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domingo, 14 de março de 2021

PAIS DA IGREJA: São Gregório Palamas (Parte 2/3)

São Gregório Palamas | ECCLESIA
Arcipreste George Florovsky

«São Gregório Palamas
e a Tradição dos Padres»

Tradução: Rev. Pedro Oliveira Junior

4. O significado da «Época» dos Padres

Agora nós atingimos o ponto crucial. O nome "Igreja dos Padres" é normalmente restrito aos professores ou doutores da Igreja Antiga. E atualmente é assumido que a autoridade deles depende de sua "antigüidade," de sua proximidade relativa da "Igreja Primitiva" , da "Época" inicial da Igreja. Já São Jerônimo teve que contestar esta idéia. De fato, não houve decréscimo de "autoridade" nem nenhum decréscimo de competência e conhecimento espiritual, no curso da história Cristã. Na verdade, porém, esta idéia de "decréscimo" afetou fortemente o pensamento teológico moderno, porque é, com freqüência, assumida a Igreja Primitiva como mais próxima da fonte da verdade. Como admissão da nossa própria falha e inadequação, como um ato de humilde auto-crítica, tal assunção é saudável e útil. Mas é perigoso fazer disto um ponto de partida ou mesmo a origem da nossa "teologia da história da Igreja," ou mesmo da nossa teologia da Igreja, porque a Época dos Apóstolos deve reter esta posição única. No entanto, ela foi simplesmente um começo. É largamente assumido que a "Época dos Padres" também terminou, e de acordo com esta idéia ela é encarada como simplesmente uma formação antiga, "antiquada" em certo sentido, e "arcaica." O limite da Época Patrística é definido variadamente. É normal se olhar para São João Damasceno como o "último Padre" no Oriente, e São Gregório Dialoguista ou São Isidoro de Sevilha como os "últimos" no Ocidente. Esta periodização tem sido contestada corretamente nos últimos tempos. Não deveria, por exemplo, ao menos São Teodoro o Estudita, ser incluído entre os "Padres"? Mabillon sugeriu que Bernardo de Claraval, o Doutor melífluo, foi o "último" dos Padres, e seguramente não desigual aos anteriores. [4] Na verdade, é mais do que uma questão de periodização. Do ponto de vista Ocidental "a Época dos Padres" foi sucedida, e mesmo trocada pela "época dos Eruditos"que foi um passo adiante essencial. Desde o surgimento do Escolasticismo a "teologia Patrística" ficou antiquada, se tornou realmente "época passada," uma espécie de prelúdio arcaico. Este ponto de vista, legitimado pelo Ocidente, tem sido, mui infelizmente, aceito também por muitos no Oriente, cegamente e sem crítica. Coerentemente, tem-se que enfrentar uma de duas alternativas. Ou se lamenta o "atraso" do Oriente que nunca desenvolveu um Escolasticismo próprio. Ou se retirar para a "Época Antiga," de maneira mais ou menos arqueológica, e praticar o que tem sido descrito astutamente como a "teologia da repetição." Esta última posição é, na verdade, simplesmente, uma forma peculiar de "escolasticismo" imitativo.

Hoje em dia, não é raro que seja sugerido que, provavelmente, "a Época dos Padres" tenha terminado muito antes de São João Damasceno. Muito freqüentemente, não se vai além da Época de Justiniano, ou então do Conselho de Calcedônia. Não foi Leôncio de Bizâncio, já o "primeiro dos Escolásticos" ? Psicologicamente, esta atitude é bastante compreensível, apesar de não poder ser justificada teologicamente. De fato, os Padres do Quarto Século são muito mais impressionantes, e sua grandeza única não pode ser negada. No entanto, a Igreja permaneceu completamente viva também depois de Nicéia e Calcedônia. A atual super ênfase nos "primeiros cinco séculos," distorce perigosamente a visão teológica, e impede o correto entendimento do próprio dogma de Calcedônia. O decreto do Sexto Concilio Ecumênico é freqüentemente visto como um "apêndice" de Calcedônia, interessando só aos especialistas teológicos, e a grande figura de São Máximo o Confessor é quase que completamente ignorada. Coerentemente, o significado teológico do Sétimo Concílio Ecumênico é perigosamente obscurecido. E se fica pensando, porque a Festa da Ortodoxia deveria se relacionar com a comemoração da vitória da Igreja sobre os Iconoclastas. Não foi ela uma controvérsia simplesmente "ritualística" ? Nós freqüentemente esquecemos que a famosa fórmula do Consensus Quinquaesecularis [acordo dos cinco séculos], o que significa até Calcedônia, foi uma fórmula Protestante, e reflete uma peculiar "teologia da história" Protestante. Foi uma fórmula restritiva, apesar dela ter parecido bastante inclusiva para aqueles que queriam se afastar da Época Apostólica. A questão é, no entanto, que a atual fórmula Oriental dos "Sete Concílios Ecumênicos," não é muito melhor, se ela tender, como quase sempre o faz, a restringir ou limitar a autoridade espiritual da Igreja aos oito primeiros séculos, como se a "Idade Dourada" do Cristianismo tivesse passado, e nós estivéssemos agora, já, provavelmente, na Idade de Ferro, muito mais baixos na escala do vigor e autoridade espirituais. Nosso pensamento teológico foi perigosamente afetado pelo padrão de decaimento, adotado pela interpretação da história Cristã no Ocidente desde a Reforma. A plenitude da Igreja foi então interpretada de maneira estática, e a atitude para com a Antiguidade tem sido, correspondentemente, distorcida e mal construída. Finalmente, não faz diferença se nós restringimos a autoridade normativa da Igreja a um, cinco ou oito séculos. Não deveria haver nenhuma restrição. Conseqüentemente, não há espaço para qualquer "teologia de repetição." A Igreja ainda é completamente autoritativa como ela foi nos tempos passados, já que o Espírito de Verdade a vivifica agora não menos efetivamente do que no passado.

5. O legado da teologia bizantina

Um dos resultados da nossa descuidada periodização é que nós simplesmente ignoramos o legado da teologia Bizantina. Estamos preparados, agora mais do que há algumas décadas atrás, a admitir a autoridade perene "dos Padres," especialmente a partir do renascimento dos estudos Patrísticos no Ocidente. Mas ainda tendemos a limitar o escopo da admissão, e obviamente "teólogos Bizantinos" não são prontamente contados entre os "Padres." Estamos inclinados a discriminar bastante rigidamente entre "Patrística" — em um sentido mais ou menos estreito — e "Bizantinismo." Ainda estamos inclinados a olhar o Bizantinismo como uma conseqüência inferior da Época Patristica. Ainda temos dúvidas sobre a relevância normativa para o pensamento teológico. Porém, a teologia Bizantina foi muito mais do que uma simples "repetição" da teologia Patristica, e nem o que foi novo nela foi de qualidade inferior em comparação com a "Antiguidade Cristã." Na verdade, a teologia Bizantina foi uma continuação orgânica da Época Patrística. Houve qualquer interrupção? O ethos da Igreja Ortodoxa Oriental foi alguma vez mudado, em algum ponto histórico ou data, que, no entanto, nunca foi unanimemente identificado, de modo que os últimos desenvolvimentos fossem de menor autoridade e importância, que qualquer outro? Esta admissão parece estar silenciosamente implicada nos compromissos restritivos dos Sete Concílios Ecumênicos. Então São Simeão o Novo Teólogo e São Gregório Palamas são simplesmente deixados de fora, e os grandes Concílios Hesicastas do século quatorze são ignorados e esquecidos. Qual é a posição e autoridade deles na Igreja?

Porém, de fato, São Simeão e São Gregório são ainda mestres e inspiradores autoritativos de todos aqueles que, na Igreja Ortodoxa, estão lutando pela perfeição, e estão vivendo a vida de oração e contemplação, seja nas comunidades monásticas sobreviventes, ou na solidão dos desertos, ou até mesmo no mundo. Estas pessoas fiéis não estão cientes de nenhuma alegada "quebra" entre "Patristica" e "Bizantinismo." A Philokalia, esta grande enciclopédia da piedade Oriental, que inclui escritos de muitos séculos, está, em nossos dias, crescentemente se tornando o manual de guia e instrução para todos aqueles que estão desejosos de praticar a Ortodoxia em nossa situação contemporânea. A autoridade do compilador da Philokalia São Nicodemos da Santa Montanha, foi recentemente reconhecido e melhorado por sua formal canonização na Igreja. Neste sentido, somos levados a dizer, "a Época dos Padres" ainda continua na "Igreja Venerante." Não deveria continuar também na nossa busca e estudo teológicos, pesquisas e instrução? Não deveríamos recuperar a "mente dos Padres" também em nosso pensamento e ensinamento teológico? Recuperá-la, de fato, não como uma maneira ou pose arcaica, e não simplesmente como uma venerável relíquia, mas como uma atitude existencial, como uma orientação espiritual. Somente desta maneira pode a nossa teologia se reintegrar na plenitude de nossa existência Cristã. Na é suficiente manter uma "Liturgia Bizantina," como fazemos, restaurar a iconografia Bizantina e a música Bizantina, como ainda estamos relutando em fazer consistentemente, e praticar certas maneiras Bizantinas de devoção. Tem-se que ir para as próprias raízes desta tradicional "piedade," e recuperara a "mente Patristica." De outra forma poderemos estar em perigo de ficarmos divididos internamente — como muitos em nosso meio estão na verdade — entre as formas "tradicionais" de "piedade" e um hábito muito não-tradicional de pensamento. É um perigo real. Como "reverenciadores" nós estamos ainda na "tradição dos Padres." Não deveríamos estar, consciente e declaradamente, na mesma tradição também como "teólogos," como testemunhas e professores de Ortodoxia? Poderemos manter nossa integridade de alguma outra forma?

NOTAS

4. Mabillon, Bernardi Opera, Praefatio generalis, n. 23 (Migne, P. L., CLXXXII, c. 26).


FONTE:

Folheto Missionário da Holy Trinity Orthodox Mission
466 Foothill Blvd, Box 397, La Canada, Ca 91011
Redator: Bispo Alexandre Mileant


ECCLESIA

Um em cada três católicos alemães pensa em deixar a Igreja

Guadium Press
Paradoxalmente, a Igreja está recebendo mais dinheiro do que nunca na Alemanha.

Redação (13/03/2021 11:32Gaudium Press) No momento em que o Caminho Sinodal da Igreja Alemã aborda questões que preocupam o mundo católico, como o sacerdócio feminino, a abolição do celibato obrigatório, entre outros, as pesquisas não mostram perspectivas favoráveis ao futuro daquela Igreja.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto INSA Consulere, 33% dos que afirmam ser católicos estão considerando deixar a Igreja, devido a abordagem que se está dando à questão dos abusos dos clérigos.

O fenômeno também afeta os cultos protestantes, nos quais 1 em cada 4 membros diz que também está pensando em abandonar sua igreja.

Em 2019, 272.771 católicos alemães abandonaram formalmente a Igreja, algo que nunca havia ocorrido nessa proporção. Os dados de 2020 ainda não estão disponíveis.

De acordo com um estudo realizado pela diocese de Osnabruck, enquanto os idosos alegam a má condução da Igreja na questão do abuso sexual por clérigos, os jovens que abandonam a Igreja o fazem para não ter que pagar o imposto eclesiástico obrigatório, específico da Alemanha.

Os fiéis saem, mas as entradas aumentam.

Paradoxalmente, durante 2019, a Igreja na Alemanha recebeu mais dinheiro de impostos do que nunca, atingindo a soma de 6,76 bilhões de euros, 100 milhões a mais do que no ano anterior. Esse aumento é explicado pelo crescimento da economia.

Com informações CNA

https://gaudiumpress.org/

A santa que nos mostra o que fazer quando a vida não vai como planejamos

Public Domain
por Cecília Pigg

Essa mulher poderosa do século 14 nos inspira a fazer a vontade de Deus.

Você se sente preso(a) em uma vida que não pediu?

Talvez você se sinta chamado(a) para o casamento, mas a pessoa certa ainda não apareceu. Ou talvez você sinta que se casou com muita pressa e deveria ter esperado ou explorado outras vocações. Ao sentimento de estar preso, acrescente o fato de que você vive em uma cultura que o pressiona a seguir seus sonhos. E para intensificar a situação, imagine que você sente fortemente que Deus está te chamando para fazer algo que você parece não conseguir realizar.

A santa cuja festa celebramos em 9 de março, Santa Francisca Romana, compreende perfeitamente esta frustração particular. Ela não levou a vida que esperava. Deus a estava chamando para ser freira – ela tinha certeza disso. E era isso que ela também queria. Mas seu pai insistiu que ela se casasse, e ela não conseguiu convencê-lo do contrário. Francisca acabou cedendo e, a contragosto, casou-se com um homem que seu pai escolheu, um homem chamado Lorenzo.

O casamento infeliz

Ela passou seus primeiros dias e meses de casamento infeliz e perturbada. Aquilo não era o que ela queria para sua vida. Receber convidados, administrar uma casa e se dar bem com seus sogros eram coisas pesadas ​​e difíceis para ela. Na verdade, sua insatisfação e estresse fizeram com que ela adoecesse fisicamente. Mas foi depois de se recuperar dessa doença que ela teve um grande ponto de inflexão.

Em um momento de graça, ela percebeu que para fazer a vontade de Deus, ela tinha que viver seu casamento com Lorenzo ao máximo. E isso mudou tudo para ela. Ela deu passos concretos para abraçar sua vida completamente, mesmo quando não estava fazendo o que se sentia chamada. Aqui estão algumas dessas etapas.

Amizade

Uma das mulheres em seu círculo queria crescer em santidade tanto quanto ela. Quando Francisca descobriu isso, elas imediatamente uniram forças. Juntas, montaram uma pequena capela e um cronograma de oração, bem como um cronograma de saídas para ajudar os pobres. A amizade delas as ajudou a se concentrar no que era importante em suas vidas e as fez seguir em frente.

Abraçar os deveres

Isso significava dar festas e participar de grandes reuniões, relacionar-se bem com a sogra e, por fim, administrar uma grande casa sozinha. Eram coisas pelas quais ela, de fato, não estava interessada. Mas, uma vez que ela se dedicou totalmente a tudo isso, ela se saiu bem e era incomparável.

Muitos de nós têm a capacidade de se sair bem em situações que normalmente não buscaríamos. Frequentemente, é necessária uma mudança de perspectiva junto com algum trabalho árduo e perseverança para transformar tarefas e responsabilidades indesejadas.

Dedicação à família

Ela amava Lorenzo e seus filhos. Cuidava deles com cuidado e em espírito de oração, criando uma atmosfera calorosa na qual puderam prosperar.

Generosidade

A vida em Roma foi bastante caótica em vários momentos de seu casamento, e ela assumiu como missão compartilhar o que possuía com outras pessoas. Houve guerras, fomes e pragas que afetaram todos ao seu redor. Mas ela nunca parou de levar suprimentos e apoio para as pessoas. O sogro e o marido ficaram muito chateados por ela ser tão generosa com os bens deles. Depois, entretanto, mudaram de opinião quando testemunharam como suas provisões eram milagrosamente repostas quando Francisca rezava.

O chamado

Enfim, Francisca viveu um casamento pleno e frutífero, apesar de sua frustração inicial. Mas esse não é o fim de sua história. Mais tarde, ela fundou uma comunidade religiosa, onde acabou morando após a morte do marido. O chamado para a vida religiosa que ela sentia tão fortemente era, de fato, um chamado válido. Entretanto se concretizou muito mais tarde do que ela esperava.

Então, peça a intercessão de Santa Francisca Romana quando você estiver se sentindo preso(a) ou se encontrar vivendo uma vida que nunca desejou. Deixe que ela te ajude a abraçar totalmente aquilo que você tem na vida, com amor, confiança e entrega.

Aleteia

Papa no Iraque: 10 imagens que entrarão para a história

VATICAN MEDIA | AFP
por Gelsomino Del Guercio

Registros de uma viagem apostólica sem precedentes!

Quem poderia imaginar há cinco ou seis anos que o Papa Francisco pisaria o solo do Iraque? Isso porque deste mesmo lugar o Estado Islâmico fazia ameaças contra a vida do pontífice…

Mesmo assim, Francisco enfrentou uma pandemia e o temor pela segurança e partiu para a terra de Abraão. De fato, uma viagem histórica, que resumimos em 10 fotografias com os principais momentos da jornada apostólica.

São registros de uma aproximação que já começa a dar furtos. Por exemplo: o dia 6 de março foi proclamado no Iraque como o “Dia da Convivência” inter-religiosa no país.

Aleteia

Papa pede impulso pastoral para colocar a família no centro da Igreja e da sociedade

Imagem referencial. Papa Francisco ela família de Nazaré.
Foto: Vatican Media
por Mercedes de la Torres

Vaticano, 14 mar. 21 / 09:40 am (ACI).- O Papa Francisco pediu para realizar durante o próximo Ano da Família "um renovado e criativo impulso pastoral para colocar a família no centro das atenções da Igreja e da sociedade".

Ao finalizar a oração do Ângelus dominical neste dia 14 de março, o Santo Padre recordou que no próximo dia 19 de março, Solenidade de São José, “será aberto o Ano da Família Amoris laetitia, um ano especial para crescer no amor familiar”.

“Convido a um renovado e criativo impulso pastoral para colocar a família no centro das atenções da Igreja e da sociedade”, pediu o Papa.

Além disso, o Santo Padre rezou "para que cada família possa sentir em sua casa a presença viva da Sagrada Família de Nazaré e preencha nossas pequenas comunidades domésticas de amor sincero e generoso, fonte de alegria, mesmo nas provações e dificuldades".

Este Ano especial da Família foi convocado pelo Santo Padre no dia 27 de dezembro de 2020 por ocasião do quinto aniversário da publicação da Exortação Apostólica Amoris laetitia, “para amadurecer os frutos da Exortação Apostólica Pós-Sinodal e tornar a Igreja mais próxima das famílias de todo o mundo, colocadas à prova neste último ano pela pandemia”.

Desse modo, o Ano da Família terá início no dia 19 de março de 2021, Solenidade de São José, e se encerrará no dia 26 de junho de 2022, por ocasião do décimo Encontro Mundial das Famílias, que acontecerá em Roma.

Por isso, as iniciativas do Ano da Família serão coordenadas pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida.

Nesse sentido, será realizado no dia 19 de março o evento on-line "Nosso amor cotidiano", organizado pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, juntamente com a Diocese de Roma e o Pontifício Instituto Teológico João Paulo II.

O evento terá duas partes. A primeira se concentrará no “quinto aniversário da Amoris laetitia” e o segundo nas “perspectivas teológicas”.

De acordo com o programa da iniciativa, o Papa Francisco deve enviar uma mensagem.

O encontro contará com a presença do prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, Cardeal Kevin Joseph Farrell; o Vigário do Papa para a Diocese de Roma, Cardeal Angelo De Donatis; e o grão chanceler do Pontifício Instituto Teológico João Paulo II, Dom Vincenzo Paglia, entre outros.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Natalia Zimbrão.

ACI Digital

Apelo do Papa pela Síria: população martirizada, depor as armas e reconstrução

Apelo pela paz na Síria, na foto Damasco 

"Espero um compromisso decisivo e renovado, construtivo e solidário por parte da comunidade internacional, para que, uma vez depostas as armas, a situação social possa ser melhorada e que seja encaminhada a reconstrução". Assim falou o Papa no apelo pela Síria no final da oração mariana do Angelus deste domingo (14).

Jane Nogara - Vatican News

Depois da oração do Angelus, o Papa Francisco fez um caloroso apelo pela Síria, que amanhã dia 15 completa 10 anos de guerra: 

“Dez anos atrás começou o sangrento conflito na Síria, que causou uma das maiores catástrofes humanitárias de nosso tempo: um número não especificado de mortos e feridos, milhões de refugiados, milhares de desaparecidos, destruição, violência de todos os tipos e imenso sofrimento para toda a população, especialmente os mais vulneráveis, como crianças, mulheres e idosos”.

"Renovo meu premente apelo às partes em conflito para que manifestem sinais de boa vontade, de modo que possa se abrir um sinal de esperança para a população que sofre. Também espero um compromisso decisivo e renovado, construtivo e solidário por parte da comunidade internacional, para que, uma vez depostas as armas, a situação social possa ser melhorada e que seja encaminhada a reconstrução e a recuperação econômica”.

Em seguida o Papa convidou a todos a rezar pela Síria:

“Oremos todos ao Senhor para que tanto sofrimento em nossa amada e atormentada Síria não seja esquecido e que nossa solidariedade reavive a esperança. Rezemos juntos por nossa amada e martirizada Síria. Ave Maria...”.

Vatican News

Cardeal presidente dos bispos asiáticos propõe semana de oração pelos católicos da China

Cardeal Charles Maung Bo. Credito: Arquidiocese de Yangon

Vaticano, 14 mar. 21 / 08:34 am (ACI).- Esta semana, o Cardeal Bo, Presidente da Federação das Conferências dos Bispos Asiáticos e Arcebispo de Yangon (Mianmar), propôs que os católicos da Ásia se unam em oração durante toda uma semana em favor dos católicos na China.

O Cardeal de Mianmar lembra a carta do Papa emérito Bento XVI aos chineses, na qual estabeleceu o 24 de maio como dia de oração pela Igreja local, e propôs, por sua parte, que na semana de 23 a 30 de maio as Igrejas da Ásia rezem por essa intenção.

"Queremos pedir à Virgem de Sheshan para proteger toda a humanidade e a dignidade de cada pessoa que vive na China", pede o purpurado.

O Cardeal lembra que muitas partes do mundo vivem dificuldades, mas em um espírito de solidariedade não devemos apenas pensar apenas em nós mesmos, mas também rezar e estar próximos dos que sofrem em lugares distantes.

A proposta de uma semana de oração é um gesto de respeito e amor por parte da Igreja de toda a Ásia ao povo chinês e à sua história, explica o cardeal. E ele espera que a China possa se tornar uma força para o bem e proteger os direitos dos mais vulneráveis e marginalizados do mundo inteiro.

O Cardeal Bo conclui seu pedido apelando também aos fiéis dos outros continentes que se unam nesta semana de oração para que a Igreja e o povo da China em especial união com o Papa, não tenham medo de falar de Jesus no mundo, e sejam testemunhas desse amor afirmando-se à rocha de Pedro.

O Cardeal Charles Maung Bo tem enfrentado uma difícil situação em seu país, Mianmar, onde vem tentando mediar negociações de paz entre a junta militar, que realizou um golpe de estado e o partido vencedor das últimas eleições, a Liga Nacional para a Democracia de Aung San Suu Kyi.

ACI Digital

Reflexão para o 4º Domingo da Quaresma - Ano B

Jesus Cristo | Vatican News
Reflexão para o 4º Domingo da Quaresma - Ano B

Deus é Pai, Deus é bom. Mesmo diante de um povo enraizado em fazer o mal, Ele tem misericórdia, e como Senhor da História, se serve de homens de valor para resgatar aqueles recalcitrantes e dar-lhes a dignidade desejada.

Padre Cesar Augusto, SJ - Vatican News

A Liturgia deste domingo transborda da misericórdia de Deus. Começamos nossa reflexão com a Carta de Paulo aos Efésios 2, 4-10, segunda leitura, onde o Apóstolo fala que “fomos criados em Jesus Cristo para as obras boas, que Deus preparou de antemão para que nós as praticássemos.” Mesmo com o coração empedernido em praticar o mal, como nos fala a 1ª leitura, extraída de 2 Crônicas 36, 14-16.19-23, vemos no Evangelho de João 3, 14-21 que Deus não se deixa vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem. No deserto, após a desobediência do povo e da invasão de cobras venenosas, o Senhor se apiedou dele e misericordiosamente mandou colocar no centro do acampamento uma grande haste de madeira onde pendia uma cobra de bronze. Aquele que para ela olhava, ficava curado. Esse tronco com a cobra pendurada era prenúncio do Cristo, suspenso em uma cruz e salvação de todos os que a ele se dirigem com fé.

Na conversa com Nicodemos, Jesus deixa claríssimo o objetivo de sua vinda, de sua missão: salvar os homens!  Se no Antigo Testamento era necessário olhar para a serpente, no novo, basta aproximar-se da luz, praticar o bem e crer no Filho do Homem!

Por isso, na segunda leitura, Paulo fala que Deus nos ressuscitou com Cristo, em virtude de nossa união com Jesus Cristo. É de graça! Não por causa de méritos nossos, mas por pura graça de Deus. Não existe meritocracia. Nenhum de nós tem mérito algum, mesmo que só pratique o bem. Como vimos no final da segunda leitura, o bem que fazemos “foi preparado de antemão para que nós o praticássemos”. O único que tem mérito é Jesus Cristo, que em seu coração bondoso e generoso, aceitou morrer na cruz para nos dar a felicidade eterna.

Do mesmo modo, a primeira leitura fala das infidelidades do povo; apesar disso tudo, o Senhor lhes enviava mensageiros para admoestá-los ao arrependimento e a praticarem o que era justo, mas a reação deles era zombar dos mensageiros divinos. A desgraça chegou através dos inimigos que atearam fogo a todas a construções fortificadas e ao Templo e derrubaram os muros da cidade, destruindo tudo o que havia de precioso. O rei inimigo levou os sobreviventes como escravos para sua pátria. Tudo ficou assim até que outro rei estrangeiro, de outro país, decidiu reconstruir o Templo em Jerusalém e resgatar Judá em sua própria terra.

Deus é Pai, Deus é bom. Mesmo diante de um povo enraizado em fazer o mal, Ele tem misericórdia, e como Senhor da História, se serve de homens de valor para resgatar aqueles recalcitrantes e dar-lhes a dignidade desejada.

Também a nós, Seu povo, resgatados pelo sangue de Seu Unigênito, o Senhor não vê nossos erros, mas deixa-se levar pelo seu coração paterno e nos apresenta Jesus Crucificado como nossa salvação, como nosso Redentor. Por isso, a liturgia deixa de lado a sisudez da quaresma e inicia a missa com o “Alegra-te, exultai de alegria”, retirado de Isaías 66, 10s e sugere ao celebrante trocar o roxo dos paramentos, usando os de cor rosa.

Vatican News

S. MATILDE, RAINHA

Santa Matilde,Século XII 

Matilde nasceu na Saxônia em uma família profundamente religiosa, que a enviou para estudar no mosteiro de Herford, na Vestefália, onde sua avó era abadessa. Dali voltou instruída e devota. Na verdade, além de cultivar a sua fé, aprendeu a ler, escrever e até se interessou por política, coisa rara, naquele tempo, para as mulheres, ainda mais se nobres. Matilde casou-se com Henrique, duque da Saxônia que, alguns anos depois, se tornou rei da Alemanha.

Disputa entre os filhos Oton e Henrique

A vida dos soberanos alemães transcorreu tranquilamente: Henrique vive, muitas vezes, fora do palácio, enquanto Matilde mantém uma verdadeira vida monacal, composta de caridade com os pobres e assistência aos enfermos. Mas, não podendo dedicar todo o tempo necessário para estas práticas, então, à noite, permanecia acordada em oração.
Em 936, com a morte do seu marido, ela se despojou de todos os seus bens e privilégios. No entanto, começou a sucessão sobretudo entre dois de seus três filhos: Oton, como primogênito, tinha sido designado pelo pai como herdeiro ao trono; Henrique, pelas suas reivindicações contra o irmão, foi chamado de “briguento”, recebendo, além do mais, todo o apoio da mãe.

Da corte ao mosteiro de Nordhausen

Enfim, Oton tornou-se rei da Alemanha recebendo o nome de Oton I. Quando, em 962, foi a Roma para receber a coroa imperial, Matilde governou o reino do seu refúgio, no mosteiro de Nordhausen, um dos muitos que ela havia ajudado a construir e apoiar, como Pöhdle, Quedlinburg, Grona, Enger e Duderstadt, além de inúmeros hospitais.
A escolha de viver no mosteiro foi imposta pelos seus dois filhos contendores, que, neste caso, concordaram de impedir a mãe a esbanjar o patrimônio da família com contínuas e ingentes esmolas.

Uma rainha também pode ser santa

Matilde viveu os últimos anos da sua vida como uma monja, sempre generosa e caridosa com todos e completamente alheia às coisas mundanas e às prerrogativas da sua posição social.
Quando faleceu, no mosteiro de Quedlinburg, para onde havia se transferido recentemente, muitos já a aclamavam como "rainha santa". Ainda hoje, Matilde da Alemanha, sepultada ao lado do marido, em Quedlinburg, é venerada, de modo particular, nas dioceses alemãs de Paderborn, Fulda e Munique. Com base em seu exemplo, os fiéis, que desejam, ardentemente, empreender um profundo caminho de renovação interior para a santidade, dirigem-se a Deus, pedindo, em suas orações, a graça de alcançar esta meta, mediante todos os meios e com todas as suas forças.

Vatican News

sábado, 13 de março de 2021

Há 29 anos o Brasil se despedia de seu Anjo Bom, Santa Dulce dos Pobres

Santa Dulce dos Pobres. Foto: Domínio Público

REDAÇÃO CENTRAL, 13 mar. 21 / 07:00 am (ACI).- Em 13 de março de 1992, há exatos 29 anos, o Brasil se despedia do seu “Anjo Bom”, Santa Dulce dos Pobres, religiosa que dedicou sua vida a ajudar os mais necessitados, especialmente em sua terra natal, Salvador (BA).

Irmã Dulce faleceu aos 77 anos, após uma vida inteira dedicada a cuidar dos pobres e enfermos. Ela nasceu em 26 de maio de 1914, em Salvador (BA), tendo recebido como nome de batismo Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes.

Ainda menina, a pequena já demonstrava seu interesse pela vida religiosa e, aos 13 anos, começou a atender os doentes e carentes na porta de sua casa, a qual passou a ser conhecida como “A Portaria de São Francisco”.

Em fevereiro de 1933, ingressou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, na cidade de São Cristóvão, em Sergipe, e recebeu o hábito em agosto do mesmo ano. Foi então que adotou o nome Irmã Dulce, em homenagem à sua mãe, que faleceu quando ela tinha apenas 7 anos.

De volta à sua terra natal Salvador, iniciou em 1935 um trabalho assistencial junto às comunidades carentes, sobretudo nos Alagados, conjunto de palafitas que se consolidara na parte interna do bairro de Itapagipe.

Em 1939, depois de muito lutar para cuidar de seus doentes, ocupou um galinheiro ao lado do convento, depois da autorização da sua superiora, com os primeiros 70 doentes. A iniciativa deu início à criação das Obras Sociais Irmã Dulce, instituição considerada hoje um dos maiores complexos de saúde pública do país, com cerca de quatro milhões de atendimentos ambulatoriais por ano.

A religiosa chegou a ser indicada ao prêmio Nobel da Paz em 1988 pelo então presidente da República, José Sarney, com o apoio da Rainha Sílvia, da Suécia.

Irmã Dulce foi beatificada em 22 de maio de 2011 e canonizada em 13 de outubro de 2019.

Sua festa litúrgica é celebrada no dia 13 de agosto, recordando a data em que recebeu o hábito de sua Congregação.

Confira também:

ACI Digital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF