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terça-feira, 11 de maio de 2021

ESTUDOS BÍBLICOS: SOLA SCRIPTURA (Parte 7/7)

Ecclesia

SOLA SCRIPTURA

Na vaidade de suas mentes

Uma análise ortodoxa deste ensinamento ortodoxo

Por John Whiteford

Tradução de Rafael Resende Daher

A Proximidade da Ortodoxia com a Verdade

Quando, pela misericórdia Divina, encontrei a Fé Ortodoxa, não tive nenhum desejo em olhar para o Protestantismo e seus "métodos" de estudos Bíblicos com um novo olhar. Infelizmente, muitos destes métodos e suposições estão infectando até alguns círculos da Igreja Ortodoxa. A razão disso, é que como declarei acima, a tentativa protestante em retratar o estudo da Bíblia como "ciência." Alguns tentam introduzir estes erros e suposições em seminários e paróquias da Igreja Ortodoxa. Mas isto não é recente; a heresia sempre tenta enganar o fiel. Como disse São Irineu, quando as heresias começaram a atacar sua cidade:

Por meio de palavras especiais e plausíveis, sua perspicácia fascina o mais simples para o conhecimento de seu sistema; mas eles destroem desajeitadamente os outros, enquanto os inicia em suas opiniões blasfemas....

Na verdade, o erro nunca é colocado nu com todas suas deformidades, exposto, para ser descoberto imediatamente. Mas ele é enfeitado astuciosamente com uma veste atraente, para que com sua forma externa, ele possa parecer ao ingênuo (por mais ridícula que esta expressão possa parecer) como mais verdadeiro que a própria verdade. [18].

Para que não reste qualquer dúvida ou confusão, deixe-me esclarecer: a interpretação da Bíblia Sagrada feita pela Ortodoxia não é baseada em "pesquisas científicas" das Escrituras. A Igreja afirma que o entendimento da Bíblia não reside em dados arqueológicos, mas na relação inigualável com o Autor da Bíblia. A Igreja Ortodoxa é o Corpo de Cristo, coluna e sustentáculo da Verdade, é o meio pelo qual Deus escreveu a Bíblia (por seus membros) e o meio pelo qual Deus preservou a Bíblia. A Igreja Ortodoxa interpreta a Bíblia pois ela é herdeira de uma tradição viva que começou com Adão, e que se estendeu a todos seus membros atuais. Esta verdade não pode ser "provada" em um laboratório. A pessoa deve ser convencida pelo Espírito Santo e sentir a vida na Igreja de Deus.

Os protestantes perguntarão agora o que é e o que significa a Tradição Ortodoxa, e se ela é a Tradição correta, ou até mesmo se há uma tradição correta? Em primeiro lugar, os protestantes precisam estudar a história da Igreja. Eles encontrão a existência de apenas uma Igreja. O Credo Niceno faz esta observação claramente "Creio... na Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica." Esta declaração, que toda denominação protestante aceita como verdadeira, nunca foi interpretada como uma Igreja "nebulosa," "pluralística" e "invisível," que não consegue concordar em nenhuma matéria doutrinária. Os Concílios que canonizaram o Credo (assim como a Bíblia) anatematizaram os que estavam fora da Igreja, tanto os hereges, como os Montanistas, e cismáticos como os Donatistas. Eles não disseram "bem, não concordamos com a doutrina dos Montanistas, mas eles fazem parte da mesma Igreja que nós." Eles foram excluídos da comunhão da Igreja, até que voltassem à Igreja, para serem recebidos pela Igreja através do Santo Batismo e da Crisma (no caso dos hereges) ou apenas pela Crisma (no caso dos Cismáticos) [Segundo Concílio Ecumênico, Cânon VII].

Unir-se em oração com os que estão fora da Igreja era proibido, e ainda é (Cânones dos Santos Apóstolos, XLV, XLVI). Ao contrário dos protestantes, aquele que se fazia herói separando-se do grupo para formar seu próprio, a Igreja primitiva condenava este pecado como um dos mais condenáveis. Como Santo Ignácio da Antioquia (discípulo do Apóstolo João) advertiu: "Não engane os irmãos, ninguém que segue um cisma herdará o Reino de Deus, ninguém que segue doutrinas heréticas está do lado da paixão" (Filadelfios 5:3).

São as mesmas razões que fizeram o movimento protestante romper contra os abusos Papais, mas antes do rompimento do Ocidente Romano com o Oriente Ortodoxo estes abusos não existiam. Muitos teólogos protestantes da atualidade começaram a olhar este primeiro milênio da Cristandade não-dividida, e começaram a perceber o grande tesouro que o Ocidente perdeu (e alguns estão se convertendo à Ortodoxia). [19]

Obviamente, uma destas três declarações é a verdadeira:

1. não há nenhuma Tradição correta, e os portões do inferno prevaleceram contra a Igreja, portanto, os Evangelhos e o Credo Niceno estão errados;

ou:

2. a verdadeira Fé está no Papismo, com seus dogmas mudados e definidos pelo vigário de Cristo;

ou:

3. a Igreja Ortodoxa é a Igreja fundada por Cristo, e preservou fielmente a Tradição Apostólica. Estas são as escolhas do protestante: relativismo, Romanismo ou Ortodoxia.

A maioria dos protestantes, devido às suas bases teológicas da Sola Scriptura, que trazem desunião e discussões, desistiram há muito tempo da idéia da verdadeira unidade Cristã, considerando ridícula a hipótese da existência de apenas uma só Fé. Quando enfrentam tais afirmações relativas à unidade da Igreja citadas acima, os protestantes reagem com espanto, pois consideram estas atitudes contrárias ao amor Cristão. Sem a verdadeira unidade, eles se esforçam para a criação de uma falsa unidade, desenvolvendo a filosofia relativista do ecumenismo, na qual a convicção de que há apenas uma verdade é condenada. Porém, este não é o amor da Igreja histórica, mas um sentimento humanista. O Amor é a essência da Igreja. Cristo não veio estabelecer uma nova escola de pensamento, mas Ele veio construir sua Igreja, que jamais será vencida pelos portões do inferno (Mateus 16:17). Esta nova Igreja criou "uma unidade orgânica ao invés de uma unificação mecânica de pessoas divididas." [20] Esta unidade só é possível pela nova vida trazida pelo Espírito Santo, e vivenciada misticamente na vida da Igreja.
A Fé Cristã une o fiel a Cristo, compondo um corpo harmonioso de indivíduos separados. Cristo forma este corpo comunicando-se com cada membro e provendo a eles o Espírito da Graça de maneira eficaz, tangível... Se a união com o corpo da Igreja é cortada, a pessoa fica isolada em seu próprio egoísmo, sendo privada de influência benéfica e abundante do Espírito Santo que mora dentro da Igreja. [21]

A Igreja é Una porque ela é o Corpo de Cristo, e impossível que seu corpo seja dividido. A Igreja é uma, como Cristo e o Pai são um. Embora o conceito desta unidade pareça incrível, ela existe. Embora esta declaração pareça um pouco "dura" aos que não acreditam, esta é uma realidade da Igreja Ortodoxa, que exige de todos muita abnegação, humildade e amor. [22].

Nossa fé na unidade da Igreja tem dois aspectos, é uma unidade histórica e presente. Por exemplo, significa que quando os Apóstolos partiram desta vida, a unidade da Igreja não partiu com eles. Agora eles fazem mais parte da Igreja do quando estavam presentes em carne. Quando nós celebramos a Eucaristia em qualquer igreja local, nós não a celebramos sozinhos, mas com a Igreja inteira, a da terra e a do céu. Os santos do céu estão mais próximos de nós do que das pessoas que podemos ver e tocar. Assim, na Igreja Ortodoxa não somos ensinados apenas pelas pessoas de carne e osso que Deus designou para nos ensinar, mas também por todos estes mestres da Igreja que estão no céu e na terra. Estamos hoje mais subordinados aos ensinamentos de São João Crisóstomo do que os do nosso próprio Bispo. O modo de como estamos próximos da Bíblia não pode ser interpretado de maneira individual (II Pedro 1:20), mas pela Igreja. Esta aproximação com a Bíblia é demonstrada em uma definição clássica de São Vicente de Lerins:

Aqui, talvez, alguém pode perguntar: Como o cânon da Bíblia está completo e mais do que suficiente, por que é necessário acrescentar a autoridade da interpretação eclesiástica? De fato, (devemos responder) que a Bíblia Sagrada, devido a sua profundidade, não é aceita universalmente aceita por todos da mesma maneira. O mesmo texto é interpretado de maneira diferente por pessoas diferentes, de uma maneira que a pessoa poderá encontrar diversos significados quando houver muitos homens... Esta é a causa da distorção causada pelos vários erros, então, é realmente necessário que a interpretação dos escritos apostólicos e proféticos seja feita conforme a regra do significado eclesiástico e católico.

Na própria Igreja Católica, todo cuidado deve ser tomado para que a mesma crença existe em todos os lugares, sempre, para todos. Isto é o verdadeiro e correto "católico," indicado pela própria etimologia da palavra que inclui algo verdadeiramente universal. Esta regra geral é aplicada se seguirmos os princípios da universalidade, antiguidade e consentimento. Fazemos assim em relação à universalidade, pois a fé que confessamos deve ser a mesma fé que a Igreja inteira confessa no mundo inteiro. (Fazemos assim) em relação à antiguidade pois não devemos divergir de nenhuma maneira das interpretações que nossos antepassados e pais declararam como invioláveis. (Fazemos assim) em relação ao consentimento pois, devido à antiguidade, nós adotamos as definições e proposições de todos, ou quase todos, os Bispos. [23]

Nesta aproximação com a Bíblia, o trabalho do indivíduo em busca de originalidade não conta nada, mas sim o entendimento sobre o que está presente nas tradições da Igreja. Somos obrigados a não ir além do limite fixado pelos Pais da Igreja, e para passar fielmente a Tradição que recebemos. Isto requer muito estudo e meditação, e para entender a Bíblia verdadeiramente, devemos entrar profundamente na vida mística da Igreja. Por isso que Santo Agostinho expõe sobre como a pessoa deve interpretar a Bíblia (Em Doutrina Cristã, Livros I-IV) ele passa muito mais tempo falando sobre o tipo da pessoa que estuda a Escritura do que sobre os requisitos intelectuais que ela deve ter: [24]

  1. A pessoa deve amar a Deus de todo coração, e estar livre do orgulho,
  2. Deve estar motivada em buscar o conhecimento de Deus com fé e reverência, ao invés do orgulho e da ganância.
  3. Ter um coração subjugado por devoções, uma mente purificada, estar morta para o mundo;
  4. Buscar nada mais do que o conhecimento e a união com Cristo,
  5. Ser solícita e comprometida em trabalhos de misericórdia e amor.

Com um padrão tão alto quanto este, devemos seguir as orientações dos Santos Padres que tinham estas virtudes, para ficarmos livres da ilusão de que somos mais capazes e inteligentes do que eles ao interpretar a Sagrada Palavra de Deus.

Mas este trabalho foi feito pelos estudiosos protestantes? São estes degraus que nos ajudam a entender a história e seus significados obscuros, pois estes degraus estão de acordo com a Santa Tradição e devem ser usados.

Como São Gregório Nazianzeno disse sobre a literatura pagã:

"Assim como fazemos antídotos contra o veneno de certos répteis, devemos também fazer o mesmo contra a literatura secular de que recebemos princípios de dúvida e especulação, rejeitando assim sua idolatria..." [25]

Há muito tempo que impedimos a adoração dos falsos deuses do Individualismo, Modernismo, Vanglória Acadêmica, e há muito que reconhecemos os trabalhos que buscam levar luz à história e à lingüística da Bíblia, para que possamos entender a tradição perfeitamente. Mas os protestantes levam suas especulações além da dos textos canônicos, projetando idéias estranhas à Bíblia — quanto eles discordam da Santa Tradição, a Fé de sempre e todo lugar da Igreja, é claro que estão errados.

Se os protestantes pensam que isto é arrogante ou infantil, devemos considerar que eles pensam que são qualificados para cancelar (e normalmente, ignorar completamente) dois mil anos de ensinamento Cristão. Eles pensam que a aquisição de um título de P.H.D é capaz de dar mais perspicácia em relação aos mistérios de Deus, do que a sabedoria dos milhares de fiéis, Pais e Mães de Igreja, que serviam a Deus suportando torturas e martírios terríveis, e também zombarias e prisões devido à Fé? A arrogância está em suas mentes, pois eles não buscam aprender o que é realmente a Santa Tradição, e eles mesmos decidem o que é melhor, e agora todos acreditam que entendem a Bíblia realmente.

Conclusão

Talvez a Bíblia Sagrada seja o ápice da Santa Tradição da Igreja, mas a grandiosidade da elevada altura em que a Bíblia subiu depende da grande montanha em que ela está firmada. Retirada de seu contexto, da Santa Tradição, a pedra sólida da Bíblia torna-se uma mera bola de barro, que pode ser moldada facilmente por qualquer modelador que assim desejar. Não é nada honroso distorcer e abusar da Bíblia, mesmo que isso seja feito em nome de sua autoridade. Nós devemos ler a Bíblia; a Sagrada Palavra de Deus. Mas devemos entender sua mensagem com humildade, para sentarmos aos pés dos santos que foram "cumpridores da palavra e não apenas ouvintes" (Tiago 1:22), e que provaram durante suas vidas que mereciam interpretar a Bíblia. Permita-nos seguir àqueles que conheceram os Apóstolos, como Santo Ignácio da Antioquia e São Policarpo, quando tivermos alguma dúvida sobre os escritos dos Apóstolos. Permita-nos perguntar à Igreja, e não à nossa arrogância e auto-ilusão.

NOTAS DE RODAPÉ

18. A Cleveland Coxe, trans., Ante-Nicene Fathers, vol. i, The Apostolic Fathers with Justin Martyr and Irenaeus (Grand Rapids: Eerdmans Publishing Company, 1989), p 315.

19. Na verdade, um dos mais recentes volumes dos três da teologia sistemática, de Thomas Oden, está baseado na premissa de que o "consenso ecumênico" do primeiro milênio deve ser a norma para a teologia. [c.f. see, The Living God: Systematic Theology Volume One, (New York: Harper & Row, 1987), pp ix — xiv.]. Se Oden seguir sua metodologia corretamente, ele deve se converter à Ortodoxia.

20. The Holy New Martyr Archbishop Ilarion (Troitsky), Christianity or the Church? (Jordanville: Holy Trinity Monastery, 1985), p. 11.

21. Ibid., p. 16.

22. Ibid., p. 40.

23. São Vicente de Lerins, The Fathers of the Church vol.7, (Washington D.C.: Catholic University of America Press, 1949), pp. 269-271.

24. Santo Agostinho, "Em Doutrina Cristã" A Selected Library of the Nicene and Post-Nicene Fathers. series 1, vol. ii, eds. Henry Wace and Philip Schaff, (New York: Christian, 1887-1900), pp. 534-537.

25. São Gregório Nazianzeno, ""Oration 43, Panegyric on Saint Basil," A Selected Library of the Nicene and Post-Nicene Fathers of the Christian Church, series 2, vol. vii, eds. Henry Wace and Philip Schaff (New York: Christian, 18871900), p. 398f."

FONTE:

Folheto Missionário número P106
Copyright © 2005 Holy Trinity Orthodox Mission
466 Foothill Blvd, Box 397, La Canada, Ca 91011
Redator: Bispo Alexandre Mileant
(sola_scriptura_john_whiteford_p.doc, 04-29-2005)  

ECCLESIA

Não é de hoje que a Igreja apoia campanhas de vacinação

Viacheslav Lopatin - Shutterstock

Um olhar para a história da Igreja ajuda a entender o posicionamento do Papa Francisco em relação à vacina contra a Covid-19.

site oficial do Vaticano publicou um esclarecedor artigo para mostrar que a preocupação da Igreja Católica em adotar cuidados para evitar epidemias e pandemias, como as campanhas de vacinação, é antiga.

O texto tem o claro objetivo de apresentar um olhar sobre a história, a fim de nos permitir entender melhor o posicionamento do Papa Francisco a favor das vacinas contra a Covid-19.

Campanha de vacinação contra a varíola

No artigo, Andrea Tonielli esclarece que já em 1822 o Estado Pontifício, governado por Pio VII, promoveu uma campanha maciça de vacinação compulsória contra a varíola:

“Entre o final do século XVIII e o início do século XIX, o crescimento da epidemia de varíola na Europa foi alarmante. Na Itália central houve um pico em 1820. O pontífice não ficou parado olhando. O cardeal secretário de Estado de Pio VII, na medida legislativa de 20 de junho de 1822, recentemente comentada por Marco Rapetti Arrigoni no breviarium.eu, preparou a campanha de vacinação tendo o Papa “ordenado a inoculação da vacina contra a varíola em seus Estados”.

De acordo com artigo, o “texto vacinal único” do Estado Pontifício definia a vacina como uma dádiva de Deus:

“Um meio enérgico dado pela Providência Divina como disposição ao Amor Paterno para salvar a prole no alvorecer da vida e na certeza das esperanças da família e da pátria, e era de se esperar que, uma vez superados os obstáculos, se espalhasse por toda a parte com maior rapidez”.

Entretanto, a campanha de vacinação não teve tanto sucesso. Isso ocorreu devido aos preconceitos e à falta de informação correta por parte da população.

A vacinação deixa de ser obrigatória

Em 1824, o sucessor de Pio VII, Leão XII, aboliu a obrigatoriedade da vacinação. A medida foi tomada no momento em que muitos diziam que os maçons queriam inocular o vírus da varíola através da vacina. Além disso, muita gente acreditava que a imunização tirava espaço do papel confiado por Deus à Mãe Natureza.

Entretanto, o sucessor de Leão XII, voltou a defender as campanhas de vacinação e instituiu a Congregação Especial da Saúde em 1834. Gregório XV ordenou a vacinação obrigatória para os detentos nas prisões do Estado Pontifício.

Vacinação e incentivos

No papado de Giovanni Maria Mastai Ferretti, o esforço de vacinação continuou.

Em 1848, Pio IX organizou uma campanha de vacinação com especial atenção aos pobres. O Papa Mastai também ofereceu um pequeno prêmio em dinheiro para quem, após ter sido vacinado gratuitamente, voltasse depois para que os médicos verificassem o sucesso da vacinação.

Clique aqui para ler o artigo completo.

Aleteia

Paróquia espanhola recupera Bíblia e cálices roubados há sete anos

Guadium Press
Após serem devolvidas para a Paróquia Nossa Senhora do Trânsito, as peças foram encaminhadas para a ourivesaria onde passarão por um processo de restauração.

Espanha – Madri (10/05/2021 15:55, Gaudium Press) Sete anos após terem sido roubados da Paróquia de Nossa Senhora do Trânsito, em Madri, Espanha, dois cálices e uma bíblia de Jerusalém foram recuperados pela polícia.

As peças foram roubadas no dia 7 de julho de 2014. Segundo denúncia feita pelo pároco de Nossa Senhora do Trânsito, Padre Antonio Fernández, na ocasião, “entraram na paróquia sem forçar as portas e reviraram a sacristia buscando claramente estas peças; foram com este objetivo”.

Guadium Press

Ladrão tentou vender a bíblia por 1.300 euros

Os objetos foram encontrados por um dos paroquianos que estavam procurando na internet mobílias usadas para sua casa. Foi quando se deparou com a oferta dos dois cálices e a bíblia. O ladrão tentou vender a bíblia por 1.300 euros.

Segundo a Arquidiocese de Madri, os cálices estão esculpidos em ouro com incrustações de pedras semipreciosas. Em um deles é possível ver reminiscências góticas. “Vendo este cálice e o que resta do tesouro visigótico de Toledo, a sua inspiração é clara”, assegurou o Padre Fernández.

Guadium Press

Peças recuperadas serão restauradas em ourivesaria

As capas da Bíblia, feitas de ouro e prata, contém pedras semipreciosas e mostram a crucificação do Senhor. Doze pérolas incrustadas representam os doze apóstolos. Na contracapa está esculpido o Cordeiro sentado com o livro da vida, tal como representado no livro do Apocalipse, em um típico estilo de arte bizantina.

Após serem devolvidas para a Paróquia Nossa Senhora do Trânsito, as peças foram encaminhadas para a ourivesaria onde passarão por um processo de restauração, pois algumas de suas pedras se soltaram, e o interior dos cálices apresenta grande deterioração. Apesar disso, o Padre Fernández manifestou sua alegria pela recuperação dos objetos sagrados. (EPC)

https://gaudiumpress.org/

Ser mãe no mundo indígena

Marcivana com a filha 

A mulheres indígenas são cuidadoras da vida e da cultura de geração em geração... Marcivana Sateré,Mawé mulher, mãe e liderança indígena.

Padre Modino, Silvonei José – Vatican News

O primeiro sateré mawé nasceu de Nuamuçabe, que além de gerar a vida é a cuidadora do paraíso. Trata-se de dois elementos interligados, que tem muita importância na vida de Marcivana Sateré,Mawé mulher, mãe e liderança indígena.

Os povos indígenas na Amazônia brasileira são numerosos, assim como as cosmovisões que fazem parte da sua história. Essa cultura tem sido transmitida de geração em geração, e quem faz isso são as mulheres, as mães e as avós. Marcivana diz lembrar da trajetória da sua avó, de quem aprendeu o papel da mulher na vida do povo Sateré mawé, descer ao rio, fazer canoa, ir para o roçado, cuidar do filho, repassar a cultura, a língua, os conhecimentos orais recebidos de outras mulheres.

Hoje, a realidade da mulher indígena é diferente, são muitas as que estão “na linha de frente, do movimento indígena, assumindo um papel importante nesse contexto político que nós temos hoje”, afirma a auditora no Sínodo para a Amazônia. Nesse ponto, ao pensar nas mães de hoje, lembra da mãe, “da minha mãe, que tinha esse pulso de guerreira”. Ela fala de “Sônia Guajajara, liderança da APIB (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), que é mãe, Nara Baré, que está na coordenação da COIAB (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira), eu que estou à frente atualmente da COPIME (Coordenação dos Povos Indígenas de Manaus e Entorno), tantas outras lideranças mães que estão à frente das nossas organizações locais, mães que se juntam para fortalecer uma luta”.

Marcivana Sateré

Existe um elemento importante nas cosmovisões indígenas, ainda mais no universo feminino, que é o cuidado com a mãe Terra. Marcivana diz que “quando eu penso nas mães indígenas, também penso na mãe Terra, é um processo que se dá assim, a mãe indígena cuida da terra e a mãe Terra cuida das gerações que nascem das mães indígenas”.

Nessa cosmovisão do povo Sateré mawé, Nuamuçabe era a que cuidava da mãe Terra, que quando tem o filho, o filho volta ao seio da mãe Terra e a mãe Terra lhe dá vida novamente, gerando o povo Sateré mawé. É por isso que, no pensamento da liderança indígena, “não tem como falar de nós, mães indígenas, sem falar dessa relação que a gente tem com a outra mãe, com a mãe Terra”. Daí ela pensa “como nós hoje estamos nessa luta, de manter essa cultura para os nossos filhos, para as gerações futuras, e também de continuarmos cuidadoras da mãe Terra”.

As mães indígenas, segundo Marcivana, “a gente tem essa missão, do repasse cultural, repasse da luta, o repasse do entendimento político, desse entendimento de entender esse contexto que nós vivemos”. É por isso, que as mulheres indígenas vivem o Dia das Mães como um momento “muito significativo, no sentido de reconhecer essas mulheres como mães, mães de luta, mães guerreiras, mães que assumem um papel importante frente às organizações indígenas, mães que estão conquistando espaços, não apenas dentro do movimento indígena, mas em outros espaços, como a Joênia Wapicchana, que está ali como deputada federal”.

Marcivana Sateré

Mas como mãe indígena, Marcivana Sateré Mawé vê o futuro com preocupação. O fato de morar numa grande metrópole como Manaus, a faz ter “muita preocupação em relação à minha filha, como manter viva essa cultura numa cidade como é Manaus, como repassar para ela aquilo que minha avó, minha mãe, me repassaram, diante de um contexto tão diferente”. Ela afirma que “além de estar à frente desses grandes movimentos, a gente também tem esses desafios dentro de casa, porque a final somos nós que repassamos, somos nós mães, que mantemos essa cultura viva até os dias de hoje, são as mulheres as grandes responsáveis por isso”.

O Dia das Mães acontece num momento, afirma Marcivana Sateré Mawé, “num momento de muito ataque às mulheres indígenas, ataque constante”. Ela relata o acontecido com a Associação das Mulheres Mundurucu, no Pará, o ataque a Sônia Guajajara, consequência, segundo a liderança indígena, “que nós ocupamos um lugar importante dentro do movimento indígena”. O Dia das Mães chama muito a atenção, insiste Marcivana, “porque a mulher indígena tem muito essa função do cuidado, da proteção do território a da continuidade da nossa cultura para as gerações futuras”.

Marcivana Sateré em video conferência

Vatican News

Os Papas que peregrinaram a Fátima

Unitur

REDAÇÃO CENTRAL, 11 mai. 21 / 07:00 am (ACI).- Dos nove Pontífices que a Igreja teve desde a aparição de Nossa Senhora de Fátima em 1917, quatro foram ao Santuário mariano em Portugal, terra onde a Mãe de Deus falou aos três pastorinhos.

Paulo VI em Fátima

O primeiro foi São Paulo VI em 13 de maio de 1967, data em que o mundo celebrou os 50 anos da primeira aparição da Virgem de Fátima. “Queremos pedir a Maria uma Igreja viva, uma Igreja verdadeira, uma igreja unida, uma Igreja Santa”, disse o santo durante sua homilia diante de milhares de fiéis.

O segundo foi São João Paulo II que, em 13 de maio de 1982, ao completar um ano do atentado que sofreu na Praça de São Pedro, visitou Fátima para agradecer a Virgem por tê-lo protegido.

Retornou ao Santuário de Fátima em 1991 como agradecimento pelos 10 anos de ter sido “salvo” pela “mão materna” de Maria durante o atentado. E voltou mais uma vez no Jubileu do ano 2000, para beatificar os videntes de Fátima, Francisco e Jacinta Marto.

“A mensagem de Fátima é um chamado à conversão, alertando a humanidade para que não siga o jogo do ‘dragão’… A meta última do homem é o céu, sua verdadeira casa, onde o Pai celestial, com seu amor misericordioso, espera todos”, assinalou o Papa peregrino naquela ocasião que contou com a presença de Irmã Lúcia, a terceira vidente.

Bento XVI em Fátima

Ao comemorar os 10 anos da beatificação dos pastorinhos, o Papa Bento XVI também peregrinou ao Santuário de Fátima em 13 de maio de 2010 e celebrou uma multitudinária Missa. O Pontífice advertiu que “se equivoca quem pensa que a missão profética de Fátima está acabada”.

“Nossa Mãe bendita veio do Céu oferecendo a possibilidade de semear no coração de todos os que se acolhem a ela o Amor de Deus que arde no seu coração. A princípio foram só três, mas o exemplo de suas vidas se difundiu e multiplicou em inúmeros grupos por toda a face da terra”, destacou.

https://youtu.be/jn9Fz0gwMiQ

Em 2017, ao celebrar o centenário das aparições da Virgem Maria aos três pastorinhos na Cova da Iria, o Papa Francisco peregrinou a Fátima, onde presidiu a celebração de canonização de dois dos videntes, os agora Santos Francisco e Jacinta Marto.

O Santo Padre chegou a Fátima no dia 12 de maio, à noite, o Papa rezou o Rosário com os fiéis pela paz no mundo e abençoou as tradicionais velas antes da procissão com a imagem de Nossa Senhora.

Francisco em Fátima

https://www.facebook.com/watch/?v=10154473433546846

No dia seguinte, o Pontífice presidiu a Santa Missa, na qual canonizou Santa Jacinta e São Francisco Marto. Durante a homilia, assegurou que Maria, “antevendo e advertindo-nos para o risco do Inferno” ao qual uma vida sem Deus leva, apareceu em Fátima a três pastorinhos para “lembrar-nos a Luz de Deus que nos habita e cobre”.

Pois “é sobretudo este manto de Luz que nos cobre, aqui como em qualquer outro lugar da Terra quando nos refugiamos sob a proteção da Virgem Mãe para Lhe pedir, como ensina a Salve Rainha, ‘mostrai-nos Jesus’”, afirmou.

https://www.facebook.com/watch/?v=10154475039861846

Nesta recontagem dos Pontífices que chegaram à Fátima, há dois que não foram incluídos porque peregrinaram ao Santuário antes de ser eleitos para a Sede de Pedro.

Em 13 de maio de 1956, o então Cardeal Roncalli (mais tarde Papa São João XXIII) presidiu as cerimônias da peregrinação pelo aniversário das aparições. Enquanto o Cardeal Albino Luciani (depois João Paulo I) esteve na Fátima em 10 de julho de 1977.

ACI Digital

O Papa institui o Ministério de Catequista

Papa Francisco | Vatican News

Foi publicado nesta terça-feira (11) o Motu proprio "Antiquum ministerium" com o qual Francisco institui o ministério de catequista: uma necessidade urgente para a evangelização no mundo contemporâneo, a ser realizada sob forma secular, sem cair na clericalização.

Isabella Piro – Vatican News

"Fidelidade ao passado e responsabilidade pelo presente" são "as condições indispensáveis para que a Igreja possa desempenhar a sua missão no mundo": assim escreve o Papa Francisco no Motu proprio "Antiquum ministerium" - assinado ontem, 10 de maio, memória litúrgica de São João de Ávila, presbítero e doutor da Igreja - com o qual institui o ministério de catequista. No contexto da evangelização no mundo contemporâneo e diante da "imposição de uma cultura globalizada", de fato, "é necessário reconhecer a presença de leigos e leigas que, em virtude de seu Batismo, se sentem chamados a colaborar no serviço da catequese". Além disso o Pontífice enfatiza a importância de "um encontro autêntico com as gerações mais jovens", como também "a necessidade de metodologias e instrumentos criativos que tornem o anúncio do Evangelho coerente com a transformação missionária da Igreja".

Um novo ministério, mas com origens antigas

O novo ministério tem origens muito antigas que remontam ao Novo Testamento: de forma germinal, é mencionado, por exemplo, no Evangelho de Lucas e nas Cartas de São Paulo Apóstolo aos Coríntios e aos Gálatas. Mas "toda a história da evangelização nestes dois milênios", escreve o Papa, "manifesta com grande evidência como foi eficaz a missão dos catequistas", que asseguraram que "a fé fosse um válido sustentáculo para a existência pessoal de cada ser humano", chegando ao ponto de "até dar a sua vida" para este fim. Por isso desde o Concílio Vaticano II tem havido uma crescente consciência de que "a tarefa do catequista é da maior importância", bem como necessária para o "desenvolvimento da comunidade cristã". Ainda hoje, continua o Motu Proprio, "muitos catequistas competentes e perseverantes" realizam "uma missão insubstituível na transmissão e no aprofundamento da fé", enquanto uma "longa série" de beatos, santos e mártires catequistas "marcaram a missão da Igreja", constituindo "uma fonte fecunda para toda a história da espiritualidade cristã".

Transformar a sociedade através dos valores cristãos

Sem diminuir em nada a "missão própria do bispo, o primeiro catequista na sua diocese", nem a "responsabilidade peculiar dos pais" quanto à formação cristã de seus filhos, portanto, o Papa exorta a valorizar os leigos que colaboram no serviço da catequese, indo ao encontro "dos muitos que esperam conhecer a beleza, a bondade e a verdade da fé cristã". É tarefa dos Pastores - destaca ainda Francisco - reconhecer "ministérios laicais capazes de contribuir para a transformação da sociedade através da penetração dos valores cristãos no mundo social, político e econômico".

https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2021-05/
papa-francisco-motu-proprio-antiquum-
ministerium-catequista.html

Evitar formas de clericalização

Testemunha da fé, mestre, mistagogo, acompanhante e pedagogo, o catequista - explica o Pontífice - é chamado a exprimir a sua competência no serviço pastoral da transmissão da fé desde o primeiro anúncio até a preparação para os sacramentos da iniciação cristã, incluindo a formação permanente. Mas tudo isso só é possível "através da oração, do estudo e da participação direta na vida da comunidade", para que a identidade do catequista se desenvolva com "coerência e responsabilidade". Receber o ministério laical de catequista, de fato, "imprime uma acentuação maior ao empenho missionário típico de cada batizado". E deve ser desempenhado - recomenda Francisco - "de forma plenamente secular, sem cair em qualquer tentativa de clericalização".

Congregação para o Culto Divino publicará Rito de Instituição

O ministério laical de catequista também tem "um forte valor vocacional" porque "é um serviço estável prestado à Igreja local" que requer "o devido discernimento por parte do bispo" e um Rito de Instituição especial que a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos publicará em breve. Ao mesmo tempo - assinala o Pontífice - os catequistas devem ser homens e mulheres "de fé profunda e maturidade humana"; devem participar ativamente da vida da comunidade cristã; devem ser capazes de "acolhimento, generosidade e uma vida de comunhão fraterna"; devem ser formados do ponto de vista bíblico, teológico, pastoral e pedagógico; devem ter amadurecido a prévia experiência da catequese; devem colaborar fielmente com os presbíteros e diáconos e "ser animados por um verdadeiro entusiasmo apostólico".

O convite do Papa para as Conferências Episcopais

Por fim, o Papa convida as Conferências Episcopais a "tornarem realidade o ministério de catequista", estabelecendo o iter formativo necessário e os critérios normativos para o acesso ao mesmo, encontrando as formas mais coerentes para o serviço e em conformidade com o Motu proprio que poderá também ser recebido, "com base no próprio direito particular", pelas Igrejas Orientais.

Vatican News

Santo Inácio de Láconi

Santo Inácio de Láconi | Canção Nova

Santo Inácio de Láconi
Origens

Francisco Inácio Vincenzo Peis, nasceu em Láconi, Itália, em 17 de novembro de 1701. Filho de uma família pobre e muito cristã, ele foi o segundo entre nove filhos. Seus pais eram ricos na prática das virtudes tanto humanas quanto cristãs. Por isso, educaram seus filhos na doutrina e no seguimento fiel de Jesus Cristo. 

Vocação e carismas

Desde a infância Inácio demonstrou sentir importante chamado para seguir na vida religiosa. Foi agraciado com dons especiais da cura e da profecia. Além disso, tinha um forte carisma e era querido por todos. Por outro lado, praticava penitências bastante severas. Mesmo assim, mantinha-se sempre sereno e alegre. Procurava, em tudo, estar em comunhão com Jesus Cristo. 


Vocação e doença

Aos dezenove anos, Inácio caiu gravemente enfermo. Em duas ocasiões esteve á beira da morte. Essas experiências levaram-no a decidir que sua vocação era seguir os mesmos passos de São Francisco de Assis, dedicando-se aos pobres e aos doentes. E ele prometeu que, se ficasse curado, assim seria sua vida. E a cura chegou.

Franciscano

 Curado, Inácio de Láconi dirigiu-se para a cidade de Cagliari. Seu objetivo era entrar no convento dos freis capuchinhos do Convento do Bom Caminho. Porém, por causa de sua saúde ainda frágil, não pôde ser recebido no convento. Ele, então, decidiu dar o devido tempo para a sua recuperação total. Então, depois de recuperar-se totalmente, ele fez os votos e vestiu o hábito dos franciscanos. Era o ano 1721.

Peregrinação franciscana

Frei Inácio de Láconi, foi enviado em missão para inúmeros conventos. Depois de quinze anos peregrinando a serviço da ordem, voltou para o Convento Capuchinho do Bom Caminho em Cagliari. Lá, ele viveu até a morte. Assumiu a função de porteiro do convento e desempenhou-a até o fim de seus dias.

Espírito Franciscano

Santo Inácio de Láconi vivia entre os irmãos o verdadeiro espírito franciscano. Amava a pobreza e o desprendimento; estava sempre disponível para os pobres, para os doentes, para os desamparados. Atendia sempre e com todo amor aos doentes do corpo e aos doentes da alma. Muitos desses, tidos como pecadores, recolocaram no caminho da fé depois de conhecerem frei Inácio.

Cegueira e morte

Nos últimos cinco anos de sua vida, Santo Inácio de Láconi ficou totalmente cego. Isso, porém, não o impediu de continuar a cumprir rigorosamente os regulamentos da vida no convento e as práticas da vida alegre em comunidade. Santo Inácio de Láconi faleceu em 11 de maio de 1781. Logo, sua fama de santidade se espalhou por causa de vários milagres conseguidos mediante sua intercessão. Ele foi beatificado em 1940 por Pio XII e canonizado em 1951 pelo mesmo Papa.

Oração a Santo Inácio de Láconi

“Ó Deus, concedei-nos, pelas preces de Santo Inácio de Láconi, a quem destes perseverar na imitação de Cristo pobre e humilde, seguir a nossa vocação com fidelidade e chegar àquela perfeição que nos propusestes em vosso Filho. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.”

https://cruzterrasanta.com.br/

segunda-feira, 10 de maio de 2021

O amor ao dinheiro, sucesso e poder "nos afastam do Senhor", diz o Papa Francisco

Papa Francisco reza a oração do Regina Coeli do Vaticano.
Foto: Vatican Media

Vaticano, 09 mai. 21 / 11:39 am (ACI).- Durante a oração do Regina Coeli deste domingo, 9 de maio, o Papa Francisco alertou contra os amores do mundo, porque “amar como Cristo significa dizer não a outros ‘amores’ que o mundo nos propõe: amor pelo dinheiro, amor pelo sucesso, pela vaidade, pelo poder... Esses caminhos enganosos nos afastam do amor do Senhor”.

Em seu ensinamento prévio à oração do Regina Coeli, que rezou do Palácio Apostólico do Vaticano, o Santo Padre destaca que no Evangelho do dia Jesus "retoma o verbo-chave: permanecer".

“Ele nos convida a permanecer em seu amor para que sua alegria esteja em nós e nossa alegria seja plena”, explicou.

O Papa ressaltou que o amor ao qual Jesus se refere “é o amor que tem sua origem no Pai, porque ‘Deus é amor’. Como um rio escorre no Filho Jesus e através d’Ele chega até nós, suas criaturas”.

“O amor que Jesus nos dá é o mesmo amor com o qual o Pai O ama: amor puro, incondicional, amor gratuito. Doando-o a nós, Jesus nos trata como amigos, fazendo-nos conhecer o Pai e nos envolve em sua própria missão para a vida do mundo”, disse o Papa.

Então: “O que temos que fazer para permanecer neste amor? Jesus disse: ‘Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor’.

“Jesus resumiu seus mandamentos em apenas um, este: 'Amai-vos uns aos outros como eu vos amei'. Amar como Cristo ama significa colocar-se a serviço dos irmãos, como Ele fez quando lavou os pés dos discípulos. Significa sair de si mesmo, abrir mão da própria segurança humana, do conforto, para se abrir aos demais, especialmente para os mais necessitados. Significa colocar-se à disposição com o que somos e temos”.

Ou seja, amar como Cristo ama “significa dizer não a outros ‘amores’ que o mundo nos propõe: amor pelo dinheiro, amor pelo sucesso, pela vaidade, pelo poder... Esses caminhos enganosos nos afastam do amor ao Senhor e nos levam a nos tornarmos cada vez mais egoístas, narcisistas e prepotentes".

A “prepotência”, continuou o Pontífice, “leva a uma degeneração do amor, a abusar dos outros, a fazer a pessoa amada sofrer. Penso no amor doentio que se transforma em violência - e em quantas mulheres são vítimas disso hoje em dia das violências. Isto não é amor".

“Amar como o Senhor nos ama significa apreciar a pessoa que está ao nosso lado e respeitar sua liberdade, amá-la como ela é, não como queremos que fosse; como é, gratuitamente”.

“Em última análise, Jesus nos pede para permanecermos no seu amor, para habitar em seu amor, não em nossas ideias, não no culto de nós mesmos; pede-nos para sair da pretensão de controlar e administrar os outros para confiar e doar-nos a eles”.

O Papa Francisco concluiu seu ensinamento ressaltando que “o Senhor deseja que a alegria que Ele possui, porque está em total comunhão com o Pai, também esteja em nós, pois estamos unidos a Ele”.

ACI Digital

O apelo do Papa por Jerusalém e o pensamento à Colômbia

Confrontos em Jerusalém  (AFP or licensors)

O Papa Francisco expressou palavras de particular preocupação com a escalada de tensão na Cidade Santa, da qual recordou a identidade multi-religiosa e multicultural. Ele o fez, assegurando sua oração para que Jerusalém seja "um lugar de encontro e não de confronto" e pedindo por "soluções compartilhadas". Em seguida, voltou seus pensamentos para a Colômbia, onde se registram violências.

Silvonei José – Vatican News

"Acompanho com particular preocupação os acontecimentos que estão ocorrendo em Jerusalém": com estas palavras, após a recitação do Regina Caeli o Papa Francisco chamou a atenção para a Cidade Santa rezando para "que ela possa ser lugar de encontro e não de confrontos violentos; um lugar de oração e de paz".

O apelo por soluções compartilhadas

"Convido a todos a buscarem soluções compartilhadas, para que a identidade multi-religiosa e multicultural da Cidade Santa seja respeitada e possa prevalecer a fraternidade", disse Francisco, reiterando que "a violência só gera violência" e afirmando: "chega de confrontos".

Pensamento à Colômbia

O Papa Francisco também dirigiu o seu pensamento para a Colômbia: "Também quero expressar a minha preocupação com as tensões e conflitos violentos na Colômbia que causaram mortes e feridos. Há muitos colombianos aqui, rezemos por sua pátria".

Após outras referências a eventos atuais no momento após a recitação do Regina Caeli, o desejo a todos de um bom domingo, com o habitual convite para rezar pelo Papa.

Vatican News

ESTUDOS BÍBLICOS: SOLA SCRIPTURA (Parte 6/7)

Ecclesia

SOLA SCRIPTURA

Na vaidade de suas mentes

Uma análise ortodoxa deste ensinamento ortodoxo

Por John Whiteford

Tradução de Rafael Resende Daher

APROXIMAÇÃO # 3: DEIXE AS PASSAGENS CLARAS INTERPRETAR AS OBSCURAS.

Esta deve ter sido a solução perfeita encontrada para o problema de como interpretar a Bíblia — deixe que as passagens de fácil entendimento "interpretar" as obscuras. A lógica disto é simples, quando uma passagem obscura revela uma verdade obscura, esta passagem é seguramente declarada de maneira clara em outra passagem da Bíblia. Use simplesmente estas "passagens claras" como chave, para destrancar o significado da "passagem obscura." Assim os estudantes luteranos de Tubingen discutiram em sua primeira carta com o Patriarca Jeremias II:

"Então, não há melhor maneira de interpretar a Bíblia do que utilizando a própria Bíblia para interpretá-la, ou seja, por ela mesma. Pois a Bíblia foi inspirada pelo mesmo Espírito, que entende seu próprio testamento e que pode declarar seu significado da melhor maneira."

A promessa que este método trouxe foi insuficiente para resolver o caos e as divisões entre os protestantes. O ponto de aproximação se desintegra em determinados trechos que estão "claros" e em outros que estão "obscuros." Os batistas acreditam que é impossível um Cristão perder sua salvação, pois a pessoa é "salva," e demonstram diversas passagens para provar a doutrina da "Salvação Eterna" — por exemplo: "Pois os dons e o chamado de Deus são irrevogáveis" (Romanos 11:29) e "As minhas ovelhas ouvem a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; elas jamais hão de perecer, e ninguém as roubará de minha mão" (João 10:27-28). Mas quando os batistas encontram versos que demonstram que a salvação pode ser perdida, como "no dia em que o justo vier a pecar, a sua justiça não o salvará" (Ezequiel 33:12), eles usam as passagens que estão "claras" para explicar estas que estão "obscuras." Os Metodistas acreditam que a salvação pode ser perdida se a pessoa se voltar contra Deus, e não encontram nenhuma obscuridade nestas passagens, pelo contrário, utilizam estes textos para provar aos Batistas que estas passagens estão "claras." E assim Metodistas e Batistas lançam seus versos da Bíblia de um lado para o outro, cada um não entendendo como o outro não consegue "ver" o que é tão "claro."

APROXIMAÇÃO # 4. EXEGESE CRÍTICA-HISTÓRICA

Afogados em um mar de opinião subjetiva e divisão, os protestantes começaram a agarrar em qualquer método intelectual com uma pequena parte de objetividade. Como o tempo passou e as divisões aumentaram, a ciência e a razão tornaram-se o padrão pelo qual os teólogos protestantes esperam provar a consistência de suas convicções bíblicas. Esta tentativa "científica" vem dominando as escolas Protestantes, e também começaram a predominar nas escolas Católicas Romanas, normalmente chamada de "Exegese Crítico-Histórica." Com a chegada da chamada era do "Iluminismo," a ciência é tida como capaz de resolver todos os problemas do mundo. As Universidades Protestantes começaram a aplicar metodologias filosóficas e científicas em sua teologia e até na Bíblia. Desde o Iluminismo, os estudantes protestantes analisam a Bíblia pelos seguintes aspectos: históricos, manuscritos, idiomas bíblicos etc. Como se a Bíblia Sagrada fosse uma escavação arqueológica, estes estudantes buscam encontrar fragmentos para demonstrar com a ciência o que a Bíblia tem a oferecer. Para ser franco, devo declarar que muito conhecimento útil foi produzido por esta escola. Mas, infelizmente, sua metodologia é errada, fundamentalmente grave, mas é retratada como portadora de uma aura de objetividade científica que vêm surgindo neste período.

Como todas as outras aproximações utilizadas pelos protestantes, este método busca entender a Bíblia ignorando a Tradição da Igreja. Embora não exista nenhum método protestante singular de exegese, todos possuem a mesma meta em "deixar a Bíblia falar por si só." Claro que ninguém que se diz Cristão pode ser contra o que a Bíblia "diz" se ela realmente "fala por si só" através destes métodos. O problema é a língua que os protestantes utilizam como filtro para chegar às suas suposições. Enquanto se dizem objetivos, eles interpretam a Bíblia de acordo com suas próprias tradições e dogmas (sejam eles fundamentalistas ou racionalistas liberais). O que muitos estudantes protestantes fizeram (posso relembrar a linha de Albert Schweitzer) é buscar na história o significado da Bíblia. Escreveram diversos volumes sobre o assunto, mas infelizmente, só chegaram às suas próprias conclusões.

Os estudantes protestantes ("liberais" e "conservadores") erraram em sua metodologia empírica do estudo Bíblico. Eu utilizo o termo "empirismo" para descrever estes esforços. Faço uso deste termo amplo para demonstrar a visão do mundo racionalista que possui a mente Ocidental, que está se esparramando pelo mundo. Sistemas de pensamento Positivistas (do qual o Empirismo faz parte) buscar firmar seus egos em alguma base de conhecimento "certa." [11]

O Empirismo, no sentido exato, é a convicção de que todo conhecimento é baseado na experiência, e que as coisas só podem ser estabelecidas e conhecidas por meio da certeza da observação científica. De mãos dadas com os métodos da observação experimental, veio o princípio da dúvida metodológica, e o principal exemplo é a filosofia de René Descartes, que começou sua discussão filosófica demonstrando que no universo tudo pode ser colocado em dúvida, inclusive a própria existência da pessoa, e nisso ele firma toda a verdade ("penso, logo existo"), construindo este sistema de filosofia. No princípio, os Reformadores estavam contentes com a suposição de que a Bíblia é a base de toda a teologia, e que a filosofia poderia ser colocada de lado. Mas como o espírito humanista do Iluminismo prevaleceu, os estudantes protestantes passaram a utilizar os métodos racionalistas em seus estudos da Bíblia, para descobrir o que pode ser conhecido "com certeza." Os estudantes protestantes liberais já concluíram estes estudos, já "descascaram a cebola," e agora utilizam suas próprias opiniões e sentimentos como base para a fé.

Os Protestantes conservadores foram bem menos persistentes em suas tentativas racionalistas. Assim, eles preservaram uma maior reverência à Bíblia e uma maior convicção em sua inspiração. Não obstante, esta aproximação (e até mesmo entre Fundamentalistas mais obstinados) é arraigada no mesmo espírito racionalista dos Liberais. O principal exemplo é encontrado entre os chamados "Fundamentalistas da Dispensação," que acreditam na teoria de que Deus negociou com o homem durante várias fases da história, de acordo com "dispensações diferentes," como a dispensação de Adão, a dispensação de Noé, a dispensação de Davi e assim por diante. Pode-se ver um pouco de verdade nesta teoria, mas além da dispensação do Velho Testamento, estes protestantes ensinam que vivemos atualmente uma "dispensação diferente" da dos cristãos do primeiro século. Embora existissem milagres no "período do Novo Testamento," hoje eles não existem mais. Isto é muito curioso, pois (além de não ter qualquer base Bíblica) esta teoria permite que os Fundamentalistas utilizem o mesmo empirismo da vida moderna na Bíblia. Assim, a discussão em torno desta tentativa parece à primeira vista ser apenas de interesse acadêmico, longe de ligar com a realidade do protestante comum, pois os "leigos protestantes conservadores" não foram afetados por este tipo de racionalismo.

A grande falácia desta teoria é a chamada "aproximação" científica da Bíblia, com a utilização de falsos estudos empíricos da história, da Bíblia e da teologia. Métodos empíricos trabalham bem quando utilizados corretamente nas ciências naturais, mas quando utilizados em áreas que não podem trabalhar, como em alguns momentos da história (que não podem ser repetidos para uma nova experiência), estes métodos não conseguem produzir resultados consistentes ou precisos [12].

Os cientistas precisam inventar um telescópio capaz de penetrar no espírito, e muitos estudantes protestantes afirmam que à luz da ciência deve-se rejeitar a existência dos demônios e do Diabo. Para o empirista, o Diabo deve aparecer vestindo uma roupa vermelha luminosa e segurar um garfo, somente assim sua existência será explicada por estes cientistas. Embora estes empiristas escondam o orgulho em suas franquezas, percebemos que eles estão cegos devido às suas suposições, e não conseguem mais ter nenhuma visão além das suas realidades. Se os métodos do empirismo fossem aplicados constantemente, todo o conhecimento seria posto em dúvida (até o próprio empirismo), mas o empirismo é inconsistente pois "sua mutilação cruel da experiência humana leva a uma severidade científica que prestigia seus próprios defeitos." [13]

As conexões entre as conclusões extremistas dos protestantes liberais e modernos apareceram, e os protestantes mais conservadores e Fundamentalistas ainda não parecem muito claros à maioria — estão claros apenas para os Fundamentalistas conservadores! Embora estes conservadores enxerguem uma oposição quase completa entre o liberalismo protestante, eles usam os mesmos métodos de estudo que os liberais, e é destes métodos que aparecem suas suposições filosóficas. Assim, a diferença entre "liberais" e "conservadores" não é apenas uma diferença de suposições básicas, mas do que os levou às suas conclusões.

Se a exegese protestante fosse verdadeiramente "científica," como ela se apresenta, seus resultados mostrariam mais consistência. Se seus métodos fossem realmente "tecnológicos e imparciais" (como eles dizem), não haveria importância sobre quem os usou, pois eles trabalhariam da "mesma maneira, para todo mundo." Mas o que encontramos quando examinamos o atual estudo bíblico dos protestantes? Segundo seus "experts," a escola protestante de estudos bíblicos está em crise [14]. Na verdade, esta crise é melhor ilustrada pelo mais conhecido estudioso protestante, Gerhald Hasel (em sua pesquisa sobre a história e o atual estado da teologia do Velho Testamento; "Old diz que durante os anos 70 foram produzidas cinco novas teologias protestantes, e nenhuma possuía uma aproximação com a outra e nem métodos comuns [15].

De fato, isto é incrível, considerando o alto-padrão que as escolas protestantes denominam seus estudos bíblicos, já que você pode perceber as ilimitadas conclusões das denominadas "boas escolas" que voltaram à tona. Em outras palavras, você pode encontrar conclusões pessoais sobre diversos assuntos, e até encontrar um P.H.D defendendo-as. Esta área não é uma ciência exata como a matemática ou a química! O que estamos defendendo, é que o que se apresenta como "ciência exata" na realidade é uma pseudociência, que esconde diversas perspectivas teológicas e filosóficas concorrentes. É uma pseudociência pois os cientistas desenvolvem instrumentos capazes de examinar e compreender Deus, pois a teologia científica exata ou este tipo de interpretação bíblica é impossível. Isto não significa que não há nada de útil nesta escola; mas queremos dizer que aspectos legítimos de aprendizagem de história e lingüística são camuflados pela névoa e pela parede da pseudociência, descobrimos então que os métodos de interpretação bíblica dos protestantes são produtos de suas suposições teológicas e filosóficas. [16]

Com uma subjetividade que ultrapassa a dos mais especulativos psicanalistas freudianos, os estudiosos protestantes escolhem os "fatos" e as "evidências" que fundamentam seus métodos de trabalho, para então prosseguir com suas suposições sobre a Bíblia Sagrada. Durante todo o tempo, os estudantes protestantes "liberais" e "conservadores" descreveram-se como cientistas "imparciais." [17] E desde quando as universidades modernas pararam de fornecer P.H.D.´s aos que apenas não adulteram a Verdade, os estudiosos protestantes passaram propor teorias "novas" e "criativas." Esta é a mesma essência de toda heresia: novidade, uma arrogante opinião pessoal e auto-ilusão.

NOTAS DE RODAPÉ

10. Ibid., 115.

11. A palavra "positivismo" vem do francês "positif," que significa "seguro, certo." Este termo foi utilizado primeiramente por Augusto Comte. Este sistema constituí-se na suposição de que o fato e a instituição é a última base do conhecimento — na filosofia de Comte, a experiência ou a percepção constitui a base, sendo assim o precursor do Empirismo Moderno [c.f. Encyclopaedia of Religion and Ethics, 1914 ed., s.v. "Positivism," by S.H. Swinny; and Wolfhart Pannenburg, Theology and Philosophy of Science, trans. Francis McDonagh (Philadelphia: Westminster Press, 1976), p. 29].

12. Por exemplo, um método para determinar a realidade dos eventos passados, os estudiosos empiristas utilizam o princípio da analogia. Desde que o conhecimento está baseado na experiência, o modo da pessoa entender está relacionado ao que é familiar. Sob o disfarce da análise histórica, eles julgam que um evento do suposto do passado (por exemplo, a ressurreição de Jesus) deve ser baseado em o que nós sabemos pela nossa experiência. E desde que estes historiadores passaram a observam tais coisas, os eventos milagrosos da Bíblia passaram a ser descritos como mitos ou lendas. Assim, para um Empirista, um "milagre" requer a violação da lei natural, então não existe milagre (por definição), pois as leis naturais são determinadas pela observação do que experimentamos, para o Empirista confrontado com a moderna analogia do milagre, o milagre não é mais um milagre, por constituir uma violação à lei natural. Portanto, os empiristas não produzem resultados que falsificam a realidade transcendente, ou os milagres, mas suas suposições negam desde o início a existência de tais coisas. [c.f. G. E. Michalson, Jr., "Pannenburg on the Resurrection and Historical Method," Scottish Journal of Theology 33 (April 1980): 345-359.]

13. Rev. Robert T. Osborn, "Faith as Personal Knowledge," Scottish Journal of Theology 28 (February 1975): 101-126.

14. Gerhard Hasel, Old Testament Theology: Basic Issues in the Current Debate (Grand Rapids: Eerdman’s Publishing Company, 1982), p. 9.

15. Ibid., p. 7.

16. I have discussed Liberal Protestantism only to demonstrate the fallacies of "Historical" exegesis.

17. Para uma crítica maior sobre o Método Crítico Histórico, veja Thomas Oden, Agenda for Theology: After Modernity What? (Grand Rapids: Zondervan, 1990) pp 103-147.

FONTE:

Folheto Missionário número P106
Copyright © 2005 Holy Trinity Orthodox Mission
466 Foothill Blvd, Box 397, La Canada, Ca 91011
Redator: Bispo Alexandre Mileant
(sola_scriptura_john_whiteford_p.doc, 04-29-2005) 

ECCLESIA

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF