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domingo, 21 de fevereiro de 2021

As palavras-chave do pontificado de Francisco

© Antoine Mekary / ALETEIA

Livro traz análise do chamado "dicionário Bergoglio".

Francesc Torralba, professor de filosofia e antropologia da Universidade Ramòn Llull de Barcelona e consultor do Pontifício Conselho para a Cultura, está lançando o livro “Dicionário Bergoglio: as palavras-chave de um Pontificado”.

Na obra, Torralba explora as expressões cunhadas por Francisco, que se tornaram centros do seu magistério. Para o autor, as palavras-chave do pontificado de Francisco são, de fato, sínteses de conceitos elevados e facilmente acessíveis a todos.

Para provar isso, o professor analisou trechos de entrevistas, discursos, encíclicas, homilias e documentos oficiais assinados por Francisco.

Em entrevista ao Vatican News, Francesc Torralba falou mais sobre o livro. Ele destacou que Francisco utiliza-se de uma originalidade para transmitir sua mensagem:

“Parece-me que esta é a chave para a compreensão, mesmo por parte daqueles que não são parte ativa da Igreja, porque veem no Papa Francisco uma mensagem de esperança positiva. Uma mensagem que pode ser entendida porque é uma linguagem não muito intra-eclesial, mas mais extra-eclesial, para os que estão longe e isso me parece muito interessante. “

Palavras-chave e neologismos

Torralba explica também a tendência de Francisco em criar neologismos, ou seja, utilizar palavras que não existem para gerar voluntariamente algum significado:

“No ‘Dicionário Bergoglio’ existem dois verbetes que também estão em espanhol, por exemplo ‘balconear’, a atitude de ficar na janela e observar o outro, mas sem fazer nada. É a atitude passiva de ver as tragédias do mundo e permanecer tranquilo. Depois vem o ‘primeirear’ que significa ser o primeiro a fazer alguma coisa, não ser passivo, não ser uma pessoa que espera, ter força e vontade de fazer alguma coisa. Parece-me interessante.”

A palavra preferida

Na entrevista, o autor relembra uma expressão dita repetidas vezes por Francisco e que representa bem o seu pontificado:

“Eu gosto da expressão ‘sair de si mesmo’, que, na língua materna do Papa, é ‘salir de uno mismo’. É uma Igreja em saída, um fiel em saída, porque para mim é a expressão da essência da vida do cristão que é sair para encontrar o outro e especialmente o outro vulnerável e frágil. É sair para comunicar o que se acredita e cuidar do outro, contra a tendência de parar, de ficar confortavelmente em casa, no seu próprio mundo.”

O professor Torralba ainda explica que toda a linguagem, expressões e palavras-chave utilizadas por Francisco têm um único objetivo: transmitir a mensagem de esperança.

Para ler a entrevista completa, clique aqui.

Aleteia

Na Índia, crianças cristãs são forçadas a adorar ‘deusa’ Saraswati

Guadium Press
Uma terrível lei anti-conversão foi recentemente aprovada no estado de Madhya Pradesh.

Redação (19/02/2021 20:45Gaudium Press) A Índia não se distingue pelo respeito à liberdade de crença dos cristãos.

Mas o que ocorreu agora lembra a situação dos fiéis de Cristo sob um império romano pagão.

A administração dos territórios da União Indiana de Dadra e Nagar Haveli, e de Damán e Diu emitiu uma diretiva em 11 de fevereiro passado, obrigando todas as escolas, públicas e privadas, a organizar o programa do festival hindu Vasant Panchami, preparação para a primavera, no qual se adora a deusa Saraswati, recita-se a oração hindu e faz-se um ritual específico.

A diretiva da administração desses territórios especificava que a “deusa” simboliza “o conhecimento, a sabedoria, a pureza e a verdade”.

De pouco serviram os apelos de diversas instituições, baseados na violação dos direitos de liberdade religiosa e liberdade de ensino.

Seria bom lembrar que a ONG United Christian Forum já havia advertido que as administrações desses territórios em 2019, já queriam cancelar a Sexta-Feira Santa, que era a única festa assim como a do Natal considerada oficial.

Leis anti-conversão

Na Índia, muitos temem a conversão de seus nacionais, especialmente ao cristianismo.

Nos estados sob o governo do partido nacionalista Bjp de Naredra Modi, “se uma escola de uma minoria religiosa oferece instrução ou trabalho gratuito a uma pessoa necessitada, seus responsáveis podem ser acusados de tentativa de conversão”, o que poderia ocasionar graves sanções a eles, declara Pe. Maria Stephan, porta-voz da Igreja no estado de Madhya Pradesh, onde a lei anti-conversão mais radical da Índia foi aprovada em janeiro passado. Com efeito, esta lei prevê  prisão de até 10 anos para quem converter uma ou mais pessoas com força ou engano.

Com informações Tempi

https://gaudiumpress.org/

I Domingo da Quaresma B

Quaresma | Vatican News

Quando vivenciamos nosso dilúvio, através da imersão nas águas batismais, morremos para o pecado e recebemos a vida nova de filhos de Deus. O sinal eloquente de que Deus nos deu foi a morte de seu filho na cruz e nossa adoção como filhos.

Padre Cesar Augusto dos Santos, SJ - Vatican News

É possível em um ambiente corrompido, caótico, em ruína moral e física, haver restauração, desde que em seu meio exista alguém que opte pela vida e, permanentemente, rechace a morte. Isso é o que nos diz a primeira leitura deste domingo, ao nos contar a história de Noé e do dilúvio.

Deus, após o aparente triunfo do mal, com o surgimento do dilúvio, faz uma aliança com toda a criação, através da promessa dita a Noé, um homem de bem e temente a Deus. O Senhor se compromete a jamais permitir a destruição de suas criaturas e, como memória, coloca no firmamento, um sinal eloquente, o arco-íris.

No Evangelho, Jesus vive sua quaresma, isto é, seu tempo de preparação mais próxima para vencer definitivamente o adversário. São quarenta dias que nos lembram os quarenta dias do dilúvio, os 40 dias que Moisés permaneceu no monte Nebo para receber os Dez Mandamentos, os 40 dias em que Elias permaneceu escondido na montanha. São quarenta, mas não exatamente 39 mais 01 e sim um tempo bíblico de reflexão e preparação.

Jesus foi conduzido pelo Espírito para esse tempo de luta. Ele havia recebido a força de Deus e estava preparado para o confronto com o adversário. Ele anuncia que o tempo já se cumpriu e que o Reino de Deus está próximo. E diz: “Convertam-se e creiam na Boa Nova”. Na verdade, essa quaresma de Jesus, esse seu tempo de luta, vai durar toda sua vida.

Na segunda leitura, Paulo faz uma comparação entre a arca construída por Noé e o batismo adquirido pelo sangue do Senhor. Arca salvou as pessoas da destruição, o batismo, mais que nos salvar, nos torna pessoas novas, nos confere nova identidade, a de filhos de Deus.

Queridos irmãos ouvintes, quando vivenciamos nosso dilúvio, através da imersão nas águas batismais, morremos para o pecado e recebemos a vida nova de filhos de Deus.

O sinal eloqüente que Deus nos deu foi a morte de seu filho na cruz e nossa adoção como filhos.

A redenção da criação se deu quando, através desse fato, tudo deixou de ser profano e passou a ser sagrado, porque o Senhor da Vida, o Kyrios, assumiu nossa carne mortal e a eternizou. A matéria foi divinizada.

Pratiquemos o bem, deixemos que o sangue do Senhor vá inundando todo o nosso ser e destruindo aquilo que manifesta nossa caducidade. Que nossa vida, todo o nosso ser, seja plenificado pelo Espírito que preparou Jesus para a luta.

Vatican News

Governo do Ceará volta atrás e altera decreto que determinava entrega de hóstias embaladas

Imagem referencial. Crédito: Daniel Ibáñez

FORTALEZA, 19 fev. 21 / 11:40 am (ACI).- O governo do Ceará voltou atrás em um decreto no qual havia estabelecido que “alimentos e bebidas de cunho religioso” deveriam ser fornecidos “pré-embalados”, o que afetava diretamente a distribuição da Santa Eucaristia nas Missas.

A mudança de posição do governo cearense se deu logo após a repercussão negativa desta medida, que havia sido publicada no decreto nº 33.936, de 17 de fevereiro.

Este decreto do governador Camilo Santana traz novas orientações para prevenir o contágio por coronavírus, inclusive em relação às igrejas. Afirmava um de seus trechos:

“Em caso de partilha de alimentos e bebidas de cunho religioso, estes devem ser fornecidos pré-embalados e em porções individuais. O celebrante e os seus auxiliares devem estar com as mãos higienizadas adequadamente, utilizando luvas descartáveis, máscaras e tomando o máximo cuidado para oferecer os alimentos e bebidas sem entrar em contato com os membros”.

O mesmo decreto estabelece ainda outras medidas como limitação da quantidade de pessoas dentro dos templos, número de músicos que pode haver por celebração, bem com forma de realizar as coletas.

Tal medida do governo não foi bem vista pelos católicos, para os quais, conforme assinalou o blog ‘Ancoradouro’, “a Hóstia Consagrada e o Vinho Consagrado são, realmente, Corpo e Sangue de Cristo”.  Além disso, as Dioceses e Arquidioceses estão entre as “instituições que mais tem colaborado na prevenção ao Covid-19”.

Por outro lado, segundo fontes de ACI Digital, os próprios Bispos do Ceará, ao tomar conhecimento desta restrição imposta pelo governo, entraram em contato com o Comitê de Enfrentamento à Covid-19 no estado para que a mesma fosse revista.

Assim, no Diário Oficial de 18 de fevereiro, foi publicada uma nova versão do decreto, eliminando a determinação de que alimentos religiosos fossem pré-embalados.

A nova redação do texto afirma: “Em caso de partilha de alimentos e bebidas de cunho religioso, estes devem ser fornecidos em porções individuais. O celebrante e os seus auxiliares devem estar com as mãos higienizadas adequadamente, utilizando luvas descartáveis, máscaras e tomando o máximo cuidado para oferecer os alimentos e bebidas sem entrar em contato com os membros”.

Caso semelhante

Um caso semelhante ocorreu em Santa Catarina, quando o governador Carlos Moisés publicou em 20 de abril de 2020 a portaria estadual nº 254, a qual determinava que “nos cultos em que houver a celebração de ceia, com partilha de pão e vinho, ou celebração de comunhão, os elementos somente poderão ser partilhados se estiverem pré-embalados para uso pessoal”.

A medida surpreendeu os católicos e, logo no dia seguinte, a Arquidiocese de Santa Catarina esclareceu em seu site que “para a comunhão eucarística tanto o ministro (sacerdote, diácono ou leigo) quanto os fiéis deverão higienizar as mãos com álcool em gel 70% antes e depois da distribuição”.

Também devido à repercussão negativa da medida, em 24 de abril do mesmo ano, foi publicada no Diário Oficial de Santa Catarina uma portaria alterando esta determinação e estabelecendo apenas que: “Nas missas ou cultos em que houver a celebração da ceia com partilha de pão e vinho, o celebrante deverá colocar máscara e higienizar as mãos com álcool 70% para poder entregar a comunhão ou os elementos aos fiéis. Os fiéis, usando máscaras, os receberão em suas mãos e poderão retirar suas máscaras para consumi-los quando retornarem ao banco ou cadeiras”.

ACI Digital

S. PEDRO DAMIÃO, BISPO DE ÓSTIA E CARDEAL, DOUTOR DA IGREJA, CAMALDOLENSE

S. Pedro Damião, século XV  (© Musei Vaticani)

Uma infância difícil

Pedro nasceu em Ravena, em 1007, e era o último de sete filhos. Sua mãe, preocupada em não poder dar de comer a mais um filho, decidiu não amamentá-lo, condenando-o, assim, à morte. Uma amiga de família, ao ver que a criança sofria de cianose, pegou-a nos braços e lhe passou unguento; após ser repreendida, a mãe cruel percebeu a sua aberração momentânea e voltou a nutrir o filho caçula.

Ao ficar órfão, Pedro foi criado, antes, pela irmã Rodelinda e, depois, por um irmão, que o maltratou e o obrigou a fazer os serviços mais humildes. Por fim, o rapaz foi confiado ao irmão primogênito, Damião, que era arcipreste em uma freguesia de Ravena. O irmão preocupou-se, não só da nutrição, mas também da educação do jovem Pedro, que, por reconhecimento, acrescentou o nome de Damião ao seu.

Escola de generosidade

Seu primeiro biógrafo, São João de Lodi, narrou dois episódios significativos da juventude de Pedro Damião. Certo dia, o rapaz ficou feliz por ter encontrado uma moeda, com a qual podia comprar doces ou brinquedos; porém, de repente, deu-se conta de que qualquer coisa que comprasse, podia causar-lhe uma alegria passageira e momentânea. Por isso, decidiu levar a moeda ao sacerdote, para que rezasse uma Missa pelos seus pais falecidos.

Outra vez, ao almoçar com um pobre cego, pegou para si um pedaço de pão branco, de qualidade melhor, e ofereceu ao hóspede um pedaço de pão escuro. Ao improviso, uma casquinha se encravou na garganta. Arrependido pelo seu egoísmo, ele trocou seu pedaço de pão com o do cego e a casquinha se desencravou. Este episódio levou-o a convencê-lo, definitivamente, a consagrar-se a Deus e a abraçar a vida monacal.

No convento de Fonte Avellana

Atraído pela necessidade de solidão, meditação e oração, em 1035, Pedro Damião retirou-se para o convento camáldulo de Fonte Avellana, nos confins das Marcas e da Úmbria. Em breve, tornou-se diretor espiritual daquele grupo de eremitas. Sua fama difundiu-se tão rapidamente a ponto de ser convidado como docente em outros mosteiros, como o de Santa Maria de Pomposa e São Vicente de Petra Pertusa.

Ao voltar para Fonte Avellana, Pedro Damião foi eleito prior do convento, que reorganizou, e inspirou o surgimento de novas casas nas regiões confinantes. Suas fervorosas atividades chamaram a atenção do Bispo de Ravena, que o convocou e o tirou do silêncio e do recolhimento do mosteiro.

Os males da Igreja

Naquele tempo, a Igreja era atormentada por dois males: a simonia, ou seja, a compra de cargos eclesiásticos; e o nicolismo, ou seja, a inobservância do celibato. Em 1057, o Papa Estêvão IX convocou Pedro Damião, em Roma, para empreender, com ele, uma obra reformadora do clero, nomeando-o Bispo e Cardeal de Óstia. Nos seis anos sucessivos, ele foi enviado em missão a Milão, para aplacar o movimento rebelde da Pataria; a seguir, foi a Cluny, para defender os direitos dos monges da abadia Beneditina contra a prepotência do Arcebispo de Macon.

Pedro Damião esteve ao lado do Papa Gregório VII na luta contra as investiduras: o imperador Henrique IV apoderou-se do direito de nomear Bispos e Abades, sendo excomungado pelo Papa; o resultado mais clamoroso desta obra, alguns anos da morte de Pedro Damião, foi o pedido de perdão, por parte do imperador, que, vestido como penitente, ajoelhou-se aos pés do Papa no castelo de Canossa, em 28 de janeiro de 1077.

Santidade imediata

Após uma missão de paz, em Ravena, sua cidade natal, ao regressar para o mosteiro de Fonte Avellana, - ou, mais provavelmente, ao convento de Gamogna, fundado por ele – Pedro Damião faleceu, durante uma etapa em Faenza, no mosteiro beneditino de Santa Maria Fora da Porta.

Desde o seu funeral, a aclamação popular quis sua santificação imediata. Em 1828, o Papa Leão XII o proclamou Doutor da Igreja.

Vatican News

sábado, 20 de fevereiro de 2021

Papa reconhece virtudes heroicas de 7 Servos de Deus, entre eles, Pe. Albino Alves da Cunha e Silva

O Pontífice autorizou a promulgar os decretos neste
sábado (20)  (Vatican Media)

Francisco autorizou na manhã deste sábado (20) a promulgação de decretos que reconhecem um milagre e as virtudes heroicas de sete Servos de Deus. É o caso do sacerdote diocesano natural de Portugal, Albino Alves da Cunha e Silva, com um percurso pastoral que se estendeu ao Brasil, na cidade de Catanduva, em São Paulo.

Vatican News

O Papa Francisco recebeu em audiência neste sábado (20), o cardeal Marcello Semeraro, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos. Durante o encontro, o Pontífice autorizou a mesma congregação a promulgar o decreto que reconhece as virtudes heroicas do Servo de Deus Albino Alves da Cunha e Silva, sacerdote diocesano. Ele nasceu em 22 de setembro de 1882 em Codeçôso, em Portugal, e faleceu em Catanduva, São Paulo, no Brasil, em 19 de setembro de 1973. O corpo de Padre Albino, embalsamado, chegou a ficar exposto em câmara ardente no átrio da capela de um hospital na cidade que leva o seu nome. O sepultamento foi realiza dois dias depois, quando o corpo foi transportado em um carro do Corpo de Bombeiros para o Cemitério Nossa Senhora do Carmo. Segundo a Fundação Padre Albino, cerca de 30 mil pessoas acompanharam o momento.

A autorização do Papa também se refere à promulgação dos seguintes decretos:

- do milagre, atribuído à intercessão da Venerável Serva de Deus Armida Barelli, da Ordem Terceira Secular de São Francisco, cofundadora do Instituto Secular das Missionárias da Realeza de Nosso Senhor Jesus Cristo; nascida em 1º de dezembro de 1882 em Milão (Itália) e falecida em Marzio (Itália) em 15 de agosto de 1952;

- das virtudes heróicas do Servo de Deus Ignazio di San Paolo (Giorgio Spencer), sacerdote da Congregação da Paixão de Jesus Cristo; nascido em 21 de dezembro de 1799 em Londres (Inglaterra) e falecido em Carstairs (Escócia) em 1º de outubro de 1864;

- das virtudes heróicas da Serva de Deus Maria Felicita Fortunata Baseggio (Anna Clara Giovanna), religiosa da Ordem de Santo Agostinho; nascida em 5 de maio de 1752 em Ferrara (Itália) e falecida em Rovigo (Itália) em 11 de fevereiro de 1829;

- das virtudes heróicas da Serva de Deus Floralba Rondi (Luigia Rosina), religiosa da Congregação das Irmãs das Pobrezinhas - Instituto Palazzolo; nascida em 10 de dezembro de 1924 em Pedrengo (Itália) e falecida em Mosango (República Democrática do Congo) em 25 de abril de 1995;

- das virtudes heróicas da Serva de Deus Clarangela Ghilardi (Alessandra), religiosa da Congregação das Irmãs das Pobrezinhas - Instituto Palazzolo; nascida em 21 de abril de 1931 em Trescore Balneario (Itália) e falecida em Kikwit (República Democrática do Congo) em 6 de maio de 1995;

- das virtudes heróicas da Serva de Deus Dinarosa Belleri (Teresa Santa), religiosa da Congregação das Irmãs das Pobrezinhas - Instituto Palazzolo; nascida em 11 de novembro de 1936 em Cailina di Villa Carcina (Itália) e falecida em Kikwit (República Democrática do Congo) em 14 de maio de 1995;

- das virtudes heróicas da Serva de Deus Elisa Giambelluca, fiel leiga, membro da Instituição Teresiana; nascida em 30 de abril de 1941 em Isnello (Itália) e falecida em Roma (Itália) em 5 de julho de 1986.

Vatican News

Como a nossa união com Deus pode nos salvar das tempestades

Johan van der Hagen | Public Domain | Wikipedia Commons
por Philip Kosloski

Não é fácil, mas, para vencermos as dificuldades da vida, temos que confiar na vontade de Deus acima de todas as coisas.

A nossa união com Deus é um dos tesouros que devemos preservar nesta vida.

De fato, em vários momentos da nossa jornada, podemos passar por uma “tempestade” que tem o poder de perturbar completamente todos os nossos planos. Podemos ter uma ideia muito específica de como as coisas deveriam acontecer, mas quando algo chega a perturbar nossa ideia, isso causa estragos em nossa alma.

A chave para resistir a qualquer tempestade não é confiar em nossa própria vontade, mas confiar na vontade de Deus acima de todas as coisas.

Isso pode ser difícil para nós, pois, às vezes, temos medo de seguir a vontade de Deus ou pensar que nossos planos são melhores do que os dele. No entanto, os santos sempre provam que quanto mais confiamos em Deus e em seu plano, mais capazes seremos de enfrentar qualquer tempestade que a vida nos lance. A nossa união com Deus é poderosa!

O poder da união com Deus

São Cláudio La Colombière oferece uma analogia para explicar essa ideia:

“[Um] apego sincero à Vontade de Deus … é uma âncora que nos mantém imóveis, porque tudo o que acontece está sempre em conformidade com essa Vontade Divina. Imagine um homem sentado em uma rocha no meio do oceano; as ondas surgem ao seu redor, mas ele as olha com compostura. Protegido do perigo, ele se diverte contando as ondas que quebram a seus pés. As tempestades surgem, mas enquanto aqueles frágeis que estão a bordo gritam, sacudidos pelo prazer da tempestade, empalidecem e estremecem, ora enterrados nos abismos, ora suspensos no ar na crista de uma onda, ele não tem motivo para temer. Podemos deixar de invejar a sorte desta pessoa afortunada? É possível que, sendo capazes de nos agarrar à rocha, preferíssemos confiar a uma prancha lançada pela tempestade?”

Portanto, se você quer ter força para resistir a qualquer tempestade, fortaleça sua união à vontade de Deus e isso será uma âncora para você em tempos de provação.

Aleteia

Educação católica na Austrália completa 200 anos

Guadium Press
Um a cada cinco estudantes na Austrália frequenta um colégio católico. A tendência é que grande parte deles siga seus estudos em universidades católicas.

Austrália – Canberra (19/02/2021 10:30, Gaudium Press) Por ocasião dos 200 anos da introdução da educação católica nas escolas australianas, a Conferência Episcopal da Austrália publicou uma carta pastoral ressaltando o importante papel desempenhado pelas escolas católicas na educação e formação dos jovens na Fé e no serviço às suas comunidades.

As escolas católicas no país tiveram um início muito modesto, com um centro de ensino que abrigava apenas 31 alunos. Entretanto, elas se propagaram por toda a Austrália. Hoje, um a cada cinco estudantes frequenta um colégio católico. A tendência é que grande parte deles siga seus estudos em universidades católicas.

Guadium Press

As escolas católicas na Austrália

Atualmente, existem 1.751 escolas católicas na Austrália. Estes centros de ensino possuem 768 mil alunos matriculados e empregam 98 mil pessoas. Cerca de 40% dessas escolas católicas estão localizadas fora das grandes cidades do país, em áreas rurais.

“Temos a sorte de ter escolas católicas na maioria das cidades e subúrbios, e campi universitários na maioria das capitais, que acolhem estudantes de diversas origens e crenças”, afirmou o presidente da Comissão Episcopal para a Educação Católica, Dom Anthony Fisher.

Dom Anthony Fisher | Guadium Press

As escolas católicas são o principal ponto de encontro da Igreja com os jovens

O prelado ressaltou ainda que “junto com as famílias e paróquias, as escolas católicas são o principal ponto de encontro da Igreja com os jovens e parte integrante da missão da Igreja de transmitir a Fé à próxima geração e formar os jovens como futuros contribuintes para a sociedade australiana”.

Esta carta pastoral será enviada para todas as comunidades e escolas católicas do país. O documento original também pode ser baixado diretamente no site da Comissão Nacional de Educação Católica. A celebração pelo bicentenário da educação católica na Austrália ocorrerá ao longo de todo o ano de 2021 através de uma série de eventos. (EPC)

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DOM WALMOR SOBRE A CFE 2021: “DEVEM SER BUSCADOS ENTENDIMENTOS À LUZ DA FÉ, MAS SEM PROMOVER ENTRINCHEIRAMENTOS QUE AFRONTAM A UNIDADE”

Dom Walmor | CNBB

O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Walmor Oliveira de Azevedo, escreveu um artigo com o título “Diálogo, o compromisso”, no qual aborda a Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2021 cujo tema é “Fraternidade e diálogo, compromisso de amor”. Para ele, essa Campanha traz desafios e metas exigentes que “estão no horizonte de todos os cristãos, dando oportunidade de interpelação para o percurso do tempo da Quaresma”.

No artigo, dom Walmor explica que a Igreja Católica no Brasil, há quase 60 anos, desde 1964, promove a Campanha da Fraternidade, projetando luzes sobre a vida em sociedade. Diz ainda que a partir dos anos 2000, algumas edições da Campanha da Fraternidade passaram a ser organizadas de modo ecumênico, reunindo as Igrejas Cristãs representadas no Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic).

A realização das Campanhas da Fraternidade Ecumênicas nasceu de uma decisão soberana da instância maior da CNBB, a sua Assembleia Geral dos Bispos. Um gesto evangélico e fraterno, considerando o desejo de Jesus Mestre, que ora ao Pai pedindo que todos sejam um. O Ecumenismo é uma tarefa missionária, exigente e inegociável, que a Igreja Católica recebeu do Concílio Vaticano II. O compromisso é investir na restauração da unidade entre todos os cristãos, pois o Senhor Jesus fundou apenas uma Igreja.

Segundo dom Walmor, não se pode descurar, em nome de uma fidelidade inconsistente, ou por posturas que revelam rigidez, a realidade da fé cristã. “Somos todos discípulos do mesmo Mestre e Senhor, embora, não raramente, os caminhos diferentes que são tomados levem pessoas a agirem como se o próprio Cristo estivesse dividido”, salienta.

Dom Walmor afirma que justamente por existirem diferentes caminhos e perspectivas a respeito da fé, é preciso investir no diálogo e na aproximação fraterna. “Isto não significa negociar a verdade da própria fé, mas, ao contrário, é abrir-se à superação de divisões que contradizem a vontade de Cristo”.

Em seu artigo, dom Walmor salienta que as divisões entre os cristãos representam um escândalo para o mundo, como afirmava o Concílio Vaticano II. “Prejudica o anúncio do Evangelho a toda criatura, comprometendo a conquista da unidade. Consequentemente, as divisões atrapalham o cultivo dos valores do Reino de Deus na sociedade. A realidade brasileira, que reúne tantos cristãos, mas vergonhosamente é ferida pela desigualdade social – contramão dos valores do Evangelho – comprova os males da divisão entre os que professam a fé em Jesus. Evidencia que é preciso percorrer longo caminho de conversão para edificar a justiça, a paz e a solidariedade”.

Para o bispo, a luz forte e interpelante do tempo quaresmal deve ser projetada sobre um mundo fechado e em sombras, para contribuir com a geração de um “mundo aberto”, conforme pede o Papa Francisco na sua Carta Encíclica Fratelli Tutti.

A construção dessa nova realidade aberta inclui o tratamento do contexto sociopolítico e cultural altamente comprometido, mobilizando diferentes leituras e interpretações, a partir de variados lugares, sem jamais negociar os princípios inegociáveis da doutrina da fé. Esses princípios exigem autenticidade do testemunho evangélico, sem subjetivismos narcisistas, ódios, notícias falsas e ataques na contramão da caridade cristã. Assim, a delicadeza de Deus pela oportunidade da Quaresma é mais do que simplesmente ritos celebrados. Trata-se de oportunidade para renovar o coração a partir do amor de Deus. Para isso, é importante buscar adequada compreensão da realidade, sem misturar conceitos, sem se julgar “dono da verdade”.

Para o presidente da CNBB, devem ser buscados entendimentos à luz da fé, mas sem promover entrincheiramentos que afrontam a unidade. “A unidade é o desejo do Mestre dos discípulos. A luz luzente do tempo quaresmal, para quem escancara as portas de sua interioridade, é o caminho para corrigir os descompassos de escritos, pronunciamentos e posturas que rompem com a unidade”.

O bispo reitera que verdadeiramente vive a Quaresma quem aceita o convite para intensa reflexão e revisão da própria vida. Um exercício, que segundo ele, deve ser vivido na presença de Jesus. “Sublinha amorosamente o Papa Francisco que o Senhor Jesus nos convida a caminhar com Ele pelo deserto rumo à vitória pascal sobre o pecado e a morte, fazendo-se peregrino conosco, especialmente nestes tempos difíceis de pandemia. Cristo é a única fonte da paz, e somente Ele pode fazer e refazer a unidade entre os que estão divididos. Outra direção, a que alimenta divisões, com gestos e palavras, escolhas e atitudes, sinaliza ação diabólica”.

Para além das desafiadoras diferenças, dom Walmor argumentou que é preciso investir no diálogo como compromisso de amor, e sonhar com uma sociedade ao sabor do Evangelho de Jesus, fazendo das diferenças uma riqueza.

“Lembra o Papa Francisco, em mensagem aos irmãos e irmãs brasileiros sobre a Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2021: os fiéis são convidados a escutar o outro e, assim, superar os obstáculos de um mundo que é muitas vezes surdo, com a disposição ao diálogo pelo estabelecimento do paradigma de uma atitude receptiva. Essa atitude, diz o Papa Francisco, é de quem supera o narcisismo e acolhe o outro, sobre os alicerces da cultura do diálogo. Nesta cultura, Jesus se faz presente, conforme ensina o lema da Campanha – “Ele é a nossa paz: do que era dividido fez uma unidade”.

Conforme dom Walmor, eis aí o horizonte da fidelidade, da ortodoxia e da ortopraxia dos cristãos, na promoção do diálogo como compromisso de amor. “Seja aberto o coração ao companheiro de estrada, sem medos e desconfianças, para se encontrar a paz no rosto do único Deus. Todos reconheçam esse motivo de esperança indicado pelo Papa Francisco: a realização, pela quinta vez, da Campanha da Fraternidade pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic), contribuição dos cristãos para que todos possam exercitar a fraternidade e o diálogo, compromisso de amor”, finalizou.

CNBB

Maior retábulo gótico do mundo volta a ser exposto após seis anos de restauração

Guadium Press
Com mais de 500 anos de história, o retábulo representa a Dormição e a Assunção da Bem-Aventurada Virgem Maria. Nele estão esculpidas mais de 200 figuras.

Polônia – Varsóvia (17/02/2021 16:30, Gaudium Press) Após um projeto de restauração que durou seis anos, o maior retábulo gótico do mundo está mais uma vez exposto na Basílica de Santa Maria em Cracóvia, na Polônia.

Guadium Press

Representação da Dormição e Assunção de Nossa Senhora

Criado entre os anos de 1477 e 1489 pelo escultor bávaro Veit Stoss, o retábulo de madeira representa a Dormição e a Assunção da Bem-Aventurada Virgem Maria. Nele estão esculpidas mais de 200 figuras.

“Este altar é obviamente um patrimônio cultural, mas para nós, católicos, acima de tudo, apresenta os momentos mais bonitos da vida de Maria, que conhecemos do Evangelho”, afirmou o pároco da Basílica de Santa Maria, Monsenhor Dariusz Raś.

Guadium Press

Estrutura do maior retábulo gótico do mundo

O retábulo é composto por cinco partes: um painel central com esculturas, um par de asas internas que se abrem e outro par de asas externas fixas. Quando totalmente aberto, tem mais de 12 metros de altura e 35 metros de largura.

A cena central mostra a Dormição e a Assunção de Maria na presença dos 12 Apóstolos. Acima do painel central, há uma representação da coroação de Maria, flanqueada por Santo Estanislau e Santo Adalberto de Praga. Quando o retábulo é fechado, painéis com cenas da vida de Jesus e Maria são visíveis.

Guadium Press

Seis anos de restauração

Entre os anos de 2011 e 2012, após uma avaliação pericial, se constatou que o retábulo estava em estado estável, mas com risco de danos. Em 2013, o Instituto Inter-Academy de Conservação e Restauração de Obras de Arte fez uma varredura a laser 3D detalhada na peça.

Somente no ano de 2015 que se iniciou o delicado projeto de restauração. Ao longo dos trabalhos, se encontrou uma inscrição no grupo principal de figuras que comprova que o retábulo foi concluído no ano de 1486.

Guadium Press

500 anos de existência

Durante seus mais de 500 anos de existência, o retábulo sofreu inúmeras restaurações e também se envolveu em polêmicas. Quando os nazistas ocuparam Cracóvia, por exemplo, ele foi desmontado e enviado para a Alemanha, sendo descoberto em 1946 no porão do Castelo de Nuremberg e devolvido à Polônia após uma grande reforma. (EPC)

https://gaudiumpress.org/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF