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sábado, 29 de maio de 2021

7 dias de oração para aprender a viver o silêncio

Es5669 | Shutterstock
Por Hozana

O diálogo oracional é feito de silêncios e escutas. Falamos com Deus, mas também precisamos escutá-lo. E dificilmente Ele se apresenta de maneira barulhenta.

Vivemos no tempo do mostrar-se. Tudo ou quase tudo se mostra. O prato que comemos, a roupa que vestimos, as opiniões que temos… tudo vira facilmente um post nas redes sociais. Constantemente somos confrontados ao barulho, aos ruídos que nos cercam. E o silêncio se torna cada vez mais raro, mais tímido, mais esquecido. E para escutar é necessário silenciar. Escutar ao próximo, Deus ou a si mesmo é exercício por vezes difícil, pois nos obriga a sair da frente dos holofotes, onde mostramos somente aquilo que outros desejam ver, para entrar no íntimo daquilo que somos, profundamente.

Nesta cultura dos sons na qual vivemos, o silêncio pode fazer medo. Pois silenciar é entrar num outro modo de relação. E isso pode afetar nossas relações interpessoais, mas também nossa relação com Deus.

A vivência cristã tem como um dos fundamentos a oração. Rezar não é opcional se quisermos crescer na intimidade com Deus, no conhecimento dele e de si mesmo. A oração é um elemento precioso. Mas nós já sabemos disso, de uma maneira ou de outra. Porém, cada um de nós experimenta, na prática, o quanto é difícil permanecer fiel à oração, a este encontro de dois corações que se unem num diálogo amoroso.

A oração é um diálogo. Ela tem que ser um diálogo. O próprio Jesus nos dá um indício em Mateus 6, 6: “tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechando tua porta, ora a teu Pai que está lá, no segredo.” A oração é um encontro. Somos esperados. Nessa espera, o Senhor deseja nos receber para estabelecer um diálogo onde cada um fala, onde cada um escuta.

O que Jesus nos convida a fazer é revelador de como podemos viver nossa oração. “Fechando tua porta…” pensamos assim que ele está falando da porta do quarto, no qual entramos. Mas paradoxalmente, podemos também interpretar o ato de fechar como um convite a fechar a porta do coração. Como assim? Rezar com o coração fechado? Não, claro que não. Mas fechar a porta do coração para os ruídos de fora. Para o barulho que nos circunda. E entrar num silêncio habitado que nos preenche da presença d’Aquele que ali está a nos esperar.

O silêncio na oração cristã não deve ser interpretado como um silêncio vazio, ou que nos leva a um vazio existencial. Vimos que Jesus convida a entrar num quarto que já está habitado pela presença do Pai. O silêncio na oração cristã é um silêncio preenchido e que tende a nos levar à completude pois Deus ali está a nos escutar e a nos falar.

Silenciar para escutar

O diálogo oracional é feito de silêncios e escutas. Falamos com Deus, mas também precisamos escutá-lo. E dificilmente ele se apresenta de maneira barulhenta ou violenta. Quase sempre Ele se dá a conhecer através do “ruido de uma brisa leve.” (1 Reis 19, 12) O silêncio na oração se torna um elemento essencial para poder escutar aquilo que Deus tem a nos dizer. Muitas vezes, Ele não passa pelas palavras. A escuta é contemplativa, o silêncio é criador. Ele cria outros laços, outras pontes. Para ouvir é preciso silenciar. Silenciar para ouvir as angústias e dores do mundo, muitas vezes ferido. Ouvir aquilo que os que nos cercam vivem. E o silêncio que nos permite ouvir além do barulho ambiente, torna-se criador se, aquilo que colhemos nos silêncios se torna alimento para a nossa oração.

Aprender a viver o silêncio

Em meio a esse mundo absorto pelo barulho e pela distração, convido você a viver um caminho de intimidade com Deus. A missão Horeb e o site Hozana propõem 7 dias de oração para aprender a viver o silêncio. A intimidade com Deus é o caminho para o crescimento interior, para a escuta precisa da voz Dele, e para o autoconhecimento. E é justamente isso que esse retiro propõe: meditações e exercícios espirituais para que você encontre esse caminho do silêncio interior. Clique aqui para participar.

O que você está ouvindo agora? Qual é a qualidade de sua escuta? E como isso alimenta seu diálogo com Deus? Entre no seu quarto. Feche a porta, e ore ao seu Pai que ali está lhe esperando. Com Ele, até o seu silêncio é compreendido. Porque ele será fruto da escuta.

Padre Emmanuel Albuquerque, pelo Hozana

Aleteia

Vaticano ordena visita apostólica à Arquidiocese alemã de Colônia

Guadium Press
Durante a primeira quinzena de junho, os enviados da Santa Sé terão uma ideia global da complexa situação pastoral da Arquidiocese alemã.

Cidade do Vaticano (28/05/2021 15:01, Gaudium Press) Em meio à preocupante deriva ideológica existente na Igreja alemã, que manifestou um de seus piores sintomas na ‘bênção’ de casais homossexuais ocorrida em cerca de 100 igrejas nos últimos dias, o noticiário da Igreja na Alemanha traz hoje a notícia de que o Papa organizou uma visita apostólica à Arquidiocese de Colônia, governada pelo Cardeal Rainer María Woelki, um dos poucos Bispos do país que têm criticado o chamado “Caminho Sinodal” alemão.

Cardeal Rainer María Woelki

Visitadores apostólicos

Os visitadores são o Cardeal Anders Arborelius, Bispo de Estocolmo, e Dom Johannes van den Hende, Bispo de Rotterdam e presidente da Conferência Episcopal Holandesa.

“Durante a primeira quinzena de junho, os enviados da Santa Sé terão uma ideia global da complexa situação pastoral da Arquidiocese e, ao mesmo tempo, examinarão os possíveis erros cometidos pelo Cardeal Rainer Maria Woelki, assim como pelo Arcebispo de Hamburgo, Dom Stefan Heße, e pelos auxiliares (de Colônia) Dom Dominikus Schwaderlapp e Ansgar Puff, em relação aos casos de abusos sexuais”, diz a Carta da Nunciatura Apostólica de Berlim anunciando a Visita Apostólica.

Catedral de Colônia - Alemanha | Guadium Press

Relatório da Arquidiocese de Colônia

No dia 18 de março, o Escritório de Advocacia Gercke & Wollschläger, ofereceu ao público um esperado relatório resultante de suas investigações durante um ano, sobre o processamento de abusos sexuais na Arquidiocese de Colônia. O relatório revelou que desde 1975 até hoje, foram confirmados 314 casos de vítimas desses abusos, dos quais foram identificados 202 supostos autores. O relatório do escritório de advocacia expressou que não via qualquer descumprimento de dever no Cardeal Arcebispo Woelki.

Na ocasião, o advogado Björn Gercke, do referido escritório de advocacia, afirmou que “devido à pressão da mídia, teria sido mais fácil para nós denunciar o Sr. Woelki”, mas que não havia fundamento para isso. (EPC)

https://gaudiumpress.org/

Há 90 anos Nossa Senhora Aparecida era proclamada padroeira do Brasil

Nossa Senhora Aparecida | Vatican News

Surgida nas águas do rio Paraíba, pescada por três homens humildes e pobres, a imagem negra da Imaculada Conceição tornou-se a certeza de que a Virgem Mãe de Deus jamais abandona nenhum de seus filhos brasileiros.

Bruno Franguelli, SJ - Vatican News

Surgida nas águas do rio Paraíba, pescada por três homens humildes e pobres, a imagem negra da Imaculada Conceição tornou-se a certeza de que a Virgem Mãe de Deus jamais abandona nenhum de seus filhos brasileiros.

Uma história que os brasileiros amam recontar

 Em 1717, após a pesca da imagem da Imaculada Conceição, as redes dos três pescadores João Alves, Domingos Garcia e Felipe Pedroso se encheram de peixes. Era um claro sinal da presença protetora da Mãe de Deus não só para aqueles homens, mas para todo o povo do pequeno vilarejo de Guaratinguetá. Assim como aconteceu nas bodas de Caná, Maria não permitiu que aqueles pobres pescadores, oprimidos pelas autoridades, não tivessem nada a oferecer para o banquete que queriam oferecer a dom Pedro de Almeida e Portugal, o conde de Assumar, na época governador da província de São Paulo e Minas Gerais. Deste modo, como no Evangelho, Maria mais uma vez revela seu apreço pelos pequenos. Como reconhecimento desta proteção maternal, começava na pequena vila dos pescadores, com um altar improvisado dentro dos casebres, a devoção à Virgem que mais tarde seria proclamada padroeira da Nação brasileira.

Santuário de Aparecida
A devoção

A devoção à Santa de Aparecida se difundiu rapidamente. O vilarejo dos pescadores em pouco tempo tornou-se uma das cidades mais visitadas do Brasil. Em 1748, apenas 30 anos após a pesca milagrosa, o jesuíta Pe. Francisco da Silveira escrevia a crônica de uma missão realizada no local e dizia:

“Aquela imagem foi moldada em argila, a sua cor é escura, mas famosa por muitos milagres realizados. Muitos afluem de lugares afastados, pedindo ajuda para suas próprias necessidades.”

A construção de uma das maiores Igrejas do mundo tornou-se a casa preferida dos católicos de todo o País e do mundo. Mas, ainda que o povo brasileiro já tivesse elegido Nossa Senhora Aparecida como protetora, foi somente em 1930 que o Papa Pio XI aceitou o pedido dos Bispos brasileiros e assinou o decreto que oficializava Nossa Senhora Aparecida padroeira da Nação.

A Proclamação

Com o anúncio da proclamação, as festividades da celebração solene foram preparadas na então capital brasileira, o Rio de Janeiro. A data escolhida para a proclamação oficial foi o dia 31 de maio de 1931. A celebração reuniu cerca de um milhão de pessoas e contou com a presença da imagem original de Aparecida, que pela primeira vez deixava o Santuário. Durante a Missa Solene, Dom Sebastião Leme leu a declaração do Papa e, assim, o povo brasileiro tinha oficialmente a sua padroeira.

Nossa Senhora Aparecida e o Papa Francisco

O Papa Francisco visitou várias vezes o Santuário de Aparecida, ainda que como Papa tenha estado somente uma vez. Francisco sempre demonstrou um carinho especial pela mãe negra dos brasileiros. Em sua memorável homilia em 2013, o Papa deixou estas belíssimas palavras que reassumem o que significa para o Brasil ter Nossa Senhora Aparecida como sua padroeira:

“Quem poderia imaginar que o lugar de uma pesca infrutífera, tornar-se-ia o lugar onde todos os brasileiros podem se sentir filhos de uma mesma Mãe? Deus sempre surpreende, como o vinho novo, no Evangelho que ouvimos. Deus sempre nos reserva o melhor. Mas pede que nos deixemos surpreender pelo seu amor, que acolhamos as suas surpresas. Confiemos em Deus!”

Vatican News

7 coisas que talvez não conhecia sobre São Paulo VI

Paulo VI cria o cardeal Karol Wojtyla, agora São João Paulo II

REDAÇÃO CENTRAL, 29 mai. 21 / 06:00 am (ACI).- A maioria dos católicos conhece o papa São Paulo VI por ser o Pontífice que levou ao término o Concílio Vaticano II, que seu predecessor São João XXIII havia começado.

Entretanto, muitos momentos importantes de seu pontificado são pouco conhecidos. Eram tempos em que os meios de comunicação não tinham o alcance que possuem atualmente.

A seguir, apresentamos 7 coisas que talvez você não conhecia sobre São Paulo VI:

1. Apunhalaram-no duas vezes

Em 27 de novembro de 1970, no Aeroporto Internacional de Manila (Filipinas), Paulo VI recebeu duas punhaladas do pintor boliviano Benjamín Mendoza y Amor Flores, que sofria de problemas mentais e que disfarçado de sacerdote tentou assassinar o pontífice com um punhal.

2. Foi o primeiro papa a usar um avião

Efetivamente, Paulo VI foi o primeiro pontífice a usar um avião e o primeiro a deixar a Itália desde 1809.

3. Também foi o primeiro papa a visitar os cinco continentes

Visitou os cinco continentes antes de São João Paulo II e foi apelidado de “papa peregrino” também antes deste último.

São Paulo VI realizou uma visita pastoral ao continente africano; visitou a Colômbia e os Estados Unidos, na América; Portugal, na Europa; Austrália, na Oceania; Filipinas e Índia, na Ásia.

4. Foi o primeiro papa a visitar a Terra Santa desde São Pedro

Em 1964, viajou a Jerusalém e se encontrou com o patriarca ortodoxo Atenágoras I, com quem celebrou o levantamento das mútuas excomunhões impostas depois do Grande Cisma entre o Oriente e o Ocidente, em 1054.

O papa Francisco visitou a Terra Santa em 2014 para celebrar os 50 anos deste acontecimento.

5. Foi o último papa a ter uma cerimônia de coroação

Além de ser o último papa a receber a coroa, dispensou o uso da tiara, durante as sessões do Concílio Vaticano II.

Eventualmente, doou a sua tiara, um presente da sua antiga arquidiocese de Milão, à Basílica do Santuário Nacional da Imaculada Conceição, em Washington (Estados Unidos), como um sinal do seu apreço pelos católicos norte-americanos.

6. Era apaixonado por leitura

Nino Lo Bello, veterano “vaticanista” norte-americano, garantiu que Paulo VI, um apaixonado pela leitura, levava na sua bagagem durante suas viagens até 75 livros para escolher quais ler.

7. Criou cardeais dois futuros papas

Paulo VI criou os cardeais Karol Wojtyla, em 1967, e Joseph Ratzinger, em 1977, que alguns anos depois foram os seus sucessores, São João Paulo II e Bento XVI, respectivamente.

ACI Digital

SÃO PAULO VI, PAPA

S. Paulo VI. papa | Vatican News
29 de maio

João Batista Montini nasceu em Concesio, uma cidadezinha nas proximidades de Brescia, em 26 de setembro de 1897, no seio de uma família católica, muito comprometida com a política e a sociedade.
No outono de 1916, entrou para o seminário em Brescia e, quatro anos depois, recebeu a ordenação sacerdotal na catedral. Foi enviado a Roma para continuar a estudar filosofia, na Pontifícia Universidade Gregoriana, e Ciências Humanas na universidade estadual. Formou-se em Direito Canônico, em 1922, e em Direito Civil, em 1924.

Ofícios no Vaticano

Em 1923, Montini recebeu seu primeiro encargo pela Secretaria de Estado do Vaticano, que o designa à Nunciatura Apostólica de Varsóvia. No ano seguinte, foi nomeado Minutador. Naquele período, participou, de perto, das atividades de estudantes universitários católicos, organizadas pela FUCI, da qual foi assistente eclesiástico nacional, de 1925 a 1933.
João Batista Montini foi um estreito colaborador do Cardeal Eugênio Pacelli, ao lado do qual permaneceu sempre, até quando foi eleito Papa, em 1939, com o nome de Pio XII. Foi Montini que preparou o esboço do inútil extremo apelo pela paz, que o Papa Pacelli lançou, através do rádio, em 24 de agosto de 1939, às vésperas do grande conflito mundial: “Com a paz, nada se perde! Com a guerra, pode-se perder tudo!"

Da Igreja Ambrosiana ao Trono Pontifício

Em 1954, João Batista Montini tornou-se, repentinamente, Arcebispo de Milão. Com isto, demonstrou o verdadeiro pastor oculto em si, dedicando atenção especial aos problemas do mundo do trabalho, à imigração e às periferias: promoveu a construção de mais de cem novas igrejas, lugares apropriados para desenvolver sua "Missão de Milão", em busca dos "irmãos distantes".
Dom Montini recebeu, antes, a púrpura cardinalícia de João XXIII, em 15 de dezembro de 1958, e participou do Concílio Vaticano II, onde apoiou, abertamente, a linha reformadora.
Após a morte de Ângelo Roncalli, foi eleito Papa, em 21 de junho de 1963, escolhendo o nome de Paulo, com uma clara referência ao Apóstolo dos Gentios.

A força reformadora do Concílio

Um dos objetivos fundamentais de Paulo VI foi dar continuidade, em todos os aspectos, à obra do seu predecessor. Por isso, retomou os trabalhos do Concílio Vaticano II, conduzindo-os com atenciosas mediações, favorecendo e moderando a maioria reformadora, até à sua conclusão, em 8 de dezembro de 1965. Mas, antes, foi anulada a mútua excomunhão, ocorrida, em 1054, entre Roma e Constantinopla.
Coerente com a sua inspiração reformadora, atuou uma profunda ação transformadora das estruturas do governo central da Igreja, criando novos organismos para o diálogo com os não cristãos e os infiéis, instituindo o Sínodo dos Bispos e encaminhando a reforma do Santo Ofício.
Comprometido com a difícil tarefa de implementar e aplicar as orientações, que emergiram no Concílio Vaticano II, Paulo VI deu impulso também ao diálogo ecumênico, mediante encontros e iniciativas relevantes. O impulso renovador, no âmbito do governo da Igreja, traduziu-se, depois, na reforma da Cúria, em 1967.

As Encíclicas em diálogo com a Igreja e com o mundo

O desejo de Paulo VI de dialogar no âmbito eclesial, com as várias confissões e religiões e com o mundo, esteve ao centro da sua primeira encíclica “Ecclesiam suam” de 1964, seguida por outras seis, entre as quais a “Populorum progressio” de 1967, sobre o desenvolvimento de os povos, que teve uma ampla ressonância, e a “Humanae vitae” de 1968, dedicada à questão dos métodos de controle da natalidade, que suscitou inúmeras controvérsias, até em muitos ambientes católicos.
Outros documentos importantes do pontificado de Paulo VI foram a Carta apostólica “Octogesima adveniens” de 1971, pelo pluralismo do compromisso político e social dos católicos, e a Exortação apostólica “Evangelii nuntiandi” de 1975, sobre a evangelização do mundo contemporâneo.

A novidade das Viagens Apostólicas

As ideias inovadoras de Paulo VI não se restringiram apenas no âmbito do Vaticano. Ele foi o primeiro Papa a dar início ao costume de fazer viagens, desde a sua eleição: ao período conciliar, remontam suas três primeiras Viagens, das nove, que, durante seu Pontificado, o levaram aos cinco Continentes. Em 1964, foi à Terra Santa, depois à Índia e, em 1965, a Nova Iorque, onde fez um discurso histórico diante da Assembleia Geral das Nações Unidas. Em território italiano, fez dez Visitas pastorais.
A aspiração mundial deste Papa pode ser percebida também na obra de maior ênfase do caráter de representação universal do Colégio Cardinalício e do papel central da política internacional da Santa Sé, sobretudo pela paz. A propósito, instituiu o Dia Mundial da Paz, celebrado todos os anos, desde 1968, no dia 1º de janeiro.

Seus últimos anos e falecimento

A fase final do Pontificado de Paulo VI foi assinalada, dramaticamente, pelos fatos históricos do sequestro e morte do seu amigo, Aldo Moro, pelo qual, em abril de 1978, fez um apelo às Brigadas Vermelhas pedindo a sua libertação, mas em vão.
Paulo VI faleceu, quase improvisamente, na noite de 6 de agosto do mesmo ano de 1978, na residência apostólica de Castel Gandolfo, e foi sepultado na Basílica Vaticana. Foi proclamado Beato, em 19 de outubro de 2014, pelo Papa Francisco, que também o canonizou na Praça de São Pedro, em 14 de outubro de 2018.

Oração de Paulo VI

Eis a oração que Paulo VI rezava nos momentos de dificuldade:
Senhor, eu creio; eu quero crer em vós.
Senhor, fazei que a minha fé seja plena.
Senhor, fazei que a minha fé seja livre.
Senhor, fazei que a minha fé seja firme.
Senhor, fazei que a minha fé seja forte.
Senhor, fazei que a minha fé seja alegre.
Senhor, fazei que a minha fé seja ativa.
Senhor, fazei que a minha fé seja humilde.
Amém.

Vatican News

sexta-feira, 28 de maio de 2021

Ao brincar com brasileiros, Papa quis dizer que reza pelo Brasil

Antoine Mekary | ALETEIA | I.Media

A afirmação é de quem acompanhou de perto o momento em que Francisco brincou, dizendo que o Brasil "não tem salvação".

A pitada de bom humor e alegria – características do Papa Francisco – não foi bem recebida por muitos católicos.

Depois da audiência geral de quarta-feira, 26 de maio de 2021, no Vaticano, um padre pediu ao Santo Padre que rezasse pelos brasileiros. Em tom de brincadeira, Francisco disse: “Vocês não têm salvação. É muita cachaça e pouca oração”.

O vídeo correu a internet e deixou muitos brasileiros descontentes com a fala do Papa. Mas quem acompanhou de perto o momento tem outra opinião.

Papa quis dizer que reza pelo Brasil

Foi o Padre João Paulo Souto Victor, de Campina Grande (PB) que pediu para que o Papa rezasse pelos brasileiros. Foi para ele, em tom de alegria e bom humor, que Francisco disse que os brasileiros “não têm salvação”.

Para o Padre, aquele momento foi especialíssimo. E ele entendeu bem o recado do Pontífice. “É inexplicável o que senti hoje, recebi a benção do santo padre, mas o que me cativou foi sua simplicidade e alegria, antes da benção uma brincadeira e um gesto de afeto”, disse o padre.

O Padre Carlos Henrique, que filmou a cena, também entendeu o que o Papa quis dizer com a brincadeira. “Ao brincar o papa reafirmou: EU REZO SEMPRE PELO BRASIL”, postou o sacerdote em seu perfil no Instagram. Ele ainda acrescentou: “Precisamos recuperar esta alegria…a alegria de um coração puro…a alegria de quem não vê maldade no outro…alegria de quem tem esperança…alegria de quem tem Deus. Só quem tem Deus é capaz disso…de ser alegre!”

Em outro post, o Padre Carlos Henrique afirmou que, depois da brincadeira, o Papa disse: “Rezo sempre pelo Brasil”. Por fim, o sacerdote nos lembrou: “São João Bosco dizia que o demônio não resiste a pessoas alegres.

Aleteia

“Bebês para o Céu”: Igreja sepulta bebês abortados e abandonados

Guadium Press
Uma iniciativa de caridade cristã que nasceu há 3 anos quando corpos de bebês, abortados ou afogados, foram encontrados jogados em um parque, em Quito, no Equador.

Redação (27/05/2021, 15:50, Gaudium Press) A arquidiocese de Quito, no Equador, junto com o Serviço Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, realizou um funeral para 25 bebês que foram abortados ou morreram após serem abandonados.

A cerimônia aconteceu no dia 21 de maio e começou com a celebração de uma Santa Missa presidida pelo bispo auxiliar de Quito, Dom Danilo Echeverría que disse em sua homilia que colocariam estes pequeninos que “morreram de forma violenta nas mãos misericordiosas de Deus”.

O “dom mais valioso” recebido de Deus, é cada vez mais desvalorizado

Dom Danilo afirmou que uma das dolorosas realidades do mundo de hoje é que “só se valorizam as coisas que são caras, que têm um grande preço econômico” e o que é de graça “fica em segundo plano”

O Prelado destacou que esta tendência é algo muito sério pois é Deus que dá a vida que é o “dom mais valioso que temos” e vem cada vez mais sendo desvalorizada.

O Bispo frisou em suas palavras que agora se fala também em “direito de matar alguém”. Matar não só aos bebés no ventre materno, mas a todas as pessoas que “supostamente constituem um estorvo à sociedade”.

A vida de um ser inocente não é mais considerada sagrada

“A vida, lamentou Dom Danilo, principalmente a vida de um ser inocente, indefeso, tornou-se algo negociável, não é mais considerada sagrada”.

Então, ele pediu a Deus que, neste confronto com a realidade atual, “recuperemos aquele sentido inviolável da vida humana, ainda mais se for uma vida humana inocente e indefesa”.

“Aquela vida humana que não tem voz para reclamar, que não tem presença a ser notada e que exige pessoas com grande coração, com profundo sentido de dignidade, que façam valer os seus direitos, que façam valer o dom extraordinário que receberam tendo sido chamado à existência “.

Dom Echeverría pediu a Deus que movesse o coração dos cidadãos para compreender que “a vida humana é sagrada, que nenhuma pessoa pode ser violada”, especialmente se for um ser inocente.

Da mesma forma, pediu à Virgem Maria e a São José que ajudassem a cuidar da vida inocente, pois “souberam cuidar da vida de seu filho quando viram que ele estava sendo perseguido por Herodes”, e comover os fiéis a enfrentar dificuldades, como o fizeram, “para defender a vida, desde que a vida seja reconhecida pelo que é, um bem inviolável, um bem sagrado, um bem intangível”.

Projeto “Bebês para o Céu”

Em declarações ao ACI Prensa, a coordenadora do Projeto “Bebês para o Céu”, Amparo Medina, informou que esta iniciativa nasceu há 3 anos quando bebês recém-nascidos afogados foram encontrados em um parque, em Quito.

A coordenadora informou que quando procurou as autoridades do Instituto de Criminologia para pedir os restos mortais dos bebês, foi informada de que havia “mais de 90 restos” congelados e pediram ajuda para enterrar esses bebês.

Em coordenação com o então Arcebispo de Quito, Dom Fausto Trávez, e o Responsável e coordenador dos projetos de Pastoral da Família, Dom Echeverría, fizeram um acordo interinstitucional entre a criminalística, o Ministério Público, a Arquidiocese de Quito e os Camposanto Santa Rosa.

Amparo Medina informou que embora não se saiba se todas as crianças sepultadas pelo projeto são vítimas de aborto, sabe-se que todos os recém-nascidos encontrados são “bebês abandonados vivos e que morreram no abandono”.

Esses pequeninos não são coisas, merecem um enterro cristão

Medina disse que o Projeto “Bebês para o Céu” procura destacar a importância de dar a esses bebês um enterro cristão ”e quer mostrar que esses pequeninos não são coisas, não são objetos”, são crianças que merecem “amor e respeito, como qualquer outra pessoa ”.

As pessoas têm que perceber que “quando um bebê perde a vida no ventre da mãe, ainda é uma criança, ainda é um bebê, ainda é uma pessoa e merece o mesmo tratamento digno que qualquer outro ser humano”, acrescentou.  (JSG)

28 de maio: Bento XVI completa 44 anos como bispo

Bento XVI / Crédito: Encontro Mundial das Famílias 2012
(ACI Prensa)

REDAÇÃO CENTRAL, 28 mai. 21 / 05:00 am (ACI).- Em 28 de maio de 1977, o então pe. Joseph Ratzinger foi ordenado bispo na Catedral de Munique (Alemanha) e hoje completa 44 anos deste momento especial na vida do papa emérito Bento XVI.

Entre os principais consagrantes do novo prelado estavam o bispo de Wuzburg, dom Josef Stangl, o bispo de Regensburg, dom Rudolf Graber, e o bispo auxiliar de Munique, dom Ernst Tewes.

Naquele então, depois de 80 anos, a cátedra episcopal foi confiada novamente a um sacerdote da grande diocese bávara. No consistório do dia 27 de junho do mesmo ano, o futuro papa Bento XVI foi criado cardeal por Paulo VI.

Joseph Ratzinger nasceu em Marktl am Inn, na diocese de Passau (Alemanha), em 16 de abril de 1927.

Entre as importantes missões que desempenhou a serviço da Igreja, destaca-se que, em 1962, participou do Concílio Vaticano II como consultor teológico do então arcebispo de Colônia (Alemanha), cardeal Joseph Frings.

Além disso, serviu durante muitos anos como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, pPresidente da Pontifícia Comissão Bíblica e da Pontifícia Comissão Teológica Internacional, assim como decano do Colégio Cardinalício.

Em 11 de fevereiro de 2013, anunciou sua renúncia ao pontificado, que entrou em vigor no dia 28 do mesmo mês. Atualmente, Joseph Ratzinger vive no mosteiro Mater Ecclesiae no Vaticano, onde se dedica à leitura e à oração.

O sumopPontífice emérito apareceu várias vezes em público desde a sua renúncia em 2013.

Entre outros eventos, participou de dois consistórios para a criação de cardeais: em fevereiro 2014 e 2015. Além disso, concelebrou a Missa de canonização de São João XXIII e São João Paulo II em abril do mesmo ano e a beatificação do papa Paulo VI em 19 de outubro de 2015.

Em fevereiro de 2019, Bento XVI enviou uma carta ao editor do jornal italiano “Il Corriere della Sera”, na qual manifestou: “Eu me comovi que tantos leitores de seu jornal desejam saber como estou transcorrendo este último período de minha vida. A esse respeito, posso dizer que, no lento declínio das forças físicas, interiormente estou em peregrinação para Casa”.

ACI Digital

EUA: após novo tiroteio, bispos voltam a defender regulamentação de armas

Esposa de Paul Delacruz | San José - Califórnia |
REUTERS | Brittany Hosea-Small

“Este tiroteio nos recorda mais uma vez que há algo de fundamentalmente errado em nossa sociedade e cultura que deve ser enfrentado com coragem, para que os lugares comuns da vida cotidiana não se tornem mais palco de violência e desprezo pela vida humana”, diz o presidente do Comitê Episcopal para Justiça Interna e Desenvolvimento Humano, Dom Paul S. Coakley.

Vatican News

Regulamentação "racional e efetiva" de armas de fogo e monitoramento das situações de maior risco. É o que pede a Conferência Episcopal dos Estados Unidos (USCCB), após mais um tiroteio no país, ocorrido na quarta-feira, 26, no pátio de manutenção ferroviária da Autoridade de Transporte do Vale de Santa Clara, em San José, Califórnia. Nove mortos, além de inúmeros feridos, vítimas dos tiros disparados por um funcionário de uma empresa de transportes local, que abriu fogo contra os colegas após se apresentar armado para uma reunião sindical, suicidando-se em seguida. 

“Este tiroteio nos recorda mais uma vez que há algo de fundamentalmente errado em nossa sociedade e cultura que deve ser enfrentado com coragem, para que os lugares comuns da vida cotidiana não se tornem mais palco de violência e desprezo pela vida humana”, diz em uma declaração do presidente do Comitê Episcopal para Justiça Interna e Desenvolvimento Humano, Dom Paul S. Coakley. “Como americanos, precisamos entender por que esses episódios horríveis de violência continuam a acontecer em nossas comunidades e, então, agir sem demora para erradicar as causas de tais crimes”.

Recordando como há anos a Conferência Episcopal pressiona por uma regulamentação da venda e do uso de armas de fogo, os bispos pedem também uma maior presença dos serviços sociais e de saúde mental para identificar as situações onde o risco de degeneração de conflitos é maior, e assim evitar novas tragédias: “É necessário agir para tentar reduzir a frequência desses atos abomináveis ​​por meio de legislação e formação”, escreve Dom Coakley.

A nota se conclui com um convite aos católicos de todo o país para rezar pelos mortos e feridos e pela cura da comunidade. “Que o Espírito Santo, cuja sabedoria e orientação celebramos no último domingo de Pentecostes, possa nos trazer consolo e força neste tempo de grandes perdas”.

O presidente Joe Biden também se pronunciou sobre o massacre de San José, determinando bandeira a meio mastro na Casa Branca: "Cada vida tirada por uma bala, traspassa a alma de nossa nação. Podemos e devemos fazer mais", disse Biden em um comunicado.

Vatican News Service - LZ

São Germano de Paris

S. Germano de Paris | Instituto Hesed
28 de maio

Nascer e prosseguir vivendo não foram tarefas fáceis para Germano. Ele veio ao mundo na cidade de Autun, França, no ano 496. Diz a tradição que sua mãe não o desejava, por isso tentou abortá-lo, mas não conseguiu. Quando o menino atingiu a infância, ela atentou novamente contra a vida dele, tentando envenená-lo, mas também foi em vão.

Acredita-se que ele pertencia a uma família burguesa e rica, pois, depois disso, foi criado por um primo, bem mais velho, ermitão, chamado Escapilão, que o fez prosseguir os estudos em Avalon. Germano, com certeza, viveu como ermitão durante quinze anos, ao lado desse parente, em Lazy, aprendendo a doutrina de Cristo.

Decorrido esse tempo, em 531 ele foi chamado pelo bispo de Autun para trabalhar ao seu lado, sendo ordenado diácono, e três anos depois, sacerdote. Quando o bispo morreu, seu sucessor entregou a direção do mosteiro de São Sinforiano a Germano, que pela decadência ali reinante o supervisionava com certa dificuldade. Acabou deixando o posto por intrigas e pela austeridade que desejava impor às regras da comunidade.

Foi, então, para Paris, onde, pelos seus dons, principalmente o do conselho, ganhou a estima do rei Childeberto, que apreciava a sua sensatez. Em 536, o rei o convidou a ocupar o bispado de Paris, e Germano aceitou, exercendo grande influência na corte merovíngia. Nessa época, o rei Childeberto ficou gravemente enfermo, sendo curado com as orações do bispo Germano. Como agradecimento, mandou construir uma grande igreja e, bem próximo, um grande convento, que mais tarde se tornou o famoso Seminário de Paris, centro avançado de estudo eclesiástico e de vida monástica.

Germano participou, ainda, de alguns importantes acontecimentos da Igreja da França: do concilio de Tours, em 567, e dos concílios de Paris, inclusive o de 573, e a consagração do bispo Félix de Bourges em 570.

Entrementes não eram apenas os nobres que o respeitavam, ele era amado pelo povo pobre da diocese. Germano era pródigo em caridade e esmolas, dedicando ao seu rebanho um amor incondicional. Freqüentemente, era visto apenas com sua túnica, pois o restante das roupas vestira um pobre; ficava feliz por sentir frio, mas tendo a certeza de que o pobre estava aquecido. Quando nada mais lhe restava, permanecia sentado, triste e inquieto, com fisionomia mais grave e conversação mais severa.

Assim viveu o bispo Germano de Paris, até morrer no dia 28 de maio de 576. Logo os milagres e graças começaram a acontecer e o seu culto foi autorizado pela Igreja, mantendo a data de sua morte para a celebração. Suas relíquias se encontram na majestosa igreja de São Germano de Paris, uma das mais belas construções da cidade.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

Arquidiocese de São Paulo

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF