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sábado, 5 de junho de 2021

ICONOSTASE: ÍCONE, «Janela para a Eternidade»

Ecclesia
ÍCONE, «Janela para a Eternidade»

A PALAVRA o inspira e evangeliza;
a IMAGEM que visibiliza a palavra bíblica
e leva aos olhos o que a palavra transmite ao ouvido;
a ORAÇÃO, prece litúrgica na que ressoa a voz da Igreja
e se consuma a comunhão dos Santos
num mesmo e único Espírito ...

A frase, propositadamente repetida, não é um slogan: através do ícone o divino nos ilumina. A luz é o atributo principal da glória celeste e os ícones representam os habitantes do Reino, contempladores da luz incriada, pela qual se deixam penetrar até se tornarem esplendorosos, como indica o nimbo ao redor de seus rostos (os nimbos não são, como as auréolas ou as coroas, simples sinais da santidade).

O ícone, visto com os olhos do coração iluminados pela fé, nos abre para a realidade invisível, para o mundo do Espírito, para a economia divina, para o mistério cristão na sua totalidade ultraterrena. É lugar teológico, antes, "teologia visual", como muitos já disseram.

O ícone é inspirado e sagrado de modo específico, símbolo que contém presença, cujo tempo, espaço e movimento não são representados pela percepção comum. A própria laconicidade de seus traços nos remete para uma mensagem de fé, a "visão do Invisível", para empregar as palavras de São Paulo (Hb 11,1).

«O ícone se afirma independentemente do artista e do espectador e suscita não a emoção, mas a vinda do transcendente, cuja presença ele atesta. O artista se esconde atrás da Tradição que fala. A obra torna-se uma manifestação de Deus, diante da qual devemos nos prostrar num ato de adoração e de oração». [4]

Poder-se-ia continuar muito mais, tentando precisar bem o que é o ícone, mas os orientais não gostam de definir; pelo contrário - observa um deles - é necessário não definir! Portanto, procuremos descobrir pessoalmente o que é o ícone...

No recolhimento e no silêncio, os olhos se abrem para a luz da Transfiguração e seremos naturalmente conduzidos pela força do Espírito à luz do ícone, a fim de contemplar não só a face de Jesus, mas também a luz da verdade divina (pp. 20s).


[4] P. Evdokimov, [teólogo ortodoxo] La connaíssance de Dieu dans la tradition iconographique, in Unité Chrétienne, nn. 46-47, Lyon, 1977, p. 60. Extraído de: «Pergunte e Responderemos» - 456 - pp. 219-225), por Dom Estevão Bittencourt.

Fonte: ECCLESIA

SALVE A CRIAÇÃO: REIMAGINE, RECRIE, RESTAURE

Raciocínio Cristão

Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Bispo de Campos (RJ)

Estas três palavras da cantora Jordan Sanchez são a voz poética do tema do dia mundial do meio ambiente, 2021, cujo foco é a restauração dos ecosistemas. A ONU aprovou, para dar continuidade a este propósito, a década (2021-2030) da restauração e preservação dos ecossistemas da Terra. Jordan combina, na sua música, a urgência e a esperança que devem inspirar-nos para cumprir nossa missão de jardineiros e guardiões da Criação.

Queremos um mundo mais verde, tarefa que exige políticas públicas como as do Paquistão, país onde será celebrado este ano a data do meio ambiente; de resgate dos manguezais, rios e lagoas. Todos temos algo a fazer, desde plantar árvores, proteger parques e jardins, limpeza das praias e lagoas, e tomar consciência que, como afirma a Laudato Si, tudo está interligado.

Se não fizermos um mutirão, consciente da necessidade de harmonizar-nos com a Terra, nunca sairemos do cenário da destruição e degradação do planeta, que tem nos levado à trágica pandemia. Claro que não se trata somente de um ativismo ambiental, mas de realizar a conversão ecológica, que  nos pede além de um olhar amoroso e compassivo para com a Terra e as criaturas, um estilo de vida sóbrio, sustentável e equilibrado.

Viver e testemunhar uma espiritualidade que nos leve a sair da fragmentação materialista, para recuperar a ecologia do corpo, a ecologia humana que integra corpo, mente e espírito, filiação divina e filiação terrestre, nunca esquecendo que somos barro com espírito, pó de estrelas, chamados à eternidade.

Celebrar o dia do meio ambiente é celebrar a vida em toda sua beleza e exuberância, acreditando que vamos gerando, com a graça, um Céu e uma Terra novas, superando a divisão, o ódio, e a exploração predatória dos seres humanos e da Criação. Complementando ao poeta Terêncio que afirmava: “Sou humano nada do que é humano me é alheio”, podemos também precisar: “Sou terra, nada do que afeta a Terra me é indiferente”. Que o Deus da Vida e da Providência amorosa nos faça cada vez mais cuidadores e protetores dos biossistemas da Terra. Deus seja louvado!

Fonte: CNBB

O Papa: restaurar a natureza danificada significa restaurar a nós mesmos

Indonésia | Vatican News

O Papa Francisco enviou uma mensagem à ONU por ocasião do lançamento hoje da Década da Restauração de Ecossistemas, promovida pelas Nações Unidas. A mensagem foi lida em vídeo pelo cardeal Parolin: a degradação "é um claro resultado da disfunção econômica".

Debora Donnini/Mariangela Jaguraba – Vatican News

Com criatividade e coragem, tornemo-nos uma "geração da restauração" para os ecossistemas. "Restaurar a natureza que danificamos", na verdade, significa em primeiro lugar, restaurar "a nós mesmos".

Esta é a exortação do Papa numa videomensagem lida em inglês pelo secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, dirigida a Inger Andersen, diretora executiva do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), nesta sexta-feira (04/06), e a Qn Dongy, diretor-geral do Fundo das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). O foco é o Dia Mundial do Meio Ambiente que será celebrado neste sábado (05/06). É uma celebração especial porque se realiza no ano em que começa a Década da Restauração de Ecossistemas, promovida pelas Nações Unidas.

Pouco tempo, não continuar com a destruição

"Temos pouco tempo", dizem os cientistas, "para restaurar o ecossistema". Daí a importância de assumir compromissos de dez anos, intensificando os esforços para reverter a degradação dos ecossistemas, que foram explorados por muito tempo. "Corremos o risco de inundações, fome e graves consequências para nós e para as gerações futuras". Por isso, é necessário "cuidarmos uns dos outros e dos mais vulneráveis entre nós". "Injusto e insensato" é continuar no caminho da destruição do homem e da natureza. "Isto é o que uma consciência responsável nos diria", enfatiza o Papa na mensagem.

Responsáveis com as gerações futuras

Portanto, é necessário agir "com urgência" para nos tornarmos administradores cada vez mais responsáveis com as gerações futuras: todos nós fazemos parte do "dom da criação", como nos lembra a Bíblia. Esta interconexão com referência à ecologia integral é o fio condutor da mensagem de Francisco, na qual é mencionada várias vezes a Laudato si'.

Muitas advertências

Olhando ao redor, vê-se de fato uma crise que leva à crise, à destruição da natureza, "assim como uma pandemia global que leva à morte de milhões de pessoas", mas também as consequências injustas de alguns aspectos de nossos sistemas econômicos atuais e de numerosas crises climáticas catastróficas "que produzem graves efeitos nas sociedades humanas e até a extinção em massa das espécies". São "muitas" as "advertências" que impelem a tomar medidas urgentes. Estas incluem a "Covid-19 e o aquecimento global". Em termos concretos, espera-se que a COP26 sobre as mudanças climáticas, que será realizada em Glasgow, na Escócia, em novembro próximo, ofereça as respostas justas. Outra frente importante sobre a qual intervir é a dos sistemas econômicos. Precisamos rever o modelo de desenvolvimento atual, destacando o ponto-chave de que "a degradação do ecossistema é um resultado claro da disfunção econômica".

A esperança de um compromisso renovado

Apesar da preocupação, há esperança. A tecnologia pode ser direcionada para um progresso mais saudável. Há também um novo compromisso por parte de Estados, autoridades e sociedade civil, voltado para a promoção da ecologia integral. A palavra-chave é o conceito "multidimensional", que "exige uma visão a longo prazo", evidenciando também a inseparabilidade entre "preocupação pela justiça natural para com os pobres, compromisso com a sociedade e paz interior", ressalta o Papa na mensagem, exortando a todos a assumirem responsabilidade para consigo mesmo, para com o próximo, a criação e o Criador.

Fonte: Vatican News

Dia Mundial do Meio Ambiente 2021

Calendarr

O Dia Mundial do Meio Ambiente é comemorado anualmente em 5 de Junho e tem como objetivo promover atividades de proteção e preservação do meio ambiente.

A data serve como alerta à sociedade sobre os perigos de negligenciarmos a tarefa de cuidar do mundo em que vivemos.

Por que 5 de junho é o Dia do Ambiente?

Porque no dia 5 de junho de 1972 teve início a primeira das Conferências das Nações Unidas sobre o ambiente humano, a Conferência de Estocolmo. A reunião durou até o dia 16 e congregou vários governos e ONG's.

A partir de então, a data consta do calendário da ONU - Organização das Nações Unidas como o Dia Mundial do Meio Ambiente.

Mensagem dia mundial do meio ambiente
Calendarr

Importância do Dia Mundial do Meio Ambiente

Essa data é importante principalmente para a conscientização. Os recursos naturais precisam ser preservados e as atividades humanas tem impactado o meio ambiente e, além disso, é possível perceber o crescente número de problemas ambientais ao longo dos anos.

Proteger e melhorar a relação entre a sociedade e a natureza é um dever de todos e pequenas ações podem ter grandes impactos, por isso a necessidade de discutir o tema.

Por exemplo, quando as pessoas jogam lixo no chão os materiais são arrastados pela chuva e se acumulam nos bueiros. Com isso, a água não tem para onde escoar e aumenta as chances de ocorrer alagamentos e até enchentes.

Hábitos que ajudam o meio ambiente

Confira algumas dicas de ações simples que você pode fazer no seu dia a dia e colaborar para a preservação do meio ambiente

1. Jogue o lixo em locais adequados. Exemplo: não jogue lixo no chão nem óleo comestível no encanamento.

2. Pratique o consumo consciente. Evite desperdiçar comida e comprar mais do que precisa.

3. Economize energia elétrica. Exemplo: em casa mantenha a luz acesa apenas do cômodo que você está e na tomada só os aparelhos que estiver usando.

4. Reutilize materiais. Exemplo: recipientes de vidro podem se tornar peças de decoração ou servir para armazenar outras coisas.

5. Economize água. Exemplo: ao escovar os dentes mantenha a torneira fechada e diminua o tempo com o chuveiro aberto no banho.

6. Diminua a utilização de materiais descartáveis. Exemplo: para o trabalho ou escola leve na bolsa seu próprio copo.

7. Separa o lixo corretamente para que os resíduos tenham o destino correto.

O que fazer para celebrar o meio ambiente?

Todos os anos, as Nações Unidas dão um tema diferente ao Dia Mundial do Meio Ambiente. Esta foi a forma encontrada pela ONU para dar ideias de atividades que promovam a conscientização da população para preservar o meio ambiente.

  • Pintar um mural sobre a natureza;
  • Ajudar a limpar uma praia;
  • Fazer coisas com material reciclado;
  • Plantar uma árvore;
  • Fazer um mini jardim em sua casa;
  • Começar a separar o lixo para ser reciclado;
  • Ajudar a limpar um parque público;
  • Brincar ao ar livre.

Frases para refletir sobre o meio ambiente

  • "Ambiente limpo não é o que mais se limpa e sim o que menos se suja".
  • "É triste pensar que a natureza fala e que o gênero humano não a ouve". (Victor Hugo)
  • "Cada dia a natureza produz o suficiente para nossa carência. Se cada um tomasse o que lhe fosse necessário, não havia pobreza no mundo e ninguém morreria de fome". (Mahatma Gandhi)

Outras datas relacionadas com o meio ambiente

Confira algumas outras datas que chamam a atenção para assuntos relacionados com o meio ambiente e que são importantes para conscientização.

  • Dia Nacional da Conscientização sobre as Mudanças Climáticas – 16 de março
  • Dia Mundial da Água – 22 de março
  • Dia da Conservação do Solo – 15 de abril
  • Dia da Terra – 22 de abril
  • Dia Internacional da Biodiversidade – 22 de maio
  • Dia Mundial dos Oceanos – 8 de junho
  • Dia da Proteção das Florestas – 17 de julho
  • Dia da Árvore – 21 de setembro
  • Dia do Consumo Consciente – 15 de outubro

Fonte: https://www.calendarr.com/

Dia Mundial do Meio Ambiente 2021

5 June 2021 Pakistan

O tema do Dia Mundial do Meio Ambiente deste ano é Restauração de Ecossistemas. O Paquistão será o anfitrião global da data. O Dia Mundial do Meio Ambiente 2021 testemunhará o lançamento da Década das Nações Unidas da Restauração de Ecossistemas.

A restauração do ecossistema pode assumir várias formas: plantação de árvores, tornar cidades verdes, restauração de jardins, mudança na alimentação ou limpeza de rios e costas. Essa é a geração que pode fazer as pazes com a natureza.

Saiba mais sobre restauração de ecossistemas e a década da ONU.  

Para marcar a data, o Escritório do PNUMA no Brasil está promovendo, juntamente com organizações parceiras, uma série de webinários virtuais entre os dias 7 e 11 de junho com a finalidade de discutir os diversos aspectos da restauração nos biomas brasileiros. Todos os webinários serão promovidos das 16h30 às 18h e os temas estão divididos de acordo com o calendário abaixo:

Confira mais informações sobre a programação, participantes e inscrição no link de cada evento.

Pandemia, um período estressante para os padres

By Marco Iacobucci Epp | Shutterstock
Por John Burger

Ter que pregar para bancos vazios, restringir a entrada das pessoas na igreja, ser proibido de visitar os doentes, cancelar eventos e não ouvir uma congregação cantar têm sido coisas “particularmente difíceis” para os padres.

A pandemia de Covid-19 tem sido um período de muito estresse também para os padres. De fato, de acordo com um psicólogo canadense, nos últimos 15 meses, muitos sacerdotes católicos relataram sentimentos de perda de identidade.

Ter que pregar para bancos vazios, restringir a entrada das pessoas na igreja, ser proibido de visitar os doentes, cancelar eventos e não ouvir uma congregação cantar têm sido coisas “particularmente difíceis” para os padres, disse Pe. Stephan Kappler, presidente e psicólogo-chefe da Southdown, uma organização sediada em Ontário que apóia a saúde mental de pessoas religiosas e do clero.

“Muitos me disseram: ‘nunca pensamos que nos tornaríamos os policiais da paróquia’”, afirmou o Pe. Kappler ao BC Catholic , jornal da Arquidiocese de Vancouver. “Em vez de cuidar pastoralmente de seu povo, tudo o que eles estão fazendo é dizer: ‘Não, desculpe, você tem que se registrar.’”

Críticas de todos os lados

Mas não termina aí. O jornal noticiou que muitos padres, durante a pandemia, sentiram a tensão de serem criticados por serem muito rígidos ou nem tão severos o suficiente. Além disso, a adaptação ao uso de novas tecnologias para manter as transmissões ao vivo e as comunicações em andamento desde março de 2020 tem desgastado muitos pastores.

Como amenizar o estresse provocado pela pandemia

Mas, para o sacerdote, há maneiras de os padres se ajudarem, a fim de superarem o estresse.

“O que tenho visto funcionar é que as pessoas são realmente intencionais quanto ao apoio social”, disse Kappler ao jornal. “Em outras palavras, você tem que fazer um esforço e planejar para chegar e se conectar.”

O isolamento e a solidão por longos períodos “geralmente não alimentam estratégias positivas ou adaptativas”, explicou. “Eles geralmente se alimentam de coisas que não são legais, como o consumo excessivo de álcool ou outras coisas entorpecentes”.

O sacerdote encorajou os pastores a reservar um tempo para conversas de qualidade com as pessoas em quem confiam, viver cada dia de cada vez, permanecer firmes em Jesus e buscar ajuda, se precisarem.

Perfeccionismo X estresse

“Há uma alta porcentagem de nós, clérigos, que somos perfeccionistas”, continuou ele. “O perfeccionismo é, por um lado, uma coisa boa porque torna você eficiente, responsável e você deseja fazer coisas que são de alto padrão. Mas isso também tem um custo muito alto, e esse custo é que não há espaço para fraqueza.”

Embora as pessoas em geral tenham dificuldade em pedir ajuda, o problema é pior para o clero, disse ele ao BC Catholic. “Eu experimentei isso com padres, é exponencialmente mais desafiador dizer ‘Eu preciso de ajuda’. Às vezes, os padres são colocados em um pedestal e ainda há o estigma associado à saúde mental. ”

Os leigos podem, é claro, ajudar os padres com as orações neste momento de pandemia. Mas Kappler também sugeriu escrever um cartão ou uma carta com uma mensagem simples de encorajamento e uma possível oferta de apoio.

Fonte: Aleteia

127 religiosos martirizados por comunistas serão beatificados na Espanha

Guadium Press
Os mártires a serem beatificados são 68 sacerdotes, cinco seminaristas, quatro religiosos e 39 leigos que foram mortos pelos comunistas na guerra civil de 1936.

Córdoba – Espanha (04/06/2021, 15:25, Gaudium Press) A Secretaria de Estado do Vaticano comunicou ao Bispo de Córdoba, Dom Demétrio Fernández, a data em que ocorrerá a beatificação do Padre Juan Elias Medina e seus 126 confrades, seminaristas, religiosos e leigos cristãos de Córdoba que foram “assassinados durante a perseguição religiosa na Espanha, que aconteceu entre os anos 1936 e 1939 “, durante a Guerra Civil.

“A celebração da beatificação terá lugar no dia 16 de outubro, de acordo com o calendário proposto pela Santa Sé, na Igreja da Santa Sé”, em Córdoba, e contará com a presença do cardeal Marcello Semeraro, prefeito da Congregação

A declaração do “martírio do Servo de Deus Juan Elías Medina e outros 126 companheiros mártires” foi aprovado na sessão ordinária de cardeais e bispos da Congregação para as Causas dos Santos em 17 de novembro de 2020, exatamente dez anos após a cerimônia de abertura da causa de canonização destes mártires da Diocese de Córdoba, em uma cerimônia celebrada em 16 de janeiro de 2010 e presidida pelo então Bispo de Córdoba, Dom Juan José Asenjo.

Naquele mesmo dia iniciaram-se às investigações diocesanas sobre o alegado martírio destes cordobeses, entre os quais estavam 68 sacerdotes, cinco seminaristas, quatro religiosos e 39 cristãos leigos. (JSG)

(Com informações e foto  Religião Digital)

https://gaudiumpress.org/

O Papa aos jovens: trabalhar por um modelo de economia alternativo ao consumista

Imagem de São José doada ao Papa Francisco
Vatican News

"A partilha, a fraternidade, a gratuidade e a sustentabilidade são os pilares sobre os quais se baseia uma economia diferente", disse Francisco em seu discurso.

Mariangela Jaguraba - Vatian News

O Papa Francisco recebeu em audiência, neste sábado (05/06), na Sala Clementina, no Vaticano, os jovens do “Projeto Policoro” da Conferência Episcopal Italiana, pelos seus 25 anos de fundação.

Depois de agradecer o presente recebido, uma imagem de São José, Francisco sublinhou que "o Projeto Policoro foi e continua sendo um sinal de esperança, especialmente para muitas áreas carentes de trabalho do sul da Itália". "Este importante aniversário se realiza num momento de grave crise socioeconômica devido à pandemia", frisou o Papa.

Trabalho e dignidade da pessoa

A seguir, Francisco sugeriu quatro verbos que podem ajudar os jovens em seu caminho. O primeiro é animar. "Nunca como neste tempo sentimos a necessidade de jovens que, à luz do Evangelho, saibam dar alma à economia, porque sabemos que «aos problemas sociais se responde com as redes comunitárias». Este é o sonho que também a iniciativa "Economia de Francisco" está cultivando", sublinhou.

Os jovens do "Projeto Policoro" são chamados "animadores de comunidades". "De fato, as comunidades devem ser animadas a partir de dentro através de um estilo de dedicação: para serem construtoras de relações, tecelãs de uma humanidade solidária". Segundo Francisco, "trata-se de ajudar as paróquias e dioceses a caminhar e planejar sobre o "grande tema que é o trabalho", procurando "fazer brotar as sementes que Deus colocou em cada pessoa, suas capacidades, sua iniciativa e suas forças. Cuidar do trabalho é promover a dignidade da pessoa. A vocês jovens não falta criatividade: eu os encorajo a trabalhar por um modelo de economia alternativo ao consumista, que produz descartes. A partilha, a fraternidade, a gratuidade e a sustentabilidade são os pilares sobre os quais se baseia uma economia diferente".

Periferias: laboratórios de fraternidade

O segundo verbo é habitar. O Papa pediu aos jovens "para nos mostrar que é possível habitar o mundo sem pisoteá-lo. Habitar a terra não significa antes de tudo possuí-la, mas saber viver as relações em plenitude: com Deus, com os irmãos, com a criação e com nós mesmos". Francisco os exortou a amar "os territórios nos quais Deus os colocou, evitando a tentação de fugir para outro lugar". Segundo o Pontífice, "as periferias podem se tornar laboratórios de fraternidade. Das periferias muitas vezes nascem experiências de inclusão: "De fato, se aprende algo com todos, ninguém é inútil, ninguém é supérfluo. Que vocês possam ajudar a comunidade cristã a habitar a crise da pandemia com coragem e esperança. É o momento de habitar o social, o trabalho e a política sem medo de sujar nossas mãos."

Elevar a vida dos descartados

O terceiro verbo é apaixonar-se. Segundo o Pontífice, "há um estilo que faz a diferença: a paixão por Jesus Cristo e por seu Evangelho". Isto pode ser visto no compromisso de vocês de "acompanhar outros jovens a tomarem as rédeas de suas vidas, a se apaixonarem por seu futuro, a formarem competências adequadas para o trabalho".

"Que o Projeto Policoro esteja sempre a serviço de rostos concretos, da vida das pessoas, especialmente dos pobres e dos últimos de nossa sociedade", disse ainda o Papa, convidando os jovens a não terem medo de se doarem "para elevar a vida daqueles que são descartados. O contrário da paixão é a mediocridade ou a superficialidade, que leva a pensar que se sabe tudo desde o início e a não buscar soluções para os problemas".

Os jovens são sinais de esperança

O quarto e último verbo citado pelo Papa é acompanhar. Segundo Francisco, "o Projeto Policoro é uma rede de relações humanas e eclesiais: muitas pessoas os acompanham, suas dioceses olham para vocês, jovens, com esperança, e cada um de vocês é capaz de se tornar um companheiro para todos os jovens que vocês encontram em seu caminho".

"Queridos jovens, na escola do magistério social da Igreja, vocês já são sinais de esperança. Que sua presença nas dioceses ajude a todos a compreender que a evangelização também passa pelo cuidado do trabalho. Que os 25 anos do Projeto Policoro sejam um recomeço: os encorajo a "sonhar juntos" pelo bem da Igreja na Itália", concluiu o Papa.

Fonte: Vatican News

S. BONIFÁCIO, BISPO E MÁRTIR, APÓSTOLO DA ALEMANHA

S. Bonifácio | ArquiSP
05 de maio
S. BONIFÁCIO, BISPO E MÁRTIR

A esse infatigável missionário inglês atribui-se o mérito de haver tornado possível, com a evangelização dos povos germânicos de além Reno, a organização política e social européia, concretizada pouco depois por Carlos Magno.

Vinfrido, que receberá o nome do mártir Bonifácio em 719, quando o papa Gregório II lhe confiar a missão entre as populações germânicas, nasceu em Crediton, no Devon. Aos cinco anos ingressou no mosteiro beneditino de Exter.

Ordenado sacerdote em Winchester, seguindo o exemplo dos monges ingleses e irlandeses, dirigiu-se ao continente impelido pelo desejo de levar o Evangelho às populações pagãs da Europa central. As circunstâncias não lhe foram favoráveis. Voltou dois anos depois, munido desta vez da aprovação e do mandato do papa, que lhe entregou uma carta de recomendação endereçada ao poderoso Carlos Martel, rei dos francos.

Bonifácio trabalhou por um par de anos ao lado de Vilibrordo, outro célebre missionário, visitando a Baviera, a Turíngia e a Frísia, e batizando milhares de pagãos. O papa Gregório II apreciou a obra do dinâmico missionário e o convocou a Roma, nomeando-o em 722 bispo de toda a Germânia transrenana. De 724 a 731, Bonifácio dedicou-se à evangelização da Saxônia, cujas populações eram inteiramente pagãs. Nessa difusão foi coadjuvado por missionários ingleses e irlandeses que ele deixava depois para continuar a obra nas várias missões.
Os sacerdotes adaptavam-se a fazer de tudo um pouco: professores, carpinteiros, enfermeiros. Alguns foram postos à frente de mosteiros fundados pelo santo bispo, agora arcebispo de Mogúncia, depois que o novo papa Gregório III lhe enviou de Roma o pálio com autoridade de ordenar outros bispos nos territórios evangelizados.

Em 753 elegeu seu fiel discípulo Lul para coadjutor na sede de Mogúncia, e partiu para a última missão na Frísia. Desceu com algumas embarcações ao longo do Reno e se dirigiu a Dokkum, onde se haviam reunido numerosos neófitos para a crisma no dia de Pentecostes. Durante a celebração de 5 de junho, uma turba de frisões, armados de espada, irrompeu no acampamento. Bonifácio tomou como escudo o evangeliário, mas um golpe de espada talhou em dois o livro e fendeu a cabeça do infatigável ancião. O bispo Lul transportou seu corpo para o mosteiro fundado pelo santo em Fulda, centro propulsor da espiritualidade e da cultura religiosa da Germânia.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

Arquidiocese de São Paulo

sexta-feira, 4 de junho de 2021

Cardeal Marx publica carta de demissão enviada ao Papa

Cardeal Reinhard Marx | Vatican News

O purpurado alemão explica que quer deixar a liderança da diocese de Munique e Frisinga por causa do escândalo de abuso de menores na Alemanha.

Salvatore Cernuzio/Mariangela Jaguraba – Vatican News

Numa carta enviada ao Papa Francisco, o cardeal Reinhard Marx anuncia sua renúncia como arcebispo de Munique e Frisinga, fala de "falhas no âmbito pessoal" e "erros administrativos", mas também de "um fracasso institucional e sistemático" sobre a crise de abuso de menores na Alemanha. Um comunicado da arquidiocese alemã, postado on-line no site oficial, informa que o Papa autorizou a publicação da carta. “O Papa Francisco informou ao cardeal Marx que esta carta agora poderia ser publicada e que o purpurado continuaria seu serviço episcopal até que uma decisão fosse tomada”.

Um beco sem saída que pode se tornar um ponto de virada

Na carta, o cardeal, até 2020 presidente da Conferência Episcopal Alemã, parte da situação de crise que a Igreja alemã está atravessando: uma crise, segundo ele, "causada também por nosso fracasso pessoal, por nossa culpa". "Parece-me que chegamos a um 'beco sem saída' que, no entanto, também pode se tornar um ponto de virada segundo minha esperança pascal", ressalta.

Co-responsabilidade na crise do abuso

Marx explica que tomou a decisão de renunciar há cerca de um ano. No comunicado que acompanha a publicação, ele dá mais detalhes: “Nos últimos meses, eu refleti várias vezes sobre a renúncia, me questionei e na oração procurei encontrar no diálogo espiritual, através do 'discernimento espiritual', a decisão certa a ser tomada". O Papa explica que: “Basicamente, para mim, trata-se de assumir a corresponsabilidade pela catástrofe dos abusos sexuais perpetrados pelos representantes da Igreja nas últimas décadas”. Nos últimos meses, o próprio cardeal recorreu ao escritório Westpfahl Spilker Wastl - o mesmo escritório encarregado pela primeira investigação de casos de pedofilia na Arquidiocese de Colônia - para redigir um relatório sobre os abusos na igreja de Munique e Fresinga, garantindo que ele não queria intervir para não influenciar os resultados finais. No ano passado, Marx criou em sua diocese a fundação de pública utilidade “Spes et Salus”, encarregada de oferecer “cura e reconciliação” a todas as vítimas de violência sexual. O purpurado decidiu doar a maior parte de seu patrimônio privado à Fundação.

Erros pessoais e administrativos

Na carta ao Pontífice hoje publicada em várias línguas, Marx se refere a "investigações" e "perícias" dos últimos dez anos que, enfatiza ele, "me mostram constantemente que houve erros pessoais e administrativos, mas também uma falha institucional e sistemática". Marx também analisa as mais recentes polêmicas e discussões que, em sua opinião, mostram que “alguns na Igreja não querem aceitar este aspecto da corresponsabilidade e com ele a concomitância da culpa da instituição”. Consequentemente, “assumem uma atitude hostil em relação a qualquer diálogo de reforma e renovação em relação à crise do abuso sexual”.

Uma reforma da Igreja

Segundo o purpurado, “há dois elementos que não se podem perder de vista: os erros imputáveis ​​às pessoas e as falhas institucionais que apresentam à Igreja o desafio de mudança e reforma. Uma virada para sair da crise poderia ser, segundo o arcebispo, apenas a do 'caminho sinodal', um caminho que realmente permite o 'discernimento dos ânimos'”.

O purpurado recorda seus 42 anos como sacerdote e 25 como bispo, vinte dos quais ordinário de uma grande diocese, e justamente à luz de sua longa experiência, diz sentir dolorosamente o “quanto caiu a estima pelos bispos no meio eclesiástico e secular, de fato, provavelmente atingiu seu ponto mais baixo”. Segundo o seu ponto de vista, “não basta responsabilizar-se e reagir apenas quando, com base em documentação diversa, é possível identificar os responsáveis com os seus erros e omissões, mas é necessário esclarecer que nós, como bispos, também assumamos a responsabilidade pela Igreja como um todo”.

Fonte: Vatican News

O que é a comunhão espiritual?

Pascal Deloche / Godong

O Concílio de Trento ensina que podemos receber o Santíssimo Sacramento de três modos.

Quanto à maneira de fazer a comunhão espiritual de que falei antes, é preciso conhecer a doutrina do santo Concílio de Trento, o qual ensina que se pode receber o Santíssimo Sacramento de três modos:

  • Sacramentalmente;
  • Espiritualmente;
  • Sacramentalmente e espiritualmente ao mesmo tempo.

Não se fala aqui do primeiro modo, que se verifica também nos que comungam em estado de pecado mortal, como fez Judas; nem do terceiro, comum a todos os que comungam em estado de graça; mas trata-se aqui do segundo, adequado àqueles que, tomando as palavras do santo Concílio, impossibilitados de receber sacramentalmente o Corpo de Nosso Senhor, “o recebem em espírito, fazendo atos de fé viva e ardente caridade, e com um grande desejo de se unirem ao soberano Bem, e, por meio disto, se põem em estado de obter os frutos do Divino Sacramento” – “Qui voto propositum illum caslestem panem edentes fide viva quae per dilectionem operatur, fructum ejus et utilitatem sentium” (Sess. XIII, c.8.).

Para facilitar-vos tão excelente prática, pesai bem o que vou dizer-vos. No momento em que o sacerdote se dispõe a comungar, na Santa Missa, recolhei-vos no vosso íntimo, tomando a mais modesta posição; formulai em seguida, em vosso coração, um ato de sincera contrição e, batendo humildemente no peito, em sinal de que vos reconheceis indignos de tão grande graça, fazei todos os atos de amor, oferecimento, humildade e os demais que costumais fazer quando comungais sacramentalmente: desejai, então, vivamente receber o adorável Jesus, oculto por vosso amor, no Santíssimo Sacramento.

Para excitar em vós o fervor, imaginai que a Santíssima Virgem ou um de vossos santos padroeiros vos dá a santa comunhão: suponde recebê-la realmente e, estreitando Jesus em vosso coração, repeti-Lhe muitas e muitas vezes com ardente amor: “Vinde, Jesus adorável, vinde ao meu pobre coração; vinde saciar meu desejo; vinde meu adorado Jesus, vinde ó dulcíssimo Jesus!” E depois ficai em silêncio, contemplando vosso Deus dentro de vós, e, como se tivésseis todos os atos que habitualmente fazeis depois da comunhão sacramental.

Ora, sabei que esta santa e bendita comunhão espiritual, tão pouco praticada pelos cristãos de nossos dias, é um tesouro que cumula a alma de bens incalculáveis; e, no sentir de muitos autores, é de tal modo eficaz que pode produzir as mesmas graças que a comunhão sacramental. Com efeito, se vê que a comunhão sacramental, na qual se recebe a santa Hóstia, seja por sua natureza de maior proveito, porque como sacramento age “ex operare operato”, é possível, no entanto, que uma alma faça a comunhão espiritual com tanta humildade, amor e fervor, que obtenha mais graças que não obteria outra, comungando sacramentalmente, mas com disposição menos perfeita.

Nosso Senhor, outrossim, ama tanto este modo de fazer a comunhão espiritual, que muitas vezes se dignou atender com milagres visíveis os piedosos desejos de seus servos, dando-lhes a comunhão ou por sua própria Mão, como fez à bem-aventurada Clara de Montefalco, a Santa Catarina de Sena, e a Santa Lidvina; ou pela mão dos santos anjos, como aconteceu a São Boaventura e aos santos bispos Honorato e Firmino; ou ainda, mais frequentemente, por meio da augusta Mãe de Deus, que se dignou dar a comunhão ao bem aventurado Silvestre.

Não vos admireis desta condescendência tão terna, pois a comunhão espiritual abrasa a alma no Amor a Deus, une-a Ele, e dispõe-na a receber as graças mais insignes.

Se refletísseis, portanto, nestas coisas, seria possível permanecerdes frios e insensíveis? Que desculpa poderíeis invocar para isentar-vos de tão devota prática? Tomai a resolução de vos habituardes a ela; e notai que a comunhão espiritual tem sobre a sacramental esta vantagem, que esta só se pode fazer uma vez ao dia, enquanto aquela podeis fazê-la em todas as Missas que quiserdes, e ainda, de manhã, à tarde, o dia todo ou de noite, em casa como na igreja, sem necessitar permissão de vosso confessor.

Em resumo, quantas vezes fizerdes a comunhão espiritual, outras tantas vos enriquecereis de graças, de méritos e de toda sorte de bens.

Ora, o fim deste pequeno livro é despertar no coração de todos os que o lerem um santo ardor para que se introduza entre os fiéis o costume de assistir todo dia piedosamente à Santa Missa e de fazer ai a comunhão espiritual. Oh, que felicidade, se fosse obtido este resultado! Teria, então, a esperança de ver refletir em toda a Terra este santo fervor que se admirava na Idade de ouro da primitiva Igreja. Nesse tempo os fiéis assistiam diariamente ao Santo Sacrifício, e diariamente recebiam a comunhão sacramental. Se dignos não sois de imitá-los, ao menos assisti a todas as Santas Missas que puderdes e comungai espiritualmente. Se eu tivesse a dita de persuadir-vos, creria ter ganho o mundo inteiro, e daria por bem recompensados os meus débeis esforços.

Enfim, para desfazer todos os pretextos que se apresentam ordinariamente, a fim de não assistir à Santa Missa, darei nos capítulos seguintes diversos exemplos que interessam a toda sorte de pessoas. Por aí cada um compreenderá que, se se priva de tão grande bem, é por sua culpa, por sua preguiça e seu pouco zelo pelas coisas santas, e que assim se prepara amargo arrependimento na hora da morte.

Texto de São Leonardo de Porto Maurício (1676-1751), em “As Excelências da Santa Missa”.

Aleteia

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF