não basta declará-los, ou escrevê-los em belos discursos, mas concretizá-los em programas e projetos que os tornem carne e incluam o povo inteiro. Sou cristão e para mim a justiça é uma dimensão constitutiva do Evangelho, sou humano, nada que afete a humanidade me é alheio ou indiferente. Qualquer injustiça cometida contra qualquer pessoa de qualquer cor, credo, etnia, sexo, cultura, me diz respeito e a sinto como própria, porque como afirma o Papa Francisco: “todos somos irmãos”. Deus seja louvado.

CNBB

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF