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sábado, 26 de dezembro de 2020

São Tomás de Aquino revela os truques do diabo contra homens

Duccio di Buoninsegna, Tentazione sul Monte -
Domínio Público
por Gelsomino Del Guercio

Das mentiras à indução ao pecado: esteja ciente das ciladas do maligno, que normalmente age de maneira invisível.

Na coletânea de discursos do Papa Francisco editada por Diego Manetti e intitulada em italiano “Il diavolo c’è” (“O diabo existe”), há citações do Santo Padre a pelo menos dois escritos de São Tomás de Aquino, que, ao longo da sua vasta obra, deixa descobertos vários truques do diabo em seu modo de nos induzir ao pecado.

Um desses escritos é o “Comentário ao Evangelho de São João“, em que o frade teólogo explica:

“‘Não perseverou na verdade’. A este respeito, deve-se notar que existem dois tipos de verdade: a verdade da palavra e a verdade das obras. A verdade da palavra é quando se fala com a boca o mesmo que se pensa no coração e que corresponde à realidade […] A verdade da justiça, ou das obras, é quando realizamos o que nos compete segundo a ordem da nossa natureza. O Senhor acenou a isto ao dizer: ‘Quem obra a verdade vem à luz, para que se veja claramente que as suas obras foram feitas em Deus’”.

São Tomás observa, em relação a esta verdade e no tocante ao diabo, que ele “não perseverou na verdade” da justiça porque abandonou a ordem da sua própria natureza, que era a submissão a Deus para receber d’Ele a bem-aventurança e a satisfação do próprio anseio natural. Ao tentar obter a satisfação contando só consigo mesmo, ele se apartou da verdade.

Como o diabo nos induz ao pecado

Na Quaestio disputata de Malo, q. 3, art. 4/58, São Tomás nos explica dois modos pelos quais o diabo tenta induzir o homem a pecar.

“O diabo pode induzir o homem a pecar persuadindo-o internamente. O diabo move a vontade do homem como alguém que persuade […]. O diabo engana […] movendo os espíritos animais e humores internos do corpo, cujo movimento origina aquelas representações. É capaz de impedir o uso da razão, como nas possessões. […] O demônio é chamado de tentador porque sonda os homens a fim de saber por quais representações eles são mais subjugados.[…] Deve-se dizer que, como afirmado acima, o diabo não pode ser a causa do pecado do homem como alguém que mova diretamente a vontade, mas apenas como alguém que persuade. Ora, ele persuade o homem a fazer algo de duas maneiras: de maneira visível e de maneira invisível”.

De modo visível, o diabo age quando se manifesta sensivelmente sob certa forma e, também sensivelmente, fala ao homem tentando persuadi-lo a pecar. Foi este o caso quando ele tentou o primeiro homem no paraíso, sob a forma de serpente, e a Cristo no deserto, aparecendo-lhe também de modo visível.

São Tomás observa, no entanto, que o diabo não persuade o homem apenas desta maneira: normalmente, somos instigados a pecar sem que seja por indução de uma aparição visível do diabo – ou seja, ele age invisivelmente, mediante a persuasão interna descrita na passagem citada acima.

Aleteia

Homilia do Papa Francisco na Missa da Solenidade do Natal do Senhor

Papa Francisco durante a Missa da Solenidade do Natal do Senhor.
Captura de vídeo (Vatican News)

Vaticano, 24 dez. 20 / 04:27 pm (ACI).- Neste dia 24 de dezembro de 2020, o Papa Francisco presidiu a Missa da Solenidade do Natal do Senhor no Altar da Cátedra da Basílica de São Pedro, com a presença de cem pessoas, devido às medidas sanitárias para evitar o contágio pelo novo coronavírus COVID-19.

A seguir, a homilia completa do Santo Padre:

Nesta noite, cumpre-se a grande profecia de Isaías: «Um menino nasceu para nós, um filho nos foi dado» (Is 9, 5).

Um filho nos foi dado. Com frequência se ouve dizer que a maior alegria da vida é o nascimento duma criança. É algo de extraordinário, que muda tudo, desencadeia energias inesperadas e faz ultrapassar fadigas, incômodos e noites sem dormir, porque traz uma felicidade indescritível na posse da qual nada é demasiado pesado. Assim é o Natal: o nascimento de Jesus é a novidade que nos permite renascer dentro, cada ano, encontrando n’Ele força para enfrentar todas as provações. Sim, porque Jesus nasce para nós: para mim, para ti, para cada um. A preposição «para» reaparece várias vezes nesta noite santa: «um menino nasceu para nós», profetizou Isaías; «hoje nasceu para nós o Salvador», repetimos no Salmo Responsorial; Jesus «entregou-Se por nós» (Tit 2, 14), proclamou São Paulo; e, no Evangelho, o anjo anunciou «hoje nasceu para vós um Salvador» (Lc 2, 11).

Mas, esta locução «para nós» que nos quer dizer? Que o Filho de Deus, o Bendito por natureza, vem fazer-nos filhos benditos por graça. Sim, Deus vem ao mundo como filho para nos tornar filhos de Deus. Que dom maravilhoso! Hoje Deus deixa-nos maravilhados, ao dizer a cada um de nós: «Tu és uma maravilha». Irmã, irmão, não desanimes! Estás tentado a sentir-te como um erro? Deus diz-te: «Não é verdade! És meu filho». Tens a sensação de não estar à altura, temor de ser inapto, medo de não sair do túnel da provação? Deus diz-te: «Coragem! Estou contigo». Não o diz com palavras, mas fazendo-Se filho como tu e por ti, para te lembrar o ponto de partida de cada renascimento teu: reconhecer-te filho de Deus, filha de Deus. Este é o coração indestrutível da nossa esperança, o núcleo incandescente que sustenta a existência: por baixo das nossas qualidades e defeitos, mais forte do que as feridas e fracassos do passado, os temores e ansiedades face ao futuro, está esta verdade: somos filhos amados. E o amor de Deus por nós não depende nem dependerá jamais de nós: é amor gratuito, pura graça. Esta noite «manifestou-se – disse-nos São Paulo – a graça de Deus» (Tit 2, 11). Nada é mais precioso!

Um filho nos foi dado. O Pai não nos deu uma coisa qualquer, mas o próprio Filho unigênito, que é toda a sua alegria. Todavia, ao considerarmos a ingratidão do homem para com Deus e a injustiça feita a tantos dos nossos irmãos, surge uma dúvida: o Senhor terá feito bem em dar-nos tanto? E fará bem em confiar ainda em nós? Não estará Ele a sobrestimar-nos? Sim, sobrestima-nos; e fá-lo porque nos ama a preço da sua vida. Não consegue deixar de nos amar. É feito assim, tão diferente de nós. Sempre nos ama, e com uma amizade maior de quanta possamos ter a nós mesmos. É o seu segredo para entrar no nosso coração. Deus sabe que a única maneira de nos salvar, de nos curar por dentro, é amar-nos. Sabe que só melhoramos acolhendo o seu amor incansável, que não muda, mas muda-nos a nós. Só o amor de Jesus transforma a vida, cura as feridas mais profundas, livra do círculo vicioso insatisfação, irritação e lamento.

Um filho nos foi dado. Na pobre manjedoura de um lúgubre estábulo, está precisamente o Filho de Deus. E aqui levanta-se outra questão: porque veio Ele à luz durante a noite, sem um alojamento digno, na pobreza e enjeitado, quando merecia nascer como o maior rei no mais lindo dos palácios? Por quê? Para nos fazer compreender até onde chega o seu amor pela nossa condição humana: até tocar com o seu amor concreto a nossa pior miséria. O Filho de Deus nasceu descartado para nos dizer que todo o descartado é filho de Deus. Veio ao mundo como vem ao mundo uma criança débil e frágil, para podermos acolher com ternura as nossas fraquezas. E para nos fazer descobrir uma coisa importante: como em Belém, também conosco Deus gosta de fazer grandes coisas através das nossas pobrezas. Colocou toda a nossa salvação na manjedoura de um estábulo, sem temer as nossas pobrezas. Deixemos que a sua misericórdia transforme as nossas misérias!

Eis o que quer dizer um filho nasceu para nós. Mas há ainda um «para» que o anjo disse aos pastores: «Isto servirá de sinal para vós: encontrareis um menino (…) deitado numa manjedoura» (Lc 2, 12). Este sinal – o Menino na manjedoura – é também para nós, para nos orientar na vida. Em Belém, que significa «casa do pão», Deus está numa manjedoura, como se nos quisesse lembrar que, para viver, precisamos d’Ele como de pão para a boca. Precisamos de nos deixar permear pelo seu amor gratuito, incansável, concreto. Mas quantas vezes, famintos de divertimento, sucesso e mundanidade, nutrimos a vida com alimentos que não saciam e deixam o vazio dentro! Disto mesmo Se lamentava o Senhor, pela boca do profeta Isaías: enquanto o boi e o jumento conhecem a sua manjedoura, nós, seu povo, não O conhecemos a Ele, fonte da nossa vida (cf. Is 1, 2-3). É verdade: insaciáveis de ter, atiramo-nos para muitas manjedouras vãs, esquecendo-nos da manjedoura de Belém. Esta manjedoura, pobre de tudo, mas rica de amor, ensina que o alimento da vida é deixar-se amar por Deus e amar os outros. Dá-nos o exemplo Jesus: Ele, o Verbo de Deus, é infante; não fala, mas oferece a vida. Nós, ao contrário, falamos muito, mas frequentemente somos analfabetos em bondade.

Um filho nos foi dado. Quem tem uma criança pequena, sabe quanto amor e paciência são necessários. É preciso alimentá-la, cuidar dela, limpá-la, ocupar-se da sua fragilidade e das suas necessidades, muitas vezes difíceis de compreender. Um filho faz-nos sentir amados, mas ensina também a amar. Deus nasceu menino para nos impelir a cuidar dos outros. Os seus ternos gemidos fazem-nos compreender como tantos dos nossos caprichos são inúteis. O seu amor desarmado e desarmante lembra-nos que o tempo de que dispomos não serve para nos lamentarmos, mas para consolar as lágrimas de quem sofre. Deus vem habitar perto de nós, pobre e necessitado, para nos dizer que, servindo aos pobres, amá-Lo-emos a Ele. Desde aquela noite, como escreveu uma poetisa, «a residência de Deus é próxima da minha. O mobiliário é o amor» (E. DICKINSON, Poems, XVII).

Um filho nos foi dado. Sois Vós, Jesus, o Filho que me torna filho. Amais-me como sou, não como eu me sonho. Abraçando-Vos, Menino da manjedoura, reabraço a minha vida. Acolhendo-Vos, Pão de vida, também eu quero dar a minha vida. Vós que me salvais, ensinai-me a servir. Vós que não me deixais sozinho, ajudai-me a consolar os vossos irmãos, porque, a partir desta noite, são todos meus irmãos.

ACI Digital

S. ESTÊVÃO, PRIMEIRO MÁRTIR

S. Estêvão  (© BAV, Barb. lat. 487, f. 102r)

A dolorida fronte debruçava,

Já mal ferido, o mártir para a terra:

Portas ao céu os olhos seus tornava,

Pedindo a Deus, naquela horrível guerra,

Que aos seus perseguidores perdoasse:

Riso piedoso os olhos lhe descerram. (Purgatório, XV)

Na Divina Comédia, Dante narra ter assistido a uma cena impressionante: a lapidação de um jovem que, moribundo, invoca o perdão para seus perseguidores. O poeta florentino ficou comovido pela mansidão de Estêvão, que, de fato, emerge com toda a sua força na narração dos Atos dos Apóstolos, onde encontramos este acontecimento. “Senhor, não lhes imputes este pecado”, grita Estêvão, ajoelhando-se um pouco antes de expirar.

O jovem Estêvão, cheio de Espírito Santo, foi um dos primeiros a seguir os Apóstolos. Supõe-se que ele era grego ou judeu, educado na cultura helênica. Mas, com certeza, era muito estimado na Comunidade de Jerusalém, tanto que seu nome aparece nos Atos como o primeiro, entre os sete, que foram eleitos para ajudar na missão dos Apóstolos. “Homem cheio de fé e de Espírito Santo”, fazia prodígios e milagres. Porém, alguns da Sinagoga incitaram o povo, os anciãos e os escribas, dizendo tê-lo ouvido pronunciar expressões blasfemas contra Moisés e contra Deus. Era o período do pós-Pentecostal.

Estêvão foi arrastado para diante do Sinédrio, onde falsas testemunhas o acusaram terem ouvido suas afirmações de que Jesus Nazareno teria destruído aquele lugar e alterado os costumes transmitidos por Moisés.

Lapidação e perdão

Estêvão pronunciou o discurso mais longo dos Atos dos Apóstolos, um discurso forte no qual repercorreu a história da salvação. Deus havia preparado a vinda do Justo, mas eles se opuseram ao Espírito Santo, da mesma forma como seus pais perseguiram os profetas. E Estêvão concluiu: “Eis que vejo os céus abertos e o Filho do Homem, que está em pé à mão direita de Deus”. Tais palavras lhe custaram caro. Mas eles gritaram em alta voz e, arremetendo-se contra ele, se puseram a apedrejá-lo. Entre os que aprovaram a sua morte estava Saulo, que, depois se tornou São Paulo, passando de feroz perseguidor dos cristãos a Apóstolo dos gentios. Aos seus pés, depositaram o manto de Estêvão. Enquanto era apedrejado, o jovem pedia a Jesus para acolher o seu espírito e perdoar seus assassinos.

Grande devoção pelo Protomártir

O lugar do martírio de Santo Estêvão, em Jerusalém, situa-se, segundo a Tradição, um pouco fora da Porta de Damasco, onde hoje surge a igreja de Saint-Étienne. No cristianismo, era muito forte a devoção por Santo Estêvão. As notícias sobre as suas relíquias remontam ao ano 400 d.C. A sua vida, sobretudo o seu martírio, repercutiu profundamente na arte. Quase sempre, ele é representado com a palma ou com pedras decorativas.

Vatican News

sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

Dos Sermões de São Leão Magno, papa

cffb

(Sermo 1 in Nativitate Domini, 1-3; PL 54,190-193)          (Séc. V)

 

Toma consciência, ó Cristão, da tua dignidade

Hoje, amados filhos, nasceu o nosso Salvador. Alegremo-nos. Não pode haver tristeza no dia em que nasce a vida; uma vida que, dissipando o temor da morte, enche-nos de alegria com promessa da eternidade.

Ninguém está excluído da participação nesta felicidade. A causa da alegria é comum a todos, porque nosso senhor, vencedor do pecado e da morte, não tendo encontrado ninguém isento de culpa, veio libertar a todos. Exulte o justo, porque se aproxima da vitória; rejubile o pecador, porque lhe é oferecido o perdão; reanime-se o pagão, porque é chamado à vida.

Quando chegou a plenitude dos tempos, fixada pelos insondáveis desígnios divinos, o Filho de Deus assumiu a natureza do homem para reconciliá-lo com seu criador, de modo que o demônio, autor da morte, fosse vencido pela mesma natureza que antes vencera.

Eis por que, no nascimento do Senhor, os anjos cantam jubilosos: Glória a deus nas alturas; e anunciam: Paz na terra aos homens de boa vontade (Lc 2,14). Eles vêem a Jerusalém celeste ser formada de todas as nações do mundo. Diante dessa obra inexprimível do amor divino, como não devem alegrar-se os homens, em sua pequenez, quando os anjos, em sua grandeza, assim se rejubilam?

Amados filhos, demos graças a Deus Pai, por seu Filho, no Espírito Santo; pois, na imensa misericórdia com que nos amou, compadeceu-se de nós. E quando estávamos mortos por causa das nossas faltas, ele nos deu a vida com Cristo (Ef 2,5) para que fôssemos nele uma nova criação, nova obra de suas mãos.

Despojemo-nos, portanto, do velho homem com seus atos; e tendo sido admitidos a participar do nascimento de Cristo, renunciemos às obras da carne.

Toma consciência, ó cristão, da tua dignidade. E já que participas da natureza divina, não voltes aos erros de antes por um comportamento indigno de tua condição. Lembra-te de que cabeça e de corpo és membro. Recorda-te que foste arrancado do poder das trevas e levado para a luz e o reino de Deus.

Pelo sacramento do batismo te tornaste templo do Espírito Santo. Não expulses com más ações tão grande hóspede, não recaias sob o jugo do demônio, porque o preço de tua salvação é o sangue de cristo.


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E tu, Belém, terra de Judá (Parte 1/2)

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BELÉM DE JUDÁ - (Bíbl) Antiga cidade cananéia, situada na região montanhosa de Judá, ao sul de Jerusalém, na Palestina dos tempos bíblicos. Foi habitada pelo clã de Éfrata, sendo por isso chamada de Éfrata (Gn 35, 19; 48, 7; 1Cr 2, 51; 4, 4). Nela se hospedaram os levitas (Jz 17, 7; 19, 1). Um ramo da família de Caleb nela se estabeleceu, exercendo grande influência (1Cr 2, 54). Serviu de residência a Booz, Rute, Obed e Jessé, pai de Davi (Rt 1, 19; 4, 9-11; 1Sm 16, 1-4).

Nos tempos do rei Davi, era guarnecida de muros de defesa. Apesar disso esteve durante algum tempo nas mãos dos filisteus (2Sm 23, 14-15). Roboão reforçou-lhe os muros (2Cr 11, 6). Após o cativeiro, os judaítas que voltaram com Zorobabel nela se fixaram (Esd 2, 21; Ne 7, 26). De acordo com a profecia de Miquéias (5, 2), seria lugar de nascimento do Messias. Segundo os evangelistas Mateus e Lucas foi em Belém que nasceu Jesus. Aos pastores que guardavam as vigílias nas suas vizinhanças foi anunciado o seu nascimento (Lc 2, 1-18). Muitas crianças de Belém foram assassinadas por Herodes que queria atingir a vida do Filho de Maria (Mt 2, 1-18).

O imperador Adriano (117-138) profanou o lugar fazendo construir um santuário pagão em honra de Adônis e Vênus. A gruta já era conhecida e venerada pelos cristão antes da era constantiniana, sendo registrada por Justino (c. 100-165) e Orígenes (c. 185-253). A comunidade cristã, apesar da profanação, não abriu mão do direito sobre a "gruta mística" mantendo a tradição a seu respeito. O imperador Constantino (c. 280-337) ergueu no lugar uma basílica em honra da Natividade de Jesus, que se tornou um dos pontos mais visitados pelos peregrinos cristãos.

A cidade de Belém foi um dos grandes centros da vida monástica. Em 384, São Jerônimo nela fixou residência. Durante 36 anos viveram nessa cidade Santa Paula, Santo Eustáquio, Fabíola e numerosas outras mulheres da aristocracia romana. Depois de ter sido tomada pelos samaritanos, a cidade foi restaurada por Justiniano.

Continua...

Dicionário Enciclopédico das Religiões

Editora Vozes

SINOS DE NATAL

PINGEgg
por Dom Pedro Carlos Cipollini
Bispo de Santo André (SP)

É impossível determinar o começo do uso do sino em eventos, prédios públicos e principalmente no culto das diversas religiões. Os sinos em sua musicalidade sóbria tornam-se símbolo da comunidade reunida na fé. As histórias referentes aos sinos sempre estão envoltas em anúncio de libertação e alegria. Convocam para celebrar a vida, tanto em momentos tristes, como alegres, em especial no Natal.

Mas, temos alegria para celebrar neste Natal? Por mais que esteja escura a noite é preciso cantar, na certeza do amanhecer. Os sinos de Natal anunciam a alegria do nascimento de Jesus e o anuncio feito aos pastores, os primeiros a serem convidados a visitar o menino Jesus: “Não tenham medo! Eu vos anuncio uma boa notícia, que será alegria para vocês e todo o povo: hoje em Belém nasceu o Salvador, que é o Messias, o Senhor” (Lc 2,10). Estamos envoltos numa situação dramática para não dizer trágica, que atinge a todos. Nem sempre é fácil interpretar a realidade e principalmente esta da pandemia, que paralisou o desenrolar da história. Talvez mais que cantar e fazer barulho com aglomerações, somos convidados a meditar, refletir, fazer uma pausa e escutar.

Contemplemos em silêncio, como fizeram Maria e José, ao receberem o misterioso menino Deus, que nascia em uma manjedoura, na gruta de Belém. Talvez, olhando aquele menino que mudaria a história da humanidade, eles tivessem pensado como nós hoje: “sabemos o que era o passado, mas não sabemos como será o futuro!” Mesmo em meio ao silêncio e paralisia geral, ouçamos os sinos tocarem em nossos corações. Vamos contemplar o presépio e orar.

Diante da manjedoura, peçamos que ela nos recolha como somos, pobres, nus e desamparados diante do cosmos e do mistério do homem e da Encarnação do Verbo. Olhando o burro, peçamos forças para carregar as preocupações, as inquietações dos nossos amigos e todas aquelas preocupações pesando sobre nossos ombros.

Diante do boi, peçamos que sejamos aquecidos com seu hálito, com seu calor e nos console neste inverno das separações, criadas pelo confinamento e pela indiferença. Contemplando as ovelhas, peçamos orientação para não seguirmos estupidamente o rebanho, que sejamos ovelhas desconfiadas dos falsos pastores, impostores egoístas e falsas notícias. Que eu seja fiel ao Bom Pastor, capaz de guiar-me para a vida plena.

Peçamos ao pastor: ensine-me a ler à noite a mensagem das estrelas, capaz de indicar-me como permanecer no rumo da Esperança, e seguir o caminho da verdadeira Alegria, da única Alegria que é Deus vindo até nós. Peçamos a José: impeça minha raiva quando as coisas não saírem do meu jeito e, ao invés disso, ajude-me a manter o silêncio, com paciência e na paz. E ajude-me a perseverar em meu trabalho.

Peçamos a Maria a coragem e a sabedoria de perceber a diversidade quando julgo os outros e os eventos. Ela, sempre desafiada a compreender as ações do Filho, pode instruir-me – com sua sabedoria e santidade – a considerar as coisas sem perder de vista o essencial, e a ter confiança. E por fim, contemplando o mistério deste Menino-Deus que nasce na pobreza, peçamos-lhe a graça de vivermos com dignidade a pobreza de todo ser humano, que deseja ser o “homo deus” mas na verdade é o “homo sapiens”. Que sejamos felizes de verdade, sem querer tomar o lugar de Deus. Porque Jesus, sendo Deus, se fez homem para nos engrandecer com sua divindade.

Natal é momento de alegria e ação de graças. Deus sendo solidário conosco e vindo até nós, tornando-se um de nós, ensina-nos o caminho e o modo de superar todas as dificuldades: a solidariedade! Jesus na gruta de Belém, coloca as bases “subversivas” do cristianismo: justiça, fraternidade, liberdade e paz!

Mesmo em meio à decepção deste tempo de pandemia, temos motivos para soar os sinos de Natal! Feliz Natal a todos!

CNBB

O Natal de 2020 e suas semelhanças com o de 1943, em plena Segunda Guerra

Alchetron
por Francisco Vêneto

Em 1943, Roma estava sob ocupação nazista. O Natal foi um dos mais dolorosos da II Guerra Mundial. O toque de recolher vigorava e as Missas de Natal tinham sido abolidas.

O Natal de 2020 e suas semelhanças com o de 1943, em plena Segunda Guerra: esta é a reflexão que emerge de um texto do jornalista italiano Roberto de Mattei no site Rádio Roma Libera.

Em 1943, Roma estava sob a ocupação dos nazistas e o Natal foi um dos mais dolorosos da Segunda Guerra Mundial. O toque de recolher vigorava e as Missas de Natal tinham sido abolidas.

O Papa Pio XII apenas celebrou uma Missa solene na tarde de 24 de dezembro, na Basílica de São Pedro. No mesmo dia, ele fez um discurso ao Sacro Colégio e à Prelatura Romana, do qual Roberto de Mattei publicou um resumo com as passagens principais:

“Um só coração e uma só alma”

O Papa citou a expressão cristã “um só coração e uma só alma”, que, em latim, se diz “cor unum et anima una“:

“Este ‘cor unum et anima una‘, que reunia os primeiros seguidores de Cristo, foi a inflamada arma espiritual do pequeno rebanho da Igreja primitiva que, sem meios terrenos, com a palavra, com o amor desinteressado e com o sacrifício também da vida, iniciou e completou a sua ação vitoriosa diante de um mundo hostil. Contra a força de resistência, de zelo, de desprezo pelos sofrimentos e pela morte de tal coração e de tal alma, não prevaleceram e infringiram-se as artes e os ataques dos poderes adversos, que combatiam contra a sua existência, doutrina, difusão e consolidação. Assim, da união dos corações e das almas de todos os fiéis, formava-se como que um só coração e uma só alma, que a difusão da fé, através dos tempos, estendeu e ainda estende por tantas regiões e povos; e esse tão belo vínculo de corações e de almas de todas as terras e de todas as nações chega até nós, e mais vivo e forte se renova na hora presente das comuns aflições e invocações, e dos comuns desejos e esperanças, mercê do divino Espírito Vivificador e Santificador, que faz e preserva a Esposa de Cristo, sempre a mesma na sua unidade e universalidade, mesmo em meio às convulsões que subvertem as nações”.

Sobre a guerra

“Durante este ano, a tormenta da guerra também se aproximou cada vez mais da Cidade Eterna; e duros sofrimentos abateram-se sobre muitos dos nossos diocesanos. Não poucos, entre os mais pobres, viram o seu lar destruído por ataques aéreos. Um santuário caro ao coração da Roma cristã e verdadeira joia de uma venerável antiguidade foi atingido e sofreu feridas dificilmente sanáveis. Se as interrupção e paralisação da normal produção do que é necessário à vida devessem prosseguir com o ritmo atual, seria de temer que, apesar dos solícitos cuidados das autoridades competentes, o povo de Roma, e grande parte da população italiana, em não muito tempo se encontraria em condições de indigência que, na memória humana, talvez nunca se tenham concretizado e sofrido nesta terra já tão provada. A todos, e em particular aos habitantes da Urbe, recomendamos, instantemente, que conservem a calma e a moderação e se abstenham de qualquer ato precipitado, que só causaria ainda mais graves desastres”.

Sobre a resiliência nas provações:

“Em meio a tais perturbações, compreende-se o quanto convém que todos se mantenham francos e corajosos na prática moral da vida, enquanto não poucos cristãos, mesmo entre aqueles que estão a serviço da Igreja e do santuário, se deixam desanimar pela tristeza dos tempos, pela amargura das privações e pelos esforços pedidos, pela cadeia de desilusões que os aperta e se abate sobre eles; tanto que não escapam ao perigo de desanimar e de perder aquele frescor e agilidade de espírito, aquela robustez de vontade, aquela serenidade e aquela alegria de ousar e concluir o que se empreende, sem os quais não é possível uma fecunda obra de apostolado. (…) Os caminhos do Senhor não são os caminhos iluminados pela falsa luz de uma sabedoria puramente terrena, mas pelos raios de uma estrela celeste ignota à prudência humana. Da gruta de Belém, quando se dirige o olhar à história da Igreja, todos deveriam convencer-se de que aquilo que foi dito do seu divino Fundador, ‘Sui eum non receperunt‘ (Jo 1, 11) [Os seus não o receberam], também foi sempre dolorosamente válido para a Esposa de Cristo ao longo dos séculos, e que, várias vezes, os tempos de árdua luta prepararam vitórias grandiosas, de importância definitiva para as longas épocas vindouras”.

Sobre as esperanças num futuro melhor:

“Se nos é permitido penetrar na visão dos desígnios de Deus, dos quais é luz o passado, as árduas e cruentas condições da hora presente nada mais são do que o prelúdio de uma aurora de novos desenvolvimentos, nos quais a Igreja, enviada a todos os povos e para todos os tempos, se encontrará diante de deveres desconhecidos a outras épocas, que só as almas corajosas e resolutas a tudo poderão realizar: corações que não tenham medo de assistir à repetição e à renovação do mistério da Cruz do Redentor no caminho da Igreja sobre a terra, sem pensar em abandonar-se, com os discípulos de Emaús, a uma fuga da amarga realidade; corações conscientes de que as vitórias da Esposa de Cristo, e especialmente as definitivas, são preparadas e obtidas in signum cui contradicetur, ou seja, em contraste com tudo o que a humana mediocridade e vaidade procuram opor à penetração e ao triunfo do espiritual e do divino. Se hoje devemos levar ajuda ao nosso tempo, se a Igreja deve ser, para os errantes e para os amargurados das angústias espirituais e temporais dos nossos dias, aquela Mãe que ajuda, aconselha, preserva e redime; como poderia ela atender a tanta necessidade se não dispusesse de uma ‘acies ordinata‘ [exército em ordem de batalha], recrutada entre as almas generosas que, acima da visão sublime do Menino recém-nascido, não temem nem se esquecem de elevar o olhar para o Senhor crucificado, consumindo, no Calvário, o sacrifício da sua vida pela regeneração do mundo, e retratam, como força e valor no seu viver e no seu operar, a lei suprema da Cruz?”

Sobre as promessas divinas:

“Rezamos pelo gênero humano, enredado e preso nas correntes do erro, do ódio e da discórdia, quase numa prisão por ele mesmo construída, repetindo a invocação da Igreja no santo Advento: O clavis David et sceptrum domus Israel; qui aperis, et nemo claudit; claudis, et nemo aperit: veni, et educ vinctum de domo carceris, sedentem in tenebris et umbra mortis! Ó Chave de Davi e Cetro da Casa de Israel, que abres e ninguém fecha, fechas e ninguém abre: vem e liberta da prisão o cativo que está sentado nas trevas e na sombra da morte”.

O Natal de 2020 e suas semelhanças com o de 1943

Palavra por palavra, esse discurso do Papa Pio XII soa tão atual hoje quanto foi naquele ano de uma guerra mundial, embora os contextos sejam bem diferentes. Que semelhança pode haver então?

Parece que paira uma sombra de fundo, projetada de modos diferentes, mas incisivos, sobre as liberdades mais íntimas das nações e das pessoas, e cuja presença não pode ser ignorada.

E, diante desta sombra, reluz igualmente, lá atrás e de novo agora, a luz de uma certeza: a do Menino que nasce na noite de Belém e cuja luz de Ressurreição não pode jamais ser apagada.

Aleteia

Feliz Natal! Hoje nasceu o Salvador!

ACI Digital

REDAÇÃO CENTRAL, 25 dez. 20 / 12:01 am (ACI).- Neste dia 25 de dezembro, a Igreja celebra a Solenidade do nascimento de Jesus Cristo. É um dia de alegria e gozo, porque o Senhor veio ao mundo para trazer a salvação. Por isso, a ACI Digital deseja a todos um feliz Natal e que Jesus também nasça em sua família e coração.

Como o sol ilumina a escuridão ao amanhecer, a presença de Cristo invade a escuridão do pecado, do mundo, do demônio e da carne para mostrar o caminho a seguir. Com sua luz, mostra a verdade de nossa existência. O próprio Cristo é a vida que renova a natureza caída do homem e da natureza. O Natal comemora a presença renovadora de Cristo que vem para salvar o mundo.

A Igreja em seu papel de mãe e mestra, através de uma série de festas busca conscientizar o homem deste fato tão importante para a salvação de seus filhos. É, portanto, necessário que todos os fiéis vivam com o reto sentido a riqueza da experiência real e profunda do Natal.

ACI Digital

Mensagem de Natal do Papa: Jesus nasce para todos, não só para alguns

Mensagem de Natal e Bênção Urbi et Orbi

Ao conceder a bênção Urbi et Orbi (à cidade de Roma e ao mundo), o Papa Francisco rezou pelas populações mais atingidas pela crise ecológica, social e econômica agravada pela pandemia. No continente americano, um dos mais afetados pelo coronavírus, pediu o fim da corrupção e da insegurança, e citou o Chile e a Venezuela.

Bianca Fraccalvieri – Cidade do Vaticano

No dia de Natal, o Papa Francisco concedeu a tradicional bênção Urbi et Orbi, desta vez não da sacada central da Basílica de São Pedro, mas a poucos metros do local, na Sala das Bênçãos.

A Praça São Pedro não está fechada, mas as pessoas não podem circular devido ao lockdown decretado pelo governo italiano nos dias de festas.

Como sempre, a bênção é antecedida por uma longa mensagem em que o Pontífice faz seus votos de Feliz Natal a todos os países e regiões que vivem períodos conturbados.

Fraternidade mais necessária do que nunca

Desta vez, a mensagem teve como fio condutor a última Encíclica publicada pelo Papa Francisco, “Fratelli tutti”.

“O nascimento é sempre fonte de esperança, é vida que desabrocha, é promessa de futuro. E este Menino – Jesus – «nasceu para nós»: um «nós» sem fronteiras, sem privilégios nem exclusões.”

Graças a este Ele, todos podemos nos dirigir a Deus e chamá-lo de «Pai». Assim, e todos podemos ser realmente irmãos: “de continentes diversos, de qualquer língua e cultura, com as nossas identidades e diferenças, mas todos irmãos e irmãs”.

Neste momento histórico marcado pela crise ecológica e por graves desequilíbrios econômicos e sociais, agravados pela pandemia, o Papa considera a fraternidade como valor mais necessário do que nunca. Não uma fraternidade feita de ideais abstratos, mas baseada no amor real, capaz de compadecer-me dos sofrimentos alheios, mesmo que o outro não seja da minha família, da minha etnia, da minha religião.

Vacina para todos

O primeiro pensamento do Papa foi às pessoas mais frágeis, os doentes e quantos neste tempo se encontram desempregados ou em graves dificuldades pelas consequências econômicas da pandemia, “bem como as mulheres que nestes meses de confinamento sofreram violências domésticas”.

Francisco renovou seu apelo aos governantes para que a todos seja garantido o acesso às vacinas e aos tratamentos.

“No Natal, celebramos a luz de Cristo que vem hoje ao mundo e Ele vem para todos: não só para alguns. Hoje, neste tempo de escuridão e incertezas pela pandemia, aparecem várias luzes de esperança, como a descoberta das vacinas.”

A dor da guerra

O Papa fez um apelo também em prol de tantas crianças que em todo o mundo, especialmente na Síria, Iraque e Iémen, ainda pagam o alto preço da guerra.

A Síria foi novamente citada junto aos países que no Oriente Médio e no Mediterrâneo oriental sofrem com tensões, como o Iraque, em particular os yazidis, a Líbia, Israel, Palestina e o Líbano.

Vatican News

Santa Anastácia

Sta. Anastácia | ArqSP

A vida de santa Anastácia, transmitida de geração a geração, desde os primórdios do cristianismo, traz os episódios históricos verídicos mesclados a fatos lendários e às tradições orais. Vejamos como chegou à cristandade no terceiro milênio.

Diocleciano foi imperador romano entre os anos 284 e 305. Na época, Anastácia, filha de Protestato e Fausta, ambos romanos e pagãos, era uma jovem belíssima. Junto com sua mãe, foi convertida à fé cristã por seu professor Crisogono, fururo santo mártir. As duas se dedicavam a ajudar os pobres e à conversão de pagãos.

Com a morte da mãe, o pai lhe impôs o casamento com Públio, um rico pagão da nobreza romana. Mesmo contra a vontade, Anastácia se casou. Logo o marido a proibiu de envolver-se com qualquer tipo de atividade, como era de costume entre as damas da sociedade. Mas ela continuou ajudando os pobres às escondidas e, quando o marido foi informado, puniu-a com crueldade. Foi proibida de sair de casa. Naquele momento, o consolo veio por meio dos conselhos do professor Crisogono, que já era perseguido e acabou sendo preso.

Na ocasião, o imperador Diocleciano nomeou Públio embaixador na Pérsia. Ele partiu deixando Anastácia sob a guarda de Codizo, homem cruel que tinha ordem de deixá-la morrer lentamente. Logo chegou a notícia da súbita morte de Públio. Anastácia foi libertada e soube que seu conselheiro, Crisogono, seria transferido para o julgamento na Corte imperial de Aquiléia. A discípula o acompanhou na viagem e assistiu o interrogatório e, depois, a sua decapitação.

Cada vez mais firme na fé, voltou a prestar caridade aos pobres e a pregar o evangelho de Cristo. Suspeita de ser cristã, foi levada à presença do prefeito de Roma, que tentou fazê-la renunciar à sua religião. Também o próprio imperador Diocleciano tentou convencê-la, mas tudo inútil. Anastácia voltou para a prisão.

Em seguida, Diocleciano partiu para a Macedônia, levando consigo os prisioneiros cristãos, inclusive ela. Da Macedônia foram para Esmirna, na Dalmácia, atual Turquia. Lá, outros cristãos denunciados foram presos. Entre eles estavam a matrona Teodora e seus três filhos, depois também santos da Igreja. A eles Anastácia dispensava especial atenção.

Os carcereiros informaram o imperador, que mandou prender Anastácia durante um mês no pior dos regimes carcerários. No fim do período, ela estava mais bela do que antes, e ainda mais firme na sua fé. Inconformado, o imperador a entregou para ser morta junto com os outros presos cristãos. Anastácia morreu queimada viva, no dia 25 de dezembro de 304, em Esmirna.

Primeiro, o corpo de Anastácia foi enterrado na diocese de Zara; depois, em 460, foi levado para Constantinopla. Seu culto, um dos mais antigos da Igreja, se espalhou por toda a cristandade do Oriente e do Ocidente. Em quase todos os países, existem igrejas dedicadas a ela, e muitas guardam, para devoção dos fiéis, um fragmento de suas relíquias. Sua celebração ocorre tanto no Oriente como no Ocidente, no dia de sua morte, sempre recordada na missa do período da tarde, em razão da festa do Natal de Jesus Cristo.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

Arquidiocese de São Paulo

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF