Translate

sexta-feira, 2 de abril de 2021

Como fazer em casa a Celebração da Palavra da Sexta-feira Santa

Massimo Todaro | Shutterstock

O roteiro completo para você viver bem a Semana Santa e fazer em sua casa a Celebração da Palavra desta Sexta-feira.

Esta Celebração da Palavra de Deus em casa é dirigida às pessoas que estão impedidas de participar das celebrações na paróquia, principalmente por causa da pandemia.

No entanto, esta Liturgia da Palavra pode constituir também uma grande forma de alimentar a espiritualidade familiar.

GUIA ESPECÍFICO DA CELEBRAÇÃO DE SEXTA-FEIRA SANTA

  • Se você não tiver um crucifixo, faça uma cruz simples, de cerca de quarenta centímetros, por exemplo, com duas varas de madeira presas com uma barbante.
  • Na medida do possível, prepare para que cada participante possa ter o texto da grande oração universal da Sexta-feira Santa.
  • O condutor da celebração deve preparar o seu trabalho com antecedência.
  • A leitura da Paixão é particularmente emocionante. Deve ser lida devagar, com uma voz clara e firme. Cada um dos leitores envolvidos preparará com antes as passagens da leitura que lhe foram atribuídas.
  • Três leitores devem ser escolhidos para ler o Evangelho. Seus papéis devem ser divididos da seguinte forma: ✙: Jesus, C/: Cronista, S/: outros personagens. Se você puder contar com apenas dois leitores, um assumirá o papel de ✙: Jesus e o outro, o de C/ e S/.
  • Durante o Evangelho, o leitor apagará a única vela (que deve estar acesa desde o início da celebração), depois de ler o verso que diz: “E, inclinando a cabeça, entregou o espírito“.
  • Deve-se retirar do espaço de oração todas as decorações e tudo o que for supérfluo. O ideal é que fique apenas o crucifixo e uma vela. Não se colocam flores.
  • A vela, acesa no início, será apagada durante a leitura da Paixão. A iluminação deve ser a mínima necessária para poder ler as passagens bíblicas.
  • O ideal é começar a celebração por volta das 15h.
  • Durante a celebração, nos esforçaremos para manter uma atmosfera de silêncio e recolhimento. Deve-se perceber que algo dramático está ocorrendo.

ROTEIRO

  • Se você está sozinho, é preferível ler as leituras e orações da liturgia ou acompanhar a missa pela televisão.
  • Esta celebração requer ao menos a participação de duas pessoas.
  • Esta celebração se adapta particularmente ao contexto familiar.
  • Deve-se colocar o número de cadeiras necessário diante de um espaço de oração, respeitando a distância de um metro entre cada cadeira.
  • Deve-se colocar uma cruz ou o crucifixo no ambiente de oração.
  • Acende-se uma ou várias velas, que devem ser colocadas em um suporte seguro. Ao final da celebração, elas devem ser apagadas.
  • Designa-se uma pessoa para dirigir a oração (em ordem de prioridade: um diácono, um leigo que tenha recebido o ministério de leitor ou acolitado, o pai ou a mãe de família).
  • A pessoa encarregada de dirigir a oração estabelecerá a duração dos momentos de silêncio.
  • Serão designados leitores para as leituras.
  • Podem-se preparar os cantos apropriados.

SEXTA-FEIRA SANTA

Celebração da Palavra

 “Tudo está consumado”

Sentados, aguardamos três minutos em silêncio. Em seguida, todos se levantam e fazem o sinal da cruz, dizendo: 

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, Amém.

ORAÇÃO

O condutor recita esta oração:

Recorda, Senhor,
tua misericórdia,
e santifica teus servos com tua eterna proteção,
por Jesus Cristo, teu Filho, através do seu sangue,
instituiu em seu favor o Mistério pascal.
Ele, que vive e reina contigo.

Amém

O encarregado da primeira leitura permanece de pé, enquanto os demais se sentam.


PRIMEIRA LEITURA

Leitura do Livro de Isaías (52,13-53-12)

Ei-lo, o meu Servo será bem sucedido;
sua ascensão será ao mais alto grau.
Assim como muitos ficaram pasmados ao vê-lo
– tão desfigurado ele estava que não parecia
ser um homem ou ter aspecto humano -,
do mesmo modo ele espalhará sua fama entre os povos.
Diante dele os reis se manterão em silêncio,
vendo algo que nunca lhes foi narrado
e conhecendo coisas que jamais ouviram.

‘Quem de nós deu crédito ao que ouvimos?
E a quem foi dado reconhecer a força do Senhor?
Diante do Senhor ele cresceu como renovo de planta
ou como raiz em terra seca.
Não tinha beleza nem atrativo para o olharmos,
não tinha aparência que nos agradasse.
Era desprezado como o último dos mortais,
homem coberto de dores, cheio de sofrimentos;
passando por ele, tapávamos o rosto;
tão desprezível era, não fazíamos caso dele.

A verdade é que ele tomava sobre si nossas
enfermidades e sofria, ele mesmo, nossas dores;
e nós pensávamos fosse um chagado,
golpeado por Deus e humilhado!
Mas ele foi ferido por causa de nossos pecados,
esmagado por causa de nossos crimes;
a punição a ele imposta era o preço da nossa paz,
e suas feridas, o preço da nossa cura.

Todos nós vagávamos como ovelhas desgarradas,
cada qual seguindo seu caminho;
e o Senhor fez recair sobre ele
o pecado de todos nós’.
Foi maltratado, e submeteu-se, não abriu a boca;
como cordeiro levado ao matadouro
ou como ovelha diante dos que a tosquiam,
ele não abriu a boca.

Foi atormentado pela angústia e foi condenado.
Quem se preocuparia com sua história de origem?
Ele foi eliminado do mundo dos vivos;
e por causa do pecado do meu povo
foi golpeado até morrer.
Deram-lhe sepultura entre ímpios, um túmulo entre
os ricos, porque ele não praticou o mal
nem se encontrou falsidade em suas palavras.

O Senhor quis macerá-lo com sofrimentos.
Oferecendo sua vida em expiação,
ele terá descendência duradoura,
e fará cumprir com êxito a vontade do Senhor.
Por esta vida de sofrimento,
alcançará luz e uma ciência perfeita.
Meu Servo, o justo, fará justos inúmeros homens,
carregando sobre si suas culpas.

Por isso, compartilharei com ele multidões
e ele repartirá suas riquezas com os valentes
seguidores, pois entregou o corpo à morte,
sendo contado como um malfeitor;
ele, na verdade, resgatava o pecado de todos
e intercedia em favor dos pecadores.
Palavra do Senhor.

A pessoa encarregada de ler o salmo coloca-se de pé, enquanto os outros permanecem sentados.


SALMO 30 (2. 6. 12-13. 15-16. 17. 25)

R/ Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito.

Senhor, eu ponho em vós minha esperança;
que eu não fique envergonhado eternamente!
Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito,
porque vós me salvareis, ó Deus fiel!

R/ Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito.

Tornei-me o opróbrio do inimigo,
o desprezo e zombaria dos vizinhos,
e objeto de pavor para os amigos;
fogem de mim os que me vêem pela rua.
Os corações me esqueceram como um morto,
e tornei-me como um vaso espedaçado.

R/ Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito.

A vós, porém, ó meu Senhor, eu me confio,
e afirmo que só vós sois o meu Deus!
Eu entrego em vossas mãos o meu destino;
libertai-me do inimigo e do opressor!

R/ Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito.

Mostrai serena a vossa face ao vosso servo,
e salvai-me pela vossa compaixão!
Fortalecei os corações, tende coragem,
todos vós que ao Senhor vos confiais!

R/ Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito.

O leitor encarregado da leitura se levanta, enquanto os demais participantes permanecem sentados.


SEGUNDA LEITURA
Leitura da Carta aos Hebreus (4,14-16; 5,7-9)

Irmãos:
Temos um sumo sacerdote eminente, que entrou no céu,
Jesus, o Filho de Deus.
Por isso, permaneçamos firmes na fé que professamos.
Com efeito, temos um sumo sacerdote
capaz de se compadecer de nossas fraquezas,
pois ele mesmo foi provado em tudo como nós,
com exceção do pecado.
Aproximemo-nos então, com toda a confiança,
do trono da graça,
para conseguirmos misericórdia e alcançarmos
a graça de um auxílio no momento oportuno.
Cristo, nos dias de sua vida terrestre,
dirigiu preces e súplicas,
com forte clamor e lágrimas,
àquele que era capaz de salvá-lo da morte.
E foi atendido, por causa de sua entrega a Deus.
Mesmo sendo Filho, aprendeu o que significa a
obediência a Deus por aquilo que ele sofreu.
Mas, na consumação de sua vida,
tornou-se causa de salvação eterna
para todos os que lhe obedecem.
Palavra do Senhor.


EVANGELHO

Todos se levantam. Eleva-se a aclamação antes do Evangelho.

R/ Honra e glória a Ti, Senhor Jesus.
Salve, Rei nosso, obediente ao Pai,
foste levado à crucificação
como cordeiro manso à matança.
R/ Honra e glória a Ti, Senhor Jesus.

A leitura da passagem evangélica será realizada segundo a atribuição de diferentes leitores:

✙: Jesus, C/: Cronista, S/: Outros personagens

Se entre os presentes houver crianças ou pessoas que precisem, elas podem se sentar.
Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo segundo João 18, 1–19,42

C/ Naquele tempo:
Jesus saiu com os discípulos
para o outro lado da torrente do Cedron.
Havia aí um jardim, onde ele entrou com os discípulos.
Também Judas, o traidor, conhecia o lugar,
porque Jesus costumava reunir-se aí
com os seus discípulos.
Judas levou consigo um destacamento de soldados
e alguns guardas dos sumos sacerdotes e fariseus,
e chegou ali com lanternas, tochas e armas.
Então Jesus, consciente de tudo o que ia acontecer,
saiu ao encontro deles e disse:

✙ ‘A quem procurais?’
C/ Responderam:

S/ ‘A Jesus, o nazareno’.
C/ Ele disse:

✙ ‘Sou eu’.
C/ Judas, o traidor, estava junto com eles.
Quando Jesus disse: ‘Sou eu’,
eles recuaram e caíram por terra.
De novo lhes perguntou:
✙ ‘A quem procurais?’
C/ Eles responderam:

S/ ‘A Jesus, o nazareno’.
C/ Jesus respondeu:

✙ ‘Já vos disse que sou eu.
Se é a mim que procurais,
então deixai que estes se retirem’.
C/ Assim se realizava a palavra que Jesus tinha dito:
‘Não perdi nenhum daqueles que me confiaste’.
Simão Pedro, que trazia uma espada consigo,
puxou dela e feriu o servo do sumo sacerdote,
cortando-lhe a orelha direita.
O nome do servo era Malco.
Então Jesus disse a Pedro:
✙ ‘Guarda a tua espada na bainha.
Não vou beber o cálice que o Pai me deu?’

C/ Então, os soldados, o comandante e os guardas dos
judeus prenderam Jesus e o amarraram.
Conduziram-no primeiro a Anás, que era o sogro de
Caifás, o sumo sacerdote naquele ano.
Foi Caifás que deu aos judeus o conselho:
‘É preferível que um só morra pelo povo’.
Simão Pedro e um outro discípulo seguiam Jesus.
Esse discípulo era conhecido do sumo sacerdote
e entrou com Jesus no pátio do sumo sacerdote.
Pedro ficou fora, perto da porta.
Então o outro discípulo,
que era conhecido do sumo sacerdote, saiu,
conversou com a encarregada da porta
e levou Pedro para dentro.
A criada que guardava a porta disse a Pedro:
S/ ‘Não pertences também tu aos discípulos desse homem?’
C/ Ele respondeu:

S/ ‘Não’.
C/ Os empregados e os guardas fizeram uma fogueira
e estavam-se aquecendo, pois fazia frio.
Pedro ficou com eles, aquecendo-se.
Entretanto, o sumo sacerdote interrogou Jesus
a respeito de seus discípulos e de seu ensinamento.
Jesus lhe respondeu:
✙ ‘Eu falei às claras ao mundo. Ensinei sempre na
sinagoga e no Templo, onde todos os judeus se reúnem.
Nada falei às escondidas.
Por que me interrogas? Pergunta aos que ouviram o que
falei; eles sabem o que eu disse.’
C/ Quando Jesus falou isso, um dos guardas que ali estava
deu-lhe uma bofetada, dizendo:
‘É assim que respondes ao sumo sacerdote?’
Respondeu-lhe Jesus:

✙ ‘Se respondi mal, mostra em quê;
mas, se falei bem, por que me bates?’
C/ Então, Anás enviou Jesus amarrado para Caifás,
o sumo sacerdote.

Simão Pedro continuava lá, em pé, aquecendo-se.
Disseram-lhe:
S/ ‘Não és tu, também, um dos discípulos dele?’
C/ Pedro negou:

S/ ‘Não!’
C/ Então um dos empregados do sumo sacerdote,
parente daquele a quem Pedro tinha cortado a orelha,
disse:

S/ ‘Será que não te vi no jardim com ele?’
C/ Novamente Pedro negou. E na mesma hora, o galo cantou.

C/ De Caifás, levaram Jesus ao palácio do governador.
Era de manhã cedo.
Eles mesmos não entraram no palácio,
para não ficarem impuros e poderem comer a páscoa.
Então Pilatos saiu ao encontro deles e disse:
S/ ‘Que acusação apresentais contra este homem?’
C/ Eles responderam:

S/ ‘Se não fosse malfeitor,
não o teríamos entregue a ti!’
C/ Pilatos disse:

S/ ‘Tomai-o vós mesmos
e julgai-o de acordo com a vossa lei.’
C/ Os judeus lhe responderam:
S/ ‘Nós não podemos condenar ninguém à morte’.
C/ Assim se realizava o que Jesus tinha dito,
significando de que morte havia de morrer.
Então Pilatos entrou de novo no palácio,
chamou Jesus e perguntou-lhe:
C/ ‘Tu és o rei dos judeus?’
Jesus respondeu:

✙ ‘Estás dizendo isto por ti mesmo,
ou outros te disseram isto de mim?’
C/ Pilatos falou:

S/ ‘Por acaso, sou judeu?
O teu povo e os sumos sacerdotes te entregaram a mim.
Que fizeste?’.
C/ Jesus respondeu:

✙ ‘O meu reino não é deste mundo.
Se o meu reino fosse deste mundo,
os meus guardas lutariam para que eu não
fosse entregue aos judeus.
Mas o meu reino não é daqui.’
C/ Pilatos disse a Jesus:

S/ ‘Então tu és rei?’
C/ Jesus respondeu:

✙ ‘Tu o dizes: eu sou rei.
Eu nasci e vim ao mundo para isto:
para dar testemunho da verdade.
Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz.’
C/ Pilatos disse a Jesus:

S/ ‘O que é a verdade?’
C/ Ao dizer isso, Pilatos saiu ao encontro dos judeus,
e disse-lhes:

S/ ‘Eu não encontro nenhuma culpa nele.
Mas existe entre vós um costume,
que pela Páscoa eu vos solte um preso.
Quereis que vos solte o rei dos Judeus?’
C/ Então, começaram a gritar de novo:
S/ ‘Este não, mas Barrabás!’ Barrabás era um bandido.

C/ Então Pilatos mandou flagelar Jesus.
Os soldados teceram uma coroa de espinhos
e colocaram-na na cabeça de Jesus.
Vestiram-no com um manto vermelho,
aproximavam-se dele e diziam: ‘Viva o rei dos judeus!’
E davam-lhe bofetadas.
Pilatos saiu de novo e disse aos judeus:
S/ ‘Olhai, eu o trago aqui fora, diante de vós,
para que saibais que não encontro nele crime algum.’
C/ Então Jesus veio para fora,
trazendo a coroa de espinhos e o manto vermelho.
Pilatos disse-lhes:

S/ ‘Eis o homem!’
C/ Quando viram Jesus,
os sumos sacerdotes e os guardas começaram a gritar:
S/ ‘Crucifica-o! Crucifica-o!’
C/ Pilatos respondeu:

S/ ‘Levai-o vós mesmos para o
crucificar, pois eu não encontro nele crime algum.’
C/ Os judeus responderam:

S/ ‘Nós temos uma Lei,
e, segundo esta Lei, ele deve morrer,
porque se fez Filho de Deus’.
C/ Ao ouvir estas palavras, Pilatos ficou com mais medo ainda.
Entrou outra vez no palácio
e perguntou a Jesus:

S/ ‘De onde és tu?’
C/ Jesus ficou calado.
Então Pilatos disse:

S/ ‘Não me respondes?
Não sabes que tenho autoridade para te soltar
e autoridade para te crucificar?’
C/ Jesus respondeu:
✙ ‘Tu não terias autoridade alguma sobre mim,
se ela não te fosse dada do alto.
Quem me entregou a ti, portanto, tem culpa maior.’

C/ Por causa disso, Pilatos procurava soltar Jesus.
Mas os judeus gritavam:
S/ ‘Se soltas este homem, não és amigo de César.
Todo aquele que se faz rei, declara-se contra César’.
C/ Ouvindo estas palavras, Pilatos trouxe
Jesus para fora e sentou-se no tribunal,
no lugar chamado ‘Pavimento’, em hebraico ‘Gábata’.
Era o dia da preparação da Páscoa,
por volta do meio-dia.
Pilatos disse aos judeus:

S/ ‘Eis o vosso rei!’
C/ Eles, porém, gritavam:

S/ ‘Fora! Fora! Crucifica-o!’
C/ Pilatos disse:

S/ ‘Hei de crucificar o vosso rei?’
C/ Os sumos sacerdotes responderam:
S/ ‘Não temos outro rei senão César’.
C/ Então Pilatos entregou Jesus para ser crucificado,
e eles o levaram.

C/ Jesus tomou a cruz sobre si
e saiu para o lugar chamado ‘Calvário’,
em hebraico ‘Gólgota’.
Ali o crucificaram, com outros dois:
um de cada lado, e Jesus no meio.
Pilatos mandou ainda escrever um letreiro
e colocá-lo na cruz; nele estava escrito:
‘Jesus o Nazareno, o Rei dos Judeus’.
Muitos judeus puderam ver o letreiro, porque o lugar em
que Jesus foi crucificado ficava perto da cidade.
O letreiro estava escrito em hebraico, latim e grego.
Então os sumos sacerdotes dos judeus disseram a
Pilatos:

S/ ‘Não escrevas ‘O Rei dos Judeus’,
mas sim o que ele disse: ‘Eu sou o Rei dos judeus’.’
C/ Pilatos respondeu:

S/ ‘O que escrevi, está escrito’.

C/ Depois que crucificaram Jesus,
os soldados repartiram a sua roupa em quatro partes,
uma parte para cada soldado.
Quanto à túnica, esta era tecida sem costura,
em peça única de alto a baixo.
Disseram então entre si: ‘Não vamos dividir a túnica.
Tiremos a sorte para ver de quem será’.
Assim se cumpria a Escritura que diz:
‘Repartiram entre si as minhas vestes
e lançaram sorte sobre a minha túnica’.
Assim procederam os soldados.

C/ Perto da cruz de Jesus, estavam de pé
a sua mãe, a irmã da sua mãe, Maria de Cléofas,
e Maria Madalena.
Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que
ele amava, disse à mãe:

✙ ‘Mulher, este é o teu filho’.
C/ Depois disse ao discípulo:

✙ ‘Esta é a tua mãe’.
C/ Daquela hora em diante, o discípulo a acolheu consigo.

C/ Depois disso, Jesus, sabendo que tudo estava consumado,
e para que a Escritura se cumprisse até o fim,
disse:

✙ ‘Tenho sede’.
C/ Havia ali uma jarra cheia de vinagre.
Amarraram numa vara uma esponja embebida de vinagre
e levaram-na à boca de Jesus.
Ele tomou o vinagre e disse:

✙ ‘Tudo está consumado’.
C/ E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.

O leitor apaga a vela. Todos se ajoelham e fazem uma breve pausa.

C/ Era o dia da preparação para a Páscoa.
Os judeus queriam evitar
que os corpos ficassem na cruz durante o sábado,
porque aquele sábado era dia de festa solene.
Então pediram a Pilatos
que mandasse quebrar as pernas aos crucificados
e os tirasse da cruz.
Os soldados foram
e quebraram as pernas de um e depois do outro
que foram crucificados com Jesus.
Ao se aproximarem de Jesus, e vendo que já estava
morto, não lhe quebraram as pernas;
mas um soldado abriu-lhe o lado com uma lança,
e logo saiu sangue e água.
Aquele que viu, dá testemunho e seu testemunho é
verdadeiro; e ele sabe que fala a verdade,
para que vós também acrediteis.
Isso aconteceu para que se cumprisse a Escritura,
que diz: ‘Não quebrarão nenhum dos seus ossos’.
E outra Escritura ainda diz:
‘Olharão para aquele que transpassaram’.

Depois disso, José de Arimatéia,
que era discípulo de Jesus
– mas às escondidas, por medo dos judeus –
pediu a Pilatos para tirar o corpo de Jesus.
Pilatos consentiu.
Então José veio tirar o corpo de Jesus.
Chegou também Nicodemos,
o mesmo que antes tinha ido a Jesus de noite.
Trouxe uns trinta quilos de perfume
feito de mirra e aloés.
Então tomaram o corpo de Jesus
e envolveram-no, com os aromas, em faixas de linho,
como os judeus costumam sepultar.
No lugar onde Jesus foi crucificado, havia um jardim
e, no jardim, um túmulo novo,
onde ainda ninguém tinha sido sepultado.
Por causa da preparação da Páscoa, e como o túmulo
estava perto, foi ali que colocaram Jesus.

Palavra da Salvação.

O Evangelho conclui sem aclamação. Todos se sentam, e o condutor volta a ler lentamente, como se fosse um eco distante:

No profundo do nosso coração marcado pelo pecado,
deixemos ecoar esta palavra do Senhor,
que é endereçada pessoalmente a cada um de nós:

“Ele disse: ‘Tudo está consumado’.
E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.”

Permanecemos cinco minutos em silêncio para meditar. Em seguida, todos se levantam para rezar nesta Sexta-feira Santa as grandes intenções de oração da Igreja e do mundo.


ORAÇÃO UNIVERSAL

I. Pela santa Igreja

Todos juntos dizem:

Oremos, irmãos caríssimos, pela santa Igreja de Deus, para que o Senhor lhe dê a paz, a confirme na unidade e a proteja em toda a terra, e a todos nós conceda uma vida calma e tranquila, para glória de Deus Pai todo-poderoso.

Oração em silêncio. Depois o condutor diz:

Deus eterno e omnipotente, que em Jesus Cristo revelastes a vossa glória a todos os povos da terra, protegei a obra da vossa misericórdia, para que a Igreja, dispersa por todo o mundo, persevere firme na fé para dar testemunho do vosso nome. Por Cristo, nosso Senhor.

Amém

II. Pelo Papa

Todos juntos dizem:

Oremos pelo nosso Santo Padre, o Papa N., para que Deus nosso Senhor, que o elevou ao episcopado, o conserve e defenda na sua Igreja para governar o povo santo de Deus.

Oração em silêncio. Depois o condutor diz:

Deus eterno e Todo Poderoso, que tudo governais com sabedoria, atendei favoravelmente as nossas súplicas e, por vossa bondade, protegei o Pastor que escolhestes para a vossa Igreja, a fim de que o povo cristão, governado por Vós sob a direção do Sumo Pontífice, progrida sempre na fé. Por Cristo, nosso Senhor.

Amém

III. Por todos os ministros e pelos fiéis

Todos juntos dizem:

Oremos pelo nosso bispo Francisco e por todos os bispos, presbíteros e diáconos, pelos que exercem na Igreja algum ministério e por todo o povo de Deus.

Oração em silêncio. Depois o condutor diz:

Deus eterno e Todo Poderoso, cujo Espírito santifica e governa todo o corpo da Igreja, ouvi as súplicas que Vos dirigimos por todos os membros da comunidade cristã e fazei que, ajudados pela vossa graça, todos Vos sirvam com fidelidade. Por Cristo, nosso Senhor.

Amém

IV. Pelos catecúmenos

Todos juntos dizem:

Oremos pelos (nossos) catecúmenos, para que Deus nosso Senhor os ilumine interiormente e lhes abra as portas da sua misericórdia, de modo que, recebendo o perdão de todos os seus pecados pela água regeneradora do Baptismo, sejam incorporados em Jesus Cristo Nosso Senhor.

Oração em silêncio. Depois o condutor diz:

Deus eterno e Todo Poderoso, que dais continuamente novos filhos à vossa Igreja, aumentai a fé e a sabedoria dos (nossos) catecúmenos, de modo que, renascendo na fonte batismal, sejam contados entre os vossos filhos de adoção. Por Cristo, nosso Senhor.

Amém

V. Pela unidade dos cristãos

Todos juntos dizem:

Oremos por todos os nossos irmãos que crêem em Cristo, para que Deus nosso Senhor lhes dê a graça de viverem a verdade em suas obras e os reúna e guarde na unidade da sua Igreja.

Oração em silêncio. Depois o condutor diz:

Deus eterno e Todo Poderoso, que reunis os vossos fiéis dispersos e os conservais na unidade, olhai propício para todo o povo de Cristo, para que vivam unidos pela integridade da fé e pelo vínculo da caridade todos aqueles que foram consagrados pelo mesmo Baptismo. Por Cristo, nosso Senhor.

Amém

VI. Pelos Judeus

Todos juntos dizem:

Oremos pelo povo judeu, para que Deus nosso Senhor, que falou aos seus pais pelos antigos Profetas, o faça progredir no amor do seu nome e na fidelidade à sua aliança.

Oração em silêncio. Depois o sacerdote diz:

Deus eterno e Todo Poderoso, que confiastes as vossas promessas a Abraão e à sua descendência, atendei com bondade as preces da vossa Igreja, para que o povo da primeira aliança alcance a plenitude da redenção. Por Cristo, nosso Senhor.

Amém

VII. Pelos que não crêem em Cristo

Todos juntos dizem:

Oremos pelos que não crêem em Cristo, para que, iluminados pelo Espírito Santo, possam também eles encontrar o caminho da salvação.

Oração em silêncio. Depois o condutor diz:

Deus eterno e Todo Poderoso, concedei aos que não crêem em Cristo que vivam de coração sincero na vossa presença, a fim de encontrarem a verdade, e a nós, vossos filhos, concedei também a graça de entrar profundamente no mistério de Cristo e de o viver fielmente na união da fraterna caridade, para darmos ao mundo o testemunho perfeito do vosso amor. Por Cristo, nosso Senhor.

Amém

VIII. Pelos que não crêem em Deus

Todos juntos dizem:

Oremos pelos que não crêem em Deus, para que, pela rectidão e sinceridade da sua vida, cheguem ao conhecimento do verdadeiro Deus.

Oração em silêncio. Depois o condutor diz:

Deus eterno e Todo Poderoso, que criastes os homens para que Vos procurem, de modo que só em Vós descanse o seu coração, concedei-lhes que, no meio das suas dificuldades, compreendendo os sinais do vosso amor e o testemunho dos crentes, todos se alegrem de Vos reconhecer como único Deus verdadeiro e Pai de todos os homens. Por Cristo, nosso Senhor.

Amém

IX. Pelos governantes

Todos juntos dizem:

Oremos pelos governantes de todas as nações, para que Deus nosso Senhor dirija a sua mente e o seu coração segundo a sua vontade, para buscarem sempre a verdadeira paz e a liberdade de todos os povos.

Oração em silêncio. Depois o condutor diz:

Deus eterno e Todo Poderoso, em cujas mãos estão os corações dos homens e os direitos dos povos, assisti os nossos governantes, para que, com o vosso auxílio, se fortaleça em toda a terra a prosperidade das nações, a segurança da paz e a liberdade religiosa. Por Cristo, nosso Senhor.

Amém

X. Pelos que padecem a pandemia do Covid-19

Oremos ao Deus da vida, salvação do seu povo, para que sejam consolados os que sofrem com a doença e a morte, provocadas pela pandemia do novo coronavírus; fortalecidos os que heroicamente têm cuidado dos enfermos; e inspirados os que se dedicam à pesquisa de uma vacina eficaz.

Oração em silêncio. Depois o condutor diz:

Ó Deus, nosso refúgio nas dificuldades, força na fraqueza e consolo nas lágrimas, compadecei-vos do vosso povo que padece sob a pandemia, para que encontre finalmente alívio na vossa misericórdia. Por Cristo, nosso Senhor. R. Amém.

Amém

XI. Pelos atribulados

Oremos, irmãos, a Deus Pai todo-poderoso, para que livre o mundo de todos os erros, afaste as doenças e a fome em toda a terra, abra as portas das prisões e liberte os oprimidos, proteja os que viajam e reconduza ao seu lar os emigrantes e os desterrados, dê saúde aos enfermos e a salvação aos moribundos.

Oração em silêncio. Depois o condutor diz:

Deus eterno e Todo Poderoso, consolação dos tristes e fortaleza dos que sofrem, ouvi as súplicas dos que Vos invocam nas tribulações, para que todos tenham a alegria de encontrar em suas dificuldades o auxílio da vossa misericórdia. Por Cristo, nosso Senhor.

Amém


ADORAÇÃO DA SANTA CRUZ

O condutor da celebração pega o crucifixo (ou a cruz) e diz:

Apresentarei em três ocasiões
a imagem da cruz,
sinal de nossa salvação.

Lentamente, apresentando a cruz,
levante um pouco os braços
e diga:

Eis o lenho da cruz,
onde foi pregado
o Salvador do mundo.

Todos respondem:

Vinde, adoremos.

Todos se ajoelham e mantêm um momento de silêncio.

Esta apresentação da cruz, com a fórmula pronunciada pelo condutor e a resposta dos presentes, deve ser feita três vezes. Em cada uma das ocasiões, todos se ajoelham, mantendo um momento de silêncio.

Após a veneração da cruz, o condutor da celebração introduz a oração de Pai Nosso.

Fiéis à recomendação do Salvador
e seguindo seu divino ensinamento,
ousamos dizer:

Reza-se o Pai Nosso

Pai Nosso que estais nos Céus,
santificado seja o vosso Nome,
venha a nós o vosso Reino,
seja feita a vossa vontade
assim na terra como no Céu.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje,
perdoai-nos as nossas ofensas
assim como nós perdoamos
a quem nos tem ofendido,
e não nos deixeis cair em tentação,
mas livrai-nos do Mal.

E imediatamente todos prosseguem proclamando: 

Teu é o reino, o poder e a glória para sempre, Senhor.

O condutor segue dizendo: 

Acabamos de juntar nossa voz
à do Senhor Jesus para rezar ao Pai.
Nós somos filhos no Filho.
Na caridade que nos une,
renovados pela Palavra de Deus,
podemos trocar um gesto de paz,
sinal de comunhão
que recebemos do Senhor.

Todos trocam o gesto da paz.

Sentamo-nos.


COMUNHÃO ESPIRITUAL

O condutor diz:

Como não podemos receber a comunhão sacramental, o Papa Francisco nos convida urgentemente a realizar a comunhão espiritual, também chamada de “comunhão do desejo”. O Concílio de Trento nos lembra que “trata-se de um desejo ardente de alimentar-se deste pão celestial, unidos a uma fé viva que trabalha pela caridade, e isso nos torna participantes dos frutos e graças do Sacramento”. O valor da nossa comunhão espiritual portanto, depende da nossa fé na presença de Cristo na Eucaristia, como fonte de vida, amor e unidade, e de nosso desejo de receber a Comunhão, apesar de tudo.

Silêncio

Convido vocês a reclinarem a cabeça
e fecharem os olhos, recolhendo-se em seu espírito.

No mais profundo de nossos corações
deixemos crescer o desejo ardente de nos unirmos a Jesus,
em comunhão sacramental,
e de fazer que seu amor se faça vivo em nossas vidas,
amando nossos irmãos e irmãs como Ele nos amou.

Permanecemos cinco minutos em silêncio em um diálogo de coração a coração com Jesus Cristo.


ORAÇÃO

Todos ficam em pé. O condutor da celebração diz:

Deus eterno e omnipotente, que nos renovastes pela gloriosa morte e ressurreição de Jesus Cristo, confirmai em nós a obra da vossa misericórdia, a fim de que, pela comunhão neste mistério, Vos consagremos toda a nossa vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Amém

Com as mãos juntas, o condutor da celebração pronuncia em nome de todos a oração de bênção:

Derramai, Senhor, a vossa bênção sobre este povo que celebrou a morte do vosso Filho na esperança da sua ressurreição; concedei-lhe o perdão e o conforto, aumentai a sua fé e confirmai-o na esperança da salvação eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco, na unidade do Espírito Santo.

Amém

Todos fazem o sinal da cruz.
Os pais podem fazer o sinal da cruz na testa dos filhos pequenos.
É possível concluir a celebração elevando um cântico à Virgem Maria.

Aleteia

Dezesseis anos sem João Paulo II

João Paulo II segue a Via-Sacra na sua capela no
Palácio Apostólico, 25 de março de 2005 

A Páscoa de 2005 ficou marcada como a última de São João Paulo II. De modo especial, as imagens da Via-Sacra ficaram indeléveis, com o futuro Santo que acompanhava do Palácio Apostólico as meditações que naquele ano foram escritas pelo então Cardeal Joseph Ratzinger. No vídeo, relembre a última Via-Sacra de São João Paulo II.

Vatican News

Este dia 2 de abril marca os 16 anos da morte de São João Paulo II.

Em 2005, o dia 2 de abril era um sábado e na Praça S. Pedro milhares de fiéis estavam em oração até que o então substituto na Secretaria de Estado, Cardeal Leonardo Sandri, fez o seguinte anúncio:

"Caros irmãos e irmãs, às 21h37, o nosso amado papa João Paulo II voltou à casa do Senhor. Rezemos por ele".

As palavras do cardeal argentino foram seguidas de comoção e a partir daí a voz de “santo já” se espalhou entre os peregrinos que vieram a Roma se despedir do papa polonês. A sua canonização, em 27 de abril de 2014, foi presidida pelo Papa Francisco, com a presença de Bento XVI.

https://youtu.be/HDYBoQ_Lktc

Vatican News

6 coisas que talvez você não sabia da morte de São João Paulo II

São João Paulo II / Crédito: Vatican Media

REDAÇÃO CENTRAL, 02 abr. 21 / 08:30 am (ACI).- Neste dia 2 de abril recorda-se os 16 anos da morte de São João Paulo II, o Papa peregrino que viajou o mundo e se tornou em um dos líderes mais influentes do século XX.

O Pontífice permaneceu na Cátedra de São Pedro por 26 anos e 5 meses, sendo o terceiro pontificado mais longo em mais de 2.000 anos de história da Igreja.

A seguir, 6 coisas que talvez você não sabia sobre a sua morte:

1. Morreu de um colapso cardiocirculatório

São João Paulo II faleceu em 2 de abril de 2005, às 21h37, noite anterior ao Domingo da Divina Misericórdia, que ele mesmo instituiu durante o seu pontificado. Sofreu um “choque séptico com colapso cardiocirculatório devido a uma infecção urinária que já havia sido detectada”, segundo um relatório detalhado sobre a sua agonia e morte realizado no Vaticano.

Durante a última semana de vida, alimentou-se com a ajuda de uma sonda nasal. Os médicos disseram que os problemas para ingerir alimentos e respiratórios do Papa de 84 anos eram consequência da doença de Parkinson.

2. Seu funeral duplicou a população de Roma

Participaram de seu funeral 75 chefes de estado, incluindo presidentes, príncipes, entre outras autoridades. A população de Roma dobrou durante esse evento e as pessoas esperaram mais de 24 horas para ver o seu corpo.

Quando a Praça de São Pedro estava no limite da sua capacidade, tudo ficou completamente em silêncio.

3. Suas últimas palavras foram em polonês

O relatório do Vaticano explica que João Paulo II, seis horas antes da sua morte, disse em polonês, “com uma tênue voz e murmurando: ‘Deixai-me ir à casa do Pai’”.

O jornal romano ‘La Repubblica’ citou um sacerdote polonês, Jarek Cielecki, dizendo que o Papa morreu “logo” depois de pronunciar com grande esforço a palavra “amém”.

4. Escutava a oração dos fiéis dias antes da sua morte

Milhares de fiéis se reuniram para rezar em voz alta e fazer uma vigília na Praça de São Pedro alguns dias antes da sua morte.

O então Arcebispo de Cracóvia e secretário pessoal de João Paulo II há mais de 40 anos, Cardeal Stanislaw Dziwisz, assegurou que o Papa escutava as orações da multidão.

5. Extremamente doente deu a última bênção da sua janela

Depois de sua fracassada e comovente tentativa de dar a bênção “Urbi et Orbi” no Domingo de Páscoa de 2005, que arrancou aplausos e o pranto dos fiéis reunidos na Praça de São Pedro, João Paulo II – que depois de sua segunda hospitalização sofria “déficit nutricional e fraqueza” – voltou a aparecer na janela do seu quarto na quarta-feira, 30 de março, para dar a bênção.

Esta nova tentativa também não teve sucesso. Aquele comparecimento “foi a última estação pública de sua dolorosa Via Sacra”, diz o documento vaticano.

6. “Concelebrou” uma Missa em sua agonia

O relatório do Vaticano explicou que os olhos de João Paulo II estavam praticamente fechados durante uma Missa junto a sua cama, na tarde de 31 de março de 2005.

“Mas no momento da consagração, levantou lentamente a mão direita duas vezes, ou seja, quando se levanta o pão e o vinho. Ele fez um gesto indicando que estava tentando bater no peito durante a recitação da oração do Cordeiro de Deus”.

Naquele dia, o Cardeal Marian Jaworski, amigo íntimo desde que ambos eram jovens sacerdotes na Polônia, administrou-lhe o sacramento da Unção dos Enfermos.

ACI Digital

S. FRANCISCO DE PAULA, EREMITA FUNDADOR DA ORDEM DOS MÍNIMOS

S. Francisco de Paula, Moretto VaticanMedia

Nasceu em Paola, hoje província de Cosenza, em 27 de março de 1416. Acometido por um abcesso maligno no olho esquerdo, seus pais o confiaram à intercessão de Francisco de Assis: em caso de cura, a criança teria usado, por um ano inteiro, o saio franciscano. Perfeitamente curado, cumpriu o voto entrando para o convento de São Marcos Argentano, em Cosenza, com a idade de 15 anos; ali ele manifestou, imediatamente, fortes dons de piedade e inclinação à oração. Ao término da sua permanência no convento, fez uma verdadeira peregrinação, com seus pais, em busca de uma vida religiosa mais apropriada para si: esteve em Assis, Montecassino, Roma, Loreto e Monte Luco. Em Roma, perturbado pelas pompas da corte papal, comentou: "Nosso Senhor não era assim!". Este foi o primeiro indício do seu espírito reformador.

Eremita

Retornando a Paola, iniciou um período de vida eremítica em um lugar inacessível das propriedades da família. Aos poucos, outros, cada vez mais numerosos, se uniram à sua experiência, reconhecendo-o como guia espiritual. Com seus pais, construiu uma capela e três dormitórios. Em 1452, conseguiu a aprovação diocesana e a permissão para instituir um oratório, um mosteiro e uma igreja. Os próprios nobres da cidade de Paola, entusiasmados pela experiência de Francisco, contribuíram, como simples operários, para a conclusão das obras.

Aprovações papais

A fama da santidade de Francisco espalhou-se rapidamente. Em 1467, o Papa Paulo II enviou a Paola um emissário para saber notícias do eremita. Depois de apresentar uma relação positiva sobre o mosteiro, o próprio Legado pontifício decidiu aderir à comunidade.
Em 17 de maio de 1474, o Papa Sisto IV reconheceu, oficialmente, a nova Ordem, que recebeu o nome de Congregação Paulina dos Eremitas de São Francisco de Assis. O reconhecimento da Regra, com o nome atual da Ordem dos Mínimos, ocorreu com o Papa Alexandre VI.

A túnica sobre o mar

Amado e procurado como guia espiritual, Francisco também era considerado a única autoridade, capaz de se opor aos abusos da corte aragonesa no reino de Nápoles, colocando-se do lado dos pobres. Sobre eles, narra-se alguns fatos prodigiosos a ele atribuídos.
Em 1464, ano de grave escassez, alguns operários se dirigiam à planície de Terranova para encontrar trabalho. No território de Galatro (Régio Calábria), depararam-se com São Francisco, que ia para a Sicília, ao qual pediram um pouco de pão, porque estavam famintos e nada tinham para comer. Então, Francisco lhes disse: "Mostrem-me seus alforjes, porque dentro há pão". E assim foi! Em seus pobres bornais os operários encontraram pão branquíssimo, fresquinho e quentinho. Quanto mais eles comiam, mais aumentavam os pães.
Segundo outra narração, um barqueiro recusou-se transportar Francisco e seus companheiros para a Sicília. Então, o santo estendeu sua túnica sobre o mar e assim puderam atravessar o estreito.
Outro "carisma", atribuído ao santo eremita, foi uma profecia: ele previu que a cidade de Otranto cairia nas mãos dos turcos, em 1480, mas, depois, seria novamente conquistada pelo rei de Nápoles.

Do eremitério à Corte

Por meio dos mercadores napolitanos, a fama de Francisco chegou até à corte de Luís XI, na França. Enfermo, o rei pediu ao Papa Sisto IV para mandar o eremita a ir ter com ele em seu leito. Tanto o Papa como o rei de Nápoles notaram neste convite a possibilidade de vantagens políticas. Francisco, no entanto, obedeceu, com um pouco de desprazer, ao pedido do Papa, pois ele estava acostumado a seu eremitério e não se adaptaria facilmente à vida de corte. À sua chegada, o rei Luís XI ajoelhou-se aos seus pés, mas nunca recobrou sua saúde; porém, a presença do eremita na corte contribuiu para melhorar as relações entre o papado e a monarquia francesa.
Ali, Francisco manteve encontros com pessoas simples, mas também com acadêmicos em busca de um guia espiritual.
Francisco permaneceu 25 anos além dos Alpes, trabalhando a terra como camponês, mas a sua fama aumentava sempre mais como reformador e penitente.
Com a agregação de alguns beneditinos e franciscanos, a Congregação calabresa mudou sua vida de eremita para a de cenobita. Tal reviravolta levou a fundação a contar com a Ordem Terceira Secular e, depois, com as Monjas. As respectivas regras foram aprovadas, definitivamente, por Júlio II, em 28 de julho de 1506.

Morte e canonização

Francisco de Paula morreu em Tours, em 2 de abril de 1507. Sua fama difundiu-se logo pela Europa, por meio dos três ramos da família dos Mínimos: frades, monjas e terciários.
Foi canonizado em 1° de maio de 1519, apenas doze anos após a sua morte, durante o pontificado do Papa Leão X, do qual ele havia previsto sua eleição para o trono papal quando ainda era criança.

Vatican News

quinta-feira, 1 de abril de 2021

15 frases de Santos sobre a importância da oração

A Oração | Portal A12

Escrito por Priscila Ferreira

15 FEV 2021 

Em alguns dias, iremos celebrar um marco da nossa fé, a quaresma. Nela aprendemos a importância da caridade, vigilância e de rezar sem cessar (1Ts  5,17). Para mergulharmos nessa graça de ter um relacionamento íntimo com o próprio Deus, nada melhor do que saber os frutos desse bem imensurável com quem viveu intensamente essa experiência: os santos.

1- “Quem sabe bem rezar, sabe também viver bem”. (Santo Agostinho)

2- “Os homens, com a oração, merecem receber aquilo que Deus onipotente desde a eternidade decidiu dar-lhes”. ( São Gregório)

3- “O melhor remédio contra a aridez espiritual consiste em colocarmo-nos como pedintes na presença de Deus e dos santos, e andar, como um pedinte, de um canto para o outro, rogando uma esmola espiritual com a mesma impertinência com que um pobre pede esmola”(São Filipe Néri).

4- “É preciso que nos convençamos de que da oração depende todo o nosso bem. Da oração depende a nossa mudança de vida, o vencer das tentações; dela depende conseguirmos o amor de Deus, a perfeição, a perseverança e a salvação eterna(Santo Afonso de Ligório)

5- Para mim, orar é estar ao longo de 24 horas unida à vontade de Jesus, viver para Ele, por Ele e com Ele”(Santa Teresa de Calcutá)


Shutterstock/ Siam.Pukkato

6- “Em minha opinião, a oração mental não é mais do que tratar de amizade, estando muitas vezes a sós com Quem sabemos que nos ama”. (Santa Teresa de Ávila)

7- “Para mim, a oração é uma elevação do coração, um singelo olhar para o Céu, um clamor de gratidão, o amor no meio da provação e da alegria”. (Santa Teresa de Lisieux)

8- Quem reza se salva. Quem não reza se condena” (Santo Afonso Maria de Ligório)

9- “O melhor conforto é o que vem da oração”. (São Pio)

10- A oração precisa de uma atmosfera de silêncio que não coincide com o desapego do rumor externo, mas é experiência interior, que tem por finalidade remover as distrações causadas pelas preocupações da alma, criando o silêncio na própria alma”. (Santo Antônio de Pádua)

11- “Eu posso, dizem eles, rezar também em casa, enquanto é impossível ouvir em casa homilia ou instrução. Enganas-te a ti mesmo, ó homem. Se, de fato, podes rezar em casa, não pode rezar do mesmo modo que na Igreja…Efetivamente, os sacerdotes presidem a fim de que as orações do povo, mais fracas, unidas às deles, mais fortes, simultaneamente se elevem para o céu”(São João Crisóstomo)

12- Toda a graça que é dada aos homens, procede de uma tríplice ordenada causa: de Deus passa a Cristo, de Cristo passa à Virgem, pela Virgem é dada a nós(São Bernadino de Sena)

A12

13- “Quem foge da oração, foge de todo o bem”(São João da Cruz)

14- “Que eu te busque, Senhor, invocando-te; e que eu te invoque, crendo em ti: tu foste anunciado. Invoca-te, Senhor, a minha fé, que me deste, que me inspiraste pela humanidade de teu Filho, pelo ministério de teu pregador”(Santo Agostinho)

15- A oração é a mais sólida e indestrutível base de todas as obras”. (São Pio)

https://www.a12.com/

Internado por covid-19 Kiko Argüello, fundador do Caminho Neocatecumenal

© Marcin Mazur | catholicchurch.org.uk (CC BY-NC-SA 2.0)

21.300 comunidades neocatecumenais em 134 países oferecem orações para que o fundador "supere este momento crítico".

Internado por covid-19 Kiko Argüello, fundador do Caminho Neocatecumenal, nesta Quinta-Feira Santa, 1º de abril de 2021.

Francisco José Gómez Argüello, nome de batismo do pintor Kiko Argüello, testou positivo para o coronavírus há uma semana, de acordo com informações do movimento por ele fundado. Os médicos que o acompanham aconselharam a sua internação num hospital de Madri para tratar um início de pneumonia. O estado geral de saúde e a oxigenação do fundador do Caminho Neocatecumenal são considerados bons, mas ele apresentou febre de 38,2º nesta manhã.

Assinado pelo pe. Mario Pezzi e por Ascensión Romero, o comunicado emitido pelo movimento pede que, durante o Tríduo Pascal, os membros das 21.300 comunidades neocatecumenais espalhadas por 134 países ofereçam suas orações para que o fundador “supere este momento crítico e celebre a Páscoa conosco novamente”.

Caminho Neocatecumenal

O Caminho Neocatecumenal, ou Neocatecumenato, é um itinerário de formação cristã iniciado na Espanha em 1964 por iniciativa do pintor Kiko Argüello e de Carmen Hernández. Seu propósito é oferecer um caminho espiritual de iniciação, renovação e valorização do sacramento batismal, permitindo ao catecúmeno descobrir o significado concreto de ser cristão.

O termo “catecúmeno”, de fato, referia-se tradicionalmente a quem se preparava para receber o batismo. Atualmente, o catecumenato abrange todo o processo de iniciação cristã e não apenas a formação para os batizandos.

Carmen Hernández, co-fundadora do Caminho Neocatecumenal ao lado de Kiko Argüello, faleceu em 2016.

Aleteia

PAIS DA IGREJA: Santo Epifânio de Salamina - «Os últimos dias da Virgem Maria»

Santo Epifânio de Salamina | ECCLESIA

«Os últimos dias da Virgem Maria»

Santo Epifanio (+403) – Grande batalhador contra heresias. Natural da Palestina, homem culto, foi superior de uma comunidade monástica em Euleterópolis (Judéia) e depois Bispo de Salamina, na Ilha de Chipre, foi defensor da Virgindade Perpétua de Maria

«Voltando-se o Senhor, viu o discípulo a quem amava
e lhe disse, a respeito de Maria: 'Eis aí tua Mãe';
e então à Mãe: 'Eis aí teu filho'»

(Jo 19,26).

Ora, se Maria tivesse filhos, ou se seu esposo ainda estivesse vivo, por que o Senhor a confiaria a João, ou João a ela? Mas, e também por que não a confiou a Pedro, a André, a Mateus, a Bartolomeu? Fê-lo a João, por causa de sua virgindade. A ele foi que disse: "Eis aí tua mãe".

Não sendo mãe corporal de João, o Senhor queria significar ser ela a mãe ou o princípio da virgindade: dela procedeu a Vida. Nesse intuito dirigiu-se a João, que era estranho, que não era parente, a fim de indicar que sua Mãe devia ser honrada. Dela, na verdade, o Senhor nascera quanto ao corpo; sua encarnação não fora aparente, mas real. E se ela não fosse verdadeiramente sua mãe, aquela de quem recebera a carne, e que o dera à luz, não se preocuparia tanto em recomendá-la como a sempre Virgem. Sendo sua Mãe, não admitia mancha alguma na sua honra e no admirável vaso de seu corpo.

Mas prossegue o Evangelho: "e a partir daquele momento, o discípulo a levou consigo".

Ora, se ela tivesse esposo, casa e filhos, iria para o que era seu, não para o alheio.

Temo, porém, que isso de que falamos venha a ser deturpado por alguns, no sentido de que pareça estimulá-los a manter as mulheres que dizem companheiras e diletas - coisa que inventaram com péssima intenção.

Com efeito, ali (no caso de João e da Santíssima Virgem) tudo foi disposto por uma providência especial, que tornava a situação desligada das obrigações comuns que, conforme a lei de Deus, se devem observar. Aliás, depois daquele momento em que João a levou consigo, não permaneceu ela longamente em sua casa.

Se alguém julgar que estamos laborando em erro, pode consultar a Sagrada Escritura, onde não achará a morte de Maria, nem se foi morta ou não, se foi sepultada ou não. E quando João partiu para a Ásia, em parte alguma está dito que tenha levado consigo a santa Virgem: sobre isso a Escritura silencia totalmente, o que penso ocorrer por causa da grandeza transcendente do prodígio, a fim de não induzir maior assombro às mentes.

Temo falar nisso e procuro impor-me silêncio a este respeito. Porque não sei, na verdade, se podem achar indicações, ainda que obscuras, sobre a incerta morte da santíssima e muito bem-aventurada Virgem. Pois de um lado temos a palavra, proferida sobre ela: "uma espada transpassará tua alma, para que sejam revelados os pensamentos de muitos corações" (Lc 2,35). De outro lado, todavia, lemos no Apocalipse de João (Ap 12), que o dragão avançou contra a mulher, quando dera à luz um varão; e que foram dadas a ela asas de águia, de modo a ser transportada para o deserto, onde o dragão não a alcançasse. Isso pode ter-se realizado nela. Embora eu não o afirme totalmente. Nem digo que tenha ficado imortal nem posso afirmar que tenha morrido. A Sagrada Escritura, transcendendo aqui a capacidade da mente humana, deixa a coisa na incerteza, em atenção ao Vaso exímio e excelente, de sorte que ninguém lhe atribua alguma sordidez própria da carne. Portanto, se ela morreu, não sabemos. E mesmo que tivesse sido sepultada, jamais teve comércio carnal: longe de nós essa blasfêmia! Quem ousaria, em furor de loucura, impor esse opróbrio à santa Virgem, erguendo contra ela a voz, abrindo a boca para uma afirmação assim nefanda, ao invés de lhe entoar louvores? quem iria desonrar assim o Vaso digno de toda honra?

Foi a ela que prefigurou Eva, ao receber o título, um tanto misterioso, de mãe dos viventes (Gn 3,20). Sim, porque o recebeu depois de ter escutado a palavra: "tu és terra e à terra hás de tornar", isto é, depois do pecado.

Numa consideração exterior e aparente, dir-se-ia que de Eva derivou a vida de todo o gênero humano, sobre a terra. Mas na verdade é de Maria que deriva a verdadeira vida para o mundo, é ela que dá à luz o Vivente, ela a Mãe dos viventes. Portanto, o título de "mãe dos viventes" queria indicar, na sombra e na figura, Maria.

Com efeito, não se aplica, porventura, às duas mulheres aquela palavra: "quem deu a sabedoria à mulher, quem lhe deu a ciência de tecer?" (Jo 18,36).

Eva, a primeira mulher sábia, teceu vestes visíveis para Adão, a quem despojara. Fora condenada ao trabalho. Já que tinha sido responsável pela nudez dele, precisou confeccionar a veste que cobrisse essa nudez externa, que cobrisse o corpo exposto aos sentidos.

A Maria, porém, coube vestir o cordeiro e" ovelha; com cujo esplendor e glória, como se fora uma lã, foi confeccionada sabiamente para nós uma veste, na virtude de sua imortalidade.

Outra coisa, além disso, pode considerar-se em ambas - Eva e Maria - digna de admiração. Eva trouxe ao gênero humano uma causa de morte, por ela a morte entrou no orbe da terra; Maria trouxe uma causa de vida, por ela a Vida se estendeu a nós. Pois o Filho de Deus veio a este mundo, para que" onde abundara o delito, superabundasse a graça" (Rm 5,20). Onde a morte havia chegado, chegou a vida, para" tomar seu lugar; e aquele mesmo que nasceu da mulher para ser nossa Vida haveria de expulsar a morte, introduzida pela mulher.

Quando ainda virgem, no paraíso, Eva desagradou a Deus, por sua desobediência. Por isso mesmo, emanou da Virgem a obediência própria da graça, depois que se anunciou o advento do Verbo revestido de corpo, o advento da eterna Vida do Céu.

Mais de Santo Epifânio de Salamina, em SOPHIA.

FONTE:

GOMES, C. F. Antologia dos Santos Padres. Ed. Paulinas - São Paulo, 1979


ECCLESIA Brasil

Você conhece os grandes tesouros espirituais da nossa fé?

Anna Nass | Shutterstock
por Cláudio de Castro

A graça é o nosso maior tesouro espiritual. Se você vive na graça de Deus, tudo o que você fizer terá um valor imenso aos olhos Dele.

AIgreja Católica está cheia de tesouros espirituais a serem descobertos. E isso me encanta! Geralmente, me sinto como os arqueólogos que fazem grande descobertas e, emocionados, mal conseguem esperar para compartilhá-los com o mundo.

Eis o que sempre me acontece: redescubro o amor de Deus e sinto a necessidade de ler o Catecismo e as Sagradas Escrituras. Depois, quero compartilhar, através da Aleteia, as maravilhas que eu descubro.

Busco compreender a grandeza de Deus, o valor eterno da Igreja Católica, que nos acolhe como uma mãe, e a Jesus, que caminha ao nosso lado e nos ensina a amá-Lo e a confiar Nele.

Um dos tesouros do Catolicismo

Ao longo dos anos, acompanhamos este caminhar de fé. Descobrimos grandes tesouros do catolicismo. E, principalmente, nos aproximamos com maior fervor do sacrário para visitar Jesus, prisioneiro do amor, o bom amigo.

Muitos leitores me escrevem para contar suas maravilhosas aventuras com Jesus no sacrário. Você não tem ideia de como me sinto feliz quando leio essas histórias! Quando termino, só me resta dizer a Jesus: “Obrigado por tanto amor!”

Cheguei a pensar que é difícil compreender o amor de Deus, pois ele é infinito e incondicional. Tão grande que ultrapassa o nosso entendimento. Mas, se você puder experimentar apenas um pouco do seu amor, sua vida se transformará em instantes.

Isso já aconteceu com muita gente, principalmente os ateus e os inimigos declarados da Igreja, como André Frossard, por exemplo.

A graça é a chave

Um dia, Frossard entrou em uma igreja e Deus o tocou. Ele não compreendeu o que aconteceu, foi algo que sacudiu a vida inteira dele, seus princípios e suas crenças.

Jesus é muito bom! E, do sacrário, nos ensina a confiar nele e ver as maravilhas que podemos encontrar na fé, quando preservamos nossas almas e nos afastamos das tentações e do pecado.

A graça é a chave, é nosso tesouro espiritual. Se você vive na graça de Deus, tudo o que você fizer terá um valor imenso aos Seus olhos, até as ações mais simples, que parecem insignificantes. Para Deus, tudo o que uma alma em graça faz é digno de sua maior complacência.

Amável leitor, preciso te dizer isso: Apesar de tudo o que você possa pensar, Deus te ama. Você é especial para Ele”.

Aleteia

O Papa: a força da vitória de Cristo vence o mal e nos liberta do maligno

O Papa Francisco durante a Missa do Crisma | VaticanNews

Abraçar a cruz "com Jesus e como Ele, nos permite discernir e repelir o veneno do escândalo com que o demônio procurará envenenar-nos quando chegar inesperadamente uma cruz na nossa vida", disse Francisco aos sacerdotes durante a Missa do Crisma, nesta Quinta-feira Santa.

Vatican News

O Papa Francisco presidiu a Missa do Crisma, com os sacerdotes de Roma, na Basílica de São Pedro, na manhã desta Quinta-feira Santa (01/04).

"No Evangelho, vemos uma mudança de sentimentos nas pessoas que escutavam o Senhor. É uma mudança dramática que nos mostra quão ligadas estão a perseguição e a cruz ao anúncio do Evangelho. Uma frase que alguém murmurou em voz baixa tornou-se insidiosamente «viral»: «Não é este o filho de José?»", disse o Pontífice em sua homilia.

Segundo o Papa, "trata-se de uma daquelas frases ambíguas que se dizem por dizer. Uma pessoa pode usá-la para exprimir alegria: «Que maravilha ver alguém de origens tão humildes falar com esta autoridade!» Mas outra pode usá-la com desdém: «E isto, donde lhe veio? Que pensa ser?» Se notarmos bem, o caso repete-se quando os Apóstolos, no dia de Pentecostes, cheios do Espírito Santo, começam a pregar o Evangelho. Alguém disse: «Esses que estão a falar, não são todos galileus?» E enquanto alguns acolheram a Palavra, outros os consideraram bêbados. Formalmente, parecia que se deixava em aberto uma escolha; mas, se considerarmos os frutos, naquele contexto concreto tais palavras continham um germe de violência que se desencadeou contra Jesus".

Como sempre faz, o Senhor não dialoga com o espírito maligno; responde apenas com a Sagrada Escritura. Nem mesmo os profetas Elias e Eliseu foram aceitos pelos seus compatriotas, mas foram-no por uma viúva fenícia e um sírio leproso: dois estrangeiros, duas pessoas doutra religião. Os fatos são contundentes e provocam o efeito que profetizara aquele idoso carismático, o Simeão: Jesus seria «sinal de contradição».

A luz suave da Palavra gera clareza nos corações bem-dispostos

"A palavra de Jesus tem o poder de trazer à luz aquilo que uma pessoa guarda no coração, sendo habitualmente uma mistura de coisas como o joio e o trigo. E isto provoca luta espiritual", sublinhou Francisco.

"A rapidez com que se desencadeou a fúria e a brutalidade do encarniçamento, capaz de matar o Senhor naquele preciso momento, nos mostra que é sempre a hora", disse o Papa aos sacerdotes, ressaltando que "andam juntas a hora do anúncio jubiloso e a hora da perseguição e da cruz". "A proclamação do Evangelho está sempre ligada ao abraço duma cruz concreta. A luz suave da Palavra gera clareza nos corações bem-dispostos, e confusão e rejeição naqueles que o não estão. Vemos isto constantemente no Evangelho", frisou o Papa.

A cruz não depende das circunstâncias

"Ora, a fim de «tirar algum proveito» para a nossa vida sacerdotal, que reflexão poderemos fazer ao contemplar esta presença precoce da cruz (da incompreensão, da rejeição, da perseguição) no início e no meio da pregação evangélica? Vêm-me à mente duas reflexões", disse ainda Francisco.

"A primeira: não nos deve maravilhar a constatação de estar presente a cruz na vida do Senhor no início de seu ministério, pois estava já antes do seu nascimento: já está presente no primeiro turbamento de Maria ao ouvir o anúncio do Anjo; está presente nas insónias de José, sentindo-se obrigado a abandonar a sua esposa prometida; está presente na perseguição de Herodes e nas agruras sofridas pela Sagrada Família, iguais às de tantas famílias que têm de exilar-se da sua pátria."

Esta realidade nos abre ao mistério da cruz experimentada antes. Faz-nos compreender que a cruz não é um fato indutivo, ocasional produzido por uma conjuntura na vida do Senhor. É verdade que todos os crucificadores da história fazem aparecer a cruz como um dano colateral, mas não é assim: a cruz não depende das circunstâncias.

Triunfo de Deus

"Por que o Senhor abraçou a cruz em toda a sua integridade? Por que Jesus abraçou a paixão inteira: abraçou a traição e o abandono dos seus amigos já desde a Última Ceia, aceitou a prisão ilegal, o julgamento sumário, a sentença desproporcionada, a malvadez sem motivo das bofetadas e cuspidelas? perguntou o Papa. "Se as circunstâncias determinassem o poder salvífico da cruz, o Senhor não teria abraçado tudo. Mas quando chegou a sua hora, abraçou a cruz inteira. Porque a cruz não tolera ambiguidade; com a cruz, não se regateia!", disse ele.

A segunda reflexão do Papa diz o seguinte: "É verdade que há algo na cruz que é parte integrante da nossa condição humana, com os seus limites e fragilidades. Mas é verdade também que, daquilo que acontece na cruz, há algo que não é inerente à nossa fragilidade, mas é a mordida da serpente que, vendo o Crucificado indefeso, morde-O e tenta envenenar e desacreditar toda a sua obra. Mordida, que procura escandalizar, está é uma época de escândalo! Mordida que procura imobilizar e tornar estéril e insignificante todo o serviço e sacrifício de amor pelos outros. É o veneno do maligno que continua a insistir: salva-te a ti mesmo. Nesta mordida, cruel e dolorosa, que pretende ser mortal, aparece finalmente o triunfo de Deus."

Cristo vence o mal e nos liberta do maligno

"Peçamos ao Senhor a graça de tirar proveito destes ensinamentos: é verdade que, no anúncio do Evangelho, há cruz; mas é uma cruz que salva. Pacificada com o Sangue de Jesus, é uma cruz com a força da vitória de Cristo que vence o mal e nos liberta do maligno. Abraçá-la com Jesus e como Ele, nos permite discernir e repelir o veneno do escândalo com que o demônio procurará envenenar-nos quando chegar inesperadamente uma cruz na nossa vida", frisou o Pontífice.

"Nós, porém, não somos daqueles que cedem, é o conselho que ele nos dá: Não nos escandalizamos, porque Jesus não Se escandalizou ao ver que o seu jubiloso anúncio de salvação aos pobres não ressoava puro, mas no meio dos gritos e ameaças de quem não queria ouvir a sua Palavra ou queriam reduzi-las a legalismos, moralismos, clericalismos e essas coisas", disse ainda o Santo Padre.

A graça do Senhor segundo à sua maneira divina

O Papa concluiu sua homilia, partilhando uma lembrança de momento muito escuro de sua vida. Eu pedia ao Senhor a graça de me libertar daquela situação dura e difícil. Uma vez, fui pregar o Retiro a algumas religiosas, que, no último dia – como era costume então –, se confessaram. Veio uma irmã muito idosa, com olhos límpidos, mesmo luminosos. Era uma mulher de Deus. No fim, senti vontade de lhe pedir que rezasse por mim, dizendo-lhe: «Irmã, como penitência reze por mim, porque preciso duma graça. Peça ao Senhor. Se for a Irmã a pedi-la, com certeza o Senhor me la dará». Ela parou um pouco, como se estivesse rezando, me olhou e depois me disse: «Certamente o Senhor lhe concederá a graça, mas não se engane: ele a dará segundo o seu modo divino». Isto fez-me muito bem: ouvir que o Senhor nos dá sempre o que lhe pedimos, mas o faz à sua maneira divina. Esta maneira envolve a cruz. Não por masoquismo, mas por amor, por amor até o fim".

https://youtu.be/Njhe-yQHOpY

Vatican News

Semana Santa: Bispos Poloneses incentivam fiéis a refletir sobre o sentido da Vida

Guadium Press
Por sua morte e ressurreição, Cristo dá sentido ao nosso sofrimento e à nossa morte neste mundo”, especialmente neste tempo marcado pela pandemia do coronavírus.

Redação (31/03/2021, 16:38, Gaudium Press) Por ocasião da celebração da Semana Santa que iniciamos, o secretário geral da Conferência Episcopal Polonesa, Dom Artur Miziński, emitiu um comunicado através do site dos bispos poloneses onde faz uma reflexão sobre “o sentido da nossa vida”.

A morte não é mais o fim da vida, mas uma porta para a plenitude da vida em Cristo Ressuscitado

Por ocasião da Semana Santa, tempo em que somos chamados a “refletir sobre o sentido da nossa vida” e “sobre o significado da nossa vocação cristã”, o secretário geral da Conferência Episcopal Polonesa, fez uma declaração publicada no site dos bispos do país onde ele afirma:
“Cristo Senhor nos redimiu com a sua morte, dando assim uma nova dimensão e uma nova perspectiva à nossa morte”.
“ A morte não é mais o fim da vida, mas uma porta para a plenitude da vida no Ressuscitado”, disse Dom Artur.

A sociedade de hoje quer pôr de lado pensamentos sobre o sofrimento: na pandemia foram forçadas a refletir sobre uma vida tão frágil e fugaz

Em sua declaração o bispo de Lublin destacou ainda como Nosso Senhor Jesus Cristo “através da sua morte e ressurreição, dá sentido ao nosso sofrimento e à nossa morte neste mundo”, especialmente neste tempo marcado pela pandemia do coronavírus, no qual “todos fomos direta ou indiretamente afetados pela doença e pela morte”.

O Prelado afirmou também que, mesmo as sociedades modernas, que têm a tendência de remover ou pôr de lado pensamentos relacionados ao sofrimento, foram forçadas a refletir sobre o mistério da morte e a “pensar mais sobre o significado de uma vida tão frágil e fugaz”.

O Tríduo Pascal comemora Cristo crucificado, sepultado e ressuscitado, e lembram a verdade de sua vitória sobre o pecado e a morte

Em seu comunicado Dom Artur Miziński, bispo de Lublin e secretário da Conferência dos Bispos da Polônia procurou incentivar os fiéis a participar da liturgia do Tríduo Pascal, observando todas as medidas de segurança e as normas sanitárias e, em caso de impossibilidade, seguir as celebrações através dos meios de comunicação.

Encerrando seu pronunciamento, dom Miziński recordou que “toda a vida religiosa dos cristãos e toda a liturgia da Igreja estão voltadas para estes três dias santos em que a salvação do mundo foi realizada”.
“O Tríduo Pascal é o auge do ano litúrgico”, disse ele.

“É durante esses três dias, continuou o bispo polonês, que “nos é dada a oportunidade de entrar com Cristo na sua paixão, morte e ressurreição. Esses três dias, que comemoram Cristo crucificado, sepultado e ressuscitado, nos lembram a verdade de sua vitória sobre o pecado e a morte”. (JSG)

(Com informações Vatican News Service)

https://gaudiumpress.org/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF