Translate

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

15 promessas, 10 bênçãos e 8 vantagens de se rezar o terço

Aleteia
https://pt.aleteia.org/author/pildoras-de-fe/

Esta linda oração, rezada com devoção e fé, tem um incrível poder de transformar sua vida espiritual.

A palavra “rosário” vem do latim e significa “grinalda de rosas”. A rosa é uma das flores mais comumente utilizadas para simbolizar a Virgem Maria. Se você perguntar qual é o sacramental (para entender o que é um sacramental, clique aqui) mais emblemático que os católicos possuem, certamente as pessoas responderão que é o santo rosário.

Nestes últimos anos, a prática do terço ressurgiu magistralmente, já são muitos os católicos que o rezam, e até os que sabiam pouco sobre ele aprenderam a rezá-lo em família. O terço é uma devoção em honra de Nossa Senhora, composto por um número determinado de orações específicas.

Promessas do santo rosário

1. Aqueles que rezarem com enorme fé o Rosário receberão graças especiais.
2. Prometo minha proteção e as maiores graças aos que rezarem o Rosário.
3. O Rosário é uma arma poderosa para não ir ao inferno: destrói os vícios, diminui os pecados e nos defende das heresias.
4. Receberá a virtude e as boas obras abundarão, receberá a piedade de Deus para as almas, resgatará os corações das pessoas de seu amor terreno e vaidades, e os elevará em seu desejo pelas coisas eternas. As almas se santificarão por meio do Rosário.
5. A alma que se encomendar a mim no Rosário não perecerá.
6. Quem rezar o Rosário devotamente, e tiver os mistérios como testemunho de vida, não conhecerá a desgraça. Deus não o castigará em sua justiça, não terá uma morte violenta, e se for justo, permanecerá na graça de Deus, e terá a recompensa da vida eterna.
7. Aquele que for verdadeiro devoto do Rosário não perecerá sem os Sagrados Sacramentos.
8. Aqueles que rezarem com muita fé o Santo Rosário em vida e na hora de sua morte encontrarão a luz de Deus e a plenitude de sua graça, na hora da morte participarão do paraíso pelos méritos dos Santos.
9. Livrarei do purgatório àqueles que rezarem o Rosário devotamente.
10. As crianças devotas ao Rosário merecerão um alto grau de Glória no céu.
11. Obterão tudo o que me pedirem mediante o Rosário.
12. Aqueles que propagarem meu Rosário serão assistidos por mim em suas necessidades.
13. Meu filho concedeu-me que todo aqueles que se encomendar a mim ao rezar o Rosário terá como intercessores toda a corte celestial em vida e na hora da morte.
14. São meus filhinhos aqueles que recitam o Rosário, e irmãos e irmãs de meu único filho, Jesus Cristo.
15. A devoção a meu Rosário é um grande sinal de profecia.

Bênçãos do terço (magistério dos papas)

1. Os pecadores obtêm o perdão.
2. As almas sedentas se saciam.
3. Os que estão presos se verão livres.
4. Os que choram encontraram alegria.
5. Os que são tentados encontram tranquilidade.
6. Os pobres são socorridos.
7. Os religiosos são reformados.
8. Os ignorantes são instruídos.
9. Os vivos triunfam sobre a vaidade.
10. Os mortos alcançam a misericórdia por via dos sufrágios.

Vantagens de se rezar o terço (São Luís Maria Grignion de Montfort)

1. Eleva-nos insensivelmente ao conhecimento perfeito de Jesus Cristo;
2. Purifica as nossas almas do pecado;
3. Faz-nos vitoriosos contra todos os nossos inimigos;
4. Torna-nos fácil a prática das virtudes;
5. Abrasa-nos no amor de Jesus Cristo;
6. Enriquece-nos de graças e de méritos;
7. Fornece-nos com o que pagar todas as nossas dívidas com Deus e com os homens;
8. Por fim, faz-nos obter de Deus toda espécie de graças.

Aleteia

O que darei ao Menino Jesus?

Guadium Press
Está chegando o dia do aniversário, é necessário preparar o presente!

Redação (19/12/2020 12:26Gaudium Press) Inicia-se o mês de dezembro, a natureza assume um novo colorido, o ambiente todo se modifica. Mesmo que as aparências exteriores não sejam tão intensas como em anos precedentes, a atmosfera é de Natal.

Porém, nem todos são capazes de sentir essa realidade, uma vez que têm o coração submerso em preocupações concretas, e o espírito, se ainda não se encontra afogado, já não se deixa encantar com essas alegrias inocentes.

“Isso é coisa de criança” – afirmam alguns. E, sem perceber, fecham suas almas para a divina influência do Senhor, que está por chegar no dia 25.

Outros há que veem no Natal uma festa meramente social, na qual se trocam presentes e se visitam os parentes (esse ano já não será assim…).

Ora, numa festa de aniversário, quem deve receber o presente não é o aniversariante? Onde está, então, o meu presente para o Menino Jesus?

A Santa Igreja, como Mãe misericordiosa que nunca esquece de seus filhos, mesmo que, por vezes, estes dela se esqueçam, oferece um tempo de penitência e de conversão que precede o nascimento do Salvador: o tempo do Advento.

São poucos dias, durante os quais o intuito não é flagelar-se ou macerar a alma com intensas penitências. É, isto sim, um tempo de reflexão, no qual a alma fervorosa deve fazer uma retrospectiva do ano que passou e encontrar dentro de si mesma o que maculou seu coração, aproveitando para limpar essa mancha e reparar as falhas. Pois o melhor presente de Natal é um coração puro, e é só com ele que se vê a Deus que nasce. Já dizia o Senhor, no sermão das Bem-aventuranças, que só os puros de coração é que verão a Deus. E ver a Deus aqui nessa terra, é estar livre do pecado que obscurece as vistas da alma.

Entretanto, estar livre da mescla de um corpo estranho é o primeiro degrau da pureza, há uma elevação maior, que é a de emitir seu melhor brilho. Assim como o ouro que está livre de gangas é, de fato, puro, só será puríssimo quando seu brilho atingir o máximo de sua capacidade. Dessa forma, para o homem obter a inteira pureza de coração, não basta estar livre do pecado, mas é preciso rumar sempre mais para a perfeição.

Tudo isso é excelente, mas nem todos os corações estão tão distantes assim do pecado, e por vezes até o procuram com avidez. O que fazer, então?

É impossível terminar o caminho, sem antes começar a caminhar. Quanto mais profunda é uma mancha da alma, mais tempo será necessário para retirá-la. Mas o importante, após reconhecer que há uma mácula, é dobrar os joelhos pedindo forças para purificar-se, e depois colocar-se nas mãos da Mãe do Menino-Deus, Maria Santíssima, para que Ela maternalmente termine o trabalho e apresente aquele coração da maneira que o seu Filho deseja. Porque só uma mãe é capaz de agradar um filho como ele realmente aprecia.

Aproveitemos esses últimos dias que antecedem o Natal para averiguar com honestidade quais são as mazelas que tornam impuro o nosso coração e corramos para prepará-lo à maneira que o aniversariante gostará de recebê-lo. Esse é o melhor presente que podemos dar ao Menino Jesus: um coração purificado.

Por Odair Ferreira

https://gaudiumpress.org/

Da Exposição sobre o Evangelho de São Lucas, de Santo Ambrósio, bispo

ward

(Lib. 2, 19. 22-23. 26-27: CCL 14, 39-42) (Séc. IV)

A visitação da Virgem Maria

O Anjo anunciara à Virgem Maria coisas misteriosas. Para fortalecer sua fé com um exemplo, anunciou-lhe a maternidade de uma mulher idosa e estéril, como prova de que é possível a Deus tudo que ele quer.

Logo ao ouvir a notícia, Maria dirigiu-se às montanhas, não por falta de fé na profecia ou falta de confiança na mensagem, nem por duvidar do exemplo dado, mas guiada pela felicidade de ver cumprida a promessa, levada pela vontade de prestar um serviço, movida pelo impulso interior de sua alegria.

Já plena de Deus, aonde ir depressa senão às alturas? A graça do Espírito Santo ignora a lentidão. Manifestam-se imediatamente os benefícios da chegada de Maria e da presença do Senhor, pois quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança exultou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo (Lc 1,41).

Notai como cada palavra está escolhida com perfeita precisão e propriedade: Isabel foi a primeira a ouvir a voz, mas João foi o primeiro a pressentir a graça; aquela ouviu segundo a ordem da natureza, este exultou em virtude do mistério. Ela percebeu a chegada de Maria, ele, a do Senhor; a mulher ouviu a voz da mulher, o menino sentiu a presença do Filho; elas proclamam a graça de Deus, eles realizam-na interiormente, iniciando no seio de suas mães o mistério de misericórdia; e, por um duplo milagre, as mães profetizam sob a inspiração de seus filhos.

A criança exultou, a mãe ficou cheia do Espírito Santo. A mãe não se antecipou ao filho; mas estando o filho cheio do Espírito Santo, comunicou-o a sua mãe. João exultou; o espírito de Maria também exultou. A alegria de João se comunica a Isabel; quanto a Maria, porém, não nos é dito que recebesse então o Espírito, mas que seu espírito exultou. – Aquele que é incompreensível agia em sua mãe de modo incompreensível – Isabel recebe o Espírito Santo depois de conceber; Maria recebeu antes. Por isso, Isabel diz a Maria: Feliz és tu que acreditaste (cf. Lc 1,45).

Felizes sois também vós, que ouvistes e acreditastes, pois toda alma que possui a fé concebe e dá à luz a Palavra de Deus e conhece suas obras.

Esteja em cada um de vós a alma de Maria para engrandecer o Senhor: em cada um esteja o espírito de Maria para exultar em Deus. Embora segundo a natureza haja uma só Mãe do Cristo, segundo a fé o Cristo é o fruto de todos; pois toda alma recebe o Verbo de Deus desde que, sem mancha e libertada do pecado, guarda a castidade com inteira pureza.

Toda alma que alcança esta perfeição, engrandece o Senhor como a alma de Maria o engrandeceu e seu espírito exultou em Deus, seu Salvador.

Na verdade, o Senhor é engrandecido, como lemos noutro lugar: Comigo engrandecei ao Senhor Deus (Sl 33,4). Não que a palavra humana possa acrescentar algo ao Senhor, mas porque ele é engrandecido em nós: a imagem de Deus é o Cristo e assim, quando alguém age com piedade e justiça, engrandece essa imagem de Deus, a cuja semelhança foi criado; e, engrandecendo-a, participa cada vez mais da grandeza divina.

https://liturgiadashoras.online/

Vaticano publica 10 orientações para o Domingo da Palavra de Deus

Basílica de São Pedro no Vaticano.
Foto: Daniel Ibáñez / ACI Prensa

Vaticano, 21 dez. 20 / 10:04 am (ACI).- A Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, presidida pelo Cardeal Robert Sarah, publicou dez orientações para viver o Domingo da Palavra de Deus que se celebra todos os anos no terceiro domingo do tempo comum.

Em uma nota divulgada pela sala de imprensa, no dia 19 de dezembro, o Dicastério do Vaticano destaca que “o Domingo da Palavra de Deus, querido pelo Papa Francisco no III Domingo do Tempo Comum de cada ano, lembra a todos, pastores e fiéis, a importância e o valor da Sagrada Escritura para a vida cristã, bem como a relação entre a Palavra de Deus e a liturgia” e quer “contribuir para despertar a consciência sobre a importância da Sagrada Escritura para a vida dos fiéis, sobretudo na Liturgia, que leva ao diálogo vivo e permanente com Deus”.

“Como cristãos, somos um só povo que caminha na história, fortalecido pela presença no meio de nós do Senhor que nos fala e alimenta. O dia dedicado à Bíblia pretende ser, não ‘uma vez no ano’, mas uma vez por todo o ano, porque temos urgente necessidade de nos tornar familiares e íntimos da Sagrada Escritura e do Ressuscitado, que não cessa de partir a Palavra e o Pão na comunidade dos crentes. Para tal, precisamos de entrar em confidência assídua com a Sagrada Escritura; caso contrário, o coração fica frio e os olhos permanecem fechados, atingidos, como somos, por inumeráveis formas de cegueira”, advertia o Papa no Motu Proprio Aperuit Illis publicado em memória de São Jerônimo.

Neste sentido, a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos recorda que “entre os numerosos santos, todos testemunhas do Evangelho de Jesus Cristo, São Jerônimo pode ser proposto como exemplo pelo grande amor que nutria pela Palavra de Deus”.

“Como o Papa Francisco recordou recentemente, ele foi um ‘incansável estudioso, tradutor, exegeta, profundo conhecedor e apaixonado divulgador da Sagrada Escritura. Ao meditá-la, encontrou a si mesmo, o rosto de Deus e dos seus irmãos, aprimorando sua predileção pela vida comunitária’”.

Aqui estão as dez orientações sugeridas pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos:

1. Por meio das leituras bíblicas, proclamadas na Liturgia, Deus fala a seu povo e o próprio Cristo anuncia o seu Evangelho; Cristo é o centro e a plenitude de todas as Escrituras: Antigo e Novo Testamento. A escuta do Evangelho, ponto culminante da Liturgia da Palavra, caracteriza-se por uma veneração particular, expressa não só em gestos e aclamações, mas também no livro dos Evangelhos. Uma das modalidades rituais próprias para este domingo (...) é a procissão de entrada com o Evangelho ou, na impossibilidade, a sua colocação sobre o altar.

2. A ordenação das leituras bíblicas disposta pela Igreja no Lecionário fornece o conhecimento de toda a Palavra de Deus. Portanto, é necessário respeitar as leituras indicadas, sem substituí-las ou suprimi-las, utilizando versões da Bíblia aprovadas para uso litúrgico. A proclamação dos textos do Lecionário constitui um vínculo de unidade entre todos os fiéis que os escutam. Compreender a estrutura e a finalidade da Liturgia da Palavra ajuda a assembleia dos fiéis a receber de Deus a palavra que salva.

3. Recomenda-se o canto do Salmo responsorial, resposta da Igreja orante; portanto, o serviço do salmista deve ser aumentado em cada comunidade.

4. Na homilia, ao longo do ano litúrgico e a partir das leituras bíblicas, são expostos os mistérios da fé e as normas da vida cristã. “Os pastores são os primeiros que têm a grande responsabilidade de explicar e permitir que todos compreendam a Sagrada Escritura. Por ser o livro do povo, quem tem vocação para ser ministro da Palavra deve sentir fortemente a necessidade de torná-lo acessível à própria comunidade. Bispos, sacerdotes e diáconos devem esforçar-se por cumprir este ministério com especial dedicação, aproveitando os meios propostos pela Igreja.

5. De particular importância é o silêncio que, “ao favorecer a meditação, permite que a Palavra de Deus seja acolhida interiormente por quem a escuta.

6. A Igreja sempre dedicou particular atenção àqueles que anunciam a Palavra de Deus na assembleia: sacerdotes, diáconos e leitores. Este ministério requer uma preparação interior e exterior específica, familiaridade com o texto a ser proclamado e prática necessária no modo de proclamá-lo, evitando qualquer improvisação. Existe a possibilidade de introduzir as leituras com instruções curtas e oportunas.

7. Pelo valor da Palavra de Deus, a Igreja convida-nos a cuidar do ambão de onde é proclamada; não se trata de um móvel funcional, mas sim do lugar adequado à dignidade da Palavra de Deus, em correspondência com o altar: falamos da mesa da Palavra de Deus e do Corpo de Cristo, em referência tanto ao ambão como, sobretudo, ao altar. O ambão é reservado para as leituras, o canto do Salmo responsorial e o pregão pascal; a partir dele podem ser pronunciadas a homilia e as intenções da oração universal, não sendo aconselhável utilizá-lo para comentários, anúncios, direção do canto.

8. Os livros que contêm as passagens da Sagrada Escritura suscitam em quem os escuta a veneração pelo mistério de Deus, que fala ao seu povo. Portanto, deve-se cuidar de seu aspecto material e de seu bom uso. É inadequado o uso de folhetos, fotocópias, subsídios para substituir os livros litúrgicos.

9. Nos dias anteriores ou posteriores ao Domingo da Palavra de Deus, é conveniente promover encontros formativos para mostrar o valor da Sagrada Escritura nas celebrações litúrgicas; pode ser uma ocasião para aprender mais sobre como a Igreja orante lê a Sagrada Escritura com leitura contínua, semicontínua e tipológica; quais são os critérios de distribuição litúrgica dos vários livros bíblicos, no decorrer do ano e em seus respectivos tempos, a estrutura dos ciclos dominicais e semanais das leituras da Missa.

10. O Domingo da Palavra de Deus é também uma ocasião propícia para aprofundar o nexo entre a Sagrada Escritura e a Liturgia das Horas, a oração dos Salmos e Cânticos do Ofício com as leituras bíblicas, promovendo a celebração comunitária das Laudes e Vésperas.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

ACI Digital

S. PEDRO CANISIO, PRESBÍTERO JESUÍTA E DOUTOR DA IGREJA

s. Pedro Canisio | Vatican Media

A sonolência dos bons

“Vejam, Pedro dorme, mas Judas está acordado”.

Estas palavras de Pieter Kanijs, citadas pelo Papa Bento XVI no início da Quaresma de 2011, são definidas “um grito de angústia no seu momento histórico”, destinadas a sacudir “a sonolência dos bons”.

Pedro nasceu em 1521, em Nimegue, uma aldeia holandesa situada no Ducado de Gueldres e, portanto, no Sacro Império Romano.

“Vós sabeis, Senhor, em quantos modos e quantas vezes, naquele mesmo dia, me confiastes a Alemanha, pela qual, depois, teria continuado a ser solicitado e pela qual teria desejado viver e morrer!”

Pedro Canísio entrou para a Companhia de Jesus em 1543, após ter feito os Exercícios Espirituais sob a direção do Pedro Fabro. Participou do Concílio de Trento em 1547 e, em 1562, foi expressamente convocado pelo Bispo de Augusta, Cardeal Otto Truchsess Von Waldburg. Na ocasião, começou a usar a forma latina do seu nome.

No âmbito da Reforma católica, promovida pelo Concílio de Trento, sua principal missão foi estimular as raízes espirituais de cada um dos fiéis e do corpo da Igreja no seu conjunto.

Na Europa

Após um breve período em Roma e em Messina, Pedro foi enviado ao Ducado da Bavária, onde desempenhou o cargo de Decano, Reitor e Vice-chanceler da Universidade de Ingolstadt.

A seguir, foi administrador da Diocese de Viena e um requisitado pregador na Catedral de Santo Estêvão, dedicando-se ainda ao ministério pastoral em hospitais e prisões.

Em 1556, foi nomeado primeiro Padre Provincial da Alemanha Superior, onde criou uma rede de comunidades e colégios jesuítas, sempre com o intuito de apoiar a Reforma católica. Com o mesmo objetivo, participou de importantes negociações como representante oficial da Igreja.

“Com a sua amável Providência – escreveu São João Paulo II na sua Carta aos Bispos alemães, por ocasião do IV centenário da sua morte – Deus fez de São Pedro Canísio seu próprio embaixador, em um período em que a voz do anúncio católico da fé, nos países de língua alemã, arriscava cair no silêncio”.

“Embaixador do anúncio católico”

“São Pedro Canísio transcorreu boa parte da sua vida em contato com pessoas socialmente mais importantes do seu tempo e exerceu uma influência especial com os seus escritos. Foi autor das obras completas de São Cirilo de Alexandria e de São Leão Magno, das Cartas de São Jerônimo e das Orações de São Nicolau de Flüe. Publicou livros de devoção em várias línguas, biografias de alguns santos suíços e muitos textos de homilética. Mas, seus escritos mais difundidos foram os três Catecismos, elaborados entre 1555 e 1558. O primeiro Catecismo era destinado aos estudantes, que tinham noções elementares de teologia; o segundo, aos jovens do povo, para uma primeira instrução religiosa; o terceiro, aos jovens com formação escolar, em nível de escolas Secundárias e Superiores. A doutrina católica era exposta com perguntas e respostas breves, em termos bíblicos, com muita clareza e sem acenos polêmicos. Durante a sua vida, foram 200 as edições deste Catecismo!”

A sua atividade pela Reforma católica, mantida de modo afável e gentil, contou com o pleno apoio seja do imperador Ferdinando I seja do Papa Gregório XIII. Ele não gostava de colocar em realce heresias e erros na doutrina, mas aspectos de novidades perenes na Doutrina católica.

Nos últimos anos da sua vida, fundou em 1580, em Friburgo, Suíça, o colégio Sankt Michael, que, depois, foi transferido para Feldkirch e, enfim, para St. Blasien, na Floresta Negra.

Quando morreu, em 21 de dezembro de 1597, foi sepultado na igreja Sankt Michael do colégio de Friburgo.

Textos correlacionados:

Papa Bento XVI, Audiência geral de 9 de fevereiro de 2011:

https://w2.vatican.va/content/benedict-xvi/it/audiences/2011/documents/hf_ben-xvi_aud_20110209.html

Papa João Paulo II, Carta aos Bispos alemães, por ocasião do IV centenário da morte de Pedro Canísio:

http://w2.vatican.va/content/john-paul-ii/it/letters/1997/documents/hf_jp-ii_let_19970925_canisio.html


Vatican News

domingo, 20 de dezembro de 2020

ROSTO DE 2020

Crédito: Templo da Arte
por Dom Genival Saraiva
Bispo Emérito de Palmares (PE)

Num olhar sobre o “o que quer que seja”, é muito comum a pessoa fazer um olhar sobre a realidade com base no fator tempo. Santo Agostinho fala do tempo na sua tríplice face – presente, passado e futuro: “se nada passasse, não haveria tempo passado; se nada sucedesse, não havia o tempo futuro; e se agora nada houvesse, não existia o tempo presente.” Nesse olhar, a pessoa faz comparação, encontra semelhança, identifica diferença entre o que é recente ou remoto, atual ou antigo, novo ou velho, presente ou passado, presente ou futuro. Cada indivíduo faz isso enquanto atento cultor do caráter investigativo ou como despretensioso leitor da história, movido por espírito de pesquisa elaborada ou por deleite intelectual, por amor à ciência ou por simples curiosidade, conforme a sua lente de leitura da realidade. O objeto dessa leitura é muito diversificado, podendo ser de natureza religiosa, histórica, social, cultural, política.

É nessa ótica que todas as pessoas veem a pandemia do coronavírus e fazem suas considerações. O calendário civil, por muitas linguagens, induz qualquer pessoa a ler a realidade de hoje, confrontando-a com a face de ontem e enxergando o amanhã, com interrogações, incertezas, expectativas e esperanças. Isso está acontecendo a essa altura de 2020, em todo o mundo, no contexto da pandemia. Nesse contexto, o Papa Francisco escreveu na Carta Encíclica “Fratelli Tutti” (Todos irmãos): “Além disso, enquanto redigia esta Carta, irrompeu de forma inesperada a pandemia da Covid-19, que deixou descobertas as nossas falsas seguranças. Apesar das várias respostas que deram os diferentes países, ficou evidente a incapacidade de agir em conjunto. Embora estejamos superconectados, verificou-se uma fragmentação que tornou mais difícil resolver os problemas que nos afetam a todos. Se alguém pensa que se trata apenas de fazer funcionar melhor o que já fazíamos, ou que a única lição a aprender é que devemos melhorar os sistemas e regras já existentes, está negando a realidade.” (n.7) […] “É verdade que uma tragédia global como a pandemia da Covid-19 despertou, por algum tempo, a consciência de sermos uma comunidade mundial que viaja no mesmo barco, em que o mal de um prejudica a todos.”(n.32)

Países do mundo asiático e europeu vivenciam o segundo “fim e início de ano”, sob o estigma da pandemia. Esse mal, sem precedentes na humanidade, deixa trágicas consequências no mundo, em razão de mais de um milhão de mortes e sequelas dolorosas em mais de setenta milhões de infectados. Nos países latino-americanos, incluído o Brasil, as pessoas, as famílias e a população vivem o primeiro “fim e início de ano” com a indesejada, porém necessária, “marca registrada” do isolamento social, do distanciamento interpessoal, do uso de máscara e de outros procedimentos contidos nos protocolos de prevenção da covid-19, emitidos pelos poderes públicos. As estatísticas da pandemia fotografam o rosto desfigurado da população brasileira com um próximo e triste registro de duzentas mil mortes e passam de sete milhões os casos confirmados de infecção pela covid-19. Seguramente, a maioria, se não a totalidade, das pessoas tem diante de si o peculiar pano de fundo de 2020, com a marca existencial de suas dores e lágrimas, em face de vítimas fatais, perdas materiais e prejuízos financeiros, causados pela pandemia.

Mesmo vivendo em meio à penumbra dessas aflições, é necessário que as pessoas vislumbrem, com a luz da sua razão e a pulsação da esperança em seu coração, a aurora da superação desse grave problema, através de mudanças de comportamento individual e coletivo e da adoção de políticas públicas pertinentes, como a aguardada vacinação em massa da população. Diante desse mal, os cristãos sabem que “a esperança não decepciona”. (Rm 5,5)

CNBB

Criação e Gênesis

Criação | Veritatis Splendor

Por Catholic Answers

Os fundamentalistas costumam fazer um teste de ortodoxia cristã sobre acreditar que o mundo foi criado em seis dias de 24 horas e que outras interpretações de Gênesis 1 não são possíveis. Eles afirmam que, até recentemente, essa visão do Gênesis foi a única aceitável – de fato, a única que havia.

Os escritos dos Padres, que eram muito mais próximos do que nós no tempo e cultura do público original do Gênesis, mostram que esse não era o caso. Houve grande variação de opinião sobre quanto tempo levou a criação. Alguns disseram que apenas alguns dias, outros argumentaram por um período muito mais longo, por tempo indeterminado. Aqueles que tomaram a última visão apelaram para o fato “de que com o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos como um dia” (II Pe 3:8; cf. Sl 90:4), que a luz foi criada no primeiro dia, mas o sol não foi criado até o quarto dia (Gn 1:3, 16), e que foi dito a Adão que ele iria morrer no mesmo “dia” enquanto comia da árvore, mas ele viveu até os 930 anos de idade (Gn 2:17, 5:5).

Os católicos têm a liberdade para acreditar que a criação teve alguns dias ou um período muito mais longo, segundo a maneira como eles veem a evidência, e estão sujeitos a qualquer julgamento futuro da Igreja (Encíclica Humani Generis 36-37,1950, de Pio XII). Eles não precisam ser hostis à cosmologia moderna. O Catecismo da Igreja Católica afirma: “Muitos estudos científicos… enriqueceram esplendidamente o nosso conhecimento sobre a idade e as dimensões do cosmo, o desenvolvimento de formas de vida, e o aparecimento do homem. Estes estudos nos convidam a uma maior admiração pela grandeza do Criador.” (CIC 283). Ainda assim, a ciência tem seus limites (CCC 284, 2293-4). As seguintes citações dos Padres mostram como eram amplamente divergentes as visões dos primeiros cristãos.

Justino Mártir

“Porque, como foi dito a Adão que no dia em que ele comesse da árvore ele iria morrer, sabemos que ele não completou mil anos [Gn 5:05]. Percebemos, ainda, que a expressão “O dia do Senhor é como mil anos” [Sl 90:4] está relacionada a este assunto.” (Diálogo com o judeu Trifão 81 [155 d.C.]).

Teófilo de Antioquia

“No quarto dia, os luzeiros vieram à existência. Visto que Deus tem presciência, ele entendeu o absurdo dos filósofos tolos que iam dizer que as coisas produzidas na terra vêm das estrelas, de modo que eles pudessem pôr Deus de lado. Portanto, a fim de que a verdade pudesse ser demonstrada, plantas e sementes surgiram antes das estrelas. Pois o que passa a existir mais tarde não pode causar o que é anterior a si.” (Para Autólico 2:15 [181 d.C.]).

“Todos os anos a partir da criação do mundo [ao tempo de Teófilo] quantidade a um total de 5.698 anos e meses e dias ímpares… Ainda que um erro cronológico tenha sido cometido por nós, por exemplo, de 50 ou 100 ou até 200 anos, não houve milhares e dezenas de milhares, como Platão e Apolônio e outros autores mentirosos escreveram até agora. E, talvez, o nosso conhecimento de todo o número dos anos não seja muito preciso, porque os meses e dias ímpares não estão estabelecidos nos livros sagrados.” (Ibid., 3:28-29).

Irineu

“E há alguns, mais uma vez, que relegam a morte de Adão até o ano milésimo, pois uma vez que “um dia do Senhor é de mil anos”, ele não ultrapassou os mil anos, mas morreu dentro de si, corroborando, portanto, a sentença de seu pecado” (Contra as Heresias 5:23:2 [189 d.C.]).

Clemente de Alexandria

“E como poderia a criação ocorrer no tempo, vendo que o tempo nasceu junto com as coisas que existem?… Isso, então, podemos ser ensinados que o mundo se originou e não suponha que Deus o fez no tempo, a profecia acrescenta: “Este é o livro da geração, também das coisas em si mesmas, quando foram criados, no dia em que Deus fez o céu e a terra.” [Gn 2:04].

Pois a expressão ‘quando foram criados’ sugere uma produção indefinida e sem data. Mas a expressão “no dia em que Deus os fez”, isto é, em e por que Deus fez “todas as coisas” e “sem que nem mesmo uma coisa foi feita”, aponta a atividade exercida pelo Filho.” (Miscelâneas 6:16 [208 d.C.]).

Orígenes

“Pois quem tem entendimento vai supor que o primeiro e o segundo e terceiro dia existiram sem o sol e a lua e as estrelas, e que o primeiro dia foi, por assim dizer, também sem um céu?… Eu não suponho que alguém duvide que essas coisas indicam figurativamente certos mistérios, sendo que a história ocorreu em aparência e não literalmente.” (As Doutrinas Fundamentais 4:1:16 [225 d.C.]).

“O texto diz que “houve a tarde e a manhã”, não disse “o primeiro dia”, mas disse que “um dia.” É porque ainda não havia tempo antes que o mundo existisse. Mas o tempo começa a existir com os seguintes dias” (Homilias sobre o Gênesis [234 d.C.]).

“E uma vez que ele [o pagão Celso] faz as declarações sobre os “dias da criação”, fundamento da acusação, como se ele os entendesse clara e corretamente, algumas das quais decorreu antes da criação da luz e do céu, o sol e a lua e as estrelas, e alguns deles após a criação destes, só devemos fazer esta observação, que Moisés deve ter esquecido que ele tinha dito um pouco antes”, que em seis dias a criação do mundo tinha sido acabada” e que, em consequência deste ato do esquecimento ele acrescente a estas palavras o seguinte: “Este é o livro da criação do homem no dia em que Deus fez o céu e a terra [Gn 2:4]'” (Contra Celso 6:51 [248 d.C.]).

“E no que diz respeito à criação da luz no primeiro dia… e das [grandes] luzes e estrelas sobre o quarto… temos tratado com o melhor de nossa capacidade em nossas notas sobre o Gênesis, bem como nas páginas anteriores, quando encontramos a falha com aqueles que, tomando as palavras em seu significado aparente, disseram que o tempo de seis dias foi ocupado na criação do mundo” (ibid., 6:60).

“Pois ele [o pagão Celso] não sabe nada sobre o dia do sábado, e o descanso de Deus, que segue a conclusão da criação do mundo, e que dura durante a duração do mundo, e no qual todos aqueles manterão o festival com Deus, que tem feito todo o seu trabalho em seus seis dias.” (ibid., 6:61).

Cipriano

“Os sete primeiros dias no arranjo divino contêm sete mil anos” (Tratados 11:11 [250 d.C.]).

Vitorino

“Deus produziu toda a massa para o adorno de sua majestade em seis dias. No sétimo dia, ele consagrou com uma bênção.” (Sobre a Criação do Mundo [280 d.C.]).

Lactâncio

“Portanto, que os filósofos, que enumeram milhares de eras desde o início do mundo, saibam que o ano 6.000 ainda não está completo… Portanto, uma vez que todas as obras de Deus foram concluídas em seis dias, o mundo deve continuar em seu estado atual através de seis eras, ou seja, seis mil anos. Pois o grande dia de Deus é limitado por um círculo de mil anos, como mostra o profeta, que diz: “Na tua face, Senhor, mil anos são como um dia [Sl 90:4]'”(Institutos Divinos 7:14 [307 d.C.]).

Basílio Magno

“E foi a tarde e a manhã, o primeiro dia.” Por que ele disse ‘um’ e não ‘primeiro’?… Ele disse ‘um’, porque ele estava definindo a medida de dia e noite… dado que 24 horas preenchem o intervalo de um dia.” (Os Seis Dias de Trabalho 1:1-2 [370 d.C.]).

Ambrósio de Milão

“A Escritura estabeleceu uma lei de que a 24 horas, incluindo o dia e a noite, deve ser dado o nome do único dia, como se fosse para dizer o comprimento de um dia é de 24 horas de extensão… As noites neste cálculo são consideradas partes componentes dos dias que são contados. Portanto, assim como há uma única revolução do tempo, há apenas um dia. Há muitos que chamam mesmo uma semana de um dia, porque ela retorna a si mesma, assim como um dia faz, e pode-se dizer que sete tempos giram sobre si mesmos.” (Hexamerão [393 d.C.]).

Agostinho

“Não raro acontece que algo sobre a terra, sobre o céu, sobre outros elementos deste mundo, sobre o movimento e rotação ou até mesmo a magnitude e as distâncias das estrelas, sobre eclipses definitivos do sol e da lua, sobre a passagem do anos e estações, sobre a natureza dos animais, de frutas, de pedras, e de outras coisas parecidas, possa ser conhecido com a maior certeza pelo raciocínio ou pela experiência, até mesmo por quem não é cristão. É muito vergonhoso e desastroso, porém, e muito digno de ser evitado, que ele [o não cristão] deva ouvir um cristão falar tão estupidamente sobre estas questões, e como se de acordo com escritos cristãos, para que pudesse dizer que ele mal poderia rir quando viu como totalmente em erro eles estão. Em vista disso e em mantê-lo em mente constantemente ao lidar com o livro de Gênesis, eu expliquei, na medida em que eu era capaz, em detalhes e estabeleci para consideração os significados das passagens obscuras, tomando cuidado para não afirmar precipitadamente um significado em prejuízo de outro e talvez melhor explicação” (A Interpretação Literal do Gênesis 1:19-20 [408 d.C.]).

“Com as escrituras, é uma questão de tratar sobre a fé. Por essa razão, como já observei várias vezes, se alguém, sem entender o modo de eloqüência divina, encontrar alguma coisa sobre estas questões [sobre o universo físico] em nossos livros, ou ouvir o mesmo desses livros, de tal natureza que pareça estar em desacordo com as percepções de suas próprias faculdades racionais, que ele acredite que essas outras coisas não são de modo algum necessárias às admoestações ou contas ou previsões das escrituras. Em suma, deve-se dizer que os nossos autores sabiam a verdade sobre a natureza dos céus, mas não foi a intenção do Espírito de Deus, que falou através deles, ensinar aos homens tudo o que não seria de utilidade para eles para sua salvação” (ibid., 2:9).

“Sete dias por nosso cálculo, segundo o modelo dos dias da criação, perfazem uma semana. Pela passagem de tais semanas o tempo passa, e nestas semanas um dia é constituído pelo curso do sol a partir da sua ascensão à sua configuração, mas devemos ter em mente que esses dias de fato recordam os dias da criação, mas sem ser de forma alguma realmente semelhante a eles.” (ibid., 4:27).

“Pelo menos sabemos que ele [o dia da criação do Gênesis] é diferente do dia comum com o qual estamos familiarizados.” (ibid., 5:2).

“Porque nesses dias [de criação] a manhã e a noite são contadas até que, no sexto dia, todas as coisas que Deus então fez foram terminadas, e no sétimo no repouso de Deus foi misteriosamente e sublimemente sinalizado. Que tipo de dias esses foram é extremamente difícil ou talvez impossível para nós conceber, e quanto mais a dizer!” (A Cidade de Deus 11:06 [419 d.C.]).

“Nós vemos que os nossos dias normais não têm noite, mas pela fixação [do Sol] e não da manhã, mas pelo nascer do sol, mas os três primeiros dias de todos foram passados sem sol, uma vez que é relatado ter sido feito no quarto dia. E antes de tudo, na verdade, a luz foi feita pela palavra de Deus, e Deus, lemos, separou da escuridão e chamou a luz “dia” e às trevas “noite”, mas que tipo de luz que era, e por qual movimento periódico fez tarde e manhã, está além do alcance dos nossos sentidos, nem podemos entender como ele era e no entanto devemos acreditar sem hesitação.” (ibid., 11:7).

“Eles [os pagãos] são enganados, também, por esses documentos altamente mentirosos que professam dar a história do [homem] como a de muitos milhares de anos, embora calculando pelos escritos sagrados, descobrimos que 6.000 anos ainda não se passaram” (ibid., 12:10).

* Traduzido por Marcos Zamith, para o Veritatis Splendor, do original em inglês “Creation and Genesis” do website Catholic Answers (http://www.catholic.com).

Portal Veritatis Splendor

Cãozinho abandonado se abriga no presépio, comove cidade e volta a viralizar

Aleteia

Ao lado da imagem do Menino Jesus, o filhote de pastor alemão, abandonado pelos donos, encontrou calor e aconchego.

Cãozinho abandonado se abriga no presépio, comove cidade e volta a viralizar! Assim como no ano passado (e em vários dezembros anteriores), voltaram a ser compartilhadas nas redes sociais as fotos de um tocante episódio que aconteceu em 2008 na cidade catarinense de Criciúma.

Na ocasião, de fato, uma “figura viva” inusitada se juntou ao presépio de uma praça local: ao lado da figura do Menino Jesus, um filhote de pastor alemão, que havia sido abandonado pelos donos, encontrou calor e aconchego nas palhas da manjedoura.

Cãozinho no presépio
Reprodução Redes Sociais

Cãozinho abandonado se abriga no presépio

A serenidade do cãozinho diante das centenas de olhares da população, enquanto dormia ao lado da imagem do Menino Deus, encantou os cidadãos que contemplavam o presépio naquele dia. Foi o suficiente para que as fotos viralizassem na internet – e continuassem voltando à tona com regularidade, o que indica que uma dose de ternura é sempre bonita de rever.

Quando acordou diante das câmeras e dos curiosos, o filhote até levou um pequeno susto inicial, que logo se transformou num desfecho digno das histórias natalinas: assim como alguém o tinha abandonado, outro alguém decidiu adotá-lo e acolhê-lo em sua casa.

Cãozinho no presépio
Reprodução Redes Sociais

Aleteia

Natal: Festa da Humildade de Deus, diz Cantalamessa na Pregação de Advento

Cantalamessa na Pregação de Advento
Foto: Vatican Media

A humildade não consiste no ser pequeno; no considerar-se pequeno; no proclamar-se pequeno; consiste em fazer-se pequeno por amor a Deus.

 Cidade do Vaticano (19/12/2020, 10:45, Gaudium Press) Na terceira das pregações do Advento, a expressão “Veio morar entre nós” foi o tema desenvolvido pelo pregador da Casa Pontifícia, cardeal Raniero Cantalamessa, ao Papa e à Cúria Romana, na manhã de sexta-feira (18/12), na Sala Paulo VI. Foi a última das pregações deste retiro 2020.

“Deus está do lado do homem, que Ele é seu amigo e aliado contra as forças do mal”

O Pregador da Casa Pontifícia iniciou suas reflexões comentando a expressão “Deus está conosco”.
Para o Frade Capuchinho, a expressão quer dizer que “Deus está do lado do homem, que Ele é seu amigo e aliado contra as forças do mal”.

O pregador lembrou a seus ouvintes que “devemos reencontrar o significado primordial e simples da encarnação do Verbo, para além de todas as explicações teológicas e dos dogmas construídos sobre ela. Deus veio habitar em nosso meio! Quis fazer deste evento o seu nome próprio: Emanuel, Deus-conosco”.

E recordou que “o que Isaías profetizara, ‘A virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e lhe porá o nome de Emanuel’ (Is 7,14), tornou-se fato realizado”.

O que significa a palavra humildade aplicada a Deus? Jesus pode dizer que é humilde?

Cantalamessa continuou sua pregação afirmando que “Deus é amor, por isso é humildade! O amor cria dependência da pessoa amada, uma dependência que não humilha, mas torna felizes”.
Para ele, “As duas frases “Deus é amor” e “Deus é humildade”, são como dois lados da mesma moeda”.

Mas, o que significa a palavra humildade aplicada a Deus e em que sentido Jesus pode dizer: “Aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração” (Mt 11,29), perguntou o Capuchinho para, em seguida, explicar, afirmando:

“A explicação é que a humildade essencial não consiste no ser pequeno (pode-se ser pequeno sem, de fato, ser humilde); não consiste no considerar-se pequeno (isso pode depender de uma má ideia de si mesmo); não consiste em proclamar-se pequeno (pode-se dizê-lo sem crê-lo); consiste em fazer-se pequeno e fazer-se pequeno por amor, para elevar os demais. Neste sentido, realmente humilde é somente Deus”, disse o Frei Capuchinho.

Natal: festa da humildade de Deus

“O Natal é a festa da humildade de Deus. Para celebrá-la em espírito e verdade, devemos nos fazer pequenos, como devemos nos abaixar para entrar pela porta estreita que dá acesso à Basílica da Natividade em Belém.

(…) Se, na verdade, pelo fato da encarnação, a Palavra, em certo sentido, assumiu cada homem (assim pensavam alguns Padres gregos), pelo modo em que ela se realizou, ele assumiu, em um título todo particular, o pobre, o humilde, o sofredor. “Instituiu” este sinal, como instituiu a Eucaristia. Assim, aquele que pronunciou sobre o pão as palavras: “Isto é o meu corpo”, pronunciou as mesmas palavras também sobre os pobres.

Desejado dos povos, Pedra angular: vinde e salvai este homem frágil, que criastes do barro!

Frei Cantalamessa concluiu a sua pregação com as seguintes palavras, ditas em forma de oração:

“Ó Rei das nações. Desejado dos povos; Ó Pedra angular, que os opostos unis: Oh, vinde e salvai este homem tão frágil, que um dia criastes do barro da terra!”
Vinde e reerguei a humanidade extenuada pela longa prova desta pandemia.” (JSG)

https://gaudiumpress.org/

Os nomes “Jesus” e “Emanuel” são o mesmo? Teólogo responde

Anunciação, obra de Bartolomé Estaban Murillo

REDAÇÃO CENTRAL, 19 dez. 20 / 05:00 am (ACI).- Ao aproximar-se o Natal, alguns fiéis podem se perguntar por que, se o profeta Isaías anunciou que o Filho de Deus seria chamado “Emanuel”, o anjo disse a Maria e José que colocassem no Menino o nome de “Jesus”. Existe alguma contradição? Ambos os nomes são o mesmo?

Pe. Miguel A. Fuentes, do Instituto do Verbo Encarnado (IVE), escreveu um artigo em seu blog “El teólogo responde” (O teólogo responde) para responder a esta dúvida que foi exposta por um fiel.

“Com dois versículos de diferença, São Mateus indica dois dos nomes que receberá o Menino nascido da Virgem: porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo de seus pecados... que se chamará Emanuel (Mt 1,21-23)”, assinalou o sacerdote.

Entretanto, indicou que, “como disse Manuel de Tuya, O.P., não há oposição entre ambos os nomes, ‘porque o nome que se anuncia em Isaías (Emanuel) é o nome profético de Cristo, e o nome de Jesus é seu nome próprio e pessoal. O nome profético só indica o que significará para os homens, naquele momento, o nascimento deste menino. Será ‘Deus conosco’ de um modo particular’”.

“Assim – continua o texto de Manuel de Tuya –, se lê no mesmo Isaías, quando diz a Jerusalém: ‘Então te chamarão Cidade da Justiça, Cidade fiel’ (Is 1,26), não porque tivesse de chamar-se materialmente, mas porque tinha desde então certa conveniência por causa da purificação que nela faria Yahveh. Ou, como disse a este propósito São Jerônimo, ‘Jesus e Emanuel significam o mesmo, não ao ouvido, mas ao sentido’”.

O artigo de Pe. Fuentes continua assim:

1. Emanuel: expressa a natureza, a personalidade do Filho de Maria. O nome está contido na profecia que Isaías proclama diante do desconfiado Acaz, cinco séculos antes da vinda do anunciado nela: Uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará ‘Deus Conosco’ (Is 7,14).

‘Emanuel’: Deus conosco. Jesus é Deus; o Deus adorável que fez o céu e a terra, que governa os astros e a quem os anjos servem. Mas sem deixar de ser Deus nem perder sua Glória, se ‘funde’ em nossa história e em nosso mundo para conviver com os homens (Ba 3,38). Emanuel expressa quem é o que nasce: é Deus que se faz carne. Por isso, o anjo disse a Maria: o que nascerá de ti será santo, será chamado Filho de Deus (Lc 1,35).

2. Jesus: Porás o nome de Jesus, porque Ele salvará seu povo de seus pecados (Mt 1,21). Tais palavras do anjo a José. Este nome expressa a missão do Filho de Deus ao se encarnar. Revela o motivo da encarnação. Jesus, em língua hebraica se diz Yehoshuah e quer dizer Yahveh salva, Deus salva; quer dizer, pois, saúde-doador. O que vem dar a saúde à alma, que é onde mora a enfermidade do pecado.

Quem pode perdoar os pecados senão Deus?, perguntam-se os inimigos de Cristo, escandalizados não só porque curou um paralítico em Cafarnaum, mas também, especialmente, porque anunciou a remissão de seus pecados (cf. Mc 2.7). Entenderam que desta maneira se iguala a Deus, e não estão errados: só Deus pode perdoar os pecados dos homens. Por isso, Cristo os perdoava, porque era Deus e para isso havia se encarnado. Isto é o que nos revela com seu nome.

Muitos hebreus se chamaram Jesus por casualidade, dizia Maldonado no século de ouro espanhol, ‘Cristo, ao contrário, por determinado conselho, não humano mas divino. Aqueles que levaram este nome antes Dele não foram verdadeiros salvadores, e Cristo o é mais ainda do que o homem pode significar. Para eles era nome comum e vulgar; para Cristo foi peculiar e, segundo o profeta havia predito, próprio e singular, porque da maneira que de Cristo se disse, a ninguém lhe convém mais do que a Ele, pois não há em outro alguma saúde’.

ACI Digital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF