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quinta-feira, 25 de março de 2021

A Via-Sacra de Francisco, através dos olhos e corações das crianças

Via-Sacra - São Pedro (2020)  (Vatican Media)

Vinte crianças e jovens acompanharão o Papa no rito na Praça São Pedro na próxima Sexta-feira Santa. Os textos das 14 estações foram preparados pelas crianças do catecismo da paróquia romana dos Santos Mártires de Uganda e pelos escoteiros de "Foligno I", os desenhos que ilustram as várias etapas foram feitos pelos hóspedes de duas casas família de Roma.

Alessandro Di Bussolo e Marina Tomarro – Vatican News

Vinte crianças e jovens de Roma e Foligno estarão ao lado do Papa Francisco na Via-Sacra deste ano, mas muitos outros estiveram envolvidos na preparação das meditações que quatro deles irão ler numa Praça São Pedro quase deserta, como em 2020, em pleno lockdown da primeira fase da pandemia da Covid-19, e dos desenhos que as acompanharão. Outros 40 estarão entre os fiéis "presentes" na área do átrio da Basílica vaticana. Eles representarão as 500 crianças e adolescentes do catecismo da Primeira comunhão e da Crisma da paróquia romana dos Santos Mártires de Uganda, os 145 escoteiros, dos "lupetti" ao "rover" e das "escoltas" do grupo escoteiro Agesci de "Foligno I", as 30 crianças e jovens da casa família romana "Tetto Casal Fattoria" e as oito crianças, entre 3 e 8 anos de idade, da casa "Mater Divini Amoris". Todos estiveram envolvidos na preparação dos textos e desenhos que ajudarão a reviver, com o Papa, a Paixão e a morte de Jesus.

O sofrimento de Jesus ao ver sua mãe sob a cruz

"Fiquei impressionado com suas reflexões sobre o encontro de Jesus com sua mãe, é um momento que comoveu a muitos", disse padre Luigi D'Errico, pároco da igreja no bairro Ardeatino. "Alguém escreveu: 'Quanto Jesus deve ter sofrido na cruz ao ver, abaixo dele, sua mãe chorando'. É uma reação compreensível, porque eles têm um relacionamento profundo com seus pais".

Padre D'Errico: o medo de serem abandonado como Jesus

Em uma época de pandemia, padre D'Errico nos diz ainda, que também é referência para o cuidado pastoral das pessoas com deficiências no Vicariato de Roma, "nossas crianças do catecismo foram muito afetadas pelo risco de ficarem doentes e de ficarem sozinhas". Também através da Via-Sacra elas viram que "Jesus foi abandonado, ficou sozinho, havia apenas sua mãe e alguns outros, certamente não seus amigos mais próximos". Entre aulas escolares de ensino à distância e encontros de catequese via "Zoom", disse padre Luigi, "é importante para elas terem participado" desta preparação e depois participar na Via-Sacra, ainda que muitos o farão apenas através da televisão, "porque significa, precisamente, não serem abandonadas". Não ficarem sozinhas".

Entre jovens, 4 leitores e 8 portadores da Cruz

Ao lado dos quatro leitores, um para cada instituição educacional envolvida, com o Papa, explica padre D'Errico, "haverá oito jovens que carregarão a cruz e oito que segurarão as tochas" ao longo do percurso das 14 estações, que como em 2020, traçará um círculo ao redor do obelisco da Praça São Pedro. Todavia, junto com Francisco, não haverá médicos e enfermeiras na linha de frente na luta contra a Covid-19 e um ex-prisioneiro, um capelão de uma prisão e alguns guardas carcerários, mas as crianças do catecismo de padre Luigi, alguns escoteiros da Úmbria e as crianças e adolescentes de duas casas família romanas.

Os escoteiros: nossas meditações, um trabalho coral

"Nossas meditações para a Via-Sacra foram pensadas como uma ação coral - explica Alessandro Bitocchi, líder escoteiro do "Foligno I" - cada um dos meninos e meninas, à sua maneira, colocou um pedacinho de si mesmo nelas". Na casa família "Tetto Casal Fattoria", empenhada nas ajudas para combater as dificuldades das crianças e jovens, os hóspedes realizaram "desenhos muito precisos e muito atentos ao sofrimento das pessoas" disse o responsável Fabrizio Gessini. "Nossos meninos - afirmou - ficaram impressionados sobretudo pelo encontro com a mãe e a ajuda do Cireneu". Eles fizeram desenhos muito interessantes, crianças que nunca haviam se expressado sobre estes temas".

As frases acrescentadas aos desenhos das crianças do Divino Amor

“As crianças com mais idade, as de sete, oito anos acrescentaram aos seus desenhos pequenas frases, disse a irmã Gabriella Pistilli, da Congregação das Filhas do Divino Amor, responsável pela casa da família "Mater Divini Amoris": "elas escreveram que os pais devem se amar, não devem brigar, e uma menina pediu, quase na forma de uma oração, que nunca sentissem a falta do olhar da mãe”.

Vatican News

A Europa está morrendo?

Foto: Open-ClipArt Vectors
Na Europa, as taxas de natalidade de nascidos de mães não europeias continuam a crescer.

Redação (24/03/2021 11:41Gaudium Press) De acordo com o relatório mais atualizado da Eurostat sobre o assunto, a taxa de fertilidade da União Europeia decresceu ainda mais no ano 2019, ficando em 1,53 de nascimentos por mulher. A taxa de mera reposição populacional sem necessidade de imigração é de 2,1.

Depois de a natalidade ter atingido um pico de 1,57 em 2016 – número que já era deficitário –, ela vem diminuindo desde então. O país com maior índice de natalidade é a França, com 1,86 nascimentos por mulher, e com os menores, Malta (1,14), Espanha (1,23) e Itália (1,27). No entanto, mesmo a França tem visto sua taxa de natalidade decrescer por seis anos consecutivos.

Um importante dado dentro desses números globais: as taxas dos nascidos na Europa, filhos de mulheres que não nasceram no continente, vêm crescendo desde 2013.

Estes últimos números diferem de país para país: enquanto em Luxemburgo 65% dos novos nascimentos são de mães estrangeiras, em Chipre, Áustria e Bélgica, são cerca de 30%, e na Bulgária, Eslováquia e Polônia, são menos de 10%.

Parece que as famílias querem sim ter mais filhos

Um estudo da associação familiar francesa UNAF relatou um dado interessante: as famílias gostariam de ter um número maior de filhos, 2,39, bem acima da reposição populacional. Então, se elas não os têm, não é porque não querem, mas porque não veem um “ecossistema” favorável a isso.

Parece que os principais obstáculos para esse maior crescimento são os econômicos, como altos custos educativos, de moradia e um sistema que não apoia financeiramente as famílias.

Mas, obviamente, há “razões” de tipo social, como o possível impacto negativo na carreira ao ter um filho, a não facilidade de creche para os filhos de pais que trabalham, e algum “bullying” social contra a maternidade.

No entanto, uma cultura individualista pesa fundamentalmente nessa baixa taxa de natalidade, onde a felicidade da vida em família e da maternidade não é reconhecida. Infelizmente, as pessoas só são valorizadas pelo o que produzem, pelos sucessos econômicos e profissionais.

Assim, as estatísticas mostram que essa cultura acaba sendo suicida. E os encarregados das políticas devem pensar em favorecer uma cultura social, familiar, não individualista, também com significativos apoios financeiros… mas não só.

Com informações Eurostat e Federação das Associações de Família Católica da Europa.

Mapa da Europa | Crédito:Toda Matéria

https://gaudiumpress.org/

Políticos católicos são chamados a defender “princípios não negociáveis”

Imagem referencial. Créditos: Flickr União Europeia no Peru
(CC BY 2.0)

Roma, 24 mar. 21 / 12:00 pm (ACI).- Durante a II Cúpula Ibero-americana Governo, Vida, Família, que ocorre de forma virtual até 26 de março, a senadora italiana Paola Binetti disse que o desafio dos políticos católicos é desenvolver as condições necessárias para uma correta defesa dos princípios inegociáveis.

Na segunda-feira, 22 de março, teve início a II Cúpula Ibero-americana, organizada pelo Coletivo Unidade e que tem como tema central a vida humana e a política.

Durante a inauguração, o presidente do Coletivo Unidade, Juan Carlos Puertas, expressou seu desejo de que “esta semana deixe muitos conhecimentos em cada pessoa que nos acompanhe e, quem sabe, continue acendendo não faíscas, mas esse fogo que faz com que os seres humanos deem o melhor de si, diante das adversidades mais difíceis”.

O primeiro dia de apresentações teve como eixo o tema ciência e saúde, a senadora italiana e especialista em bioética, Paola Binetti, assinalou que a luta dos políticos católicos não é apenas “defender princípios inegociáveis, mas temos que desenvolver as condições".

Binetti indicou em sua apresentação “Novas Normas de Fragilidade em Nossa Sociedade e Responsabilidade Política no Plano Econômico”, que a política não é “a antropologia que afirma princípios, não é a teologia que diz o que é bom ou mau”.

“A política ensina a resolver seus problemas, colocar o máximo de energia possível no campo da pesquisa, no campo da ciência”, frisou.

Além disso, sublinhou que um católico que faz política não deve limitar-se a dizer a mesma coisa que "um bom padre, ou um leigo", mas é chamado a fazer tudo o que seja possível "economicamente para melhorar a vida das pessoas".

A cúpula Ibero-americana vai até o dia 26 de março e reunirá 27 profissionais de diferentes disciplinas, como o eurodeputado espanhol de VOX MEP Hermann Tertsch, e a renomada líder pró-vida argentina Guadalupe “Lupe” Batallán.

A II Cúpula Ibero-americana está acontecendo de forma virtual. Os interessados ​​nas apresentações podem participar através das redes sociais do Coletivo Unidade ou através do site da Cúpula.

Para mais informações sobre o evento, pode entrar em contato com a organização pelo e-mail: mailto:Info@gobiernovidafamilia.com

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

ACI Digital

Francisco: Maria estava e está presente durante os dias da pandemia

Papa Francisco | Vatican News

"Maria está sempre ali, com a sua ternura maternal. As orações a Ela dirigidas não são vãs. Mulher do “sim”, que aceitou prontamente o convite do Anjo, responde também às nossas súplicas, ouve as nossas vozes, até aquelas que permanecem fechadas no coração, que não têm a força para sair, mas que Deus conhece melhor do que nós", disse o Papa em sua catequese.

Mariangela Jaguraba - Vatican News

"Rezar em comunhão com Maria" foi o tema da catequese do Papa Francisco na Audiência Geral desta quarta-feira (24/03), véspera da Solenidade da Anunciação.

"Sabemos que a via mestra da oração cristã é a humanidade de Jesus. Com efeito, a confiança típica da oração cristã não teria sentido se o Verbo não tivesse se encarnado, doando-nos no Espírito a sua relação filial com o Pai. Ouvimos, na Escritura, o encontro dos discípulos, as mulheres piedosas e Maria, rezando, depois da Ascensão de Jesus, a primeira comunidade cristã que esperava o dom de Jesus, a promessa de Jesus", disse o Pontífice, acrescentando:

Cristo é o Mediador, Cristo é a ponte que atravessamos para nos dirigirmos ao Pai. É o único redentor, não existem co-redentores com Cristo, é único. É o mediador por excelência. É o mediador. Cada oração que elevamos a Deus é por Cristo, com Cristo e em Cristo, e realiza-se graças à sua intercessão. O Espírito Santo alarga a mediação de Cristo a todos os tempos e lugares: não há outro nome no qual podemos ser salvos. Jesus Cristo, único mediador entre Deus e os homens.

Maria indica o caminho

"Da mediação única de Cristo adquirem significado e valor as outras referências que o cristão encontra para a sua oração e devoção, em primeiro lugar à Virgem Maria, a mãe de Jesus", disse ainda o Papa. "Ela ocupa um lugar privilegiado na vida e, portanto, também na oração do cristão, porque é a Mãe de Jesus. As Igrejas do Oriente representaram-na frequentemente como a Odigitria, aquela que “indica o caminho”, ou seja, o Filho Jesus Cristo".

A seguir, o Papa se lembrou de uma "pintura antiga da Odigitria na Catedral de Bari, simples. Nossa Senhora que mostra Jesus nu. Depois, colocaram nele uma roupa para cobrir a nudez, mas a verdade é que Jesus, nu, ele mesmo homem que nasceu de Maria, é o mediador e ela mostra o mediador. É a Odigitria". "Na iconografia cristã a sua presença está em toda parte, às vezes até com grande destaque, mas sempre em relação ao Filho e em função d'Ele. As suas mãos, o seu olhar, a sua atitude são um “catecismo” vivo e indicam sempre o âmago, o centro: Jesus. Maria está totalmente voltada para Ele a ponto de que podemos dizer que é ela mais discípula do que mãe. A indicação nas Bodas de Caná. Ela sempre mostra Cristo. É a primeira discípula", sublinhou.

Segundo Francisco, "este é o papel que Maria desempenhou ao longo de toda a sua vida terrena e que conserva para sempre: ser a humilde serva do Senhor. Numa certa altura, nos Evangelhos, Ela parece quase desaparecer; mas volta nos momentos cruciais, como em Caná, quando o Filho, graças à sua intervenção solícita, fez o primeiro “sinal”, e depois no Gólgota, aos pés da Cruz".

Jesus nos confiou Maria como mãe

"Jesus estendeu a maternidade de Maria a toda a Igreja quando lhe confiou o discípulo amado, pouco antes de morrer na cruz. A partir daquele momento, fomos todos colocados debaixo do seu manto, como vemos em certos afrescos ou quadros medievais." Segundo o Papa, Jesus nos confiou Maria "como mãe, não como deusa, não como co-redentora, mas como mãe".

É verdade que a piedade cristã sempre dá a Maria títulos bonitos, como faz um filho com a mãe. Quantas coisas bonitas diz um filho a uma mãe que ele quer bem! As coisas bonitas que a Igreja, os santos dizem a Maria não tiram a unicidade redentora de Cristo. Ele é o único redentor. São expressões de amor de um filho a uma mãe. Às vezes exageradas, mas o amor, nós sabemos, sempre nos faz fazer coisas exageradas.

Maria está presente nos dias da pandemia

Como dizem os Evangelhos, Maria é a “cheia de graça”, a” bendita entre as mulheres”. Depois, à oração da Ave-Maria foi acrescentado o título “Theotokos”, “Mãe de Deus”. "Maria está sempre presente à cabeceira dos seus filhos que deixam este mundo. Se alguém se encontra sozinho e abandonado, Ela está ali perto, tal como estava próxima do seu Filho quando todos o tinham abandonado", disse ainda o Papa, acrescentando:

Maria estava e está presente durante os dias da pandemia, perto das pessoas que infelizmente concluíram o seu caminho terreno numa condição de isolamento, sem o conforto da proximidade dos seus entes queridos. Maria está sempre ali, com a sua ternura maternal. As orações a Ela dirigidas não são vãs. Mulher do “sim”, que aceitou prontamente o convite do Anjo, responde também às nossas súplicas, ouve as nossas vozes, até aquelas que permanecem fechadas no coração, que não têm a força para sair mas que Deus conhece melhor do que nós. Como e mais do que todas as mães bondosas, Maria nos defende nos perigos, preocupa-se conosco, até quando estamos ocupados com os nossos afazeres e perdemos o sentido do caminho, colocando em perigo não só a nossa saúde, mas a nossa salvação. Maria está ali e reza por nós, reza por quem não reza. Porque Ela é a nossa Mãe!

Vatican News

Santos que nos deixaram grandes legados através de seus diários

Rob Croes/Anefo/CC0 | Public Domain | Public Domain
por John Burger

Além de coisas do dia a dia, eles escreveram sobre o encontro com Deus e o progresso na vida espiritual.

Alguns santos escreviam diários, nos quais registravam suas experiências com Deus.

Talvez a mais conhecida seja Santa Faustina Kowalska, cujo “Diário” conta a mensagem e a devoção à Divina Misericórdia.

Por outro lado, quiça a história menos conhecida seja a de Santa Gema Galgani, cujos escritos teriam sido temporariamente roubado pelo demônio. Os visitantes de Roma podem ver o documento real hoje, com marcas de queimadura e tudo mais.

Mas o que é comum a todos esses diários é que eles vão além das coisas da vida diária e se concentram na evolução do relacionamento do santo com Deus.

Aleteia

Hoje a solenidade da Anunciação do Senhor

Detalhe do mosaico da Anunciação em Nazaré 

A festa da Anunciação celebra o momento em que o anjo Gabriel, no pequeno vilarejo de Nazaré, anuncia a Maria sua próxima maternidade, segundo a narração do Evangelho de Lucas.

Cidade do Vaticano

A celebração da Anunciação, episódio narrado no Evangelho de Lucas (Lc 1, 26-38), tem origem nos primeiros séculos do cristianismo e se caracteriza por um elemento dogmático fundamental: a concepção virginal de Maria. De fato, desde os primeiros séculos, a Igreja professava a Encarnação de Deus através da concepção de uma Virgem. Com o Concílio de Niceia do ano 325 e o Concílio de Constantinopla foi estabelecido o Credo com o qual ainda hoje proclamamos que o Filho de Deus “por nós homens e para a nossa salvação desceu dos céus e se Encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria e se fez homem”. A celebração da solenidade litúrgica difundiu-se na época de Justiniano, no século VI e foi introduzida na Igreja romana pelo Papa Sérgio I no final do século VII com uma solene procissão na basílica de Santa Maria maior, na qual os mosaicos do arco do triunfal são dedicados à divina maternidade de Maria, proclamada Theotokos do Concílio de Éfeso (ano 431).

O anúncio: Maria e Jesus

Toda e qualquer referência à Virgem Maria está ligada diretamente ao filho Jesus. Por isso, originariamente, a festa de 25 de março, ao menos no Oriente do século V, era considerada uma festa mariana, embora a recordação da Encarnação de Cristo já fosse venerada no século IV na Palestina, na mesma data. Nos séculos seguintes a festa foi introduzida também no Ocidente, algumas vezes com referência ao Senhor, outras a Maria, até o Concílio Vaticano II esclarecer definitivamente. De fato, Paulo VI na Exortação apostólica Marialis cultus de 1974, ao fixar a denominação “Anunciação do Senhor” esclarece que se trata da festa conjunta de Cristo e da Virgem.

O encontro entre o Anjo e Maria

Estamos no centro da história da salvação, no início do desígnio divino, ou seja, a sua encarnação que tornará nova todas as coisas. Este é o significado de uma festa que de uma só vez supera e renova todo o Antigo Testamento, que já tinha sido antecipada no mesmo, em alguns pontos, por exemplo no Gênesis quando se fala da mulher que esmagará a cabeça da serpente ou no anúncio do Emanuel em Isaías.

Na narração evangélica, a saudação do anjo esclarece a Maria que Deus com a sua proteção está presente na sua vida, portanto anuncia-lhe a maternidade que tornará visível a invisibilidade de Deus; depois Maria pede esclarecimentos para que o seu sim seja mais pessoal e voluntário, que representa o total abandono da criatura ao seu Deus. Antes de se despedir, enfim, a revelação do anjo sobre a gravidez de Elizabeth não é nada mais que outro sinal de autenticidade do acontecido, pois “nada é impossível a Deus”.

A festa da Anunciação

A data para a festa, foi fixada em 25 de março, nove meses antes do Natal, todavia, quando cai na Semana Santa, na Semana de Páscoa, ou coincide com o Domingo de Páscoa ou com um domingo da Quaresma, é adiada. Este simples mecanismo, na realidade, foi obtido depois de uma discreta elaboração: o Concílio de Constantinopla do ano de 692 estabeleceu para as Igrejas Orientais que a celebração seria feita mesmo no Tempo da Quaresma; enquanto que para as Igrejas Ocidentais – decisão aceita também pela Igreja de Roma, o Concílio de Toledo de 656 mudou a recorrência para o dia 18 de dezembro, porém mais tarde, com a reforma do calendário voltou-se ao dia 25 de março. Dia este escolhido por ser o sexto dia do equinócio de primavera (no hemisfério norte) que cai dia 20, considerando que Deus criou o homem no sexto dia.

Vatican News

quarta-feira, 24 de março de 2021

Por que a mãe e o pai nunca param de sofrer pelos filhos?

Di Olesya Kuznetsova|Shutterstock
por Orfa Astorga

Aqueles que não nutriram laços familiares não serão capazes de despertar o amor pela sociedade mais tarde.

Em importantes celebrações familiares, meu pai discursava brevemente antes de abençoar a refeição. Ele sempre aconselhou a permanecermos unidos no amor, contribuindo para a sociedade com nossos valores cristãos.

E, modéstia à parte, nós o cumprimos, sendo beneficiários do amor que unia meus pais. Eles viveram a alegria e o amor dando-nos a vida e nos educando.

E assim foi que nossa história familiar foi refinada em lições que agora fazem parte de nossa própria experiência, sobre o fato de que ninguém pode amar se não o sabe, e se não se sente amado.

Assim, os atos morais bons ou maus dos filhos serão sempre fonte de alegria ou sofrimento para os pais e a medida de sua felicidade.

Amor recíproco

Os pais, no seu amor, querem ser correspondidos e esperam sempre uma frase ou um gesto carinho, guardando silêncio e escondendo a tristeza pela falta de amor dos filhos.

Os pais vivenciam vividamente as emoções de seus filhos. É assim que eles acompanham cada um dos filhos à medida que vão crescendo, identificando-se com as suas alegrias, com a sua inesgotável capacidade de maravilhar-se, com os seus pequenos ou grandes contratempos, descobrindo e aceitando o seu ser com um amor afetuoso.

Sofrer com o filho

Por orgulho ou por rebeldia, os filhos tomam decisões sem consultá-los ou sem permitir que os pais os ajudem.

Nada desanima mais o pai e a mãe do que a impossibilidade de ajudar um filho. Mas eles não desistem de semear amor para colher amor.

Os pais sofrem a maior dor com as tristezas de uma criança.

Diante da dor de uma criança, os pais não apenas sofrem com a mente e o coração, mas a sentem nas próprias entranhas.

E em silêncio eles oferecem sua vida pelo bem da criança.

Eles nos educam como um serviço, e às vezes a correção custa a eles suas próprias lágrimas.

É assim que, após um conflito, o pai e a mãe aguardam ansiosamente a volta do sorriso, da paz e da harmonia.

Os pais não aspiram apenas à boa vontade dos filhos, mas a serem reconhecidos em seus corações.

É lá onde querem morar enquanto vivem e quando partem.

Nunca deixamos de ser crianças

Mesmo os filhos adultos gostam da presença dos pais e gostam de chamar a sua atenção para obter um sorriso, desfrutar de uma carícia ou de um olhar de reconhecimento, como quando eram crianças.

Isso porque os pais sempre professam o amor incondicional, e o filho(a), sabendo que é amado incondicionalmente, não se envergonha de manifestar certos traços de sua infância em plena maturidade, em um descanso de alma.

Aqueles que não nutriram laços familiares não serão capazes de despertar o amor pela sociedade mais tarde.

Por outro lado, quem na escola da alegria e da dor aprendeu a amar os pais e os irmãos, pode depois amar também uma comunidade: só poderá ver irmãos nos seres humanos, porque a comunidade humana se baseia no amor e na confiança, e esses dois sentimentos só se desenvolvem por meio da família.

Aleteia

Papa Francisco reza por tuberculosos

Imagem referencial. Papa Francisco em oração.
Foto: Daniel Ibáñez / ACI Prensa

Vaticano, 24 mar. 21 / 01:46 pm (ACI).- O Papa Francisco rezou especialmente pelos pacientes com tuberculose e por suas famílias por ocasião do Dia Mundial de Combate à Tuberculose, que se celebra todos os anos no dia 24 de março.

Ao finalizar a audiência geral de quarta-feira, o Santo Padre nos encorajou a renovar o impulso de oferecer mais solidariedade e cuidado àqueles que sofrem.

“Hoje é o Dia Mundial de Combate à Tuberculose. Que esta ocasião favoreça um renovado impulso no tratamento desta doença e uma maior solidariedade com aqueles que dela sofrem. Sobre eles e sobre suas famílias, invoco o conforto do Senhor”, disse o Papa, que também enviou a mesma mensagem por meio de sua conta oficial no Twitter @Pontifex_pt.

Em numerosas ocasiões, o Santo Padre rezou por aqueles que sofrem de várias doenças e por suas famílias.

Em 2014, o Papa Francisco explicou que “Jesus nos ensina a viver a dor aceitando a realidade da vida com confiança e esperança, colocando o amor de Deus e do próximo também no sofrimento: o amor transforma tudo.”

No dia 24 de março de 2013, ao concluir a Missa do Domingo de Ramos, o Papa se dirigiu à Virgem Dolorosa para que “proteja especialmente aqueles que estão vivendo situações particularmente difíceis, recordando de forma especial os afetados pela tuberculose, pois hoje se celebra o dia mundial contra esta doença”.

ACI Digital

Casa de Lucas e prisão de Paulo: a Igreja de Nossa Senhora na Via Lata

Antoine Mekary | ALETEIA
por Marinella Bandini

Reviva a antiga tradição quaresmal dos cristãos romanos descobrindo as "igrejas estacionais”.

A Igreja de Nossa Senhora na Via Lata fica no lugar onde São Lucas escreveu os Atos dos Apóstolos e pintou os primeiros sete retratos da Virgem, entre os quais está um retrato do século XII cuja cópia pode ser vista no altar-mor.

Uma antiga crença afirma que foi neste local que São Paulo viveu sob vigilância por dois anos, hipótese reforçada opor uma inscrição encontrada na entrada do porão, mas tal tradição é disputada também pela Igreja de São Paulo na Regola. A inscrição também indica um certo mártir marcial (seria talvez o carcereiro de Paul, mais tarde convertido?). E acredita-se que Pedro também teria por ali passado.

No porão, há uma coluna coríntia que, segundo a tradição, está vincula a São Paulo. Na coluna está gravada uma frase escrita por Paulo a Timóteo: “Verbum dei non est alligatum” (A Palavra de Deus não está acorrentada). Escavações recentes permitiram a recuperação de vários objetos, incluindo uma corrente de ferro de cerca de dois metros, compatível com os sinais na coluna.

No século III o edifício foi provavelmente utilizado como armazém e, no final do século VI, tornou-se a Diaconia do Papa Sérgio I, provavelmente dirigida por monges orientais. Em 1049, a igreja superior foi construída com uma orientação oposta à da Cripta. A igreja de hoje é aquela foi construída no século XV e restaurada por diversas vezes.

Porque o Senhor olhou do alto de seu santuário, do céu ele contemplou a terra; para escutar os gemidos dos cativos, para livrar da morte os condenadosSalmos 101, 20-21.

Aleteia

Católicos de Bangladesh renovam desejo de devoção a São José

Guadium Press
As coisas serão diferentes neste ano: teremos orações e atividades por um ano sobre a vida de São José. Saberemos mais sobre ele e fortaleceremos nossa devoção a ele.

Redação (23/03/2021, 16:55, Gaudium Press) Anjoli Palma de Bangladesh, ficou muito mais animada e contente quando, na última sexta-feira, as autoridades eclesiásticas locais declararam que a paróquia desta cidade seria considerada um local de peregrinação no Ano de São José.

Anjoli mora próximo da capital Dhaka e viu no fato um presente especial para os católicos locais no Ano de São José.

Na verdade, a Igreja de São José mais próxima fica em Savar, localizada a cerca de 25 quilômetros ao norte de Dhaka. Sua construção foi iniciada em 1926 e atualmente atende a mais de 6.000 católicos da região.

Não sabemos quase nada sobre São José. Temos necessidade de saber mais sobre ele e ter mais devoção…

Falando ao UCA News, Anjoli, 37 anos, que é dona de casa e mãe de um filho, afirmou:
“Estou muito feliz em saber que nossa paróquia é agora um local de peregrinação.
Todos os anos, pessoas da paróquia se aglomeram em outras paróquias para assistir e participar da festa de Santo Antônio de Pádua e Nossa Senhora Mãe Maria.
Contudo, não sabemos quase nada sobre São José. Temos necessidade de saber mais sobre ele e mostrar mais devoção a ele ”.

Anjoli disse mais: “como a maioria dos cristãos de Bangladesh, os católicos de nossa região só conhecem São José como sendo o pai adotivo de Jesus e que era carpinteiro”.

Para o UCA News, Anjoli ainda acrescentou: “As coisas serão diferentes este ano. Haverá orações e atividades de um ano sobre a vida de São José.
O dia da festa (1º de maio) será uma grande festa após nove dias de novena. Tudo isso nos ajudará a saber mais sobre a grande vida de São José e a fortalecer nossa devoção a ele ”.

Dom D’Cruze, Arcebispo de Dhaka, designou duas paróquias como locais de peregrinação e deu início ao Ano de São José, em Bangladesh

No dia 19 de março, durante as comemorações da Solenidade de São José, o Arcebispo Oblato Bejoy N. D’Cruze, da Arquidiocese de Dhaka, designou duas paróquias como sendo dedicadas a locais de peregrinação a São José. Uma das paróquias seria em Savar e outra em Solepur, no distrito de Munshiganj.

O arcebispo D’Cruze, que é presidente da Conferência dos Bispos Católicos de Bangladesh (CBCB), presidiu uma missa especial na igreja de São José em Solepur e declarou o início oficial do Ano de São José, em Bangladesh.

Como se sabe, 2021 foi declarado o Ano de São José para marcar o 150º aniversário da declaração de São José como o Patrono da Igreja Universal.
Do dia 8 de dezembro de 2020 até 8 de dezembro de 2021 o mundo católico comemora o Ano de São José.

Conheçamos mais São José, ofereçamos a ele um lugar melhor em nossos corações para nos tornarmos melhores cristãos

O arcebispo D’Cruze exortou os católicos em Bangladesh a visitar os locais de peregrinação recém-designados para imitar São José e se tornarem melhores cristãos.

“Convido todos vocês … a saber mais sobre São José, oferecer a ele um lugar melhor em nossos corações e assim podermos nos tornar melhores cristãos. Venha e visite os locais de peregrinação para obter as bênçãos de Deus por meio da intercessão de São José ”, disse o arcebispo D’Cruze. (JSG)

(Foto Arqudiocese de Dhaka)

https://gaudiumpress.org/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF