Translate

domingo, 11 de abril de 2021

Desobediência à Igreja dilacera a fraternidade católica, diz pregador do Papa

Alberto PIZZOLI / AFP
por Francisco Vêneto

A causa da divisão não é o dogma, e sim a opção política sobreposta à religiosa e eclesial, complementa ele.

Desobediência à Igreja dilacera a fraternidade católica, afirmou o pregador oficial da Casa Pontifícia, cardeal Raniero Cantalamessa, durante a pregação desta última Sexta-Feira Santa.

Na celebração da Paixão de Cristo, presidida pelo Papa Francisco, o cardeal franciscano declarou:

“A fraternidade católica está dilacerada porque a túnica de Cristo foi cortada em pedaços pelas divisões entre as Igrejas; mas – o que não é menos grave – cada pedaço da túnica, por sua vez, é frequentemente dividido em outros pedaços”.

O cardeal questionou a causa das divisões entre os católicos e propôs uma resposta:

“Não é o dogma, não são os sacramentos nem os ministérios, coisas estas que, por singular graça de Deus, mantemos íntegras e unânimes. É a opção política, quando ela se sobrepõe àquela religiosa e eclesial e casa com uma ideologia, esquecendo completamente o sentido e o dever da obediência na Igreja”.

Desobediência à Igreja dilacera a fraternidade católica

Cantalamessa arrematou:

“O reino deste mundo se tornou mais importante, no próprio coração, do que o Reino de Deus”.

Ele recordou que nos tempos de Jesus também havia quatro partidos, mas o Cristo foi pastor de todos:

“Também nós, pastores, somos todos chamados a fazer um sério exame de consciência sobre isto e a nos convertermos”.

Ressaltando a fraternidade católica e fazendo referências à encíclica “Fratelli tutti”, do Papa Francisco, o pregador pontifício enfatizou:

“Aos olhos de Deus, a Igreja é una, santa, católica e apostólica e assim permanecerá até o fim do mundo, mas isto não desculpa as nossas divisões, e sim as torna ainda mais culpáveis, devendo impelir-nos, com mais força, a restaurá-las”.

Aleteia 

[INFOGRAFIA] O significado da imagem de Jesus Misericordioso

Crédito: ACI Digital
A origem da imagem de Jesus Misericordioso está ligada à visão que Santa Faustina Kowalska teve em Plock, Polônia, em 22 de fevereiro de 1931, e pela qual Cristo expressou sua vontade de pintar tal imagem e que fosse colocado abaixo a seguinte inscrição: “Jesus, eu confio em Vós”.

A imagem apresenta Cristo ressuscitado com as marcas da crucificação nas mãos e nos pés. Do Coração transpassado (invisível na imagem) saem dois raios: vermelho e pálido.

Sobre o significado de tais raios, Jesus explicou: “o raio pálido significa a Água que justifica as almas; o raio vermelho significa o Sangue que é a vida das almas. Ambos os raios jorraram das entranhas da Minha misericórdia, quando na Cruz o Meu Coração agonizante foi aberto pela lança (...). Feliz aquele que viver à sua sombra, porque não será atingido pelo braço da justiça de Deus” (Diário, 299).

O quadro representa, portanto, a imensa misericórdia de Deus, que foi plenamente revelada no mistério pascal de Cristo e se realiza na Igreja com maior plenitude através dos sacramentos.

A imagem deve desempenhar o papel de um recipiente para recolher as graças e de um sinal para recordar aos fiéis a necessidade de confiar em Deus e de exercer a misericórdia ao próximo.

Esta imagem “deve lembrar as exigências da Minha misericórdia, porque mesmo a fé mais forte de nada serve sem as obras” (Diário, 742)

O Senhor explicou ainda: “Ofereço aos homens um vaso, com o qual devem vir buscar graças na fonte da misericórdia. Esse vaso é a imagem com a inscrição: Jesus, eu confio em Vós” (Diário, 327).

“Por meio dessa imagem – disse Jesus à Santa Fautisna – concederei muitas graças às almas; que toda alma tenha, por isso, acesso a ela” (Diário, 570).

Além disso, fez a seguinte promessa: “Prometo que a alma que venerar esta imagem não perecerá. Prometo também, já aqui na Terra, a vitória sobre os inimigos e, especialmente, na hora da morte. Eu mesmo a defenderei como Minha própria glória” (Diário, 47).

ACI Digital

Gesto heroico evita massacre em catedral na Indonésia

© Anadolu Agency via AFP
por Agnês Pinard Legry

A coragem de um fiel evitou que o atentado terrorista a uma igreja em pleno Domingo de Ramos deixasse vítimas fatais.

O ataque à catedral de Makassar, na Indonésia, em pleno Domingo de Ramos teria sido muito trágico, não fosse o gesto de coragem de um fiel. 

Dois suicidas – um homem e uma mulher – pertencentes a uma rede terrorista tentaram invadir a igreja em uma motocicleta depois de uma explosão. 

De fato, a explosão aconteceu na parte externa da igreja, onde estava a maioria dos fiéis. Vinte pessoas ficaram feridas.

No local, Kosmas Balembang, de 50 anos, estava ajudando a controlar o estacionamento dos carros de quem chegava para a celebração do Domingo de Ramos. Ele viu o casal chegando. Sentindo que algo estava errado, se aproximou dos dois e os impediu de irem mais longe. Assim, eles foram obrigados a detonar o explosivo do lado de fora da igreja.

Balembang teve queimaduras por causa da explosão. Foi hospitalizado e passa bem. 

“Deus nos protegerá”

Para os católicos da Indonésia, o gesto heroico do homem foi uma grande inspiração. A agência Ucanews recorre às declarações de Bonifacius Brillian Armando, chefe do Comitê de Celebração da Páscoa da Catedral. Segundo ele, o que aconteceu com Balembang foi uma experiência de fé para todos. “Sua história fortalece a crença entre os católicos daqui de que Deus nos protegerá do mal”, disse ele. 

O Ministro para Assuntos Religiosos da Indonésia, Yaqut Cholil Qoumas, elogiou a coragem do católico que impediu o atentado à catedral da Indonésia e assegurou que “sem sua intervenção haveria mais vítimas”.  

Por outro lado, o chefe da polícia nacional do país ofereceu a Balembang uma bolsa de estudos para que ele possa ser um policial. Da mesma forma, o pároco local também elogiou a coragem e a rapidez de Kosmas Balembang. 

Aleteia

S. ESTANISLAU, BISPO DE CRACÓVIA E MÁRTIR

S. Estanislau  (© BAV, Vat. lat. 8541, f. 64r)

"Não faça nenhuma comparação entre dignidade real e dignidade episcopal, porque a primeira, em relação à segunda, é como a lua ao sol e o chumbo ao ouro". (Carta ao rei Boleslau II)

Estanislau foi uma estrela brilhante! Nasceu em uma família de bons princípios cristãos; aprendeu logo a se recolher em oração e a evitar as frivolidades e o mundanismo.
Encaminhado à vida eclesial, começou a estudar na prestigiosa Universidade polonesa de Gniezno e, depois, em Paris, se dedicou ao estudo de Direito Canônico e Teologia; ao término, recusou o título de doutor, por humildade. Após este período na França, retornou à sua pátria, a Polônia, porque era ali que o Senhor o aguardava.

Como os Apóstolos

Ao ser ordenado sacerdote, na catedral de Cracóvia, Estanislau tornou-se o braço direito do Bispo, devido à sua conduta austera e irrepreensível: praticou a penitência, transcorreu grande parte do seu tempo à leitura e à meditação das Escrituras.
Com o falecimento do seu Bispo, o Papa Alexandre II o consagrou seu Sucessor, em 1072, contrariamente ao seu desejo. Daí, Estanislau entendeu que, se Deus o queria como seu apóstolo, então devia viver sob o exemplo dos Apóstolos.
Ao guiar seu rebanho, foi um verdadeiro pastor: socorria os doentes e os pobres, escrevendo todos os nomes em uma lista, para não esquecer ninguém; abriu as portas da Cúria para acolher os que precisavam de apenas um conselho ou uma palavra de conforto; visitava sempre as paróquias da diocese e exigia dos seus sacerdotes uma vida de autêntico testemunho. Estanislau tampouco hesitou em repreender, publicamente, o rei Boleslau II, líder intrépido contra os russos, mas dissoluto e tirano na sua vida pessoal. A relação entre os dois começou a degenerar.

A terra de Piotrawin

No início, Boleslau prometeu ao Bispo que iria se comportar bem, mas a sua inclinação ao mal era mais forte dom que ele.
Certo dia, mandou sequestrar a linda esposa de um nobre, apenas para satisfazer seu prazer. Esta sua atitude extrapolou: Estanislau ameaçou-lhe com a excomunhão. Mas, a vingança do soberano foi imediata. O Bispo havia comprado um terreno de um cavalheiro, chamado Pedro, conhecido como "a terra de Piotrawin", e o colocou à disposição da Igreja de Cracóvia. Mas, embora tivesse pagado o devido preço, na presença de testemunhas, não recebeu nenhum recibo de quitação. Com a morte de Pedro, o rei inculca em seus herdeiros a dúvida de que o Bispo havia enganado o parente, uma vez que não pode provar, com nenhum documento, a regularidade da propriedade em questão. Assim, instaurou um processo contra o prelado. Um pouco antes da sentença, Estanislau conseguiu obter um adiamento de três dias, durante os quais rezou muito: foi ao túmulo de Pedro e o tocou com o báculo pastoral; assim, o ressuscitou e o levou ao tribunal para testemunhar. Mas, mesmo assim, este milagre não foi suficiente para fazer Boleslau mudar de ideia.

As relações com Bolesla II e o martírio

Estanislau foi obrigado a excomungar o rei e pediu que todos os sacerdotes interrompessem, imediatamente, se ele entrasse na igreja. Para evitar isso, o Bispo celebrava Missa fora da cidade, na igreja de São Miguel. Ali ocorreu a vingança do cruel soberano: os guardas, encarregados de matá-lo, caíram no chão por força de uma obra misteriosa. Então, o próprio rei desembainhou a espada e matou o pobre Bispo indefeso. Estava tão furioso, que cortou vários membros do seu corpo e os espalhou no campo. Por sua vez, os fiéis recompuseram seus membros porque, para eles, Estanislau já era santo, embora tenha sido canonizado, oficialmente, somente em 1253, pelo Papa Inocêncio IV.
Quanto a Boleslau, com a confirmação da sua excomunhão pelo Papa, a sua dignidade real decaiu: ele se arrependeu e, no caminho da sua peregrinação a Roma, trancou-se em um mosteiro Beneditino, na Caríntia, onde passou o resto da sua vida, no anonimato, como Irmão leigo, dedicando-se aos trabalhos mais humildes.

Vatican News

sábado, 10 de abril de 2021

Muitas armas, poucas vacinas: o escândalo de hoje

L'Osservatore Romano

«A pandemia está ainda em pleno andamento; a crise social e econômica é muito pesada, especialmente para os mais pobres»; não obstante, continuam os «conflitos armados» e «reforçam-se os arsenais militares». Eis «o escândalo de hoje», denunciado pelo Papa Francisco na Páscoa de 2021, a segunda consecutiva marcada pela Covid-19. As suas palavras ressoaram no domingo, 4 de abril, do altar da Cátedra na basílica de São Pedro — onde pouco antes o Pontífice celebrou a missa da solenidade e, na noite anterior, a vigília pascal — na tradicional mensagem que antecede a bênção Urbi et Orbi. Como acontece todos os anos, o bispo de Roma dirigiu o seu olhar para os povos que mais sofrem devido às guerras, ao terrorismo, à violência e às calamidades naturais. E recordando que «em vários lugares muitos cristãos celebram a Páscoa no meio de grandes limitações», fez votos por um «internacionalismo das vacinas» que comprometa «toda a comunidade internacional a superar os atrasos na distribuição e a facilitar a sua partilha, especialmente com os países mais pobres».

Na manhã da Quinta-Feira Santa, na basílica de São Pedro, o Santo Padre presidiu à missa crismal e, à tarde, o cardeal Giovanni Battista Re celebrou a eucaristia «in Coena Domini». Na tarde da Sexta-Feira Santa o Papa presidiu à celebração da Paixão do Senhor e após a proclamação do Evangelho, o pregador da Casa Pontifícia, cardeal Raniero Cantalamessa, proferiu a homilia. À noite, na praça de São Pedro, Francisco guiou a Via-Sacra, cujas meditações foram escritas e lidas por um grupo de crianças.

Mensagem Urbi et Orbi

L'Osservatore Romano

HAGIOGRAFIA: O Monastério de São João, o Teólogo

Monastério de S. João | ECCLESIA

O Monastério de São João, o Teólogo

Construído por São João Cristódulos em 1088 sobre as ruínas de um antigo templo da deusa Ártemis. O imperador bizantino Alexis Cominos prestou seu auxílio e sustentou a obra de São João Cristodulos. É um edifício com aspecto de castelo medieval, com muros e bastiões. Essa construção defendia o mosteiro dos ataques dos piratas. O mosteiro se encontra sobre uma colina, onde hoje se encontra também a capital da Ilha de Cora, donde se domina toda a ilha. A igreja bizantina é dedicada a São João o Teólogo. É decorado com esplêndidos afrescos feitos em diversas épocas. Também dispõe de uma iconostase esculpida em madeira,de grande valor artístico.

Entre os antigos ícones desta igreja destacam-se o ícone de São João o Teólogo, oferecido pelo imperador Aléxis I, e o mosaico com o ícone de São Nicolau.

A igreja tem duas capelas. A capela à direita é dedicada a São Cristodulos, cujas relíquias se encontram no relicário da igreja. A capela à esquerda é dedicada à Virgem Maria. É adornada com afrescos do século XVII. Diz-se que o altar-mor da igreja é de pedra maciça proveniente do templo da deusa Ártemis. No cortil anterior do mosteiro encontram-se algumas colunas antigas. No interior do mosteiro encontram-se quatro pequenas capelas com afrescos de arte bizantina de altíssimo valor.

O tesouro do mosteiro

Contém diversas jóias guardadas por muitos séculos. Entre elas podem-se citar: vestes sacerdotais bordadas em ouro com pedras preciosas. Nos estojos de vidro estão muitos ornamentos sacros como cruzes preciosas, cálices sagrados, cetro de Imperadores e mitras de Patriarcas. E ainda: a coroa do imperador bizantino Aléxis I, a mitra do Patriarca Ecumênico Neófitos VI, feita com 3 kg. de ouro e adornada com pedras preciosas, uma cruz do Patriarca Gregório V, mártir da Grécia.

A biblioteca do mosteiro

Fundada por São Cristodulos que, como se diz, adquiriu os primeiros livros. Hoje, a biblioteca contém 900 manuscritos, 325 dos quais escritos em pergaminho. E ainda mais de 2000 volumes de edições antigas e 13000 cópias de documentos diversos. O Catálogo destes livros foi obra de Ioannis Sakelionas e foi publicado em 1890. Num segundo tempo, o Catálogo foi completado pelo Diácono Kallimahos. Entre os manuscritos mais importantes deve-se citar o manuscrito de Diodoros Sikeliotis, o Códice Purpúreo, uma cópia incompleta do Evangelho de Marcos, o livro de Jó, manuscritos dos séculos VII e VIII DC., sermões de São Gregório Teólogo, o Evangelho dos Quatro - um manuscrito de 1345 - com belíssimas imagens dos Evangelistas, 29 manuscritos cilíndricos em pergaminho que contém os textos das Missas escritas por São Basílio Magno e São João Crisóstomo e diversos outros prelados, o Glossário (vocabulário), um vocabulário da língua grega escrito sobre pergaminho, o ato de doação do imperador Aléxis Komninos, com o qual o Imperador doou a Ilha de Patmos a São Cristodulos. Enfim, há muitos documentos de Imperadores bizantinos, Patriarcas, príncipes e outros oficiais.

A Escola de Patmos (Escola Patmíada).

Esse Instituto didático foi fundado pelo Diácono Macários Kalógeras em 1733. Durante a ocupação turca, a Escola de Patmos desenvolveu uma importante atividade para o renascimento da nação grega. Os grandes homens da História contemporânea da nação grega foram quase todos alunos da Escola de Patmos. Os membros da "Filiki Eteria" (associação patriótica), os mais importantes deles Emanuel Xanthos, Dimítrios Tsesmelis e o grande mestre do desenvolvimento grego Adamantios Korais, o Patriarca Ecumênico e mártir da nação grega Gregório V, o Patriarca Anthimos I e outros homens eminentes foram todos alunos da Escola de Patmos.


ECCLESIA

Guatemala: diocese comemora cem anos de evangelização e testemunho

Catedral do Espírito Santo de Quetzaltenango | Guadium Press
Em cem anos o compromisso da Arquidiocese foi evangelizar, fazer discípulos, testemunhar, realizar o objetivo final do homem que é a vida de santidade em Deus.

Los Altos – Guatemala (09/04/2021, 17:15, Gaudium Press) O Arcebispo de Los Altos Quetzaltenango-Totonicapán, na Guatemala, Dom Mario Alberto Molina Palma, OAR, em uma carta pastoral assinada na Quinta-feira Santa, recordou que “no dia 27 de julho de 2021, celebraremos o primeiro centenário da criação da Diocese de Los Altos”.

Para Dom Mário Molina, “este centenário suscita duas ações. Por um lado, graças a Deus porque nos permite ser membros da sua Igreja nesta Arquidiocese; de outro lado, a oração de súplica por sua graça para nos guiar nos anos vindouros ”.

Agradecimento a Bispos, sacerdotes, religiosas, consagrados, leigos evangelizaram esta nação

O arcebispo recorda os bispos que o antecederam nesta arquidiocese, serviram e guiaram o povo de Deus neste lugar. Em seguida, agradeceu às inúmeras religiosas e consagradas que, nos campos da educação, saúde, assistência aos idosos, formação catequética e promoção social, “colaboraram na tarefa da evangelização”.

Dom Mario dirigiu também um agradecimento especial aos leigos, “que, em todos os tempos, dedicaram o seu tempo, a sua engenhosidade, os seus sacrifícios pessoais para colaborar com os pastores, na direção e coordenação das suas comunidades, na catequese e na evangelização.”

Demos graças a Deus, “Senhor da Igreja e dos tempos…”

Na sua carta pastoral, o Arcebispo convida-nos a dar graças a Deus, “Senhor da Igreja e dos tempos… pela fé que conhecemos e recebemos… pelo serviço e ministério das pessoas que foram instrumentos nas suas mãos para que por meio deles virá a fé e muitas obras de evangelização, catequese e caridade serão realizadas ”.

Dom Mário Molina também convida todas as comunidades a oferecerem a Sagrada Eucaristia como ação de graças no sábado 24, domingo 25 e segunda-feira 26 de julho de 2021.
Na terça-feira, 27, data de aniversário, a Sagrada Eucaristia será celebrada na Igreja local com leituras bíblicas adequadas à ocasião.

Olhar para o futuro com esperança, proclamar o Evangelho, realizar o objetivo final que é a vida de santidade em Deus

Na segunda parte da Carta, Dom Molina faz o convite para olhar para o futuro com esperança, traçando um amplo panorama da situação atual e indicando algumas opções pastorais que devem ser realizadas.

O arcebispo recorda que “Evangelizar, formar discípulos, viver como Igreja de Jesus Cristo, dar testemunho no mundo da nossa esperança foi, é e será nossa tarefa.
Porém, Deus desperta pensamentos, inspira decisões, energiza obras. Cada um de nós contribui com pensamentos, decisões e obras que acredita conscientemente contribuirão para a proclamação do Evangelho, para a edificação da Igreja, para a formação dos fiéis e para a realização do objetivo final que é a vida de santidade em Deus ”. (JSG)

(Com informações Fides)

https://gaudiumpress.org/

Divina Misericórdia "vacina contra o vírus do egoísmo"

Santuário da Divina Misericórdia, Igreja de Santo Espírito
em Sassia (reflexa photos) 

O Papa Francisco presidirá, neste domingo (11/4), pela segunda vez, em forma privada, a uma celebração Eucarística, por ocasião do dia dedicado à Divina Misericórdia, culto promovido por Santa Faustina Kowalska, na igreja de Santo Espírito em Sassia, ao lado do Vaticano. Em declarações ao Vatican News, o reitor do Santuário da Divina Misericórdia, Padre Jozef Bart, disse: “Vivemos tempos difíceis, mas este é um dia em que as graças fluem para toda a humanidade”.

Debora Donnini/Manoel Tavares

“Sinto que a minha missão não terminará com a minha morte, mas começará”. Estas palavras, escritas no Diário da Irmã Faustina Kowalska, são realmente proféticas, à luz dos acontecimentos que se seguiram após a volta para o Pai desta humilde freira. A ela Jesus se manifestou, com visões, revelações, estigmas ocultos, obtendo a união mística com Deus e o dom do discernimento de corações e profecias. A religiosa teve também experiências místicas dolorosas durante a "noite escura da sua alma".

Faustina nasceu, em 1905, no seio de uma família de camponeses, no vilarejo de Głogowiec, Polônia, e faleceu, em 1938, no convento de Cracóvia-Łagiewniki, aos 33 anos, idade de Cristo. Durante a sua vida trabalhou como cozinheira, jardineira e porteira, em várias Casas da Congregação das Irmãs da Bem-Aventurada Virgem Maria da Misericórdia, à qual pertencia. Mas, eram poucos os que sabiam da sua vida mística, exceto seus confessores e, em parte, nas escolas secundárias. Hoje, a Mensagem da Misericórdia, que Jesus lhe confiou, espalhou-se pelo mundo inteiro.

Uma festa desejada pelo próprio Jesus

Devido a esta Mensagem importante, São João Paulo II instituiu, no dia 30 de abril de 2000, há 21 anos, - dia da canonização da Irmã Faustina, - o Domingo da Divina Misericórdia, que se celebra no segundo domingo da Páscoa, "Domingo in albis".

O próprio Jesus manifestou-lhe o desejo de instituir uma festa em honra da sua Misericórdia: “Quero que a imagem, que você vai pintar com o pincel, seja solenemente abençoada no primeiro domingo da Páscoa. Este domingo deverá ser a festa da Misericórdia”, disse-lhe Jesus, segundo i Diário da Irmã Faustina.

Por isso, na manhã deste “domingo in Albis”, o Papa Francisco volta, como no ano passado, a celebrar uma Santa Missa, em privado, - seguindo as normas anti-Covid - na igreja de Santo Espírito em Sassia, nas proximidades do Vaticano. Ao término da celebração Eucarística, o Papa rezará a oração mariana do “Regina Coeli”, diretamente do Santuário da Divina Misericórdia.

O Papa Francisco será acolhido "com trepidação e alegria", disse à Vatican News o reitor do Santuário, Padre Jozef Bart, pois, neste ano, celebra-se o 90º aniversário da revelação da imagem de Jesus Misericordioso à Irmã Faustina. O próprio Papa recordou este acontecimento durante o Angelus, em 21 de fevereiro p.p., e, no dia seguinte, enviou também uma mensagem ao Bispo de Plock. Ano passado, foram comemorados os 20 anos da canonização de Santa Faustina e a instituição da Festa da Divina Misericórdia.

No dia 22 de fevereiro de 1931, o Senhor manifestou-se à Irmã polonesa, Faustina, que assim escreveu no seu Diário: “Jesus me disse para pintar uma imagem, segundo o modelo que eu via, com as palavras abaixo “Jesus, eu confio em Vós”. Disse-me ainda que esta imagem deveria ser venerada não só em sua capela privada, mas no mundo inteiro”.

A primeira imagem de Jesus Misericordioso foi pintada em Vilnius, sob a orientação da Irmã Faustina. Porém, a imagem mais conhecida é a que se encontra no Santuário da Divina Misericórdia, em Cracóvia-Łagiewniki, pintada, segundo as instruções do diretor espiritual da “Apóstola da Divina Misericórdia”, Padre Józef Andrasz.

O reitor do Santuário romano da Divina Misericórdia, Padre Jozef Bart afirma: “Faustina não transmite uma imagem nova, porque a mensagem da Misericórdia nada mais é do que o Evangelho de Jesus Cristo Ressuscitado. Ela apenas retransmite esta nova luz a toda a Igreja, cristãos e não cristãos”.

Recordando a profunda experiência que a religiosa polonesa vivia com o Senhor, na dimensão da sua Misericórdia, Padre Bart recorda os pedidos que Jesus lhe fazia: “A Misericórdia deve ser celebrada e praticada na Igreja e a festa da Misericórdia celebrada no domingo da Páscoa”. É precisamente neste dia em que se manifesta “a abundância dos frutos que brotam da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo, cujo fruto é a Misericórdia: dia em que as graças descem sobre toda a humanidade”.

A Divina Misericórdia está renovando o mundo, afirma o Padre Jozef Bart, recordando as palavras do Papa Francisco no Santuário da Divina Misericórdia, ano passado. São João Paulo II, comentando o ícone de Jesus misericordioso, afirmou: “Desta imagem nos transmite e propõe um novo estilo de vida e partilha”.

Missa no Domingo da Divina Misericórdia 2020

Vacina misericordiosa contra o vírus do egoísmo

O Reitor do Santuário romano, Padre Jozef Bart observa ainda que “este culto crescente da Misericórdia de Deus, em suas várias dimensões, ajuda realmente as pessoas contagiadas pela pandemia, mas é também como uma vacina contra o vírus do egoísmo, que pode destruir a civilização do amor”.

Destacando, enfim, a concretude da Misericórdia, Padre Bart se detém sobre a devoção e o vínculo de São João Paulo II, Bento XVI e Papa Francisco com a Misericórdia divina. O Papa Wojtyla fez do seu Pontificado a imagem da Divina Misericórdia; Bento XVI afirmou que as palavras "Jesus, eu confio em vós" são um resumo da nossa fé cristã, a fé na omnipotência do amor misericordioso de Deus; enquanto o Papa Francisco, artífice do Ano Santo da Misericórdia, abriu as portas deste dom a toda a humanidade, segundo as palavras de João Paulo II, em 17 de agosto de 2002, ao desejar que “a Misericórdia de Deus chegasse a todos os habitantes do planeta”.

Vatican News

Relatório sobre liberdade religiosa 2021 é apresentado pela Ajuda à Igreja que Sofre

Jeremiah Castelo | Shutterstock

Regiões assoladas por extremismo religioso e por radicais islâmicos são prioritárias.

O Relatório sobre Liberdade Religiosa 2021 é apresentado pela fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS ou ACN, pela sigla em inglês usada internacionalmente), que confirmou a publicação oficial para o próximo dia 20 de abril.

Thomas Heine-Geldern, presidente executivo internacional da fundação, declarou a respeito do objetivo do relatório, que é atualizado anualmente:

“Queremos levantar as nossas vozes para falar em nome daqueles que não podem mais e daqueles que são perseguidos e oprimidos em todo o mundo por causa da sua fé”.

De fato, um dos compromissos mais importantes da ACN é o de monitorar regularmente a liberdade religiosa em 196 países e promover medidas voltadas a ajudar os cristãos que sofrem perseguição.

Relatório sobre liberdade religiosa 2021

O Relatório sobre Liberdade Religiosa no mundo, que é produzido desde 1999, será apresentado neste ano conjuntamente em Roma e em outras cidades do mundo a fim de “atingir um amplo público geral interessado nos direitos humanos”.

No Brasil, por exemplo, um evento de divulgação está agendado para as 19h do dia 27 de abril, via canais da ACN Brasil no Youtube e no Facebook. Participarão dom Walmor de Oliveira, presidente da CNBB, dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, e dom Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro.

Segundo Thomas Heine-Geldern, o relatório se alicerça em três pilares: informação, oração e caridade ativa. Elaborado por especialistas independentes com equipes de pesquisa em universidades e centros de estudos de vários países, o documento adota “critérios objetivos e uma metodologia precisa” para classificar os países com base no nível de respeito ou desrespeito à liberdade religiosa – não apenas dos cristãos, mas dos fiéis de quaisquer outras religiões também.

Heine-Geldern alertou em 2020 que a pandemia de covid-19 piorou o cenário de deterioração da liberdade religiosa não apenas em decorrência de restrições governamentais, mas especificamente porque muitos cristãos estão tendo que trilhar “uma verdadeira Via Sacra de pobreza, exclusão e discriminação” por causa da sua fé. Ele destacou “ataques mortais contra os cristãos” na África, que “voltou a ser um ‘continente de mártires'”. Exemplos particularmente sangrentos vêm da Nigéria e de Moçambique, com cristãos à mercê de grupos jihadistas como o Boko Haram e o Estado Islâmico. Nas regiões de intensa perseguição, a Igreja Católica é muitas vezes “o único refúgio”, destacou ainda o presidente executivo da ACN.

De fato, Heine-Geldern anunciou que essas regiões assoladas pelo extremismo religioso e pela presença de radicais islâmicos violentos e em ascensão estão no foco prioritário das ações da fundação em 2021.

Aleteia

Governo russo devolve igreja a católicos após 25 anos de espera

A Igreja de São Pedro e São Paulo em Novgorod, Rússia /
Domínio Público

REDAÇÃO CENTRAL, 09 abr. 21 / 07:00 pm (ACI).- A Igreja de São Pedro e São Paulo de Novgorod foi devolvida pelo governo russo aos católicos em março, relata ACI Stampa, serviço em italiano do grupo ACI.

O bispo Nikolaj Dubinin, O.F.M. Conv., celebrou a primeira liturgia solene na igreja restaurada um quarto de século depois do primeiro pedido oficial de que a propriedade fosse devolvida.

Dubinin, de 47 anos, é bispo-auxiliar da Arquidiocese Católica da Mãe de Deus, em moscou.

A igreja de São Pedro e São Paulo foi construída por católicos poloneses deportados para Novgorod, cidade a cerca de 200 km de São Petersburgo.

Os comunistas destruíram a igreja em 1933 transformando-a em um cinema. Depois do colapso da União Soviética em 1991, católicos locais começaram a usar partes do prédio para celebrações litúrgicas.

Entre 2009 e 2010, os católicos conseguiram financiamento federal para restaurar as torres externas da igreja. Depois conseguiram que o prédio fosse reconhecido como “monumento de valor federal”. Por fim, fizeram várias demandas para usar novamente a igreja.

Embora os católicos sejam apenas 0,5% dos 144 milhões de habitantes da Rússia, segundo estimativas, em Novgorod a presença deles data de séculos.

Registros históricos sugerem que, já no século XII, havia uma igreja dedicada a Santo Olavo para os comerciantes escandinavos e bálticos e outra, de São Pedro, para a comunidade alemã.

Os católicos da cidade foram dispersados no século XV, se reconstituíram no século XIX e foram dispersados novamento no século XX pelo comunismo.

A igreja católica da Rússia não está preocupada apenas com a devolução de propriedades, mas também com uma nova lei que os críticos acusam de limitar a liberdade religiosa de minorias.

A Duma, câmara baixa do parlamento russo, aprovou, no fim de março, emendas á Lei de Liberdade de Consciência e Associações Religiosas de 1977.

A lei agora exige que clérigos estrangeiros tenham “re-certificação de uma organização religiosa russa”, da qual os que já estão no país estão isentos.

Ela também obriga igrejas a submeter anualmente uma lista de membros ao Ministério da Justiça. As emendas ainda precisam ser parovadas pelo Conselho da Federação, a câmara superior do parlamento russo.

Numa reunião em Saratov em março, os bispos católicos do país elogiaram aspectos positivos da lei, mas expressaram reservas a alguns dos dispositivos.

Uma declaração na página web dos bispos diz: “Os participantes da reunião discutiram o projeto de lei de emendas à lei ‘Sobre a liberdade de consciência e sobre associações religiosas.’ Eles gostaram das emendas feitas no projeto como parte da primeira leitura do projeto de lei na Duma. Ao mesmo tempo eles ainda estão preocupados com certos aspectos desse projeto, inclusive a introdução de educação e certificação adicional dos ministros recém-chegados, uma vez que, por causa da ausência de padrões, é impossível se preparar para isso.”

ACI Digital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF