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sábado, 2 de janeiro de 2021

Catequese on line na Diocese de Thiès, no Senegal

D. André Guèye - Bispo de Thiès  

A iniciativa é de D. André Gueye que, de 15 em 15 dias, propõe um tema diferente relacionado com a fé. Começou na véspera do Natal e as catequeses são difundidas via Face Book e You Tube…

Dulce Araújo – Cidade do Vaticano

“Achamos que, neste período difícil devido à pandemia de Covid-19, é importante que o Bispo, o pastor diocesano, manifeste ulteriormente a sua proximidade aos fiéis e aos homens de boa vontade, através de ensinamentos que façam parte da sua missão primária de santificar, ensinar e governar”: é este - explica o Padre Armand Ngambi Ndiaye, Director do Serviço Diocesano de Comunicação (SEDICOM) da Diocese de Thiès, no Senegal - o objectivo que se pretende atingir com a catequese on line de D. André Gueye, Bispo da Diocese, sobre temas da fé.

A iniciativa, lançada no dia 24 de dezembro, nas redes sociais, na página Face Book da Diocese e no canal You Tube de SEDICOM Thiès, propõe um apontamento de 15 em 15 dias aos fiéis, um pouco à semelhança da catequese semanal do Papa todas as quartas-feiras.

Na sua catequese, D. André Gueye, terá presente algumas notícias diocesanas, nacionais e internacionais. São diversos os fiéis que já exprimiram apreço por este novo serviço. Muitos o definiram “uma óptima iniciativa para a formação permanente” dos fiéis; outros manifestaram entusiasmo, pois que – afirmam – há necessidade de aprender. 

Vatican News

Como você pode construir a paz?

Jacob_09 | Shutterstock
por Carlos Padilla Esteban

A paz nasce no coração, assim como a violência.

O começo do ano nos fala de paz. Pedimos pela paz no mundo e em todos os corações. Todos nós desejamos viver em paz, ter paz e transmitir paz.

Porém, muitas vezes comprovamos que não somos pacificadores, e sim semeadores de guerras. O orgulho, o amor próprio, a busca doentia dos nossos desejos, os apegos desordenados: tudo isso fala de falta de paz.

Como construir um mundo de paz, se falta paz no coração?

O Papa Francisco nos recordou no início do ano: “Recordemos as três palavras-chave para viver em paz e alegria em família: com licença, obrigado, desculpa. Quando em uma família não se é invasor e se pede ‘com licença’, quando em uma família não se é egoísta e se aprende a dizer ‘obrigado’ e quando em uma família um percebe que fez algo ruim e sabe pedir ‘desculpa’, naquela família há paz e alegria”.

Para construir a paz, é necessário cultivar esse amor fraterno cada dia. Um amor que se preocupa pelo outro, que vai além de si mesmo. Quando vivemos assim, os problemas dos outros começam a nos importar e se tornam mais importantes que os nossos.

Mas… e nós? Somos construtores da paz verdadeira, pacificadores deste mundo tão violento? Atentados terroristas, guerras, mentiras, difamações, violência doméstica, ódio. Os noticiários evidenciam a falta de paz no mundo, e gostaríamos de mudar isso. Mas sabemos que a paz, assim como a violência, nasce no coração.

Às vezes pensamos que esquecemos nossos rancores. Mas eles voltam à superfície e não nos deixam viver em paz. O Natal que passamos em família nos recordou nossos limites na família, quando nosso amor não é tão fraterno, quando não somos tão pacificadores quanto gostaríamos.

O abraço da paz só é verdadeiro quando se torna forte no perdão, na capacidade de aceitar o outro em sua verdade, sem afastá-lo, sem condená-lo. Um abraço da paz deve enaltecer os que estão perto de nós.

O coração do cristão não busca uma paz do Nirvana, na qual a pessoa se desentende do mundo e vive tranquila, sem que nada a incomode. Não, não é esta paz. O cristão precisa da paz de Deus, mas, para isso, precisa dar-se por inteiro, entregar o coração com generosidade e sem medo. O cristão não é feliz guardando-se, mas doando-se.

João termina o prólogo do seu evangelho dizendo que ninguém viu Deus. Mas ele esteve com Jesus; e Jesus veio nos contar como é Deus, como Ele os ama. O próprio Deus se mostrou na carne desse Menino de Belém, nesse Homem que passou fazendo o bem.

João viveu com Ele e se deixou abrasar pelo fogo que Jesus trouxe. João se reclinou sobre o coração de Jesus. Não recebeu uma paz que o deixaria indiferente. Não, a paz de Cristo abrasou sua alma e transformou sua vida. Ao saber-se amado, tornou-se amante. Porque o amor de Jesus muda a nossa vida e nos leva a amar mais.

Aleteia

Dos Sermões de São Gregório de Nazianzo, bispo

São Basílio Magno e São Gregório Nazianzeno | Liturgia das Horas

Dos Sermões de São Gregório de Nazianzo, bispo

(Oratio 43, in laudem Basilii Magni, 15,16-17.19-21: PG 36,514-523)            (Séc. IV)

Como uma só alma em dois corpos

Encontramo-nos em Atenas. Como o curso de um rio, que partindo da única fonte se divide em muitos braços, Basílio e eu nos tínhamos separado para buscar a sabedoria em diferentes regiões. Mas voltamos a nos reunir como se nos tivéssemos posto de acordo, sem dúvida porque Deus assim quis.

Nesta ocasião, eu não apenas admirava meu grande amigo Basílio vendo-lhe a seriedade de costumes e a maturidade e prudência de suas palavras, mas ainda tratava de persuadir a outros que não o conheciam tão bem a fazerem o mesmo. Logo começou a ser considerado por muitos que já conheciam sua reputação.

Que acontece então? Ele foi quase o único entre todos os que iam estudar em Atenas a ser dispensado da lei comum; e parecia ter alcançado maior estima do que comportava sua condição de novato. Este foi o prelúdio de nossa amizade, a centelha que fez surgir nossa intimidade; assim fomos tocados pelo amor mútuo.

Com o passar do tempo, confessamos um ao outro nosso desejo: a filosofia era o que almejávamos. Desde então éramos tudo um para o outro; morávamos juntos, fazíamos as refeições à mesma mesa, estávamos sempre de acordo aspirando aos mesmos ideais e cultivando cada dia mais estreita e firmemente nossa amizade.

Movia-nos igual desejo de obter o que há de mais invejável: A ciência; no entanto, não tínhamos inveja, mas valorizávamos a emulação. Ambos lutávamos, não para ver quem tirava o primeiro lugar, mas para cedê-lo ao outro. Cada um considerava como própria a glória do outro.

Parecia que tínhamos uma só alma em dois corpos. E embora não se deva dar crédito àqueles que dizem que tudo se encontra em todas as coisas, ao nosso caso podia se afirmar que de fato cada um se encontrava no outro e com o outro.

A única tarefa e objetivo de ambos era alcançar a virtude e viver para as esperanças futuras, de tal forma que, mesmo antes de partirmos desta vida, tivéssemos emigrado dela. Nesta perspectiva, organizamos toda a nossa vida e maneira de agir. Deixamo-nos conduzir pelos mandamentos divinos estimulando-nos mutuamente à prática da virtude. E, se não parecer presunção minha dizê-lo, éramos um para o outro regra e o modelo para discernir o certo e o errado.

Assim como cada pessoa tem um sobrenome recebido de seus pais ou adquirido de si próprio, isto é, por causa da atividade ou orientação de sua vida, para nós a maior atividade e o maior nome era sermos realmente cristãos e como tal reconhecidos.

https://liturgiadashoras.online/

SS. BASÍLIO MAGNO E GREGÓRIO NAZIANZENO, BISPOS E DOUTORES DA IGREJA

Cinco pais da Igreja  (© Musei Vaticani)

Uma família de santos

Basílio nasceu em Cesareia, em 329, no seio de uma família de santos: sua irmã Macrina e seus irmãos Pedro, bispo de Sebaste, e Gregório de Nissa também foram elevados à glória dos altares. O jovem Basílio recebeu de seu pai os primeiros passos da doutrina cristã e prosseguiu seus estudos, antes, em Constantinopla e, depois, em Atenas. Ao mesmo tempo, estudou retórica, encaminhando-se para uma brilhante carreira, que, porém, teve que abandonar logo para seguir sua verdadeira vocação: a aspiração a uma vida de silêncio, solidão e oração.

Viajou muito, - antes a Ponto e depois ao Egito, Palestina e Síria, - atraído pela vida dos monges e dos eremitas. Ao voltar a Ponto, encontrou um amigo, com o qual havia estudado em Atenas, Gregório de Nazianzeno. Com ele, fundou uma pequena comunidade monacal, baseada nas regras que Basílio havia elaborado com as experiências adquiridas em suas viagens.

Contra o Arianismo

No entanto, em Cesareia, difundia-se, sempre mais, uma nova doutrina, nascida pela pregação de Ário, que já havia sido condenado como herege pelo Concílio de Niceia, no ano 325. Mas, o Arianismo, graças ao apoio do imperador do Oriente, Valente, começou a ser conhecida, rapidamente, também na Síria e Palestina. Então, Basílio deixou a paz e a segurança do seu eremitério, para ir a Cesareia, onde foi ordenado presbítero e depois Bispo. Ali, começou sua luta infinita contra a nova heresia, a ponto de merecer, ainda em vida, o título de “Magno”.

Contudo, a sua luta não era só em nível doutrinal, mas também caritativo. Aos arianos, que pensavam não culpar ninguém, defendendo o que achavam certo, dizia: “O que realmente lhes pertence? De quem receberam o que dizem pertencer a vocês? Se a gente se satisfizesse com o necessário e doasse o supérfluo ao próximo, não haveria mais pobres”.

Por outro lado, Basílio fundou, bem na entrada da cidade, uma Cidadela da caridade, chamada Basilíada, que compreendia orfanatos, hospitais e assistências sanitárias. Entretanto, também o imperador Teodósio, sucessor de Valente, apoiou a obra de Basílio, que conseguiu assistir à derrota da heresia antes da sua morte, ocorrida no ano 389, com a idade de quase sessenta anos.

O amigo do peito

Gregório de Nazianzeno, que tinha uma irmã, Gorgônia, e um irmão, Cesário, ambos santos, era filho de um presbítero. Em Atenas, onde havia estudado, conheceu Basílio, ao qual teve um forte elo de amizade e com o qual conviveu no eremitério da Capadócia. Porém, ele também teve que deixar a paz do mosteiro para dar assistência aos seus pais bastante idosos.

Seu pai o quis, de modo particular, ao seu lado no presbiterado, em Nazianzo, mas Gregório, que se tinha deixado convencer, contra a sua vontade, se arrependeu da escolha feita e buscou, novamente, voltar a viver com Basílio. Mas este, ao invés, o convenceu a voltar à casa do pai para ser seu conselheiro no difícil governo da igreja de Nazianzo.

Mais tarde, Gregório foi enviado pelo imperador Teodósio a Constantinopla, para combater a difusão da heresia ariana. Ao chegar, foi recebido com uma pedrada. Então, Gregório permaneceu fora dos muros de Constantinopla, em uma igrejinha que a dedicou à Ressurreição. Graças à sua eloquência e solidez da sua doutrina, mas, sobretudo, graças à sua vida exemplar, Gregório reconduziu a cidade à ortodoxia.

Porém, hostilizado por uma facção de opositores, não conseguiu ser Bispo de Constantinopla. Decidido a deixar a cidade, à qual havia dedicado toda a sua vida, com grandes esforços, pronunciou um longo e comovente discurso de despedida.

Vatican News

sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

10 fatos que marcaram a vida da Igreja em 2020

Beatificação de Carlo Acutis,
luta pró-vida na Argentina e
Papa Francisco com a extraordinária bênção Urbi et Orbi.

REDAÇÃO CENTRAL, 31 dez. 20 / 11:15 am (ACI).- 2020 está prestes a terminar e, para dar as boas-vindas ao novo ano 2021, ACI Digital apresenta um relato dos dez acontecimentos mais importantes que marcaram a vida da Igreja nestes doze meses.

1. Bênção extraordinária Urbi et Orbi

No dia 27 de março, o Papa Francisco presidiu um momento extraordinário de oração pelo fim da pandemia, no qual concedeu a bênção Urbi et Orbi a Roma e ao mundo, concedendo também a possibilidade de obter a indulgência plenária.

O Santo Padre presidiu a oração no átrio da Basílica de São Pedro, em meio à chuva e em frente a uma praça vazia, devido às medidas de segurança que as autoridades italianas impuseram para superar a emergência sanitária.

https://youtu.be/-cfKX0O40JA

2. Cardeal Pell absolvido das acusações

Depois de uma provação que começou há quase quatro anos, e depois de mais de 13 meses na prisão, o Cardeal George Pell foi libertado em abril graças ao Supremo Tribunal australiano que anulou uma condenação de um tribunal inferior por suposto abuso sexual.

“O Supremo Tribunal determinou que o júri, agindo racionalmente sobre a totalidade das provas, deveria ter tido dúvidas sobre a culpabilidade do solicitante em relação a cada um dos crimes pelos quais foi condenado, e ordenou que as condenações sejam anuladas e que, em seu lugar, sejam proferidas sentenças de absolvição”, disse o tribunal em um resumo da sentença de 7 de abril.

3. Orações pelo fim da pandemia do coronavírus

No decorrer de 2020, vários dias de oração foram convocados para pedir o fim da pandemia de coronavírus COVID-19, que desde os primeiros casos na China paralisou o mundo devido ao seu alto índice de contágio.

O Papa Francisco fez parte deste pedido conjunto da Igreja, com a sua participação em iniciativas como o Dia Mundial de Oração convocado pelo Alto Comitê da Fraternidade Humana junto com fiéis e líderes de outras religiões para pedir o fim da pandemia.

As dioceses também fizeram os seus pedidos a Deus, com jornadas de Adoração, orações do Santo Terço e celebração de Missas pelas almas dos que partiram por causa desta doença.

Da mesma forma, os leigos apoiaram esta oração da Igreja universal, como o ator e produtor mexicano Eduardo Verástegui, que ao longo de sete meses convocou milhões de pessoas para a oração diária do terço por meio de transmissões ao vivo em suas redes sociais.

4. Bênção em helicópteros e procissões de carros

Este ano, os sacerdotes não deixaram de zelar pelo crescimento espiritual da sua comunidade, por isso, 2020 foi repleto de novas e criativas formas de levar Jesus e Nossa Senhora ao encontro dos fiéis, que não podiam frequentar as igrejas por causa da pandemia.

Em helicóptero, o Santíssimo Sacramento e Maria, em suas diferentes devoções, percorreram os céus da América Latina para levar sua bênção e pedir o fim do coronavírus.

https://www.facebook.com/diocesissantamariadelosangeles/photos/pcb.10158199296289269/10158199295759269/?__cft__[0]=AZWPhq1JLqxa6E9HWUBlat0vXilAp0AWv2oNIAZ5uOPaXpWlc0dxOTwgbQi47a2rbwDFDT07AImASV4vaUXRGSEDssoaBmZQjjjF2z8zecmNXv4No0J2QmJsfVfgU2Um6_1ESqPYqL26Ti8lIQYb_P5T&__tn__=*bH-R

Durante a quarentena imposta em muitos países, Cristo caminhou pelas ruas para se aproximar de seus fiéis que permaneciam em suas casas para evitar os contágios da COVID-19, e levou consolo aos profissionais de saúde e aos doentes, que em clínicas e hospitais lutavam contra o vírus.

Os capelães tornaram-se uma importante fonte de esperança para aqueles que sofriam a doença sozinhos nos hospitais, dado que, pela alta probabilidade de contágio, as visitas a pacientes com COVID-19 estavam proibidas.

5. Ataque à catedral da Nicarágua

No dia 31 de julho, um desconhecido entrou na Capela Sangue de Cristo, localizada na Catedral de Manágua (Nicarágua), e lançou uma bomba incendiária que danificou gravemente o local e o crucifixo de 382 anos, diante do qual São João Paulo II ajoelhou-se em sua segunda visita à cidade em fevereiro de 1996.

https://youtu.be/H-vUYhUyoVk

O Arcebispo de Manágua, Cardeal Leopoldo Brenes, disse que “este foi um ato planejado, planejado com muita calma” e denunciou que “este foi um ato de terrorismo”.

Nos dias seguintes, bispos e fiéis de vários países expressaram sua solidariedade para com a Igreja.

6. Explosão em Beirute

Na tarde de 4 de agosto, a explosão de 2.750 toneladas de nitrato de amônio em um depósito no porto de Beirute (Líbano) deixou grande parte da cidade destruída. A magnitude foi tão grande que chegou a ser sentida a 240 quilômetros de seu epicentro, na ilha de Chipre.

A tragédia deixou 150 mortos, mais de 5 mil feridos e grande parte da cidade destruída. Também afetou igrejas e conventos.

Diversas instituições de todo o mundo estiveram presentes para ajudar as vítimas, entre as quais a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), Ordem dos Cavaleiros de Colombo, Catholic Relief Services (CRS) e Cáritas.

7. Beatificação de Carlo Acutis

Em uma cerimônia na Basílica de São Francisco de Assis, no dia 10 de outubro, foi beatificado Carlo Acutis, um jovem italiano que faleceu aos 15 anos, em 2006, de leucemia e que é conhecido como o “ciberapóstolo da Eucaristia”.

https://twitter.com/i/status/1315000088364814336

Na homilia, o Cardeal Agostino Vallini, Delegado Pontifício para as basílicas de São Francisco e de Santa Maria dos Anjos, destacou que os traços distintivos da fé do novo beato são a “oração e a missão”.

Carlo é o primeiro millenials a ser reconhecido oficialmente como “beato” e dedicou sua curta vida à promoção da adoração eucarística, para a qual construiu um site dedicado a recolher testemunhos sobre os milagres eucarísticos.

8. Convocação do Ano de São José

Por meio de um decreto aprovado pelo Pontífice e assinado pelo Penitenciário-Mor, Cardeal Mauro Piacenza, o Papa Francisco convocou, em 8 de dezembro, o Ano de São José para comemorar os 150 anos do Decreto Quemadmodum Deus, por meio do qual o Beato Pio IX declarou o santo como Padroeiro da Igreja.

Esta convocação visa “que todos os fiéis com o seu exemplo (de São José) possam fortalecer diariamente a sua vida de fé em plena realização da vontade de Deus”.

Até 8 de dezembro de 2021, a Igreja Católica concederá indulgências de acordo com uma série de condições estabelecidas pela Penitenciária Apostólica.

9. Luta Pró-Vida na Argentina

Em 1º de dezembro, o presidente Alberto Fernández promoveu a tramitação expressa de um novo projeto de legalização do aborto. A decisão foi aprovada em 11 de dezembro pela Câmara dos Deputados e recebeu parecer favorável das comissões do Senado em 17 de dezembro.

Neste cenário complexo, a onda celeste realizou marchas massivas por todo o país, foram convocados dias de oração e jejum, e, inclusive, várias pesquisas mostraram que a grande maioria do país é contra o aborto, e que também não o consideram uma prioridade para a Argentina.

Porém, na quarta-feira, 30 de dezembro, após 12 horas de debate, o Senado aprovou a legalização do aborto com 38 votos a favor, 29 contra e 1 abstenção.

Diante do lamentável resultado, a Conferência Episcopal (CEA) lamentou o "distanciamento de parte da liderança" da maioria do povo argentino que ama a vida e assegurou que continuará "a trabalhar com firmeza e paixão no cuidado e serviço à vida".

Por sua vez, a organização Unidad Provida anunciou que a luta contra a legalização do aborto continuará nos tribunais e hospitais argentinos.

10. Convocação para o Ano da Família

Durante o Ângelus de 27 de dezembro, festa da Sagrada Família, o Papa Francisco anunciou que o Vaticano dedicará um Ano da Família no quinto aniversário da Exortação Apostólica pós-sinodal Amoris Laetitia.

“A festa de hoje chama-nos ao exemplo da evangelização na família, propondo-nos o ideal do amor conjugal e familiar, como se destaca na Exortação Apostólica Amoris Laetitia”, advertiu.

Segundo informou o Vaticano, este ano especial terá início na próxima Solenidade de São José - 19 de março de 2021 - e terminará no dia 26 de junho de 2022 por ocasião do X Encontro Mundial das Famílias que ocorrerá em Roma.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

ACI Digital

A VERDADE E A MENTIRA

Ringue Filosófico
por Dom Wilson Tadue Jönck
Arcebispo de Florianópolis (SC)

Conta uma parábola de origem judaica que a Mentira e a Verdade, em um dia de sol, saíram a caminhar no campo. E resolveram banhar-se nas águas de um rio que se apresentava muito convidativo. Cada uma tirou a sua roupa e caíram na água. Mas, a um dado momento a Mentira aproveitou-se da distração da Verdade, saiu da água e vestiu as roupas da Verdade. Quando esta saiu da água, negou-se a usar as vestes da Mentira. Saiu nua a perseguir a Mentira. As pessoas que as viam passar acolhiam a Mentira com as vestes da Verdade, mas proferiam impropérios e condenações contra a atitude despudorada da Verdade. Moral: as pessoas estão mais dispostas a aprovar a Mentira com vestes de Verdade do que enfrentar a Verdade nua e crua.

A parábola apresenta uma realidade da comunidade dos seres humanos. Aquilo que mostram nem sempre corresponde à verdade. Mais, as pessoas na sociedade atual consomem tempo e dinheiro para construir vestes vistosas que possam ocultar a realidade da vida. Torna-se uma segunda natureza, artigo que não pode faltar no dia a dia. Há uma indústria de cosméticos, de vestuário, de perfumaria que assumem o nível de primeira necessidade na vida do ser humano. E tantas vezes eles existem para esconder imperfeições ou aspectos menos aceitáveis da própria pessoa.

Outra característica da sociedade hodierna é a exposição da imagem. Os meios de comunicação são especializados em produzir aparências. Aquelas imagens que aparecem na TV são produzidas para provocarem impacto. Quando as pessoas mostram admiração pela imagem apresentada por nós, reagimos como se a imagem fosse o eu verdadeiro. Na sociedade atual somos educados a esconder a verdade que somos nós. Já dizia Fernando Pessoa “o poeta é um fingidor, finge tão completamente que chega a fingir que dor, a dor que deveras sente”.

É da natureza humana o querer apresentar uma imagem de si, melhor do que a realidade. Podemos afirmar de nós mesmos que não somos tão bons, tão justos, tão generosos, tão honestos como fazemos acreditar. Dar-se conta disto é o caminho para se chegar à verdade de si mesmo. Diz o Evangelho: “a verdade liberta”. O mundo da aparência traz consigo o peso da escravidão. Um exemplo: Quando o casamento é realizado sobre aparências que encobrem a verdade, acaba se tornando insustentável. Descobrir a verdade sobre nós mesmos, sobre a realidade que nos cerca, é o caminho de libertação.

Para terminar, uma frase atribuída a Bismark: “Nunca se mente tanto como antes das eleições, durante a guerra, e depois de uma caçada”.

CNBB

Como Nossa Senhora pode nos ajudar a começar 2021 com esperança

Zvonimir Atletic / Shutterstock

Ela é o modelo daquilo que Deus quer realizar em cada um de nós.

Esperança é uma das maiores virtudes cristãs. E ela nunca foi tão fundamental como nos tempos atuais, marcados pela pandemia do coronavírus.

Em 2020, fomos atropelados por um turbilhão de incerteza e insegurança. Mas nos mantivemos firmes na fé graças à esperança.

Agora, estamos começando 2021! E essa virtude também precisa se tornar cada vez mais evidente em nossas vidas a cada dia no novo ano.

O Pe. José Ulysses da Silva, C.Ss.R. publicou um artigo no site do Santuário de Aparecida em que aborda 11 pensamentos sobre Nossa Senhora que nos ajuda a manter essa esperança em momentos difíceis. Confira:

1 – A esperança nos faz olhar para frente

Quando Pedro Álvares Cabral desembarcou no Brasil, trouxe uma imagem de Nossa Senhora da Esperança. Que Ela continue dentro do barco do nosso país, porque somente a esperança pode nos fazer olhar para frente e seguir caminhando na direção da paz, da justiça e da fraternidade.

2 – Nossa Senhora é sinal de esperança

Nossa Senhora é o sinal vivo da nossa esperança. Nela Deus já realizou plenamente suas promessas de libertação e de santificação do ser humano. Ela é o modelo daquilo que Deus quer realizar em cada um de nós, se soubermos dar o nosso ‘Sim’ ao amor que Ele nos tem.

3 – Esperança é caminhada

A esperança não é feita de espera, mas de caminhada. Assim fez Maria, quando partiu ao encontro de sua prima Isabel. Quando a meta da nossa caminhada é o amor, a esperança jamais se desfaz e sempre se renova.

4 – Maria é paz, confiança e alegria

Quando chamamos o nome de Maria, sentimos dentro de nós paz, confiança e alegria. Seu olhar de Mãe penetra no íntimo do nosso ser, dando-nos a certeza do seu cuidado e do seu amor por nós.

5 – Invocar o nome de Maria

Ao longo de cada dia, quando nos sentimos perturbados e tentados, basta invocar o nome de Maria, para acalmar o nosso coração e renovar nossa perseverança na fé e no amor.

6 – Nossa Senhora é proteção

Quando nos protegemos sob o manto de Nossa Senhora, faz-se sombra sobre o hoje da nossa vida e faz-se luz para o amanhã que iremos enfrentar.

7 – Nossa Senhora é amor

A maior graça que Nossa Senhora pode nos conceder é ajudar-nos a dar nossa resposta de amor, ao amor que Deus nos tem. Que Ela o ame por nós, que tão pouco sabemos amá-lo.

8 – Maria é a “Mãe da Esperança”

Maria, Mãe da esperança, nos faça viver bem o hoje da nossa vida, para que seja a semente boa do dia de amanhã. A esperança do futuro é trançada pela dedicação ao presente.

9 – A presença de Jesus

Nossa Senhora se cansava no corpo, jamais no espírito. Nada lhe roubava a paz e a alegria interior. Seu olhar mirava além da cruz, na esperança segura da ressurreição, porque Jesus sempre estava a seu lado.

10 – Maria está vitórias e nas perdas

Cada novo ano nos traz ganhos e perdas. Quando a Mãe está por perto, nossos ganhos se elevam à Maria em forma de louvor e gratidão. E em nossas perdas, quando nos invadem a tristeza e o medo, encontramos nela o consolo e a esperança.

11 – Maria passa à frente

Maria caminha sempre conosco, quando saímos para praticar o bem, passa à nossa frente, quando estamos aflitos, fica ao nosso lado, quando estamos cansados ou doentes, e nos assiste a toda hora, principalmente na hora da nossa morte. Confie a Ela cada dia da sua vida e ela conduzirá você até o céu.

Aleteia

7 importantes dados sobre a Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus

ACI Digital

REDAÇÃO CENTRAL, 01 jan. 21 / 06:00 am (ACI).- “A Santíssima Virgem é, desde os tempos mais antigos, honrada com o título de ‘Mãe de Deus’”, diz a Constituição dogmática Lumen Gentium (parágrafo 66) da Igreja. A seguir, apresentamos 7 dados sobre a importante Solenidade de Santa Maria, Mae de Deus, celebrada neste dia 1º de janeiro.

1. Conclui a Oitava de Natal

Com esta Solenidade se conclui a Oitava de Natal, um conjunto de oito dias desde o dia 25 de dezembro nos quais a Igreja atualmente celebra o nascimento de Jesus.

No Antigo Testamento (Gn 17,9-14), pode-se ler que há muitos séculos, Deus fez uma aliança com Abraão e sua descendência, cujo sinal era a circuncisão ao oitavo dia depois do nascimento. O Filho de Deus também viveu assim e recebeu, nesse momento, o nome anunciado à Virgem Maria.

“Completados que foram os oito dias para ser circuncidado o menino, foi-lhe posto o nome de Jesus, como lhe tinha chamado o anjo, antes de ser concebido no seio materno” (Lc 2,21).

2. A Theotokos

Os primeiros cristãos costumavam chamar a Virgem Maria de “Theotokos”, que em grego significa “Mãe de Deus”. Este título aparece nas catacumbas debaixo da cidade de Roma e em antigos monumentos do Oriente (Grécia, Turquia, Egito).

Os Bispos reunidos no Concílio de Éfeso (431), cidade onde, segunda a tradição, a Virgem passou seus últimos anos antes de ser assunto ao céu, declararam: “A Virgem Maria sim é Mãe de Deus porque seu Filho, Cristo, é Deus”.

3. Criado pela fé

“Sob seu amparo nos acolhemos, Santa Mãe de Deus”, diz uma das antigas orações marianas dos cristãos do Egito do século III. Cabe ressaltar que esse título de “Mãe de Deus” (“Theotokos”) não existia e que foi criado pelos cristãos para expressar sua fé.

4. Antiga festa mariana

A “Maternidade de Maria” é uma das primeiras festas marianas na cristandade. Conta-se que, por volta do século V, em Bizâncio, havia uma “memória da Mãe de Deus”, que se celebrava no dia 26 de dezembro, o dia seguinte ao Natal.

Aos poucos, foi se introduzindo na liturgia romana em um dia da Oitava de Natal e, já no século VIII, encontram-se para esta comemoração antífonas com o título de “Natale Sanctae Mariae”, assim como orações e responsórios com os quais se honrava a divina “Maternidade de Maria”.

5. Dia da Paz

Com o tempo, esta memória da Virgem foi transferida para comemorar a “Circuncisão do Senhor”, mas seria mantido o caráter mariano. Em 1931, o Papa Pio XI a restabeleceu para o dia 11 de outubro, por ocasião do XV centenário do Concílio de Éfeso e lhe deu uma categoria equivalente à Solenidade atual.

Anos depois, nesta data, São João XXIII inaugurou o Concílio Vaticano II (1962). Com a reforma litúrgica de 1969, a “Maternidade de Maria” passou a ser celebrada em 1º de janeiro, dia em que se inicia o “calendário civil”. Um ano antes, em 1968, o Beato Paulo VI havia instituído para esta data o Dia Mundial da Paz. Assim, o primeiro dia do ano celebra Maria e reza pela paz.

6. Fundamento de dogmas marianos

O título “Mãe de Deus” é o principal e mais importante dogma sobre a Virgem Maria e todos os demais dogmas marianos encontram seu sentido nesta verdade de fé. Os outros dogmas marianos são que Maria teve uma Imaculada Concepção, Perpétua Virgindade e que foi levada em corpo e alma para o céu (Assunção).

Do mesmo modo, Nossa Senhora tem os seguintes títulos: Mãe dos homens, Mãe da Igreja, Advogada nossa, Corredentora, Medianeira de todas as graças, Rainha e Senhora de toda a criação e todo louvor contidos nas ladainhas do Santo Rosário.

7. Decisão da Virgem

Em novembro de 1996, São João Paulo II explicou que “a expressão ‘Mãe de Deus’ nos dirige ao Verbo de Deus, que na Encarnação assumiu a humildade da condição humana para elevar o homem à filiação divina”.

“Mas, esse título, à luz da sublime dignidade concedida à Virgem de Nazaré, proclama também a nobreza da mulher e sua altíssima vocação. De fato, Deus trata Maria como pessoa livre e responsável e não realiza a encarnação de seu Filho a não ser depois de ter obtido seu consentimento”, afirmou.

ACI Digital

O Papa: que 2021 seja um ano de solidariedade fraterna e de paz para todos

Papa Francisco durante o Ângelus de 1 de janeiro de 2020

"Começamos o Ano Novo colocando-nos sob o olhar materno e amoroso de Maria Santíssima, que a liturgia hoje celebra como a Mãe de Deus", disse Francisco no Angelus, recordando que "os dolorosos acontecimentos que marcaram o caminho da humanidade no ano transcorrido, especialmente a pandemia, nos ensinam como é necessário interessar-se pelos problemas dos outros e compartilhar suas preocupações".

Mariangela Jaguraba/Raimundo Lima - Vatican News

O Papa Francisco conduziu a oração mariana do Angelus, nesta sexta-feira (1º/01), Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, e Dia Mundial da Paz, da Biblioteca do Palácio Apostólico.

Começamos o Ano Novo colocando-nos sob o olhar materno e amoroso de Maria Santíssima, que a liturgia hoje celebra como a Mãe de Deus. Desta forma retomamos nosso caminho pelas veredas do tempo, confiando nossas angústias e nossos tormentos Àquela que pode fazer todas as coisas. Maria nos olha com ternura materna, assim como olhava para seu Filho Jesus. Se olharmos para o Presépio, vemos que Jesus não está no berço. Me disseram que Nossa Senhora disse: "Mas, me deixem segurar um pouco no colo este meu filho?" Assim faz Nossa Senhora conosco: quer nos segurar em seus braços para nos proteger como ela protegeu e amou o seu Filho.

Segundo o Pontífice, “o olhar assegurador e consolador da Virgem Santa é um encorajamento para fazer de modo que este tempo, que nos é dado pelo Senhor, seja gasto para o nosso crescimento humano e espiritual, que seja um tempo para remover os ódios e as divisões, e existem muitas, que seja um tempo para sentir que somos todos mais irmãos e irmãs, que seja um tempo para construir e não para destruir, cuidando uns dos outros e da criação. Um tempo para fazer crescer, um tempo de paz”. A seguir, acrescentou:

É propriamente ao cuidado do próximo e da criação que é dedicado o tema do Dia Mundial da Paz, que hoje celebramos: A cultura do cuidado como percurso de paz. Os dolorosos acontecimentos que marcaram o caminho da humanidade no ano transcorrido, especialmente a pandemia, nos ensinam como é necessário interessar-se pelos problemas dos outros e compartilhar suas preocupações. Esta atitude representa o caminho que leva à paz, pois favorece a construção de uma sociedade fundada em relações fraternais. Cada um de nós, homens e mulheres de nosso tempo, é chamado a realizar a paz: cada um de nós. Não sejamos indiferentes a isso. Somos todos chamados a realizar a paz e a realizá-la todos os dias e em todos os ambientes da vida, estendendo a mão ao irmão que precisa de uma palavra de conforto, de um gesto de ternura, de uma ajuda solidária. Para nós, esta é uma tarefa dada por Deus. O Senhor nos dá a tarefa de sermos operadores de paz.

O Papa ressaltou que “a paz pode ser construída se começarmos a estar em paz conosco mesmos, em paz por dentro, no coração, e conosco, e com aqueles ao nosso redor, removendo os obstáculos que nos impedem de cuidar dos que se encontram necessitados e na indigência”.

Trata-se de desenvolver uma mentalidade e uma cultura do "cuidar", a fim de derrotar a indiferença, vencer o descarte e a rivalidade, indiferença, descarte e rivalidade que infelizmente prevalecem. Eliminar esses comportamentos. A paz não é apenas a ausência de guerra, paz nunca é asséptica: não, a paz do quirófano não existe. A paz está na vida: não é apenas a ausência de guerra, mas uma vida rica em sentido, impostada e vivida na realização pessoal e na partilha fraterna com os outros. Então essa paz tão almejada e sempre ameaçada pela violência, pelo egoísmo e pela maldade, aquela paz colocada em perigo, torna-se possível e realizável se eu a pegar como uma tarefa que me foi doada por Deus.

“Que a Virgem Maria, que deu à luz o "Príncipe da Paz", e que o mima com ternura em seus braços, obtenha para nós do céu o precioso bem da paz, que não podemos perseguir plenamente apenas com a força humana”, disse ainda Francisco. Segundo o Papa, “somente as forças humanas não são suficientes, porque a paz é sobretudo um dom, um dom de Deus; deve ser implorada com oração incessante, sustentada por um diálogo paciente e respeitoso, construída através de uma cooperação aberta à verdade e à justiça e sempre atenta às legítimas aspirações dos indivíduos e dos povos. Meu auspício é que a paz reine no coração dos homens e nas famílias; nos lugares de trabalho e de lazer; nas comunidades e nas nações. Nas famílias, no trabalho, nas nações: paz. E agora que pensamos que a vida hoje é resolvida com guerras, inimizades e muitas coisas que destroem... queremos a paz. E isso é um dom”.

No limiar deste início, a todos estendo meus cordiais votos de um feliz e sereno 2021. Cada um de nós procure fazer com que seja um ano de solidariedade fraterna e de paz para todos; um ano repleto de confiança e de esperanças, que confiamos à proteção celestial de Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe.

Vatican News

São Fulgêncio

Católico Digital

Fulgêncio nasceu em Cartago, na África, no ano 465. Nasceu numa rica família cristã. Seu pai era um senador romano e a mãe era de uma família local influente. Teve uma formação intelectual excelente, com caráter firme, espírito de liderança e habilidade para os negócios. Interessava-se pela religião, pelas artes e literatura. Frequentava um mosteiro perto de sua casa, onde conheceu os livros de santo Agostinho e decidiu-se pela vida de sobriedade e solidão.

Tentou morar entre os monges do deserto no Egito, mas acabou desistindo. Foi na sua própria cidade onde se tornou padre. Em segredo, por causa das perseguições, tornou-se bispo da diocese de Ruspe. Mas a notícia de novos bispos chegou aos ouvidos do rei e este exilou sessenta homens na ilha de Sardenha, entre eles o jovem Fulgêncio.

No exílio Fulgêncio tornou-se um líder e sua influência fez com que o rei o recebesse de volta na pátria. Fulgêncio pôs-se na luta contra os hereges arianos, escrevendo muitas obras e mantendo vasta correspondência com amigos e discípulos.

Morreu no dia primeiro de janeiro de 533, aos sessenta e oito anos, pregando a caridade como "o caminho que conduz ao céu".

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

Reflexão
Está escrito que se a boca dos profetas se calarem, as pedras falarão. Assim, mesmo que as autoridades injustas e desonestas tentem apagar a força do Evangelho, este vencerá. Na vida de São Fulgêncio encontramos este testemunho bonito de que a Palavra de Deus sempre transforma e modifica nossa vida para melhor. Sejamos autênticos cristãos, fazendo a vontade de Deus em todas as realidades de nossa vida.
Oração
São Fulgêncio, rogai por nós para que aceitemos com alegria e obediência tudo o que estiver em conformidade aos planos de Deus, para que possamos sentir a paz e a força do alto, que sempre nos é concedida. Por Cristo nosso Senhor. Amém!

Portal A12

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF