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domingo, 9 de maio de 2021

Santa Luísa de Marillac

Sta. Luísa de Marillac | csvp

Santa Luísa de Marillac, patrona das Obras Sociais.

Menina adotada

Nasceu no dia 12 de agosto de 1591, na França. Provavelmente foi adotada, sendo registrada como filha natural de Luis 1º de Marillac, cavaleiro e Senhor de Ferriéres-em-Brie e comandante de uma companhia do rei. Em 1595 o pai coloca Luiza em uma pensão do Mosteiro Real de Saint-Louis de Poissy, das freiras dominicanas.

Formação desde a infância

Com as freiras dominicanas começa seu aprendizado: ler, escrever, conhecer a Deus. As freiras dominicanas lhe dão uma sólida formação humana. Quando Luis de Marillac morre, seu tutor passa a ser Miguel de Marillac, (chanceler da França). Este coloca Luiza em um lar para meninas em Paris. Nessa época ela começa a frequentar as freiras capuchinhas, Filhas da Cruz. Ali ela faz votos de servir a Deus e aos pobres. Ela sentia que esta era sua verdadeira vocação e o que mais desejava.

Casamento

Miguel de Marillac, porém, decide casá-la com um secretário dos comandantes da Rainha Mãe, Maria de Médicis. Assim, em fevereiro de 1613, Luiza se casa com Antonio Le Gras e passa a ser chamada de "mademoiselle", título reservado às esposas de nobres da França. Luiza não queria se casar. Na verdade, foi privada, a princípio, de realizar sua vocação, o que lhe causou vários sofrimentos. Mesmo assim, Deus abençoou e tiveram um filho, Miguel. O menino, porém, ficou muito doente e ela entrou em depressão por causa disso.

Luz de Pentecostes

Num dia de Pentecostes Luiza recebeu uma graça do Espírito Santo: seu espírito foi iluminado e suas dores e tristezas desapareceram. Ela compreendeu que deveria ficar com seu marido e cuidar dele até quando ele morresse. Deveria também cuidar de seu filho até o tempo de leva-lo para as pensões dos filhos dos nobres, onde ele seria bem cuidado e educado. Depois disso, ela teria o tempo para cumprir sua vocação de ajudar os mais necessitados. Luiza sentiu também que encontraria um novo diretor espiritual, o que aconteceu em 1625 quando ela encontra o Padre Vicente de Paulo, (futuro São Vicente). Este criou as Confrarias da Caridade e estabeleceu a Congregação da Missão, denominada de Lazaristas.

As profecias começam a se cumprir

Após ficar viúva, Luiza de Marillac coloca seu filho Miguel em uma pensão em Saint- Nicolas, como era costume na época. Os filhos dos nobres eram colocados nessas pensões, onde eram muito bem cuidados e educados. Isso tranquilizou o coração de Luiza.

São Vicente de Paulo e Luisa de Marillac

Depois, Luiza vai trabalhar com São Vicente de Paulo, nas Damas da Caridade (obra fundada por São Vicente), ajudando diretamente aos pobres. São Vicente nomeou Luisa como inspetora das casas de caridade. Em março de 1634, com a ajuda e permissão do Padre Vicente, Luisa e mais quatro amigas fundam a Companhia das Filhas da Caridade. Em 1655 ela conseguiu a aprovação da congregação com o Papa.

Fundação de hospitais: organização das obras de amor ao próximo

Luisa e o Padre Vicente começam a fazer muita coisa: ajudam as crianças abandonadas, dão socorro às vítimas da guerra dos 30 anos, cuidam de doentes mentais, participam da criação do hospital do Santo Nome de Jesus e do Hospital Geral de Paris.

A Obra de amor se expande

São Vicente, então, escreve a regra para as casas da caridade. Eram as "irmãs não enclausuradas, as moças ao ar livre; seu véu era a santa humildade; seu mosteiro a casa do doente; por cela um quarto de aluguel; por claustro as ruas das cidades". Com essas palavras de São Vicente e com sua ajuda, Luisa de Marillac funda várias casas das Irmãs de Caridade em várias cidades da França e também da Polônia, a pedido da Rainha Maria Gonzaga. Em 1652, quando a "peste" assolou a cidade de Paris, Santa Luisa e suas irmãs tiveram grande trabalho para ajudar os doentes, de tal forma que não pararam um só momento.

Últimos momentos

No ano de 1660 Luiza de Marillac sentia que seu fim estava se aproximando e queria ser assistida por São Vicente. Seu desejo, porém, não aconteceu pois ele com 85 anos também estava muito doente. Ele apenas conseguiu enviar a ela uma bênção, dizendo: "madame, ides antes de mim, espero em breve, rever-nos no céu." São Vicente sabia que Luiza santificou-se ajudando aos pobres e necessitados, enxergando neles a pessoa de Jesus Cristo. Por isso, ela certamente iria para o céu.

Morte de Santa Luisa

Santa Luiza recebeu a comunhão e deu uma benção para as irmãs de caridade dizendo:

"Queridas irmãs, continuo pedindo a benção de Deus para vós e a graça de perseverardes na vocação. Cuidai bastante do serviço dos pobres e vivei em grande união e cordialidade, amando umas às outras, a fim de imitardes a união de vida de Nosso Senhor. E rogai com fervor à Santíssima Virgem, para que ela seja nossa única Mãe." Ela recebeu a unção dos enfermos na hora de sua morte, pediu para fechar as cortinas e, pouco tempo depois, suavemente, faleceu. A seu pedido, teve um funeral foi muito simples, tendo sido sepultada na igreja de Saint-Lourent.

Canonização

Santa Luisa de Marillac foi beatificada pelo Papa Bento XV, em 9 de maio de 1920. Foi canonizada pelo Papa Pio Xl, no dia 11 de março de 1934. Foi declarada patrona das Obras Sociais em 1960 pelo Papa Bem-aventurado João XXIII. Seu corpo foi transferido para a capela da Casa Mãe das Filhas da Caridade, em Paris, França. Sua festa é no dia 15 de março. No Brasil existe uma cidade em Minas Gerais, chamada Marillac, em homenagem à Santa que é a sua padroeira.

Oração

Santa Luisa de Marillac, que tanto conhecestes os sofrimentos das imposições da família, privando-vos da liberdade de viver vossa verdadeira vocação para fazer-vos casar-se. Tu, que sofrestes as amarguras das dificuldades em todos os sentidos, intercedei junto a Deus para que os pais de nossos jovens saibam respeitar a vocação que cada um traz dentro de si, dentro da dignidade e do direito que Deus lhe confere. Santa Luisa de Marillac, que fostes agraciada com a amizade de dois famosos sacerdotes, pela santidade que viveram, São Francisco de Sales e São Vicente de Paulo, os quais, nos momentos mais importantes de vossa vida, apontaram-vos uma grande luz quando vos sentíeis no "fim do túnel", e pudestes viver  vossa vocação de auxiliadora dos infelizes pobres e doentes, e fundastes com São Vicente de Paulo o primeiro núcleo das Filhas da Caridade, rogai por nós, para que não vivamos uma vida centrados em nós mesmos e sim  nas necessidades tão prementes de nossos irmãos que sofrem.Por Cristo Nosso Senhor. Amém.

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sábado, 8 de maio de 2021

“Tchau, papai”: as últimas palavras que Maurício ouviu do bebê Murilo antes da chacina em Saudades

SHUTTERSTOCK

"Perguntei pelo meu filho e descobri que estava morto": quando um pai tenta descrever o indescritível.

“Tchau, papai”: estas foram as últimas palavras que o eletricista Maurício Massing, de 35 anos, ouviu do pequeno Murilo, de 1 ano e 9 meses, na manhã em que a barbárie perpetrada na escola infantil Aquarela, em Saudades, chocou o Brasil. Maurício estava indo para o trabalho de carona com a esposa, Kerli da Silva, de 28 anos, que logo depois levaria o meino para o que deveria ser mais um dia normal e pacato na escolinha. Quando saiu do carro, aproximadamente às 7h15 da manhã, Maurício ouviu as últimas palavras que Murilo lhe diria nesta vida – e que deveriam ser apenas as palavras normais de uma despedida provisória de poucas horas: “Tchau, papai!”.

Por volta das 10h20, Kerli também estava no trabalho, a pouca distância da creche, quando a irmã lhe avisou que a creche tinha sido atacada. Fazia somente dois meses que Murilo frequentava a escolinha, e apenas no período matutino: até então, Kerli tinha cuidado do filho em casa durante mais de um ano e meio. À tarde, ele ficava com a avó materna.

A despedida da mãe

Em declarações ao jornal O Globo, Kerli recordou que Murilo tinha acordado cedo e tomado seu leite ainda na cama, com o irmão. Ao terminar, foi até a cozinha levando as mamadeiras dos dois. Pouco depois, quando a jovem mãe deixava o menino na porta da escola, perguntou se ele queria lhe entregar a chupeta. Murilo disse que não. E, também para ela, suas últimas palavras foram as que tinha dito ao pai logo antes: “Tchau, mamãe!”.

A tragédia

Quando Kerli recebeu a notícia do massacre, a gerente da loja onde trabalha a levou até a escola. No cenário de gritaria e choque das pessoas, com viaturas e ambulâncias já contrastando gritantemente com a rotina de uma cidade pequena, pacífica e segura, Kerli tentou entrar na creche, mas um policial a barrou no portão e declarou que as crianças tinham sido levadas para as casas vizinhas. Ela foi em busca de Murilo.

“Estava todo mundo muito desesperado, chorando muito, correndo de um lado pro outro”.

Kerli tinha chegado praticamente no mesmo instante em que o pai de outra das vítimas, a pequena Sarah Luiza Mahle Sehn, 1 ano e 7 meses. Ele conseguiu entrar pelos fundos, e, quando tentava fazer o mesmo, Kerli ouviu uma professora gritar que Murilo tinha sido levado para o hospital, situado a menos de cinco minutos da creche. A mãe correu para lá, mas voltou a ser barrada na porta. O nervosismo era tamanho que a mãe desesperada sequer conseguia recordar qual era a roupa que Murilo usava naquela manhã. Só conseguiu informações sobre o pequeno quando foi vista por uma amiga que trabalha no hospital. Foi quando Kerli recebeu a notícia devastadora: seu filhinho já tinha chegado sem vida.

“Tchau, papai”

Maurício só viria a saber da tragédia quase uma hora depois, porque, pelo trabalho, tinha ido à cidade vizinha de Pinhalzinho. Quando voltou a Saudades, lhe disseram para ir direto ao hospital. A esposa estava sendo amparada porque tinha passado mal.

“Perguntei pelo meu filho e descobri que estava morto”.

À reportagem de O Globo, o pai tentou descrever o indescritível:

“A dor é insuportável (…) É inexplicável (…) Minha dor é tão grande que nem consigo sentir revolta ainda. O luto pelo Murilo não sai da cabeça”.

Aleteia 

Texas aprova lei que restringe a prática do aborto

Guadium Press
De acordo com a lei aprovada, qualquer cidadão pode denunciar e processar médicos, clínicas de aborto ou quem “ajude conscientemente” a prática de abortos ilegais.

Redação (07-05-2021, 10:50, Gaudium Press) A Câmara dos Representantes do Texas aprovou uma lei que proíbe o aborto a partir do momento em que o batimento cardíaco fetal é detectado. A lei já foi votada e aprovada pelo Senado do Texas e aguarda a assinatura do governador.

A lei já aprovada permite que qualquer cidadão denuncie ou processe médicos, clínicas de aborto e qualquer pessoa que “ajude conscientemente” a fazer abortos que violem a limitação estabelecida pelo próprio texto legal.

O objetivo final dos legisladores texanos é que a Suprema Corte julgue favoravelmente as leis já aprovadas que limitam o aborto em vários estados e, com isto, possibilitem a revogação da denominada ‘decisão Roe x Wade’ que abriu as portas para o verdadeiro holocausto que o aborto produziu nos Estados Unidos.

Abortistas pressionam o Governador e prometem apelar a um juiz federal

Os texanos pró-aborto têm reagido fortemente e pressionam o governador Greg Abbot para que não assine a lei alertando-o que, se ela for sancionada, apelarão para um juiz federal pedindo o impedimento de sua implementação.

Este foi um tipo de procedimento que já aconteceu em outros Estados onde leis pró vida foram aprovadas pelo poder legislativo e sancionadas pelo governador.

Na argumentação usada para impedir a sanção da lei pró vida, os abortistas afirmam que muitas mulheres só percebem que estão grávidas depois que se ouvido o batimento cardíaco do feto, que ocorre na sexta semana de gestação. (JSG)
(Com informações e foto InfoCatólica)

https://gaudiumpress.org/

14 detalhes para celebrar o casamento de modo católico

Casamento de María Pía Moreno, autora de ‘Velo de Vainilla’ /
Foto: Cortesia de María Pía Moreno - Esteban Nakano

REDAÇÃO CENTRAL, 07 mai. 21 / 06:00 am (ACI).- Como uma forma de ajudar a recuperar o significado do sacramento do matrimônio, que atualmente muitas pessoas consideram uma simples convenção social, o Grupo ACI entrevistou Alejandra Guerra, uma wedding planner católica, e a María Pía Moreno, autora do blog sobre casamentos “Velo Vainilla”.

Os detalhes que compartilham ambas podem ajudar a preparar melhor o seu casamento de modo católico. Se você já é casado, pode usá-los para celebrar um aniversário especial.

Estes detalhes ajudam a celebrar o matrimônio de modo católico, não se focar tanto na festa e destacar o que o Papa Francisco disse no número 72 da exortação apostólica Amoris Laetitia: “O sacramento do matrimônio não é uma convenção social, um rito vazio ou o mero sinal externo de um compromisso. O sacramento é um dom para a santificação e a salvação dos esposos”.

Antes do casamento

1. Participar de um retiro

Alejandra Guerra indicou que é fundamental que os noivos tenham encontro com Deus, porque sem Ele “é muito difícil perseverar em um matrimônio”.

Ela comentou que o seu trabalho de wedding planner oferece aos noivos a oportunidade de fazer um retiro cerca de seis meses antes do casamento e percebeu que, depois de vivê-lo, “o casal fica com mais vontade de buscar Deus”. Além disso, “têm uma formação mais sólida e podem tomar melhores decisões no dia do casamento”.

2. Escolher uma igreja com um significado especial

Para celebrar a Missa do casamento, María Pía Moreno sugeriu escolher uma paróquia ou uma igreja que tenha um significado especial para os noivos. Por exemplo, onde um deles realizou algum tipo de apostolado, recebeu os sacramentos ou se foi o lugar onde se conheceram.

Além disso, recomendou que “seria bom para o casal compartilhar este detalhe com as pessoas, para que deem mais importância ao sacramento”.

3. Pedir uma bênção no início do noivado

María Pía comentou que no Peru, seu país de origem, costumam celebrar com a família o dia que ambos se comprometem. No sábado à noite, por exemplo, seus familiares costumam se reunir na casa da noiva.

“Antes da celebração com a família, seria bom que todos participem da Missa”. Ela indicou que todos podem ir juntos no sábado à tarde a qualquer igreja e, no final da celebração, o casal pode se aproximar do sacerdote para pedir uma bênção especial para o início do noivado.

Alejandra Guerra sugeriu que, como parte de sua preparação para o casamento, o casal pode se consagrar à Virgem Maria. “Sabemos que há muitas crises matrimoniais. A melhor maneira de começar uma família é com a proteção da Virgem Maria. Ela nos pediu isso em muitas de suas aparições”, propôs.

A wedding planner equatoriana indicou que uma opção é se consagrar usando o método de São Luis Maria Grignon de Monfort.

4. Depois de escolher a data do casamento, comemorar esse dia todos os meses

A autora de ‘Velo de Vainilla’ recomendou que, depois de marcar a data do casamento, o casal pode celebrar esse dia durante os meses anteriores.

“Se, por exemplo, você vai se casar no dia 25 de outubro do próximo ano, você pode ir à Missa na igreja que escolheu todos os dias 25 e pensar que em poucos meses será o casamento”, disse ao Grupo ACI.

5. Revisar e meditar junto com o sacerdote as leituras da Missa

María Pía indicou que a igreja permite aos noivos escolherem as leituras bíblicas especiais para o matrimônio. Comentou que as mais utilizadas são a passagem do Evangelho sobre as Bodas de Caná e a Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios, o Hino da Caridade (1Cor 13,4-10).

“Muitos namorados apenas se limitam a escolher as leituras e muitas vezes não meditam profundamente no que elas significam. Por outro lado, quando você se senta a lê-las com o sacerdote que vai celebrar o casamento de vocês e as medita, vocês percebem a beleza e sabedoria destas palavras”, explicou.

Durante a Missa

Normalmente os familiares e amigos que estão afastados de Deus participam da Missa do casamento e esta é uma oportunidade para evangelizá-los e para que conheçam melhor a beleza deste sacramento.

6. Levar um terço junto com o buquê e rezá-lo

A autora de ‘Velo de Vanilla’ aconselhou a noiva a levar um terço junto com o tradicional buquê de flores. O terço que levará neste dia pode ser o mesmo que ela costuma rezar ou um que a sua mãe, sogra ou alguma pessoa especial lhe deu.

“Levá-lo dá forças, porque neste dia a noiva costuma ficar muito nervosa, mesmo que esteja preparada ou tenha a maturidade para dar este passo. O casamento é algo sonhado. Ver o terço dá tranquilidade. Devemos recordar que a Virgem também se casou”, indicou.

María Pía Moreno também disse que os noivos podem rezar o terço quando deixarem suas respectivas casas até chegar na igreja. “Ao rezá-lo, estarão mais focados e felizes porque estão respondendo a vocação ao matrimônio”, sublinhou.

7. Cubrir os esposos com um “terço gigante”

Um belo costume que se realiza em países como México e Equador é elaborar um terço muito maior do que comum e cobrir os esposos depois do rito do matrimônio durante a Missa.

“É como um ato de consagração à Virgem e este terço é abençoado e pode ser pendurado no quarto do casal, como uma lembrança do dia do casamento”, disse Alejandra Guerra ao Grupo ACI.

A wedding planner equatoriana acrescentou que os noivos podem conversar com o sacerdote que presidirá a Missa para escolher o momento certo para não interromper a liturgia.

8. Fazer um buquê e deixá-lo aos pés da Virgem Maria

“Por que não fazer um buquê para a Virgem Maria, para a nossa Mãe? As igrejas costumam ter uma imagem da Virgem perto do altar ou, se não tiverem, vocês podem pedir para trazer uma imagem neste dia”, comentou María Pia.

“Eu me casei na capela do meu colégio e não tinham uma imagem de Maria. Pedi para que trouxessem uma imagem de Nossa Senhora de Fátima e a pusessem em uma mesinha ao lado do altar. Quando a Missa terminou, eu e o meu esposo nos aproximamos com o buquê que foi feito para ela, deixamos aos seus pés e fizemos a nossa primeira oração como esposos”, manifestou.

9. Visitar o Santíssimo Sacramento pela primeira vez depois de casados

Alejandra Guerra indicou que a primeira coisa que o casal deveria fazer depois da Missa é visitar o Santíssimo Sacramento durante alguns minutos. “Que esta seja a primeira oração e encontro com Deus depois de casados. É um gesto maravilhoso”, assinalou.

Se a igreja não tiver o Santíssimo Sacramento exposto, os noivos podem coordenar com o sacerdote para que faça uma breve exposição do Santíssimo no final da Missa. Alejandra contou o testemunho de um casal que fez esse pedido “porque queriam que Jesus fosse o mais importante nesse dia. O sacerdote ficou feliz com este gesto”.

10. Colocar a imagem da Virgem Maria ou de um santo especial

Uma ideia muito boa pode ser colocar na entrada do local onde será a festa, uma imagem da Virgem Maria ou de um santo que os noivos tenham devoção.

“Alguns amigos que são muito devotos de Nossa Senhora de Lourdes colocaram uma imagem na entrada”, contou Alejandra Guerra. Por sua parte, María Pía sugeriu colocar uma imagem de Santo Antônio de Pádua, o padroeiro dos noivos.

11. Abençoar os alimentos

Alejandra comentou que em fevereiro deste ano ela foi a uma festa de casamento, depois da Missa, onde os esposos abençoaram os alimentos.

“Pode acontecer que nem todos os convidados compartilham a mesma fé dos noivos. Mas neste momento rezam um minuto, podem agradecer a Deus pelos alimentos”, assinalou.

12. Photobooth ou quadro com mensagens pedindo orações

Atualmente, é uma tendência nas festas ou nas reuniões que os convidados tirem fotos com um Photobooth (um quadro) com cores e frases específicas.

Alejandra indicou que na moldura podem colocar um pedido de oração. Por exemplo: “Publique esta foto com um pedido de oração pelo nosso casamento” ou “Rezem por nós”.

13. “Garrafa de conselhos” para que o matrimônio dure

Alejandra contou que uma amiga sua colocou no local da festa uma garrafa vazia e ao lado papéis em branco. Em cima deles estava escrito: “Dá-me um conselho para lê-lo no dia do meu aniversário”.

“Dar um conselho é como oferecer uma ajuda espiritual. Algumas pessoas escreveram para a minha amiga que o amor é importante, que se deve valorizar mais o coração da pessoa do que o físico ou sobre como enfrentar os conflitos”, sublinhou a wedding planner equatoriana.

14. Doar a comida que sobra aos pobres

Alejandra indicou que pode sobrar comida depois da festa e para não perdê-la, poderiam distribuí-la aos pobres. As famílias dos noivos podem ser responsáveis por esta obra de caridade.

Bônus para os pais dos noivos:

Escrever uma carta ao filho ou filha que vai se casar

María Pía comentou que, se um pai ou mãe está muito nervoso para dizer algumas palavras ao seu filho ou filha nesse dia, ou se por diferentes motivos não tiver tempo para isso, ele pode escrever uma carta.

“Você pode escrevê-la com antecedência e entregá-la no dia do casamento. Inclusive seria um lindo gesto colocar um santinho que tenha o mesmo nome do seu filho ou o santo do dia. Essa carta será uma lembrança bonita desta data especial”.

ACI Digital

Hoje é a festa de Nossa Senhora de Luján, padroeira da Argentina

Nossa Senhora de Luján / Foto: ACI Prensa

REDAÇÃO CENTRAL, 08 mai. 21 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 8 de maio, celebra-se a Festa de Nossa Senhora de Luján, padroeira da Argentina, que também é a protetora dos motoristas e das estradas , assim como da Polícia Federal desse país.

Durante o ano 1630, o português Antônio Farias, fazendeiro de Sumampa no território de Córdoba do Tucumán, pediu a um amigo marinheiro que lhe enviasse do Brasil uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, pois queria venerá-la em uma capela que estava construindo.

Assim, duas imagens chegaram para aquele homem: uma era conforme ele havia pedido e a outra era a Mãe de Deus com um menino em seus braços. Ambas foram colocadas em duas caixas dentro de uma charrete. Ao chegar às margens do Rio Luján, na fazenda de Rosendo, os carregadores pararam para passar a noite.

No dia seguinte, numa clara manhã de maio, quando quiseram continuar a viagem, a charrete não se movia. Os carroceiros tentaram fazê-la avançar de várias maneiras, mas foi inútil. Então, retiraram uma das imagens e a charrete continuava sem se mexer. Em seguida, colocaram-na novamente na charrete e retiraram a outra e o veículo andou normalmente.

Ao ver que a imagem de Nossa Senhora da Conceição não queria sair daquele lugar, levaram-na à casa do senhor Rosendo, onde a família a acolheu com alegria. Esta notícia ficou conhecida por toda a região e começou a crescer a devoção junto com os milagres.

Em 8 de maio de 1887, realizou-se a coroação canônica da imagem. Com o tempo, foi erguida uma Basílica – Sanntuário de Nossa Senhora de Luján.

João Paulo II, em 1982, em uma Missa no Santuário de Luján disse: "Diante desta bendita Imagem de Maria, à qual mostraram a sua devoção os meus predecessores Urbano VIII, Clemente XI, Leão XIII, Pio XI e Pio XII, vem também prostrar-se, em comunhão de amor filial convosco, o Sucessor de Pedro na cátedra de Roma".

Na audiência geral de 8 de maio de 2013, o Papa Francisco recordou de modo especial a Virgem de Luján, a quem tem uma devoção especial por ser a Padroeira de sua terra natal, Argentina, e encomendou-lhe todas as alegrias e preocupações dos argentinos, pedindo “um aplauso bem forte para a Mãe de Deus”.

ACI Digital

São Vítor, mártir

Paulus
08 de maio

São Vítor, mártir

Se o apelido não corresse o risco de parecer muito leviano e irreverente, poderíamos dizer que santo Ambrósio foi um dos mais eficazes “reconhecedores de talentos” da história. Escavando, literalmente, a história de Milão, encontrou nela personagens ilustres, que honravam a diocese pela qual, tão inesperadamente, tornou-se o responsável. E como um bom “reconhecedor de talentos” sabia também lançar as suas descobertas com todos os meios da publicidade então disponíveis, de modo especial através das festas populares, dos hinos sagrados e dos monumentos. Uma das descobertas de santo Ambrósio é precisamente são Vítor, de quem ele falou longamente na Explanação do evangelho de Lucas e no hino Os piedosos Vítor, Nabor e Félix. A outra fonte histórica, da qual tiramos a vida e sobretudo o martírio de são Vítor, são as Atas, que remontam ao século VIII.

Vítor, Nabor e Félix eram soldados provenientes da Mauritânia e hospedados em Milão. Levados, como outros companheiros seus de milícia e de fé, a fazer escolha entre o imperador e Deus, sua escolha foi clara e decidida. Mas sua objeção de consciência só lhe proporcionou a prisão. Após lhe haver feito passar seis dias sem comer e sem beber para debilitar-lhe a resistência, foi arrastado ao hipódromo do circo (junto à atual Porta Ticinense): não obstante o interrogatório ter sido feito pelo próprio Maximiano Hercúleo e por seu conselheiro Anulino, Vítor permaneceu firme na decisão de não sacrificar aos ídolos, resolução que manteve também após severa flagelação. Transportado ao cárcere, onde está hoje a Porta Romana, são Vítor foi ulteriormente atormentado: despejaram-lhe chumbo derretido nas feridas, mas a forte fibra do soldado africano ainda assim não enfraqueceu.

Um dia, aproveitando a distração dos carcereiros, conseguiu fugir e foi refugiar-se numa estrebaria situada nas proximidades de um teatro, lá onde se encontra hoje a Porta Vercelina. Mas a estas alturas sua peregrinação estava acabada: descoberto, foi levado a um bosque de olmo, que estava perto, e ali foi decapitado. O seu corpo ficou sem sepultura durante uma semana, mas o bispo são Materno o encontrou ainda intacto e fielmente vigiado por duas feras.

Foi-lhe então edificado um túmulo suntuoso, ao lado do qual santo Ambrósio quis que fosse sepultado seu irmão Sátiro. São Vítor é dos santos mais caros aos milaneses, que lhe edificaram igrejas, monumentos e mais tristemente célebre é… o cárcere de são Vítor. Não é por acaso o patrono dos prisioneiros e exilados.

Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.

https://www.paulus.com.br/

sexta-feira, 7 de maio de 2021

ESTUDOS BÍBLICOS: SOLA SCRIPTURA (Parte 5/7)

Ecclesia

SOLA SCRIPTURA

Na vaidade de suas mentes

Uma análise ortodoxa deste ensinamento ortodoxo

Por John Whiteford

Tradução de Rafael Resende Daher

3º Falsa Suposição: Qualquer um pode interpretar a Bíblia sem a ajuda da Igreja.

Embora muitos protestantes discordem de como esta suposição é formulada, esta é a suposição essencial que prevaleceu quando os primeiros Reformadores defenderam a doutrina da Sola Scriptura. A principal linha de argumentação é de que a Bíblia é clara o bastante para ser entendida, e que ela pode ser entendida por si só, assim os protestantes rejeitam a idéia de que é necessária a ajuda da Igreja neste processo. Esta posição é claramente declarada pelos estudantes luteranos de Tubingen, durante a troca de cartas que tiveram com o Patriarca Jeremias II de Constantinopla, aproximadamente após 30 anos da morte de Lutero:

"Talvez, alguém dirá que por um lado, as Escrituras estão absolutamente livres do erro, e que por outro lado, há muita coisa escondida, de maneira que sem as interpretações dos Padres Portadores do Espírito elas não podem ser claramente entendidas... Apesar disso, há muitas verdades que foram declaradas de maneira pouco perceptível na Bíblia, mas que também foram declaradas de maneira explícita e clara em outro lugar, de um modo que até uma pessoa simples pode entender." [8]

Estes estudantes luteranos ainda reivindicavam o uso dos escritos dos Santos Padres, mas consideravam estes escritos desnecessários, e que suas opiniões pessoais prevaleciam sob os escritos dos Santos Padres. Portanto, suas opiniões pessoais sobre a Bíblia possuíam mais autoridade que os ensinamentos dos Santos Padres. Ao invés de ouvir o que os Santos Padres apresentam como correto, eles preferiam os raciocínios humanos individuais. E foi esta mesma razão humana que conduziu os estudiosos luteranos modernos a rejeitar quase todo o ensinamento da Bíblia (inclusive a divindade de Cristo, a Ressurreição etc), e até mesmo a rejeição da inspiração da Bíblia — coisas em que os primeiros luteranos firmaram sua fé. Na resposta, o Patriarca Jeremias II expôs claramente o caráter do ensinamento protestante:

"Aceitamos então, a Tradição da Igreja com o coração sincero, e não com as múltiplas razões. "Deus criou o homem reto, mas é ele que procura os extravios" (Eclesiastes 7:29). Que não nos seja permitido aprender uma fé condenada pela Tradição dos Santos Padres. Assim disse o apóstolo inspirado por Deus: ‘se alguém pregar doutrina diferente da que recebestes, seja ele excomungado!’ (Gálatas 1:9)" [9]

A Doutrina da Sola Scriptura não é digna de seus próprios critérios

Você pode imaginar que o sistema de crenças Protestante tem como sua principal doutrina a teoria de que somente a Bíblia possui autoridade em assuntos de Fé, buscando provar que esta doutrina tem seus próprios critérios. A pessoa provavelmente espera que os protestantes mostrem diversos textos da Bíblia que prove esta doutrina — que é a base de toda a doutrina protestante. A pessoa espera dois ou três textos sólidos, que apresentam claramente esta doutrina — dizem eles da Bíblia: "Pelo depoimento de duas ou três testemunhas se resolve toda a questão" (II Coríntios 13:1). Contudo, como o menino da fábula que teve que mostrar que o Imperador estava nu, tenho que mostrar que não há um único verso na Bíblia em sua totalidade que comprove a doutrina da Sola Scriptura. Não há nada que comprove isso. Ah sim, há inúmeros lugares da Bíblia que falam de sua inspiração, autoridade e utilidade — mas não há um lugar da Bíblia que ensine que somente a Bíblia é autorizada a seus fiéis. Se tal ensinamento estivesse pelo menos implícito, os Pais da Igreja teriam seguramente ensinado esta doutrina, mas qual Santo Padre ensinou tal coisa? Por isso que o ensinamento fundamental do Protestantismo é autodestrutivo, contradiz a si mesmo. Mas a doutrina da Sola Scriptura não é apenas não ensinada pela Bíblia — ela contradiz a Bíblia especificamente (já discutimos isso), que ensina que a Santa Tradição também está ligada ao Cristianismo (II Tessalonicenses 2:15; I Coríntios 11:2).

As tentativas das interpretações Protestantes não Funcionam

Desde os primeiros dias da Reforma, os Protestantes são forçados a lidar com o fato de que apenas a razão individual não é capaz de resolver diversas questões básicas da doutrina. Surgiram dezenas grupos com Martinho Lutero, todos clamando o "correto entendimento da Bíblia," mas nenhum deles concordava sobre o quê a Bíblia dizia. Quando Lutero sustentou corajosamente a Dieta de Worms, e disse que havia sido persuadido pela Escritura, ou pela razão, ele não corrigiu mais nenhum de seus ensinamentos; enquanto os Anabatistas que discordavam dos luteranos em diversos pontos, acreditavam na mesma indulgência que os Luteranos haviam refutado diversas vezes — este é o problema da retórica do "direito de cada um ler as Escrituras por si só." Além dos óbvios e desgostosos problemas que dividiram o Protestantismo rapidamente após a apresentação da doutrina da Sola Scriptura, os protestantes não conseguiram derrotar o Papa, então eles concluíram que o problema estava nessas desavenças, em outras palavras, nenhuma das seitas estava lendo a Bíblia corretamente. Tentaram várias aproximações definitivas para solucionar este problema. Claro que estas aproximações poderiam acabar com os diversos e infinitos cismas, mas os protestantes procuram até hoje a "chave metodológica" que irá resolver seus problemas. Vamos examinar as aproximações mais populares que diversos grupos tentaram, e que ainda hoje é encontrada em alguns grupos.

APROXIMAÇÃO # 1: UTILIZE A BÍBLIA LITERALMENTE — SEU SIGNIFICADO É CLARO.

Esta tentativa foi utilizada para aproximar os primeiros Reformadores, entretanto, logo eles perceberam que a solução de apenas este problema não seria suficiente para acabar com os problemas apresentados pela doutrina da Sola Scriptura. Embora este fracasso tenha ocorrido logo no começo, esta aproximação começa a ocorrer entre Fundamentalistas menos educados, como os Evangélicos e Carismáticos — "A Bíblia diz o que significa e significa o que diz," esta frase é ouvida freqüentemente. Mas quando os textos em que os protestantes geralmente não concordam, como quando Cristo deu poder para seus apóstolos perdoar os pecados (João 20:23), ou quando Ele disse sobre a Eucaristia "este é o meu corpo.... este é o meu sangue" (Mateus 26:26-28), ou quando Paulo ensinou que as mulheres devem cobrir a cabeça na Igreja (I Coríntios 11:1-6), a Bíblia passa a dizer o que não significa — "Pois estes versos são literais..."

APROXIMAÇÃO # 2: O ESPÍRITO SANTO FORNECE O ENTENDIMENTO CORRETO.

Quando apresentamos os diversos grupos surgidos sob a bandeira da Reforma, que não concordam sobre suas interpretações da Bíblia, não há nenhuma dúvida de que a solução para este problema é a afirmação de que o Espírito Santo guia o protestante piedoso durante sua interpretação da Bíblia. Claro que qualquer um pode discordar da teoria de que todos estão sendo guiados pelo mesmo Espírito. O resultado é que todo grupo protestante é retirado do cristianismo devido às suas diferenças. Caso esta aproximação fosse válida, haveria apenas um grupo de protestantes interpretando a Bíblia corretamente. Mas qual é o verdadeiro entre tantas denominações? Claro que a resposta depende do protestante que você estiver falando. Podemos estar seguros de uma coisa — provavelmente ele pensa que o seu grupo é o correto.

Porém, hoje em dia (dependendo do nicho protestante que você está tendo contato), é comum você encontrar protestante relativizando a Verdade. Ou de que apenas sua seita ou grupo é a "correta." Como as diversas denominações existentes passaram a se corresponder com mais freqüência, diretamente, alguns chegaram ao acordo de que apenas alguns entendem a Bíblia corretamente, entretanto, ainda há alguns que o fazem. Isso fez crescer o número de grupos protestantes que minimizam as diferenças entre denominações, acreditando que "em nome do amor" estas diferenças "não são tão grandes." Talvez cada grupo possua "um pedaço da Verdade," mas não a plenitude da Verdade (e assim o raciocínio segue). Foi nesta panela de heresias que nasceu o movimento Ecumênico. Muitos "cristãos" param por aí seus esforços ecumênicos, e acreditam que apenas os grupos Cristãos possuem a verdade. Mas muitos acreditam que diversas religiões possuem "pedaços da Verdade." A conclusão óbvia é de que os protestantes modernos buscam derramar um pedaço da Verdade em cada grupo, para que estes "pedaços da Verdade" superem as "diferenças" nesta panela — a plenitude da Verdade será encontrada apenas no final!

NOTAS DE RODAPÉ

8. Mastrantonis, 115.

9. Ibid., 198.

FONTE:

Folheto Missionário número P106
Copyright © 2005 Holy Trinity Orthodox Mission
466 Foothill Blvd, Box 397, La Canada, Ca 91011
Redator: Bispo Alexandre Mileant
(sola_scriptura_john_whiteford_p.doc, 04-29-2005)  

ECCLESIA

"Caffè Bruno" na Tailândia: aroma e solidariedade em respeito à Criação

Pe. Bruno Rossi controla uma plantação de café

Graças à organização sem fins lucrativos "Laudato si' social enterprise", um grupo de missionários da região eclesiástica italiana Triveneto é capaz de garantir uma ética de trabalho correta aos habitantes de aldeias na Tailândia e também o acesso à educação para os filhos deles.

https://youtu.be/G9jY0hjazqU

Agata Rita Borracci* - Veneza

Os missionários italianos "fidei donum" que prestam serviço pastoral na paróquia de Maria Rainha da Paz de Chae Hom, no norte da Tailândia, lançaram um projeto de cultivo e comercialização de café que se caracteriza não só pela qualidade do produto, mas também, e sobretudo, pelo destino das receitas: bolsas de estudo para jovens, formação dos habitantes nas aldeias na gestão de culturas sustentáveis e melhoria geral das condições de vida. A ação pastoral da paróquia, oficialmente instituída há mais de 10 anos, abraçou os valores fundamentais expressos na Encíclica Laudato si' do Papa Francisco, mesmo antes da sua publicação.

As origens da missão

missão de Chae Hom, que pertence à diocese de Chiang Mai, nasceu de um desejo de colaboração missionária entre as dioceses da região eclesiástica italiana Triveneto, expresso pela primeira vez durante a convenção eclesial de Aquileia (Udine), em abril de 1990. Uma intuição confirmada alguns meses depois, em dezembro do mesmo ano, com a publicação da Encíclica "Redemptoris Missio" do Papa João Paulo II, que indicava o continente asiático como uma das áreas territoriais a serem privilegiadas.

Sete anos depois, Pe. Pietro Melotto e Pe. Gabriele Gastaldello, do clero diocesano de Vicenza, iniciaram o serviço pastoral em Chae Hom, acompanhados por dom Antonio Mattiazzo, na época, bispo de Pádua. À sua presença foram acrescentadas, em 1999, as de Pe. Bruno Rossi e Pe. Lorenzo Biasion, provenientes da diocese de Pádua, e quatro anos mais tarde a de Pe. Giuseppe Berti, pertencente ao clero de Verona. Para completar o grupo Triveneto, chegaram as Irmãs Xaverianas e a comunidade das Irmãs da Caridade de Santa Jeanne Antida Touret e, entre 2008 e 2010, Pe. Attilio De Battisti e Pe. Raffaele Sandonà do clero de Pádua e Pe. Bruno Soppelsa da diocese de Belluno.

Em 1º de maio de 2000, a paróquia de Maria Rainha da Paz foi oficialmente instituída em Chae Hom, que se estende por um território de mais de 3 mil quilômetros quadrados e a qual é confiada o cuidado pastoral de 40 aldeias, espalhadas principalmente em terrenos montanhosos e habitadas por uma grande variedade de grupos étnicos: Akha, Lahu, Karen, Yao, Isaan, Lisu, Hmong, que mantêm a própria cultura, língua e tradições.

A paróquia é construída sobre uma estrutura pré-existente, tanto do ponto de vista das construções como da ação pastoral, inicialmente cuidada pelos missionários do PIME que se concentraram principalmente nas pequenas comunidades da China, Birmânia e Laos, oferecendo-lhes assistência material e espiritual. A porcentagem dos cristãos, sobre uma população de cerca de 120 mil habitantes, é de cerca de 1%.

A colheita do café nas aldeias de montanha
A atividade nos centros

Entre as primeiras necessidades que os missionários do Centro Maria Rainha da Paz tiveram que enfrentar, havia a necessidade de oferecer às crianças e jovens que vivem nas aldeias o acesso à escola. O caminho desigual entre montanhas e planícies, a estação chuvosa e a ausência de figuras profissionais adequadas privaram os mais jovens, durante muito tempo, da oportunidade de frequentar qualquer percurso escolástico. Assim, nasceram 4 centros, onde centenas de crianças de mais de 40 aldeias e 7 tribos diferentes encontraram um ponto de referência e hospitalidade.

"Até hoje apenas 2 estão ativos", explica o pároco, Pe. Bruno Rossi, "um sinal de que as condições de mobilidade para chegar às escolas de forma independente melhoraram". Grande parte da atividade da paróquia consiste também na assistência espiritual às aldeias e no treinamento de catequistas locais, o que permitiu aos missionários alcançar pessoas de diferentes tribos, culturas, línguas e tradições.

Na Tailândia, apenas 0,5% da população é católica. A maioria da população é budista e dentro das tribos locais a situação está ainda mais segmentada. “A nossa paróquia", continua Padre Bruno, "está intimamente ligada aos serviços oferecidos pelo centro educativo para menores e vice-versa. A primeira coisa que consideramos quando alguém se dirige a nós é a sua necessidade, além da pertença. Somos todos filhos de Deus, portanto, em nossas ações diárias, tentamos ajudar e amar todos, sem condicionamentos. Os itinerários de evangelização, portanto, constituem uma proposta clara, diante dos olhos de todos. Aqueles que querem se aproximar de nós o fazem livremente, talvez a partir de perguntas que surgiram ao conhecer a nossa comunidade".

Alguns estudantes convidados da Paróquia Maria Rainha da Paz em Chae Hom
Uma resposta à poluição

Um relatório do “Air Quality Life Index” de Chicago, publicado em 2019, revelou como a expectativa de vida foi reduzida em alguns anos devido à poluição do ar: durante dias durante o período de monitoramento, Chiang Mai foi a cidade mais poluída do mundo, superando de longe os níveis máximos de poluição estabelecidos pelos padrões internacionais.

Um dos principais fatores que causam esses níveis fora de controle é a prática da "cultura de corte e queima", utilizada principalmente no cultivo do milho, que é a queima de resíduos agrícolas para aumentar a fertilidade e preparar o solo para a próxima colheita. O uso de pesticidas e fertilizantes químicos pulverizados nas diversas culturas, que na estação chuvosa fluem abundantemente para os cursos de água, também contribui para a poluição ambiental.

Essas práticas também tiveram sérias consequências para aqueles que frequentam a Paróquia Maria Rainha da Paz em Chae Hom. "Quando os fiéis se aproximavam do altar para receber a Eucaristia”, explica Pe. Bruno Rossi, “notamos que suas mãos estavam manchadas de pó vermelho, um resíduo de agrotóxicos. Foi um momento decisivo para nós: percebemos que estávamos entregando o Corpo de Cristo em mãos doentes, um gesto de vida plena e verdadeira colocado em mãos que devolviam os sinais da morte".

Os missionários, então, sugeriram estender as plantações de café das partes montanhosas do país para as colinas e vales. Padre Bruno conta como a ideia de iniciar cultivos orgânicos surgiu da degustação de alguns grãos cultivados pelas famílias de estudantes que viviam na paróquia. O produto era de alta qualidade, mas a torrefação realizada pela população local não dava o aroma ao qual os missionários estavam acostumados em sua terra natal. Assim, com a chegada de uma primeira máquina de torrefação em 2012 e, posteriormente, com novas melhorias, foi desencadeado um processo de produção e venda biológica, capaz tanto de valorizar um recurso de alta qualidade quanto de proteger a natureza e a saúde das pessoas.

As vendas, caracterizadas por um preço competitivo, tornaram possível restituir a dignidade e o descanso aos agricultores que vivem nas aldeias de Chae Hom e de financiar bolsas de estudo para estudantes. A atividade é, além disso, regulamentada pela instituição sem fins lucrativos denominada precisamente "Laudato si' social enterprise", criada com o objetivo de contribuir para o bem comum em plena conformidade com a lei e os regulamentos estatais e inspirada nos valores contidos na encíclica do Papa Francisco de 2015.

Peregrinos da Laudato si

A produção do "Caffè Bruno" começou há mais de dez anos, mesmo antes da publicação da "Laudato si", mas os princípios inspiradores da ação dos missionários e dos seus colaboradores são plenamente encontrados nas palavras que o Papa Francisco entregou no documento para orientar no cuidado da Casa Comum. "Tentamos proteger o trabalho e o descanso", explica Pe. Bruno Rossi, "assim como o desejo das comunidades de permanecer saudáveis e dentro de um ambiente seguro. Tentamos também cuidar da Casa Comum, respeitando a natureza e harmonizando com ela o trabalho do homem. É uma necessidade que nasceu da profundidade do espírito, uma atenção que traz consigo valores plenamente compartilhados também pela cultura asiática. Uma orientação, para nós espontânea, que depois encontramos descrita e sistematizada na encíclica do Papa Francisco: ela deu voz e motivação adicional às nossas ações. A natureza, para nós cristãos, também pode ser um veículo importante para nos aproximarmos de Deus, como São Francisco nos ensinou e como a Laudato si' reitera: ela nos oferece sustento e devemos aprender a respeitá-la para desencadear um círculo virtuoso".

Padre Bruno, brincando, também compara os seus paroquianos aos grãos de café: um diferente do outro, cada um com a própria história, única e irrepetível. O que faz a diferença, então, é a torrefação, ou seja, a capacidade de extrair o melhor de cada um, assim como um bom educador faz com os seus meninos. "Conseguimos produzir cerca de 800 quilos de café torrado por mês, embalado e enviado em toda a Tailândia. Os maiores pedidos geralmente vêm de hotéis”, continua o pároco, “e de turistas curiosos em provar um café torrado ao estilo italiano. A pandemia tem criado muitas dificuldades devido à falta de turistas, mas não é por isso que o projeto parou. Pelo contrário, nosso objetivo é incentivar o cultivo de plantas nativas do chá e continuamos nosso trabalho em um projeto recentemente lançado que envolve o cultivo e o processamento do cacau, que pode crescer facilmente mesmo nas planícies, oferecendo sustento aos paroquianos que vivem lá e não podem cultivar o café".

O processamento do "Caffè Bruno”
*Cube Radio - Instituto Universitário Salesiano de Veneza e Verona

Vatican News

Papa: o maior milagre que um cristão pode realizar

Papa Francisco | Vatican News

Segundo o Papa Francisco, há apenas um grande chamado no Evangelho, que é o ápice e o centro de tudo.

Os atos que nascem verdadeiramente da oração são um tipo de milagre que o cristão pode realizar, afirmou ontem o Papa Francisco.

Em sua catequese semanal, o Papa falou sobre a oração contemplativa:

O que nasce da oração e não da presunção do nosso ego, o que é purificado pela humildade, mesmo que seja um gesto de amor isolado e silencioso, é o maior milagre que um cristão pode realizar. E este é o caminho da oração de contemplação: eu olho para Ele, Ele olha para mim! Esta ação de amor em diálogo silencioso com Jesus faz tão bem à Igreja.

O Papa explicou que “a dimensão contemplativa do ser humano – que ainda não é a oração contemplativa – é um pouco como o ‘sal’ da vida: dá sabor, dá gosto aos nossos dias”.

Podemos contemplar olhando de manhã para o nascer do sol, ou para as árvores que se vestem  de verde na primavera; podemos contemplar ouvindo música ou o canto dos pássaros, ao ler um livro, diante de uma obra de arte ou daquela obra-prima que é o rosto humano…

Transformação do coração

Segundo o Papa, ser contemplativo não depende dos olhos, mas do coração.

E nisto entra em jogo a oração, como um ato de fé e amor, como “respiro” da nossa relação com Deus. A oração purifica o coração e, com ele, ilumina também o olhar, permitindo que captemos a realidade sob outro ponto de vista.

O Papa citou o Catecismo da Igreja, que diz que a luz do olhar de Jesus ilumina os olhos do nosso coração; ensina-nos a ver tudo à luz da sua verdade e da sua compaixão para com todos os homens. 

Pois bem: na contemplação amorosa, típica da oração mais íntima, não há necessidade de muitas palavras: basta um olhar, basta estarmos convencidos de que a nossa vida está rodeada por um grande e fiel amor do qual nada nos pode separar. 

Jesus nosso mestre

Jesus era um mestre deste olhar – afirmou o Papa. “Na sua vida nunca faltaram os tempos, os espaços, os silêncios, a comunhão amorosa, que permite que a existência não seja devastada pelas provações inevitáveis, mas que a sua beleza seja preservada intacta. O seu segredo era a relação com o Pai celestial”.

O Papa explicou que “alguns mestres de espiritualidade do passado compreenderam a contemplação em oposição à ação, e exaltaram aquelas vocações que fogem do mundo e dos seus problemas, a fim de se dedicarem inteiramente à oração”.

Na realidade, em Jesus Cristo, na sua pessoa e no Evangelho não há oposição entre a contemplação e a ação, não. No Evangelho, em Jesus não há contradição.  Isto veio provavelmente da influência de algum filósofo neoplatónico, mas é certamente um dualismo que não pertence à mensagem cristã. 

Segundo o Papa, há apenas uma grande chamada no Evangelho, que é seguir Jesus no caminho do amor.

Este é o ápice e o centro de tudo. Neste sentido, caridade e contemplação são sinónimos, dizem a mesma coisa. São João da Cruz afirmava que um pequeno gesto de amor puro é mais útil para a Igreja do que todas as outras obras juntas. O que nasce da oração e não da presunção do nosso ego, o que é purificado pela humildade, mesmo que seja um gesto de amor isolado e silencioso, é o maior milagre que um cristão pode realizar. E este é o caminho da oração de contemplação: eu olho para Ele, Ele olha para mim! Esta ação de amor em diálogo silencioso com Jesus faz tão bem à Igreja.

Aleteia 

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF