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quinta-feira, 13 de maio de 2021

Papa Francisco soube que seria bispo em 13 de maio, dia de Nossa Senhora de Fátima

Ordenação Episcopal de Dom Jorge Mario Bergoglio/
Foto: Cortesia do irmão jesuíta argentino Mario Rafael Rausch

REDAÇÃO CENTRAL, 13 mai. 21 / 09:00 am (ACI).- O Pe. Jorge Mario Bergoglio, que durante uma época viveu em uma residência dos jesuítas em Córdoba, na Argentina, soube que se tornaria Bispo Auxiliar de Buenos Aires no dia 13 de maio de 1992.

Assim relata o livro biográfico “O jesuíta”, escrito pelos jornalistas Sergio Rubín e Francesca Ambrogetti.

No livro, o Papa recorda que “o Núncio Apostólico naquela época, Dom Ubaldo Calabresi, me telefonava para perguntar sobre alguns sacerdotes que, certamente, eram candidatos a bispo. Um dia, ligou para mim e disse que desta vez a consulta seria pessoalmente”.

“Coma a companhia aérea realizava voos Buenos Aires-Córdoba-Mendoza e vice-versa, pediu-me para que nos reuníssemos no aeroporto, enquanto o avião ia e voltava de Mendoza. Então, conversamos lá – era 13 de maio de 1992 –, perguntou-me acerca de uma série de temas sérios e, quando o avião, já de volta de Mendoza, estava prestes a decolar em regresso a Buenos Aires e avisam que os passageiros deviam embarcar, ele disse: ‘Ah... uma última coisa... foi nomeado o bispo auxiliar de Buenos Aires e a nomeação será divulgada no dia 20’. Apenas disse isso”.

Ao ouvir a notícia da sua nomeação, o Santo Padre disse que sua primeira reação foi de surpresa. “Fiquei bloqueado. Como assinalei anteriormente, como consequência de um golpe, bom ou ruim, sempre me bloqueio. E a minha primeira reação também é sempre ruim”.

Ao ser perguntado posteriormente a respeito da sua nomeação como Arcebispo Coadjutor de Buenos Aires, o Santo Padre disse que a sua reação foi “igual. Como era o vigário geral, quando (o Cardeal Antonio) Quarracino pediu a Roma um coadjutor, eu solicitei que não me enviassem a nenhuma diocese, mas novamente ser um bispo auxiliar responsável por um vicariato da região de Buenos Aires. ‘Eu sou portenho e fora de Buenos Aires não sei fazer nada’, expliquei. Mas na manhã do dia 27 de maio de 1997, telefonou-me Calabresi e me convidou para almoçar”.

“Quando estávamos tomando café, e eu estava prestes a agradecer-lhe pelo convite e despedir-me, vi que traziam um bolo e uma garrafa de champanhe. Pensei que era o seu aniversário e quase o parabenizei. Mas fiquei surpreso quando lhe perguntei. ‘Não, não é o meu aniversário – respondeu-me com um sorriso –, o que acontece é que você é o novo Bispo Coadjutor de Buenos Aires”.

ACI Digital

Aquele 13 de maio

O atentado a João Paulo II no dia 13 de maio de 1981 na Praça São Pedro
Vatican Newsa

Quarenta anos atrás, o dramático atentado ao Papa João Paulo II na Praça São Pedro. Um dia que entrou na memória coletiva no qual o amor e a oração derrotaram o ódio. Uma lembrança do Papa Francisco.

Alessandro Gisotti

Há datas, que devido ao acontecimento ao qual estão ligadas, não pertencem só aos livros de História, mas também estão fortemente marcadas nas páginas da história de nossas vidas. A marca deixada por estes acontecimentos é tão forte que, mesmo muitos anos depois, lembramos perfeitamente onde estávamos e o que estávamos fazendo quando recebemos a notícia do que aconteceu. O dia 13 de maio de 1981 é, sem dúvida, uma dessas datas.

https://youtu.be/CMtu_bVRhqA

Naquele dia, um evento considerado impossível, inimaginável, irrompeu na realidade: o atentado a um Papa na Praça São Pedro. Quarenta anos depois, ainda dá arrepios rever aquelas sequências dramáticas, ouvir novamente os sons, os rumores daquela tarde de primavera em Roma. Eram 17h19 quando João Paulo II, fazia a sua volta habitual entre os fiéis reunidos para a Audiência Geral da quarta-feira, quando pegou uma menina em seus braços e depois a entregou aos pais. Alguns momentos depois, ouviu-se o barulho ensurdecedor de um tiro e, em seguida, outro. O Papa, baleado no abdômen, desmaiou no papamóvel sem capota no qual percorria a praça. Foram momentos frenéticos. O povo ficou consternado. No início não entendiam, não podiam acreditar que isso tinha realmente acontecido.

Muitos peregrinos caíram em prantos, outros ajoelharam-se e se reuniram em oração com o Terço na mão, que tinham trazido consigo para o Papa abençoar. Há quem se lembre que, naquele mesmo dia, 13 de maio de 64 anos antes, Nossa Senhora tinha aparecido aos pastorinhos de Fátima. O Papa do Totus tuus, Maria! é assim confiado pelo Povo de Deus à Virgem.

Foi precisamente devido à intervenção da Mãe, que o Papa João Paulo II, confidenciou mais tarde, atribuiu a sua sobrevivência. Se uma mão queria matá-lo, outra mão mais poderosa desviou a bala, salvando sua vida. Logo depois, naquela tarde de 13 de maio, a oração se espalhou partindo do perímetro do Vaticano em rápidos círculos concêntricos até abranger o mundo inteiro, pois precisamente isto - rezar – foi o movimento espontâneo de milhões de pessoas assim que ficaram sabendo que o Papa estava lutando entre a vida e a morte.

Naquelas horas também estava rezando o Padre Jorge Mario Bergoglio, na época reitor do Colégio Máximo de San José em San Miguel na província de Buenos Aires, que também ficou abalado com o atentado. E o Papa Francisco compartilha conosco hoje a memória daquele 13 de maio: ele estava na Nunciatura Apostólica na Argentina, antes do almoço, com o Núncio Ubaldo Calabresi e o padre venezuelano Ugalde. Foi o então Secretário da Nunciatura, Dom Claudio Maria Celli, quem lhe deu a terrível notícia.

Portanto a oração dos fiéis foi incessante e não parou até que João Paulo II foi considerado fora de perigo. De alguma forma, pode-se dizer, que a oração o acompanharia e o guardaria até o final de sua vida terrena, especialmente nos momentos de sofrimento, de doença, que marcariam sua existência até os últimos dias vividos em outra primavera, a de 2005.

É significativo o que repórter da Rádio Vaticano, Benedetto Nardacci, que comentava a transmissão da Audiência daquela quarta-feira, consegue dizer com clareza apesar do momento de grande emoção. Naquele momento, obrigado a enfrentar uma situação que jamais teria pensado em relatar disse: "Pela primeira vez fala-se de terrorismo também no Vaticano. Fala-se de terrorismo em uma cidade da qual sempre foram enviadas mensagens de amor, mensagens de concórdia, mensagens de pacificação".

De fato, o desencadeamento do ódio provocado por aquele ato criminoso é impressionante, apocalíptico em alguns aspectos. Ainda mais forte, porém, seria o poder do amor, da misericórdia, que dirigiria de maneira luminosa e, ao mesmo tempo, "misteriosa", todo o percurso da vida terrena e do Pontificado de João Paulo II. Isto foi compreendido de uma maneira surpreendente quatro dias depois, quando falou no Regina Caeli do quarto do Hospital Gemelli onde estava hospitalizado: Karol Wojtyla garantiu seu perdão ao agressor, "o irmão que me atirou". Foi assim que ele o chamou: irmão.

E esta fraternidade comum - indelével apesar de tudo que possa acontecer na terra, porque está inscrita no Céu - seria protagonista também em outra data difícil de esquecer: 27 de dezembro de 1983. Naquele dia, João Paulo II visitou o atentador Ali Agca na prisão Rebíbia de Roma. Ele o fez publicamente. Assim, foi observado, o Papa quis salvar a vida do homem que quis tirar-lhe a vida.

"Nos encontramos como homens e como irmãos", disse o Papa após o encontro, "porque somos todos irmãos e todos os acontecimentos de nossas vidas devem confirmar a fraternidade que vem do fato de que Deus é nosso Pai". A mesma fraternidade que hoje o Papa Francisco nos indica como o único caminho possível para o futuro da humanidade.

Vatican News

Solenidade de Nossa Senhora de Fátima

Nossa Senhora de Fátima | Convento da Penha
13 de maio

Paz e Bem!

Celebramos hoje, 13 de maio, a Festa Solene da Aparição de Nossa Senhora em Fátima, Portugal.

No dia 13 de maio de 1917 as três crianças, Lúcia, Jacinto e Francisca, estavam pastoreando nas colinas, quando sobre uma pequena árvore, surge um clarão e a figura “de uma Senhora vestida de branco, mais brilhante que o sol, reluzindo mais clara e intensa que um copo de cristal cheio de água cristalina, atravessado pelos raios de sol mais ardente”. Lúcia, a mais velha, tinha dez anos, e os primos Francisco e Jacinta, nove e sete anos respectivamente. Os três eram analfabetos.

As crianças mudam radicalmente. Passam a rezar e a fazer sacrifícios diários. Relatam aos pais e autoridades religiosas o que se passou. Logo, uma multidão começa a acompanhar o encontro das crianças com Nossa Senhora. As mensagens trazidas por Ela pediam ao povo orações, penitências, conversão e fé.

As aparições só começaram a ser reconhecidas oficialmente pela Igreja em 13 de outubro, quando sinais extraordinários e impressionantes foram vistos por todos no céu, principalmente no disco solar. Poucos anos depois os primos Francisco e Jacinta morreram. A mais velha tornou-se religiosa de clausura tomando o nome de Lúcia de Jesus e permaneceu sem contato com o mundo por muitas dezenas de anos.

O local das aparições de Maria foi transformado num Santuário para Nossa Senhora de Fátima.

Oração a Nossa Senhora de Fátima

Virgem Santíssima,
transbordante da mais pura alegria
pela presença em vós do Verbo Divino Encarnado,
fazei com que, imitando na terra a pureza de vossa Anunciação,
a caridade de vossa Visitação a Santa Izabel,
amor terno a Jesus recém-nascido no presépio,
a humilde obediência com a qual vos apresentastes
no templo de Jerusalém,
possamos merecer também, como vós,
pela solicitude constante em buscarmos a Jesus durante a vida, encontrá-lo definitivamente no templo de Sua Glória Eterna.
Amém.

REFLEXÃO

Em todo o mundo católico é venerada Maria sob o título de Nossa Senhora de Fátima. A Virgem, mãe de Deus e nossa, trouxe ao mundo a mensagem de conversão e encontro com Deus. Com Maria nós aprendemos a buscar Jesus Cristo como nosso único salvador. Que possamos encontrar em Maria um abrigo seguro nos dias de tormenta e dor.

ORAÇÃO

Santíssima Virgem, que nos montes de Fátima vos dignastes revelar aos três pastorinhos os tesouros de graças que podemos alcançar, rezando o Santo Rosário, ajudai-nos a apreciar sempre mais esta santa oração, a fim de que, meditando os mistérios da nossa redenção, alcancemos as graças que insistentemente vos pedimos. Maria Santíssima, volvei vossos olhos misericordiosos para este mundo tão necessitado de Paz, de Saúde e Justiça. Vinde em nosso auxílio, Mãe dos Aflitos, e Socorrei-nos com Vosso Amor e Piedade.

Amém!

https://conventodapenha.org.br/

quarta-feira, 12 de maio de 2021

O papel do Papa? Falemos disso com os ortodoxos

Santa Comunhão numa igreja ortodoxa em Moscou | Revista 30Dias

de Gianni Valente

O Simpósio sobre o Ministério Petrino, realizado a portas fechadas em Roma de 21 a 24 de maio por iniciativa do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, propôs-se a enfrentar com serenidade mas abertamente as quaestiones disputatae que há séculos são motivo de divisão entre a Igreja Católica e as Igrejas Ortodoxas a respeito da função do bispo de Roma como sucessor de Pedro. O projeto do congresso foi exposto pelo próprio cardeal Walter Kasper em novembro de 2001, na reunião plenária do Dicastério vaticano para as relações ecumênicas que ele preside.
Na encíclica Ut unum sint, de 1995, João Paulo II pediu a colaboração de pastores e teólogos para “encontrar uma forma de exercício do Primado que, mesmo não renunciando de modo algum ao essencial de sua missão, abra-se a uma situação nova”. Já a Congregação para a Doutrina da Fé, em dezembro de 1996, promoveu um Simpósio com a intenção de identificar os elementos da doutrina católica sobre o primado do sucessor de Pedro considerados irrenunciáveis. Mas da sessão de estudos convocada pelo ex-Santo Ofício participaram apenas conferencistas católicos. A originalidade do Simpósio realizado em Roma no final de maio foi dar a responsabilidade pelas conferências a acadêmicos e eclesiásticos ortodoxos, capazes de documentar o ponto de vista das Igrejas orientais sobre a questão que de fato representa a principal pedra de tropeço ao reconhecimento da plena unidade de fé entre Igrejas irmãs.
ý programação articulava-se em torno dos passos iniciais da constituição do Primado como ministério da unidade da Igreja: seu “ato de fundação” delineado no Novo Testamento; sua recepção junto aos Padres gregos e latinos; sua definição nos primeiros sete Concílios ecumênicos, celebrados pela Igreja indivisa. Na última sessão, o Simpósio examinaria a jurisdição direta do Pontífice sobre toda a Igreja, tal como é definida pelo Concílio Vaticano I. Para cada um desses núcleos temáticos estavam previstas duas conferências em paralelo, uma proferida por ortodoxos e uma por católicos.
Entre os conferencistas católicos figuraram dom Joachim Gnilka, o professor Vittorio Peri, o agostiniano Vittorino Grossi e dom Hermann Josef Pottmeyer, membro da Comissão Teológica Internacional. Do lado ortodoxo, as conferências foram proferidas pelo professor Theodoros Stylianopoulos, pelo grego Vlassios Pheidás, pelo romeno Nicolae Dura e por Johannes Zizioulas, metropolita de Pérgamo, um dos teólogos mais reconhecidos da Ortodoxia. Dada a inspiração “vaticana” do Simpósio e a presença, entre os congressistas, de representantes enviados por diversas Igrejas Ortodoxas, é fácil intuir o quanto a iniciativa superou os limites do debate puramente acadêmico e serviu para experimentar o terreno para um futuro possível diálogo oficial entre Igreja Católica e Igrejas Ortodoxas sobre o tema decisivo da função do bispo de Roma.
G. V.

Revista 30Dias (Extraído do número 05 - 2003)

EM MARIA, A PALAVRA SE FEZ CARNE

Champagnat.org
Dom Severino Clasen
Arcebispo de Maringá (PR)

Em Maria, a Palavra se fez carne

Maio é considerado o mês das flores. Mesmo que, em algumas regiões, os sinais do outono tornam-se evidentes, consequentemente diminuem a exuberância das cores da natureza e suas flores.

Uma das razões para destacar o mês das flores é mês de Maria, a mãe de Jesus, o mês das mães. São tantas flores ofertadas às mães e a Nossa Senhora!

Com ternura e amabilidade o anjo Gabriel aproxima-se de Maria e comunica a notícia mais fantástica que uma jovenzinha poderia esperar, o anúncio de ser mãe, mãe do filho de Deus. É extraordinária essa notícia. Maria reluta, mas dialoga, e acolhe o anúncio sem grandes explicações. Santo Agostinho, no Sermão 215,4, diz: “após essas palavras do anjo, ela, cheia de fé, concebendo a Cristo em sua mente antes do que em seu seio, disse: Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38). Eis a forma do comunicado do anjo para ela ser a mãe do redentor e encoraja, “não tenhas medo, conceberás pela obra do Espírito Santo”.

Santo Agostinho continua: “Por certo, a santa Virgem Maria fez totalmente a vontade do Pai, e por isso mais valeu para ela ser discípula de Cristo do que a mãe de Cristo. Maior felicidade para ela ter sido discípula do que mãe. E, assim, esta é uma bem-aventurada, porque antes de dar à luz o Mestre ela já trazia em seu espírito” (Do Sermão 72 A. 7). Nestas palavras, Santo Agostinho destaca a grandeza de Maria para a Igreja. A devoção mariana justifica a espetacular devoção que enriquece a fé no Cristo Ressuscitado.

O mistério da encarnação de Jesus é a confirmação da presença criativa, insistente de Deus que caminha no meio de seu povo. A percepção da presença do Filho de Deus, nascido da Virgem Maria, contribui para a Igreja crescer no amor e na ternura.

Jesus, o Verbo que se fez carne, é a comunicação do projeto do Reino de Deus para converter o mundo. Para o dia mundial das Comunicações Sociais, o Papa Francisco dá o tom da comunicação, “Vem e verás” (Jo 1, 46). Comunicar encontrando as pessoas onde estão e como são”. Como Maria, digamos sim à verdade e construamos a harmonia nas famílias e na sociedade, comunicando sempre a justiça.

Na Assembleia Geral da CNBB, em plataforma on-line, nos dias 12 a 16 de abril de 2021, o Tema central foi “Casas da Palavra – Animação bíblica da vida e da pastoral nas comunidades eclesiais missionárias”. Diz o texto de estudos: “A imagem da Escritura como fonte da evangelização é de grande força evocativa. Se faltar a fonte, a água não jorra; a vida desfalece. Sem água a harmonia da criação se rompe. Ao propor-se à Animação Bíblica da Vida e da Pastoral, a Igreja no Brasil não busca nenhuma novidade. No entanto, reconhece que se quiser evangelizar com alma, com paixão, se deseja que a fonte da Palavra sempre jorre para seu povo, a Sagrada Escritura necessitará de um lugar central em tudo que projetar e fizer”.

Os inúmeros grupos de reflexão espalhadas no território da Arquidiocese são sinais de uma Igreja orante, que medita a Palavra de Deus na família e entre os vizinhos.

As comunidades espalhadas no território da Arquidiocese de Maringá, no mês dedicado a Maria, a mulher da fé, homenageiam a mãe, reconhecem que dela aprende-se os caminhos da fé, meditar sobre a Sagrada Escritura, crescer na espiritualidade, ser obediente a vontade de Deus.

Aproveitemos a oportunidade para fortalecer a fé através da Palavra de Deus, rezar e meditar em família. Como igreja doméstica peçamos a Maria, coragem e sensibilidade humana.

Que Jesus, Maria e José nos ajude a aliviar as dores de tantas famílias que perderam seus entes queridos, proteja os profissionais da saúde e tenham a força do ressuscitado na vida cotidiana.

CNBB

Por que a Igreja precisa de catequese e catequistas?

By Adam Jan Figel | Shutterstock
Por Márcio Leandro Fernandes, via Canção Nova

Catequese e catequistas são fundamentais na transmissão da fé.

A catequese é fundamental na transmissão da fé. Ela é “o conjunto de esforços empreendidos na Igreja para fazer discípulos, para ajudar os homens a crerem que Jesus é o Filho de Deus” (Catecismo da Igreja Católica, n. 4). Na catequese, os catequistas formam os catequizandos no discipulado de Cristo, transmitindo a doutrina da Igreja Católica.

A catequese é necessária por ser “uma educação da fé das crianças, dos jovens e adultos, a qual compreende especialmente um ensino da doutrina cristã, dado em geral de maneira orgânica e sistemática, com o fim de os iniciar na plenitude da vida cristã” (CIC, 5). Não é apenas uma aquisição de teorias e conhecimentos, mas também momento privilegiado de experiência pessoal com Deus.

Catecismo da Igreja relaciona vários temas com a catequese, para que possamos entender sua importância e difundir, assim, a doutrina católica. Dentre algumas dessas temáticas, destaco duas: a catequese e a Sagrada Escritura. Essa relação acontece, porque a Bíblia é a base de toda catequese. É o lugar onde se encontra e conhece a Deus, que se revela em Jesus Cristo. Dessa forma, a Sagrada Escritura é o local de aprender a eminente ciência de Jesus Cristo (Fl 3,8), e nesta perspectiva, ignorar as Escrituras é ignorar Cristo (Cf. CIC, 133). Assim, não se vive a dimensão catequética sem ter como fonte e base a Bíblia.

A catequese e o símbolo da fé

O símbolo da fé é a coletânea das principais verdades da fé. Ele é o ponto de referência da catequese (Cf. CIC, 188). Assim, é indispensável o conhecimento e uso do Catecismo da Igreja Católica para o aprofundamento da fé que a Igreja vive, professa e celebra. A catequese, com isso, pauta-se nesse horizonte, que deve estar intrinsecamente ligado ao símbolo da fé.

A necessidade dos catequistas

O catequista é necessário por ser um instrumento eficaz para ensinar o povo de Deus os conteúdos fundamentais da doutrina católica. Ele exerce o papel importante de transmitir a catequese nos seus respectivos conteúdos, métodos e estruturas, com a finalidade de falar e testemunhar Jesus Cristo ao catequizando.

O Catecismo nos ensina: “Aquele que é chamado a ensinar o Cristo deve, portanto, procurar, primeiro, esse ganho supereminente que é o conhecimento de Cristo (…), e conhecer o poder de Sua Ressurreição e a participação em seus sofrimentos” (CIC, 428). “É deste conhecimento amoroso de Cristo que jorra o desejo de anunciá-lo, de evangelizar e de levar outros ao sim da fé em Jesus Cristo” (CIC, 429).

Assim, o catequista deve empenhar-se no caminho do amor a Jesus Cristo, porque, por ter experimentado o Amor, agora ele anuncia Aquele que ama. Contudo, é elementar que o catequista testemunhe com a vida o que anuncia, para que seja eficaz cada palavra e gesto na catequese.

Portanto, o papel da catequese e dos catequistas é importantíssimo na Igreja. Papa Francisco, em uma mensagem nos dias 11 e 14 julho de 2017, disse aos catequistas: “Quanto mais Jesus ocupa o centro da nossa vida, tanto mais nos faz sair de nós mesmos, descentra-nos e nos aproxima dos outros”.

Aleteia

Irmã Lucia: Rosário – a arma dos combates nas batalhas dos últimos tempos

Irmã Lúcia | Guadium Press
Com o Santo Rosário, nos salvaremos, nos santificaremos, consolaremos Nosso Senhor e obteremos a salvação de muitas almas.

Redação (11/05/2021, 15:00, Gaudium PressA ACI Digital serviço de notícias em Português do grupo ACI, relembrou nesta antevéspera do aniversário da primeira aparição de Nossa Senhora aos pastorzinhos de Fátima uma entrevista concedida pelo Irmã Lucia dos Santos no dia 26 de dezembro do distante ano de 1957.

A entrevista foi concedida ao Padre Agostinho Fuentes, que foi postulador da causa de beatificação de Francisco e Jacinta Marto.

Nesta entrevista, Irmã Lúcia assegurou que “o Rosário é a arma de combate das batalhas espirituais dos últimos tempos”.

Sem dúvida uma matéria atual não só pela proximidade do 13 de maio, mas, também pelo “conselho” da vidente aos homens daqueles tempos e, sobretudo, para os homens dos últimos tempos que em temos vivido.

O encontro foi realizado no Convento das Religiosas Carmelitas Descalças de Santa Teresa, em Coimbra, Portugal e nele estavam presentes alguns membros do alto clero.

A Santíssima Virgem recomenda dois remédios que Deus dava ao mundo

Ao entrevistador, Irmã Lúcia contou que a Santíssima Virgem disse, tanto a seus primos quanto a ela, que dois eram os últimos remédios que Deus dava ao mundo:
o Santo Rosário e o Imaculado Coração de Maria.

A pastorinha, então religiosa, destacou que, com o Santo Rosário, nos salvaremos, nos santificaremos, consolaremos Nosso Senhor e obteremos a salvação de muitas almas.

E a religiosa revelou mais:
“Por isso, o demônio fará todo o possível para nos distrair desta devoção; nos colocará muitos pretextos: cansaço, ocupações etc., (tudo) para que não rezemos o Santo Rosário”.

Um programa de salvação breve e fácil de ser realizado

A vidente Lúcia dos Santos quis sublinhar que esse programa de salvação recomendado por Nossa Senhora do Rosário de Fátima é breve e fácil de ser realizado, pois, com o Santo Rosário “praticaremos os Santos Mandamentos, aproveitaremos a frequência dos Sacramentos, procuraremos cumprir perfeitamente nossos deveres de estado e fazer o que Deus quer de cada um de nós”.

Não há problema que não possamos resolver com a recitação do Santo Rosário

“Não há problema por mais difícil que seja: seja temporal e, sobretudo, espiritual; seja referente à vida pessoal de cada um de nós ou à vida de nossas famílias, do mundo ou comunidades religiosas, ou à vida dos povos e nações; não há problema, repito, por mais difícil que seja, que não possamos resolver agora com a oração do Santo Rosário”, enfatizou, então, a religiosa.

Aproveitemos esta recomendação breve e fácil de ser cumprida: rezemos o Santo Rosário para alçarmos o que precisamos e, sobretudo, nossa própria Santificação. (JSG)

(Redação Gaudium Press, com informações ACI-Foto RTP)

https://gaudiumpress.org/

Biógrafo de João Paulo II: Igreja alemã deve ser fiel à Revelação

Catedral de Limburg, na Alemanha.
Crédito: Phantom3Pix via Wikimedia (CC BY-SA 4.0)

BERLIM, 11 mai. 21 / 03:55 pm (ACI).- A Igreja na Alemanha é chamada a seguir a verdade revelada e não o "espírito dos tempos", afirma George Weigel, biógrafo do papa São João Paulo II, em resposta às recentes declarações do presidente da Conferência Episcopal Alemã em relação ao Caminho Sinodal.

Weigel, que também é teólogo, conversou com a CNA, agência em inglês do grupo ACI, sobre o Caminho Sinodal e as declarações de dom Georg Bätzing, bispo de Limburg.

CNA: O bispo Bätzing parece querer caminhar sobre uma linha tênue, permanecendo fiel a Roma e agradando aqueles que já anunciam "reformas". Existe um ponto médio aí? Se houver, como seria realmente este ponto médio?

Weigel: O assunto aqui não é "Roma" vs. "reformas". O assunto é a fidelidade à verdade do Evangelho vs. a fidelidade ao Zeitgeist, "o espírito dos tempos". Dito de outra forma, o assunto em questão no Caminho Sinodal alemão é se a revelação divina - sobre a indissolubilidade do matrimônio, a dignidade para receber a Santa Comunhão ou a ordem adequada para nossos afetos humanos - é real e tem um poder vinculante sobre o tempo, em qualquer situação cultural. Esse também foi o tema nos sínodos de 2015 e 2018.

CNA: O bispo Bätzing afirma que “o Caminho Sinodal se compromete, em particular no que se refere ao tema das relações bem-sucedidas, a discutir em um contexto amplo, que considere também a necessidade, a possibilidade e os limites do desenvolvimento do Magistério da Igreja. As perspectivas apresentadas pela Congregação para a Doutrina da Fé (CDF) vão encontrar espaço nestes debates”. As afirmações da CDF são meras “perspectivas” que podem ser debatidas ou são a base para o debate?

Weigel: Quando a CDF fala com autoridade, como fez sobre a questão se era possível para a Igreja “abençoar” casais do mesmo sexo, não está oferecendo uma “perspectiva”, mas fala sobre a verdade da fé católica. Se o bispo Bätzing e outros na hierarquia alemã não aceitam essas verdades, deveriam ter a honestidade de dizê-lo. E se eles aceitam essas verdades, também deveriam ter a coragem de dizer.

CNA: Com base no texto de trabalho, dom Bätzing está correto quando diz que: “A questão central é como podemos falar sobre Deus hoje e chegar a uma fé mais profunda. A fé pode crescer e aprofundar-se se nos libertarmos dos medos e dos bloqueios mentais, se nos questionarmos e procurarmos formas de a Igreja hoje estar presente para as pessoas”?

Weigel: A "questão central" é a que o Senhor Jesus disse que era, é e sempre será: "Quando vier o Filho do Homem, acaso achará fé sobre a terra?" (Lc 18,8). Claro que a Igreja deve sempre falar a verdade do Evangelho de forma que possa ser escutada pelas pessoas em um determinado tempo e cultura, que é o que São Paulo tentou fazer no Areópago de Atenas em Atos 17, e o que o (Concílio) Vaticano II instruiu a Igreja a fazer hoje: falar a verdade de maneira que a verdade possa ser ouvida.

O problema que eu e muitos outros temos quando ouvimos o bispo Bätzing, seus colegas episcopais com posturas similares e o Comitê Central dos Católicos Alemães, é que não escutamos a voz do Senhor, o Evangelho ou a verdade, mas a voz do pós-modernismo.

CNA: Há possibilidades para o diaconato feminino? O diaconato pode estar separado dos outros graus de ordens maiores?

Weigel: Se o diaconato não fizesse parte de um tríplice sacerdócio composto pelo episcopado, o presbiterado e pelo diaconato, então sim, as mulheres poderiam ser diaconisas. Mas se o diaconato não fizesse parte deste tríplice sacerdócio, então nenhum dos que pressionam pela ordenação de mulheres ao diaconato estaria interessado nisso, porque essa campanha é um falso pretexto para que se ordenem mulheres sacerdotes e, eventualmente, bispas. É uma campanha de clericalismo que parece imaginar que os católicos que importam são apenas os que estão nas ordens sagradas. O Vaticano II rejeitou resolutamente essa eclesiologia clericalista.

Porém, e de fato, entendo que no ensinamento da Igreja está estabelecido que o diaconato, como mencionado em Atos 6, faz parte desse tríplice sacerdócio. Portanto, a Igreja não tem autoridade para ordenar mulheres ao diaconato, assim como não tem autoridade para ordenar mulheres ao sacerdócio ou ao episcopado. Isso foi estabelecido definitivamente por João Paulo II na Ordinatio Sacerdotalis.

CNA: Bäting disse: “Na Alemanha e em outras partes da Igreja Universal, há muito se discute como desenvolver mais o magistério com argumentos válidos com base nas verdades fundamentais da fé e da moral, dos progressos da reflexão teológica e com um espírito de abertura para os resultados mais recentes das ciências humanas e as situações de vida das pessoas hoje”. Essa afirmação sobre como se desenvolve organicamente a doutrina católica é precisa?

Weigel: As "verdades fundamentais da fé e da moral" julgam "os progressos da reflexão teológica" e "os resultados mais recentes das ciências humanas". Essas verdades fundamentais não são julgadas pelos teólogos ou por aqueles que praticam as ciências humanas. Mas quando é esse o caso, o resultado é o protestantismo liberal e não consigo entender por que alguém iria querer seguir o triste caminho rumo ao esquecimento eclesial. São John Henry Newman ensinou à Igreja que havia sete sinais de um autêntico desenvolvimento da doutrina. Talvez seja necessária uma nova edição alemã do ensaio de Newman sobre o desenvolvimento da doutrina cristã?

CNA: Quais você acha que serão as contribuições do sínodo alemão para a Igreja? Como a Igreja na Alemanha influencia o mundo? Que ramificações isso tem para a Igreja, internacionalmente e para os Estados Unidos?

Weigel: A Igreja na Alemanha é imensamente generosa em apoiar o trabalho da Igreja Católica em todo o mundo e deve aprender com a experiência, digamos, das vibrantes Igrejas locais na África sobre o Evangelho ser libertador e não limitador. Se o Caminho Sinodal alemão continuar no caminho da apostasia, poderá dar uma lição a toda a Igreja no mundo sobre o que a “sinodalidade” não é e não pode ser: uma questão de decidir a verdade da Revelação e os conteúdos do depósito da fé através de um "consenso" criado por uma burocracia eclesial manipuladora adaptada ao Zeitgeist. E essa será uma lição importante a considerar no Sínodo sobre a "sinodalidade" em 2022.

ACI Digital

SS. NEREU E AQUILEU, MÁRTIRES, NA VIA ARDEATINA

SS. Nereu e Aquileu | Wikipedia
12 de maio

O martírio destes dois soldados romanos passou para a história com o Papa São Dâmaso, que, no século IV, escreveu uma epígrafe, em sua homenagem, revelando a sua identidade. Assim, ele transmitiu esta triste história à posteridade.

Conversão, obra da glória de Cristo

Nereu e Aquiles eram pretorianos, ou seja, guardas militares romanos, que têm a tarefa especial de proteger de perto o imperador. Neste caso específico, provavelmente serviram Diocleciano, por cujas mãos morreram anos depois.
Em certo momento, cansados de cumprir ordens de morte e de obedecer apenas por medo das consequências, os dois Santos soldados foram iluminados pela glória de Deus e, finalmente, abriram os olhos. Assim, desertaram, abandonaram seus escudos, as armaduras e seus dardos sujos de sangue.

Translado das relíquias, entre lendas e realidade

Não se sabe muito sobre a morte destes dois mártires, exceto o fato de que terem sido decapitados, por volta do ano 304, precisamente sob o império de Diocleciano.
Desde então, foram venerados em uma basílica paleocristã, nas Termas de Caracala. Seus restos mortais foram enterrados no cemitério de Domitila, ao longo da Via Ardeatina. Segundo uma lenda, o martírio destes dois soldados era coligado ao de Santa Domitila, sobrinha do imperador Domiciano.
A memória litúrgica dos Santos Nereu e Aquiles é celebrada, precisamente, no dia do translado das suas relíquias.

Vatican News

S. GERMANO DE CONSTANTINOPLA, BISPO

S. Germano | Wikipedia
12 de maio

Germano, filho do senador Justiniano, nasceu por volta de 634, em Constantinopla. Recebeu formação clerical; tornou-se decano da famosa Basílica de Santa Sofia; destacou-se pela promoção do Sínodo Trulano, em 692, no qual foram reiteradas todas as decisões doutrinárias, tomadas por todos os Concílios celebrados até então. Este Santo destacou-se ainda, sobretudo, por defender a pureza da fé.
A propósito, eis as esplêndidas palavras que o Papa Bento XVI pronunciou sobre São Germano, na Audiência Geral de 29 de abril de 2009: “Este Santo quer transmitir-nos, hoje, três coisas: a visibilidade de Deus no mundo e na Igreja, que devemos captar e absorver; a segunda, a beleza e a dignidade da liturgia; a terceira, amar a Igreja. Na Igreja, Deus fala conosco e ‘caminha conosco'".

A promoção de um clérigo corajoso

Ao tornar-se Bispo da então cidade de Cízico, no mar de Mármara, Germano parece ter assinado um documento, em 712, por pressão do imperador, para restabelecer a heresia do monotelismo, que defendia a única vontade divina de Cristo.
No entanto, em 715, ao ser nomeado Patriarca de Constantinopla, o futuro Santo proclamava, com vigor, a única fé católica. Assim, tornou-se o grande pilar da ortodoxia, pela qual ainda é recordado.

Contra o "partido" iconoclasta

Em 725, o imperador do Oriente, Leão III o Isauro, emitiu um primeiro edito iconoclasta, que proibia o culto de imagens e ícones. De fato, estava ciente de que a consolidação do império deveria começar exatamente de uma reestruturação da fé e do que considerava um risco de idolatria. Na verdade, esses impulsos para a iconoclastia já existiam, há anos, no Império Bizantino, a ponto de formar uma verdadeira corrente, da qual, infelizmente, também aderiram alguns Bispos. Germano, porém, não concorda. De fato, em 7 de janeiro de 730, assumiu uma posição abertamente em uma reunião pública, afirmando que não queria, absolutamente, aceitar a vontade do imperador. No seu parecer, as imagens faziam parte da ortodoxia da nossa fé e a ela pertenciam com amor. Sua posição foi apoiada pelo Papa Gregório II, que até chegou à afirmação de que os ícones são "a Bíblia em imagens". Isto, porém, não foi suficiente para evitar uma espécie de exílio de Germano, em Platanion, onde faleceu com idade avançada e em odor de santidade.

Perito em mariologia “ante litteram”

O imperador mandou queimar quase todas as obras de Germano. Desde então, sobrou muito pouco sobre este Santo escritor. Este pouco faz-nos entender que, realmente, foi uma grande perda. Além de quatro Cartas dogmáticas, concernentes à questão do culto aos ícones, ele nos deixou também sete magníficas homilias, de caráter mariano, que marcaram, profundamente, a piedade e a devoção de inteiras gerações de fiéis, tanto no Oriente quanto no Ocidente. Maria não era vista apenas como mediadora do Senhor, para conceder dons e graças, mas era vivida e cantada por sua pureza. Neste sentido, o pensamento de São Germano pode ser considerado precursor do dogma da Imaculada Conceição, promulgado apenas em 1854. Além do mais, uma das homilias do Santo também foi citada por Pio XII na Constituição Apostólica, com a qual estabelecia o dogma da Assunção da Virgem, em 1950.

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF