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segunda-feira, 17 de maio de 2021

S. PASCOAL BAILÃO, LEIGO FRANCISCANO, PADROEIRO DAS ASSOCIAÇÕES EUCARÍSTICAS

S, Pascoal Bailão | Canção Nova
17 de maio

“Precisamos ter um coração de filho para Deus; um coração de mãe, para o próximo; um coração de juiz, para si".

Pascoal nasceu no seio de uma família pobre de Aragão, Espanha, e, desde sua tenra idade, começou a ser pastor de ovelhas. Para ele, que amava tanto a Jesus, era a condição ideal: podia isolar-se, quando quisesse, meditar e rezar.
Pascoal aprendeu a ler sozinho, como autodidata, através dos livros de oração. Aos 18 anos, tentou entrar para o convento dos Franciscanos Reformados de Santa Maria de Loreto - chamados Alcantarinos – por obra de São Pedro de Alcântara, mas foi rejeitado talvez por causa da sua jovem idade.
Um senhor rico, para o qual trabalhava, até lhe fez a proposta de adotá-lo e torná-lo seu herdeiro, mas ele não aceitou, porque estava decidido de se tornar franciscano. De fato, tentou novamente, em 1564, e se tornou noviço.

O humilde porteiro rumo a Paris

Pascoal destacou-se logo no convento por sua inteligência brilhante, fé inabalável e dedicação incrível à oração e adoração ao Santíssimo Sacramento. No entanto, permaneceu Irmão leigo por toda a sua vida, contra o parecer dos seus superiores, porque se sentia indigno do ministério sacerdotal e tocar em Jesus Eucarístico com as suas mãos. Rejeitou também todo e qualquer encargo importante, fazendo as tarefas mais humildes, como a de porteiro do convento de Jatíva e Valência. Porém, não pôde recusar a tarefa, que lhe foi confiada pelo ministro provincial, em 1576, de levar documentos importantes ao Padre Geral, que residia em Paris.

O "Serafim da Eucaristia"

A viagem a Paris era longa e perigosa: Pascoal corria o risco de ser morto pelos calvinistas. Muitas vezes, foi espancado, zombado, insultado. Em Orléans, quase foi apedrejado por uma disputa acirrada sobre a Eucaristia com seus opositores.
A Eucaristia estava sempre ao centro da vida e da espiritualidade do frade Pascoal: quando voltou de Paris escreve uma Coleção de Máximas para provar a presença real de Jesus sob as espécies do Pão e do Vinho e o poder divino transmitido ao Papa. Este livreto foi parar mãos do Pontífice, em Roma, que lhe deu o apelido de "Serafim da Eucaristia".
De fato, a presença de Pascoal no mundo era angélica: seus confrades, muitas vezes, o viram em êxtase ou até em elevar-se durante as horas de adoração a Jesus Eucarístico, sobre a qual falava, continuamente, aos fiéis, aos frades e a todos, em cada momento e por toda a parte.

Pentecostes e os dons do Espírito

Há uma coincidência curiosa na vida de Pascoal: o dia de seu nascimento, em 16 de maio de 1540, ocorreu no dia de Pentecostes e seu falecimento, - por fraqueza, provações, constantes jejuns e privações corporais, - em 17 de maio de 1592, também no dia de Pentecostes.
Além do mais, seu nome, Pascoal, deve-se também a evento: a solenidade do Pentecostes, em espanhol, era chamada "Páscoa cor-de-rosa" ou "Páscoa do Pentecostes".
Na pobreza material, que o frade sempre buscava e que o acompanhou por toda a vida, Pascoal foi enriquecido pelos dons do Espírito Santo, sobretudo pela sabedoria. Apesar de mal saber ler e escrever, muitas personalidades o procuravam para pedir-lhe conselhos; entre os franciscanos, era ainda considerado um teólogo e, para os fiéis, um ponto de referência.
No entanto, como foi dito, ele nunca foi sacerdote e nem teve a alegria de dar Jesus Eucarístico aos fiéis. Esta era uma das tantas privações, que havia decidido se infligir, porque não se considerava suficientemente digno.

Morte e culto

Após passar por tantas provações e mortificações do corpo, Pascoal faleceu, em 1592, depois de receber a Comunhão, no convento de Vila Real.
Dizem que, durante seu enterro, o frade ainda abriu os olhos para adorar, mais uma vez, Jesus na Eucaristia.
São Pascoal Baylon foi canonizado pelo Papa Alexandre VIII, há quase um século depois da sua morte, enquanto, em 1897, o Papa Leão XIII o proclamava Padroeiro das Obras e dos Congressos Eucarísticos.

Vatican News

domingo, 16 de maio de 2021

Fortalecida pelo Papa Francisco, doutrina social católica completa 130 anos

Papa Francisco durante celebração em Roma
Foto: Stefano Rellandini - 30.mar.2018 / Reuters

Documento que evidenciou preocupações sociais da Igreja foi publicado em 1891 pelo papa Leão 13; Francisco pratica a doutrina no dia a dia.

Edison Veiga, colaboração para a CNN

15 de maio de 2021

A doutrina social da Igreja Católica não é uma inovação do Papa Francisco, embora tenha protagonismo em seu pontificado. Ela tem raízes no século 19 e completa 130 anos neste sábado (15), ganhando força em tempos de mudanças e crises, como a que o mundo vive atualmente na pandemia do novo coronavírus, e com problemas ambientais.

Comandar a Igreja significa, trocando em miúdos, ditar as regras de uma instituição que se propõe universal a partir de um trono localizado em Roma. Assim, é natural que há séculos a comunicação dos papas com bispos e comunidades ao redor do planeta fosse por meio de cartas. 

O formato contemporâneo das cartas, chamadas de encíclicas, começou com o papa Bento 14 (1675-1758), que em 1740, ano em que assumiu o pontificado, escreveu um documento dirigindo-se a todos os bispos do mundo, a “Ubi Primum”.

Mas se os grandes temas abordados pelos papas nessas missivas oficiais versavam tão somente sobre questões teológicas, da fé, foi há exatos 130 anos, em 15 de maio de 1891, que Leão 13 (1810-1903) inaugurou uma nova era: com a encíclica “Rerum Novarum” — “Das Coisas Novas”, em português —, tratou de um tema social. O subtítulo de sua carta era “sobre a condição dos operários”.

Para os estudiosos do Vaticano, “Rerum Novarum” é o documento basilar da doutrina social da Igreja, um compilado de 12 encíclicas publicadas de lá para cá, inclusive as duas últimas escritas pelo papa.

Francisco e a marca social 

“Se os últimos papas manifestavam o ensino social da Igreja por meio das encíclicas, Francisco não se limita a elas. Seu pontificado é todo social, por gestos e articulações, junto à sociedade”, explica frei Marcelo Toyansk Guimarães, assessor da Comissão Justiça e Paz da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Isso fica claro nos diálogos de Francisco com lideranças de várias regiões e autoridades políticas, buscando um mundo mais justo. E também em gestos cotidianos, como quando ele determina que o Vaticano cuide de pessoas em situação de rua, acolha imigrantes e, em tempos de pandemia, atue na defesa irrestrita do direito universal à vacinação.

“Francisco tem muito bem expresso o ensino social da Igreja no mundo desigual de hoje, quando a desigualdade tem avançado, pela pandemia e pelo capitalismo financeiro que se impõe com desmonte de direitos sociais, trabalhistas em benefício cada vez mais de uma pequena elite que controla o mercado”, completa Guimarães.

“No caso de Francisco, quase tudo o que ele faz é social: os textos, as falas… Não tem nenhum [gesto ou documento] de caráter puramente teológico”, analisa o vaticanista Filipe Domingues, doutor pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

Em seus oito anos de pontificado, Francisco publicou três encíclicas. A primeira, “Lumen Fidei” — ou “Luz da Fé” —, é teológica e já estava toda rascunhada por seu antecessor, Bento 16.

A marca do pontificado do argentino veio nas seguintes, ambas sociais: “Laudato Si’”, de 2015, é uma crítica ao consumismo e um alerta sobre a necessidade de uma unidade global para limitar o aquecimento global e conter a degradação ambiental. “Fratelli Tutti”, do ano passado, é um apelo para que a fraternidade e a consciência social sejam empregadas na reconstrução de um mundo mais justo, considerando o cenário pós-Covid-19.

As mudanças e as crises do mundo 

A primeira encíclica social surgiu como uma resposta de Leão 13 aos movimentos decorrentes da primeira fase da industrialização. A Europa vivia uma época de formação dos Estados nacionais, o Manifesto Comunista, publicado em 1848, ecoava, e o fenômeno do êxodo rural começava a inflar as cidades. “A carta de Leão 13 denuncia a exploração a que eram submetidos os operários que viviam em condições aviltantes e morriam miseravelmente sem saúde nem recursos, particularmente crianças e mulheres”, explica o filósofo e teólogo Fernando Altemeyer Júnior, chefe do departamento de Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

Encíclica do Papa Leão 13 foi a primeira da doutrina social
da Igreja Católica
Foto: Vaticano, domínio público via
Wikimedia Commons

“O documento surge em resposta ao socialismo e aos movimentos sindicais”, complementa a vaticanista Mirticeli Medeiros, pesquisadora de história do catolicismo na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma. “O pontífice quis, através do texto, promover, grosso modo, a conciliação entre patrões e empregados, ressaltar a importância da solidariedade cristã, bem como promover uma visão equilibrada em relação à intervenção estatal e à propriedade privada.”

Por tradição, das 12 cartas que compõem a doutrina social da Igreja, metade foi publicada em maio — em referência à pioneira. “Quadragesimo Anno” foi lançada pelo papa Pio 11 (1857-1939) há exatos 90 anos. Era um contexto pós-crise de 1929, e o pontífice criticou os rumos do capitalismo, mas rejeitando o socialismo. Defendeu a ideia de priorizar a ética e a política social antes da economia.

Com a crise atual, é inevitável traçar paralelos. “[Na ocasião,] o papa leu a situação econômica e social e analisou também alguns grupos financeiros. E reafirmou que o salário do trabalhador deve ser proporcional às necessidades do trabalhador e também de sua família”, aponta Guimarães. “Isso é importante, porque após uma crise, a tendência é jogar o peso sobre os mais frágeis da sociedade”.

Tais princípios acabaram se tornando a base da democracia cristã, sobretudo nas vertentes europeias, com a defesa de um Estado de bem-estar social — e o princípio da subsidiariedade.

O Papa João 23 (1881-1963) divulgou “Mater et Magistra” em 15 de maio de 1961. “Das encíclicas sociais, a ‘Mater et Magistra’ é considerada uma das mais populares da história”, contextualiza Medeiros. “O estilo em que o texto foi redigido visava, justamente, atingir as massas. De linguagem acessível, foi feita ‘para ser comunicada’ realmente, acompanhando a tendência do tempo”.

No contexto da Guerra Fria, o documento é uma clara defesa da democracia, do estado de bem-estar social e da descolonização da África e da América Latina.

Papa João 23 defendeu a democracia,
o estado de bem-estar social e a descolonização
da África
Foto: De Agostini,
Domínio público via Wikimedia Commons

 Meio século atrás, Paulo VI (1897-1978) escreveu “Octogesima Adveniens”. Como aponta Guimarães, era um mundo com ditaduras acirradas, principalmente na América Latina, e pós-manifestações de maio de 1968, com suas utopias. “[O documento] buscava novos horizontes em meio à opressão e ao autoritarismo, já com o espírito do diálogo, resultante do Concílio Vaticano II [série de conferências realizadas entre 1962 e 1965 para modernizar a Igreja]”, diz o frade.

Os problemas ambientais e a pandemia 

Em 1991, João Paulo II (1920-2005) publicou “Centesimus Annus”. E foi também em maio, mas em um dia 25, que Francisco lançou a “Laudato Si’”, em 2015 — considerada a primeira encíclica verde, ou seja, a primeira que trata fundamentalmente de temas ambientais.

E foi com o mundo desnorteado pela pandemia de Covid-19 que Francisco apresentou sua mais recente carta, “Fratelli Tutti”, em outubro. “Nela fica explícita a crise civilizatória da humanidade mergulhada na pandemia e o planeta atingido pelo aquecimento e crises ecológicas graves e destrutivas. O papa pede uma nova economia e uma nova política. Outro mundo possível, para curar esse mundo doente”, ressalta Altemeyer. “Critica o neoliberalismo como mortal e desumano e busca debater com os economistas uma nova proposta sistêmica. É de fato uma carta revolucionária contra os grandes conglomerados e grupos coloniais em favor da paz”, completa.

Francisco também não se furta a abordar temas espinhosos do presente, como ao fazer uma contundente crítica à indústria de armas e quando analisa o uso das fake news para embasar os fenômenos totalitaristas de extrema-direita. 

https://www.cnnbrasil.com.br/

Considerações de um sacerdote argentino na Faixa de Gaza

Guadium Press

O Pe. Gabriel Romanelli, pároco em Gaza, diz que o bombardeio diurno permite prever que o pior ainda está por vir.

Redação (15/05/2021 11:26Gaudium Press) A reportagem internacional informou o início de uma operação terrestre israelense contra a Faixa de Gaza, no quinto dia de hostilidades entre palestinos e israelenses.

“A situação é muito ruim; não sabemos em que ponto do conflito estamos e até onde chegarão as forças no local. Aqui recebemos informações contraditórias, anúncios e negações de uma operação terrestre, enquanto os bombardeios são constantes”, declarou o sacerdote argentino Gabriel Romanelli, do Instituto do Verbo Encarnado, em declarações à AsiaNews. O Pe. Romanelli é pároco em Gaza.

Ele ressaltou que até agora os membros da comunidade cristã “estão bem”, embora alguns edifícios da Igreja tenham recebidos danos colaterais.

Para o sacerdote argentino, “agora uma trégua é necessária; seria algo desejável e excelente, mas não há sinais apontando nessa direção. Pelo contrário, as coisas vão em um sentido diferente, em direção ao conflito aberto, e já há muitas vítimas. Mais de uma centena deles e pelo menos 27 crianças… É terrível.”

Assinalou que a eletricidade está começando a falhar e que em breve será a vez da escassez de água, “cujas reservas estão cada vez menores”.

As pessoas estavam se preparando para retomar a vida depois das quarentenas de Covid

“Muitas pessoas já estão desesperadas para encontrar refúgio”, continua o sacerdote; ontem eles atacaram Shujah, um distrito pobre, deixando muitos desabrigados vagando a procura de abrigo. Muitos estão batendo nas portas da missão da ONU aqui na Faixa de Gaza em busca de refúgio.”

Agora as pessoas se refugiam em suas casas, em uma situação paradoxal, porque já se preparavam para “voltar de alguma forma à vida normal após um ano de Covid 19, restrições e quarentenas. Vivíamos com uma certa tranquilidade, uma nova normalidade, mas a ilusão não durou.”

“Um sinal muito negativo é que os bombardeios também estão ocorrendo durante o dia, não apenas à noite, como costumava ser no passado, e isso significa que a situação parece destinada a piorar.” O sacerdote pede orações e que se tenha confiança no Senhor.

Com informações Asia News

https://gaudiumpress.org/

Governo Biden amplia uso da pílula abortiva

Pílulas abortivas / Crédito: VAlaSiurua -
Wikimedia Commons (CC BY-SA 4.0)

REDAÇÃO CENTRAL, 15 mai. 21 / 07:00 pm (ACI).- O Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas (ACOG) se disse “animado” na sexta-feira, 7 de maio, porque a Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos está revendo restrições às pílulas abortivas em vigor nos Estados Unidos desde 2000. Grupos pró-aborto usaram a pandemia para forçar a liberação da pílula para ser receitada remotamente e distribuída pelo correio. Em declaração no Twitter, o ACOG apoiou a "revisão baseada em evidências" do FDA de regulamentações "pesadas" e "desnecessárias".

"Estamos confiantes de que, devido ao compromisso do FDA com a tomada de decisões regulamentares com base científica e o atendimento centrado no paciente, as restrições desnecessárias à mifepristona acabarão em breve e os pacientes terão acesso menos restritivo a cuidados médicos para o aborto e o aborto espontâneo", afirmou ACOG no Twitter.

A American Civil Liberties Union (ACLU na sigla em inglês para União Americana pelas Liberdades Civis) classificou a revisão como "muito atrasada, mas um avanço". O grupo, em nome do ACOG e outros grupos pró-aborto, processou o governo Donald Trump no ano passado por colocar restrições à pílula abortiva durante a pandemia.

Desde a aprovação do regime de pílulas abortivas em 2000, o FDA incluiu seu uso numa lista de procedimentos de alto risco.

A mifepristona bloqueia nutrientes para o feto, até 70 dias de gestação. Uma dose de misoprostol 24 a 48 horas depois expulsa o feto morto.

Em abril, o comissário em exercício da FDA disse que a agência permitiria a distribuição remota da pílula abortiva durante a pandemia, ao não cumprir seus regulamentos. Agora a agência está revisando seus regulamentos com a perspectiva de modificá-los para além da pandemia.

O novo secretário de Saúde e Serviços Humanos, Xavier Becerra, disse que não só apoia a suspensão da regulamentação durante a pandemia, mas acrescentou em sua audiência de confirmação que apoia um maior uso da telemedicina, em resposta a uma pergunta sobre a pílula abortiva.

ACI Digital

Oração pela paz no Monte Sião na Terra Santa

Jerusalém e Monte Sião | Vatican News

Em oração junto a Mãe de Jesus, para invocar mais uma vez a descida do Espírito Santo sobre a Igreja, sobre toda a humanidade, pelo fim da pandemia e pela paz - São as palavras do frei Francesco Patton, Custódio da Terra Santa.

Lurdinha Nunes- Jerusalém

 “Peça paz para Jerusalém: seja paz para aqueles que te amam, seja paz sobre as tuas muralhas”. No Salmo 48, o Monte Sião é apresentado como "o lugar da morada divina". E foi justamente em meio aos grandes desafios deste momento que Fr. Francesco Patton, Custódio da Terra Santa, celebrou a missa no Cenacolino, o convento do Monte Sião localizado a poucos metros do Cenáculo, a primeira sede dos Frades da Custódia da Terra Santa.  Com Maria no Cenáculo, foi o tema central da homilia na celebração cuja intenção foi dirigida aos benfeitores da Terra Santa. O Custódio recordou os acontecimentos do Cenáculo: a Última Ceia, com a instituição da Eucaristia e do sacerdócio, a descida do Espírito Santo que deu aos discípulos a força para enfrentar o mundo e a franqueza para anunciar que Jesus ressuscitou.

Em oração junto a Mãe de Jesus, no mês que lhe é dedicado

 “Hoje - disse o Custódio - estamos aqui em oração junto a Mãe de Jesus, no mês que lhe é dedicado, para invocar mais uma vez junto com Maria a descida do Espírito Santo sobre a Igreja e sobre toda a humanidade. Também queremos pedir ao Espírito Santo que traga cura para toda a humanidade. Neste Lugar Santo, que faz memória ao Pentecostes, também nós, rezamos com confiança por todos os amigos e benfeitores da Terra Santa.  Junto ao Papa Francisco - continuou - rezemos também pelos confrontos que estão acontecendo aqui em Jerusalém. Pedimos a Cristo ressuscitado, Príncipe da Paz, que esta Cidade Santa seja um lugar de encontro e não de confrontos violentos, um lugar de oração e de paz" - sublinhou o Custódio.

Com o Papa em oração para que Jerusalém seja um lugar de encontro

“Cremos no valor e no poder da oração de intercessão, que é a oração de intercessão de Jesus. Temos vivido dias de tensão, dias de confrontos violentos: infelizmente já são centenas de feridos e dezenas de mortos. O Papa Francisco também nos lembrou na oração do Angelus do domingo passado que devemos rezar pela paz, pela reconciliação, para que a linguagem da violência seja substituída pela linguagem do diálogo, absolutamente necessária nesta terra que é a terra onde vivem juntos judeus e palestinos, fiéis do judaísmo, do cristianismo e do islamismo. Pedimos essa graça ao Senhor. Pedimos como um dom do Espírito Santo e naturalmente pedimos como um dom especial para Pentecostes.

Vatican News

Hoje é comemorado o Dia Mundial das Comunicações Sociais

Imagem ilustrativa. Crédito: Pixabay (Domínio público)

REDAÇÃO CENTRAL, 16 mai. 21 / 07:00 am (ACI).- Neste domingo em que a Igreja celebra a Solenidade da Ascensão do Senhor, também comemora o 55º Dia Mundial das Comunicações Sociais, para o qual todos os anos, o Papa Francisco publica uma mensagem, sendo a desta ocasião com o tema “Vem e verás. Comunicar encontrando as pessoas onde estão e como são”.

O Dia Mundial das Comunicações Sociais é a única celebração mundial estabelecida pelo Concílio Vaticano II e tem como objetivo chamar a atenção para o vasto e complexo fenômeno dos modernos meios de comunicação social existentes nos dias atuais.

O Papa Paulo VI foi o primeiro a comemorar o Dia Mundial das Comunicações, que aconteceu no dia 7 de maio de 1967.

A data foi instituída com o decreto Inter Mirifica. Desde então, vem sendo celebrada em muitos países no domingo que antecede a Festa de Pentecostes. A mensagem do Papa para a ocasião é publicada, tradicionalmente, no dia 24 de janeiro, festa de São Francisco de Sales, padroeiro dos jornalistas.

Neste ano, o tema do 55º Dia Mundial das Comunicações Sociais se baseia na passagem do Evangelho de São João (Jo 1, 46) e o Santo Padre quis “dedicar a Mensagem à chamada a ‘ir e ver’, como sugestão para toda a expressão comunicativa que queira ser transparente e honesta: tanto na redação de um jornal como no mundo da web, tanto na pregação comum da Igreja como na comunicação política ou social”.

O jornalismo “como exposição da realidade, requer a capacidade de ir aonde mais ninguém vai: mover-se com desejo de ver”, escreveu o Santo Padre, ressaltando que se trata de “uma curiosidade, uma abertura, uma paixão”.

“Temos que agradecer à coragem e determinação de tantos profissionais (jornalistas, operadores de câmara, editores, cineastas que trabalham muitas vezes sob grandes riscos), se hoje conhecemos, por exemplo, a difícil condição das minorias perseguidas em várias partes do mundo, se muitos abusos e injustiças contra os pobres e contra a criação foram denunciados, se muitas guerras esquecidas foram noticiadas”, acrescentou.

ACI Digital

Antonio Cardoso em: a Canção e a Prece – "Ide por todo o mundo”

Caminho de Compostela | Vatican News

O cantor, compositor e catequista está presente no Programa Brasileiro da Rádio Vaticano todos os domingos com o espaço especial intitulado "A Canção e a Prece". No programa de hoje evangelização é a pedra fundamental...

Vatican News

A nova evangelização, há sempre algo novo, uma novidade. É claro que a catequese na evangelização é a pedra fundamental. É a rocha onde está fundamentada a nossa crença, a nossa esperança, a nossa formação, a nossa fé.... "Ide por todo o mundo”.

https://media.vaticannews.va/media/audio/s1/2021/05/14/11/136047885_F136047885.mp3

Vatican News

São João Nepomuceno

São João Nepomuceno | Cléofas
16 de maio

É quase infalível encontrar o nome deste santo em todos os livros de apologética no capítulo referente às confissões. De fato, ele tem sido considerado um mártir da confissão, e os habitantes de Praga têm uma grande veneração por este santo que o Rei Venceslau fez encarcerar e, depois de o torturar, mandou afogá-lo no rio Moldávia, na vigília da Ascensão de 1393. Nasceu em Pomuk, na Boêmia, em 1330; daí o seu nome de Nepomuceno; seus pais eram pobres, e estavam em idade avançada quando tiveram este filho pela intercessão da Santíssima Virgem. Para sempre se lembrar da afeição que devia ter para com Nossa Senhora, deram-lhe o nome de João. Enviado em boa hora à escola, ali aprendeu primeiramente os responsos da missa. Desde que os soube, ia todas as manhãs à Igreja dos Cistercienses, fora da cidade, e lá servia todas as missas que se rezavam. As pessoas sábias auguravam desde então qualquer coisa de grande.

À piedade mais terna, ajuntava um espírito muito vivo. Seus pais o mandaram estudar a língua latina em Staaze, considerável cidade do país. Ai estudou humanidades, sobretudo a retórica, com maior distinção. Foi mandado para Praga, a fim de estudar teologia. Carlos IV, Imperador da Alemanha e Rei da Boêmia, acabava de fundar a universidade de Praga sob o modelo das de Paris, Bolonha e Pádua. Atraíra mestres hábeis de todas as partes da Europa, e os havia contratado, prometendo-lhes magníficas recompensas. A nova universidade ficou célebre desde o seu início. Para lá se dirigiu João Nepomuceno e colou grau de doutor em teologia e direito canônico. Desde os primeiros anos sentiu forte inclinação para o sacerdócio e para isso havia destinado todos os seus estudos. Não se apresentou ao bispo senão depois de ter passado um mês em retiro e purificado a alma pela oração, jejum e mortificação. Assim que recebeu a unção sacerdotal, ordenaram-lhe fizesse valer o rato talento que tinha pela pregação. A sua fama de orador sacro conduziu-o à Corte, onde ocupava os cargos de capelão e confessor. Venceslau, o rei, era um indivíduo de mau caráter.

Era dado às caçadas e possuía grande número de vícios. A Imperatriz Joana, filha de Alberto da Baviera, era uma princesa ornada de todas as virtudes. Tocada pela unção que acompanhava os discursos de João Nepomuceno, escolheu-o para diretor espiritual. Tinha necessidade de tal guia em meio aos desgostos que lhe advinham da parte do Imperador. Quanto aos fatos em si, que levaram São João Nepomuceno ao martírio, ainda não são bem conhecidos, e dificilmente virão a ser. Narra-se que o rei exigira dele a violação do segredo da confissão da rainha, ao que ele, como bom sacerdote, se opôs. Deste fato, porém, só se fala pela primeira vez na Crônica Imperial do ano de 1449. Ao que parece, baseado em notícias mais antigas, João teria querido defender os direitos da Igreja contra as pretensões do rei, que desejava a constituição de um novo episcopado na Boêmia. Logo que o imperador o mandou afogar nas águas do Moldávia à noite (para esconder do povo o crime), Deus tornou público o crime pelos milagres que cercaram o cadáver, envolto numa grande luz. Sucederam-se depois muitos outros milagres. Foi canonizado em 1729.

https://cleofas.com.br/

Ascensão do Senhor

Província do Rio
Por Dom Paulo Cezar Costa
Arcebispo de Brasília

Evangelizar é entregar a vida para dar vida aos outros

Estamos celebrando a ascensão do Senhor Jesus que, depois de ressuscitado, manifesta-se, durante um tempo, aos seus discípulos e depois vai ao Pai. A ascensão marca o fim das aparições do Ressuscitado: “Depois de falar com os discípulos, o Senhor Jesus foi levado ao céu e sentou-se à direita de Deus” (Mc 16, 19). Estar sentado à direita é a linguagem usada para expressar a glorificação do Filho, que agora está com o Pai e o Espírito, e permanece no meio de nós de uma forma nova. Hoje não se pode encontrar com Jesus da mesma forma que os discípulos o encontraram há dois mil anos, quando conviveram com o Jesus histórico e se colocaram no Seu seguimento pelos caminhos da Palestina, conversaram com Ele, testemunharam os Seus milagres, ouviram a Sua pregação, foram ensinados por Ele, testemunharam a Sua morte e a Sua ressurreição. Enfim, experimentaram com força o mistério da Sua pessoa. Mas Cristo continua a ser encontrado hoje. O próprio Novo Testamento, no texto dos discípulos de Emaús, testemunha que o Ressuscitado deve ser encontrado e experimentado na Palavra proclamada, na Eucaristia, nos sacramentos, no encontro com o irmão (de modo especial nos pobres, aflitos e enfermos), na oração etc[1].

Jesus, antes de ir ao Pai, no Seu último discurso para os discípulos, dá aos discípulos a missão de anunciar o evangelho a todos os povos: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16, 15). Os discípulos devem, agora, levar adiante a missão que Jesus lhes confiou de anunciar o Evangelho. O Evangelho é o próprio Jesus, Ele é a boa-nova de Deus para nós. Jesus mesmo garante o êxito da pregação, quando fala dos sinais que acompanharão aqueles que crerem nEle (Mc 16, 17-18).  A Igreja vem, no decorrer dos séculos, evangelizando, que é a sua missão essencial. A Igreja existe para evangelizar, para anunciar Jesus Cristo.

O Evangelho mostra que os discípulos cumpriram a missão de anunciar Jesus. Os Atos dos Apóstolos terminam com Paulo prisioneiro em Roma. O Evangelho chegou até o centro do mundo de então: Roma.  O Senhor manifestava Sua presença no meio dos Seus, sustentando a missão por meio dos sinais que acompanhavam a pregação dos discípulos.  Ontem foram eles, hoje somos nós que devemos anunciar o Evangelho, fazendo com que Jesus Cristo seja conhecido, amado e adorado.  Todos somos protagonistas desta missão. Cada batizado que se encontrou com Jesus Cristo e vive do amor de Jesus tem a missão de anunciar Jesus Cristo, de evangelizar.

Evangelizar é entregar a vida para dar vida aos outros: “Quando a Igreja faz o apelo ao compromisso evangelizador, não faz mais do que indicar aos cristãos o verdadeiro dinamismo da realização pessoal: ‘Aqui descobrimos outra profunda lei da realidade: a vida se alcança e amadurece à medida que é entregue para dar vida aos outros”[2]. Jesus foi o primeiro e o maior evangelizador.

Tenhamos certeza de que Ele foi ao Pai, mas permanece no meio de nós. Assumamos, hoje, a missão de anunciar e testemunhar Jesus Cristo.  E que neste Dia Mundial das Comunicações Sociais, comuniquemos encontrando as pessoas onde elas estão: o vem e verás (Jo 1, 46), como nos propõe o Papa Francisco.

Arquidiocese de Brasília

S. ALEXANDRE, BISPO DE JERUSALÉM E MÁRTIR

S. Alexandre de Jerusalém, Século 15 | Vatican News

De família pagã, Alexandre recebeu uma formação cultural diligente. Frequentou vários movimentos religiosos e filosóficos da época e converteu-se ao cristianismo.
Deixou a Capadócia e transferiu-se para Alexandria, no Egito, onde prosperava a escola Didaskaleion, dirigida por Panteno siciliano, e, depois, por Clemente alexandrino. A seguir, foi para Jerusalém, em 212, onde foi coadjutor do Bispo, de quem, mais tarde, foi sucessor.

O "caso" Orígenes

Alexandre guiou Jerusalém como pastor atencioso, sobretudo, com as necessidades culturais das suas ovelhas. Na Cidade Santa, fundou uma biblioteca e uma escola, inspirando-se no modelo daquela Alexandrina.
Durante seu episcopado, teve que se ocupar com a rivalidade entre o teólogo Orígenes - que já conhecia em Alexandria - e seus superiores. De fato, Orígenes recebeu do Bispo de Alexandria o encargo de dirigir uma escola de catecismo. Porém, o teólogo começou a ensinar também ciências profanas – sobretudo filosofia – ciente de que, especialmente, o ensino da religião precisava de um maior aprofundamento cultural.
Não obstante fosse leigo, Orígenes começou a fazer pregações nas igrejas. Este seu comportamento irritou o Bispo, que o impediu de falar publicamente sobre as Escrituras, a não ser na presença de um pastor.
Impressionado com a profundidade de pensamento do teólogo, Alexandre o defendeu e até o ordenou sacerdote, em 230. Desta forma, ele pôde continuar, sem dificuldade, suas pregações, que eram tão preciosas, a ponto de ser requisitado até em Cesareia e na própria Cidade de Jerusalém.

Perseguições e martírio

Entretanto, em Roma, entre 202 e 203, Septímio Severo retomava a perseguição aos cristãos. Alexandre encontrava-se ainda em Alexandria, onde ficou preso até 211. Com a segunda onda de perseguições, por parte de Décio, ele não teve escapatória: foi preso em Cesareia e passou por muitas torturas, mas em vão: “A glória dos seus cabelos brancos e a sua grande santidade formaram uma dupla coroa para o seu cativeiro", escreveram os historiadores.
Esgotado por tantos sofrimentos, Alexandre morreu na prisão, em 250, e é venerado como mártir da fé. Dos seus numerosos escritos, permaneceram apenas fragmentos de quatro Cartas, propagadas por Eusébio e São Jerônimo.

Vatican News

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF