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quinta-feira, 1 de abril de 2021

15 frases de Santos sobre a importância da oração

A Oração | Portal A12

Escrito por Priscila Ferreira

15 FEV 2021 

Em alguns dias, iremos celebrar um marco da nossa fé, a quaresma. Nela aprendemos a importância da caridade, vigilância e de rezar sem cessar (1Ts  5,17). Para mergulharmos nessa graça de ter um relacionamento íntimo com o próprio Deus, nada melhor do que saber os frutos desse bem imensurável com quem viveu intensamente essa experiência: os santos.

1- “Quem sabe bem rezar, sabe também viver bem”. (Santo Agostinho)

2- “Os homens, com a oração, merecem receber aquilo que Deus onipotente desde a eternidade decidiu dar-lhes”. ( São Gregório)

3- “O melhor remédio contra a aridez espiritual consiste em colocarmo-nos como pedintes na presença de Deus e dos santos, e andar, como um pedinte, de um canto para o outro, rogando uma esmola espiritual com a mesma impertinência com que um pobre pede esmola”(São Filipe Néri).

4- “É preciso que nos convençamos de que da oração depende todo o nosso bem. Da oração depende a nossa mudança de vida, o vencer das tentações; dela depende conseguirmos o amor de Deus, a perfeição, a perseverança e a salvação eterna(Santo Afonso de Ligório)

5- Para mim, orar é estar ao longo de 24 horas unida à vontade de Jesus, viver para Ele, por Ele e com Ele”(Santa Teresa de Calcutá)


Shutterstock/ Siam.Pukkato

6- “Em minha opinião, a oração mental não é mais do que tratar de amizade, estando muitas vezes a sós com Quem sabemos que nos ama”. (Santa Teresa de Ávila)

7- “Para mim, a oração é uma elevação do coração, um singelo olhar para o Céu, um clamor de gratidão, o amor no meio da provação e da alegria”. (Santa Teresa de Lisieux)

8- Quem reza se salva. Quem não reza se condena” (Santo Afonso Maria de Ligório)

9- “O melhor conforto é o que vem da oração”. (São Pio)

10- A oração precisa de uma atmosfera de silêncio que não coincide com o desapego do rumor externo, mas é experiência interior, que tem por finalidade remover as distrações causadas pelas preocupações da alma, criando o silêncio na própria alma”. (Santo Antônio de Pádua)

11- “Eu posso, dizem eles, rezar também em casa, enquanto é impossível ouvir em casa homilia ou instrução. Enganas-te a ti mesmo, ó homem. Se, de fato, podes rezar em casa, não pode rezar do mesmo modo que na Igreja…Efetivamente, os sacerdotes presidem a fim de que as orações do povo, mais fracas, unidas às deles, mais fortes, simultaneamente se elevem para o céu”(São João Crisóstomo)

12- Toda a graça que é dada aos homens, procede de uma tríplice ordenada causa: de Deus passa a Cristo, de Cristo passa à Virgem, pela Virgem é dada a nós(São Bernadino de Sena)

A12

13- “Quem foge da oração, foge de todo o bem”(São João da Cruz)

14- “Que eu te busque, Senhor, invocando-te; e que eu te invoque, crendo em ti: tu foste anunciado. Invoca-te, Senhor, a minha fé, que me deste, que me inspiraste pela humanidade de teu Filho, pelo ministério de teu pregador”(Santo Agostinho)

15- A oração é a mais sólida e indestrutível base de todas as obras”. (São Pio)

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Internado por covid-19 Kiko Argüello, fundador do Caminho Neocatecumenal

© Marcin Mazur | catholicchurch.org.uk (CC BY-NC-SA 2.0)

21.300 comunidades neocatecumenais em 134 países oferecem orações para que o fundador "supere este momento crítico".

Internado por covid-19 Kiko Argüello, fundador do Caminho Neocatecumenal, nesta Quinta-Feira Santa, 1º de abril de 2021.

Francisco José Gómez Argüello, nome de batismo do pintor Kiko Argüello, testou positivo para o coronavírus há uma semana, de acordo com informações do movimento por ele fundado. Os médicos que o acompanham aconselharam a sua internação num hospital de Madri para tratar um início de pneumonia. O estado geral de saúde e a oxigenação do fundador do Caminho Neocatecumenal são considerados bons, mas ele apresentou febre de 38,2º nesta manhã.

Assinado pelo pe. Mario Pezzi e por Ascensión Romero, o comunicado emitido pelo movimento pede que, durante o Tríduo Pascal, os membros das 21.300 comunidades neocatecumenais espalhadas por 134 países ofereçam suas orações para que o fundador “supere este momento crítico e celebre a Páscoa conosco novamente”.

Caminho Neocatecumenal

O Caminho Neocatecumenal, ou Neocatecumenato, é um itinerário de formação cristã iniciado na Espanha em 1964 por iniciativa do pintor Kiko Argüello e de Carmen Hernández. Seu propósito é oferecer um caminho espiritual de iniciação, renovação e valorização do sacramento batismal, permitindo ao catecúmeno descobrir o significado concreto de ser cristão.

O termo “catecúmeno”, de fato, referia-se tradicionalmente a quem se preparava para receber o batismo. Atualmente, o catecumenato abrange todo o processo de iniciação cristã e não apenas a formação para os batizandos.

Carmen Hernández, co-fundadora do Caminho Neocatecumenal ao lado de Kiko Argüello, faleceu em 2016.

Aleteia

PAIS DA IGREJA: Santo Epifânio de Salamina - «Os últimos dias da Virgem Maria»

Santo Epifânio de Salamina | ECCLESIA

«Os últimos dias da Virgem Maria»

Santo Epifanio (+403) – Grande batalhador contra heresias. Natural da Palestina, homem culto, foi superior de uma comunidade monástica em Euleterópolis (Judéia) e depois Bispo de Salamina, na Ilha de Chipre, foi defensor da Virgindade Perpétua de Maria

«Voltando-se o Senhor, viu o discípulo a quem amava
e lhe disse, a respeito de Maria: 'Eis aí tua Mãe';
e então à Mãe: 'Eis aí teu filho'»

(Jo 19,26).

Ora, se Maria tivesse filhos, ou se seu esposo ainda estivesse vivo, por que o Senhor a confiaria a João, ou João a ela? Mas, e também por que não a confiou a Pedro, a André, a Mateus, a Bartolomeu? Fê-lo a João, por causa de sua virgindade. A ele foi que disse: "Eis aí tua mãe".

Não sendo mãe corporal de João, o Senhor queria significar ser ela a mãe ou o princípio da virgindade: dela procedeu a Vida. Nesse intuito dirigiu-se a João, que era estranho, que não era parente, a fim de indicar que sua Mãe devia ser honrada. Dela, na verdade, o Senhor nascera quanto ao corpo; sua encarnação não fora aparente, mas real. E se ela não fosse verdadeiramente sua mãe, aquela de quem recebera a carne, e que o dera à luz, não se preocuparia tanto em recomendá-la como a sempre Virgem. Sendo sua Mãe, não admitia mancha alguma na sua honra e no admirável vaso de seu corpo.

Mas prossegue o Evangelho: "e a partir daquele momento, o discípulo a levou consigo".

Ora, se ela tivesse esposo, casa e filhos, iria para o que era seu, não para o alheio.

Temo, porém, que isso de que falamos venha a ser deturpado por alguns, no sentido de que pareça estimulá-los a manter as mulheres que dizem companheiras e diletas - coisa que inventaram com péssima intenção.

Com efeito, ali (no caso de João e da Santíssima Virgem) tudo foi disposto por uma providência especial, que tornava a situação desligada das obrigações comuns que, conforme a lei de Deus, se devem observar. Aliás, depois daquele momento em que João a levou consigo, não permaneceu ela longamente em sua casa.

Se alguém julgar que estamos laborando em erro, pode consultar a Sagrada Escritura, onde não achará a morte de Maria, nem se foi morta ou não, se foi sepultada ou não. E quando João partiu para a Ásia, em parte alguma está dito que tenha levado consigo a santa Virgem: sobre isso a Escritura silencia totalmente, o que penso ocorrer por causa da grandeza transcendente do prodígio, a fim de não induzir maior assombro às mentes.

Temo falar nisso e procuro impor-me silêncio a este respeito. Porque não sei, na verdade, se podem achar indicações, ainda que obscuras, sobre a incerta morte da santíssima e muito bem-aventurada Virgem. Pois de um lado temos a palavra, proferida sobre ela: "uma espada transpassará tua alma, para que sejam revelados os pensamentos de muitos corações" (Lc 2,35). De outro lado, todavia, lemos no Apocalipse de João (Ap 12), que o dragão avançou contra a mulher, quando dera à luz um varão; e que foram dadas a ela asas de águia, de modo a ser transportada para o deserto, onde o dragão não a alcançasse. Isso pode ter-se realizado nela. Embora eu não o afirme totalmente. Nem digo que tenha ficado imortal nem posso afirmar que tenha morrido. A Sagrada Escritura, transcendendo aqui a capacidade da mente humana, deixa a coisa na incerteza, em atenção ao Vaso exímio e excelente, de sorte que ninguém lhe atribua alguma sordidez própria da carne. Portanto, se ela morreu, não sabemos. E mesmo que tivesse sido sepultada, jamais teve comércio carnal: longe de nós essa blasfêmia! Quem ousaria, em furor de loucura, impor esse opróbrio à santa Virgem, erguendo contra ela a voz, abrindo a boca para uma afirmação assim nefanda, ao invés de lhe entoar louvores? quem iria desonrar assim o Vaso digno de toda honra?

Foi a ela que prefigurou Eva, ao receber o título, um tanto misterioso, de mãe dos viventes (Gn 3,20). Sim, porque o recebeu depois de ter escutado a palavra: "tu és terra e à terra hás de tornar", isto é, depois do pecado.

Numa consideração exterior e aparente, dir-se-ia que de Eva derivou a vida de todo o gênero humano, sobre a terra. Mas na verdade é de Maria que deriva a verdadeira vida para o mundo, é ela que dá à luz o Vivente, ela a Mãe dos viventes. Portanto, o título de "mãe dos viventes" queria indicar, na sombra e na figura, Maria.

Com efeito, não se aplica, porventura, às duas mulheres aquela palavra: "quem deu a sabedoria à mulher, quem lhe deu a ciência de tecer?" (Jo 18,36).

Eva, a primeira mulher sábia, teceu vestes visíveis para Adão, a quem despojara. Fora condenada ao trabalho. Já que tinha sido responsável pela nudez dele, precisou confeccionar a veste que cobrisse essa nudez externa, que cobrisse o corpo exposto aos sentidos.

A Maria, porém, coube vestir o cordeiro e" ovelha; com cujo esplendor e glória, como se fora uma lã, foi confeccionada sabiamente para nós uma veste, na virtude de sua imortalidade.

Outra coisa, além disso, pode considerar-se em ambas - Eva e Maria - digna de admiração. Eva trouxe ao gênero humano uma causa de morte, por ela a morte entrou no orbe da terra; Maria trouxe uma causa de vida, por ela a Vida se estendeu a nós. Pois o Filho de Deus veio a este mundo, para que" onde abundara o delito, superabundasse a graça" (Rm 5,20). Onde a morte havia chegado, chegou a vida, para" tomar seu lugar; e aquele mesmo que nasceu da mulher para ser nossa Vida haveria de expulsar a morte, introduzida pela mulher.

Quando ainda virgem, no paraíso, Eva desagradou a Deus, por sua desobediência. Por isso mesmo, emanou da Virgem a obediência própria da graça, depois que se anunciou o advento do Verbo revestido de corpo, o advento da eterna Vida do Céu.

Mais de Santo Epifânio de Salamina, em SOPHIA.

FONTE:

GOMES, C. F. Antologia dos Santos Padres. Ed. Paulinas - São Paulo, 1979


ECCLESIA Brasil

Você conhece os grandes tesouros espirituais da nossa fé?

Anna Nass | Shutterstock
por Cláudio de Castro

A graça é o nosso maior tesouro espiritual. Se você vive na graça de Deus, tudo o que você fizer terá um valor imenso aos olhos Dele.

AIgreja Católica está cheia de tesouros espirituais a serem descobertos. E isso me encanta! Geralmente, me sinto como os arqueólogos que fazem grande descobertas e, emocionados, mal conseguem esperar para compartilhá-los com o mundo.

Eis o que sempre me acontece: redescubro o amor de Deus e sinto a necessidade de ler o Catecismo e as Sagradas Escrituras. Depois, quero compartilhar, através da Aleteia, as maravilhas que eu descubro.

Busco compreender a grandeza de Deus, o valor eterno da Igreja Católica, que nos acolhe como uma mãe, e a Jesus, que caminha ao nosso lado e nos ensina a amá-Lo e a confiar Nele.

Um dos tesouros do Catolicismo

Ao longo dos anos, acompanhamos este caminhar de fé. Descobrimos grandes tesouros do catolicismo. E, principalmente, nos aproximamos com maior fervor do sacrário para visitar Jesus, prisioneiro do amor, o bom amigo.

Muitos leitores me escrevem para contar suas maravilhosas aventuras com Jesus no sacrário. Você não tem ideia de como me sinto feliz quando leio essas histórias! Quando termino, só me resta dizer a Jesus: “Obrigado por tanto amor!”

Cheguei a pensar que é difícil compreender o amor de Deus, pois ele é infinito e incondicional. Tão grande que ultrapassa o nosso entendimento. Mas, se você puder experimentar apenas um pouco do seu amor, sua vida se transformará em instantes.

Isso já aconteceu com muita gente, principalmente os ateus e os inimigos declarados da Igreja, como André Frossard, por exemplo.

A graça é a chave

Um dia, Frossard entrou em uma igreja e Deus o tocou. Ele não compreendeu o que aconteceu, foi algo que sacudiu a vida inteira dele, seus princípios e suas crenças.

Jesus é muito bom! E, do sacrário, nos ensina a confiar nele e ver as maravilhas que podemos encontrar na fé, quando preservamos nossas almas e nos afastamos das tentações e do pecado.

A graça é a chave, é nosso tesouro espiritual. Se você vive na graça de Deus, tudo o que você fizer terá um valor imenso aos Seus olhos, até as ações mais simples, que parecem insignificantes. Para Deus, tudo o que uma alma em graça faz é digno de sua maior complacência.

Amável leitor, preciso te dizer isso: Apesar de tudo o que você possa pensar, Deus te ama. Você é especial para Ele”.

Aleteia

O Papa: a força da vitória de Cristo vence o mal e nos liberta do maligno

O Papa Francisco durante a Missa do Crisma | VaticanNews

Abraçar a cruz "com Jesus e como Ele, nos permite discernir e repelir o veneno do escândalo com que o demônio procurará envenenar-nos quando chegar inesperadamente uma cruz na nossa vida", disse Francisco aos sacerdotes durante a Missa do Crisma, nesta Quinta-feira Santa.

Vatican News

O Papa Francisco presidiu a Missa do Crisma, com os sacerdotes de Roma, na Basílica de São Pedro, na manhã desta Quinta-feira Santa (01/04).

"No Evangelho, vemos uma mudança de sentimentos nas pessoas que escutavam o Senhor. É uma mudança dramática que nos mostra quão ligadas estão a perseguição e a cruz ao anúncio do Evangelho. Uma frase que alguém murmurou em voz baixa tornou-se insidiosamente «viral»: «Não é este o filho de José?»", disse o Pontífice em sua homilia.

Segundo o Papa, "trata-se de uma daquelas frases ambíguas que se dizem por dizer. Uma pessoa pode usá-la para exprimir alegria: «Que maravilha ver alguém de origens tão humildes falar com esta autoridade!» Mas outra pode usá-la com desdém: «E isto, donde lhe veio? Que pensa ser?» Se notarmos bem, o caso repete-se quando os Apóstolos, no dia de Pentecostes, cheios do Espírito Santo, começam a pregar o Evangelho. Alguém disse: «Esses que estão a falar, não são todos galileus?» E enquanto alguns acolheram a Palavra, outros os consideraram bêbados. Formalmente, parecia que se deixava em aberto uma escolha; mas, se considerarmos os frutos, naquele contexto concreto tais palavras continham um germe de violência que se desencadeou contra Jesus".

Como sempre faz, o Senhor não dialoga com o espírito maligno; responde apenas com a Sagrada Escritura. Nem mesmo os profetas Elias e Eliseu foram aceitos pelos seus compatriotas, mas foram-no por uma viúva fenícia e um sírio leproso: dois estrangeiros, duas pessoas doutra religião. Os fatos são contundentes e provocam o efeito que profetizara aquele idoso carismático, o Simeão: Jesus seria «sinal de contradição».

A luz suave da Palavra gera clareza nos corações bem-dispostos

"A palavra de Jesus tem o poder de trazer à luz aquilo que uma pessoa guarda no coração, sendo habitualmente uma mistura de coisas como o joio e o trigo. E isto provoca luta espiritual", sublinhou Francisco.

"A rapidez com que se desencadeou a fúria e a brutalidade do encarniçamento, capaz de matar o Senhor naquele preciso momento, nos mostra que é sempre a hora", disse o Papa aos sacerdotes, ressaltando que "andam juntas a hora do anúncio jubiloso e a hora da perseguição e da cruz". "A proclamação do Evangelho está sempre ligada ao abraço duma cruz concreta. A luz suave da Palavra gera clareza nos corações bem-dispostos, e confusão e rejeição naqueles que o não estão. Vemos isto constantemente no Evangelho", frisou o Papa.

A cruz não depende das circunstâncias

"Ora, a fim de «tirar algum proveito» para a nossa vida sacerdotal, que reflexão poderemos fazer ao contemplar esta presença precoce da cruz (da incompreensão, da rejeição, da perseguição) no início e no meio da pregação evangélica? Vêm-me à mente duas reflexões", disse ainda Francisco.

"A primeira: não nos deve maravilhar a constatação de estar presente a cruz na vida do Senhor no início de seu ministério, pois estava já antes do seu nascimento: já está presente no primeiro turbamento de Maria ao ouvir o anúncio do Anjo; está presente nas insónias de José, sentindo-se obrigado a abandonar a sua esposa prometida; está presente na perseguição de Herodes e nas agruras sofridas pela Sagrada Família, iguais às de tantas famílias que têm de exilar-se da sua pátria."

Esta realidade nos abre ao mistério da cruz experimentada antes. Faz-nos compreender que a cruz não é um fato indutivo, ocasional produzido por uma conjuntura na vida do Senhor. É verdade que todos os crucificadores da história fazem aparecer a cruz como um dano colateral, mas não é assim: a cruz não depende das circunstâncias.

Triunfo de Deus

"Por que o Senhor abraçou a cruz em toda a sua integridade? Por que Jesus abraçou a paixão inteira: abraçou a traição e o abandono dos seus amigos já desde a Última Ceia, aceitou a prisão ilegal, o julgamento sumário, a sentença desproporcionada, a malvadez sem motivo das bofetadas e cuspidelas? perguntou o Papa. "Se as circunstâncias determinassem o poder salvífico da cruz, o Senhor não teria abraçado tudo. Mas quando chegou a sua hora, abraçou a cruz inteira. Porque a cruz não tolera ambiguidade; com a cruz, não se regateia!", disse ele.

A segunda reflexão do Papa diz o seguinte: "É verdade que há algo na cruz que é parte integrante da nossa condição humana, com os seus limites e fragilidades. Mas é verdade também que, daquilo que acontece na cruz, há algo que não é inerente à nossa fragilidade, mas é a mordida da serpente que, vendo o Crucificado indefeso, morde-O e tenta envenenar e desacreditar toda a sua obra. Mordida, que procura escandalizar, está é uma época de escândalo! Mordida que procura imobilizar e tornar estéril e insignificante todo o serviço e sacrifício de amor pelos outros. É o veneno do maligno que continua a insistir: salva-te a ti mesmo. Nesta mordida, cruel e dolorosa, que pretende ser mortal, aparece finalmente o triunfo de Deus."

Cristo vence o mal e nos liberta do maligno

"Peçamos ao Senhor a graça de tirar proveito destes ensinamentos: é verdade que, no anúncio do Evangelho, há cruz; mas é uma cruz que salva. Pacificada com o Sangue de Jesus, é uma cruz com a força da vitória de Cristo que vence o mal e nos liberta do maligno. Abraçá-la com Jesus e como Ele, nos permite discernir e repelir o veneno do escândalo com que o demônio procurará envenenar-nos quando chegar inesperadamente uma cruz na nossa vida", frisou o Pontífice.

"Nós, porém, não somos daqueles que cedem, é o conselho que ele nos dá: Não nos escandalizamos, porque Jesus não Se escandalizou ao ver que o seu jubiloso anúncio de salvação aos pobres não ressoava puro, mas no meio dos gritos e ameaças de quem não queria ouvir a sua Palavra ou queriam reduzi-las a legalismos, moralismos, clericalismos e essas coisas", disse ainda o Santo Padre.

A graça do Senhor segundo à sua maneira divina

O Papa concluiu sua homilia, partilhando uma lembrança de momento muito escuro de sua vida. Eu pedia ao Senhor a graça de me libertar daquela situação dura e difícil. Uma vez, fui pregar o Retiro a algumas religiosas, que, no último dia – como era costume então –, se confessaram. Veio uma irmã muito idosa, com olhos límpidos, mesmo luminosos. Era uma mulher de Deus. No fim, senti vontade de lhe pedir que rezasse por mim, dizendo-lhe: «Irmã, como penitência reze por mim, porque preciso duma graça. Peça ao Senhor. Se for a Irmã a pedi-la, com certeza o Senhor me la dará». Ela parou um pouco, como se estivesse rezando, me olhou e depois me disse: «Certamente o Senhor lhe concederá a graça, mas não se engane: ele a dará segundo o seu modo divino». Isto fez-me muito bem: ouvir que o Senhor nos dá sempre o que lhe pedimos, mas o faz à sua maneira divina. Esta maneira envolve a cruz. Não por masoquismo, mas por amor, por amor até o fim".

https://youtu.be/Njhe-yQHOpY

Vatican News

Semana Santa: Bispos Poloneses incentivam fiéis a refletir sobre o sentido da Vida

Guadium Press
Por sua morte e ressurreição, Cristo dá sentido ao nosso sofrimento e à nossa morte neste mundo”, especialmente neste tempo marcado pela pandemia do coronavírus.

Redação (31/03/2021, 16:38, Gaudium Press) Por ocasião da celebração da Semana Santa que iniciamos, o secretário geral da Conferência Episcopal Polonesa, Dom Artur Miziński, emitiu um comunicado através do site dos bispos poloneses onde faz uma reflexão sobre “o sentido da nossa vida”.

A morte não é mais o fim da vida, mas uma porta para a plenitude da vida em Cristo Ressuscitado

Por ocasião da Semana Santa, tempo em que somos chamados a “refletir sobre o sentido da nossa vida” e “sobre o significado da nossa vocação cristã”, o secretário geral da Conferência Episcopal Polonesa, fez uma declaração publicada no site dos bispos do país onde ele afirma:
“Cristo Senhor nos redimiu com a sua morte, dando assim uma nova dimensão e uma nova perspectiva à nossa morte”.
“ A morte não é mais o fim da vida, mas uma porta para a plenitude da vida no Ressuscitado”, disse Dom Artur.

A sociedade de hoje quer pôr de lado pensamentos sobre o sofrimento: na pandemia foram forçadas a refletir sobre uma vida tão frágil e fugaz

Em sua declaração o bispo de Lublin destacou ainda como Nosso Senhor Jesus Cristo “através da sua morte e ressurreição, dá sentido ao nosso sofrimento e à nossa morte neste mundo”, especialmente neste tempo marcado pela pandemia do coronavírus, no qual “todos fomos direta ou indiretamente afetados pela doença e pela morte”.

O Prelado afirmou também que, mesmo as sociedades modernas, que têm a tendência de remover ou pôr de lado pensamentos relacionados ao sofrimento, foram forçadas a refletir sobre o mistério da morte e a “pensar mais sobre o significado de uma vida tão frágil e fugaz”.

O Tríduo Pascal comemora Cristo crucificado, sepultado e ressuscitado, e lembram a verdade de sua vitória sobre o pecado e a morte

Em seu comunicado Dom Artur Miziński, bispo de Lublin e secretário da Conferência dos Bispos da Polônia procurou incentivar os fiéis a participar da liturgia do Tríduo Pascal, observando todas as medidas de segurança e as normas sanitárias e, em caso de impossibilidade, seguir as celebrações através dos meios de comunicação.

Encerrando seu pronunciamento, dom Miziński recordou que “toda a vida religiosa dos cristãos e toda a liturgia da Igreja estão voltadas para estes três dias santos em que a salvação do mundo foi realizada”.
“O Tríduo Pascal é o auge do ano litúrgico”, disse ele.

“É durante esses três dias, continuou o bispo polonês, que “nos é dada a oportunidade de entrar com Cristo na sua paixão, morte e ressurreição. Esses três dias, que comemoram Cristo crucificado, sepultado e ressuscitado, nos lembram a verdade de sua vitória sobre o pecado e a morte”. (JSG)

(Com informações Vatican News Service)

https://gaudiumpress.org/

Tríduo Pascal no Santo Sepulcro: aqui ele Ressuscitou!

Igreja do Santo Sepúlcro, em Jerusalém | VaticanNews

O Tríduo Pascal no Santo Sepulcro: aqui está ele Ressuscitou Monsenhor Vincenzo Peroni, que já foi cerimonário pontifício, agora está em serviço na Custódia da Terra Santa e explica as singularidades do Tríduo Pascal celebrado no Santo Sepulcro de Jerusalém. Entre os momentos mais intensos estão a "reposição do Santíssimo Sacramento" no Sepulcro, na Quinta-feira Santa, a procissão fúnebre da Sexta Feira Santa - com a deposição do Crucifixo - e o Evangelho da Ressurreição cantado pelo Patriarca em frente à Anastasis, na Vigília Pascal.

Fabio Colagrande – Vatican News

“Cada liturgia torna-nos contemporâneos do evento salvífico, mas esta é realmente a única Basílica do mundo onde podemos verdadeiramente afirmar: aqui Jesus Cristo foi crucificado, sepultado e ressuscitou”. Dom Vincenzo Peroni fala à Rádio Vaticano desde a Basílica do Santo Sepulcro de Jerusalém, onde vive há alguns meses e está servindo com os frades da Custódia da Terra Santa. Pároco da Diocese de Bréscia, Monsenhor Peroni, de 2012 a 2020, foi cerimoniário pontifício e depois, de acordo com seu bispo, pediu permissão para ir em "missão" a Jerusalém. Graças também às suas competências litúrgicas, explicou como começou a Semana Santa na Cidade Santa e quais os ritos particulares com que se celebra o Tríduo Pascal na Basílica do Santo Sepulcro.

R. - A Semana Santa começou no domingo com dois momentos muito solenes, preparados e vividos em sinergia entre o Patriarcado Latino e a Custódia da Terra Santa. Inicialmente pela manhã, na Basílica do Santo Sepulcro, teve a bênção dos ramos e a procissão interna com uma característica própria das procissões do Sepulcro: dar a volta três vezes ao redor da Edícula da Ressurreição, para então subir à Laje da unção, aos pés do Calvário. É uma forma de recordar os três dias de Jesus no Sepulcro, mas também a memória da antiga liturgia bizantina que sempre venerou o lugar do mistério através da incensação em forma circular. Depois da procissão, houve a Santa Missa celebrada pelo Patriarca de Jerusalém. Na tarde do Domingo de Ramos realizou-se a procissão festiva no Monte das Oliveiras, com o Patriarca e o Custódio que, partindo de Betfagé, foi até a cidade, imitando a multidão que acompanhava Jesus na sua entrada triunfal em Jerusalém. Naquela ocasião registramos uma grande participação do povo. Naturalmente que neste momento não há peregrinos, devido às proibições ligadas à Covid, mas havia muitos cristãos locais, principalmente árabes, mas também numerosos católicos de diferentes países do mundo que estão aqui em Israel por motivos de trabalho. Eles agora são parte integrante da Igreja que está na Terra Santa.

E quais as celebrações que caracterizam o Tríduo no Santo Sepulcro?

R.- Então, a estrutura fundamental dos ritos é aquela da liturgia latina, assim como é regulada pelos livros litúrgicos. No entanto, existem algumas particularidades que também se referem à liturgia dos primeiros séculos, como nos contam os testemunhos dos antigos peregrinos, em particular da peregrina Egeria que visitou a Terra Santa no século IV. Porém, antes de mais nada, há uma especificidade da liturgia aqui no Santo Sepulcro. Se a liturgia, onde quer que seja celebrada, de fato nos põe em contato direto com o mistério celebrado, nos torna contemporâneos do acontecimento salvífico, de fato aqui é o único lugar do mundo em que se pode dizer: aqui o Senhor foi Crucificado, aqui ele derramou sangue, aqui foi sepultado e aqui ele ressuscitou. Portanto, o próprio fato de celebrar aqui, nesta Basílica, é verdadeiramente único. Então, como eu dizia, existem algumas particularidades.

Dê-nos alguns exemplos ...

R. - Na manhã da Quinta-feira Santa - porque segundo as regras do "status quo" todas as liturgias são celebradas nas primeiras horas da manhã - ao final da "Missa in Coena Domini", que também incorpora os ritos da Missa do Crisma, em torno da Edícula da Ressurreição é realizada a procissão com a Eucaristia e no final a própria Eucaristia é colocada no tabernáculo preparado na laje da Ressurreição, dentro da Edícula do Sepulcro. Ali, então, ao longo do dia e da noite, os frades da Custódia garantem a Adoração Eucarística. É interessante que a chamada "reposição do Santíssimo" aconteça precisamente ali. Talvez muitos se recordarão que aqueles que na Quinta-feira Santa são justamente chamados os "altares da reposição", antigamente eram chamados os "Sepulcros". Não se tratava, porém, de uma referência à morte, mas antes a este costume de Jerusalém do Santíssimo colocado no Santo Sepulcro. Trata-se de um uso que, de qualquer modo, afirma ritualmente o conteúdo da Fé: é como dizer que a Eucaristia é a presença real, aqui, do Senhor ressuscitado. Ressuscitado precisamente aqui, no Sepulcro, porque é a Eucaristia que nos comunica eficazmente a graça pascal.

Outro rito sempre muito aguardado é a chamada "procissão fúnebre" que se celebra na noite da Sexta-Feira Santa no interior da Basílica. Como ela se desenvolve?

R.- É um "exercício piedoso", ao qual os cristãos de Jerusalém e também os frades da Custódia são muito ligados, rico na Palavra de Deus que, poderíamos dizer, é ao mesmo tempo Palavra "ouvida e vista". De fato, além da proclamação dos Evangelhos nas várias línguas do mundo, são apresentados em modo sugestivo alguns momentos marcantes da Paixão do Senhor. Na celebração do Domingo de Ramos, na Basílica de São Pedro, o Papa disse-nos que devemos olhar para o crucifixo com assombro, emoção. Bem, isso acontece precisamente na Sexta-feira Santa na Basílica do Santo Sepulcro. [E particularmente comovente a deposição do Crucificado da Cruz, que é feita para imitar o gesto de piedade de José de Arimatéia. No silêncio intenso, cheio de contemplação e amor, ouvem-se ressoar na basílica os golpes do martelo que retira o Corpo da Cruz. Então, este corpo é levado pelos diáconos com devoção até a Laje da unção, aos pés do Calvário. Ali é preparado pelo Custódio com óleos e essências, segundo as indicações do Evangelho, e por fim é levado ao Santo Sepulcro para sepultamento. Por fim, convém recordar que em todas as liturgias que são celebradas diante da edícula do Santo Sepulcro durante o Tríduo Pascal, também no dia da Páscoa, o livro dos Evangelhos é sempre retirado do interior da Edícula e levado para fora para ser anunciado a todos os presentes. Em particular, durante a Vigília Pascal, é o próprio bispo, segundo uma tradição de Jerusalém, que canta o Evangelho da Ressurreição, estando diante da Edícula da Anástasis. Esta simbologia é muito bela, porque basicamente é o coração do anúncio evangélico, o "querigma", é exatamente este: o Crucificado ressuscitou. No dia da Páscoa, na Missa solene, sempre fazendo procissão ao longo do percurso da Basílica, o Evangelho da Páscoa é então cantado nas suas quatro versões dos quatro evangelistas, para que precisamente dali, do lugar da Ressurreição, chegue a todos os confins da terra.

Depois de uma longa experiência no Vaticano como cerimoniário pontifício, o senhor recentemente ingressou na comunidade do Santo Sepulcro. Como vivenciou essa passagem de Roma para Jerusalém?

R.- São certamente as cidades-chave da vida cristã. Em Roma, tive a graça de servir a oração do Papa, quer Bento XVI como o Papa Francisco, e foi realmente uma grande graça poder ajudar o Santo Padre a rezar bem, tanto na Basílica de São Pedro como nas Viagens apostólicas e, portanto, ajudar a liturgia do Papa a expressar e experimentar a universalidade da Igreja. Agora, aqui em Jerusalém, tenho a oportunidade de viver um pouco mais no escondimento, mas mais uma vez, celebrando os mistérios de Cristo, sentimos uma profunda comunhão com todos os cristãos do mundo. O grande bispo americano Fulton Sheen costumava dizer que o sacerdote, como Jesus, é ao mesmo tempo "sacerdote e vítima". Eu diria que aqui, no lugar do sacrifício supremo do Redentor de Cristo, no escondimento e na simplicidade, garantindo a continuidade dos Mistérios da celebração - que nunca foram suspensos durante o período dramático da pandemia - nos unimos à oferta de Cristo, intercedendo por todos os cristãos que estão na terra. Então, na esperança de que em breve eles possam retornar para fortalecer sua fé.

Vatican News

Arkansas adota lei para proteger objeção de consciência de médicos

Imagem referencial. Crédito: Mulyadi / Unsplash

ARKANSAS, 31 mar. 21 / 01:43 pm (ACI).- O governador do Arkansas (Estados Unidos), Asa Hutchinson, promulgou uma lei que permite aos médicos se recusarem a realizar procedimentos médicos que não sejam de emergência e que violem suas crenças morais e religiosas. A lei entrará em vigor em agosto de 2021.

Em 26 de março, Hutchinson assinalou em um comunicado que "apoio este direito de consciência desde que o atendimento de emergência esteja isento e que a objeção de consciência não possa ser utilizada para negar o serviço de saúde geral a nenhuma classe de pessoas".

“O mais importante é que as leis federais que proíbem a discriminação por motivos de raça, sexo, gênero e origem nacional continuam sendo aplicadas à prestação de serviços de atenção médica”, acrescentou.

A Human Rights Campaign, maior organização de direitos LGBT dos Estados Unidos, e a American Civil Liberties Union (ACLU) publicaram anúncios pedindo a Hutchinson para não assinar o projeto de lei, com a justificativa de que permitiria que os médicos discriminem os pacientes LGBT.

Mas o governador, que se opôs a uma medida semelhante em 2017, disse que a lei que assinou tinha um alcance mais limitado e não visa nenhum grupo ou categoria de pessoas, mas estabelece que profissionais médicos, instituições e prestadores de serviços de saúde não possam ser obrigados a realizar serviços com os quais não concordam por razões de religião ou moralidade.

Na semana passada, o governador do Arkansas também assinou uma lei proibindo os homens de participar de equipes esportivas femininas.

No início desta semana, os legisladores do Arkansas aprovaram uma medida que proibiria os profissionais de saúde de fornecer bloqueadores da puberdade, hormônios do sexo cruzado ou cirurgia de "afirmação de gênero" para menores, pois isso os deixaria expostos a receber processos de pacientes que depois poderiam se arrepender dos procedimentos.

Se Hutchinson assinar este último projeto de lei, Arkansas se tornaria o primeiro estado do país a promulgar uma deste tipo. Outros dezesseis estados estão considerando projetos de lei semelhantes.

ACI Digital

São Hugo de Grenoble

São Hugo de Grenoble | Franciscanos
01 de abril

Existem uns dezesseis santos com o nome de Hugo. Os dois mais importantes tiveram muitas coisas em comum. Além do nome são quase do mesmo tempo e lugar. Um é  Hugo, abade de Cluny (1024-1109), e o outro, bispo de Grenoble (1053-1132)

Hugo nasceu numa família de condes, em 1053, em Castelnovo de Isère, sudoeste da França. Seu pai, Odilon de Castelnovo, foi um soldado da corte que, depois de viúvo, se casou de novo. Hugo era filho da segunda esposa. Sua mãe preferia a vida retirada à da corte, e se ocupava pessoalmente da educação dos filhos, conduzindo-os pelos caminhos da caridade, oração e penitência, conforme os preceitos cristãos.

Aos vinte e sete anos, Hugo ordenou-se e foi para a diocese de Valence, onde foi nomeado cônego. Depois, passou para a arquidiocese de Lyon, como secretário do arcebispo. Nessa época, recebeu a primeira de uma série de missões apostólicas que o conduziriam para a santidade. Foi designado, por seu superior, para trabalhar na delegação do papa Gregório VII. Este, por sua vez, reconhecendo sua competência, inteligência, prudência e piedade, nomeou-o para uma missão mais importante ainda: renovar a diocese de Grenoble.

Grenoble era uma diocese muito antiga, situada próxima aos Alpes, entre a Itália e a França, que possuía uma vasta e importante biblioteca, rica em códigos e manuscritos antigos. A região era muito extensa e tinha um grande número de habitantes, mas suas qualidades terminavam aí. Havia tempos a diocese estava vaga, a disciplina eclesiástica não mais existia e até os bens da Igreja estavam depredados.

Hugo foi nomeado bispo e começou o trabalho, mas eram tantas as resistências que renunciou ao cargo e retirou-se para um mosteiro. Mas sua vida de monge durou apenas dois anos. O papa insistiu porque estava convencido de que ele era o mais capacitado para executar essa dura missão e fez com que o próprio Hugo percebesse isso também, reassumindo o cargo.

Cinco décadas depois de muito trabalho árduo mas frutífero, a diocese estava renovada e até abrigava o primeiro mosteiro da ordem dos monges cartuchos. O bispo Hugo não só deixou a comunidade organizada e eficiente, como ainda arranjou tempo e condições para acolher e ajudar seu antigo professor, o famoso monge Bruno de Colônia, que foi elevado aos altares também, na fundação dessa ordem. Planejada sobre os dois pilares da vida monástica de então, oração e trabalho, esses monges buscavam a solidão, a austeridade, a disciplina pelas orações contemplativas, pelos estudos, mas também a prática da caridade pelo trabalho social junto à comunidade mais carente, tudo muito distante da vida fútil, mundana e egoísta que prevalecia naquele século.  Foram cinquenta e dois anos de um apostolado profundo, que uniu o povo na fé em Cristo.

Já velho e doente, o bispo Hugo pediu para ser afastado do cargo, mas recebeu do papa Honório II uma resposta digna de sua amorosa dedicação: ele preferia o bispo à frente da diocese, mesmo velho e doente, do que um jovem saudável, para o bem do seu rebanho.

Hugo morreu com oitenta anos de idade, no primeiro dia 1132, cercado pelos seus discípulos monges cartuchos que o veneravam pelo exemplo de santidade em vida. Tanto assim que, após seu trânsito, muitos milagres e graças foram atribuídos à sua intercessão. O culto a são Hugo foi autorizado dois anos após sua morte, pelo Papa Inocente II, sendo difundido por toda a França e o mundo católico.

A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Teodora e Ludovico Pavoni

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF