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sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Mais de 340 milhões de cristãos foram perseguidos por sua fé em 2020, revela relatório

Foto referencial. Crédito: Pixabay.

Roma, 14 jan. 21 / 02:49 pm (ACI).- Em um relatório recente, a organização cristã Open Doors revelou que 340 milhões de cristãos foram perseguidos por causa de sua fé no ano passado, e afirmou que a pandemia COVID-19 exacerba a discriminação sistêmica sofrida pelas minorias cristãs do mundo.

O relatório intitulado “Lista Mundial da Perseguição 2021” reúne informações de 1º de outubro de 2019 a 30 de setembro de 2020. O documento apresenta dados de “74 países, um a mais que no ano anterior, onde os cristãos estão em maior perigo por sua fé”.

Segundo Open Doors, "pela primeira vez nos 29 anos de história da Lista Mundial de Perseguição, todos os países entre os 50 primeiros são classificados com um nível muito alto ou extremo de perseguição".

Os 11 países que lideram a lista com perseguição “extrema” são em ordem: Coreia do Norte, Afeganistão, Somália, Líbia, Paquistão, Eritreia, Iêmen, Irã, Nigéria, Índia e Iraque. O resto dos países com grande e alta perseguição estão localizados principalmente na Ásia e na África; no entanto, também há casos representativos na América, como Colômbia e México.

No total, em 2020, mais de 340 milhões de cristãos sofreram "altos níveis de perseguição por sua fé, representando 1 em cada 8 cristãos em todo o mundo". Além disso, 4.761 cristãos foram assassinados; 4.488 igrejas e edifícios cristãos foram atacados; 4.277 cristãos foram detidos sem julgamento, presos, sentenciados ou na prisão; e 1.710 cristãos foram sequestrados.

Registra-se que na Ásia e na África a porcentagem de cristãos que são estuprados ou assediados sexualmente é equivalente e que os países mais afetados são Arábia Saudita e Nigéria. O Paquistão lidera a lista de países com o maior número de “casamentos forçados de cristãos com não cristãos”, e a Nigéria, seguida pela Índia, tem a maior porcentagem de cristãos abusados fisicamente e/ou mentalmente ​​devido a sua fé.

A porcentagem da África é mais do que o dobro da Ásia em relação às casas, propriedades, lojas e negócios dos cristãos atacados. Em relação às empresas e lojas atacadas, a Nigéria teve uma porcentagem maior do que a Síria.

Além disso, o continente africano superou o continente asiático em relação ao número de cristãos que foram obrigados a deixar suas casas ou se esconder no país por causa da perseguição religiosa. Quanto aos “cristãos forçados a deixar o país por motivos de fé, o percentual correspondente à Ásia foi de 42%, contra 57% na África”.

O relatório indica que os ataques extremistas se espalharam ainda mais pela África Subsaariana, da Nigéria e Camarões até Burkina Faso, Mali e além. Segundo a pesquisa, só na Nigéria, "10 cristãos por dia são mortos em média devido às suas crenças religiosas".

Se o número total de cristãos assassinados por causa de sua fé no mundo aumentou 60% durante o ano - de 2.983 casos registrados (em 2020) para 4.761 (em 2021) - “91% dos assassinatos violentos por motivos relacionados à religião aconteceram na África”, assinala.

No entanto, a perseguição afeta de forma grave o resto dos continentes. Na Ásia, 2 em cada 5 cristãos sofrem perseguição religiosa em um nível muito alto ou extremo; na América Latina, são 1 em 12; e na África, 1 em cada 6 cristãos "sofre discriminação e violência por causa de sua fé".

Sobre os efeitos da pandemia na perseguição, o relatório assinala que “a COVID-19 agravou a situação já existente de vulnerabilidade social, cultural, econômica e estrutural”.

Além disso, assinala que "a COVID-19 legitima o aumento da vigilância e as restrições por parte de governos autoritários e totalitários" e "ajuda os grupos criminosos organizados na América Central e na América Latina a consolidar seu controle".

Também, indica que "militantes islâmicos violentos se aproveitam das restrições causadas pela COVID-19 para se espalhar pela África Subsaariana" e que em meio à crise global, houve um "aumento do nacionalismo dirigido por maiorias de identidade religiosa nos países como Índia e Turquia”.

De acordo com a pesquisa, as 8 principais causas de perseguição são "opressão islâmica", "nacionalismo religioso", "opressão tribal", "hostilidade étnico-religiosa", "protecionismo denominacional", "opressão comunista e pós-comunista", “intolerância secular”, “paranoia ditatorial”, “corrupção organizada e crime”.

A perseguição devido à corrupção se vê na África Subsaariana, América Central e América Latina, onde as redes de crime organizado “consolidam seu poder diante da falta de capacidade dos sistemas estatais para satisfazer as necessidades locais de fornecimento de saúde, alimentos, trabalho e outros itens essenciais”, diz o relatório.

“A falta de governança e inclusive a conivência das autoridades significa, muitas vezes, que há impunidade para a violência ou discriminação por motivos religiosos”, acrescenta.

Outro aspecto importante que o relatório destaca é a reentrada da China, após uma década, no top 20 da lista de perseguição mundial. De acordo com o relatório, isso ocorreu “devido à constante e crescente vigilância e censura às minorias” no país.

“O Partido Comunista ampliou sua regulamentação de todas as religiões em 2020, e mesmo as igrejas aprovadas pelo governo, tanto católicas quanto protestantes, estão sob uma vigilância cada vez maior. Menores de 18 anos ainda estão proibidos de participar de qualquer atividade religiosa. A ‘sinicização’ do Cristianismo continua, inclusive na chamada ‘retificação’ das passagens da Bíblia”, afirma o relatório.

Além disso, "as ‘casas igreja’ que não estão registradas, experimentam um aumento no confisco de suas propriedades e de material cristão, incluindo Bíblias, além de invasões, multas e prisão de líderes das igrejas"

Open Doors assinalou que "novos dados mostram que o estado de vigilância da China é usado para perseguir cristãos e outras minorias religiosas, como os muçulmanos uigures". De acordo com a pesquisa, "as igrejas que recorreram ao culto online estão vulneráveis ​​a serem controladas".

"O Partido Comunista Chinês não está apenas normalizando essas tecnologias dentro de suas fronteiras, mas também as exporta para regimes autoritários em todo o mundo", indicou Open Doors no comunicado.

A esse respeito, o Dr. Chris Meserole, diretor de pesquisa e política da Artificial Intelligence and Emerging Technology (AIET) da Brookings, disse que “isso vai além de onde você vai à igreja ou do que está escrevendo no telefone. Não há país que possa igualar a enorme escala de tecnologias de vigilância que a China desenvolveu e também implementou”.

Finalmente, o relatório indica algumas boas notícias. Como por exemplo, que o Governo do Sudão aboliu a pena de morte por apostasia, que significa renunciar ao Islã. “Embora mudar uma constituição seja mais fácil do que mudar a mentalidade, a vida de 6% dos cristãos no Sudão está melhorando, como demonstrado quando um tribunal considerou oito líderes religiosos inocentes das acusações que haviam recebido por mais de três anos”, assinalou.

Além disso, no Iraque, depois de sobreviver à ocupação de Mosul pelos militantes do Estado Islâmico, “um grupo de jovens voluntários muçulmanos vem desde 2017 limpando sem cessar as igrejas e casas destruídas, declarando seu desejo de que os cristãos deslocados retornem e fiquem, já que sua história encontra suas raízes neste lugar do Oriente Médio".

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

ACI Digital

Pesar de Francisco pela morte de dom Eusébio: um generoso pastor da Igreja do Brasil

O cardeal Eusébio Oscar Scheid ao encontrar o Papa João Paulo II 

O telegrama de condolências foi dirigido ao arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta. Na mensagem, também enviada "a todos quantos lamentam a perda do seu amado pastor”, o Papa recordou dom Eusébio Oscar Scheid através do seu lema episcopal, “Deus é bom”, como uma “recordação verdadeiramente consoladora” do cardeal brasileiro. Francisco destacou ainda que dom Eusébio “serviu o povo de Deus com muito denodo”, desde quando iniciou o ministério episcopal como “primeiro bispo de São José dos Campos e pastoreado com igual esmero a Arquidiocese de Florianópolis e a Sé Metropolitana de São Sebastião do Rio de Janeiro”.

Andressa Collet - Vatican News

Nesta quinta-feira (14), o Papa Francisco enviou um telegrama de pesar pela morte de dom Eusébio Oscar Scheid, arcebispo emérito do Rio de Janeiro, que faleceu na quarta-feira (13), aos 88 anos de idade. A mensagem de condolências foi dirigida ao arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta.

No texto, em língua portuguesa, Francisco escreve que recebeu a notícia do falecimento de dom Eusébio “com profundo pesar” e assegura a sua “solidariedade orante com todos os fiéis que nele encontraram um zeloso pastor”. O Pontífice, então, lembra do lema episcopal do cardeal brasileiro, “Deus é bom”, como uma “recordação verdadeiramente consoladora” de dom Eusébio, que também recorda “a bondade de Deus com a sua Igreja”.

No telegrama, o Papa destaca que o cardeal brasileiro “serviu o povo de Deus com muito denodo”, desde quando iniciou o ministério episcopal como “primeiro bispo de São José dos Campos e pastoreado com igual esmero a Arquidiocese de Florianópolis e a Sé Metropolitana de São Sebastião do Rio de Janeiro”.

Um generoso pastor da Igreja do Brasil

Ao finalizar a mensagem de condolências, enviando a sua bênção apostólica, o Papa Francisco também agradece “ao Altíssimo por ter dado à Igreja do Brasil tão generoso pastor” e eleva fervorosas preces “para que o acolha na sua felicidade eterna e console pela esperança na ressureição a todos quantos lamentam a perda do seu amado pastor”.

A despedida a dom Eusébio

Dom Eusébio, em seus 60 anos de ministério presbiteral e 40 anos dedicados à vida episcopal, participou ativamente da história e, assim, deixa o seu legado à Igreja. A despedida aconteceu ainda nesta quarta-feira (13), com enterro no Ossuário da Catedral São Dimas, seguida de missa em sufrágio pela alma do cardeal brasileiro no início de noite, com transmissão das redes sociais da catedral. Dom Eusébio foi “mais uma vítima da Covid-19, que já ceifou mais de 204 mil vidas somente em solo brasileiro”, recordou dom Orani João Tempesta:

“É uma perda dolorosa que se soma aos padres e bispos brasileiros que tiveram suas vidas interrompidas nesta pandemia, que já se transformou em uma tragédia incalculável que afeta direta ou indiretamente todas as famílias.”

Com uma vida “intensa e incansável”, acrescentou dom Orani, “marcada pela preocupação na formação do clero, no incentivo à evangelização e na organização da pastoral, sua morte não deve ser motivo para contrariedades humanas, mas sim, para compreendermos o projeto de Deus para nós, a promessa da vida eterna ao lado de Cristo”. O arcebispo do Rio, então, também deixou a sua mensagem:

“Em orações, peço a Deus Pai Misericordioso que o receba em seus braços para a ressurreição e glória da vida eterna. Amou a Cristo e à Igreja oferecendo sua vida pelos irmãos bispos, padres, diáconos, consagrados e povo de Deus como ele mesmo deixou por escrito em seu testamento.”

Dom Eusébio Scheid
Vatican News

Santo Mauro (Amaro)

S. Amaro | Franciscanos

São Mauro foi o primeiro discípulo de São Bento de Núrsia. Ele é mencionado na biografia de São Gregório, o Grande.

Amaro é o nome pelo qual santo Mauro também é conhecido e festejado. Ele nasceu na cidade de Roma, filho único do senador Eutíquio e de Júlia uma rica fidalga, no ano de 512. Aos doze anos, teve um sonho, onde uma voz lhe dizia para entregar sua vida a serviço de Cristo, e assim seria conduzido para o caminho da santidade. Interpretou como um chamado de Deus e comunicou aos pais seu desejo de ingressar num mosteiro.

Eutíquio era amigo do abade Bento de Núrsia, venerado pela Igreja como o “pai dos monges ocidentais”, e conhecia o seu trabalho com os jovens que desejavam estudar e se aprofundar na fé, por isto decidiu que o filho iria para lá. Amaro foi confiado a são Bento, juntamente com seu primo Plácido, de sete anos, que também foi canonizado. Os meninos ingressaram no mosteiro de Subiaco, onde estudaram e aprofundaram sua fé em Deus.

Certo dia, o santo abade estava rezando e Amaro executando suas tarefas diárias, quando São Bento teve uma visão do menino Plácido se afogando no riacho onde fôra buscar água. Imediatamente, São Bento chamou Amaro e o avisou que seu primo estava se afogando, mandou que ele corresse para lá e tentasse salvar Plácido, de qualquer forma. Amaro se concentrou de tal maneira agiu tão rapidamente, que nem percebeu que andava sobre as águas daquele riacho, depois puxou o primo pelos cabelos e o levou para a terra firme. Assim, foi que aconteceu o primeiro prodígio de Amaro, que salvou o primo, andando sobre as águas, como fez São Pedro para atender o chamado do Mestre Jesus, andando no mar da Galileia.

Amaro se tornou o discípulo predileto de São Bento e o acompanhou para o mosteiro de Montecassino, quando lá se fixaram, sendo nomeado o primeiro superior e administrador. Sobre Amaro, os registros mostram que era um homem virtuoso, modelo de obediência, humildade e caridade.

Em 535 quando São Bento recebeu o convite para abrir um mosteiro sob as suas Regras na Gália, atual França . O escolhido para a missão foi Amaro, que chefiou com outros quatro monges, inclusive Fausto, que escreveu a “Vida de Amaro, abade”. O trabalho frutificou tanto que o mosteiro francês deu origem a uma cidade com o seu nome. Muitos anos depois, ele também foi dado à Congregação Beneditina Francesa de Saint Maur, uma das mais importantes instituições católicas pela formação de seus monges, que se expandiu por toda a Europa.

O monge Fausto, no seu livro, narrou que Amaro, aos setenta e dois anos, contraiu a peste, epidemia que havia se instalado no mosteiro, levando à morte uma centena de religiosos. Ele agonizou durante cinco meses, morrendo santamente em 15 de janeiro de 584. Foi sepultado na igreja de São Martinho, a mesma em que costumava ir rezar. Atualmente suas relíquias estão na Cripta de a Capela do mosteiro de Montecassino, na Itália. A Igreja o canonizou e a festa de Santo Amaro acontece no dia de sua morte. A partir de 1962, o seu primo passou a ser celebrado junto com ele. O culto de Santo Amaro é muito vigoroso em todo o mundo, principalmente na Europa e na França.

A Igreja também celebra neste dia a memória dos santos: Isidoro de Alexandria, Miqueias e João Calibita.

https://franciscanos.org.br/

quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

Descubra a linguagem do perdão e seus benefícios

Antonio Guillem | Shutterstock

Dependendo do nosso temperamento, a linguagem do perdão pode assumir diferentes formas. Existem 5 formas de desculpas. Qual seria a sua, e você pode adivinhar qual é a desculpa que as pessoas que estão ao seu redor usam?

A falta de jeito ou mesquinhez, um arranhão ou um tapa na cara… tantas ofensas que prejudicam o relacionamento, quando não o rompem. Às vezes, apesar de um pedido de perdão e seus benefícios, a harmonia de antes não retorna. E sem saber explicar. De acordo com Gary Chapman, o motivo é simples: não falamos a mesma linguagem do perdão que a outra pessoa, mas isso pode ser aprendido!

“Existem cinco aspectos básicos de desculpas. Nós chamamos eles: cinco formas do perdão. Cada um é importante, mas um (ou mais) em particular terá o maior impacto em cada pessoa”, diz o especialista em seu livro The five languages of apology [As cinco linguagens do perdão: aprender a pedir desculpas e decifrar as desculpas dos outros]. Conhecê-las permite usar a linguagem mais adequada, dependendo do indivíduo e da situação.

Quando você usa a linguagem do perdão com a qual as pessoas em sua vida se identificam, você as ajuda a “perdoarem você de verdade”, diz Chapman. “Se você não falar com elas de uma maneira que elas entendam, elas não terão certeza de que você é sincero”. Entre marido e mulher, pais e filhos, amigos e colegas, aprenda a decifrar a linguagem do pedido de desculpas para alcançar o perdão genuíno e a reconciliação profunda.

Expressando pesar: “Sinto muito”

Um simples “sinto muito” pode desempenhar um papel fundamental na recuperação do relacionamento. A ausência dessa frase pode parecer óbvia para algumas pessoas. Se a pessoa culpada não perceber que se esqueceu dessas “palavras mágicas”, pode ter certeza de que a pessoa com quem está falando está percebendo….

Perdão por quê? Um pedido de desculpas tem mais efeito se for especificado. Se eu largar alguém com quem tinha um encontro no cinema, não direi apenas: “Sinto muito ter perdido o filme”. A pessoa ficará mais convencida se você listar as consequências de sua ausência para ela: “Eu sei que você saiu de casa na hora certa interrompendo o que estava fazendo. Você tinha que dirigir no horário de pico. Você teve que esperar e estava preocupado comigo”, etc.. Esses detalhes revelam que você não está minimizando sua culpa e dão a entender à pessoa ofendida que você entende o mal que lhe causou.

Evite o “mas”… O arrependimento sincero não deve estar acompanhado de restrições. Como irmãs, Iris e Maria freqüentemente estavam em conflito. Cada uma queria um relacionamento melhor, mas nenhuma das duas sabia como fazê-lo. Quando eu perguntei à Maria: “Iris pede desculpa quando fica brava?” Ela respondeu: “Ela pede desculpa o tempo todo, embora geralmente conclua dizendo: ‘Mas eu gostaria que você parasse de me difamar por não ter tantos estudos quanto você’. Seu pedido de desculpa é como outro golpe”.

Cada vez que culpamos o outro, passamos do pedido de desculpas à ofensa. Não do perdão à reconciliação.

Reconhecendo a responsabilidade: “Eu estava errado”

Como chefe, Luís acostumava manter a calma, mas naquele dia perdeu a paciência. Ele foi falar com um de seus funcionários asperamente. Suas palavras foram justas e suas reprovações necessárias, mas expressas com raiva. Esse tipo de comportamento tende a quebrar os relacionamentos. Um simples pedido de desculpas pode mudar tudo; isso implica reconhecer seu erro.

Por que é tão difícil para alguns de nós dizer “Eu estava errado”? Muitas vezes, nossa relutância em reconhecer nossos erros está ligada ao nosso senso de autoestima. Admitir que erramos é visto como uma fraqueza. Podemos dizer a nós mesmos: só os perdedores confessam. Na realidade, todos cometemos erros. Um adulto maduro aprende a assumir a responsabilidade por seus próprios erros. Os adultos imaturos nunca deixarão de tentar justificar seus erros.

Aceitar a responsabilidade é, em essência, uma disposição para assumir a responsabilidade. Para muitas pessoas, no entanto, a parte mais importante de um pedido de desculpas é o fato de reconhecer o erro do infrator. Como disse uma testemunha: “Dizer ‘sinto muito’ não é suficiente. Quero ter certeza de que você entende que o que fez foi errado”.

Correção: “O que posso fazer para corrigir as coisas?”

Para algumas pessoas, a frase “Tratar você assim foi errado” deve ser seguida por “O que posso fazer para mostrar que ainda gosto de você?” Sem esta tentativa de reparação, a pessoa ofendida duvidará da sinceridade do pedido de desculpas. Eles continuarão a se sentir mal amados, mesmo que você diga: “Sinto muito. Eu estava errado”. Ele ou ela precisa ter certeza de que o relacionamento continua a ter uma base sólida.

A questão então é como podemos compensar o dano causado. Para corrigir, muitas vezes você terá que fazer mais do que expressar essas cinco formas de desculpa. Pode exigir um reembolso (de um carro danificado, um relógio quebrado, etc.) ou a restauração de algo (de uma reputação ou dignidade).

Se você não tiver certeza do que a pessoa ofendida valorizará como um remédio adequado, pergunte à ela. Alguns exemplos de perguntas: “Sinto muito ter ofendido a sua reputação. Devo pedir desculpas publicamente à você?” Ou, “Eu quebrei essa promessa um milhão de vezes. Você quer que eu a coloque por escrito desta vez?”

Vontade de mudar: “Vou tentar nunca mais fazer isso”

Aqueles que falam a linguagem do perdão precisam se convencer da sinceridade do ofensor, que mude seu comportamento e que não cometa o mesmo erro na semana seguinte. A condição para o arrependimento sincero é, portanto, a disposição para mudar. Implica reconhecer que o que fizemos foi errado, que magoou a pessoa que amamos. O crente pode pedir ajuda a Deus.

Muitas vezes, foi útil para mim escrever num cartão as mudanças a serem feitas e, em seguida, colá-lo no espelho em frente ao qual eu faço a barba pela manhã. É uma forma de priorizá-las. Assim, fico com elas em mente o dia todo. Escrever também permite que você esclareça suas idéias e as torne mais concretas. Você pode começar escrevendo uma frase como: “Vou tentar não culpar os outros por minhas emoções negativas”. Então pense em como colocar essa intenção básica na prática. Em vez de dizer assim: “Estou com raiva porque você…” poderia ser “Estou com raiva porque a situação…”

Você pode verificar que um plano específico é mais fácil de implementar do que uma intenção geral. E, ao colocá-lo na prática, mostrará ao ofendido suas boas intenções.

Pedindo desculpas diretamente: “Você me perdoa?”

Você reconheceu seu erro. Você expressou seu pesar. Você pode ter oferecido uma correção. Mas nem sempre isso é suficiente! Quando perguntamos: “O que você espera encontrar num pedido de desculpas?” por volta de um em cada cinco (21%) diz: “Espero que ele (ela) se desculpe comigo. Pedir perdão mostra que você está disposto a colocar o futuro do relacionamento nas mãos da pessoa ofendida”.

“Você me perdoa, né?” Você não pode responder a essa pergunta no lugar da outra pessoa. Perdoar ou não perdoar, a decisão é sua. E o futuro do relacionamento depende dessa decisão. Fica eliminado o teu controle da situação e para algumas pessoas isso pode ser extremamente desconfortável .

Não exija perdão. Você não conseguirá obtê-lo dessa forma, pelo seu próprio modo de ser. O perdão consiste em suspender o castigo e deixar a pessoa retomar o seu lugar nas nossas vidas. “O nosso relacionamento me interessa muito. Então eu escolho aceitar suas desculpas e não pedir justiça”. Acima de tudo, é um presente. Um presente que é exigido não é mais um presente. Se eu feri alguém, não estou na posição do monarca que, desde o seu trono, teria o direito de julgar o ofendido, culpado de ter um coração implacável, nem devo incitá-lo a se culpar por não me perdoar. Isso seria manipulação.

Aleteia

São Tomé e Príncipe: Bispo recomenda cumprir antes de tudo as promessas feitas no baptismo

São Tomé e Príncipe, Ordenação diaconal de Frei Manuel Ramos 

O Bispo da diocese de São Tomé e Príncipe, D. Manuel António Mendes dos Santos, durante a celebração da festa de Santo Isidoro, recomendou a cada cristão a cumprir em primeiro lugar as promessas feitas no baptismo, e conferiu o Ministério do Acolitado ao Frei Manuel Ramos, numa altura em que a Igreja celebrava a solenidade do Baptismo de Jesus.

Melba Afonso – Rádio Jubilar, São Tomé e Príncipe

Em São Tomé e Príncipe, no final de semana, as atenções estavam voltadas para o sul, onde os cristãos se dirigiram em peregrinação à paróquia de Ribeira Afonso, para a festa do Santo Isidoro o Lavrador, Padroeiro dos milagres nesta diocese.

A paróquia de Ribeira Afonso acolhe os cristãos de todas as paróquias, e não só, em peregrinação todos os dias 10 de cada mês até ao dia da festa que culmina no dia 10 de janeiro de todos os anos.

Este ano, a celebração foi presidida por D. Manuel António Mendes dos Santos que recomendou a cada cristão a cumprir em primeiro lugar as promessas que fez no baptismo.

Durante a celebração o prelado também conferiu o Ministério do Acolitado ao Frei Manuel Ramos que, na ocasião, considerou nobre o Ministério que recebeu.

Vatican News

A Igreja não é uma instituição religiosa humanitária, afirma Cardeal Müller

Cardeal Müller | Guadium Press
Cardeal Müller: o apelo a uma “fraternidade universal” sem Jesus Cristo é uma corrida louca na terra de ninguém.

Redação (13/01/2021, Gaudium Press) O cardeal Gerhard Müller, prefeito emérito da Congregação para a Doutrina da Fé, publicou recentemente um artigo ao qual ele deu o título de “O cristocentrismo do serviço de Pedro e por que só existe um Papa” no qual, além de explicar o ministério petrino, o Purpurado alerta contra o idéia de uma fraternidade universal fora de Cristo.

No artigo publicado por “La Nuova Bussola Quotidiana” (https://www.lanuovabq.it/) o prefeito emérito da Congregação para a Doutrina da Fé afirma Cardeal:  

“Qualquer apelo a uma ‘fraternidade universal’ sem Jesus Cristo, o único verdadeiro Salvador da humanidade, se tornaria, do ponto de vista da Revelação e da teologia, uma corrida louca em terra de ninguém”

A Igreja não é uma comunidade de membros de uma instituição religiosa humanitária, partilhada também por ateus

O Purpurado recorda em seu artigo:

“A Igreja do Deus Trino não é de forma alguma uma comunidade de membros de uma instituição religiosa humanitária, que poderia prescindir do Deus Trino pessoal e ser partilhada também por ateus, no sentido da identificação panteísta do ser com a ficção personificada do deus de Spinoza (deus sive substantia sive natura) ”.

Vaticano II e rejeição do pluralismo religioso

O cardeal cita o Concílio Vaticano II para mostrar a rejeição do pluralismo religioso e do relativismo na exigência da verdade, bem como a necessidade de pertencer à Igreja Católica para ser salvo:

“… não puderam ser salvos aqueles homens que, sabendo que a Igreja Católica foi instituída por Deus por meio de Jesus Cristo como necessária, se recusaram a entrar ou perseverar nela” (Lumen Gentium 14).

No diálogo inter-religioso com o islã: afirmar que Jesus Cristo é o Filho de Deus feito homem e não apenas um dos profetas

“Mesmo no diálogo inter-religioso com o Islã”, afirma o Cardeal Muller, “devemos dizer francamente que Jesus Cristo não é um dos profetas (Mt 16,14), que nos remete a um deus comum além da autorrevelação no Filho de Deus feito homem, “como se, –fora do ensino da fé–, no vazio dos sentimentos religiosos – segundo vãs palavras religiosas, “afinal, todos nós cremos na mesma coisa”. (JSG)

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Como Jesus viveu sua infância e juventude?

Imagem referencial. Foto: Wikipédia (Domínio público)

Cidade do México, 14 jan. 21 / 06:00 am (ACI).- Como Jesus viveu sua infância, adolescência e juventude? É verdade que foi para a Índia? Pe. José de Jesus Aguilar, cônego da Catedral Primaz do México e vice-diretor de Rádio e Televisão da Arquidiocese do México, responde.

Em um vídeo, Pe. Aguilar assinalou que “o Tempo de Natal acaba de terminar". Após ver na liturgia "como os magos adoravam o Menino Jesus", apenas uma semana depois, recorda-se "que esse menino tem agora cerca de 30 anos e é batizado por João Batista”. 

“E vem neste tempo no qual estamos acostumados a que as revistas de fofocas nos digam tudo sobre todas as pessoas: o que fizeram, o que aconteceu, etc. Pensamos que naquele tempo acontecia a mesma coisa”, lamentou.

O sacerdote mexicano explicou que "Deus, quando permite que a Escritura seja escrita, inspira algumas pessoas para falar sobre coisas essenciais, coisas importantes".

“Portanto, na Bíblia, vamos encontrar certos elementos da história, mas não a história completa de todos os personagens, não as biografias. Vamos encontrar profecias, veremos como elas são cumpridas e, sobretudo, descobriremos que Deus nos pede certos elementos, como os mandamentos, por exemplo, para que tenhamos uma vida adequada e nos aproximemos dessa salvação que Cristo nos oferece”.

Pe. Aguilar indicou que, seguindo os costumes judaicos da época, “Jesus Cristo todos os sábados se reunia com sua família para celebrar o Sabbat, que São José era o encarregado de lhe ensinar as leis judaicas, de levá-lo à sinagoga para que lá fizesse suas orações”.

Além disso, indicou, “Jesus deixava seus cabelos crescerem como todos os judeus, sua barba também, que Jesus Cristo usava um manto para orações, que orava com os Salmos, que ia a Jerusalém todos os anos e trabalhava na oficina de seu pai, com a profissão que, precisamente, aprendeu dele”

O sacerdote mexicano alertou que “aquelas histórias que aparecem em nosso tempo sobre o Menino Jesus que realizava milagres, que se irritava e fazia alguém morrer, etc., não são tiradas dos Evangelhos, mas estão cheias de elementos que surgiram muitos anos depois”.

Pe. Aguilar explicou que, nos chamados "evangelhos apócrifos", diz-se "que Jesus Cristo, de repente, quando via que o pai não tinha tábuas para fazer seus trabalhos, tocava-as e estas se alongavam, ou que o menino começava a fazer passarinhos de barro, soprava-os e estes saíam voando. Essas coisas são contrárias inclusive aos Evangelhos, porque recorda que o Evangelho nos menciona que o primeiro milagre que Jesus realiza é o das Bodas de Caná”.

Portanto, enfatizou, "não houve milagres na infância, adolescência e juventude de Cristo".

“Quando o Evangelho menciona que as pessoas de seu povo se surpreendiam quando Cristo, aos 30 anos, começa a pregar incrivelmente, começa a fazer milagres incrivelmente, as pessoas questionam que este não é o filho de José, que cresceu todo o tempo conosco, não é filho do carpinteiro. Isso nos indica que Jesus nunca saiu de Nazaré”, continuou.

“Não foi estudar na Índia, nem estudar em Cachemira, nem esteve entre os grandes rabinos do Templo de Jerusalém. Não, precisamente isso era o que chamava a atenção, que um menino, que um adolescente, que um jovem, que um homem que todo o tempo esteve crescendo em Nazaré tenha começado a pregar de tal maneira e tenha realizado os milagres tão extraordinários que as pessoas estavam vendo”, destacou.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

ACI Digital

EUA: nos 48 anos da lei que aprovou o aborto, Bispos pedem dia de Jejum e Oração

Guadium Press
O dia de jejum e oração será em 22 de janeiro, 48º aniversário da decisão da Suprema Corte sobre o “Roe v. Wade”, que ordenou o aborto em todo o país.

Nova Jersey – EUA (13/01/2021, 14:50, Gaudium Press) “Ao comemorar este trágico evento na história de nossa nação, lembramos os milhões de vidas perdidas no aborto e oramos pelas mães e pais que sofreram os efeitos trágicos” desse homicídio legalizado, diz uma carta assinada por todos os bispos católicos de Nova Jersey.

Assina também a carta-convite o Cardeal Joseph Tobin de Newark e Bispo David O’Connell de Trenton.

Dizem os Bispos em seu apelo:
“Nós, os bispos católicos de Nova Jersey, pedimos aos católicos e às pessoas de boa vontade que se juntem a nós … em um dia de oração e jejum para acabar com o aborto”.

O dia de jejum e oração está marcado para o dia 22 de janeiro, data que marca o 48º aniversário da decisão da Suprema Corte a propósito do caso “Roe v. Wade”, que ordenou o aborto legal em todo o país e acontece uma semana antes da “Marcha Nacional pela Vida”, em Washington.

Governador de Nova Jersey promete legislação que tornará as regras pró-aborto parte da lei estadual

No último mês de outubro –em meio a mortandade causada pelo coronavírus– o governador de Nova Jersey, Phil Murphy, anunciou uma legislação que tornará as regras pró-aborto parte da lei estadual.

A “Lei de Liberdade Reprodutiva” garante o direito ao aborto de acordo com a lei estadual e exige que a maioria das seguradoras privadas cubra o aborto e o controle de natalidade sem nenhum custo adicional.

Também remove algumas restrições ao aborto, enquanto permite que assistentes médicos, parteiras certificadas e outras enfermeiras realizem abortos legais.

O projeto recebeu críticas significativas de defensores da vida no estado, incluindo Lisa Hart, vice-presidente do Morris County Right to Life, e Christine Flaherty, diretora da Lifenet, informou o “Beacon”, o jornal da Diocese de Patterson.

“A legislação tenta consagrar para sempre a capacidade de matar um bebê no útero por nove meses. Remove a proteção da consciência dos trabalhadores médicos. Permite que não médicos façam abortos” disse Lisa Hart.

O dia de jejum e oração será em 22 de janeiro, 48º aniversário da decisão da Suprema Corte sobre o “Roe v. Wade”, que ordenou o aborto em todo o país.

O protesto dos Bispos contra o projeto do governador de Nova Jersey

Os Bispos protestam “contra este novo projeto ultrajante, que está sendo acelerado pelo governador Murphy, que vai expandir o aborto no estado”.

Os prelados enfatizaram o compromisso da Igreja Católica com a dignidade humana e reiteraram sua dedicação à criação de uma cultura da vida.

Pedido de confiança na intercessão de Nossa Senhora de Guadalupe, protetora dos nascituros

“A Igreja Católica está empenhada em proteger toda a vida, desde a concepção até a morte natural. Vamos trabalhar vigorosamente para garantir que as leis de nosso estado e país protejam e defendam a dignidade intrínseca de todas as pessoas “, disseram os Prelados.

“Nós humildemente imploramos a nossa Mãe Santíssima sob seu título de Nossa Senhora de Guadalupe, Padroeira das Américas e Protetora dos Não Nascidos, que interceda em nosso nome para que esses esforços para acabar com o aborto sejam guiados por misericórdia, compaixão e especialmente caridade”.  (JSG)

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São Félix de Nola

Franciscanos

De origem síria, Félix é filho mais velho de Hermias, um soldado sírio que tinha se retirado para Nola, perto de Nápoles, na Itália. Após a morte de seu pai, Felix vendeu quase todos os seus bens e deu para os pobres e passou a seguir a sua vocação clerical. Foi ordenado presbítero pelo bispo Maximus de Nola.

Durante as perseguições do Imperador Décius, o velho bispo Maximus, ajudado por Félix, fugiu para as montanhas e Félix foi preso, surrado e torturado para renegar a sua fé. A lenda diz que um anjo o livrou da prisão para que ele cuidasse do bispo doente.

Félix escondeu Maximus em uma casa abandonada. Diz ainda a tradição que, quando os dois estavam seguros dentro desta velha casa, uma aranha rapidamente teceu uma enorme teia sobre a porta de modo que todos pensassem que a casa estava abandonada há tempos. Os soldados imperiais por lá passaram e não entraram devido a enorme teia.

Com a morte de Décius em 251DC, as autoridades encerraram as perseguições aos cristãos.

Após a morte do Bispo Maximus, Félix foi escolhido para ser o bispo de Nola, mas recusou a favor de Quintus, um padre mais antigo e mais experiente.

Félix passou a explorar a sua pequena fazenda e dava tudo que nela produzia para os pobres e doentes. A pouca informação sobre São Félix vem de cartas e poesias que enviava para São Paulinus de Nola, que serviu como um porteiro na igreja dedicada a São Félix, e que mais tarde escreveu uma espécie de biografia de São Félix de Nola.

Félix faleceu em 255 de causas naturais, mas é normalmente listado como mártir devido às torturas e privações de que foi vítima durante as perseguições aos cristãos.  Seu túmulo tornou-se local de peregrinações e vários milagres foram creditados a sua intercessão.  Ele é invocado contra doenças nos olhos e picadas de insetos.

A Igreja também celebra neste dia a memória dos santos: Dácio, Ida e Bv. Pedro Donders e Bv. Odorico de Pordenone.

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Beato Pedro Donders

Beato Pedro Donders | ArqSP

Pedro Donders nasceu em 27 de outubro de 1809, no sul da Holanda . Seus pais, Arnoldo e Petronila, tiveram dois filhos que sobrevieram a mortalidade infantil da época. Pedro, era o mais velho e muito doente; Martino, era o caçula e deficiente.

Pedro tinha seis anos de idade, quando sua mãe morreu e diante dessa circunstância precisou deixar os estudos para ajudar seu pai, já muito idoso, na renda familiar. Depois por causa de sua saúde frágil não foi aceito no serviço militar, mas sua vocação era o sacerdócio.Também devido a sua condição física, escassa capacidade intelectual e pobreza material, não permitiam que seguisse o seu chamado. Entretanto Pedro insistia com seu pároco que o ajudava , até que conseguiu que o recebessem no seminário, mais como empregado do que como noviço.

Pedro se interessava pelas missões e depois de ser rejeitado pelos Jesuítas, Redentoristas e Franciscanos, acabou ingressando no Seminário diocesano. No ano de 1839 o Seminário foi visitado pelo Prefeito Apostólico do Suriname, Guiana Holandesa, buscando ajuda para seu território de missão que estava numa situação muito crítica. Dos seminaristas, apenas Pedro Donders se ofereceu. Em 5 de junho de 1841 foi ordenado sacerdote. Um ano mais tarde chegou em Paramaribo, uma região selvagem quatro vezes maior que a Holanda. Era seu campo de missão.

Os primeiros catorze anos foram dedicados à formação dos catequistas, das crianças e às visitas pastorais entre os escravos das fazendas holandesas. Era enorme a distância religiosa e moral, tanto entre os brancos como entre os negros. A rotina de padre Pedro iniciava nas primeiras horas da madrugada quando rezava a Santa Missa e se entregava às orações, depois saia para visitar as famílias.

Em 1856 recebeu o encargo da pastoral dos enfermos, dedicando-se especialmente aos leprosos de Batávia, local oficial para os leprosos, onde existiam mais de quatrocentos enfermos de ambos os sexos e com todos os tipos de lepra. Nesta tarefa, nenhum capelão resistia mais de um ano. Ele ficou quase trinta, sempre à inteira disposição dos miseráveis. Não se contentava somente com palavras piedosas. Fazia de tudo. Principalmente aos pacientes terminais. Suspendia os corpos para dar-lhes de beber e lavava com zelo aquilo que nenhum ser humano gostaria de ver: um corpo humano quase decomposto, mas, vivo!

Em 1865 chegaram os Missionários Redentoristas no Suriname, com a missão de continuar os trabalhos de evangelização. Os quatro holandeses sacerdotes diocesanos poderiam optar em voltar para a Holanda. Dois sacerdotes regressaram. Padre Pedro decidiu ficar e pediu seu ingresso na Congregação do Santíssimo Redentor, professando os votos em 1867.

No final do ano 1886, pela última vez, padre Pedro visitou todos os seus enfermos. Atendeu as confissões de todos e lhes deu a Santa Comunhão. Um ano depois no dia 14 de janeiro de 1887, morreu de uma grave enfermidade renal. Santamente terminou sua vida e apostolado de oração e trabalho contínuo e de muitos sofrimentos.

O Papa João Paulo II proclamou Beato Pedro Donders em 1982, designando o dia de sua morte para as honras litúrgicas.

Outros santos e beatos;
Santo Barbásimas e companheiros — martirizados em 346. Barbásimas, bispo de Selêucia, na Pérsia, juntamente com seus 16 companheiros de cárcere, foi barbaramente torturado. Em seguida, foram todos condenados ao patíbulo.
são Dácio — bispo de Milão, morto em 552. Teve de abandonar a cidade quando esta caiu em poder dos ostrogodos arianos.
São Deusdedit (†664) — anglo-saxão, bispo de Cantuária, em 655.
Santos Isaías, Sabas e companheiros — martirizados em 309. Eram monges que viviam no monte Sinai; foram massacrados pelos árabes pagãos.
São Malaquias, profeta (século V a.C.) — último dentre os 12 profetas menores, continuou os trabalhos de reforma religiosa empreendidos por Esdras e Neemias, depois da reconstrução do templo e do reinício do serviço litúrgico. Ele, de fato, exproba os sacerdotes por oferecerem vítimas impuras a Deus, em sacrifício; condena os matrimônios com os idólatras e os divórcios freqüentes; exorta o povo à observância da lei e anuncia o retorno de Elias.
Santos mártires de Raithu — 43 eremitas, que viviam nas cercanias do mar Vermelho, mortos em 510 por etíopes selvagens.
São Sabas da Sérvia — bispo (1176-1235); filho caçula do rei, fez-se monge no monte Atos. Também seu pai lhe seguiu o exemplo, trocando a coroa pelo hábito monacal. Sabas foi designado arcebispo da Sérvia, desempenhando habilmente suas funções; promoveu a construção de muitas igrejas.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

Arquidiocese de São Paulo

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF