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domingo, 21 de março de 2021

23º Congresso Eucarístico Internacional de 2024 será em Quito

Basílica del Voto Nacional-QUITO | Guadium Press
Indicação de Quito como sede do evento Eucarístico recorda uma data especial: em 2024 comemora-se o “150º aniversário da consagração do Equador ao Sagrado Coração de Jesus”.

Cidade do Vaticano (20/03/2021, 13:25, Gaudium Press) A Sala de Imprensa da Santa Sé anunciou na manhã desta sexta-feira que o Papa Francisco escolheu a cidade de Quito, capital do Equador, como sede do 53º Congresso Eucarístico Internacional a realizar-se em 2024.

Quito sediará o Congresso Eucarístico de 2024 após a realização, em Budapeste, capital da Hungria, de 5 a 12 do próximo mês de setembro, da 52ª edição do Congresso Eucarístico Internacional.

150 anos da Consagração do Equador ao Sagrado Coração de Jesus

Ainda de acordo com a Sala Stampa da Santa Sé, a indicação da Diocese de Quito como sede do evento Eucarístico internacional foi motivada por uma razão muito especial: em 2024 comemora-se o “150º aniversário da consagração do Equador ao Sagrado Coração de Jesus”.

Como se recorda, essa consagração foi feita pelo Presidente Garcia Moreno, e foi a partir dela que se viu aumentar a conspiração dos ímpios contra o presidente que acabou sendo assassinado.

O Congresso de Quito apontará a fecundidade da Eucaristia para a evangelização e renovação da fé no continente latino-americano

«Este grande encontro eclesial manifestará a fecundidade da Eucaristia para a evangelização e a renovação da fé no continente latino-americano», afirma o comunicado de imprensa.

O mesmo comunicado recorda, entretanto, que ainda “está prevista a preparação do próximo Congresso Eucarístico Internacional em Budapeste que transcorre de 5 a 12 de setembro de 2021 ”.

Aliás, a 53ª edição do Congresso Eucarístico Internacional deveria ter sido realizada em setembro de 2020. No entanto, a crise de saúde causada pela pandemia do coronavírus obrigou seu adiamento para setembro do ano corrente.

Após esse adiamento imperativo, o Papa Francisco convidou os organizadores dele e os fiéis húngaros para que continuassem a preparação deste importante evento religioso internacional:

Eucaristia: fonte da vida e da missão da Igreja

“Continuemos, espiritualmente unidos no caminho de sua preparação, encontrando na Eucaristia a fonte da vida e da missão da Igreja”, recomendou Francisco, falando desde o Palácio Apostólico do Vaticano, no final da oração do Angelus do domingo, 20 de setembro do ano passado. (JSG)

https://gaudiumpress.org/

O Papa Francisco: quem quiser ver Jesus, olhe para a cruz

Papa no Angelus na Biblioteca do Palácio Apostólico 
(Vatican Media)

No Angelus deste domingo o Papa recordou "a grande responsabilidade de nós cristãos e de nossas comunidades". Nós também", frisou o Pontífice, "devemos responder com o testemunho de uma vida que se doa no serviço". "Enquanto a semente morre, é o momento em que a vida brota".

Silvonei José – Vatican News

"Ainda hoje muitas pessoas, muitas vezes sem dizer isso, de forma implícita, gostariam de "ver Jesus", encontrá-lo, conhecê-lo. Disso compreendemos a grande responsabilidade de nós cristãos e de nossas comunidades. Também nós devemos responder com o testemunho de uma vida que se doa no serviço. Uma vida que toma sobre si o estilo de Deus: proximidade, compaixão, ternura e se doa no serviço. Trata-se de plantar sementes de amor, não com palavras que voam para longe, mas com exemplos concretos, simples e corajosos": foi o que disse o Papa Francisco durante o Angelus deste domingo recitado na Biblioteca do Palácio Apostólico do Vaticano.

"Não com condenações teóricas, mas com gestos de amor". Então o Senhor, com sua graça, nos faz dar frutos, mesmo quando o terreno é árido por causa de incompreensões, dificuldades ou perseguições ou pretensões de moralismos clericais: este é um terreno árido. Precisamente, então na provação e na solidão, enquanto a semente morre, é o momento – enfatiza o Papa - no qual a vida brota, para produzir frutos maduros em seu próprio tempo.

É neste entrelaçamento de morte e vida – continuou o Papa - que podemos experimentar a alegria e a verdadeira fecundidade do amor que sempre se doa no estilo de Deus.

Para todo homem que quer procurar, Jesus "é a semente escondida pronta para morrer a fim de dar muitos frutos": o Papa Francisco ilustra com estas palavras o Evangelho em que São João relata um episódio ocorrido nos últimos dias da vida de Jesus, pouco antes de Sua Paixão. Enquanto se encontra em Jerusalém para a festa da Páscoa, alguns gregos expressam o desejo de vê-lo. Eles se aproximam do apóstolo Felipe e lhe dizem: "Queremos ver Jesus".

A cruz expressa o amor

No pedido daqueles gregos", diz o Pontífice, "podemos discernir o pedido que tantos homens e mulheres, de todos os lugares e de todas as épocas, dirigem à Igreja". Jesus responde ao pedido dos gregos com estas palavras: "Chegou a hora de o Filho do Homem ser glorificado". [...] Se o grão de trigo cai na terra e não morre, permanece sozinho; mas se morre, dá muito fruto". Para conhecer e compreender Cristo, explica Francisco, deve-se olhar "o grão de trigo que morre na terra", deve-se olhar para a cruz.

Faz-nos pensar no sinal da cruz, - continuou o Papa - que ao longo dos séculos se tornou o emblema por excelência dos cristãos. Aqueles que querem "ver Jesus" hoje, talvez vindo de países e culturas onde o cristianismo é pouco conhecido, o que eles veem antes de tudo? Qual é o sinal mais comum que eles encontram? O crucifixo. Nas igrejas, nos lares dos cristãos, até mesmo usado em seu próprio corpo. O importante é que o sinal seja coerente com o Evangelho: a cruz não pode deixar de expressar o amor, o serviço, o dom de si sem reservas: só assim é verdadeiramente a "árvore da vida", da vida superabundante.

Que a Virgem Maria – concluiu Francisco - nos ajude a seguir Jesus, a caminhar fortes e felizes no caminho do serviço, para que o amor de Cristo possa brilhar em todas as nossas atitudes e se torne cada vez mais o estilo de nossa vida diária".

Vatican News

7 conselhos do Papa Francisco para ser um bom pai

altanaka | Shutterstock
por Ary Waldir Ramos Díaz

Uma profunda reflexão sobre a beleza de ser pais.

O Papa Francisco dedicou uma profunda reflexão à beleza de ser pais e recordou o perigo dos pais ausentes.

Em um discurso de 2015, o Papa foi emblemático ao perceber o mal que aflige tantas famílias: você brinca com seus filhos? Visita seus pais doentes ou idosos? Escuta os adolescentes e jovens quando falam com você? Ou por acaso você é um pai dedicado somente ao trabalho e perde o essencial?

Mas o Papa, com maestria, manifesta a beleza de ser pais, recordando que “também São José foi tentado a abandonar Maria, quando descobriu que ela estava grávida”.

Apresentamos, a seguir, 7 conselhos do Papa Francisco para ser pais melhores e crescer com os filhos:

1. O maior desejo de um bom pai é ver seus filhos sábios e livres

“Serei feliz cada vez que o vir agindo com sabedoria, e me emocionarei cada vez que o escutar falando com retidão.”

“E para que você pudesse ser assim, eu lhe ensinei o que você não sabia, corrigi erros que você não via. Fiz você sentir um carinho profundo e ao mesmo tempo discreto.”

2. Rigor e firmeza acima de cumplicidade de proteção

“Um pai sabe bem quanto custa transmitir esta herança: quanta proximidade, doçura, firmeza. Mas quanto consolo e quanta recompensa se recebe quando os filhos honram esta herança. É uma alegria que recompensa toda fadiga, que supera toda incompreensão e cura cada ferida.”

3. Um pai presente na família

“Que esteja próximo da esposa, para compartilhar tudo: alegrias e dores, cansaços e esperanças. E que esteja próximo dos filhos em seu crescimento.”

E também com os filhos: “Quando brincam e quando têm tarefas, quando estão despreocupados e quando estão angustiados, quando se expressam e quando são taciturnos, quando se jogam e quando têm medo, quando dão um passo errado e quando voltam a encontrar o caminho”.

4. Um pai presente não é um pai controlador

Dizer “presente” não significa dizer “controlador”. Porque os pais controladores demais anulam os filhos, não os deixam crescer.

5. Um pai bom é um pai paciente

Sobre o filho pródigo e seu pai misericordioso: “Quanta dignidade e quanta ternura na espera desse pai que está na porta de casa esperando que o filho volte”.

Muitas vezes, não há outra coisa a se fazer a não ser esperar, rezar, com paciência, doçura, magnanimidade e misericórdia.

6. Sabe perdoar e não humilha, mas tampouco é fraco ou complacente

“Um bom pai sabe esperar e perdoar do fundo do coração. Claro, sabe também corrigir com firmeza; não é um pai fraco, complacente, sentimental. O pai que sabe corrigir sem humilhar é o mesmo que sabe proteger sem guardar nada para si.”

7. O Pai-Nosso vivido na paternidade

“Sem a graça que vem do Pai que está no céu, os pais perdem coragem e abandonam a batalha. Mas os filhos precisam encontrar um pai que os espera quando voltam dos seus fracassos. Farão de tudo para não admitir isso, mas é disso que precisam; e, ao não encontrar esse abraço, abrem-se feridas difíceis de fechar.”

Aleteia

Francisco: o racismo é um vírus que ao invés de desaparecer, se esconde

Manifestação nos Estados Unidos contra o racismo 
(AFP or licensors)

Por ocasião do Dia Internacional para a eliminação da discriminação racial, o Pontífice em um tuíte enfatiza que "as expressões de racismo renovam em nós a vergonha".

Amedeo Lomonaco – Vatican News

"O racismo é um vírus que se transforma facilmente e, em vez de desaparecer, se esconde, mas está sempre à espreita. As manifestações de racismo renovam em nós a vergonha, demonstrando que os progressos da sociedade não estão assegurados de uma vez por todas". Isto é o que o Papa Francisco escreve em seu perfil no twitter neste domingo, quando se celebra o Dia internacional para a eliminação da discriminação racial.

Dia 21 de março

Este Dia internacional é comemorado todos os anos em 21 de março. Esta data foi escolhida para comemorar, quando em 21 de março de 1960, na África do Sul, no auge do apartheid, a polícia disparou contra um grupo de manifestantes negros, matando sessenta e nove e ferindo 180. Um episódio dramático conhecido como o massacre de Sharpeville. Ao proclamar este Dia internacional em 1966, com a Resolução 2142, a Assembleia Geral da ONU enfatizou a necessidade de maiores esforços para eliminar todas as formas de discriminação racial.

Manifestações nos Estados Unidos

Nos Estados Unidos, centenas de pessoas saíram ontem às ruas de Atlanta, Geórgia, para protestar contra o massacre de oito pessoas, seis delas mulheres de origem asiática, perpetrado por um homem branco de 21 anos. Entre os manifestantes, muitos cartazes com escritas "Acabe o ódio contra asiáticos" e "O racismo é um vírus". Alguns valores e crenças fundamentais", disse o presidente dos EUA Joe Biden em seu discurso na Universidade Emory em Atlanta, "deveriam unir os estadunidenses" como "lutar contra o ódio e o racismo - o veneno que há muito assombra e atormenta nossa Nação". Ódio e violência", acrescentou Biden, "muitas vezes se escondem à vista de todos". E muitas vezes estão associados ao silêncio".

Vatican News

Ano da Família: carregar a cruz e ressuscitar com Cristo

Dom Ricardo Hoepers / Foto: CNBB

BRASILIA, 19 mar. 21 / 10:00 am (ACI).- O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Ricardo Hoepers, publicou uma mensagem por ocasião do Ano da Família Amoris Laetitia, na qual exorta os fiéis a aprenderem com os momentos difíceis a carregar a cruz e a ressuscitar com Cristo.

Em sua mensagem, Dom Hoepers incentiva as famílias a aproveitarem “esse tempo, mesmo de dureza, de problemas, de desafios, de pandemia para dizer a Deus que a nossa generosidade nesse tempo aumenta, triplica, porque nós queremos aprender com esses momentos difíceis a carregar a nossa cruz, mas também ressuscitar com Jesus Cristo”.

Para o também Bispo de Rio Grade (RS), este é um “tempo muito oportuno para crescer na fé, na esperança e na caridade”.

Além disso, afirma que a exortação apostólica Amoris Laetitia “é pura misericórdia de Deus para com a família” e que São José “é o que providencia realmente o que precisamos”.

Assim, à luz da exortação e do Santo Padroeiro da Igreja Católica, anima a “nos fortalecer e enfrentar esses tempos difíceis como família, como igreja doméstica, como igreja comunidade eclesial, como discípulos missionários, como comunidades eclesiais missionárias”, ou seja, “como esta Igreja viva e atuante que crê no Senhor Jesus Cristo e que também segue seus passos”.

Por fim, encoraja, “que seja um momento oportuno, propício para que todas as famílias assumam a Amoris Laetitia à luz de nosso querido São José e a sua intercessão para com todas as famílias”.

O Ano da Família tem início neste dia 19 de março e será encerrado em 26 de junho de 2022, com o décimo Encontro Mundial das Famílias que será realizado em Roma.

Foi convocado pelo Papa Francisco por ocasião do quinto aniversário da Exortação Apostólica Pós-Sinodal Amoris Laetitia. O anúncio foi feito no dia 27 de dezembro de 2020, durante a oração do Ângelus, na festa da Sagrada Família.

Na ocasião, o Santo Padre pediu para que “confiemos à Sagrada Família de Nazaré, em particular a São José, esposo e pai solícito, este caminho com as famílias de todo o mundo”.

ACI Digital

V DOMINGO DA QUARESMA - Ano B

Dom Paulo Cezar Costa | Arcebispo de Brasília

A PALAVRA DO PASTOR

+ Dom Paulo Cezar Costa

Queremos Ver Jesus

Alguns gregos vão adorar em Jerusalém, aproximam-se de Filipe e lhe pedem: “Senhor, queremos ver Jesus” (Jo 12, 21). Como esses gregos, também o coração de todo ser humano traz em si este desejo profundo de ver Jesus. Com o verbo “ver”, está expresso todo o desejo, a abertura que há no ser humano para a face de Deus, toda inquietação que o coração humano traz na busca de sentido. Em cada ser humano há uma busca de sentido, há um projeto de sentido da vida (W. Kasper, Fede e Storia, 128). Uma pessoa que não encontra esse sentido torna-se vazia, solitária. Somente onde encontra o sentido, o ser humano pode aceitar a si mesmo, aos outros e reconciliar-se com a realidade. Somente na experiência de sentido, e por meio desta, o homem chega ao “ser-total” e à salvação da própria existência. O sentido experimentado e realizado seria, então a salvação do ser humano (W. Kasper, Fede e Storia, 129). Somente em Jesus Cristo, morto e ressuscitado o ser humano pode encontrar o verdadeiro sentido da vida. Ele é o enviado do Pai, o grão de trigo que, morrendo, produziu vida, e vida eterna. Ele é a resposta aos anseios mais profundos do coração humano.

É preciso nos encontrarmos com a beleza de Cristo, com a sua densa humanidade, com a sua mensagem sobre o Reino de Deus, com a sua surpreendente liberdade, com o seu anúncio da misericórdia aos pecadores, aos excluídos da sociedade de então, com a sua intimidade sem igual com o Pai, manifestada em tantos textos do NT e principalmente pela expressão Abbá. Jesus nos revela os mistérios mais profundos do Reino com a linguagem simples das parábolas. Ele é o grão de trigo que caiu na terra e morreu pela nossa salvação (Jo 12, 24), com a sua morte e ressurreição Ele nos salvou.

A fé nasce do encontro pessoal com Cristo. É a experiência do encontro com Cristo que muda a vida do ser humano. O quarto Evangelho enfatiza esta realidade dos encontros pessoais com Cristo, encontros que mudam a vida das pessoas (a Samaritana, Nicodemos, os discípulos e outros). A fé não é uma filosofia, uma ideia: é encontrar-se com uma Pessoa viva, Jesus Cristo.  Jesus Cristo que nos coloca em comunhão com o Pai e nos dá o dom do Espírito Santo.  O encontro com Jesus Cristo coloca o discípulo num processo de seguimento. “Se alguém quer me servir, siga-me, e onde eu estou estará também o meu servo” (Jo 12, 26). Seguir Jesus implica um caminho de configuração a Ele, onde o discípulo vai buscando tomar a fisionomia de Jesus e vai fazendo da vida um dom de amor e de serviço, como Jesus. O discípulo tem a certeza de que onde o Filho está ele também estará e será honrado pelo Pai (Jo 12, 26).

            A fé é um caminho bonito de encontro e segmento de Jesus Cristo. O caminho da fé realiza a existência humana nesta vida e abre a nossa existência para uma dimensão de eternidade, de vida feliz e realizada junto com a Trindade Santa, Maria, os anjos e santos. Somente no mistério de Cristo o ser humano pode encontrar resposta para os anseios mais profundos do seu coração.

Arquidiocese de Brasília

S. NICOLAU DE FLÜE, PADROEIRO DA SUÍÇA

S. Nicolau de Flüe,'Bruder Klaus' Museum 
21 de março

“Meu Senhor e meu Deus, afastai de mim tudo o que me distancia de vós! Meu Senhor e meu Deus, concedei-me tudo o que possa me aproximar de vós! Meu Senhor e meu Deus, livrai-me de mim mesmo e permiti-me de viver sempre na vossa presença!”.

Nicolau nasceu em uma família de camponeses, na cidadezinha de Flüe, na região de Obwalden, então Confederação dos oito Cantões da Suíça central. Apesar de permanecer analfabeto por toda a vida, foi considerado um dos maiores místicos da Igreja católica. Sua vocação brotou logo em seu coração, mas, entre 1440 e 1444, teve que partir como soldado, e depois como oficial, nas guerras que os confederados declararam aos Habsburgos; por fim, voltou para casa e se casou com Doroteia, com quem teve dez filhos.

No deserto, em meio ao seu povo

Passaram-se 20 anos, mas, em Nicolau, a voz de Deus jamais se apagou, muito pelo contrário. Ele a chamava "lima que aperfeiçoa e aguilhão que estimula".
Enfim, o Senhor lhe concedeu as três graças que ele queria: o consentimento de sua esposa e filhos para partir; a ausência de tentação de voltar e a possibilidade de viver sem beber e sem comer. Embora seu último filho fosse recém-nascido, Nicolau partiu, finalmente, com o objetivo de se retirar e entrar para a vida monacal das comunidades da Alsácia, com as quais estava em contato.
Transcorria o ano de 1467, um período delicado para a Confederação Helvética, encruzilhada para o comércio Europeu; aquele ano marcou o fim do Cisma Ocidental.
No entanto, Nicolau não foi muito além de Liestal, no Cantão da Basileia, para não ficar muito longe de casa. Assim, estabeleceu-se em um lugar íngreme, chamado Ranft, onde construiu uma cela de tábuas, que, depois, se tornou capela pelos habitantes da localidade. Ali, viveu por 20 anos, vestido com roupas rudes, descalço, com o terço na mão, alimentando-se apenas de Jesus na Eucaristia. Mas não viveu sempre sozinho.

"Se eu tiver humildade e fé, não posso errar a estrada"

Esta sua escolha despertou a curiosidade dos habitantes da região. Muitos o procuravam para conversar com ele, pedir conselhos, explicações sobre coisas religiosas e até espiá-lo. Eles o chamavam Bruder Klaus, Irmão Klaus, que falava com simplicidade, sem comparações eruditas, porque seu conhecimento sobre Deus vinha do coração.
Não obstante sua sede de solidão, ele recebia todos e transmitia sua mensagem de paz, que provinha do Evangelho: "Em todas as coisas, a misericórdia é maior que a justiça", dizia. Nicolau não deixava sempre seu refúgio e, se o fazia, era por uma boa causa. Por exemplo, em 1481, pediram para ele impedir uma guerra fratricida no país. Devido à sua intervenção junto à Assembleia de Stans, hoje o santo é recordado como "Pai da Pátria".
Em 1482, ele foi novamente requisitado para resolver uma questão entre Constança e a Confederação sobre o exercício do direito em Thurgau. Na ocasião, ele também foi capaz de restabelecer a paz.
Nicolau de Flüe faleceu em sua cela, em 1487, no dia em que completava 70 anos de idade. Foi canonizado por Pio XII, em 1947.

Vatican News

sábado, 20 de março de 2021

Católico instruído nunca será confundido

Veritatis Splendor

Recentemente assisti um vídeo[1] de um encontro ecumênico entre católicos e evangélicos, em que dialogavam sobre o Batismo. Nesse encontro um sacerdote católico, o padre Luis Toro[2], debateu com cinco pastores evangélicos.

Além do tema central do debate, que foi muito interessante, me chamou a atenção como alguns participantes da comunidade evangélica se indignaram porque o sacerdote disse que ele mesmo responderia as perguntas dos pastores. Ficaram incomodados porque esperavam dirigir perguntas diretamente aos católicos que assistiam ao debate, para “vencer” o debate quando algum deles não soubesse responder.

“Não sabem se defender! Não sabem se defender!”, gritou eufórica uma senhora aos 2 minutos de debate, e o padre condescendentemente admitiu: “Não sabem se defender; por isso eu estou aqui!”, fazendo-lhe enxergar que não se tratava de demonstrar quantos [católicos] estavam melhor preparados, mas de saber quem tinha razão [no tema em debate]. Aquela senhora não entendia quão mínima seria uma vitória sobre um oponente mal preparado! Em um debate onde a verdade não prevalece, onde vence uma parte porque a outra parte não conhece bem a fé que defende, no final ambas as partes acabam perdendo! O vencer a todo custo não se aplica aqui, ainda que um pensamento “carnal” possa apontar o inverso.

No entanto, algo que se deve reconhecer é que a preparação do católico médio costuma ser deficiente e tanto é assim que aquela senhora, nesse ponto em específico, tinha razão. Mas não é porque a preparação do protestante médio seja muito boa, eis que a maioria só conhece bem aqueles textos bíblicos “clássicos” que combatem as doutrinas católicas; porém, mesmo assim, [esses protestantes melhor preparados] são em número bem superior à maioria dos católicos.

Isso não quer dizer que um católico bem formado e com bons conhecimentos de apologética não possa responder coerentemente à maioria das objeções protestantes que, no final das contas, acabam sendo sempre as mesmas. Porém, deve-se admitir que proporcionalmente [estes católicos bem formados] são uma minoria.

Isto deve nos fazer recordar a importância de conhecer a nossa própria Fé. O velho adágio: “católico ignorante, seguro protestante”, mais do que ser desrespeitoso para com nossos irmãos separados, reflete uma verdade palpável: o católico mal preparado é muito mais propenso a ser confundido quando é abordado [por protestantes] e não sabe responder. Eu mesmo estive a ponto de me tornar protestante se não tivesse finalmente encontrado respostas na Apologética Católica.

Em alguns casos, nem sequer aquelas pessoas que cremos estar bem formadas estão livres de desconhecer questões básicas e essenciais da Fé. Vi um exemplo disso recentemente, quando um amigo perguntou nas redes sociais algo que todo católico deveria saber: “Jesus também é Yahveh?”

E as respostas, dadas por católicos, deixaram muito a desejar…

Em um dos meus próximos artigos darei a minha resposta para essa questão[3], porém aproveito para deixar a mesma pergunta no ar, para quem se anime a responder: no que você crê? Jesus também é Yahveh? E o Espírito Santo?

—–
NOTAS
[1] https://www.youtube.com/watch?v=WfOr2gLLqLs (em espanhol).
[2] https://www.youtube.com/channel/UCOW5HPEpO7oFtOUTQDjbfMw (em espanhol).
[3] http://infocatolica.com/blog/apologeticamundo.php/1610040804-ies-jesus-tambien-yahveh (em espanhol).

Veritatis Splendor

GUARDIÃO SILENCIOSO DA SAGRADA FAMÍLIA E DA IGREJA, SÃO JOSÉ, EM SEU DIA, RECEBE HOMENAGENS DE BISPOS NO BRASIL

CNBB

Você sabe que idade São José tinha quando se casou com Maria? Quantas vezes foram feitas referências ao nome dele na Bíblia? Com que idade morreu? Estas e outras perguntas são respondidas em um vídeo, especialmente gravado pelo bispo de Paranavaí (PR), dom Mário Spaki, para aprofundar a história e os significados de São José para os cristãos católicos e para a Igreja neste dia dedicado à sua memória no calendário da Igreja.

Dom Mário faz sua reflexão baseada no que dizem os estudiosos e Papas sobre o santo. Nos Evangelhos Canônicos ele não profere uma única palavra: José é o homem a quem o Senhor revela seus planos durante seu sono. Os Livros Apócrifos lhe atribuem frases curtas e lacônicas, que o descrevem como o guardião silencioso da Sagrada Família. No vídeo, dom Mário apresenta a oração que o Papa Francisco fez para estimular os fieis a rezarem pedindo as bênçãos a São José, o padroeiro universal da Igreja, especialmente nestes contra a pandemia.

https://youtu.be/YDp3NPRcfaI

Hino inédito em louvor a São José

Dois seminaristas da arquidiocese de Ribeirão Preto (SP), Leonardo Silva e João Vitor Oliveira, a pedido de seu arcebispo dom Moacir Silva, o primeiro arcebispo do Brasil nomeado pelo Papa Francisco, compuseram um hino inédito em louvor a São José como presente neste dia em que a Igreja celebra a sua memória.

A música inspirou-se na carta apostólica do Papa Francisco, Patris Corde, que significa “com coração de Pai”, na qual o Santo Padre convoca a Igreja a celebrar em 2021 o ano de São José, comemorando os 150 anos de sua declaração como Padroeiro Universal da Igreja.

O hino pode ser usado nas celebrações da comunidade que dedicam especial atenção a São José, especialmente nas solenidades que marcam o aniversário de seu dia, como neste 19 de março. Dom Moacir afirma que com o hino pode-se ajudar povo a corresponder e a sustentar o pedido do Papa de vivermos o ano de São José.

Os autores Leonardo Oliveira Silva e João Vitor de Oliveira, em declaração, autorizaram a divulgação e reprodução, por parte da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), da música “Com coração de Pai”, elaborada especialmente para o ano de São José, bem como a partitura, cifra musical e letra.

Faça download aqui da letra de da partitura:

Letra
Cifra musical 

Aprenda, no vídeo abaixo, o ritmo e a melodia na voz dos próprios autores:

https://youtu.be/0tMQ9sJfkoA

CNBB

Da Constituição pastoral Gaudium et Spes sobre a Igreja no mundo de hoje, do Concílio Vaticano II

Comunidade Oásis

Da Constituição pastoral Gaudium et Spes sobre a Igreja no mundo de hoje, do Concílio Vaticano II

(N.37-38)

(Séc.XX)

Toda a atividade humana deve ser purificada no mistério pascal

A Sagrada Escritura, confirmada pela experiência dos séculos, ensina à família humana que o progresso, grande bem para o homem, traz também consigo uma enorme tentação. De fato, quando a hierarquia de valores é alterada e o bem e o mal se misturam, os indivíduos e os grupos consideram somente seus próprios interesses e não o dos outros.

Por esse motivo, o mundo deixa de ser o lugar da verdadeira fraternidade, enquanto o aumento do poder da humanidade ameaça destruir o próprio gênero humano.

Se alguém pergunta como pode ser vencida essa miserável situação, os cristãos afirmam que todas as atividades humanas, quotidianamente postas em perigo pelo orgulho do homem e o amor desordenado de si mesmo, precisam ser purificadas e levadas à perfeição por meio da cruz e ressurreição de Cristo.

Redimido por Cristo e tornado nova criatura no Espírito Santo, o homem pode e deve amar as coisas criadas pelo próprio Deus. Com efeito, recebe-as de Deus; olha-as e respeita-as como dons vindos das mãos de Deus.

Agradecendo por elas ao divino Benfeitor e usando e fruindo das criaturas em espírito de pobreza e liberdade, é introduzido na verdadeira pose do mundo, como se nada tivesse e possuísse: Tudo é vosso, mas vós sois de Cristo, e Cristo é de Deus (1Cor 3,22-23).

O Verbo de Deus, por quem todas as coisas foram feitas, que se encarnou e veio habitar na terra dos homens, entrou como homem perfeito na história do mundo, assumindo-a e recapitulando-a em si. Ele nos revela que Deus é amor (1Jo 4,8) e ao mesmo tempo nos ensina que a lei fundamental da perfeição humana, e, portanto, da transformação do mundo, é o novo mandamento do amor.

Aos que acreditam no amor de Deus, ele dá a certeza de que o caminho do amor está aberto a todos os homens e não é inútil o esforço para instaurar uma fraternidade universal. Adverte-nos também que esta caridade não deve ser praticada somente nas grandes ocasiões, mas, antes de tudo, nas circunstâncias ordinárias da vida.

Sofrendo a morte por todos nós pecadores, ele nos ensina com o seu exemplo que devemos também carregar a cruz que a carne e o mundo impõem sobre os ombros dos que procuram a paz e a justiça.

Constituído Senhor por sua ressurreição, Cristo, a quem foi dado todo poder no céu e na terra, age nos corações dos homens pelo poder de seu Espírito. Não somente suscita o desejo do mundo futuro, mas anima, purifica e fortalece por esse desejo os propósitos generosos com que a família humana procura melhorar suas condições de vida e submeter para este fim a terra inteira.

São diversos, porém, os dons do Espírito. Enquanto chama alguns para testemunharem abertamente o desejo da morada celeste e conservarem vivo esse testemunho na família humana, chama outros para se dedicarem ao serviço terrestre dos homens e prepararem com esse ministério a matéria do reino dos céus.

A todos, porém, liberta para que, renunciando ao egoísmo e empregando todas as energias terrenas em prol da vida humana, se lancem decididamente para as realidades futuras, quando a própria humanidade se tornará uma oferenda agradável a Deus.

https://liturgiadashoras.online/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF