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domingo, 27 de dezembro de 2020

Os Anjos do Natal

Giotto-Scrovegni

Redação (24/12/2020 11:141Gaudium PressNão tenhais medo! Este anúncio foi feito aos pastores, que atônitos viram o anjo do Senhor, enquanto vigiavam seus rebanhos. Maravilhados olhavam-se entre si e eram penetrados por um alegria toda sobrenatural de paz e esperança.

Após acalma-los  o anjo disse: Eis que vos anuncio uma grande alegria, que será de todo o povo; hoje, na cidade de Davi, nasceu um Salvador para vós, Cristo Senhor! Este para vós é o sinal: encontrareis uma criança envolta em panos, deitada em uma manjedoura “(Lc 2: 10-12).

Os pastores estavam cheios de Deus

Os pastores, podemos imaginar, estavam transportados de entusiasmo, cheios de Deus. São Lucas escreve que após a aparição do primeiro Anjo num”instante juntou-se uma grande multidão do exército celeste, louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por Ele amados.”

Aqueles simples camponeses estavam diante do maior acontecimento de toda a humanidade: a encarnação do Verbo. Mas qual seria o número desses espíritos angélicos? O profeta Daniel exclamou: “milhares de milhares o serviam e mil milhões junto a Ele, O assistiam”. (Dn 7,10).

Nessa visão o profeta explica a quantidade, sem dar propriamente o número deles. Dessa forma quer nos mostrar a liberalidade de Deus, a bondade de Deus enquanto Criador.

Os anjos são mais numerosos do que o universo material

Estes seres espirituais são mais numerosos que as estrelas do céu, as areias da praia e de todos os seres materiais que povoam o universo, assim afirma Santo Tomás de Aquino: “é ainda superior à multidão dos seres materiais”. (S.Tom. 1,q.L, a3)

Durante os mais de dois mil anos da Cristandade essa Noite Santa foi representada, por músicos, escultores, pintores e outras artes produzidas pelas mãos do homem. Mas como  conseguir trazer um pouquinho das bênção que viveram aqueles pastores, nas montanhas de Belém, juntos à corte angélica?

Uma tarefa difícil, mas não impossível

Isso parece-nos uma uma tarefa quase impossível. Sobretudo, nesse ano de 2020 que termina com apreensões, desinformações sobre um vírus mortal, que entre outras mortes quer matar a liberdade, inclusive de religião.

A humanidade parece estar como canta o profeta Isaías, ao falar sobre Jerusalém: “ouve portanto, pobre criatura, bêbada sem vinho”. (Is.  51,17–52,1-2.7-10) Pois tudo que “adorava”, agora precisa queimar.

Mas, o impossível, é uma palavra que não deve constar, no vocabulário, das almas que têm verdadeiramente fé. Lembremo-nos de quando o Anjo Gabriel que foi portador da mensagem de Deus a Virgem Maria, ele afirmou: “Para Deus nada é impossível! Ao referir-se o nascimento de São João Batista.

Sim, nada é impossível para esse Deus Menino, que nascerá nos corações de todos os homens de “boa vontade”.

Dr. Plinio Corrêa de Oliveira nos ensina que: “A festa do Natal tem este previlégio: ela interrompe o tempo e, por mais que estejamos em situação aflitiva, chega o Natal, abre-se um paredão – desgraças de um lado, lágrimas de outro – bimbalham os sinos!

O Natal começou! Cristo nasceu! Alegria para todos os homens”.

Lucas Miguel Lihue

https://gaudiumpress.org/

Nazaré da Galiléia

Cafetorah
A CIDADE DE NAZARÉ

Etim.: A forma hebraica, atestada por uma inscrição de Cesaréia Marítima do século III ou IV d.C., pede para ser interpretada pela raiz nasar: guardar, vigiar, ou seu derivado naser: broto (porque o broto fica em hibernação durante o inverno e desperta no começo da primavera). Portanto, "A Guarda, ou a Sentinela, ou a Primaveril".

Nazaré, desconhecida no Antigo Testamento, parece que foi fundada poe exilados que regressaram para a Galiléia. Nos tempos evangélicos, é uma localidade sem prestígio (Jo 1, 46; cf. 7, 14). Aí nasce e mora a Virgem Maria, aí se estabelece o seu esposo José, e para lá regressam com o Menino Jesus. Dela parte Jesus para iniciar Sua vida pública (Mc 1, 9). Uma passagem por Nazaré obtém apenas um pequeno momento de sucesso (Mc 6, 1-6 e Lc 4, 16-30)

As escavações efetuadas em 1955 para a reconstrução do santuário, descobriram habitações rupestres com silos, adegas e um lagar revestido de mosaico. Os restos de cerâmica atestam uma habitação do primeiro século a.C. e seguintes. Restos da Igreja bizantina primitiva, atestada literariamente em 570, remontam ao século V. Uma grande Igreja gótica, erguida pelos cruzados, deixa fundações complexas, perfeitamente visíveis no solo. Nunca terminou a construção e há belos capitéis, encontrados enterrados, em perfeito estado. Essa igreja foi totalmente arruinada em 1263. Uma pequena construção de estilo clássico durou de 1730 a 1955, quando foi preciso substituí-la pela grande basílica atual. Os construtores tiveram o mérito de preservar numa cripta acessível ao públicoos restos das habitações e das igrejas antigas.

Dicionário Bíblico Universal
Ed. Aparecida - SP e Ed. Vozes - Petrópolis - RJ

O Deus Menino nas cartas da beata Gabriela Sagheddu

Renata Sedmakova | Shutterstock
por Vitor Roberto Pugliesi

Nesse ano de 2020, quando fomos tomados pelo sofrimento global da pandemia, as palavras da beata Gabriela Sagheddu mostram-se iluminadas e atemporais.

Na época do Natal, nosso coração se enche de alegria pela oportunidade de mais uma vez reviver o mistério da encarnação de Deus. Nesse tempo solene em que a Igreja nos coloca diante do presépio de Nosso Senhor, sob uma humildade plenamente divina e plenamente humana, tivemos a oportunidade de meditar alguns apontamentos da beata Gabriela Sagheddu, monja trapista, sobre essa noite feliz. Trata-se de uma festa tão antiga, mas ao mesmo tempo tão nova que, por mais que a perscrutemos, nunca poderemos esgotar a totalidade do seu significado.

Deus Menino

Escrevendo à sua mãe, ao final do ano de 1938, já estando em fase avançada de padecimento pela tuberculose, houve um período de melhora clínica após extração de líquido pleural (líquido esse que pode se formar na cavidade pulmonar entre suas membranas – as pleuras – gerando importante desconforto respiratório e febre). Nessa janela de oportunidade, a beata Gabriela Sagheddu louva a Deus e escreve belas palavras sobre o Natal. Inicia contemplando a grandeza das coisas de Deus dizendo que “este Deus Menino nos dá tantas lições que nunca chegaremos a entendê-las plenamente”. Deus, que é amor e misericórdia infinita, revelou, em seu nascimento (e também em sua cruz), uma face de amor pela humanidade que nenhum homem seria capaz de alcançar por seus próprios méritos, diante da qual todos os joelhos devem se curvar. Diz ela ainda: “Ele, o Deus Criador do Universo, se humilha até nascer num pobre estábulo, abrigo de animais, onde passa despercebido a todos”; e acrescenta: “observe que nós fazemos o contrário. Quase temos vergonha de ser pobres e, às vezes, quase queremos esconder nossa pobreza”.

Simplicidade

Se fizermos uma análise sincera de nossos atos, veremos quantas foram as vezes que nos apresentamos diante de Deus para “exibir” nossos méritos. Uma pequena penitência, um simples terço bem rezado infla-nos o ego em dizer: “Como sou católico! Quanto sou merecedor do Reino de Deus!”, quando, na verdade, Deus nos deu em seu natal o modo como Ele quer nos receber: na simplicidade, no reconhecimento de nossa fragilidade, na humildade em reconhecer que fazemos a todo momento atos de fé, mas que jamais, por nossa forças, conseguiremos prestar um culto total à Sua Majestade, exceto se d’Ele mesmo vier a força para tal. Em um ato de humildade, devemos pedir a Deus que coloque em nossa alma os dons do Espírito Santo para que, por meio deles e por eles, possamos ser servos bons e fiéis a corresponder em nossas vidas ao desejos de Deus.

Sagrada Família

Nesse ano de 2020, quando fomos tomados pelo sofrimento global da pandemia, as palavras da beata Gabriela Sagheddu mostram-se iluminadas e atemporais, sobretudo quando nos diz nessa mesma carta: “Quem ousará rebelar-se, se pensar nas humilhações e sofrimentos do Deus-homem?”. Se fizermos um paralelo de nossa vida esse ano com a vida da Sagrada Família, veremos que ela, que tem uma dignidade infinitamente maior que a nossa, passou por tribulações muito maiores que as deste ano. Tivemos de deixar de ir a festas e aniversários; a Sagrada Família, na pessoa de São José, teve de viver o sofrimento de ver o seu casamento possivelmente não concretizado, pois Maria ficara grávida antes do casamento, o que era inadmissível perante a Lei. Tivemos nossa liberdade de ir e vir cerceada; a Sagrada Família foi perseguida e teve de descer ao Egito. Tivemos de nos voltar para o comércio virtual e amargar o tempo de espera dos correios; a Sagrada Família não teve condições de fazer um enxoval para acolher o Menino-Deus. Tivemos de ver as visitas hospitalares limitadas a um acompanhante nos momentos de parto; a Sagrada Família não teve hospital, não teve berço, não teve obstetra, somente a manjedoura na qual os animais se alimentavam. Desse modo, podemos ver que Jesus – sendo Deus – submeteu-se a um rebaixamento tamanho que nem mesmo ao mais simples homem seria tolerável. Ora, sendo Ele de natureza divina, tal rebaixamento é um escândalo ainda maior.

Receber as virtudes

Olhando pela ótica da fé, podemos perceber como nosso fardo é abrandado por Deus, como somos amados e cuidados pelo Senhor, pois Ele trouxe para Si todos os sofrimentos da humanidade e nos deu a certeza de que se Ele permite passarmos por sofrimentos é porque, unidos a Ele, podemos tirar grande proveito e grande bem. A chegada ao Natal deste ano já nos mostrou isso; independente do que aconteceu, o Natal foi celebrado mais uma vez nesses mais 2.000 anos de caminhada da Igreja. Diz a beata Gabriela Sagheddu sobre as virtudes próprias do berço divino: “A doçura, a humildade e o amor”; tais virtudes ela desejou que sua mãe a recebesse nesta sublime data. Também nós tenhamos a disposição de receber tais virtudes para nos unirmos cada vez mais a Ele, que é o caminho, a verdade e a vida (cf. Jo 14,6).

Aleteia

No Angelus, Papa anuncia Ano “Família Amoris laetitia”

Angelus com o Papa na Biblioteca Apostólica  (Vatican Media)

A intenção do Pontífice ao anunciar este Ano especial é “prosseguir o percurso sinodal” que levou à publicação do documento. Com efeito, Amoris laetitia é fruto da XIV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, realizada de 4-25 de outubro de 2015 sobre o tema “A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo”.

Jackson Erpen e Bianca Fraccalvieri - Vatican News

No Angelus deste domingo, 27, dia em que a Igreja celebra a Sagrada Família, o Papa Francisco anunciou a convocação de um “Ano especial dedicado à Família Amoris laetitia”, que será inaugurado em 19 de março de 2021, dia de São José e quinto aniversário de publicação da Exortação Apostólica. O encerramento está marcado para junho de 2022. Será "um ano de reflexão" e uma oportunidade para "aprofundar os conteúdos do documento":

“Essas reflexões serão colocadas à disposição das comunidades eclesiais e das famílias para acompanhá-las em seu caminho. Desde agora, convido todos a aderir às iniciativas que serão promovidas ao longo do ano e que serão coordenadas pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida. Confiemos à Sagrada Família de Nazaré, em particular à São José, esposo e pai solícito, este caminho com as famílias de todo o mundo.”

Família de Nazaré, modelo para todas as famílias do mundo

Angelus deste domingo, também foi rezado na Biblioteca do Palácio Apostólico, pois como Francisco havia explicado no Angelus na festa de Santo Estêvão, “devemos fazer assim, para evitar que as pessoas venham para a Praça” e assim colaborar com as disposições dadas pelas Autoridades, “para ajudar a todos nós a escapar desta pandemia.”

Dirigindo-se a quem o acompanhava pelos meios de comunicação, o Papa chamou a atenção para o fato de que “o Filho de Deus quis ter necessidade, como todas as crianças, do calor de uma família”, e precisamente por isso, “porque é a família de Jesus, a de Nazaré é a família modelo, em que todas as famílias do mundo podem encontrar o seu ponto de referência seguro e uma inspiração segura. Em Nazaré brotou a primavera da vida humana do Filho de Deus, quando Ele foi concebido pela ação do Espírito Santo no seio virginal de Maria.”

Família evangeliza com exemplo de vida

Jesus transcorreu sua infância com alegria na Casa de Nazaré, envolvido “pela solicitude maternal de Maria e pela solicitude de José, em quem Jesus pôde ver a ternura de Deus”.

Ao imitar a Sagrada Família, somos chamados a redescobrir o valor educativo do núcleo familiar: isso requer que seja fundado no amor que sempre regenera as relações, abrindo horizontes de esperança. Em família se poderá experimentar uma comunhão sincera quando ela é casa de oração, quando os afetos são sérios, profundos, puros, quando o perdão prevalece sobre a discórdia, quando a dureza cotidiana do viver é amenizada pela ternura recíproca e pela serena adesão à vontade de Deus. Desta forma, a família se abre à alegria que Deus dá a todos aqueles que sabem dar com alegria. Ao mesmo tempo, encontra energia espiritual para se abrir ao exterior, aos outros, ao serviço dos irmãos, à colaboração para a construção de um mundo sempre novo e melhor; capaz, por isso, de ser portadora de estímulos positivos; a família evangeliza com o exemplo de vida.

“Em família se poderá experimentar uma comunhão sincera quando ela é casa de oração, quando os afetos são profundos e puros, quando o perdão prevalece sobre a discórdia, quando a dureza cotidiana do viver é amenizada pela ternura recíproca e pela serena adesão à vontade de Deus.”

Dá licença, perdão, obrigado

O Papa recordou que nas famílias existem problemas, que às vezes se briga, “mas somos humanos, somos fracos, e todos temos às vezes este fato que brigamos em família”. Mas a recomendação, já feita em outras oportunidades, é que não se acabe o dia sem fazer as pazes, pois “a guerra fria no dia seguinte é muito perigosa”. E lembrou as três palavras fundamentais para que o ambiente em família seja bom: dá licença, perdão, obrigado. “Não ser invasivos”, agradecer sempre, pois “a gratidão é o sangue da alma nobre”, e depois pedir perdão, das três, a palavra mais difícil de dizer.

Famílias, fermento de uma nova humanidade

E o exemplo de evangelizar com a família, continuou então Francisco, é o chamado que nos é feito pela festa de hoje, que nos repropõe o ideal de amor conjugal e familiar, assim como foi enfatizado na Exortação Apostólica Amoris laetitia

Ao concluir, o Papa pediu à Virgem Mariaque” faça com que as famílias de todo o mundo fiquem cada vez mais fascinadas pelo ideal evangélico da Sagrada Família, para assim se tornar fermento de nova humanidade e de uma nova solidariedade concreta e universal.”

A oração de Francisco pelas famílias marcadas pelas feridas da incompreensão e da divisão.

Após rezar o Angelus, ao saudar as famílias, grupos e fiéis que acompanham pelos meios de comunicação, o Santo Padre dirigiu seu pensamento em particular “às famílias que nos últimos meses perderam um familiar ou foram provadas pelas consequências da pandemia. Penso também nos médicos, enfermeiras e todo o pessoal de saúde cujo grande empenho na linha de frente do combate à propagação do vírus teve repercussões significativas na vida familiar”.

O Papa também confiou ao Senhor “todas as famílias, especialmente as mais provadas pelas dificuldades da vida e pelas feridas da incompreensão e da divisão. O Senhor, nascido em Belém, conceda a todos a serenidade e a força para caminharem unidos no caminho do bem”.

Vatican News

FESTA DA SAGRADA FAMÍLIA, JESUS, MARIA E JOSÉ

Dom Paulo Cezar Costa
Arcebispo de Brasília

A Sagrada Família, modelo para nossas famílias

Hoje, somos chamados a contemplar a família de Nazaré. O Evangelho nos apresenta a família de Jesus, que é religiosa, e, por isso, vive segundo os preceitos da Lei Mosaica, vai ao templo de Jerusalém para apresentar o menino Jesus. O texto não fala de resgate, mas afirma que “todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor” (Lc 2, 23). Jesus não é resgatado como os outros meninos hebreus, mas é Ele quem resgata, Ele é o Salvador.

No templo se dá o encontro profético com o velho Simeão e com Ana. Ambos simbolizam o Israel fiel a Deus que esperava a consolação de Deus, a realização da promessa: “…porque meus olhos viram a tua salvação, que preparaste diante dos povos: luz para iluminar as nações e glória do teu povo, Israel” (Lc 2, 32). Eles contemplam, veem a salvação de Deus. Aquela criança traz em Si o mistério de ser o Filho de Deus, a Salvação de Deus. Tantos a viram, mas só Simeão e Ana tiveram a graça de penetrar no mistério de Cristo, pois olharam com os olhos da fé. No templo, a glória de Israel se manifesta, pois é de Israel que vem Jesus, mas a salvação toma uma dimensão de universalidade, pois este menino é luz para iluminar as nações.

A atitude de José e de Maria é de admiração com o que diziam a respeito de Jesus (Lc 2, 33).  Admiração significa a atitude do homem e da mulher que veem um significado mais profundo na vida, nos fatos históricos, nos acontecimentos. Significa abrir a vida e a história ao absoluto de Deus. A família de Nazaré é uma família de fé, por isso, penetra os fatos e acontecimentos com a luz da fé.

Mas já na apresentação no templo de Jerusalém  se preanuncia a morte de Jesus: “Ele será sinal de contradição […] Quanto a ti, uma espada te transpassará a alma” (Lc 2, 34-35). A redenção se realizará com a morte de cruz. Aos pés da cruz,se encontrará Maria, tendo o coração transpassado pela espada de dor. O Evangelista coliga o início do evangelho ao fim.

A família de Jesus voltou a Nazaré  e o menino Jesus crescia em sabedoria e graça (Lc 2, 40). Sabedoria implica o crescimento diante da ciência da época e a graça indica o crescimento na amizade com Deus, seu Pai. Jesus teve uma educação integral e torna-se exemplo para a educação de nossas crianças hoje, que são chamas a ter uma vida de fé tem um papel importante  A transmissão da fé deve se dar na vida familiar, onde os pais vivem a fé como uma grande riqueza e por isso transmitem para aos filhos.

Contemplar a família de Jesus quer nos ajudar na vivência da vida familiar. Nazaré quer ser, hoje, uma grande escola de vida familiar. São Paulo VI disse: “Que Nazaré nos ensine o que é a família,  sua comunhão de amor,  sua beleza simples e austera,  seu caráter sagrado e inviolável; aprendamos de Nazaré o quanto a formação que recebemos é doce e insubstituível: aprendamos qual é a sua função primária no plano social”. (Discurso em Nazaré a 5 de janeiro de 1964).

Que a família de Nazaré ajude nossas famílias a serem comunidades de amor, de fé e de vida.

Folheto: "O Povo de Deus"

Arquidiocese de Brasília

S. JOÃO, APÓSTOLO E EVANGELISTA

Pal.lat.50, Lorscher Evangeliar, sec. IX 
(© Biblioteca Apostolica Vaticana)

"O discípulo que Jesus amava": assim João se autodefine, simplesmente, em seu Evangelho. Ele tinha razão em definir-se desta maneira, porque assumiu uma das funções mais importantes na história da salvação, além, naturalmente, de Maria, que Jesus lhe confiou, pessoalmente, quando estava agonizante na cruz: "eis o teu filho" e "eis a tua mãe". Desde então, João levou Maria consigo e cuidou dela como "a pessoa mais querida"; o elo de união entre os dois era, precisamente, a pureza e a vida virginal, que ambos viveram.

Dados históricos

São várias as fontes históricas, que dão detalhes sobre a vida do evangelista e apóstolo. Algumas são apócrifas, como outro Evangelho, que, segundo alguém, devem ser atribuídas precisamente à sua pena. Sabemos que João era o mais novo entre os Doze e o que viveu mais que todos.
João era natural da Galileia, de uma região às margens do Lago de Tiberíades. Por isso, era de uma família de pescadores. Seu pai se chamava Zebedeu e sua mãe Salomé. Seu irmão, Tiago, chamado Maior, também foi apóstolo. Jesus sempre se referia a ele e estava no meio dos poucos, que O acompanham, nas ocasiões mais importantes: por exemplo, quando ressuscitou a filha de Jairo, na sua Transfiguração sobre o Monte Tabor e durante a sua agonia no Getsêmani. Durante a Última Ceia, João ocupou um lugar de honra, à direita do Senhor, em cujo ombro encostou a cabeça, como gesto de carinho.
Naquele momento, o Espírito Santo infundiu-lhe a sabedoria, com a qual pôde escrever o seu Evangelho na velhice. João foi o único que esteve aos pés da Cruz, além de Maria, com a qual passou os três dias antes da ressurreição; foi também o primeiro a chegar ao túmulo vazio, após o anúncio de Maria Madalena. Porém, deixou Pedro entrar por primeiro, por respeito e por ser mais velho. Desde então, transferiu-se com Maria para Éfeso, onde começou a sua pregação do Evangelho na Ásia Menor.
Parece que João sofreu pela perseguição de Domiciano e foi exilado para a ilha de Patmos. Depois, com a chegada de Nerva, retornou para Éfeso, onde terminou seus dias, com mais de cem anos, por volta do ano 104.

"A flor dos Evangelhos"

Assim foi chamado o Evangelho escrito por João, também denominado "Evangelho espiritual" ou “Evangelho do Logos”, graças à perfeição da sua linguagem teológica e à invenção do termo polissêmico "Logos", para indicar Jesus, com diversos significados: "Palavra", "diálogo" , "projeto", "Verbo".
Além disso, em seu Evangelho, a palavra “crer” é citada 98 vezes, porque somente assim se podia atingir o Coração de Jesus: acreditar na liberdade e aceitar a graça, como demonstra o discípulo amado de Jesus.
O Evangelho de São João é altamente mariano, não tanto pela enorme quantidade de referências à Virgem Maria, mas pela graça especial de ter conhecido seu Filho, mais do que qualquer outra pessoa, e por desvendar o mistério de Cristo. No entanto, Maria aparece apenas duas vezes na narração de João: nas Bodas de Caná e no Calvário.
A narrativa das Bodas de Caná é de particular importância: naquela ocasião, deu-se o primeiro encontro de Jesus com João. No entanto, a vocação de João – que, com André, já era discípulo de João Batista – ocorreu, provavelmente, em Betânia, às margens do rio Jordão. Ao ver Jesus chegar, Batista o saudou como "Cordeiro de Deus". O evangelista João ficou tão impressionado com aquele encontro, a ponto de recordar até a hora em que ocorreu: a décima hora, ou seja, às 16 horas. Doravante, não pôde não seguir a Jesus.
Todavia, além do alto valor teológico, o Evangelho de João se diferenciou dos Sinópticos pela sua ênfase à humanidade de Cristo, que emerge pelos detalhes de algumas narrativas, como: “sentar-se cansado”, “derramar lágrimas por Lázaro” ou “sentir sede na Cruz”.

Apocalipse e Cartas de João

São João escreveu também três Cartas e o Apocalipse, o único Livro profético do Novo Testamento. As Escrituras se concluem com este Livro e, conforme o significado do seu próprio nome - "revelação" - indica a mensagem concreta de esperança, que traz consigo. Assim, de qualquer maneira, coloca um ponto final no diálogo entre Deus e o homem. Desde então, coube à Igreja falar e interpretar a ação de Deus no âmbito da História, até ao seu retorno definitivo à Terra, no fim dos tempos. Nesse sentido, o Apocalipse é também uma "profecia".
Quanto às três Cartas ou Epístolas de São João, escritas, provavelmente, em Éfeso, são Cartas sobre o amor e a fé, que visam defender algumas Verdades espirituais fundamentais, contra o ataque das doutrinas gnósticas.

Eis o “prólogo” inimitável do Evangelho de João:
«No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.
Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João. Este veio para testemunho, para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele. Não era ele a luz, mas para que testificasse da luz. Ali estava a luz verdadeira, que ilumina a todo o homem que vem ao mundo. Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.
E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.
João testificou dele, e clamou, dizendo: Este era aquele de quem eu dizia: O que vem após mim é antes de mim, porque foi primeiro do que eu. E todos nós recebemos também da sua plenitude, e graça por graça. Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo. Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, esse o revelou» (João 1:1-18).

Vatican News

sábado, 26 de dezembro de 2020

OS PRIMÓRDIOS DA IGREJA NA CHINA E EXTREMO ORIENTE

kknews

OS PRIMÓRDIOS DA IGREJA NA CHINA E EXTREMO ORIENTE

Esse texto tem como objetivo demonstrar que não houve perseguições gratuitas aos outros cristãos com doutrina heréticas, houve de forma pontual pela população de certos lugares, e por parte do Império Bizantino, que o historiador Philip Jenkis afirma no seu “guerras santas” que a ortodoxia se deu pela violência e o braço do império romano, lembrando que o Papa Virgílio foi levado a força para Constantinopla a mando do Imperador Juliano para assinar os três cânones, vemos a importância da assinatura de um Papa, e também a forma como Roma tratava às perseguições que sofria, tudo era resolvido com argumentos, não com choros de pobres coitados perseguidos. Podemos afirmar que o que a cristandade crê não foi definido por quatro patriarcas, 3 Rainhas e dois Imperadores, pelos mil e quinhentos anos seguintes, como afirma o historiador em seu livro, o que a cristandade sempre levou como ortodoxia, foi exatamente o que os concílios decidiram, que inclusive tiveram a participação de nestorianos e monofisitas, isto o que o senhor Philip Jenkis escreveu se chama anacronismo histórico, podemos observar que existem nestorianos e monofisitas até hoje, respectivamente em Antioquia e Alexandria como um patriarcado, e tendo uma vasta área que seguem essas igrejas, como Etíopia, Eritréia, Caldéia, grande parte da Índia, extremo Oriente e Oriente setentrional, isso também acaba com a falácia da janela 10/40 que protestantes dizem nunca terem ouvido falar de Jesus Cristo, sim, já ouviram, e muito antes de uma igreja protestante pensar em existir.

O concílio de calcedônia foi um grande triunfo da ortodoxia da Igreja, foi realizado em novembro de 451, neste concílio vemos a definição do que hoje conhecemos como as duas naturezas de uma substância referente a humanidade e a divindade de Jesus Cristo, hoje a Igreja não calcedônias reconhece que o conflito se deu por uma má interpretação um jogo de palavras que não foi bem entendido de ambos os lados. Nestório, patriarca de Constantinopla desde 428. Afirmava que em Jesus havia dois “eus” ou duas pessoas: uma divina, com a sua natureza divina, e outra, humana, com a sua natureza humana. Essa doutrina foi rejeitada pelo Concilio de Éfeso em 431. Muitos seguidores de Nestório não aceitaram a decisão do Concilio e se separaram da Igreja, formando o bloco nestoriano. Espalharam-se até a China e a Índia, mas em nossos dias são um pequeno número, pois nos últimos quatro séculos a maioria voltou à comunhão católica.

Não podemos falar em divisões no cristianismo, podemos falar questões teológicas e filosóficas que já aconteceram com os apóstolos quando deixaram Jerusalém, sempre houve uma interpretação única na igreja dentro da história sobre questões teológicas, isso não quer dizer que todos pensavam iguais, correntes teologicas sempre existiram e existem e existirão. Em meados do século 4, a tese de alguns historiadores de vários tipos de cristianismos é falaciosa, tendo em conta a ortodoxia de sempre. talvez metade de todos os cristãos pertenciam ao mesmo grupo que é a grande igreja católica, a representante da ortodoxia, considerava herética ou cismática tanto as doutrinas Nestorianas quanto as monofisitas., as novas divisões continuavam a crescer, podemos verificar que todas essas correntes foram derrotadas definharam com tempo, muitas voltaram aà comunhão com Roma

Após o concílio de calcedônia ocorreram numa grande escala uma resistência contra a doutrina ortodoxa que virou dois grandes movimentos duradouro, que são denominados respectivamente os nestorianos e os monoteístas (monofisitas), e cada um deixou remanescentes até os dias de hoje. Verificamos aqui que os dois centros do cristianismo oriental eram Alexandria no Egito e ante o que é na Síria, justamente onde cresceram as heresias de nestório e monoteístas.( Aos 11/11/94 a comunidade cristã monofisita da Assíria (Iraque), representada por seu Patriarca Mar Dinkha IV, e o S. Padre João Paulo II assinaram uma Declaração conjunta que professa a fé em Cristo como definida pelo Concílio de Calcedônia em 451 e como fora guardada pela Igreja Católica através dos séculos.

Aliás, em 1986 semelhante Declaração conjunta foi assinada pelo Patriarca Zikka Iwas I, da comunidade monofisita síria, ratificando Declaração anterior feita pelo Patriarca Moran Mar e Paulo VI.

Por sua vez, em 1973 o Patriarca copta Shenouda III, em nome dos monofisitas do Egito emitiu juntamente com Paulo VI uma Declaração de fé cristológica professando a doutrina do Concíliode Calcedônia.)

Os Jacobitas (ou Igreja Ortodoxa Jacobita) são um grupo de cristãos originários da Síria, geralmente integrada no conjunto das Igrejas Ortodoxas Orientais, cujos membros se encontram atualmente, na sua maioria, no Sul da Índia. O seu nome deriva de Jacob Baradeu, bispo de Edessa no séc. VI, que reavivou a heresia de Eutiques (o Eutiquianismo) ou heresia Monofisita, segundo a qual a natureza humana de Jesus Cristo foi absorvida pela natureza divina, o que contrariava o dogma da Igreja que afirmava que Jesus Crista mantinha as duas naturezas, humana e divina (o chamado Diofisimo). Antioquia, chamada “Rainha do Oriente”, foi uma das sedes dos quatro patriarcados originais, junto com Jerusalém, Alexandria e Roma. Foi também um grande centro teológico, monástico, cultural e litúrgico na Igreja antiga. Os cristãos sírios que não abraçaram o monofisismo são os melquitas,

Igreja siro-malancar católica
Como vimos anteriormente na Igreja caldeia, os siro-orientais evangelizaram, durante os séculos VII a XIII, grande parte da Ásia Central. Daquela evangelização surgiu a Igreja siro-malabar, que, séculos mais tarde, com a chegada dos portugueses, passou a depender de Roma.
No entanto, segundo explica Nadal, em 1665, aproveitando certo vazio de poder deixado pelos portugueses, e com o desejo de preservar seu próprio rito, o arquidiácono Tomás Parambil e muitos seguidores romperam com Roma e passaram a obedecer o patriarca ortodoxo siro-ocidental.
Criou-se assim a Igreja malancar ortodoxa. No entanto, em 1930, uma parte da Igreja siro-malancar ortodoxa voltou novamente a obedecer Roma.

De 542 a 578 e o maior líder da igreja monofisismo foi Jacob baradeus cujo apelido refere-se aos trapos que usava para escapar da atenção das autoridades imperiais, constantemente em alerta contra esse notório dissidente. Traduzir seu nome como Jacó, o vagabundo não seria fora de propósito em vez de viver no palácio de luxo, ele ficava sempre em movimento vaganndo de cidade em cidade. Ele perambulou entre o Egito e a Pérsia ordenando bispos e padres para o crescimento secreto da igreja. Sua carreira em outras palavras foi mais parecida com a de um apóstolo primitivo e a de um prelado medieval, existiram muitos outros como ele. Numericamente, Jacob conquistou muito mais conversões que Paulo de Tarso, e também percorreu uma área maior.

A lenda sobre a chegada à China de São Tomé ganhou uma nova informação quando Wang Weifan, mestre estudioso da História do Cristianismo primitivo assim como de Arte e Cultura Chinesa, ao analisar as pedras em baixo-relevo de dois túmulos da dinastia Han do Leste (25-220) encontradas em Xuzhou, na província de Jiangsu, nelas descobriu representados episódios Bíblicos. Se os estudos provarem que Wang Weifan tem razão, então a chegada do Cristianismo à China recua para o final do século I, quinhentos anos antes do que até hoje se pensava.

OS NESTORIANOS NA CHINA

Existiam comunidades cristãs espalhadas pelo Sul da Índia e evangelizadas por S. Tomé quando os nestorianos se espalharam pelas costas do Ceilão, Índia e pela Ásia Central até à Mongólia. Haviam outros reinos cristãos (os monofisistas) situados na Geórgia e Arménia, que se tinham separado da Igreja de Roma no Concílio de Calcedónia em 451.

A primeira referência a nestorianos na China é do ano 552 quando, durante o reinado bizantino do Imperador Justiniano (527-565), dois monges nestorianos persas, que viveram longo tempo na China, daí conseguiram sair com os segredos da produção de seda.
Certo foi os nestorianos terem ficado a viver na China desde a aprovação do Imperador Tai Zong (626-649) no ano de 635 (uma informação importante, e que nesse tempo , quando os nestorianos levaram o evangelho à china, o povo chinês reconheceu em Maria a rainha mãe, pois, no império chinês a mãe do rei também era rainha, e Jesus foi apresentado como o rei dos reis, isso foi um choque para os nestorianos, pois, eles acreditavam que Maria era Christotokos e não Theotokos) como consta numa estela encontrada perto de Chang’an (Xian) e que actualmente está no Museu da Floresta de Estelas. Foram os padres jesuítas portugueses Álvaro Semedo (1586-1657) e Manuel Dias Júnior (1574-1659) quem traduziram a estela, que se revelou nestoriana e que os precedia mil anos.

Na Memória da Diocese de Macau vem o seguinte: “O célebre monumento syro-sinico de Si-ngan- fú (西安府, Xian fu) descoberto em 1625, e interpretado em linguagem chinesa vulgar pelo missionário jesuíta português P. Manuel Dias, dá claro testemunho da existência do Cristianismo na China, apresentando uma narração sumária da propagação do Evangelho neste país desde o ano de 635 até 781 da nossa era. Efetivamente, em 1625, provavelmente em princípios de Março, foi desenterrada uma grande lápide de pedra, no arrabalde ocidental de Xian, no Shaanxi” que havia sido erigida pelo nestoriano Zazdbozed, do clero secular, natural da cidade de Balk no Turquestão, na reunião anual do Inverno de 780-781, como se vê do final da inscrição nela gravada: “Erigida no segundo ano do período Kien-Chung (781) da grande dinastia Tang, estando o ano em Tso-yo, no sétimo dia do primeiro mês, que foi Domingo”. No topo da lápide está uma cruz, sob a qual foram gravados nove caracteres em três colunas que dizem: “Monumento comemorativo da nobre lei de Ta-Tsin no Império do Meio”. Segundo o texto, Alopen chegou a Si-ngan-fu (Xian) em 635, vindo do país de Ta-Chin (大秦, Daqin era o nome que os chineses davam ao Império Romano) provavelmente a Pérsia; o Imperador Tai-Tsong (太宗, Tai Zong) enviou o seu ministro Fang Huang ling a recebê-lo e conduzi-lo ao palácio e, depois de se convencer da verdade da sua religião, favoreceu a sua propagação e por ordem do mesmo Imperador, foi construído, em 638, um mosteiro nestoriano; outros se construíram no reinado do seu sucessor Kao Tsong (高宗, Gao Zong) (650-683) e Alopen foi promovido a Grande Senhor Espiritual, Protetor do Império. A placa de Si-ngan-fu tem gravada uma inscrição com 1780 caracteres”, segundo o Padre Manuel Teixeira.

A História dos Nestorianos teve a sua origem em Antioquia, cidade na actual Turquia. Na Escola de Antioquia formou-se Nestorius, que foi Patriarca de Constantinopla de 428 a 431. Esta Escola advogava a separação das duas Naturezas de Cristo, a humana e a divina, e por consequência consideravam que Maria, a Nossa Senhora, não era Mãe de Deus, mas do Homem, Jesus. Tal ia contra o que os Alexandrinos defendiam. A Igreja de Alexandria era de tradição neo-platónica e fazia a interpretação simbólica da Bíblia, contemplando mais o Verbo Divino do que a humanidade de Cristo. O pensamento grego fundiu-se com a herança da revelação cristã e Cirilo venceu os nestorianos, em 431 no terceiro Concílio em Éfeso, com a tese (monofisista) de que em Cristo há uma só pessoa numa dupla Natureza (humana e divina). Era a Natureza de Cristo que se debatia no Concílio de Éfeso, ao qual Nestório não compareceu, tendo prevalecido a doutrina da Natureza divina de Cristo, defendida pelo Patriarca de Alexandria, S. Cirilo.

Condenado pelo Concílio de Éfeso, o Patriarca de Constantinopla, Nestório foi excomungado em 431 e deposto pelo Imperador exilou-se no Egito. A sua doutrina expandiu-se para Oriente, de Edessa, os nestorianos daí expulsos fugiram para a Pérsia. Ctesifonte (uma das quatro capitais persas) tornou-se o seu principal centro, que aceitou estes cristãos fugidos do Império Romano. Após Roma ter abraçado a Religião Cristã, na Pérsia os cristãos passaram a ser considerados inimigos e começaram a ser perseguidos. Muitos foram mortos, o que os levou a empreender nova viagem para mais longe, passando a Igreja do Oriente para a Índia e pelos países da Ásia Central, chegaram ao Extremo Oriente.
Vivia o Nestorianismo (Jing Qiao) na China há mais de dois séculos quando, a 30 de Setembro de 845, por decreto do Imperador Wu Zong da dinastia Tang foram proscritas no país as religiões estrangeiras. Tal se deveu sobretudo aos templos budistas serem detentores de imensas fortunas, quando os cofres do Estado estavam na penúria. Já os cristãos nestorianos, referenciados na estela do século VIII enterrada pouco depois do Decreto de proibição das religiões, viram-se forçados a fugir para as estepes do Norte, juntando-se a algumas tribos mongóis que, por volta do ano mil foram por eles convertidos. As tribos mongóis foram unificadas por Gengis Khan e mais tarde tomaram o poder na China, como dinastia Yuan. Os irmãos Polo encontraram-se com nestorianos quando chegaram em comércio ao reino dos mongóis. Uma pedra com o nome de quatro monges nestorianos, encontrada no templo budista Yunju, no distrito de Fangshan, subúrbios de Beijing comprova a sua estadia aí, assim como um documento árabe que fala de dois monges vindos de Beijing que chegaram à Pérsia em 1275.

Em 11/11/1994 o Patriarca Mar Dinkha IV, da Igreja Assíria do Oriente, e o Santo Padre João Paulo II assinaram uma declaração que professa a mesma fé cristológica; este foi um caso entre outros semelhantes ocorridos anteriormente.

Foi o bispo de Edessa de 543/544 até sua morte em 578. Ele é venerado como um santo na Igreja Ortodoxa Oriental e sua festa é 31 de julho. Os esforços missionários de Jacó ajudaram a estabelecer a Igreja Ortodoxa Siríaca, também conhecida como a Igreja “Jacobita”, depois de seu fundador homônimo, e garantiu sua sobrevivência apesar da perseguição.

Jacob nasceu em c. 500 na cidade de Tall Mawzalt , e era filho de Theophilus bar Manu, um sacerdote. Aos dois anos de idade, Jacob foi deixado aos cuidados de Eustáquio, Abade do Mosteiro de Fsilta, e estudou grego, siríaco e textos religiosos e teológicos. A mãe de Jacob retornou mais tarde ao mosteiro e tentou trazê-lo para casa, porém, Jacó recusou-se a voltar e declarou sua dedicação a Cristo. Após a morte de seus pais, Jacó doou sua herança aos pobres e deixou vários escravos herdados, a quem concedeu a casa de seus pais. Mais tarde, Jacob foi ordenado diácono e sacerdote no mosteiro. Nessa época, Jacob tornou-se renomado como milagreiro e as pessoas procuravam-no buscando cura. Vários milagres são atribuídos a Jacob, como a ressurreição dos mortos, a cura dos cegos, a obtenção de chuva e a interrupção do movimento do sol. Ele também é conhecido por ter terminado o cerco deEdessa como Khosrow eu estava aflito com uma visão e abandonou o cerco.

A Imperatriz Theodora , uma não-calcedoniano, aprendeu de Jacob e convidou-o para se encontrar com ela em Constantinopla , no entanto, ele estava relutante em fazê-lo. Em uma visão, Jacob foi instruído a viajar para Constantinopla, e assim, em c. 527, ele chegou na capital. Theodora recebeu Jacob com honra, no entanto, ele não estava interessado na vida na corte, e entrou no Mosteiro de Sykai , onde permaneceu por 15 anos. Enquanto em Constantinopla, ele ganhou o favor de Theodora e Al-Harith ibn Jabalah , rei dos Ghassanids ambos companheiros não-calcedonianos. Um surto de perseguição de não-calcedonianos realizado por Efraim , Patriarca de Antioquia, incitou a Imperatriz Teodora e Al-Harith a exortar o Papa Teodósio I de Alexandria a consagrar bispos para combater Efraim e garantir a sobrevivência do não-calcedonismo. Assim, Jacob foi consagrado Bispo de Edessa pelo Papa Teodósio em Constantinopla em 543/544.
Após sua nomeação episcopal, Jacob viajou para Alexandria , onde ele, com dois bispos não calcedonianas, consagraram Conon como Bispo de Tarso e Eugenius como Bispo de Seleucia . Ele então começou a consagrar clérigos não-calcedonianos através da Mesopotâmia, Anatólia, Síria, Palestina e Egito. Neste momento, através de sua obra missionária, Jacob pretendia restaurar o não-calcedoniano como a posição oficial da Igreja no Império Romano do Oriente (Bizâncio). O governo romano tentou impedir o renascimento não-calcedoniano e aprisionar Jacó, no entanto, em suas viagens ele usou um disfarce e, assim, ficou conhecido como Burde’ana.“Homem em roupas esfarrapadas”, do qual deriva o apelido “Baradaeus”. Jacob ordenou Sérgio Bari Karya como Bispo de Haran e Sérgio de Tella como Patriarca de Antioquia em 544. Após a morte de Sérgio de Tella em 547, com Eugênio, Jacó ordenou Paulo como Patriarca de Antioquia em 550. Diferenças entre Jacó e Eugênio e Conon surgiram mais tarde e Jacob anatematizou o casal por sua adesão ao triteísmo , e eles anatematizaram Jacó na acusação de adesão ao sabelianismo.

Em 553, o Imperador Justiniano I convocou o Segundo Concílio de Constantinopla em uma tentativa de unir calcedonianos e não-calcedonianos. No entanto, o concílio não convenceu os não-calcedonianos sírios, e Jacó começou a formar uma igreja separada, não-calcedoniana, que mais tarde se tornaria a Igreja Ortodoxa Siríaca. Jacob ordenou João de Éfeso como Bispo de Éfeso em 558. Em 559, Jacó consagrou Ahudemmeh como Metropolita do Oriente. Em 566, Jacob participou de discussões realizadas pelo imperador Justino II. Em Constantinopla, entre calcedonianos e não-calcedonianos, com o objetivo de um compromisso entre as duas facções. No final das discussões em 567, Justino emitiu um edital que foi acordado por todos que compareceram, no entanto, o edital foi rejeitado por um conselho não-calcedoniano em Raqqa. Mais tarde, em 571, Jacob Baradaeus e outros bispos não-calcedonianos deram sua aprovação a um decreto de união com a igreja de Calcedônia, pois ambos concordaram que eles tinham as mesmas crenças, mas as expressaram de forma diferente. Jacó e os outros bispos posteriormente aceitaram a comunhão de João Escolástico , Patriarca Ecumênico de Constantinopla. Isso irritou muitos não-calcedonianos, no entanto, e os bispos retiraram sua aprovação do decreto.
Sem o conhecimento de Jacob, Paulo, Patriarca de Antioquia e vários outros bispos não-calcedonianos tinham sido torturados pelo governo romano (Bizâncio) e, a contragosto, concordaram em aderir ao calcedonismo. Jacó consequentemente proibiu Paulo de receber a comunhão e Paulo se refugiou no Reino dos Ghassanidas. Três anos depois, Paulo foi levado perante um sínodo não-calcedônio e Jacob o restaurou à comunhão por sua penitência. Isso enfureceu os não-calcedonianos egípcios e, em 576, o papa Pedro IV de Alexandria depôs Paulo como Patriarca de Antioquia, contrariando a lei canônica. Jacó denunciou Pedro, no entanto, em um esforço para reunir não-calcedonianos, ele viajou para Alexandria e concordou em dar seu consentimento ao depoimento de Paulo sobre a condição de que ele não fosse excomungado, restaurando assim boas relações entre os não-calcedonianos sírios e egípcios. No entanto, no retorno de Jacó à Síria, muitos não-calcedonianos sírios expressaram raiva pelo compromisso e violência entre os partidários de Jacó e Paulo. O rei Al-Mundhir III ibn al-Harith , sucessor de Al-Harith, e Paulo tentaram discutir o conflito com Jacó, no entanto, ele se recusou a buscar outro compromisso.

Jacob, com vários outros bispos, deixou abruptamente a Síria com a intenção de viajar para Alexandria. No caminho, Jacob e seu grupo pararam no Mosteiro de São Romano em Maiuma, onde ficaram doentes e Jacó morreu em 30 de julho de 578. [9] Segundo Cyriacus, bispo de Mardin , os restos mortais de Jacob foram mantidos no local. Mosteiro de São Romano até se mudar para o Mosteiro de Fsilta em 622.

Senhor Jenkis, seja menos ideológico e mais pesquisador.

Uma resposta à: Fhilip Jenkins, Guerras santas, capítulo 1, Rio de janeiro, LEYA, 2013

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E tu, Belém, terra de Judá (Parte 2/2)

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BELÉM DE JUDÁ - (Bíbl) No tempo das cruzadas, ela foi doada a Godofredo de Bouillon. Em 1101 Balduíno I nela se fez coroar rei de Jerusalém. Passados nove anos, o papa Pascal II (1099-1118) criou um bispado latino. Os franciscanos estabeleceram-se na cidade desde o século XII. Logo nos inícios do século XIV, os gregos ortodoxos instalaram também sua sede episcopal. O mesmo fizeram os armênios em 1661. Além da Basílica da Natividade, existe também a "Casa de S. José" que é uma antiga capela cuja origem exata permanece desconhecida.

A 300 metros a leste da basílica encontra-se a "Gruta do leite", que é um santuário venerado pelos cristãos de todos os ritos e pelos muçulmanos. Ao norte da cidade, a caminho de Jerusalém, está um dos lugares santos judeus, o "Túmulo de Raquel". Segundo a tradição, Jacó, sentindo a proximidade do exílio para os seus descendentes, enterrou Raquel sua esposa, nesse local, para que ela pudesse reconfortar sua dor. O edículo como cúpula ergue-se à beira da estrada que liga Jerusalém a Hebron.

Pelo lado do oriente, quase ao sopé dos muros começa o vale de Soroc, passando pelo lado de Elali (1Sm 17, 2). Ao sul, o vale que se abre segue em direção ao mar Morto. Desde 1967, Israel ocupa a cidade de Belém. Nela vivem numerosos cristãos que, na sua maioria, pertencem à Igreja grega. Por uma saída subterrânea da cidade chaga-se à gruta de S. Jerônimo onde ele redigiu a famosa Vulgata, versão latina da Bíblia, e viveu até os 88 anos.

De lá sobe-se até a igreja paroquial de Santa Caterina de Alexandria, com um convento franciscano anexo. Ela está separada da basílica por um muro. Três conventos circundam a basílica da Natividade: latino, ortodoxo e armênio. A antiga Belém de Judá está a poucos quilômetros da moderna Bet-Lahn, ao oriente de uma encosta que se eleva acima da cidade.

Dicionário Enciclopédico das Religiões
Editora Vozes

GERAÇÃO WWW

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Televisão, rádio, cinema, dvd, cd, outdoors, revistas, vídeos, jornais, sites, e-mails, blogs, computadores, internet, celulares, os meios de comunicação evidentemente são mais para se usar e ter do que para se rejeitar. Trouxeram enormes benefícios à humanidade e a jogaram em um novo patamar de civilização.

Comunicar foi sempre vocação primeira do ser humano, desde que o primeiro humano masculino descobriu que precisava conviver com outro humano: o feminino, vive-versa, e ambos com outros humanos que vieram a fazer parte da sua vida.

Ou se comunicavam até mesmo com os animais ou perderiam valioso apoio. Sem comunicação não haveria sobrevivência, nem alimentos. Ao domesticar os animais, que foi um ato de comunicação, ao ampliar e potencializar os meios de mover-se e comunicar-se, a humanidade avançou séculos. Mais precisamente nos últimos 30 anos, milhares de novas linguagens, instrumentos, veículos e sinais tornaram-se patrimônio de todos os povos e deram ao indivíduo o que nunca jamais indivíduo algum no passado sequer sonhou.

Mas há os inconvenientes, alguns deles, gigantescos. A mídia salva e ensina a salvar, mas também mata e ensina a matar. Sua mensagem nunca vem neutra. A depender de quem a envia e de quem a recebe o resultado pode ser catastrófico porque chega a milhões de olhos e ouvidos.

Uma geração inteira nos últimos 20 anos tem acesso quase ilimitado a todo o tipo de informação, inclusive a que deforma. Na internet escondem-se escolas de santos e de assassinos. Um teclado, um mouse e um ‘www’ podem ser escola de cultura ou escola de crime. Depende da escolha que fazemos. Um acesso que torna fácil entrar pode se transformar no beco sem saída de mais uma vida adolescente ou adulta.

Dias atrás, dizia-me um professor, afirmação confirmada por pelo menos quinze professores de outras matérias que seus alunos são rápidos de acesso e ruins de pesquisa. Vale dizer: correm para a WEB quando precisam de alguma informação, mas perderam a capacidade de manusear livros, folhear, anotar e saber o nome dos pensadores do seu tempo. Vem tudo resumido, reescrito, recortado e parcelado. O livro é inteiro, mas o verbete que buscam vem ruminado e parcelado. Parecem a dona de casa que nunca comprou um queijo ou um pernil inteiro. Só os conhece em fatias. Tudo fatiado e resumido… É a “geração www”. Os novos alunos não procuram, não manuseiam, nem pesquisam. Digitam e a internet vomita a informação, mas vomita em fatias.

Moral da história: “Quem aposenta o livro corre o risco de perder o fio da outra meada!”

Pe. ZezinhoSCJ é Sacerdote da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus – Dehonianos, Compositor, Escritor, Cantor, Professor, Radialista, Diretor e Criador de programas de televisão, entre outras atividades e formação acadêmica, como Doutorado em Teologia.

Fonte: Revista Paróquias, ed. 39.
https://catholicus.org.br/

BUSCAR O ROSTO DO MENINO JESUS

PGNWing
por Dom Adelar Baruffi
Bispo de Cruz Alta (RS)

O que é o Natal senão ir ao encontro do rosto do Menino Jesus, que tomou a iniciativa de vir até nós e se fazer conhecer? Quando queremos reconstruir a esperança, após este tempo de provação na pandemia, precisamos encontrar um fundamento seguro, inabalável. Seja qual for a circunstância, a estrela que brilha em Belém anuncia um novo tempo, uma nova caminhada, sempre renovada: “O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; e aos que estavam detidos na região e sombra da morte, a luz raiou” (Mt 4,16). Natal é fonte de esperança sempre renovada. A esperança vem dele, de Cristo que se faz um de nós para que possamos ser uma família com Ele. Ele é o sentido de nossa vida, de nosso existir. As interrogações deste tempo são normais, são bem humanas, mas o Natal nos renova sempre.

Nosso olhar volta-se para Deus e vê um menino, deitado numa manjedoura. Pobre e muito humilde. Nele vemos quem é Deus. Contemplamos seu amor incondicional por toda a humanidade. Sua ternura, por fazer-se pequeno, um de nós. Foi por mim, por cada um de nós, que Ele veio até nós. No Natal, não vemos um chefe poderoso, mas um humilde menino, necessitado dos cuidados de Maria e de José.

A sabedoria de Deus nos encanta. Precisamos contemplar o amor de Deus, para nos sentirmos amados também. Quem sabe, neste ano cheio de tantas provações, nos acostumamos a somente oferecer amor. E nós precisamos do seu amor! Somente sabe o que é amar, quem já experimentou o que é o amor. Nele nos reconhecemos, em nossa humildade. Não temos todos os poderes que imaginamos. No rosto de Cristo, confirmamos que somos puro dom de Deus, sem nenhum merecimento nosso. O fato de existirmos parte dele, unicamente. Nele, também, nos vemos renovados para amarmos. Quando contemplamos o rosto de Deus, tão pequeno e humilde, nos esvaziamos de nossas pretensões de grandeza.

No rosto de Cristo nos sentimos uma única família. Todos nascemos assim! Haveria alguém mais importante, mas merecedor? Não, todos somos igualmente dignos e amados. Então, nos perguntamos, com dor e compulsão, o que fizemos de nossa família? Porque não nos amamos mesmo? Porque nos dividimos, se em Cristo somos um só? No rosto do Menino, vemos, já no seu nascimento, o esquecimento e a exclusão daqueles que não foram e, hoje, não são acolhidos. Seu rosto traz o sofrimento das crianças que hoje não são amadas e são excluídas. Esta recusa se tornará mais clara e profunda no momento de sua morte na cruz. O caminho cristão é sempre a fidelidade ao Pai, como foi o de Jesus.

Olhemos o rosto do Menino, para ver a alegria do universo inteiro. Natal é cheio de alegria. E o motivo é único: nosso Salvador veio até nós, gratuitamente. Nossos encontros e presentes são belos, são um sinal visível da alegria espiritual. Se não for assim, será unicamente uma ceia burguesa e, logo, as pessoas voltam à vida normal. Nosso mundo secularizado tantas vezes não lembra desta alegria, que recebemos um dia, no nosso batismo, e somos chamados a viver sempre.

Lembremos, porém, que o Natal é a expressão do grandioso amor de Deus, que nos amou e veio até nós. A iniciativa é dele. Ele nos buscou, qual pastor que veio ao encontro de suas ovelhas (cf. Jo 10). A contemplação do rosto de Jesus nos faz dizer: muito obrigado!

A todos vocês, filhas e filhos amados de Deus, Feliz e Santo Natal de nosso Senhor!

CNBB

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF