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sábado, 3 de julho de 2021

São Tomé, apóstolo

Diocese de São Carlos
03 de julho

SÃO TOMÉ, APÓSTOLO

São Tomé, também conhecido como Tomás, foi um dos doze discípulos escolhidos por Jesus, conforme nos relatam os Evangelhos. (Mt 10, 13; Mc 3, 18 e Lc 6, 15). Parece que enquanto era discípulo de Jesus, Tomé era dado ao pessimismo e à dúvida. Na passagem de João 11, 16, quando Jesus é avisado que seu amigo Lázaro está doente, Tomé diz: "Vamos para lá, para também morrermos com Ele." Numa outra intervenção (Jo 14, 5-6) Tomé interviu e fez com que Jesus falasse uma de suas frases mais famosas e importantes: "Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais; como saberemos o caminho" Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim." Por fim, na passagem mais famosa de São Tomé, em Jo 20, 24-29, ele duvida da ressurreição de Jesus. Então, o Mestre aparece aos onze, com Tomé presente e este faz sua mais linda profissão de fé: "Meu Senhor e meu Deus!" Mais uma vez, ele propicia a Jesus outra mensagem importante: "Você acreditou porque me viu, Tomé. Felizes os que creem sem ter visto!" Depois de ver jesus ressuscitado e depois de receber o Espírito santo em Pentecostes, Tomé se transformou num grande pregador e deu sua vida por Jesus. Sua imagem conta-nos um pouco de sua história. Vamos conhece-la.

O manto marrom de São Tomé

O manto marrom de São Tomé fala-nos sobre a humildade do santo. Sua humildade propiciou sua "volta" para Cristo. Se ele tivesse permanecido com o coração duro, cético e fechado, sua história teria tomado um rumo muito diferente. Mas ele foi humilde e reconheceu seu erro. Sua profissão de fé "Meu Senhor e meu Deus" é testemunha de sua humildade.

O livro na mão direita de São Tomé

O livro na mão direita de São Tomé significa sua missão de vida: pregar o Evangelho de Jesus Cristo; contar para todos sua experiência com o Mestre e seu caminho da dúvida para a fé, das trevas para a luz. São Tomé pregou o Evangelho no Oriente, especialmente na Índia. Lá, converteu a muitos, realizou vários milagres e renovou a esperança de milhares de fiéis; tudo em nome do livro que está em sua mão direita: o Evangelho, ou seja, a Boa Nova de Jesus Cristo. Mas, por isso também, ele foi martirizado.

A túnica vermelha de São Tomé

A túnica vermelha de São Tomé simboliza o sangue de Cristo e o próprio sangue de São Tomé, que morreu mártir por causa de seu anúncio do Evangelho. Chegando á região do atual Estado de Kerala, na Índia, São Tomé dedicou-se a pregar o Evangelho ao povo. Vendo que ele convertia muitos ao cristianismo pelo poder de suas palavras, sacerdotes hindus decidiram mata-lo, caso ele não renegasse a fé em Cristo. Como ele não renegou Jesus, foi morto.

A lança de São Tomé

A lança na mão esquerda de São Tomé mostra-nos a forma como ele foi martirizado: a lançadas. Assim, aquele que duvidara da ressurreição de Cristo, entregou sua vida por anunciar que Jesus estava vivo e atuante. Mas seu testemunho deixou uma semente cristã na Índia. Na região onde ele pregou o Evangelho foram construídas sete igrejas e o cristianismo ainda persiste firme, cercado por várias outras crenças.

Milagre

Uma das igrejas de Kerala foi construída diante de poste fixado ali por São Tomé. Na ocasião, São Tomé profetizou que as águas do mar nunca chegariam até ali. E, de fato, no tsunami recente de 2004, quando toda a região foi devastada pelas ondas gigantes, a Igreja de São Tomé, onde estão suas relíquias, permaneceu intacta. As águas chegaram somente até o poste fixado pelo santo.

Oração a São Tomé

"Ó Apóstolo São Tomé, experimentaste o desejo de querer morrer com Jesus, sentiste a dificuldade de não conhecer o Caminho, e viveste na incerteza e na obscuridade da dúvida, no dia de Páscoa. Na alegria do encontro com Jesus Ressuscitado, na comoção da fé reencontrada, num ímpeto de terno amor, exclamaste: "Meu Senhor e meu Deus!" Ó Espírito Santo, no dia de Pentecostes, transformou-te num corajoso missionário de Cristo,incansável peregrino do mundo, até aos extremos confins da terra. Protege a tua Igreja, a mim e à minha família e faz com que todos encontrem o Caminho, a Paz e a Alegria para anunciar, com paixão e abertamente, que Cristo é o único Salvador do Mundo, ontem, hoje e sempre. Amém."

Fonte:https://cruzterrasanta.com.br/

sexta-feira, 2 de julho de 2021

STF começa hoje julgamento do século sobre Terras Indígenas

Foto: Tiago Miotto/CIMI
30 de junho de 2021

O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia, hoje (30/6), o julgamento que definirá o futuro das demarcações das Terras Indígenas (TIs) no Brasil.

A Corte vai analisar a ação de reintegração de posse movida pelo governo de Santa Catarina contra o povo Xokleng, referente à TI Ibirama-Laklãnõ, onde também vivem os povos Guarani e Kaingang. Em 2019, o STF deu status de “repercussão geral” ao processo, o que significa que a decisão servirá de diretriz para a gestão federal e todas as instâncias da Justiça no que diz respeito aos procedimentos demarcatórios.

Os ministros também vão analisar a determinação do ministro Edson Fachin, de maio do ano passado, de suspender os efeitos do Parecer 001/2017 da Advocacia-Geral da União (AGU). A norma oficializou o chamado “marco temporal”, entre outros pontos, e vem sendo usada pelo governo federal para paralisar e tentar reverter as demarcações. Na mesma decisão do ano passado, Fachin suspendeu, até o final da pandemia da Covid-19, todos os processos judiciais que poderiam resultar em despejos ou na anulação de procedimentos demarcatórios. Essa determinação também deverá ser apreciada pelo tribunal.

O “marco temporal” é uma interpretação defendida por ruralistas e setores interessados na exploração das TIs que restringe os direitos constitucionais dos povos indígenas. De acordo com ela, essas populações só teriam direito à terra se estivessem sobre sua posse no dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição. Alternativamente, se não estivessem na terra, precisariam estar em disputa judicial ou em conflito material comprovado pela área na mesma data.

“O ‘marco temporal’ é uma interpretação defendida por ruralistas e setores interessados na exploração das TIs que restringe os direitos constitucionais dos povos indígenas”

A tese é injusta porque desconsidera as expulsões, remoções forçadas e todas as violências sofridas pelos indígenas até a promulgação da Constituição. Além disso, ignora o fato de que, até 1988, eles eram tutelados pelo Estado e não podiam entrar na Justiça de forma independente para lutar por seus direitos.

O julgamento estava marcado anteriormente para 11 de junho, mas foi suspenso por um pedido de “destaque” do ministro Alexandre de Moraes, um minuto após começar. Os demais ministros sequer chegaram a depositar seus votos. Apesar disso, o voto do relator, ministro Edson Fachin, foi divulgado.

O julgamento será transmitido pela TV Justiça, com apresentação e debate dos votos. Não há garantia que seja concluído nessa data ou mesmo na sessão extraordinária, já marcada para o dia seguinte (1o de julho), porque os ministros podem pedir para avaliar o processo melhor, com um pedido de “vistas”, suspendendo-o e transferindo-o para uma data incerta.

A TI Ibirama-Laklãnõ está localizada entre os municípios de Doutor Pedrinho, Itaiópolis, Vitor Meireles e José Boiteux, 236 km a noroeste de Florianópolis (SC). A área tem um longo histórico de demarcações e disputas, que se arrasta por todo o século XX, no qual foi reduzida drasticamente. Foi identificada por estudos da Fundação Nacional do Índio (Funai) em 2001, e declarada pelo Ministério da Justiça, como pertencente ao povo Xokleng, em 2003. Os indígenas nunca pararam de reivindicar o direito ao seu território ancestral.

“A cada tempo que se passa, se encontram grandes dificuldades para a demarcação de terra no Brasil. Os povos indígenas precisam ter reconhecidos seus direitos tradicionais”

Foto: Tiago Miotto/CIMI

O que dizem os participantes do processo?

“A demora na demarcação das terras indígenas é muito preocupante. Porque, a cada tempo que se passa, se encontram grandes dificuldades para a demarcação de terra no Brasil. Os povos indígenas precisam ter reconhecidos seus direitos tradicionais. E nós gostaríamos que fosse julgada a repercussão geral, que fosse a favor, que não se falasse mais em marco temporal.” – Brasílio Priprá, uma das principais lideranças Xokleng

“A gente espera que o Supremo possa adotar uma interpretação mais justa, razoável, e que possa ajudar a efetivar direitos. E não mais utilizar, por exemplo, a tese do marco temporal, para limitar o reconhecimento de direitos a nós, povos indígenas… o que já vem acontecendo nos últimos dez anos. Mas também pode fortalecer a nossa luta nesse enfrentamento com os outros poderes, que utilizam do marco temporal como um critério para restringir direitos”. – Samara Pataxó, advogada da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib)   

“A forma como o povo perdeu o território foi a forma mais violenta, mais vil, mais terrível. Houve, no início do século passado, a demarcação sem critérios técnicos. Perdeu-se, na década de 1920, parte significativa do território. Em 1950, a mesma coisa. Depois, a construção de uma barragem levou as melhores terras. E nesse contexto se dá a disputa do povo Xokleng, para que de fato seja garantida a devolução dessas áreas roubadas”.  – Rafael Modesto, advogado da comunidade Xokleng e também assessor jurídico do Conselho Indigenista Missionário (Cimi).  

“A forma como o povo perdeu o território foi a forma mais violenta, mais vil, mais terrível”

Levante Pela Terra

Povos indígenas de todas as regiões do país têm se mobilizado contra a tese do marco temporal. Desde o dia 8 de junho, em torno de 850 lideranças, de 50 povos, estão mobilizadas no acampamento Levante Pela Terra, em Brasília, contra o avanço da agenda anti-indígena do governo Bolsonaro e da bancada ruralista no Congresso.

“O levante é um chamado da terra a todos os povos do Brasil para que nós mostremos para esse genocida quem são os verdadeiros donos da terra. Estamos em Brasília pela garantia dos nossos direitos originários e para dizer ‘fora Bolsonaro genocida, e seus projetos maquiavélicos contra as populações indígenas’”, afirma Kretã Kaingang, coordenador da Apib.

Nos territórios, há semanas os povos indígenas têm se mobilizado contra o “pacote da maldade” que tramita no Congresso Nacional, a exemplo do Projeto de Lei 490/2007, que abre as terras indígenas para a exploração econômica predatória e inviabiliza, na prática, novas demarcações. Nos “trancaços” de rodovias, rituais e rezas, os povos também se posicionam contrários à tese do marco temporal, que busca restringir os seus direitos constitucionais.

Fonte: Ascom/ Cimi

https://repam.org.br/

Todos os cientistas são ateus?

Editora Cléofas

Pesquisadores da Universidade Rice (EUA) entrevistaram 9.422 cientistas em oito regiões do mundo: França, Hong Kong, Índia, Itália, Taiwan, Turquia, Reino Unido e EUA. Os resultados vão surpreender você.

Como cientistas veem a religião

Como alguns cientistas tornaram-se famosos não em seus campos de especialidade, mas vendendo livros criticando as religiões, criou-se uma suposição de que a maior parte dos cientistas são ateus ou pregadores do ateísmo, escreveu o “Diário da Saúde”.

Mas essa suposição foi mais uma vez contestada.

E agora pela primeira vez por uma pesquisa em nível mundial, que analisou como os cientistas encaram a religião e como se relacionam com ela.

Pesquisadores da Universidade Rice (EUA) entrevistaram 9.422 cientistas em oito regiões do mundo: França, Hong Kong, Índia, Itália, Taiwan, Turquia, Reino Unido e EUA.

A equipe também viajou a estas regiões para realizar entrevistas em profundidade com 609 desses participantes, o que torna esta a maior pesquisa mundial já realizada sobre as relações entre fé e ciência do ponto de vista dos cientistas.

Mais religiosos que a média

“Mais da metade dos cientistas na Índia, Itália, Taiwan e Turquia se auto identificam como religiosos”, relata Elaine Howard Ecklund, principal autora da pesquisa.

“E é impressionante que existem aproximadamente o dobro de ‘ateus convictos’ na população em geral de Hong Kong, por exemplo (55%) do que na comunidade científica neste país (26%)”, acrescentou.

Taiwan é outro exemplo, onde 54% dos cientistas identificam-se como religiosos, em comparação com 44% da população em geral.

Conflito, que conflito?

No geral, os resultados contestam a suposição tradicional sobre o caráter irreligioso dos cientistas de todo o mundo.

Quando perguntados sobre os termos de um eventual “conflito” entre religião e ciência, apenas uma minoria dos cientistas em cada contexto regional acredita que haja de fato um conflito entre ciência e religião.

No Reino Unido – um dos países mais seculares do mundo – menos de um terço (32%) dos cientistas caracterizaram a interface entre ciência e fé como sendo de conflito.

Nos EUA, este número foi de apenas 29%. E 25% dos cientistas de Hong Kong, 27% dos cientistas indianos e 23% dos cientistas de Taiwan acreditam que a ciência e a religião podem coexistir e serem usadas uma para apoiar a outra.

Religião como apoio à Ética

Além dos resultados quantitativos, os pesquisadores descobriram nuances nas respostas dos cientistas durante as entrevistas. Por exemplo, numerosos cientistas expressam como a religião pode fornecer um “ponto de checagem” em áreas eticamente nebulosas.

“(A religião fornece uma) forma de verificação naquelas ocasiões em que você pode ser tentado a pegar um atalho porque você deseja que algo seja publicado e você pensa: ‘Ah, essa experiência não foi boa o suficiente, mas se eu retratá-la desta forma, vai parecer que é’”, comentou um professor de biologia do Reino Unido.

Finalmente, muitos cientistas mencionaram modos de acomodar as visões ou práticas religiosas, sejam dos alunos ou dos seus colegas.

“As questões religiosas (são) muito comuns aqui porque todo mundo fala a que templo vai, a qual igreja pertence. Assim, não é realmente um problema que escondemos: nós simplesmente falamos a respeito porque, em Taiwan, nós temos pessoas [de] diferentes religiões”, disse um professor de biologia de Taiwan.

Fonte: http://pt.aleteia.org/2016/01/19/todos-os-cientistas-sao-ateus/

https://cleofas.com.br/

O que é a Ciência? – explicando de forma simples e compreensível

Shutterstock | alphaspirit
Por Alexandre Ribeiro

E por que devemos ter cuidado com os “negacionistas" e com os "oportunistas".

Durante a pandemia de Covid-19, poucos termos foram mais maltratados do que a palavra “Ciência”. Especialmente os políticos usaram e abusaram da “Ciência”. Os políticos de esquerda dizendo que os de direita eram “inimigos da Ciência”. E os políticos de direita dizendo que os de esquerda eram “manipuladores da Ciência”.

Sempre que um político começa a atacar seu adversário e cita a “Ciência”, eu imagino alguém perguntando: “antes de prosseguir, o senhor(a) poderia por favor nos dizer o que entende por ‘Ciência’?” “Afinal, o que é a ‘Ciência’ para o senhor(a)?”

Isso também serve para aquele nosso amigo, amiga ou parente que fica atacando seu inimigo político (ou, por outro lado, defendendo seu ídolo político) citando a “Ciência”.

Definição

Dito de forma bem simples, a Ciência é o campo da atividade humana que busca descobrir leis que possam explicar a realidade. Ou seja, a Ciência investiga os padrões e regularidades (leis) da natureza e das coisas (realidade).

Assim, a Ciência nos ajuda a formular opiniões corretas sobre os fatos. E isso é muito importante, porque a nossa opinião (a nossa crença, aquilo em que acreditamos) vai acabar determinando as nossas atitudes e o nosso modo de agir.

“O negacionista”

Quando alguém de esquerda acusa o adversário de direita de ser “negacionista” (ou seja, irracional e anti-científico), ele deve apresentar as razões pelas quais acredita que seu adversário seja de fato “negacionista”. 

Por exemplo, uma pessoa tem uma atitude “negacionista” quando nega a eficácia das vacinas no combate à pandemia de Covid-19. Ou seja, um “negacionista” tem como atitude, entre outras formas de agir, negar uma proposição verdadeira (“as vacinas anti-covid são eficazes” é uma proposição verdadeira).

Fica difícil discutir com um “negacionista extremista”, pois de fato ele tem como critério de pensamento e ação a irracionalidade. 

“O oportunista”

Por outro lado, quando alguém de direita acusa o adversário de esquerda de ser “oportunista” (ou seja, um tipo de farsante ou manipulador de dados científicos segundo seus interesses), ele deve provar sua acusação.

Por exemplo, uma pessoa tem uma atitude “oportunista” quando defende o confinamento total (lockdown) como forma de combater a Covid-19. Ou seja, o “oportunista” nega a complexidade da realidade e das formas de vida das pessoas. Ele tende ao viés autoritário, pois considera os dados científicos como infalíveis (assim, pode ser chamado de “oportunista cientificista”).

Fica difícil discutir com um “oportunista extremista”, pois de fato ele tem como critério de pensamento e ação o totalitarismo, tornando-se assim um inimigo da liberdade.

Infalibilidade

A Ciência não é infalível. Tampouco pode-se prescindir dela. Ou seja, as leis e as diretrizes que a Ciência formula não são definitivas (elas podem ser aperfeiçoadas), mas não podem ser desprezadas, pois nos ajudam a enfrentar com rigor e critério os problemas que se apresentam.

Resumindo

  • a Ciência nos ajuda a descobrir leis que possam explicar a realidade e responder a seus problemas;
  • a Ciência, ainda que falível e aperfeiçoável, não pode ser negada (negacionismo) sem que isso cause graves danos à saúde das pessoas;
  • por outro lado, a Ciência não pode ser tratada com a verdade última e absoluta (oportunismo cientificista) sem que isso cause graves danos à liberdade.

É preciso estar alerta contra os “negacionistas” (irracionais) e contra os “oportunistas” (cientificistas), pois se ambos somarem suas forças, podem acabar destruindo de uma vez só a saúde e a liberdade de um povo.

Fonte: Aleteia

Nas últimas duas semanas, fogo em várias igrejas no Canadá

Guadium Press
Ontem um incêndio destruiu a centenária igreja católica em Morinville.

Redação (01/07/2021 11:38Gaudium Press) Outra igreja católica foi incendiada na madrugada de quarta-feira. Os moradores presenciaram o momento em que o campanário e o telhado da igreja desmoronaram, cercados por chamas. Ela era o “coração e a alma” da cidade de Morinville, onde havia estado por mais de um século, de acordo com o prefeito Barry Turner.

“O que aconteceu foi um evento terrível e trágico para nossa comunidade”, declarou o prefeito de Morinville em uma coletiva de imprensa, horas depois da Igreja de St. Jean Baptiste pegar fogo.

Jason Kenney, primeiro-ministro de Alberta, afirmou que esse incêndio parece ser um crime de ódio e chamou-o de “inaceitável”.

“Esses ataques direcionados às igrejas cristãs são tentativas de destruir os locais espirituais que são importantes para as pessoas de fé em Alberta, inclusive para muitos indígenas”, disse Kenney.

Ele acrescentou que instruiu a polícia na província para intensificar o “monitoramento e proteção de potenciais alvos locais “.

Primeiro-ministro do Canadá

Pelo menos seis outras igrejas católicas no Canadá pegaram fogo na última semana.

Ontem, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, mostrou seu descontentamento com os vários incêndios recentes em igrejas em todo o Canadá, dizendo que “destruir lugares de culto, não é o caminho a seguir”.

Os comentários de Trudeau vêm após várias investigações sobre os incêndios “suspeitos” – alguns acreditam ser criminosos – em diversas igrejas tanto católicas quanto anglicanas nas últimas semanas.

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Cardeal Tolentino: “Igreja em África é uma força de esperança para a Igreja universal”

Dom José Cardeal José Tolentino de Mendonça,
em Benguela (Angola) 

Em conversa com os jornalistas no final da sua visita a Angola, e mais concretamente às Dioceses de Benguela e Luanda, D. José Cardeal Tolentino de Mendonça, Arquivista e Bibliotecário da Biblioteca Apostólica do Vaticano, afirmou que a Igreja em África é hoje uma força de esperança para a Igreja universal, e apontou pilares para a caminhada das missões do Evangelho.

Anastácio Sasembele – Luanda, Angola

“O que vi é a vitalidade do povo de Deus destas Igrejas do grande Continente africano e o contributo que dão, porque a Igreja nutre-se do testemunho da fé, do empenho do compromisso dos cristãos”, ressaltou o Cardeal responsável pelo Arquivo da Biblioteca Apostólica do Vaticano.

Angola tem uma caminhada de mais de 500 anos de evangelização. Questionado sobre o que o Arquivo e a Biblioteca do Vaticano conservam sobre a história de evangelização em Angola, D. José Cardeal Tolentino de Mendonça disse que estas instituições são lugares de memória da Igreja universal, pelo que não há nação nenhuma, cultura ou língua que não entra ali e não se encontra representada por um documento da sua igreja ou história.

E sobre as religiões não cristãs no Continente africano, D. José Cardeal Tolentino de Mendonça afirmou ser uma realidade da história humana, e é belo ver esse desejo de uma relação com o espiritual que habita o coração da pessoa humana e este aspecto, esta presente no homem e na mulher do Continente berço da humanidade.

E ao responder a questão sobre a criação de novas dioceses em Angola D. Tolentino realçou que são os Bispos da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) que têm o conhecimento da realidade que em união e discernimento com a Igreja universal e a Santa Sé vão amadurecendo as melhores decisões para um crescimento e serviço segundo as necessidades da Igreja em Angola.

D. José Cardeal Tolentino de Mendonça esteve em Angola de 17 a 23 de Junho e participou das festividades do encerramento do jubileu dos 50 anos da diocese de Benguela.

D. José Cardeal Tolentino de Mendonça é português, mas nasceu na cidade do Lobito (Angola) e baptizado na paróquia de São Pedro do Liro.

Atualmente dirige a biblioteca da Santa Sé, uma das mais antigas e históricas instituições bibliotecárias do mundo.

Fonte: Vatican News

Assassino que encontrou a misericórdia de Deus na prisão segue rumo à beatificação

Jacques Fesch / Crédito: Divulgação

REDAÇÃO CENTRAL, 30 jun. 21 / 04:19 pm (ACI).- Jacques Fesch foi um francês condenado à morte por homicídio. Na prisão, encontrou-se com a misericórdia divina, converteu-se e se entregou nas mãos de Deus. Foi guilhotinado em 1957 e, agora, está a caminho de ser beatificado.

“Declarar santo a alguém não significa para a Igreja admirar os méritos dessa pessoa, mas propor um exemplo da conversão de alguém que, independentemente de sua caminhada humana, foi capaz de ouvir a voz de Deus e se arrepender. Não há pecado tão grave que impeça o homem de chegar a Deus, que lhe propõe a salvação”, disse o então arcebispo de Paris, cardeal Jean Marie Lustiger, quando abriu formalmente a causa de beatificação de Fesch em 1993.

Jacques Fesch nasceu em 6 de abril de 1930, em Saint-Germain-en-Laye, França. Era filho de um banqueiro de origem belga, ateu, que viveu distante dos filhos e se divorciou da esposa. Fesch foi educado na religião católica por sua mãe, mas abandonou a fé aos 17 anos.

Após ter sido enviado para combater pelo exército francês na Alemanha, voltou para França e se casou com Pierrette Polack, que estava grávida dele. Eles tiveram uma filha. Fesch frequentava outras mulheres e teve outro filho, que foi entregue a um orfanato.

Depois de trabalhar por um tempo em um banco, Fesch decidiu abandonar tudo, inclusive a família e comprar um barco para viajar pelo mundo. Sem dinheiro para a empreitada, decidiu assaltar uma casa de câmbio em 25 de fevereiro de 1954. Como o cambista reagiu, o jovem o atingiu com duas coronhadas na cabeça.

Ao fugir, deparou-se com o policial Jean Vergne, de 35 anos, viúvo e pai de uma menina. Fesch matou o policial com três tiro, foi preso e, em 1957, condenado à morte.

Na prisão de La Santé, foi levado ao capelão, mas se mostrava indiferente e dizia que não era um homem de fé.

Na noite de 28 de fevereiro de 1955, Fesch teve sua conversão. “Estava deitado, olhos abertos, realmente sofrendo pela primeira vez na vida. Repentinamente, um grito saiu de meu peito, uma súplica por ajuda – Meu Deus – e, como um vento impetuoso que passa sem que soubesse de onde vem, o Espírito do Senhor me agarrou pela garganta. Tive a impressão de um infinito poder e de uma infinita bondade que, daquele momento me fez crer com convicção que nunca estive abandonado”, contou no livro que ele próprio escreveu.

Jacques Fesch se encantou pelas figuras de São Francisco de Assis, Santa Teresa D’Ávila e Santa Teresinha do Menino Jesus, a quem chamava “minha pequena Teresa”. Na prisão, dizia que havia duas formas de se viver, rebelar-se contra a própria situação ou adotar um estilo de vida monástico. Ele optou pela segunda. De sua cela, transmitia sua fé a muitos por meio de cartas.

Em uma de suas cartas a um amigo, contou: “Acabo de receber a comunhão, é uma grande alegria! ‘Eu vivo, mas já não sou eu que vivo, pois é Cristo que vive em mim’”. E em outro trecho disse que passou a ter “realmente a certeza de começar a viver pela primeira vez. Tenho a paz e um sentido na vida, ao passo que antes não passava de um morto-vivo”.

Quando a data de sua decapitação foi marcada, Fesch decidiu aguardar por este momento em paz e oração, enxergando-a como uma forma de santificação. “Que cada gota do meu sangue apague um pecado mortal”, escreveu em seu diário.

Na véspera da execução, escreveu: “Último dia de luta. Amanhã, nesta hora, estarei no Paraíso. Que eu morra, se essa for a vontade do bom Deus. A noite avança e eu fico cada vez mais apreensivo. Meditarei na agonia do Senhor no Horto das Oliveiras. Oh, bom Jesus, ajudai-me, não me abandoneis. Mais cinco horas, e estarei na verdadeira Vida. Mais cinco horas, e eu verei Jesus!”.

No dia 1º de outubro de 1957, Jacques Fesch morreu guilhotinado. Quando os guardas chegaram à sua cela para buscá-lo, encontraram-no de joelhos, em oração, ao lado da cama arrumada. Suas últimas palavras foram: “Senhor, não me abandone, eu confio em Ti”.

A história de Jacques Fesch é relatada em seu diário de prisão. A Editora Santo Thomas More está realizando uma campanha de financiamento para publicar este livro no Brasil. Segundo a editora, parte dos livros será doada para “pessoas que estão em situações mais vulneráveis em nossa sociedade”, como presidiários, jovens infratores, moradores de rua.

Fonte: ACI Digital

São Bernardino Realino

S. Bernardino Realino | ArquiSP
02 de julho

São Bernardino Realino

Bernardino nasceu no dia 1o de dezembro de 1530, na rica e nobre família dos Realino, na ilha de Capri, em Nápoles. O jovem Bernardino aprofundou-se nas ciências humanísticas, estudando na academia de Modena e depois na Universidade de Bolonha, formando-se em filosofia, medicina, direito civil e eclesiástico.

Com vinte e cinco anos de idade, enveredou por uma carreira administrativa sob a proteção do governador de Milão, um cardeal amigo pessoal de seu pai. Bernardino ocupou cargos importantes, social e politicamente. Foi prefeito de Felizzano de Monferrato, advogado fiscal em Alexandria, depois prefeito de Cassine, prefeito de Castel Leone e, finalmente, auditor e lugar-tenente de Nápoles.

Todavia abandonou tudo, pois, quando doente, recebeu a aparição de Nossa Senhora carregando o Menino Jesus nos braços. Era o ano de 1564. Desde então, com a ajuda de um padre jesuíta que se tornou seu orientador espiritual, Bernardino assumiu definitivamente a vida religiosa. Aos trinta e cinco anos de idade, ele foi ordenado padre jesuíta. Além de continuar o trabalho social em favor dos pobres, que sempre realizara, tornou-se um perfeito pastor de almas: evangelizador e confessor.

Possuindo o dom da cura e do conselho, era procurado por bispos e príncipes que desejavam sua iluminada orientação. O próprio papa Paulo V, assim como diversos soberanos, lhe escrevia, pedindo orações.

Em 1574, foi enviado a Lecce para fundar um colégio jesuíta, onde exerceu o apostolado durante quarenta e dois anos. A sua atuação na comunidade foi tão vital para todos, que, quando estava no seu leito de morte, ele se viu cercado pelo Conselho Municipal, que pedia sua proteção eterna para a cidade.

Equivale a dizer que estavam lhe pedindo ainda em vida que aceitasse ser o padroeiro daquela diocese, tal a sólida fama de sua santidade. Talvez um fato único já registrado pelos católicos. Isso porque santo protetor toda cidade escolhe um. Eleger um santo patrono antes mesmo de este ser canonizado também não é uma situação nova na história das comunidades cristãs. Mas pedir permissão pessoalmente a um homem para que aceite de viva voz ser o padroeiro de uma cidade, realmente, é um raro acontecimento na Igreja.

Ele morreu aos oitenta e seis anos de idade, no dia 2 de julho de 1616, em Lecce. Cultuado em vida como santo, foi beatificado, em 1895, pelo papa Leão XIII e canonizado pelo papa Pio XII em 1947. São Bernardino Realino é o padroeiro das cidades de Lecce e Capri.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

Arquidiocese de São Paulo

quinta-feira, 1 de julho de 2021

JMJ 2023: símbolos já têm calendário de peregrinação

Passagem dos simbolos da JMJ 2023, em Roma 

A Cruz peregrina e o Ícone mariano vão peregrinar a partir de novembro nas dioceses de Portugal. De 8 de julho até 15 de agosto de 2021 os símbolos da JMJ vão estar em Angola. Espanha e Polónia também vão receber os símbolos nos próximos meses.

Rui Saraiva – Portugal

Os símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2023 já têm calendário para peregrinarem em Portugal. Segundo divulga a organização do evento nesta quinta-feira dia 1 de julho, a Cruz peregrina e o Ícone mariano “Salus Populi Romani” vão percorrer as 21 dioceses do país entre novembro de 2021 e julho de 2023, permanecendo um mês em cada uma delas.

A peregrinação seguirá o seguinte itinerário de dioceses: Algarve, Beja, Évora, Portalegre- Castelo Branco, Guarda, Viseu, Funchal na Madeira, Angra do Heroísmo nos Açores, Lamego, Bragança-Miranda, Vila Real, Porto, Setúbal, Forças Armadas e de Segurança, Viana do Castelo, Braga, Aveiro, Coimbra, Leiria-Fátima, Santarém e finalmente Lisboa em julho de 2023.

Novembro 2021: Diocese do Algarve

Dezembro de 2021: Diocese de Beja  

Janeiro 2022: Diocese de Évora  

Fevereiro 2022: Diocese de Portalegre- Castelo Branco

Março de 2022: Diocese da Guarda  

Abril de 2022: Diocese de Viseu  

Maio de 2022: Diocese de Funchal  

Junho de 2022: Diocese de Angra  

Julho de 2022: Diocese de Lamego

Agosto de 2022: Diocese de Bragança- Miranda

Setembro de 2022: Diocese de Vila Real

Outubro de 2022: Diocese do Porto

Novembro de 2022:  Diocese de Setúbal  

Dezembro de 2022: Diocese das Forças Armadas e Segurança

Janeiro de 2023: Diocese de Viana do Castelo

Fevereiro de 2023: Diocese de Braga  

Março de 2023: Diocese de Aveiro  

Abril de 2023: Diocese de Coimbra

Maio de 2023: Diocese de Leiria-Fátima  

Junho de 2023: Diocese de Santarém  

Julho de 2023: Diocese de Lisboa

Entretanto, antes da peregrinação em Portugal, os símbolos da JMJ vão peregrinar em Angola já no próximo dia 8 de julho e até 15 de agosto deste ano de 2021. Prevista também a peregrinação nos próximos meses em Espanha e na Polónia. Com “datas a anunciar brevemente” – refere a organização da JMJ Lisboa 2023 em comunicado.  

De destacar ainda que entre os dias 4 e 7 de agosto de 2022 a Cruz e o Ícone vão estar presentes na Peregrinação Europeia de Jovens, em Santiago de Compostela.

Nos meses que antecedem cada JMJ, os símbolos partem em peregrinação para serem anunciadores do Evangelho e acompanharem os jovens nas realidades em que vivem.

Fonte: Vatican News

Ex-mulher de Jeff Bezos doa milhões para grupo progressista anticatólico

Imagem ilustrativa / ElenaR/Shutterstock
Por Kevin Jones

WASHINGTON DC, 01 jul. 21 / 04:00 pm (ACI).- Mackenzie Scott, ex-mulher de Jeff Bezos, dono da Amazon, doou milhões de dólares à Faith in Public (Fé em público), uma organização multi-religiosa que combina uma visão política progressista com críticas a instituições católicas.

A reverenda Jennifer Butler, CEO da Faith in Public Life disse que a doação feita por Mckenzie foi “um significativo e multimilionário dom.” Butler é pastora presbiteriana e dirigiu o Conselho de Fé e Parcerias de Bairro de 2015 a 2016, durante o governo do então presidente Barack Obama. Segundo ela, a doação foi “transformadora”. A organização disse que nos últimos anos triplicou seu quadro de funcionários, quadruplicou seu orçamento e estabeleceu escritórios permanentes em “vários Estados que são campos de batalha” para “lutar contra o nacionalismo cristão e a direita religiosa”.

Scott trabalhou com Bezos na Amazon no início da operação da empresa. O casal se separou em 2019 e ela recebeu uma participação na empresa que, na época, valia US$ 38 bilhões. Com o crescimento da Amazon durante a pandemia de covid-19, a parte de Scott vale hoje US$ 66,4 bilhões. Segundo a Bloomberg, agência de informação e análise econômica, Scott é a mulher mais rica do mundo.

Embora os diretores e integrantes da organização sejam, em sua maioria, não-católicos, Faith in Public frequentemente se manifesta contra instituições católicas. Por causa do debate da conferência episcopal dos EUA sobre acesso à comunhão de políticos católicos que apóiam publicamente o aborto, como o presidente Joe Biden, a organização fez a campanha: “Diga a seu bispo: a Eucaristia não é uma arma.”

A organização também criticou a decisão da Suprema Corte americana Fulton x Cidade da Philadelphia. A corte decidiu que a Philadelphia não pode se recusar a contratar a Catholic Social Services (Serviços Sociais Católicos), de adoção e abrigo de crianças, porque a organização não aceita uniões homossexuais como pais adotivos.

Segundo Butler, a decisão “é um lembrete dos incontáveis modos pelos quais os americanos LGBTQ, pessoas de cor, mulheres, pessoas de minorias religiosas e outros ainda sofrem discriminação em nosso país.”

John Geringh, diretor do Programa Católico da Faith in Public Life, também criticou a decisão. Em 2012 Gehring fez campanha contra a oposição dos bispos americanos ao mandato do presidente Obama que obrigava empregadores a cobrir despesas de esterilização e contracepção de seus empregados, incluindo drogas abortivas. O mandato de Obama forçou as Irmãzinhas dos Pobres, que cuidam de idosos pobres há mais de um século, a entrar numa batalha jurídica para garantir isenção do mandato por causa de sua fé. Só em 2020 elas venceram.

A Bridgespan Group, consultoria de investimentos filantrópicos e sem fins lucrativos, assessora Mackenzie Scott em suas doações. Os clientes do grupo incluem Bill Gates, da Microsoft, o financista Michael Bloomberg e as fundações Ford e Rockfeller, segundo o jornal New York Times, Essas fundações são grandes doadoras para as causas de controle de natalidade, defesa do aborto ou ambas. As fundações Ford e Rockefeller também já financiaram o grupo pró-aborto Católicas pelo Direito de Decidir.

A CNA procurou o grupo Bridgespan, que não quis comentar, e da Faith in Public Life, que não respondeu até a publicação da matéria.

Fonte: ACI Digital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF