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quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

PAIS DA IGREJA: Sobre a Vida de Moisés (Parte 4/20)

São GREGÓRIO DE NISSA

(Aprox. 330-395)

Sobre a Vida de Moisés

Tradução segundo a Patrologia Grega de Migne
com base na versão de D. Lucas F. Mateo

História de Moisés

Capítulo 5

Junto com este prodígio observava-se outro. Todos os que haviam saído para a coleta eram evidentemente diferentes em idades e forças. Não obstante, não obtinha um mais e o outro menos conforme a diferença de forças existente entre eles, mas o que era recolhido era proporcional à necessidade de cada um, de forma que nem o mais forte conseguia mais, nem o mais fraco tinha menos do que a medida justa. Alem deste prodígio, a história narra outro: cada um recolhia para o dia e não guardava nada para depois, e se alguém, por economia, reservava algo do alimento do dia para o amanhã, o reservado se tornava inútil para a alimentação, pois se tornava infectado de bichos (Ex 16, 16 –24). Na história desse alimento deu-se também este outro prodígio. Uma vez que um dia da semana era celebrado com o descanso conforme uma disposição antiga, no dia anterior, embora caísse o mesmo alimento dos dias precedentes e o esforço de quem o recolhia fosse também o mesmo, resultava que a quantidade era o dobro da habitual, de forma que não tinham nenhum pretexto para não cumprir a lei do descanso. O poder divino se mostrou ainda mais plenamente nisto; enquanto as sobras se tornavam inúteis nos outros dias, só o armazenado no dia anterior ao Sábado, assim se chamava o dia de descanso, se mantinha sem corrupção, de modo que em nada parecia mais estragado em relação à véspera (Ex 16, 25- 30). Houve uma guerra deles contra um povo estrangeiro. A narração chama amalecitas aos que se uniram então contra eles. Foi naquela ocasião que os israelitas se organizaram pela primeira vez no sentido de batalha: não foram lançados à luta todos em um exército completo, mas foram selecionados por seu valor, e os escolhidos foram designados para a peleja. Nesta peleja Moisés mostrou uma nova forma de luta: enquanto Josué, que era quem guiava o povo depois de Moisés, comandava a batalha aos amalecitas, Moisés, fora da luta, a partir de uma colina, olhava para o céu enquanto, de um lado e de outro, o assistiam dois de seus familiares (Ex 17, 8-10). Sabemos pela história que, entre as coisas que então aconteceram, teve lugar este prodígio: Se Moisés mantinha as mãos elevadas ao céu, seu exército cobrava forças contra os inimigos: porem, se os abaixava, também o exército cedia ao assalto dos estrangeiros. Ao perceberem isto, os que assistiam a Moisés, colocando-se de um lado e de outro, sustentavam-lhe as mãos quando por alguma causa desconhecida elas se tornavam pesadas e difíceis de se mover. E como eles eram fracos para mantê-lo em posição ereta, escoraram sua posição com uma pedra, e conseguiram que Moisés mantivesse as mãos levantadas ao céu com este apoio. Feito isto, os estrangeiros foram dominados pelas forças dos israelitas (Ex 17, 11-13). A nuvem que guiava o caminhar do povo permanecia no mesmo lugar; era preciso que também não se movesse o povo, já que não havia guia para seu caminhar. Desta forma tinham abundância para viver sem esforço: acima o ar fazia chover sobre eles um pão preparado; e abaixo a pedra lhes proporcionava água; a nuvem aliviava os inconvenientes do ar livre, pois durante o dia se convertia em anteparo contra o calor do sol e durante a noite dissipava a escuridão iluminando com seu fogo. Por esta razão não lhes era penoso deter-se naquele deserto ao pé do monte em que se havia instalado o acampamento.

Capítulo 6

Neste tempo, Moisés foi para eles guia de uma iniciação mais misteriosa: foi propriamente a força divina que, por meio de prodígios que superam todos os discursos, iniciou no mistério todo o povo e seu guia. A iniciação no mistério realizou-se desta maneira: pediu-se ao povo que permanecesse livre de todas as manchas que podem ocorrer no corpo e na alma, e que se abstivesse de relações conjugais durante o número estabelecido de três dias, de forma que, purificados de toda disposição passional e corporal, se aproximassem da montanha, livres de paixões para serem iniciados. O nome desta montanha era Sinai. Só se permitia o acesso aos seres racionais, e só àqueles que estavam purificados de toda mancha. Havia completa vigilância e precaução para que nenhum dos seres irracionais subisse à montanha, e para que fosse apedrejado pelo povo todo ser irracional que desejasse vir à montanha (Ex 19, 1-15).

Capítulo 7

O espetáculo não só produzia espanto na alma através dos olhos, mas também infundia terror através dos ouvidos, pois um ruído estrondoso se difundia do alto para todos os que estavam abaixo. Sua primeira escuta já era penosa e insuportável para todo ouvido, pois parecia o troar das trombetas, porem superava toda comparação pela intensidade e pelo terrível ruído; ao aproximar-se tornava-se ainda mais espantoso a aumentar sempre seu ruído. Tratava-se de um ruído articulado: o ar, pelo poder divino articulava a palavra sem órgãos vocais. Esta palavra não era pronunciada sem substância, mas promulgava mandatos divinos. A palavra crescia em intensidade na medida em que alguém avançava, e a trombeta ultrapassava a si mesma, superando sempre os sons já emitidos com os que se seguiam (Ex 19, 19). Todo o povo era incapaz de suportar o que via e ouvia. Por esta razão apresentaram todos uma súplica a Moisés: que fosse mediador da lei, pois o povo não se negaria a crer que era mandato divino tudo o que ele lhes mandasse conforme a instrução recebida do alto. Havendo todos descido novamente ao pé da montanha, Moisés foi deixado só e mostrou em si mesmo o contrario do que poderia parecer natural. De fato, enquanto os demais suportam melhor as situações temíveis se estão todos juntos, este se fez mais animado quando se afastou dos que o acompanhavam, manifestando assim que o medo que experimentara no início não era próprio dele, mas que o havia padecido por padecer juntamente com aqueles que estavam assustados. Moisés, livre da covardia do povo como de uma carga, fica só consigo mesmo. È então que enfrenta as trevas e penetra dentro das realidades invisíveis, desaparecendo da vista dos que olhavam. Com efeito, havendo entrado no santuário do mistério divino, ali, sem ser visto, entra em contato com o invisível, penso que ensinando com isto que quem quiser se aproximar de Deus deve afastar-se de todo o visível e como quem está sobre um monte, levantando sua mente para o invisível e incompreensível, crer que a divindade está ali onde a inteligência não alcança. Chegando ali, recebe os mandamentos divinos (Ex 20, 1-17). Estes consistiam em um ensinamento sobre a virtude, cujo ponto principal é a piedade e ter uma concepção acertada sobre a natureza divina, isto é, que esta transcende todo o conceito e toda a representação, sem que possa ser comparada com nenhuma das coisas conhecidas. De fato, ele recebe a ordem de não considerar em sua reflexão sobre a Divindade nenhuma das coisas compreensíveis, e de não comparar a natureza que a tudo transcende a nenhuma das coisas conhecidas por meio de conceitos, mas apenas crer que existe e deixar sem investigar, como algo inacessível, como é, quão grande seja, onde está, qual é sua origem. A palavra divina acrescenta a isto as orientações que concernem aos costumes, finalizando seus ensinamentos com preceitos gerais e particulares. È geral a lei que proíbe toda a injustiça quando diz que é necessário comportar-se em relação ao próximo com amor, pois, ao observá-la, resultará como conseqüência que ninguém causará nenhum mal a seu próximo. Entre as leis particulares, está prescrito o honrar os progenitores, e se encontra enumerado o catálogo das faltas condenadas (Ex 21-23). Como se sua inteligência tivesse sido purificada com estes preceitos, Moisés avança a uma mistagogia ao lhe mostrar o poder divino, o conjunto de uma tenda de campanha. Esta tenda era um santuário cuja beleza era de uma variedade impossível de explicar: os vestíbulos, as colunas, os tapetes, a mesa, as lâmpadas, o altar dos perfumes, o altar dos holocaustos e o propiciatório; e, no interior do Santo, o impenetrável e inacessível. Para que a beleza e a disposição de todas estas coisas não fugissem de sua memória, e para que esta maravilha fosse mostrada também aos que estavam no pé do monte, ele recebe a ordem de não confiá-lo à simples escritura, mas de imitar em uma construção material aquela obra imaterial, utilizando nela os materiais mais preciosos e esplêndidos que se encontram sobre a terra.

ECCLESIA Brasil

Avô sobreviveu a genocídio armênio fugindo para o Brasil: netos lançam livro

@DR
por Francisco Vêneto

O extermínio sistemático dos cristãos armênios pelo Império Otomano foi o primeiro a ser planejado no século XX.

Avô sobreviveu a genocídio armênio fugindo para o Brasil e seus netos agora contam a história em livro. Trata-se da saga de Artin Sarkis Arakelian, que, aos 15 anos, enfrentou uma dramática jornada entre Europa e Oriente Médio para salvar a família da brutal chacina perpetrada pelo Império Otomano, que trucidou mais de um milhão e meio de armênios em 1915.

Uma história real do genocídio armênio: Os diários do meu avô” foi escrito por Marcelo Arakelian e Roberto Abdallah e apresenta as memórias do sobrevivente à repressão sangrenta dos turcos otomanos contra o seu povo, enquanto o mundo mergulhava na Primeira Guerra Mundial.

Depois de se refugiar no Brasil, Artin começou a registrar diariamente as suas memórias sobre os horrores que havia presenciado. Seus netos analisaram a fundo os diários do avô e, com base nele, reconstituíram com detalhes uma série de episódios impactantes ocorridos entre 1895 e 1917. Eles contam no prefácio:

“Trabalhando milhares de horas nesses materiais, fizemos uma minuciosa atividade de artesão, identificando todas as palavras, passagens e principalmente as emoções registradas. Foram anos de trabalho”.

Avô sobreviveu a genocídio armênio fugindo para o Brasil

Um trecho do livro de Marcelo e Roberto contextualiza o início do massacre, em palavras resgatadas dos diários de seu avô Artin:

“Muito antes de eu nascer, quando meu pai tinha 28 anos, no ano de 1895, a Turquia era governada pelo Sultão Abdulhamid II, um rei muito sangrento. Seu império já estava em decadência e, na tentativa de manter a soberania otomana na região, apelou para uma política de extermínio das minorias do império. Temia que seu vasto território fosse particionado em várias nações e começou uma perseguição terrível contra os armênios. Isto seria somente o início da ‘causa armênia’. Então, ele deu a ordem para eliminar todos os armênios que habitavam o Império Otomano”.

De fato, o extermínio sistemático dos cristãos armênios por parte do Império Otomano foi o primeiro a ser planejado no século XX. No entanto, é negado até hoje pela República da Turquia, país que sucedeu o Império Otomano após a sua fragmentação, acelerada na Primeira Guerra Mundial.

Aleteia

Cardeal Muller: Os EUA agora liderarão sutilmente a campanha de descristianização

Cardeal Muller | Guadium Press

Kath.net entrevistou o purpurado alemão sobre o tema da catolicidade de Biden, entre outros.

Redação (27/01/2021 10:01Gaudium Press) Em entrevista ao Kath.net, o cardeal Gerhard Muller, ex-prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, pronunciou palavras de esclarecimento sobre o candente e atual tema da catolicidade do novo presidente americano Joe Biden. O blog de Marco Tosatti publicou esta entrevista.

Depois de afirmar que um bispo católico que relativizasse a lei moral por suas preferências políticas seria “um falso apóstolo”, e depois de recordar a contínua condenação do Magistério ao aborto, o purpurado alemão afirma que “há bons católicos até mesmo nos mais altos escalões do Vaticano que, em um cego efeito anti-Trump, suportam ou minimizam tudo o que agora é desencadeado contra cristãos e todas as pessoas de boa vontade nos Estados Unidos”. O purpurado se refere às políticas da nova administração americana contra a vida e a família – especialmente em matéria de aborto, do chamado casamento homossexual e de danos à liberdade religiosa.

“Agora, os EUA com seu poder político, midiático e econômico concentrado, está na vanguarda da campanha mais brutal para descristianizar a cultura ocidental em 100 anos”, afirma o purpurado.

O Cardeal Muller ressalta que a nova administração coloca milhões de vidas de crianças em risco nos Estados Unidos e em todo o mundo. Mas afirma que há aqueles que acham que isso é menos mal do que se Trump tivesse continuado no poder.

No entanto, o Cardeal expressa: “estou convencido de que a ética individual e social tem precedência sobre a política. O limite é superado quando a fé e a moralidade contradizem o cálculo político. Não posso apoiar uma política abortista porque ela constrói casas populares, e pelo bem relativo deveria aceitar o mal absoluto.”

O que o Cardeal Muller pensa a respeito das diferentes posições do episcopado americano em relação a Biden?

O jornalista da Kath.net demonstra ao Cardeal que há bispos nos Estados Unidos que afirmam que deve ser negada a comunhão a Biden, como o ex-arcebispo da Filadélfia, Mons. Chaput, enquanto outros, como o Cardeal Gregory, arcebispo de Washington, dizem que continuariam dando a comunhão a ele, e pede ao Cardeal Muller uma avaliação sobre isso.

“Infiltrou-se a opinião absurda, mesmo entre os católicos, de que a fé é um assunto privado e que se pode permitir, aprovar ou promover algo intrinsecamente mal na vida pública”, afirmou o cardeal Muller.

“Em ação concreta”, prosseguiu, os “cristãos em um parlamento ou governo nem sempre são capazes de fazer respeitar a lei moral natural em todos os pontos. Mas nunca devem participar ativamente ou passivamente do mal. No mínimo, devem protestar contra ele – e na medida do possível – resistir, mesmo que sejam discriminados por isso.”

Questionado sobre o que pensar e o que fazer frente aos apelos de Biden à “unidade”, o purpurado alemão respondeu que “uma divisão ideológica da sociedade não pode ser superada, marginalizando, criminalizando e destruindo o outro lado, de modo que, no final, todas as instituições, da mídia às corporações internacionais, estejam dominadas apenas por representantes da corrente capital-socialista.”

 “Nos Estados Unidos, como agora na Espanha, escolas católicas, hospitais e outras instituições sem fins lucrativos subsidiadas pelo dinheiro público certamente serão forçadas a se comportar imoralmente ou fechadas se violarem as novas disposições governamentais.”

“Nesta altura, até os mais ingênuos percebem se o discurso de reconciliação na sociedade foi tomado a sério ou se era apenas uma estratégia de marketing. (…) O lema “Se você não quer ser meu irmão, eu vou quebrar sua cara” não é o caminho certo para a reconciliação e respeito mútuo.”

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Papa explica como rezar com a Bíblia com estes 3 passos da lectio divina

Papa Francisco no Vaticano. Foto: Vatican Media

Vaticano, 27 jan. 21 / 11:15 am (ACI).- O Papa Francisco explicou como rezar com as Sagradas Escrituras e descreveu as três etapas do método da “lectio divina”.

Ao dirigir a sua catequese sobre a oração que pode ser feita com a Bíblia, pronunciada em 27 de janeiro, o Papa destacou que a Palavra de Deus não pode ser lida como um romance, nem recitada como fazem os papagaios, mas as Sagradas Escrituras se dirigem ao “coração”.

“As palavras da Sagrada Escritura não foram escritas para permanecer presas nos papiros, nos pergaminhos ou no papel, mas para serem recebidas por uma pessoa que reza, fazendo-as brotar no próprio coração”, afirmou o Papa.

Nesta linha, o Santo Padre recordou que na tradição cristã, rica em experiências e reflexões sobre a oração com a Sagrada Escritura, “em particular, afirmou-se o método da ‘lectio divina’, nascido num ambiente monástico mas agora praticado também por cristãos que frequentam as paróquias”.

Passos da lectio divina

Em primeiro lugar, o Papa assinalou que “trata-se antes de mais de ler a passagem bíblica com atenção, mais ainda, eu diria com ‘obediência’ ao texto, a fim de compreender o que ele significa em si mesmo”.

Em seguida, o Pontífice ressaltou que é necessário “entrar em diálogo com a Escritura, para que aquelas palavras se tornem um motivo de meditação e oração”. Em outras palavras, "permanecendo sempre fiel ao texto, começo a perguntar-me o que ele ‘diz a mim’".

Nesse sentido, o Santo Padre advertiu que se trata de “um passo delicado: não devemos resvalar para interpretações subjetivas, mas inserir-nos no sulco vivo da Tradição, que une cada um de nós à Sagrada Escritura”.

Depois, o Papa Francisco disse que “o último passo da lectio divina é a contemplação” e explicou que “aqui as palavras e os pensamentos dão lugar ao amor, como entre os noivos que por vezes se olham em silêncio”.

“O texto bíblico permanece, mas como um espelho, como um ícone a ser contemplado. E assim tem-se o diálogo”, indicou o Papa.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

ACI Digital

Este seminário escocês foi abandonado no meio da floresta há mais de 40 anos

Seminário de São Pedro, Cardross, Escócia.
Crédito: Wikimedia Commons - Lairich Rig (CC BY-SA 2.0)
/ Tom Parnell (CC BY-SA 2.0)

27 jan. 21 / 03:30 pm (ACI).- O Seminário de São Pedro da Escócia foi construído há mais de cinco décadas na Escócia, em meio a um auge de vocações sacerdotais e ao crescente número de católicos no país; no entanto, com o tempo teve que ser fechado, pois embora fosse considerado "uma joia da arquitetura", tinha características que faziam com que fosse muito difícil de ser habitado.

O edifício eclesiástico fica no meio de uma floresta distante, localizada ao norte da cidade de Cardross, Dumbartonshire, ao norte de Glasgow. Ao chegar ao local, a primeira coisa que se observa são portas cobertas por arame farpado que possuem uma placa pendurada que diz: "Fique fora", para impedir a entrada de visitantes.

Segundo o National Catholic Register (NCR), em 1958, o então Arcebispo de Glasgow, Dom Donald Campbell, decidiu construir o seminário, pois o antigo seminário de São Pedro localizado em Bearsden foi destruído em 1946, após um incêndio causado por um desastre natural.

Dom Campbell tomou essa decisão em meio ao aumento das vocações ns Igreja Católica de 1950 a 1960. Naquela época, a Igreja na Escócia, como em outros lugares, esperava que essa tendência continuasse ao longo dos anos.

Além disso, a população católica da Escócia, especialmente em Glasgow, estava crescendo significativamente, por isso esperava-se que com o Seminário de São Pedro houvesse sacerdotes suficientes para apoiar as congregações em expansão.

O Prelado decidiu que o complexo seria construído no que era Kilmahew House, uma mansão baronial escocesa de 1860. O contrato de construção foi assinado com Gillespie, Kidd & Coia e os arquitetos foram Isi Metzstein e Andy MacMillan. As obras foram iniciadas em 1962 e foi inaugurado em 1966.

Os designers foram influenciados pelo arquiteto europeu mais importante da época, Le Corbusier, e como a ideia era que o edifício abrigasse muitas gerações de seminaristas, a arquitetura escolhida para o projeto do novo seminário foi modernista e brutalista.

A obra arquitetônica foi reconhecida pela crítica, a ponto de os designers ganharem o prêmio RIBA de arquitetura em 1967. O projeto do seminário se distanciou do que era tradicionalmente a arquitetura da igreja escocesa. “Com efeito, na época, era arquitetonicamente diferente de qualquer edifício público na Escócia”, assinala o NCR.

O crítico de arquitetura Jonathan Glancey disse que o estilo de concreto bruto de Corbu, presente no seminário de São Pedro, "poderia ser visto como um sucessor natural ou um complemento das tradicionais torres escocesas, com suas formas ásperas e materiais duros". Por isso, o seminário projetava "uma retrospectiva aura junto com a sua visão futurística", indicou.

Em outubro de 2005, o Seminário de São Pedro foi nomeado pela revista de arquitetura Prospect como o maior edifício da Escócia após a Segunda Guerra Mundial.

Embora o Seminário de São Pedro tenha sido elogiado pela crítica, "aqueles que tinham que morar no edifício tinham uma percepção completamente diferente”. Por isso, embora a sua capacidade fosse de 100 seminaristas, nunca se aproximou desta quantidade de estudantes.

 “O edifício era difícil de aquecer, uma necessidade [prioritária] na Escócia; além disso, tinha vazamentos que eram muito caros para consertar. Só em 1967 ocorreram 63 vazamentos. Do mesmo modo, o seminário tinha um isolamento acústico muito ruim”, explicou NCR.

Este problema se somou ao fato de que poucos anos depois de sua construção, após o Concílio Vaticano II, ocorreu uma crise nos seminários de todo o mundo, inclusive na Escócia, que resultou em uma queda significativa no ingresso regular de seminaristas no Seminário de São Pedro. Tudo isso levou os diretores do seminário a decidirem fechá-lo em 1980.

Quarenta anos depois, o seminário continua no meio da floresta, mas agora está em ruínas e com seus muros pichados e parcialmente destruídos.

No centro do edifício eclesiástico está o que foi a capela. Embora o desenho da nave e o santuário ainda estejam presentes, o que era o altar principal agora é apenas um pedaço de concreto sem telhado. Abaixo do altar principal existe uma cripta com vários altares, onde os sacerdotes celebravam Missas matinais privadas de acordo com as mudanças litúrgicas da época.

Ao descer por uma escada de pedra cheia de vidros quebrados, ainda se vê muitos altares deste tipo enfileirados. Infelizmente, os altares foram vandalizados com pichações obscenas e macabras, indica NCR.

No verão de 2020, a Arquidiocese de Glasgow conseguiu transferir a propriedade do antigo seminário para uma fundação de caridade. Os novos proprietários do local, Kilmahew Education Trust, planejam "desenvolver uma visão viável, com a educação em seu centro".

O Seminário de São Pedro não só representa um espaço de importância arquitetônica e histórica da Igreja moderna, mas também traz consigo uma “experiência escatológica”. O prédio abandonado e em ruínas demonstra que muito do que tentamos conquistar na terra se apagará muito depois de falecer, e nos recorda que aqui na terra “não temos uma cidade eterna”, concluiu.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

ACI Digital

Igreja católica à venda na internet

Guadium Press
Um templo católico, em Bursa – Turquia, foi posto à venda na internet, para ser um centro cultural ou mesmo hotel.

Istambul – Bursa 26/01/2021, 16:30, Gaudium Press) A  informação encontra-seem um artigo assinado por Marian Demir e estampado no site asianews.org.

O anúncio da venda da igreja, que pertencia aos católicos, antes do genocídio  armênio,  já está na internet há quase uma semana.

A revelação foi feita pelo Arcebispo Levon Zekiyan, que afirmou: “a comunidade armênia não tem meios financeiros para comprar esta igreja”.

Tristeza para a comunidade católica

O templo à venda fica na cidade de Bursa. Está cidade é uma famosa estância turística, no sul do Mar de Mármara e nas encostas do antigo Monte de Mesa.

O anúncio da venda explica, com detalhes,  que a igreja após a mudança demográfica de 1923, passava a ser “propriedade particular” e foi usada como depósito de tabaco e fábrica de tecelagem.  Essa “mudança demográfica” segundo Mirian alude vagamente ao genocídio dos armênios, onde houve o desaparecimento de muitas comunidades católicas no inicio do século XX.

Reação

O Patriarcado Apostólico Armênio em comunicado mostrou sua perplexidade, afirmando que: “é uma coisa muito triste que algumas pessoas vejam uma igreja como uma mercadoria comercial ou uma fonte de renda”.

Outro parlamentar, Garo Pylan, de etnia armênia do partido de oposição HDP, denuncia: “Uma igreja armênia à venda em Bursa. Mas é possível colocar um local de culto à venda? Como o estado e a sociedade podem permitir tudo isso? Vocês deveriam envergonhar-se!”. (PJS)

https://gaudiumpress.org/

Quem ocupará o lugar dos presbíteros mortos por Covid-19? Sacerdote faz esta reflexão

Foto referencial. Crédito: Unsplash

Cidade do México, 28 jan. 21 / 09:05 am (ACI).- Em uma reflexão sincera, Pe. José de Jesús Aguilar, vice-diretor de Rádio e Televisão da Arquidiocese do México, perguntou a si mesmo: quem ocupará o lugar dos sacerdotes falecidos por causa da pandemia do coronavírus Covid-19 no México?

Em um vídeo publicado em 27 de janeiro, Pe. Aguilar disse que “tenho a certeza que muitos de vocês estão experimentando a dor que sinto pela perda de tantas pessoas por causa da Covid: pais, maridos, esposas, filhos, aquele que era o sustento da família”.

"E também, é claro, no mundo do sacerdócio estão falecendo companheiros, bispos e aqueles que eu pensava que poderiam ser meus sucessores durante longo tempo".

Pe. Aguilar recordou que “durante muito tempo, mais de 25 anos, fui professor no Seminário Conciliar, e ali vi como chegavam os seminaristas entusiasmados, entusiasmados por servir a Deus no sacerdócio. Tive que dar aulas para muitos deles e ver como se ordenavam e como continuavam depois com grande entusiasmo, com grande criatividade, o seu ministério em diferentes paróquias”.

“É o caso do Jorge Luís, um padre muito mais novo do que eu, que foi aluno meu e que infelizmente neste momento está sendo cremado”, disse.

O sacerdote mexicano disse que o vazio deixado pelos presbíteros falecidos não afeta apenas o campo litúrgico, embora “haja quem pense que o sacerdote se dedica apenas a celebrar a Santa Missa ou administrar os sacramentos”.

Pe. Aguilar ressaltou que os padres também exercem o seu ministério na área da educação, na área da caridade, na pastoral carcerária e para os migrantes, entre muitas outras.

“Nos últimos meses as mortes de sacerdotes não aconteceram como normalmente acontecem, que vai falecendo talvez o mais velho, aquele que ficou doente, mas geralmente em idade avançada”, continuou.

Mas, destacou, "neste momento a Covid devastou mais de 150 padres pelo menos até os últimos dias".

"Isso significa que pelo menos 150 comunidades, paróquias, ficaram sem um sacerdote que possa oferecer os sacramentos, que possa acompanhar as pessoas espiritualmente, que possa celebrar a Santa Missa".

Diante disso, destacou, “o grande problema é que nos últimos anos as vocações sacerdotais reduziram notavelmente”, porque “em alguns lugares são ordenados 10, 12, 8, 5 sacerdotes por ano”.

“E se pensarmos que nesta época, em menos de um ano, morreram não só bispos, mas também mais de 150 sacerdotes, como vai ser preenchido esse vazio nas paróquias, nas capelas, como vai ser respondida a necessidade que tantas pessoas têm de um acompanhamento espiritual?”.

Pe. Aguilar indicou que dirige esta mensagem sobretudo “aos jovens, porque possivelmente muitos jovens neste momento estão recebendo o chamado à vocação sacerdotal. Cristo, Deus está dizendo a eles: 'Preciso que você siga os meus passos, preciso que em sua consciência se pergunte se estou chamando você para que possa servir a seus irmãos por meio do ministério sacerdotal'”.

O sacerdote mexicano encorajou “todos os jovens, especialmente aqueles que sentem este chamado do Senhor para servi-lo no ministério sacerdotal, a entrarem em contato quando possível com o seu pároco, com o sacerdote mais próximo, para que assim com a sua entrega, possam ir fazendo com que este buraco tão grande, esta carência de sacerdotes tão grande que a Covid está deixando, possa ser resolvida da melhor maneira”.

Ao finalizar a sua reflexão, Pe. José de Jesús Aguilar encorajou-nos a continuar “todos unidos pedindo pelos doentes da Covid, pelos infectados, médicos, enfermeiras, etc. E também oferecendo orações por aqueles que partiram, por todos aqueles que o Senhor chamou à sua presença, para que o Senhor perdoe seus pecados, conceda-lhes a vida eterna e, acima de tudo, leve em consideração as boas obras que fizeram”.

“Como também por aqueles sacerdotes que fizeram tanto bem e que agora estão na presença do Senhor”, disse.

De acordo com o último relatório do Centro Católico Multimedial (CCM), cinco bispos mexicanos e mais de 150 padres morreram de Covid-19 no país.

Como resultado da pandemia, dois religiosos, cinco religiosas e nove diáconos também morreram.

De acordo com o Governo do México, até 26 de janeiro deste ano, foram confirmados mais de 1,9 milhão de casos de Covid-19 e mais de 171 mil mortes foram registradas em todo o país.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

ACI Digital

Descoberta a representação mais antiga de Santo Tomás de Aquino

Afresco de Santo Tomás de Aquino na
Basílica de Santa Maria Novela em Florença 

No decorrer de uma restauração na Basílica de Santa Maria Novela em Florença foi descoberta a representação mais antiga de Santo Tomás de Aquino. A forte ligação dos dominicanos com Florença

Vatican News

A representação mais antiga de Santo Tomás foi recentemente descoberta sob uma camada de gesso nas paredes da Basílica de Santa Maria Novela em Florença. A obra, um afresco de 1323, atribuída ao Mestre de Santa Cecília, o pintor anônimo seguidor de Giotto, estará no centro das celebrações da memória litúrgica do Doutor Angélico que se realizará na mesma Basílica no dia 28 de janeiro. Serão celebrações especiais.

Jubileu dominicano

Este ano, de fato, marca o Jubileu Dominicano que abrirá oficialmente em 25 de março e que comemora dois aniversários importantes: os 800 anos do nascimento de Santo Domingos de Guzmán, que ocorreu em Bolonha no dia 6 de agosto de 1221 e os oito séculos desde a chegada dos primeiros 12 frades dominicanos na pequena igreja florentina de "S. Maria ad Vineas" ou "Santa Maria delle Vigne", o local onde a famosa Basílica foi construída em 1279.

O afresco descoberto por trás de outro quadro na Basílica

Os dominicanos

O Padre Manuel Russo O.P., religioso da Comunidade de Santa Maria Novella, explica ao Vatican News: "Os frades eram enviados para pregar a Santo Domingos por causa da heresia cátara. Inicialmente eles viviam fora de Florença. Concentravam a sua atividade apostólica na natureza dual, divina e humana, de Jesus Cristo. Apoiada pelo Cardeal Hugolino di Segni, que mais tarde se tornaria Gregório IX e canonizaria Santo Domingos, a pequena comunidade obteve a designação de uma igreja perto de um terreno agrícola em Florença".

O afresco

O belíssimo afresco descoberto remonta à época da elevação à honra dos altares de Domingos, que ocorreu em 1324. Foi descoberto há dois anos e meio, foi estudado por Gaia Ravalli e inaugurado em 2020 com uma conferência de estudos. O afresco retrata a lição inaugural do doutorado de Santo Tomás. "Tomás - continua Padre Manuel Russo - foi declarado "Magister in Sacra Pagina", ou seja, na Sagrada Escritura e está representado no momento em que inaugura o próprio magíster com a famosa lição na Universidade de Paris Rigans montes sobre a sabedoria divina". Os trabalhos de restauração devolveram ao quadro, escondido há cerca de meio milênio, o seu brilho cromático original.

Detalhe do afresco

"Em 1565, após o Concílio de Trento, Cósimo I de' Medici ordenou a Giorgio Vasari que renovasse a Basílica de Santa Maria Novela de acordo com os cânones tridentinos. O pintor, autor do famoso "Vidas", revolucionou a decoração: a maioria das pinturas medievais e renascentistas foram destruídas. Entre elas havia também alguns afrescos do Beato Angélico. Apenas alguns quadros não foram raspados das paredes, mas foram cobertos por uma camada de gesso". É o caso da pintura que retrata Tomás que, sob uma camada branca de gesso, caiu no esquecimento. No local foram colocados um altar de pedra do período maneirista e um painel pintado pelo próprio Vasari.

A descoberta

Cerca de três anos atrás, durante o trabalho de restauração veio à luz esta descoberta impressionante. O restaurador Simone Vettori, com grande mestria, foi capaz de remover o gesso e os depósitos de sujeira, trazendo à luz uma pintura que, apesar dos danos sofridos, ainda é visível perfeitamente e revela uma refinatura acurada no uso de diferentes técnicas e materiais como chumbo branco, dourado e lápis-lazúli ou azurita.

O afresco está entre os protagonistas da jornada de 28 de janeiro em Santa Maria Novela, juntamente com a apresentação teológica feita pelo reitor da Faculdade de Filosofia da Pontifícia Universidade Santo Tomás de Aquino, em Roma, e presidente da Pontifícia Academia Santo Tomás, Ir. Serge-Thomas Bonino O.P., sobre o tema "O Pão da Vida nos escritos de Santo Tomás".

Florença e Tomás de Aquino

Padre Manuel Russo faz questão de sublinhar a ligação entre a Basílica Florentina e Santo Tomás. "A arquitetura de Santa Maria Novela de fato - conta - é evocativa da concepção estética de Tomás. Além disso, a partir do século XIV, surgiu na igreja um importante estudo teológico-filosófico, herdeiro do fundado por Tomás em Nápoles, em San Domenico Maggiore".   

A Basílica Florentina conserva no seu interior outras famosas representações pictóricas dedicadas ao santo. "Entre estas destaca-se o retábulo de Andrea Orcagna na Capela Strozzi em Mântua e o Cappellone degli Spagnoli no Claustro Verde, o antigo capítulo da comunidade, afrescado como uma grande catedral tomista: um verdadeiro triunfo do dominicanismo, conhecido em todo o mundo. Santo Tomás é retratado sentado, rodeado pelas ciências".

Relíquia do Santo

A Basílica de Santa Maria Novela também preserva o dedo de Santo Tomás, uma relíquia com uma história conturbada. "Tomás", recorda Padre Russo, "morreu na Abadia de Fossanova, em Priverno, na província de Latina". Segundo a lei canônica da época era estabelecido que o mosteiro, o lugar da morte, tivesse direito à propriedade dos restos morais. Todavia, os frades dominicanos organizaram um sequestro e uma transferência das relíquias para Toulouse, o local de nascimento da ordem dominicana. Durante a viagem à França, os restos mortais do santo fizeram uma parada em Florença e, por desejo do Papa Urbano V, o dedo permaneceu em Santa Maria Novela. Uma memória terrena do autor dos Hinos Eucarísticos. Nos séculos passados era tradicionalmente levado em procissão durante as celebrações do Corpus Domini. Nos últimos anos foi renovada a devoção, por parte dos fiéis, à relíquia do santo, que poderão venerá-la durante as comemorações deste ano.

(Vatican News Service  - PO)

S. TOMÁS DE AQUINO, PRESBÍTERO DOMINICANO, DOUTOR DE IGREJA, PADROEIRO DAS ESCOLAS CATÓLICAS

S. Tomás de Aquino  (© Biblioteca Apostolica Vaticana)

“Vocês o chamam de boi mudo! Ao invés, eu lhes digo que este boi vai berrar tão alto, que seu berro vai ecoar no mundo inteiro". É o que afirmava Santo Alberto Magno, seu professor, e não se enganava ao defendê-lo perante seus colegas, que, por causa do seu caráter taciturno e, aparentemente, opaco, lhe haviam dado o apelido de “boi mudo”.

Seus familiares o prenderam por ter-se tornado frade Pregador

Tomás nasceu em uma família de Condes, Aquino, no castelo de Roccasecca, no sul do Lácio, unidos, por vínculos de parentela ao imperador Federico II. Seu pai, Landolfo, queria que ele fosse abade do mosteiro de Montecassino, pensando ser compatível com a natureza tímida e gentil do filho e com seus desígnios políticos. Mas, em Nápoles, Tomás quis tornar-se frade Dominicano, rejeitando toda e qualquer ambição e escolhendo apenas uma Ordem mendicante.
Esta sua escolha chocou toda a família, tanto que, dois de seus irmãos, o mandaram prender. Foi colocado em uma cela, proverbial pela sua disposição pacífica. No entanto, ele ficou muito irritado quando mandaram uma prostituta entrar na sua cela, para que desistisse da sua vocação. Mas, ele a afugentou com uma brasa ardente. Em suma, parece que ele tenha conseguido escapar da cadeia, com a ajuda de duas irmãs, que o fizeram descer da janela com uma grande cesta.

Um intelectual apaixonado por Deus

Tomás foi mandado para Colônia, onde aprofundou a tese sobre o aristotelismo, com Santo Alberto Magno; depois, em Paris, lecionou na Universidade, apesar da incompatibilidade com o clero secular.
Ao regressar para a Itália, intensificou seus estudos sobre Aristóteles, graças à tradução de um confrade, e compôs o famoso Hino "Pange lingua", para a festa de Corpus Christi.
Começou a escrever sua "obra-prima", “Summa theologiae”, dividida em cinco partes, para demonstrar a existência de Deus. O centro da sua obra é a confiança na razão e nos sentidos; a filosofia é a serva da teologia, mas a fé não anula a razão. Ele gostava muito de estudar e não é difícil imaginar que a sua vasta produção filosófico-teológica tenha causado estupor entre os teólogos contemporâneos.
Certo dia, em 6 de dezembro de 1273, Tomás disse ao coirmão Reginaldo que não ia escrever mais nada: "Não posso, porque tudo o que escrevi é como palha para mim, em comparação ao que me foi revelado". Segundo alguns biógrafos, esta decisão foi precedida por uma conversa mística com Jesus.
Por fim, Tomás adoeceu. Em 1274, durante uma viagem a Lyon, para participar do Concílio, a pedido do Papa Gregório X, faleceu na abadia de Fossanova, com apenas 49 anos.

Santo Tomás, segundo Chesterton: reconciliação-fé-razão

O famoso escritor inglês, G. K. Chesterton, dedicou-lhe, com acuidade, um ensaio famoso? “Tomás reconciliou a religião com a razão, estendendo-a ao campo da ciência experimental, na qual afirmava que os sentidos eram as janelas da alma e o intelecto tinha o direito de se nutrir de fatos concretos".
Para Chesterton, Santo Tomás e São Francisco foram os iniciadores de uma grande renovação do cristianismo, a partir de dentro, e a Encarnação era central: "Eles se tornaram mais ortodoxos quando começaram a ser mais racionalistas ou mais próximos da natureza".

Vatican News

quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Lançado o hino oficial da JMJ Lisboa 2023

Lisboa |ACI Digital
https://youtu.be/H1x2t2EstlI

Lisboa, 27 jan. 21 / 08:51 am (ACI).- Foi lançado na manhã desta quarta-feira, 27 de janeiro, o hino oficial da próxima Jornada Mundial da Juventude, intitulado “Há pressa no ar”, com inspiração no tema da JMJ Lisboa 2023, “‘Maria levantou-se e partiu apressadamente” (Lc1,39).

A escolha do hino se deu após um concurso nacional realizado pela organização da Jornada e a composição eleita é de autoria de Padre João Paulo Vaz e do músico Pedro Ferreira, ambos da Diocese de Coimbra. Os arranjos são do músico Carlos Garcia.

Segundo os autores, primeiro surgiu a música, composta por Pedro Ferreira. Segundo ele, a ideia era criar uma melodia “pensada para congregar, unir uma comunidade.

Por sua vez, Pe. João Paulo Vaz contou que teve uma grande alegria ao receber a notícia de que sua canção havia sido escolhida, pois a notícia lhe foi dada no mês em que celebra 25 anos de sacerdócio.

“O tema da edição de Lisboa levou-me a rever a minha relação com a Mãe e, portanto, o processo criativo da letra tornou-se um tempo de oração muito profundo para mim”, disse.

Conforme assinalou a organização da JMJ, “ao cantar este hino, os jovens de todo o mundo são convidados a identificarem-se com Maria, dispondo-se ao serviço, à missão e à transformação do mundo. A letra evoca também a festa da JMJ e a alegria centrada na relação com Deus”.

O refrão do hino da JMJ Lisboa 2023 afirma: “Todos vão ouvir a nossa voz, levantemos os braços, há pressa no ar. Jesus vive e não nos deixa sós: não mais deixaremos de amar”.

O lançamento do hino oficial do desta edição das JMJs aconteceu durante um evento digital, no dia em que se assinala exatamente dois anos do anúncio do Cardeal Kevin Farrel, prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, na presença do Papa e de milhões de jovens no Panamá, de que Portugal sediaria a próxima Jornada.

O tema foi gravado em português e numa versão internacional, com cinco idiomas (português, inglês, espanhol, francês e italiano).

https://youtu.be/SWo7r7PaHqE

Para mais informações sobre a Jornada, confira o site oficial: lisboa2023.org.

ACI Digital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF