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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Número de católicos no México diminui

Guadium Press
Tradicionalmente, o México é considerado o segundo país com mais católicos do mundo, depois do Brasil.

Redação (18/02/2021 14:30, Gaudium Press) O Censo de população e habitação 2020, realizado pelo Instituto Nacional de Estatística e Geografia – Inegi, revelou uma ascensão histórica do protestantismo e um decrescimento do catolicismo.

Percentual de católicos no México caiu 5%

Essa diminuição na quantidade de católicos presentes no México é evidenciada de forma particular em termos percentuais. O número de pessoas que se dizem católicas no país asteca diminuiu 5% em relação aos dados de 2010, enquanto que o número dos que se dizem cristãos aumentou em 3,7%.

Guadium Press

Menos católicos, mais protestantes

Os católicos, que eram 82.7% da população mexicana, agora são 77,7%, totalizando atualmente 97.864.218 católicos no país. Já o número de protestantes no México aumentou de 3.7% da população, para 7.5%, somando hoje 14.095.307 pessoas.

México é o segundo país mais católico do mundo

Tradicionalmente, o México é considerado o segundo país com mais católicos do mundo, depois do Brasil. A nação brasileira também sofre um decréscimo notório no número de católicos. (EPC)

https://gaudiumpress.org/

Papa Francisco propôs 11 “jejuns” para a Quaresma? Uma velha fake News

Imagem referencial / Papa Francisco. Foto: Vatican News /
 ACI Prensa.

Roma, 18 fev. 21 / 10:49 am (ACI).- Uma velha fake news voltou a circular nas redes sociais e no WhatsApp, afirmando que o Papa Francisco propôs 11 “jejuns” para a Quaresma de 2021. Outra versão desta notícia falsa inclui 15 “atos de caridade”.

As frases falsamente atribuídas ao Papa Francisco confundiram até os sites católicos.

“Jejue de palavras negativas e diga palavras bondosas. Jejue de descontentamento e encha-se de gratidão. Jejue de raiva e encha-se de mansidão e paciência” são alguns dos 11 conselhos atribuídos ao Papa Francisco, sem especificar quando ou onde os pronunciou.

Uma versão desse texto está disponível no site do Catoliscopio desde 2009, sem autoria, com o título Jejum na Quaresma. Ou seja, quatro anos antes de o Cardeal Jorge Mario Bergoglo assumir o Pontificado como Papa Francisco.

Também circulou nas redes uma lista de "15 atos de caridade simples" atribuídos ao Papa, incluindo "cumprimentar (sempre e em todo lugar)", "agradecer (embora não “precise” fazê-lo)" e “limpar o que sujou, em casa”.

No entanto, esta é na verdade uma lista elaborada por Laura Restrepo no site Catholic Link, inspirada na mensagem do Papa Francisco para a Quaresma de 2015.

Em dezembro de 2015, o Vaticano pediu aos fiéis que tomem cuidado com as notícias falsas atribuídas ao Papa Francisco e os exortou a recorrer às “fontes vaticanas” para verificar a autenticidade das mensagens atribuídas ao Santo Padre.

Os sites oficiais do Vaticano e do Papa Francisco incluem o Twitter oficial do Santo Padre @Pontifex_pt, Vatican News, o site do Vaticano, a Sala de Imprensa da Santa Sé, a página VaticanNews do Facebook e o jornal L'Osservatore Romano do Vaticano.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

ACI Digital

São Conrado

S. Conrado | ArqSP
19 fevereiro

São Conrado Confalonieri de Placência terceiro franciscano (1290-1354). De início a vida desse santo não foi consonante com o ideal franciscano de amor por todas as criaturas — inclusive as voadoras. Nobre, afeito aos torneios e às armas, era um soldado aventureiro que, entre uma e outra batalha, gostava de caçar lebre e javali na região.

Certo dia, para emboscar a presa, não hesitou em provocar um incêndio num bosque inteiro e com isso queimou as colheitas dos campos vizinhos. O governador de Placência (cidade natal do irresponsável caçador), para acalmar a ira dos camponeses, condenou à morte o primeiro infeliz que encontrou nas imediações do bosque.

Nessa ocasião, Conrado mostrou o melhor lado de sua natureza: apresentou-se espontaneamente ao governador para confessar sua culpa. Declarou-se disposto a ressarcir os danos; vendeu todos os seus haveres e ficou reduzido à pobreza.

Daí até a vida de pobreza franciscana o caminho foi curto; para concretizá-lo, contou com a colaboração da esposa Eufrosina, que o deixou livre para seguir a nova vocação franciscana, tornando-se ela também irmã clarissa.

Mas mesmo sob a cinzenta túnica franciscana palpitava o coração do aventureiro. Pôs-se a caminho — desta vez com o bastão de peregrino em lugar da espada — e, de santuário em santuário, acampou no estreito de Messina. Ao alcançar a ilha, dirigiu-se mais ao sul, entre as terras áridas de Catânia e Siracusa. Uma pausa em Ávola, depois em Noto, onde parecia duradouramente estabelecido numa cela, próximo à igreja de São Miguel.

A solidão durou pouco, porque a fama de sua santidade foi atraindo à sua cela os primeiros devotos. Por isso, procurou refúgio na gruta de Pizzonis, fora da cidade — “gruta de são Currau”, como é chamada até hoje —, onde pôde viver e morrer na solidão e na pobreza, como desejara.

Os moradores da região, entretanto, quiseram honrar o “santo que veio do continente” e sepultaram seus despojos na bela igreja de São Nicolau.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

Arquidiocese de São Paulo

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Dom Rifan afirma que texto-base da CF 2021 tem erros, mas não se deve perder o respeito a bispos

Dom Fernando Arêas Rifan / Foto: Facebook Administração
Apostólica Pessoal S. João Maria Vianney

RIO DE JANEIRO, 18 fev. 21 / 06:00 am (ACI).- O Bispo da Administração Apostólica São João Maria Vianney, Dom Fernando Arêas Rifan,reconheceu em um recente artigo que há “insinuações errôneas e tendenciosas” no texto-base da Campanha da Fraternidade 2021, entretanto, assinalou que as críticas a este documento não devem perder “o respeito devido às autoridades da Igreja”.

“Infelizmente, a atual Campanha da Fraternidade trouxe divisão”, afirmou o Prelado,ressaltando que por ser uma campanha ecumênica, a redação do texto-base foi confiada ao Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC).

Entretanto, indicou, “a autora principal do texto foi uma pastora protestante” e, “na comissão de redação, só havia um representante da Igreja Católica, que, certamente, foi voto vencido”.

“Mas é um texto-base de sugestão, para discussão. Um texto ruim, com insinuações errôneas e tendenciosas. Não é doutrinário nem obrigatório”, ressaltou, em relação ao documento que gerou polêmica por conter conteúdo ligado à ideologia de gênero.

Dom Rifan acrescentou ainda que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) “já declarou que não abre mão da doutrina católica do Magistério”. “E todo católico sabe disso”.

Contudo, declarou que “pecam” as pessoas que, “na ânsia de defender coisas corretas e atacar erros, que infelizmente existem na parte humana da Igreja, se arvoram em mestres e profetas, perdem o respeito devido às autoridades da Igreja e as desprestigiam, para alegria dos inimigos dela”.

“Junto com o combate ao erro, até querendo fazer o bem, acabam destruindo a autoridade, com ofensas, exageros e meias verdades, caindo assim em outro erro”, declarou.

Em seu artigo intitulado ‘Cinzas para refletir’, Dom Rifan explicou também que “a Igreja no Brasil, incentivando-nos” aos exercícios espirituais da Quaresma, que é tempo de oração, penitência e caridade, “convida-nos também a um gesto concreto na área social, através da Campanha da Fraternidade (CF)”.

“É claro que essa ação social não pode ocupar o lugar das obras espirituais e caritativas, nem se suplanta a elas, mas é o seu complemento”, ressaltou o Bispo.

Desse modo, pontuou que “a Campanha da Fraternidade tem como finalidade unir as exigências da conversão e da oração a algum projeto social, na intenção de renovar a vida da Igreja e ajudar a transformar a sociedade, a partir de temas específicos, tratados sob a visão cristã”.  “Muitas obras sociais da Igreja católica no Brasil são sustentadas pelas coletas feitas na Campanha da Fraternidade”, disse.

Para ler a íntegra do artigo de Dom Fernando Arêas Rifan, acesse AQUI.

ACI Digital

Normas do governo chinês sobre nomeação de bispos não mencionam Vaticano

Bandeiras da China e do Vaticano.
Crédito: Flickr Nicolas Raymond (CC BY 2.0)

PEQUIM, 18 fev. 21 / 09:10 am (ACI).- Segundo as novas normas que entrariam em vigor a partir de 1º de maio, a Associação Patriótica Católica Chinesa (APCC), controlada pelo governo comunista, será a instituição que selecionará e aprovará os bispos. O texto não menciona o Vaticano no processo.

As novas "Medidas Administrativas para o Clero Religioso" na China foram traduzidas pela revista Bitter Winter, especializada em informações sobre liberdade religiosa na China.

De acordo com essas medidas, a APCC ficará encarregada de todo o processo com os novos bispos, que depois serão "aprovados e consagrados pela Conferência de Bispos Católicos da China".

Estas normas não mencionam o papel do Vaticano na aprovação dos bispos, apesar do acordo assinado com a China em 2018, segundo o qual as autoridades da Santa Sé e do governo chinês deveriam se encarregar do processo de nomeação dos bispos.

O acordo foi renovado em outubro de 2020, mas os termos do acordo nunca foram totalmente divulgados.

Segundo alguns relatórios, o acordo permite que a APCC, controlada pelo governo chinês, selecione candidatos que poderiam ser aprovados ou vetados pelo Vaticano. Quando o acordo foi renovado em outubro, o jornal do Vaticano informou que dois bispos foram nomeados no "âmbito regulatório estabelecido pelo acordo". O Vaticano confirmou em novembro que um terceiro bispo foi nomeado desta forma.

O Cardeal Joseph Zen ze-kiun, Bispo Emérito de Hong Kong e crítico do acordo, disse que este pode colocar o Vaticano na posição de ter de vetar repetidamente os candidatos apresentados pela China.

O acordo também teve como objetivo unificar a APCC com a Igreja Católica clandestina ou subterrânea que sempre se manteve fiel e em comunhão com o Papa. Acredita-se que seis milhões de católicos fazem parte da APCC, enquanto outros vários milhões pertencem a comunidades católicas que sempre permaneceram leais à Santa Sé.

Segundo as novas regras, assim que um bispo for consagrado, a APCC e a Conferência Episcopal enviarão as informações à Administração de Assuntos Religiosos do Estado.

O registro do clero no banco de dados é uma parte essencial das novas medidas administrativas, segundo as quais os clérigos devem promover os valores do Partido Comunista Chinês.

Por exemplo, o artigo III das medidas administrativas afirma que o clero "deve amar a pátria, apoiar a liderança do Partido Comunista Chinês, apoiar o sistema socialista" e "aderir-se à direção da sinicização da religião na China".

A prática de sinicização foi anunciada e implementada pelo presidente Xi Jinping nos últimos anos. Os críticos a consideram como uma tentativa de forçar a prática religiosa sob o controle do governo chinês e alinhada com os valores da APCC.

Além disso, espera-se que os clérigos "trabalhem para manter a unidade nacional, a harmonia religiosa e a estabilidade social".

A seção D das medidas afirma que o clero deve "guiar" os cidadãos "a serem patriotas e obedientes à lei". Estão proibidos de trabalhar para "minar a unidade nacional" ou apoiar "atividades terroristas".

Não fica claro como o governo chinês define "terroristas" nessas novas medidas. Em Hong Kong, a lei de segurança nacional foi imposta de fora pela legislatura nacional em 2020. Nessa lei, o “terrorismo” inclui atos como incêndios ou vandalizar o transporte público.

Os membros registrados do clero na China não podem “organizar, acolher, organizar ou participar de atividades religiosas não autorizadas que ocorram fora de locais autorizados para atividades religiosas” e não podem pregar em escolas que não tenham conotação religiosa.

Os membros registrados do clero devem pertencer a uma das religiões administradas pelo estado. Os pastores de "igrejas domésticas" ou igrejas "clandestinas" não podem se registrar como clérigos.

A entrada em locais de culto "deve ser regulamentada por meio de entrada estrita, verificação de identidade e registro", afirma o documento.

As normas também propõem um "programa de capacitação do clero" para a "educação política do clero religioso", bem como para sua "educação cultural". O clero também deve ser julgado por sua conduta com um sistema de "reconhecimentos e castigos".

Publicado originalmente em CNA.

ACI Digital

Normas para as celebrações da Semana Santa em tempos de pandemia

Missa in Coena Domini na Basílica de São Pedro
em 9 de abril de 2020  (Vatican Media)

A Congregação para o Culto Divino indica as disposições a serem observadas na celebração dos ritos deste momento central do ano litúrgico. O Decreto de 25 de março de 2020 permanece válido.

Amedeo Lomonaco – Vatican News

O drama da pandemia de Covid-19 "trouxe muitas mudanças também na forma usual de celebrar a liturgia", sublinha a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, em uma nota assinada pelo prefeito, cardeal Robert Sarah, e pelo secretário, o arcebispo Arthur Roche.

A nota, enviada aos bispos e às Conferências episcopais de todo o mundo, recorda que “em muitos países ainda estão em vigor rígidas condições de fechamento, que impossibilitam a presença dos fiéis nas igrejas, enquanto em outros é retomada uma vida de culto mais normal."

Uso das redes sociais

O texto afirma que “o uso das redes sociais ajudou muito os pastores a oferecer apoio e proximidade às suas comunidades durante a pandemia”.

“Para as celebrações da Semana Santa sugere-se facilitar e privilegiar a difusão midiática das celebrações presididas pelo bispo, encorajando os fiéis impossibilitados de frequentar a própria igreja a acompanharem as celebrações diocesanas, como sinal de unidade”.

Em todas as celebrações, em acordo com a Conferência Episcopal, é necessário "prestar atenção a alguns momentos e gestos particulares, em conformidade com as exigências sanitárias”. Também é incentivada "a preparação de subsídios adequados para a oração familiar e pessoal, valorizando também algumas partes da Liturgia das Horas".

Em vigor Decreto do ano passado

Na nota da Congregação para o Culto Divino, também é recordado que continua válido o Decreto do Dicastério, a pedido do Papa Francisco, de 25 de março de 2020. Continuam valendo, portanto, as indicações do ano passado para as celebrações do Domingo de Ramos, da Quinta-feira Santa e da Vigília Pascal.

Domingo de Ramos

Conforme afirma o decreto de 25 de março passado, a celebração do Domingo de Ramos deverá ser realizada “dentro do prédio sagrado”. Pede-se que as catedrais adotem "a segunda forma prevista pelo Missal Romano, enquanto nas igrejas paroquiais e noutros locais a terceira".

No que diz respeito à Missa do Crisma, os episcopados podem, dependendo da situação do país, indicar uma possível transferência de data.

Missa do Crisma

A Missa Crismal, ou Missa do Crisma, pode ser transferida para outra data mais adequada, se necessário, porque convém que seja assistida por “uma significativa representação de pastores, ministros e fiéis”.

Missa in Coena Domini

Para a Quinta-feira Santa, fica estabelecido que seja omitido o “Lava-pés”, já opcional. A Procissão final também não será realizada e o Santíssimo Sacramento será guardado no Tabernáculo. Excepcionalmente, é concedida aos presbíteros a faculdade de celebrar a Missa "sem a participação do povo, em local adequado".

Sexta-feira Santa

Durante a oração universal da Sexta-feira Santa, caberá aos bispos "preparar uma intenção especial para quem se encontra em situação de desorientação, os doentes, os defuntos”.

Modificado também o ato de adoração à Cruz. O beijo, conforme especificado no decreto de 25 de março de 2020, “é limitado apenas ao celebrante”.

Vigília pascal

Em relação à Vigília Pascal, pede-se que seja celebrada "exclusivamente nas igrejas Catedrais e Paroquiais", e que para a liturgia batismal "se mantenha apenas a renovação das promessas batismais".

Decisões no respeito pelo bem comum e a saúde pública

Por fim, a Congregação agradece aos Bispos e às Conferências Episcopais por terem respondido pastoralmente a uma situação em rápida mudança, na consciência de “que as decisões tomadas nem sempre foram facilmente aceitas por parte dos pastores e fiéis leigos. Todavia - conclui a nota - sabemos que foram tomadas com o objetivo de garantir que os santos mistérios sejam celebrados da forma mais eficaz possível para as nossas comunidades, no respeito pelo bem comum e a saúde pública”.

Vatican News

As crianças valorizam mais o que ouvem; os adultos, o que veem

Dmytro Zinkevych | Shutterstock
por Dolors Massot

Um estudo da Durham University dá pistas para pais e profissionais da educação sobre as reações emocionais das crianças.

Um estudo publicado recentemente pela revista acadêmica “Journal of Experimental Child Psychology” mostra que, enquanto os adultos prestam mais atenção ao visual quando são apresentados a estímulos emocionais de todos os tipos, as crianças menores de 8 anos prestam mais atenção ao ouvem.

O experimento foi feito em adultos e crianças.

Como resultado, constatou-se que as informações que chegam às crianças pelo ouvido (um grito, uma saudação ou uma canção alegre, por exemplo) as impactam mais em termos de reação emocional.

Saber disso pode orientar os educadores

De acordo com uma declaração da Durham University, à qual pertence a equipe de pesquisa, “as descobertas podem beneficiar tanto os profissionais da educação quanto os pais que atualmente gerenciam a aprendizagem em casa, aumentando sua compreensão de como os filhos pequenos captam o que está acontecendo ao seu redor”.

É que as crianças “determinam as emoções mais pela audição do que pela visão”, ao contrário de nós, adultos. O comportamento dessa criança obedece ao “domínio auditivo”.

Possível aplicação em crianças com problemas de desenvolvimento

O estudo é “único” neste tipo de pesquisa em Psicologia Infantil. A equipe acredita que ajudará a educar pais e profissionais. Ele também fornece novos caminhos para a compreensão do reconhecimento emocional em crianças com problemas de desenvolvimento, como autismo.

Em que consiste o experimento?

Os voluntários foram divididos em três categorias de idade (7 anos ou menos, 8-11 anos e maiores de 18 anos). Eles viram imagens de humanos, com rostos borrados, e ouviram vozes humanas, que transmitiam emoções de felicidade, medo, tristeza e raiva.

Especificamente, as imagens e sons foram apresentados isoladamente e em combinações correspondentes e contrastantes, e os voluntários foram questionados qual era a emoção predominante em cada um.

Assim, “a equipe descobriu que os adultos baseavam sua avaliação emocional no que podiam ver, enquanto as crianças confiavam no que podiam ouvir”, explicam.

Aleteia

DOCUMENTOS DA IGREJA: O Cânon Vicentino

Crédito: Apologistas da Fé Católica

O Cânon Vicentino

Vicente Lerinense, Commonitorium (434)

(Ed. Moxon, Cambridge PatristicTexts)

BETTENSON, Henri (editor). Documentos da Igreja Cristã.
São Paulo: Ed. Aste/Simpósio, 1998 - nº 131 - pp. 148-150

II. (1) Eis porque dediquei, constantemente, meus maiores desvelos e minhas diligências a investigar, entre o maior número possível de homens eminentes em saber e santidade, a maneira de achar uma norma de princípios fixos e, se possível, gerais e orientadores, para distinguir a verdadeira fé católica das degradantes corruptelas da heresia. A resposta invariável que recebi resume-se no seguinte: querendo eu ou querendo alguém descobrir as fraudes dos hereges evitar as armadilhas e permanecer robusto e firme na fé sadia, devemos, com ajuda do Senhor, fortificar nossa fé de duas maneiras: primeiramente, confiando na autoridade da Lei divina e, em segundo lugar, perseverando na tradição da Igreja Católica.

(2) Aqui, talvez alguém perguntará: estando o cânon das Escrituras completo e suficiente em si, que necessidade ainda temos de lhe juntar a interpretação da Igreja? A resposta é essa: sendo profundas as Escrituras, não lhes dão a mesma interpretação todos os homens. As proposições dum mesmo escritor são comentadas diversamente por homens diversos, a tal ponto que parece ser possível delas serem extraídas tantas opiniões quantos forem os homens. Novaciano1 comenta desta maneira, Sabélio daquela, Donato de outra, e de outra Ário, Eunômio5 e Macedônio6; Fotino7, Apolinário e Prisciliano9 explicam de um modo joviniano10, Pelágio e Celestio explicam de outro modo, e, recentemente, Nestório tem interpretado diferentemente dos outros. Sendo, pois, tão intrincado e multiforme o erro, temos grande necessidade de estabelecer uma regra de interpretação dos profetas e apóstolos que se harmonize com o padrão interpretativo da Igreja Católica.

(3) Ora, na própria Igreja Católica toma-se o máximo cuidado por conservar AQUILO QUE FOI DITO E CRIDO, EM TODO LUGAR, EM TODO TEMPO E POR TODO FIEL.

É genuíno e propriamente “católico”, como declara o sentido do termo, aquilo que compreende tudo universalmente. A regra nossa será, pois, guardada, se aceitarmos os critérios de universalidade [isto é, ecumenicidade], antiguidade e concordância. Universalidade, reconhecendo que a única fé verdadeira é aquela que toda a Igreja professa em todo o mundo. Antiguidade, não nos apartando das interpretações manifestamente aceitas por nossos antepassados. Concordância, dando crédito fiel, inclusive em se tratando da antiguidade, às definições e opiniões de todos ou de quase todos os bispos e doutores.

NOTAS:

  1. Um extremado quanto à readmissão na Igreja daqueles que negaram a fé durante as perseguições. Apostatou em 251, tornando-se o primeiro antipapa.
  2. Um ariano radical que dizia ser o Filho diferente (anomoios) do Pai e de uma substância diferente (heterooysios).
  3. Bispo de Constantinopla, 342. Negou a divindade do Espírito Santo. Deposto em 360.
  4. Bispo de Esmirna, na segunda metade do século IV. Um “monarquiano adocionista”.
  5. Bispo de Abila, na Espanha, que ensinava uma espécie de gnosticismo maniqueísta (Ver Parte I, Seção IV, VII,b. Foi executada (c. 385), sendo o primeiro a ser executado por heresia (pois seus ensino conduzia a imoralidade.
  6. C. 385. Jerônimo refutou sua depreciação pela virgindade e pelo ascetismo.

ECCLESIA

B. JOÃO DE FIESOLE (FRA ANGÉLICO), SACERDOTE DOMINICANO

B. João de Fiesole (Fra Angélico)

Giovanni de Fiesole, no civil Guido de Pietro, conhecido como Beato Angélico, dizia sempre: “Quem faz as coisas de Cristo, está sempre com Ele”. Sua convicção era de que “todas as ações deviam ser orientadas para Deus”. A pintura - da qual era um excelente artista - era vista como “expressão da experiência contemplativa, instrumento de louvor e de elevação da mente às realidades celestes”.

Angélico nasceu em Vicchio del Mugello, na Toscana, em fins do século XIV; desde criança, demonstrou uma grande predisposição pelo desenho e as miniaturas. A aspiração pelo “belo” tornou-se, cada vez mais, obstinada na alma do jovem artista. Em um primeiro momento, esta aspiração reforçou seu talento natural pela arte; mais tarde, tornou-se uma clara e inconfundível chamada à vocação religiosa, por parte de Deus, que é Beleza por excelência.

A pintura como oração

Angélico entrou, com seu irmão, Bento, para o convento de Fiesole. Oração, estudo e austeridade aperfeiçoaram o espírito e o pincel do Frei Giovanni, levando-o a traduzir em imagens, repletas de humanidade e misticismo, os frutos da sua oração. Crucifixos, imagens de Nossa Senhora, Anunciações, vibrantes luzes diáfanas e retábulos de altares foram expressões de uma alma que, na simplicidade evangélica, mediante um trabalho disciplinado de oficina, soube viver com o coração no céu. Narra-se que ele pintava de joelhos e jamais iniciava suas obras sem rezar, comovendo-se quando reproduzia Cristo na cruz.

Síntese entre Humanismo e Fé

Em Angélico, - assim o chamou, pela primeira vez, Frei Domingos de Corella, em 1469, - jamais havia antítese entre humanidade e divindade, entre corpo e espírito, entre fé e razão. A doçura, a graça e a beatitude das figuras, nascidas do “impulso” do seu pincel, revelavam uma perfeita unidade entre humanismo e religião. A propósito, Vasari escrevia que ele “tinha o costume de não retocar as pinturas [...] achando que esta era a vontade de Deus”.

No Beato Angélico, havia uma perfeita sintonia entre o rigor prospectivo, a atenção pela figura humana, renascentistas, e a tradição medieval, que tinha, entre seus postulantes, a função didática da arte e o valor místico da luz.

Os afrescos (1438-1445) no convento de São Marcos, em Florença, testemunham a pureza da arte de Giovanni de Fiesole: as suas catequeses por imagens, em tamanho natural, inspiram uma profunda identificação com a Paixão e Morte de Cristo. A fama destas pinturas levou o Papa Eugênio IV a convidar o artista Dominicano a pintar, no Vaticano, uma Capela na antiga Basílica de São Pedro, que, depois, foi destruída. Narra-se também que seu Sucessor, Nicolau V, não pôde deter as lágrimas, em 1449, diante dos afrescos com as histórias dos Santos Lourenço e Estêvão, que o frade pintou na Capela privada do Palácio Apostólico.

Junto com Benozzo Gozzoli, Frei Angélico deixou um testemunho de si, na abóbada da Capela de São Brício, na Catedral de Orvieto.

Padroeiro dos artistas

Frei Angélico tornou-se prior de São Domingos, em Fiesole, entre 1448 e 1450; desenvolveu esta função com humildade e espírito de serviço. “Se ele quisesse – lembra ainda Vasari – podia ter vivido de modo opulento e ter-se tornado rico com as suas pinturas”. Pelo contrário, sempre evitou o poder, a riqueza e a fama; de fato, até rejeitou, sem hesitar, a proposta que o Papa Parentucelli lhe fez de ocupar a sede episcopal de Florença.

O Beato Angélico faleceu, em 18 de fevereiro de 1455, no convento de Santa Maria sopra Minerva, em Roma. Na Basílica adjacente, ainda se encontram seus restos mortais. São muitos os peregrinos que, todos os anos, enfrentam a longa subida do Capitólio para visitar a sua sepultura.

Veritatis Splendor

São Simeão

S. Simeão | ArqSP

São Simeão bispo martirizado no século II. Simeão ou Simão, filho de Cléofas, não deve ser confundido com o apóstolo homônimo, denominado o cananeu. O santo de hoje é aquele parente de Jesus mencionado no Evangelho. Foi escolhido para suceder são Tiago Menor no bispado de Jerusalém, diocese que dirigiu durante 40 anos. Morreu de fato em 107, com 120 anos, e não de morte natural. Teve a fortuna de assistir ao cumprimento da profecia de Jesus sobre a trágica destruição de Jerusalém, no ano 70.
Em face das primeiras escaramuças motivadas pela intervenção romana na cidade rebelde, e tendo presente a advertência do Mestre, o bispo Simeão acompanhou a comunidade cristã à Pela, retornando depois à sede episcopal devastada, numa cidade onde não ficara “pedra sobre pedra”.
A difícil tarefa da reconstrução e consolidação do cristianismo em Jerusalém foi facilitada não só pelo cumprimento da profecia de Cristo — o que, após a destruição e dispersão, predispôs os judeus sobreviventes a refletir sobre a mensagem —, como também pela relativa paz que se seguiu à terrível punição de Roma.
A perseguição que Nero desencadeou golpeara somente os cristãos de Roma, acusados pelo imperador de terem incendiado a cidade. O surto persecutório de Domiciano não se estendera até os limites do império.
Tal se deu sob o governo do sábio Trajano, segundo o qual a mensagem evangélica constituiria um perigo para os destinos de Roma. Entre as vítimas dessa violenta perseguição, estava o velho bispo de Jerusalém — “o irmão de Jesus”, que teve o privilégio de com ele compartilhar o suplício da cruz.
Submetido à tortura, a fim de induzi-lo a abjurar a fé, e visto se terem revelado inúteis todos os outros tormentos, o legado consular Tibério Cláudio Ático condenou-o à crucificação, a despeito de reconhecer sua grande coragem e a serenidade com que subiu ao patíbulo.
beato Angélico (1387-1455) — chamado beato imediatamente depois de sua morte, ocorrida em Roma, no convento dominicano de Santa Maria sobre Minerva, em razão dos maravilhosos afrescos sobre temas religiosos com que adornou o convento de São Marcos, em Florença. Sua beatificação “canônica” deu-se apenas em 1984. João — era este seu nome de batismo — nasceu em Mugelo, nas adjacências de Florença, e fez-se dominicano no convento de São Marcos.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

Arquidiocese de São Paulo

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF