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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Cátedra de São Pedro

Cátedra de São Pedro | ArqSP
22 de fevereiro
A Cátedra de São Pedro era comemorada em duas datas, que marcaram as mais importantes etapas da missão deixada ao apóstolo pelo próprio Jesus. A primeira, em 18 de janeiro se comemorava a sua posse em Roma, a segunda, em 22 de fevereiro, marca o aparecimento do Cristianismo na Antioquia, onde Pedro foi o primeiro bispo.

Por se tratar de uma das mais expressivas datas da Igreja o martirológio decidiu unificar os dois dias e festejar apenas o dia 22 de fevereiro, que é a mesma data do livro "Dispositio Martyrum", único motivo da escolha para a celebração.

Cátedra significa símbolo da autoridade e do magistério do bispo. É daí que se origina a palavra catedral, a igreja-mãe da diocese. Estabeleceu-se então, a Cátedra de São Pedro para marcar sua autoridade sobre toda a Igreja, inclusive sobre os outros apóstolos.

Sem dúvida alguma foi o mais importante dos escolhidos por Jesus Cristo. Recebendo a incumbência de se tornar a pedra sobre a qual seria edificada Sua Igreja, Pedro assumiu seu lugar de líder, atendendo a vontade explícita de Jesus, que lhe assinalou a tarefa de "pascere" em grego, isto é guiar o novo povo de Deus, a Igreja.

Veremos de fato que Pedro desempenhando, depois da Ascensão, o papel de guia. Presidiu a eleição de Matias e foi o orador do dia de Pentecostes. Mais tarde enfrentou a perseguição de Herodes Agripa, que pretendia matá-lo para aplicar um duro golpe no cristianismo. Implantou as fortes raízes do catolicismo em Antioquia, e então partiu para Roma, onde reinava o imperador Cláudio.

A Igreja ganhou grande força com a sua determinação. Alguns fatos históricos podem ser comprovados através da epístola de São Paulo aos Romanos, do ano 57. Nela, este apóstolo descreve o crescimento da fé cristã, em todos os territórios dos domínios deste Império, como obra de Pedro.

Mas foi na capital, Roma, que Pedro deu impulso gigantesco à expansão do Evangelho, até o seu martírio e a morte, que aconteceram na cidade-sede de toda a Igreja. Conforme constatação extraída dos registros das tradições narradas na época e aceita por unanimidade pelos estudiosos, inclusive os não cristãos. Posteriormente atestadas, de modo histórico irrefutável, pelas escavações feitas em 1939, por ordem do Papa Pio XII, nas Grutas Vaticanas, embaixo da Basílica de São Pedro, e cujos resultados foram acolhidos favoravelmente também pelos estudiosos não católicos.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br
Arquidiocese de São Paulo

HISTÓRIA DE SANTA MARGARIDA DE CORTONA

Sta. Margarida de Cortona | gloria.tv
22 de fevereiro

Origens 

Margarida perdeu a mãe ainda muito criança. Isso foi determinante em sua vida. Seu pai casou-se novamente. Com isso, Margarida iniciou uma vida de grandes sofrimentos nas mãos de sua madrasta. Abandonada dentro da família, ela cresceu sem limites e desenvolveu várias desordens emocionais e uma abertura perigosa aos luxos e prazeres desregrados.

Amante

Ainda adolescente, Margarida tornou-se amante de um homem nobre e muito rico. Daí em diante, passou a usufruir da fortuna do amante e entregou-se às diversões mundanas. Levava uma vida frívola, vazia e preocupada apenas com prazer e diversão.

Um choque muda sua vida

Um dia, porém, seu amante foi fazer vistorias em alguns terrenos seus e foi assassinado. Margarida só encontrou o corpo dias depois, porque, estranhando a demora do homem,  decidiu seguir a cachorrinha de estimação que o tinha acompanhado na viagem. Quando ela viu o corpo do homem já em putrefação, teve a iluminação do arrependimento. Percebeu, ali, a futilidade da vida que vivia e voltou para a casa de seu pai. Seu objetivo era passar o resto de sua vida em penitência.

Penitência pública e perseguição da madrasta

Com o intuito de mostrar publicamente sua conversão, Margarida foi à missa tendo uma corda amarrada no pescoço. Pediu perdão a todos pelo desrespeito de sua vida passada. Essa atitude, porém, despertou a inveja de sua madrasta. Esta tramou e agiu até conseguir que Margarida fosse expulsa da paróquia. Margarida sofreu bastante por causa disso. Chegou a pensar em voltar à sua vida de riqueza e luxuria. Porém, venceu a tentação e, com firmeza, manteve-se na decisão que tinha tomado.

Franciscana terceira

Margarida procurou os franciscanos de Cortona e conseguiu ser aceita na Ordem Terceira. Porém, para ser aceita definitivamente, teria que enfrentar três anos de provações. Nessa época, ela infligiu a si mesma as penitências mais severas, com o intuito de vencer as tentações. Os superiores franciscanos passaram, então, a orientá-la. Isso a impediu de voltar a cometer excessos em suas penitências.

Mística

Com apenas vinte e três anos Santa Margarida de Cortona, foi agraciada com várias experiências religiosas e místicas, presenciadas e confirmadas por seus diretores espirituais franciscanos. Entre essas experiências, há relatos de visões, revelações, visitas do anjo da guarda e até mesmo aparições de Jesus Cristo. Aliás, com Jesus ela conversava frequentemente nos momentos de orações contemplativas.

Morte

Santa Margarida de Cortona percebeu a aproximação de sua morte e partiu para o Pai serenamente. Era o dia 22 de fevereiro de 1297. A canonização de Santa Margarida de Cortona foi celebrada pelo Papa Bento XIII no ano 1728. Sua veneração litúrgica ficou instituída para o dia de sua morte.

Oração a Santa Margarida de Cortona

“Ó Deus, concedei-nos, pelas preces de Santa Margarida de Cortona, a quem destes perseverar na imitação de Cristo pobre e humilde, seguir a nossa vocação com fidelidade e chegar àquela perfeição que nos propusestes em vosso Filho. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.”

Cruz Terra Santa

domingo, 21 de fevereiro de 2021

O apelo do arcebispo de Aleppo: ajudem-nos a ficar na Síria

Residentes de Aleppo que retornam à casa para conferir
os danos  (AFP or licensors)

Após 10 anos da guerra civil que destruiu a Síria, a ONU publicou um relatório documentando os crimes de guerra perpetrados pelas facções. Na ocasião, o arcebispo greco-melquita de Aleppo, dom Jean-Clément Jeanbart, denunciou, em entrevista, a dramática situação humanitária no país e fez um premente apelo à comunidade internacional.

Marina Tomarro, Manoel Tavares - Cidade do Vaticano

“Antes da guerra, a cidade de Aleppo, na Síria, estava na vanguarda. No norte do país, desenvolveu-se uma grande área industrial, onde as pessoas viviam bem. Com a chegada da guerra, tudo foi destruído e muitas indústrias foram obrigadas a se transferir para a Turquia”. É o que narra Dom Jean-Clément Jeanbart, arcebispo Greco-melquita de Aleppo, sobre a dramática condição em que se encontram os sírios, após dez longos anos de guerra: uma situação que, infelizmente, se agrava, com o passar dos anos, sem poder contar com um mínimo de esperança para seu renascimento. “Em nossa cidade – afirma o Arcebispo – a realidade é desesperadora: casas, escolas, hospitais foram destruídos e as pessoas não têm dinheiro nem para comprar pão”.

Relatório da ONU

No relatório, publicado pela Missão de Inquérito das Nações Unidas para a Síria, - que será apresentado no próximo 11 de março ao Conselho de Direitos Humanos, poucos dias antes do décimo aniversário do conflito, - destaca-se que metade da população foi obrigada a deixar suas casas e seis em cada dez sírios vivem em extrema pobreza. O relatório recorda que o regime de Bashar Al-Assad utilizou a pressuposta luta contra o terrorismo para bombardear, indiscriminadamente, alvos civis, inclusive estruturas médico-hospitalares, escolas e centros comerciais. Tais ataques foram perpetrados também por outros autores, como o autodenominado Estado Islâmico, Milícias curdas, aliança islâmica Hayat Tahrir al Sham. No documento, lê-se ainda que, nos dez anos de guerra, foram detectados pelo menos 38 ataques com armas químicas. Antes do conflito, a Síria contava 22 milhões de habitantes, mas a metade foi obrigada a deixar suas casas: cerca de seis milhões ficou sem teto no país e mais de cinco milhões se refugiaram em outros países, como na Turquia, Jordânia, Líbano, Egito ou Iraque.

A preciosa ajuda da Igreja

“O preço mais alto de todo este sofrimento – disse Dom Jean-Clément Jeanbart – foi pago pelos mais pobres e os viviam na precariedade, que, agora, não têm mais nada”. A contribuição da Igreja foi fundamental para ajudar a população a sobreviver nesta situação dramática: “Nós procuramos ajudá-la, com todos os meios, arcando, de modo parcial, com as despesas das famílias, as mensalidades das crianças nas escolas, os salários dos professores e funcionários. Por outro lado, visto que os jovens casais não queriam ter filhos, por não poder criá-los com dignidade, instituímos um fundo para cada recém-nascido, contribuindo assim para o aumento da natalidade nestes anos”. A ajuda da Conferência Episcopal Italiana também foi preciosa, disse ainda Dom Jeanbart: “Graças à sua contribuição conseguimos reconstruir mais de sessenta casas, para que as famílias permanecessem na cidade ou retomassem suas vidas, porque, infelizmente, os aluguéis são altíssimos e muitos nem têm o que comer”.

País dos primeiros Cristãos

Neste triste cenário humanitário, a ajuda da comunidade internacional é fundamental, mas o objetivo não deve ser o de deixar a Síria, mas ajudá-la a renascer. “Antes da guerra civil - explica o Arcebispo Jeanbart – todos viviam em paz: cristãos, muçulmanos e membros de outras confissões religiosas; todos nós queremos voltar à nossa normalidade e recobrar nossa liberdade religiosa. Neste país, o Cristianismo deu seus primeiros passos, mas esta terra está inundada pelo sangue de tantos mártires, que não renunciaram à sua fé. Por isso, não queremos deixar a Síria: pedimos à Comunidade internacional que nos ajude a ficar aqui e a viver em paz, pois nascemos nesta terra e dela não queremos sair”.

Vatican News

UNIDADE PARA SALVAR A HUMANIDADE

muzmix.com
por Dom Reginaldo Andrietta
Bispo de Jales (SP)

O mundo enfrenta, atualmente, uma de suas piores crises humanitárias. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), se todas as pessoas que necessitam de ajudas humanitárias emergenciais se juntassem em uma nação, essa seria a quinta nação mais populosa do planeta, com cerca de 235 milhões de habitantes. A ONU também destaca, entre as principais causas da extrema pobreza que atinge 736 milhões de pessoas, diversos tipos de conflitos.

Nesses conflitos, em geral, de cunho político, econômico, étnico e religioso, comumente, as elites locais, associadas a interesses de grandes nações e corporações internacionais, buscam apropriar-se dos poderes do Estado, impor-se midiática e militarmente, tirar proveito de recursos públicos e naturais, e beneficiar seus negócios. Embora os setores sociais e econômicos mais frágeis sofram as piores consequências desses conflitos, todos perdem.

Conflitos assim, além de gerarem mortes e miséria, destroem culturas e o potencial de fraternidade entre povos e nações. Conflitos nunca são benéficos. Como solucioná-los senão sanando suas causas, por meio do diálogo civilizado, fundado nos valores de fraternidade, justiça, liberdade, corresponsabilidade? Como, pois, exercer o diálogo no Brasil atual, com esses critérios, neste tempo de grandes tensões que afetam nossa vida cotidiana?

O momento é oportuno. É quaresma, tempo especial para rever nossos relacionamentos e nossa vida social, reconhecer nossos erros e reconciliarmo-nos, inspirados no tema do “diálogo” proposto pela Campanha da Fraternidade Ecumênica deste ano, em seu lema, “Cristo é nossa paz: do que era dividido, fez uma unidade” (Ef 2,14a), e em seu principal objetivo: promover a cultura do diálogo e da unidade, neste país marcado por muitos tipos de conflitos.

Consideremos, por exemplo, que o grande número de mortos pela Covid-19 podia ter sido evitado se, desde o início desta pandemia, cidadãos, instituições e gestores públicos tivessem agido unificadamente, de modo mais corresponsável. Mortes podem ainda ser contidas. No entanto, prevalecem autoritarismos políticos e estímulos a polarizações e divisões na sociedade, que sufocam clamores populares em defesa da saúde pública.

Quais outras situações conflituosas, de grande magnitude, nos afetam? Desigualdades econômicas extremas, racismo e intolerância a modos de vida, a religiões e a visões políticas diferentes. Divididos somos facilmente dominados e explorados. Desunida, nossa nação continua sendo saqueada. Vale, pois, enfatizar a afirmação de Cristo: “Todo reino dividido ficará em ruínas; toda cidade ou casa dividida não se sustentará” (Mt 12,25).

Como acabar com o que nos divide e construir uma convivência social pacífica e justa? O que a Igreja nos propõe, por meio da Campanha da Fraternidade deste ano, é simples e fundamental: derrubar os muros da inimizade, por meio de nossa comunhão em Cristo, fonte de paz. Na perspectiva bíblica, a paz é fruto da justiça (cf. Is 32,17), construída pelo diálogo amoroso que une corações e unifica ações em prol de um projeto comum de sociedade.

Rejeitemos, portanto, tudo o que divide o próprio Corpo de Cristo, a Igreja. Testemunhemos o amor fraterno de forma inquestionável, pois assim seremos reconhecidos como discípulos de Jesus (cf. Jo 13,35). Sejamos solidários, especialmente com os que necessitam de ajuda emergencial para sobreviver. Unamo-nos contra todo tipo de dominação e violência. Almejemos, enfim, ser “perfeitos na unidade” (Jo 17,23) para salvar a humanidade.

CNBB

As palavras-chave do pontificado de Francisco

© Antoine Mekary / ALETEIA

Livro traz análise do chamado "dicionário Bergoglio".

Francesc Torralba, professor de filosofia e antropologia da Universidade Ramòn Llull de Barcelona e consultor do Pontifício Conselho para a Cultura, está lançando o livro “Dicionário Bergoglio: as palavras-chave de um Pontificado”.

Na obra, Torralba explora as expressões cunhadas por Francisco, que se tornaram centros do seu magistério. Para o autor, as palavras-chave do pontificado de Francisco são, de fato, sínteses de conceitos elevados e facilmente acessíveis a todos.

Para provar isso, o professor analisou trechos de entrevistas, discursos, encíclicas, homilias e documentos oficiais assinados por Francisco.

Em entrevista ao Vatican News, Francesc Torralba falou mais sobre o livro. Ele destacou que Francisco utiliza-se de uma originalidade para transmitir sua mensagem:

“Parece-me que esta é a chave para a compreensão, mesmo por parte daqueles que não são parte ativa da Igreja, porque veem no Papa Francisco uma mensagem de esperança positiva. Uma mensagem que pode ser entendida porque é uma linguagem não muito intra-eclesial, mas mais extra-eclesial, para os que estão longe e isso me parece muito interessante. “

Palavras-chave e neologismos

Torralba explica também a tendência de Francisco em criar neologismos, ou seja, utilizar palavras que não existem para gerar voluntariamente algum significado:

“No ‘Dicionário Bergoglio’ existem dois verbetes que também estão em espanhol, por exemplo ‘balconear’, a atitude de ficar na janela e observar o outro, mas sem fazer nada. É a atitude passiva de ver as tragédias do mundo e permanecer tranquilo. Depois vem o ‘primeirear’ que significa ser o primeiro a fazer alguma coisa, não ser passivo, não ser uma pessoa que espera, ter força e vontade de fazer alguma coisa. Parece-me interessante.”

A palavra preferida

Na entrevista, o autor relembra uma expressão dita repetidas vezes por Francisco e que representa bem o seu pontificado:

“Eu gosto da expressão ‘sair de si mesmo’, que, na língua materna do Papa, é ‘salir de uno mismo’. É uma Igreja em saída, um fiel em saída, porque para mim é a expressão da essência da vida do cristão que é sair para encontrar o outro e especialmente o outro vulnerável e frágil. É sair para comunicar o que se acredita e cuidar do outro, contra a tendência de parar, de ficar confortavelmente em casa, no seu próprio mundo.”

O professor Torralba ainda explica que toda a linguagem, expressões e palavras-chave utilizadas por Francisco têm um único objetivo: transmitir a mensagem de esperança.

Para ler a entrevista completa, clique aqui.

Aleteia

Na Índia, crianças cristãs são forçadas a adorar ‘deusa’ Saraswati

Guadium Press
Uma terrível lei anti-conversão foi recentemente aprovada no estado de Madhya Pradesh.

Redação (19/02/2021 20:45Gaudium Press) A Índia não se distingue pelo respeito à liberdade de crença dos cristãos.

Mas o que ocorreu agora lembra a situação dos fiéis de Cristo sob um império romano pagão.

A administração dos territórios da União Indiana de Dadra e Nagar Haveli, e de Damán e Diu emitiu uma diretiva em 11 de fevereiro passado, obrigando todas as escolas, públicas e privadas, a organizar o programa do festival hindu Vasant Panchami, preparação para a primavera, no qual se adora a deusa Saraswati, recita-se a oração hindu e faz-se um ritual específico.

A diretiva da administração desses territórios especificava que a “deusa” simboliza “o conhecimento, a sabedoria, a pureza e a verdade”.

De pouco serviram os apelos de diversas instituições, baseados na violação dos direitos de liberdade religiosa e liberdade de ensino.

Seria bom lembrar que a ONG United Christian Forum já havia advertido que as administrações desses territórios em 2019, já queriam cancelar a Sexta-Feira Santa, que era a única festa assim como a do Natal considerada oficial.

Leis anti-conversão

Na Índia, muitos temem a conversão de seus nacionais, especialmente ao cristianismo.

Nos estados sob o governo do partido nacionalista Bjp de Naredra Modi, “se uma escola de uma minoria religiosa oferece instrução ou trabalho gratuito a uma pessoa necessitada, seus responsáveis podem ser acusados de tentativa de conversão”, o que poderia ocasionar graves sanções a eles, declara Pe. Maria Stephan, porta-voz da Igreja no estado de Madhya Pradesh, onde a lei anti-conversão mais radical da Índia foi aprovada em janeiro passado. Com efeito, esta lei prevê  prisão de até 10 anos para quem converter uma ou mais pessoas com força ou engano.

Com informações Tempi

https://gaudiumpress.org/

I Domingo da Quaresma B

Quaresma | Vatican News

Quando vivenciamos nosso dilúvio, através da imersão nas águas batismais, morremos para o pecado e recebemos a vida nova de filhos de Deus. O sinal eloquente de que Deus nos deu foi a morte de seu filho na cruz e nossa adoção como filhos.

Padre Cesar Augusto dos Santos, SJ - Vatican News

É possível em um ambiente corrompido, caótico, em ruína moral e física, haver restauração, desde que em seu meio exista alguém que opte pela vida e, permanentemente, rechace a morte. Isso é o que nos diz a primeira leitura deste domingo, ao nos contar a história de Noé e do dilúvio.

Deus, após o aparente triunfo do mal, com o surgimento do dilúvio, faz uma aliança com toda a criação, através da promessa dita a Noé, um homem de bem e temente a Deus. O Senhor se compromete a jamais permitir a destruição de suas criaturas e, como memória, coloca no firmamento, um sinal eloquente, o arco-íris.

No Evangelho, Jesus vive sua quaresma, isto é, seu tempo de preparação mais próxima para vencer definitivamente o adversário. São quarenta dias que nos lembram os quarenta dias do dilúvio, os 40 dias que Moisés permaneceu no monte Nebo para receber os Dez Mandamentos, os 40 dias em que Elias permaneceu escondido na montanha. São quarenta, mas não exatamente 39 mais 01 e sim um tempo bíblico de reflexão e preparação.

Jesus foi conduzido pelo Espírito para esse tempo de luta. Ele havia recebido a força de Deus e estava preparado para o confronto com o adversário. Ele anuncia que o tempo já se cumpriu e que o Reino de Deus está próximo. E diz: “Convertam-se e creiam na Boa Nova”. Na verdade, essa quaresma de Jesus, esse seu tempo de luta, vai durar toda sua vida.

Na segunda leitura, Paulo faz uma comparação entre a arca construída por Noé e o batismo adquirido pelo sangue do Senhor. Arca salvou as pessoas da destruição, o batismo, mais que nos salvar, nos torna pessoas novas, nos confere nova identidade, a de filhos de Deus.

Queridos irmãos ouvintes, quando vivenciamos nosso dilúvio, através da imersão nas águas batismais, morremos para o pecado e recebemos a vida nova de filhos de Deus.

O sinal eloqüente que Deus nos deu foi a morte de seu filho na cruz e nossa adoção como filhos.

A redenção da criação se deu quando, através desse fato, tudo deixou de ser profano e passou a ser sagrado, porque o Senhor da Vida, o Kyrios, assumiu nossa carne mortal e a eternizou. A matéria foi divinizada.

Pratiquemos o bem, deixemos que o sangue do Senhor vá inundando todo o nosso ser e destruindo aquilo que manifesta nossa caducidade. Que nossa vida, todo o nosso ser, seja plenificado pelo Espírito que preparou Jesus para a luta.

Vatican News

Governo do Ceará volta atrás e altera decreto que determinava entrega de hóstias embaladas

Imagem referencial. Crédito: Daniel Ibáñez

FORTALEZA, 19 fev. 21 / 11:40 am (ACI).- O governo do Ceará voltou atrás em um decreto no qual havia estabelecido que “alimentos e bebidas de cunho religioso” deveriam ser fornecidos “pré-embalados”, o que afetava diretamente a distribuição da Santa Eucaristia nas Missas.

A mudança de posição do governo cearense se deu logo após a repercussão negativa desta medida, que havia sido publicada no decreto nº 33.936, de 17 de fevereiro.

Este decreto do governador Camilo Santana traz novas orientações para prevenir o contágio por coronavírus, inclusive em relação às igrejas. Afirmava um de seus trechos:

“Em caso de partilha de alimentos e bebidas de cunho religioso, estes devem ser fornecidos pré-embalados e em porções individuais. O celebrante e os seus auxiliares devem estar com as mãos higienizadas adequadamente, utilizando luvas descartáveis, máscaras e tomando o máximo cuidado para oferecer os alimentos e bebidas sem entrar em contato com os membros”.

O mesmo decreto estabelece ainda outras medidas como limitação da quantidade de pessoas dentro dos templos, número de músicos que pode haver por celebração, bem com forma de realizar as coletas.

Tal medida do governo não foi bem vista pelos católicos, para os quais, conforme assinalou o blog ‘Ancoradouro’, “a Hóstia Consagrada e o Vinho Consagrado são, realmente, Corpo e Sangue de Cristo”.  Além disso, as Dioceses e Arquidioceses estão entre as “instituições que mais tem colaborado na prevenção ao Covid-19”.

Por outro lado, segundo fontes de ACI Digital, os próprios Bispos do Ceará, ao tomar conhecimento desta restrição imposta pelo governo, entraram em contato com o Comitê de Enfrentamento à Covid-19 no estado para que a mesma fosse revista.

Assim, no Diário Oficial de 18 de fevereiro, foi publicada uma nova versão do decreto, eliminando a determinação de que alimentos religiosos fossem pré-embalados.

A nova redação do texto afirma: “Em caso de partilha de alimentos e bebidas de cunho religioso, estes devem ser fornecidos em porções individuais. O celebrante e os seus auxiliares devem estar com as mãos higienizadas adequadamente, utilizando luvas descartáveis, máscaras e tomando o máximo cuidado para oferecer os alimentos e bebidas sem entrar em contato com os membros”.

Caso semelhante

Um caso semelhante ocorreu em Santa Catarina, quando o governador Carlos Moisés publicou em 20 de abril de 2020 a portaria estadual nº 254, a qual determinava que “nos cultos em que houver a celebração de ceia, com partilha de pão e vinho, ou celebração de comunhão, os elementos somente poderão ser partilhados se estiverem pré-embalados para uso pessoal”.

A medida surpreendeu os católicos e, logo no dia seguinte, a Arquidiocese de Santa Catarina esclareceu em seu site que “para a comunhão eucarística tanto o ministro (sacerdote, diácono ou leigo) quanto os fiéis deverão higienizar as mãos com álcool em gel 70% antes e depois da distribuição”.

Também devido à repercussão negativa da medida, em 24 de abril do mesmo ano, foi publicada no Diário Oficial de Santa Catarina uma portaria alterando esta determinação e estabelecendo apenas que: “Nas missas ou cultos em que houver a celebração da ceia com partilha de pão e vinho, o celebrante deverá colocar máscara e higienizar as mãos com álcool 70% para poder entregar a comunhão ou os elementos aos fiéis. Os fiéis, usando máscaras, os receberão em suas mãos e poderão retirar suas máscaras para consumi-los quando retornarem ao banco ou cadeiras”.

ACI Digital

S. PEDRO DAMIÃO, BISPO DE ÓSTIA E CARDEAL, DOUTOR DA IGREJA, CAMALDOLENSE

S. Pedro Damião, século XV  (© Musei Vaticani)

Uma infância difícil

Pedro nasceu em Ravena, em 1007, e era o último de sete filhos. Sua mãe, preocupada em não poder dar de comer a mais um filho, decidiu não amamentá-lo, condenando-o, assim, à morte. Uma amiga de família, ao ver que a criança sofria de cianose, pegou-a nos braços e lhe passou unguento; após ser repreendida, a mãe cruel percebeu a sua aberração momentânea e voltou a nutrir o filho caçula.

Ao ficar órfão, Pedro foi criado, antes, pela irmã Rodelinda e, depois, por um irmão, que o maltratou e o obrigou a fazer os serviços mais humildes. Por fim, o rapaz foi confiado ao irmão primogênito, Damião, que era arcipreste em uma freguesia de Ravena. O irmão preocupou-se, não só da nutrição, mas também da educação do jovem Pedro, que, por reconhecimento, acrescentou o nome de Damião ao seu.

Escola de generosidade

Seu primeiro biógrafo, São João de Lodi, narrou dois episódios significativos da juventude de Pedro Damião. Certo dia, o rapaz ficou feliz por ter encontrado uma moeda, com a qual podia comprar doces ou brinquedos; porém, de repente, deu-se conta de que qualquer coisa que comprasse, podia causar-lhe uma alegria passageira e momentânea. Por isso, decidiu levar a moeda ao sacerdote, para que rezasse uma Missa pelos seus pais falecidos.

Outra vez, ao almoçar com um pobre cego, pegou para si um pedaço de pão branco, de qualidade melhor, e ofereceu ao hóspede um pedaço de pão escuro. Ao improviso, uma casquinha se encravou na garganta. Arrependido pelo seu egoísmo, ele trocou seu pedaço de pão com o do cego e a casquinha se desencravou. Este episódio levou-o a convencê-lo, definitivamente, a consagrar-se a Deus e a abraçar a vida monacal.

No convento de Fonte Avellana

Atraído pela necessidade de solidão, meditação e oração, em 1035, Pedro Damião retirou-se para o convento camáldulo de Fonte Avellana, nos confins das Marcas e da Úmbria. Em breve, tornou-se diretor espiritual daquele grupo de eremitas. Sua fama difundiu-se tão rapidamente a ponto de ser convidado como docente em outros mosteiros, como o de Santa Maria de Pomposa e São Vicente de Petra Pertusa.

Ao voltar para Fonte Avellana, Pedro Damião foi eleito prior do convento, que reorganizou, e inspirou o surgimento de novas casas nas regiões confinantes. Suas fervorosas atividades chamaram a atenção do Bispo de Ravena, que o convocou e o tirou do silêncio e do recolhimento do mosteiro.

Os males da Igreja

Naquele tempo, a Igreja era atormentada por dois males: a simonia, ou seja, a compra de cargos eclesiásticos; e o nicolismo, ou seja, a inobservância do celibato. Em 1057, o Papa Estêvão IX convocou Pedro Damião, em Roma, para empreender, com ele, uma obra reformadora do clero, nomeando-o Bispo e Cardeal de Óstia. Nos seis anos sucessivos, ele foi enviado em missão a Milão, para aplacar o movimento rebelde da Pataria; a seguir, foi a Cluny, para defender os direitos dos monges da abadia Beneditina contra a prepotência do Arcebispo de Macon.

Pedro Damião esteve ao lado do Papa Gregório VII na luta contra as investiduras: o imperador Henrique IV apoderou-se do direito de nomear Bispos e Abades, sendo excomungado pelo Papa; o resultado mais clamoroso desta obra, alguns anos da morte de Pedro Damião, foi o pedido de perdão, por parte do imperador, que, vestido como penitente, ajoelhou-se aos pés do Papa no castelo de Canossa, em 28 de janeiro de 1077.

Santidade imediata

Após uma missão de paz, em Ravena, sua cidade natal, ao regressar para o mosteiro de Fonte Avellana, - ou, mais provavelmente, ao convento de Gamogna, fundado por ele – Pedro Damião faleceu, durante uma etapa em Faenza, no mosteiro beneditino de Santa Maria Fora da Porta.

Desde o seu funeral, a aclamação popular quis sua santificação imediata. Em 1828, o Papa Leão XII o proclamou Doutor da Igreja.

Vatican News

sábado, 20 de fevereiro de 2021

Papa reconhece virtudes heroicas de 7 Servos de Deus, entre eles, Pe. Albino Alves da Cunha e Silva

O Pontífice autorizou a promulgar os decretos neste
sábado (20)  (Vatican Media)

Francisco autorizou na manhã deste sábado (20) a promulgação de decretos que reconhecem um milagre e as virtudes heroicas de sete Servos de Deus. É o caso do sacerdote diocesano natural de Portugal, Albino Alves da Cunha e Silva, com um percurso pastoral que se estendeu ao Brasil, na cidade de Catanduva, em São Paulo.

Vatican News

O Papa Francisco recebeu em audiência neste sábado (20), o cardeal Marcello Semeraro, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos. Durante o encontro, o Pontífice autorizou a mesma congregação a promulgar o decreto que reconhece as virtudes heroicas do Servo de Deus Albino Alves da Cunha e Silva, sacerdote diocesano. Ele nasceu em 22 de setembro de 1882 em Codeçôso, em Portugal, e faleceu em Catanduva, São Paulo, no Brasil, em 19 de setembro de 1973. O corpo de Padre Albino, embalsamado, chegou a ficar exposto em câmara ardente no átrio da capela de um hospital na cidade que leva o seu nome. O sepultamento foi realiza dois dias depois, quando o corpo foi transportado em um carro do Corpo de Bombeiros para o Cemitério Nossa Senhora do Carmo. Segundo a Fundação Padre Albino, cerca de 30 mil pessoas acompanharam o momento.

A autorização do Papa também se refere à promulgação dos seguintes decretos:

- do milagre, atribuído à intercessão da Venerável Serva de Deus Armida Barelli, da Ordem Terceira Secular de São Francisco, cofundadora do Instituto Secular das Missionárias da Realeza de Nosso Senhor Jesus Cristo; nascida em 1º de dezembro de 1882 em Milão (Itália) e falecida em Marzio (Itália) em 15 de agosto de 1952;

- das virtudes heróicas do Servo de Deus Ignazio di San Paolo (Giorgio Spencer), sacerdote da Congregação da Paixão de Jesus Cristo; nascido em 21 de dezembro de 1799 em Londres (Inglaterra) e falecido em Carstairs (Escócia) em 1º de outubro de 1864;

- das virtudes heróicas da Serva de Deus Maria Felicita Fortunata Baseggio (Anna Clara Giovanna), religiosa da Ordem de Santo Agostinho; nascida em 5 de maio de 1752 em Ferrara (Itália) e falecida em Rovigo (Itália) em 11 de fevereiro de 1829;

- das virtudes heróicas da Serva de Deus Floralba Rondi (Luigia Rosina), religiosa da Congregação das Irmãs das Pobrezinhas - Instituto Palazzolo; nascida em 10 de dezembro de 1924 em Pedrengo (Itália) e falecida em Mosango (República Democrática do Congo) em 25 de abril de 1995;

- das virtudes heróicas da Serva de Deus Clarangela Ghilardi (Alessandra), religiosa da Congregação das Irmãs das Pobrezinhas - Instituto Palazzolo; nascida em 21 de abril de 1931 em Trescore Balneario (Itália) e falecida em Kikwit (República Democrática do Congo) em 6 de maio de 1995;

- das virtudes heróicas da Serva de Deus Dinarosa Belleri (Teresa Santa), religiosa da Congregação das Irmãs das Pobrezinhas - Instituto Palazzolo; nascida em 11 de novembro de 1936 em Cailina di Villa Carcina (Itália) e falecida em Kikwit (República Democrática do Congo) em 14 de maio de 1995;

- das virtudes heróicas da Serva de Deus Elisa Giambelluca, fiel leiga, membro da Instituição Teresiana; nascida em 30 de abril de 1941 em Isnello (Itália) e falecida em Roma (Itália) em 5 de julho de 1986.

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF