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domingo, 4 de julho de 2021

Terra Santa celebra o Preciosíssimo Sangue de Cristo com pétalas de rosa

Uma religiosa contempla as pétalas de rosa sobre a pedra da agonia.
Crédito: Nadim Asfour (Custódia da Terra Santa)

JERUSALÉM, 02 jul. 21 / 01:26 pm (ACI).- A basílica da Agonia no jardim do Getsêmani celebrou, neste 1º de julho, a festa do Preciosíssimo Sangue de Cristo, conservada no calendário litúrgico da Igreja na Terra Santa.

A basílica católica da Agonia fica no Monte das Oliveiras, no antigo jardim do Getsêmani. No seu interior, ela conserva a “pedra da agonia”, na qual, segundo a tradição, Jesus rezou na noite em que foi entregue.

A cerimônia do dia 1º de julho foi presidida pelo vigário da Custódia da Terra Santa, o padre Dobromir Jasztal, que cobriu a pedra da agonia com pétalas de rosas vermelhas, em memória da agonia e do sangue derramado por Jesus na quinta-feira santa.

“No final da celebração, como conta a tradição, os religiosos e fiéis presentes recolheram as pétalas para levá-las aos seus lares e dar continuidade à meditação sobre o Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo”, informou a Custódia da Terra Santa na sua página.

Na homilia, o vigário custódio afirmou que, “seguindo as passagens da Bíblia, vemos o sangue como um elemento importante para a vida”. “Várias vezes, Deus ordena que não haja derramamento de sangue, não bebê-lo e não comer carne de animais que ainda contém vestígios de sangue. Porque o sangue é vida, o sangue é sagrado”, afirmou, ao recordar o capítulo 12 de Deuteronômio.

Vários lugares da Terra Santa estão marcados pela presença do sangue de Cristo: o Getsêmani e o Calvário, em particular. Segundo o vigário, esses são os dois lugares por excelência para que os fiéis procurem meditar e assim traduzir, em obras, o sacrifício de Cristo “na vida cristã e na relação com nossos irmãos”.

“Todos somos pecadores que fomos perdoados”, afirmou o padre Jasztal, falando sobre o perdão que obtemos no Precioso Sangue de Cristo. “Aqueles que receberam a misericórdia de Deus são chamados a retribuir o amor a Deus, praticando uma misericórdia ilimitada para com seus irmãos, porque o perdão fraterno é consequência da misericórdia e o perdão de Deus que recebemos”, acrescentou.

“Só amando e perdoando poderemos persistir na vida como pessoas salvas e crentes, para poder repetir, no final, a confissão de Paulo aos gálatas: ´Eu vivo, mas não eu: é Cristo que vive em mim. Minha vida atual na carne, eu a vivo na fé, crendo no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim. Eu não invalido a graça de Deus. Ora, se a justiça vem pela Lei, então Cristo morreu por nada´”.

Em sua página na internet, a Custódia da Terra Santa diz que “a memória do sangue derramado por Jesus foi objeto de culto desde os primeiros séculos da era cristã, mas as raízes históricas desta celebração devem ser buscadas nas histórias sobre a vida de Jesus. Segundo a tradição, foi o soldado Longuinho (Longinus, em latim) que perfurou o lado de Jesus com sua lança para se certificar de que ele estava morto e, após a conversão, recolheu um frasco de sangue que fluiu do lado perfurado para, em seguida, fugir para a Itália e estabelecer-se em Mântua, em 37 d.C., no lugar onde mais tarde foi construída a basílica de Santo André”.

“Em 804, após a descoberta da jarra enterrada por Longuinho ao lado de seu túmulo, partes da relíquia do Preciosíssimo Sangue foram levadas à Sainte-Chapelle, em Paris, na França, à igreja da Santa Cruz em Guastalla, na Itália, à basílica de São João de Latrão, em Roma, na Itália, e à abadia de Weingarten, na Alemanha.

Ao longo dos séculos, a festa começou a ser celebrada em vários lugares e isso convenceu o papa Pio X a fixar a data da festa, em 1º de julho de 1849. Com a reforma do calendário litúrgico em 1970, esta festa foi substituída pela solenidade do Corpus Christi, em todos os calendários litúrgicos, exceto o de Jerusalém, que mantém o ritual ligado ao lugar da agonia”.

Fonte: ACI Digital

EUA: investigação de ex-escolas residenciais indígenas terá total colaboração dos bispos

Flores, velas, pequenos calçados na "No Pride in Genocide"
em Toronto, Canadá, em memória às crianças indígenas
sepultadas nas escolas residenciais  (AFP or licensors)

As trágicas descobertas de centenas de sepulturas anônimas em terrenos de ex-escolas residenciais para crianças indígenas no Canadá, motivou a abertura de investigação também nos Estados Unidos. O episcopado assegurou total colaboração.

Lisa Zengarini – Vatican News

Após a dolorosa descoberta de restos mortais em antigas escolas residenciais católicas para crianças indígenas no Canadá, também nos Estados Unidos haverá uma investigação sobre as antigas faculdades financiadas pelo governo federal, na busca de possíveis túmulos de crianças indígenas estadunidenses. O anúncio foi feito pela secretária do Interior, Debra Haaland.  “É importante entender o que aconteceu nos Estados Unidos”, explicou a política do Novo México, ex-membro da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos. Ao comentar a notícia - relata a agência de notícias CNS - o porta-voz da Conferência Episcopal dos Estados Unidos (USCCB) declarou que os bispos irão ajudar nas investigações no que for possível.

A iniciativa foi bem recebida pela National Native American Boarding School Healing Coalition, uma associação de nativos estadunidenses que há anos luta pela verdade e para que seja feita justiça pelos "traumas históricos" infligidos aos nativos da América nessas estruturas.

Entre os séculos XIX e XX, de fato, o Governo federal dos Estados Unidos financiou mais de 350 escolas residenciais, geralmente administradas pela Igreja, e embora ainda não se disponha de dados precisos, estima-se que centenas de milhares de crianças nativas tenham frequentado essas instituições. A organização, que conseguiu recuperar somente 38% dos registros, pede que o destino delas seja esclarecido. “Acreditamos que chegou o momento da verdade e da cura. Temos o direito de saber o que aconteceu”, afirma um comunicado.

A associação recorda como essas crianças tenham sido, voluntariamente ou à força, afastadas de suas famílias e impedidas de falar a própria língua materna, de praticar seus costumes e culturas e despojadas de suas roupas tradicionais, de acordo com as disposições da Civilization Fund Act (“Lei do Fundo de Civilização”) de 1819, que visava introduzir os costumes e a cultura da "civilização" europeia nas tribos indígenas dos Estados Unidos.

A investigação da Administração Biden, que apresentará um relatório final no próximo mês de abril, servirá não só para localizar os ex-colégios residenciais, mas também para identificar eventuais sepulturas e as tribos de origem dos alunos que os frequentavam.

Neste meio tempo no Canadá, após a descoberta em maio dos restos mortais de 215 crianças na escola residencial indígena Kamloops, na Colúmbia Britânica, e de outras 751 sepulturas anônimas na última semana em outra escola em Marieval, em Saskatchewan, foram descobertas 182 novas sepulturas de crianças indígenas, onde podem estar os restos mortais de alunos da antiga escola da missão St Eugene, perto de Cranbrook, também na Colúmbia Britânica.

Essas trágicas descobertas reacenderam os holofotes da opinião pública canadense e mundial sobre o que, em 2015, a Comissão Nacional especial para a Verdade e Reconciliação definiu um verdadeiro "genocídio cultural" perpetrado contra os povos originários do país por meio dessas escolas.

Entre os séculos XIX e XX, 150.000 crianças indígenas no Canadá foram arrancadas à força de suas famílias e colocadas em escolas residenciais - muitas das quais administradas pela Igreja Católica - para serem educadas na cultura e na língua europeias, sofrendo violência física e psicológica, abusos e, em alguns casos, vindo até mesmo a morrer.

Nas últimas semanas, os bispos canadenses intervieram em várias ocasiões para expressar sua solidariedade e o desejo da Igreja de colaborar com as First Nations (Primeiras Nações) na busca da verdade em um dos capítulos mais sombrios da história do país.

Um convite às autoridades políticas e religiosas do Canadá para "se comprometerem humildemente em um caminho de reconciliação e cura" também foi dirigido pelo Papa Francisco no Angelus de 6 de junho, após o caso da escola residencial Kamloops. Em dezembro, o Pontífice receberá em audiência uma delegação de bispos canadenses e líderes indígenas Inuit, Metis e Primeiras Nações, iniciativas que, no entanto, não impedem os atos de vandalismo perpetrados contra igrejas católicas no Canadá. Nos últimos 10 dias, um total de oito igrejas foram queimadas. Entre eles está a histórica igreja de São João Batista em Morinville, na diocese de St. Paul, que foi consumida pelas chamas em 30 de junho.

Fonte: Vatican News Service - LZ

SOLENIDADE DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO

Vatican News
Por Dom Paulo Cezar Costa
       Arcebispo de Brasília

Solenidade de São Pedro e São Paulo

Neste domingo, a Igreja no Brasil, celebra a solenidade dos apóstolos São Pedro e São Paulo. São Pedro foi chamado por Jesus, as margens do lago de Genezaré e São Paulo foi apanhado por Cristo, quando ia para Damasco perseguir os cristãos.

São Pedro foi aquele ao qual Jesus deu a missão de confirmar os irmãos na fé. No Evangelho de hoje (Mt 16, 13 – 19), Jesus pergunta para os discípulos: quem dizem os homens ser o Filho do Homem? A resposta mostra que o povo tinha uma concepção alta de Jesus, pensam que ele é um grande profeta. Uns pensam que seja João Batista, outros Elias, outros Jeremias e outros ainda, algum dos profetas. E agora, Jesus pergunta aos discípulos: E vós, quem dizeis que eu sou? E Pedro responde: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo” Mt 16, 16). Pedro responde que Jesus era aquele que o Antigo Testamento esperava, era o Messias. Mas vai além, diz que Jesus é o Filho do Deus vivo. Afirma que Jesus é Deus. Tanto que Jesus dirá: “Não foi carne ou sangue que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu” (Mt 16, 17). Não foi nenhum ser humano que revelou para Pedro que Jesus é o Filho de Deus, mas foi o Pai do Céu. Este salto na compreensão do mistério de Cristo só poderia ser obra de Deus. A fé é dom de Deus. Só Deus pode nos fazer entrar no coração do mistério. Pedro entrou no coração do mistério quando afirma que Jesus é o Filho de Deus.

Jesus dá a missão a Pedro: “Tu és Pedro e sobre esta pedra construirei a minha Igreja e o poder do inferno nunca poderá vencê-la” (Mt 16, 18). Jesus muda o seu nome. No mundo bíblico e semita, mudar o nome implica mudança de destino e da realidade da pessoa.  Pedro torna, agora, a rocha sobre a qual Jesus coloca as bases para a edificação da Igreja. A Igreja é de Jesus Cristo, mas há um paralelismo entre Jesus e Pedro: “a função de Jesus Cristo, com relação à Igreja, é participada por Pedro” ( Gianfranco Ravasi, Celebrare e Vivere La Parola, 281). Esta é a única vez que aparece o termo Igreja nos Evangelhos. A Igreja permanece de Jesus, mas na sua caminhada terrena, é confiada a Pedro.  Jesus promete a sua assistência constante à sua Igreja (Mt 28, 20). Por isso, as portas do inferno ( expressão para indicar o império do mal), não prevalecerá sobre a Igreja. A Igreja possui um centro de unidade visível no apóstolo Pedro e nos seus sucessores, o papa, que é expressão da presença sobrenatural do Senhor.

Do apóstolo Paulo, devemos ater-nos ao seu testamento confiado a Timóteo, na segunda leitura. Homem que desgastou a vida no anúncio e testemunho de Jesus Cristo. Por isso, chega ao fim da vida com a consciência do dever cumprido.

Neste domingo, celebramos o dia do papa. Somos chamados a renovar a nossa adesão ao sucessor de Pedro, papa Francisco. E renovemos, também, nosso amor para com Jesus Cristo e o anúncio do seu Evangelho, como nos inspira São Paulo.

Fonte: Arquidiocese de Brasília

Santa Isabel de Portugal

Sta. Isabel de Portugal | ArquiSP

04 de julho

Santa Isabel de Portugal

Isabel nasceu na Espanha, em 1271. Entre seus antepassados estão muitos santos, reis e imperadores. Era filha de Pedro II, rei de Aragão, que, no entanto, era um jovem príncipe quando ela nasceu. Sem querer ocupar-se com a educação da filha, o monarca determinou que fosse cuidada pelo avô, Tiago I, que se convertera ao cristianismo e levava uma vida voltada para a fé. Sorte da pequena futura rainha, que recebeu, então, uma formação perfeita e digna no seguimento de Cristo.

Tinha apenas doze anos quando foi pedida em casamento por três príncipes, como nos contos de fadas. Seu pai escolheu o herdeiro do trono de Portugal, dom Dinis. Esse casamento significou para Isabel uma coroa de rainha e uma cruz de martírio, que carregou com humildade e galhardia nos anos seguintes de sua vida.

Isabel é tida como uma das rainhas mais belas das cortes espanhola e portuguesa; além disso, possuía uma forte e doce personalidade, era também muito inteligente, culta e diplomata. Ela deu dois filhos ao rei: Constância, que seria no futuro rainha de Castela, e Afonso, herdeiro do trono de Portugal. Mas eram incontáveis as aventuras extraconjugais do rei, tão conhecidas e comentadas que humilhavam profundamente a bondosa rainha perante o mundo inteiro.

Ela nunca se manifestava sobre a situação, de nada reclamava e a tudo perdoava, mantendo-se fiel ao casamento em Deus, que fizera. Criou os filhos, inclusive os do rei fora do casamento, dentro dos sinceros preceitos cristãos.

Perdeu cedo a filha e o genro, criando ela mesma o neto, também um futuro monarca. Não bastassem essas amarguras familiares, foi vítima das desavenças políticas do marido com parentes, e sobretudo do comportamento de seu filho Afonso, que tinha uma personalidade combativa. Depois, ainda foi caluniada por um cortesão que dela não conseguiu se aproximar. A rainha muito sofreu e muito lutou até provar inocência de forma incontestável.

Sua atuação nas disputas internas das cortes de Portugal e Espanha, nos idos dos séculos XIII e XIV, está contida na história dessas cortes como a única voz a pregar a concórdia e conseguir a pacificação entre tantos egos desejosos de poder. Ao mesmo tempo que ocupava o seu tempo ajudando a amenizar as desgraças do povo pobre e as dores dos enfermos abandonados, com a caridade da sua esmola e sua piedade cristã.

Ergueu o Mosteiro de Santa Clara de Coimbra para as jovens piedosas da corte, O mosteiro cisterciense de Almoste e o santuário do Espírito Santo em Alenquer. Também fundou, em Santarém, o Hospital dos Inocentes, para crianças cujas mães, por algum motivo, desejavam abandonar. Com suas posses sustentava asilos e creches, hospitais para velhos e doentes, tratando pessoalmente dos leprosos. Sem dúvida foi um perfeito símbolo de paz, do seu tempo.

Quando o marido morreu, em 1335, Isabel recolheu-se no mosteiro das clarissas de Coimbra, onde ingressou na Ordem Terceira Franciscana. Antes, porém, abdicou de seu título de nobreza, indo depositar a coroa real no altar de São Tiago de Compostela. Doou toda a sua imensa fortuna pessoal para as suas obras de caridade. Viveu o resto da vida em pobreza voluntária, na oração, piedade e mortificação, atendendo os pobres e doentes, marginalizados.

A rainha Isabel de Portugal morreu, em Estremoz, no dia 4 de julho de 1336. Venerada como santa, foi sepultada no Mosteiro de Coimbra e canonizada pelo papa Urbano VIII em 1665. Santa Isabel de Portugal foi declarada padroeira deste país, sendo invocada pelos portugueses como "a rainha santa da concórdia e da paz".

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

Arquidiocese de São Paulo

BEATO PIER GIORGIO FRASSATI

Beato Piergiorgio Frassati | Vatican News
04 de julho

BEATO PIER GIORGIO FRASSATI

Pier Giorgio nasceu em Turim, em 1901, no seio de uma família da alta burguesia: seu pai, Alfredo, jornalista e dono do jornal "La Stampa", era amigo íntimo de Giolitti, que o enviou a Berlim como embaixador. Sua mãe era uma pintora famosa: Vitório Emanuele III comprou uma das suas obras, exposta na Bienal de Veneza. Na família Frassati, a fé não era bem "de casa"; não obstante, o Senhor soube abrir alas nos corações dos homens, dispostos a dar-lhe ouvido.

Combater o sistema por dentro

Pier Giorgio não se sentia à vontade na classe social onde vivia, nem na sua vida no lar, onde a fé era um elemento mais formal do que essencial. Passou sua infância com a irmã Luciana, mais nova de um ano; era a sua única confidente, uma vez que os contrastes com seus pais se tornavam cada vez mais evidentes: Pier Giorgio não era um excelente estudante, pelo menos até entrar para o Instituto Social dos Padres Jesuítas.
Ao se formar, passou a estudar Engenharia mecânica, com especialização em mineração, para seguir de perto os mineiros, que, na época, eram considerados os mais explorados dos explorados.
Infelizmente, não conseguiu concluir seu curso de graduação, em vida, mas apenas o título "honoris causa", em 2002. A sua prioridade não eram os estudos, mas a oração, a Eucaristia e a caridade. Por isso, o jovem preferiu ficar em casa, junto com a família.

"Passava o tempo" a serviço da caridade

Os contrastes, unilaterais, com o pai, não tardaram: seu pai Alfredo começou a definir o filho como "homem inútil", dizendo que “andava à toa” pelas ruas da cidade, frequentando pessoas que não estavam à sua altura.
Por sua vez, Pier Giorgio era uma pessoa sempre sorridente, aceitava as repreensões de modo sereno, como uma eterna criança: assim, se comportava com o próximo necessitado, apesar de não agir da mesma forma com os jovens da sua classe; contudo, demonstrava a todos verdadeiro amor e participação nos sofrimentos humanos.
Nos últimos anos de vida, Pier Giorgio Frassati participou, praticamente, de todas as Associações católicas, desde a Conferência de São Vicente à Ação Católica e à FUCI, e sempre prestava a sua ajuda e serviço aos mais indigentes.

Empresa de Transporte “Frassati"

Os amigos de Pier Giorgio zombavam dele, chamando-o Empresa de Transporte “Frassati", porque sempre visitava os "porões" dos pobres e os casebres da periferia de Turim, uma cidade de grandes Santos e intelectuais, mas também de tantos operários, pobres e excluídos as sociedade.
O jovem Frassati levava de tudo às casas dos mais necessitados: alimentos, roupas, lenha, carvão, móveis, gastando todo o dinheiro que sua família lhe dava, que diminuía sempre mais.
No entanto, Pier Giorgio se aproximava, sempre mais, da espiritualidade dos Dominicanos, a ponto de se tornar Terciário.
Ao transferir-se a Berlim, teve a oportunidade de conhecer, pessoalmente, o Padre Karl Sonnenschein, o "São Francisco alemão", uma presença que o levou a se questionar sobre a possibilidade de ser sacerdote, uma ideia que Pier Giorgio deixou de lado porque achava que não tinha vocação.
Contudo, o jovem continuava a ser feliz: deixava as ocasiões mundanas para ir à Missa; ao invés da companhia dos jovens burgueses, preferia estar com os pobres, que saciava, a sua sede de viver o Evangelho. Seria um erro pensar que ele era um tipo estranho ou isolado, pelo contrário, repleto da verdadeira vida, era um grande apaixonado, entre outras coisas, pela montanha, da qual era um entusiasta alpinista.

Finalmente o amor ou, talvez, não

Certo dia, entre um grupo de escaladores, Pier Giorgio conheceu Laura Hidalgo, da qual se apaixonou: um amor, que manteve oculto dentro de si, em seu coração, seja para "não colocá-la em embaraço", seja para não ser um ulterior problema para a sua família, visto que ela pertencia a uma classe social bem mais inferior: um sacrifício que poucos jovens, no lugar de Pier Giorgio, conseguiriam enfrentar. Ele, porém, enfrentava tudo com sorriso nos lábios, porque sabia, nas profundezas do seu espírito, que o verdadeiro amor era outro: aquele que o aguardava na sua iminente vida eterna, que, talvez, começava a entrever, chegando até a desejar o dia do seu nascimento para o céu, que chamava "o dia mais lindo de todos".
No último período da sua existência terrena, Pier Giorgio fundou a "Sociedade de Tipos Estranhos", cujos membros, "desonestos e vigaristas", recebiam apelidos engraçados: o de Pier Giorgio era Robespierre. Estes tipos faziam excursões, contavam piadas, mas, acima de tudo, aspiravam à amizade mais profunda, fundada no vínculo sagrado da oração e da fé. Era uma verdadeira amizade cristã, em certos aspectos, profética para a maioria da associatividade leiga da Igreja, que haveria de vir.

Morte repentina

No dia 30 de junho de 1925, toda a família Frassati estava preocupada com a saúde da avó Linda, que veio a falecer no dia seguinte. Assim, ninguém percebeu que Pier Giorgio sentia uma profunda dor de cabeça, a ponto de não querer se alimentar. Precisamente ele, que era sempre tão bonito e saudável! No entanto, sua família percebeu isso no dia do enterro da avó, porque o rapaz nem conseguia levantar da cama. Mas, já era tarde demais: foi acometido por uma meningite fulminante, que ceifou a sua vida no dia 4 de julho, com apenas 24 anos de idade.
Milhares de pessoas participaram das suas exéquias, sobretudo os pobres de Turim, que ele havia ajudado ou, até mesmo, apenas tocado com a sua vida repleta de Deus. "Não reconheço meu filho!", murmurou o pai, impressionado com a multidão presente. Assim, a sua tristeza se tornou ainda mais dolorosa.

"Primeiro milagre" de Pier Giorgio

Seu pai, Alfredo Frassati, era inconsolável por compreender quem era seu filho, somente no momento em que o perdeu para sempre. Seu coração estava arrasado, porque Pier Giorgio havia deixado um grande vazio, um silêncio ensurdecedor. Entretanto, Alfredo não teve medo de enfrentar o sofrimento: deixou-se escavar, profundamente, pela dor e, aos poucos, aquele vazio foi preenchido pela Luz e a Palavra de Deus. Desta forma, o pai se aproximou da fé, que amadureceu no fim da sua vida - ele faleceu em 1961, - provocando-lhe uma conversão poderosa e maravilhosa, que muitos consideraram, talvez, com razão, o "primeiro" milagre de Pier Giorgio.

Oração a Pier Giorgio Frassati:
Senhor Jesus, dai-nos a coragem de voar alto,
fugir da tentação da mediocridade e da banalidade;
tornai-nos capazes, como Pier Giorgio,
de aspirar às coisas mais nobres,
com tenacidade e constância,
e acolher, com alegria, o vosso convite à santidade.
Livrai-nos do medo de não conseguir
ou da falsa modéstia de não ser chamados por Vós.
Concedei-nos a graça,
que vos pedimos, por intercessão de Pier Giorgio,
e a força para continuar, com fidelidade,
no caminho, que conduz, verdadeiramente, “ao alto".
Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Fonte: Vatican News

sábado, 3 de julho de 2021

SÃO PEDRO FIXA A SUA SEDE EM ROMA

S. Pedro | Apologistas da Fé Católica

SÃO PEDRO FIXA A SUA SEDE EM ROMA

PROVAS DESSE FATO, ANO 42 OU 44

Depois de ter saído da prisão (Alguns autores dizem que são Pedro fora a Roma antes da sua prisão e que ali tornou pouco depois, o que faz com que uns fixem essa ida a 42, outros a 44 e até alguns, como Dom Ceillier, a 58.), São Pedro, deixando em seu lugar em Antioquia São Evódio, um dos seus discípulos ( Nicéforo, história eclesiástica, livro 2, capítulo 25— Teodoreto, Tradição da Igreja.), partiu com Marcos, seu secretário, para a capital do império, Roma, onde fixou a sua sede para sempre. Assim como um valente general, logo que começa a peleja, lança às vezes a sua bandeira ao meio das tropas inimigas para animar os seus soldados, também o chefe da Igreja, vendo travado o combate da fé com o paganismo, vai ele mesmo implantar o estandarte da Cruz no centro da idolatria. “E desse modo, diz S. Leão Magno, que um pobre barqueiro, que tinha trepidado diante de uma simples escrava, foi encarar sem medo a onipotência dos Césares.”

Esse fato importante, e de uma coragem evidentemente sobrenatural, tem toda a certeza histórica possível. Toda a tradição o afirma pela voz dos homens e dos monumentos. Atestam-no: no primeiro século, S. Papias, Papa S. Clemente e Santo Inácio de Antioquia; no segundo século, S. Dionísio, bispo de Corinto, Santo Irineu (livro III, capítulo 3) e S. Justino, em sua Apologia; no terceiro, S. Clemente de Alexandria, Tertuliano, Orígenes e S. Cipriano; no quarto, Arnóbio, Santo Epifânio”, Eusébio, São João Crisóstomo e Santo Ambrósio; no quinto, S. Jerônimo, Santo Agostinho “, S. Optato”, Orósio”, Teodoreto”, etc. “A ida de S. Pedro a Roma, diz Barônio, é certificada por todos os escritores eclesiásticos nas duas Igrejas, grega e latina”.

No século segundo, Caio, jurisconsulto romano do tempo do Papa Zeferino, refere que os fiéis afluíam a Roma a fim de visitar os sepulcros de S. Pedro e de S Paulo. Juliano, o Apóstata, diz que, antes da morte de S. João, eram venerados secretamente pelos cristãos os corpos desses dois Apóstolos. Desde os primeiros séculos até os nossos dias, essa veneração e afluência dos fiéis têm conservado sempre esse caráter de perpetuidade e de universalidade, que é como o selo incomunicável da verdade. Ademais, o estabelecimento da sede de S. Pedro em Roma comemora-se na Igreja com uma festa especial desde tempo imemorial. Dão fé disso os mais antigos Martirológios; e um concílio de Tours, celebrado em 567, intentou remediar os abusos que nela se haviam introduzido. Belet, teólogo parisiense que escrevia há 500 anos, diz que se tinha instituído essa festa para desviar os cristãos de imitar os idólatras, que, em certos dias do mês de fevereiro, punham carnes sobre as sepulturas de seus pais. Esse último testemunho, sobretudo, faz evidentemente remontar essa festa aos primeiros dias do cristianismo.

Além disso, nenhuma seita antiga negou esse ponto histórico tão importante. Dentre os modernos, impugnaram-no alguns protestantes; mas os sábios mais recomendáveis da Reforma conformam-se a esse respeito com toda a história. “Nós temos, diz o Barão de Stark, em favor da primazia do episcopado de S. Pedro em Roma, o testemunho de toda a antiguidade cristã, desde Papias e Irineu, que ambos viviam no segundo século da Igreja e dos quais o primeiro era um discipulo de S. João Evangelista.” Basnage declara que nenhuma tradição tem mais testemunhos em seu favor e que não se pode duvidar dela sem destruir toda a certeza histórica. Pearson diz que nenhum dos antigos contestou a fundação da Igreja romana por S. Pedro nem a sucessão dos Papas. Puffendorf, em seu Livro da monarquia do Pontífice romano, e Grócio, em suas Cartas, falam claramente a favor da primazia da Igreja romana e da sua sucessão episcopal; e é tão incontestável essa verdade que nem Lutero, nem Calvino, nem os centuriadores de Magdeburgo tentaram impugná-la (Centuriadires deMagdeburgo> Nome dado a sete ministros protestantes que, em 1552, principiaram a publicar em magdeburgo uma história eclesiástica, repartida por séculos, à qual puseram o título centúrias). Calvino diz que não ousa negar que S. Pedro morresse em Roma, “por causa do consenso dos escritores”, propter scriptorum consensum. Leibnitz, Hammond, Scaligero, Newton, Blondel, Barratier, Bertoldo, Cave, Shroch, William, Cobbet, etc. declararam-se tão abertamente pela ida de S. Pedro a Roma como os mais fervorosos católicos. “É preciso ter perdido o juízo, diz o sábio alemão Leandro, para rejeitar o testemunho unânime da antiguidade eclesiástica e não admitir que S. Pedro estivesse em Roma. (Nícolas, estudos filosóficos, tratado da história da infalibilidade dos Papas; Gorini e John Maccorry, supremacia de São Pedro. Calvino, institutas, livro 4 e 6).

ORIGENS DOS TRÊS PRIMEIROS PATRIARCADOS

Roma era a capital do mundo, principalmente do Ocidente: Pedro estabeleceu nela a sua sede, “para dali apascentar os cordeiros e as ovelhas de Jesus Cristo”. Antioquia, cognominada a grande, para distingui-la de suas homônimas, em número de dez ou doze, era a capital do Oriente, e Pedro para lá tinha levado a sua sede. Alexandria era a capital do Egito: de Roma, Pedro enviou para ali Marcos, seu discípulo, cerca do ano 60, a fim de fundar uma Igreja em seu nome (Alexandriae Marcum proefecit Petrus [Nicéforo, Félix, Teodoreto]. Roma, Antioquia e Alexandria eram, de alguma sorte, diz Jager, as três metrópoles do politeísmo; cada uma delas tinha um panteão. O chefe dos Apóstolos começa por implantar ali o estandarte sagrado; vai assim direto ao inimigo e o fere no coração. Cada uma dessas três grandes capitais estava colocada no centro do movimento intelectual e comercial da parte do mundo a que ela presidia. Porém todas três podiam corresponder-se mutuamente, receber ou dar expeditamente as suas ordens, porque estavam situadas às margens desse mar, que não é mais que um Iago em comparação do imenso oceano. Era, pois, difícil imaginar melhor situação para os patriarcados nos pontos de vista geográfico, político e religioso. As igrejas dessas três grandes capitais do mundo então conhecido chamaram-se patriarcas e apostólicas. por causa da supremacia de Pedro. É isso tão notório que, no século V, querendo um imperador e um concílio ecumênico, o de Calcedônia, conferir a dignidade de patriarca ao bispo da nova Roma ou de Constantinopla, recorreram ao sucessor de Pedro nestes termos: “Dignai-vos derramar também por sobre a lgreja de Constantinopla os raios de vosso primado apostólico”. O que mostra que, no sentir da Igreja, o patriarcado não é mais que uma dimanação do primado de Pedro, cuja plenitude reside na sede de Roma. (Bastará que uma Igreja seja fundada por Pedro para ser patriarcal? Não. É necessário, diz Thomassin, que Pedro quisesse ali estabelecer de um modo especial a preeminência do seu trono, da disciplina, livro 1, capítulo 3).

Tratado de história eclesiástica, volume 1 — Padre RIVAUX, 1876— Brasília: Editora Pinus, 2011.

Fonte: Apologistas da Fé Católica

É ordenado na França apenas 1 padre para cada 12 que falecem

Ordenação da Diocese de Nanterre, 2021 | © Marc-Antoine Mouterde
Por Francisco Vêneto

Além disso, a França perde um edifício cristão e ganha uma mesquita a cada 15 dias.

É ordenado na França apenas 1 padre para cada 12 que falecem, conforme dados publicados pelo jornal Le Figaro. A idade avançada dos sacerdotes franceses é um dos grandes desafios pastorais do país, que tem a menor participação de fiéis na Santa Missa em todo o continente europeu.

A média de idade dos padres na França é de 75 anos, com algumas dioceses em situação particularmente delicada: na de Arras, por exemplo, nada menos que a metade dos sacerdotes tem mais de 80 anos.

Em dias recentes, a notícia de que o país contará neste ano com 130 novos sacerdotes trouxe uma lufada de esperança aos católicos franceses, mas o trabalho que os espera é gigantesco numa terra que se tornou profundamente secularizada.

A redução drástica das vocações religiosas e a baixa participação numérica de fiéis na vida da Igreja contrasta, além disso, com um cenário de expansão da religião islâmica numa nação que tantos santos e santas já deu a Cristo: de acordo com Edouard de Lamaze, presidente do Observatório do Patrimônio Religioso de Paris, a França perde um edifício cristão e ganha uma mesquita a cada 15 dias.

1 padre para cada 12 que falecem

Os padres franceses literalmente sentem o peso do muito trabalho que lhes coube nestes tempos, com um preocupante crescimento do risco de “burnout” – o esgotamento físico e emocional grave. Em paralelo, fala-se agora também no crescente risco de “bore out”, um termo que procura registrar a sensação de não mais se ter espaço ou serventia na vida dos outros.

Diante da tentação do desânimo ou até da desistência, porém, vale recordar a parábola do grão de mostarda e as menções do próprio Cristo ao pequeno rebanho das suas ovelhas. Nem sempre os números decidem. A Igreja mesma, afinal, se estendeu por todos os continentes a partir de um ínfimo grupo de doze pescadores, despreparados e chamados de uma das mais periféricas e problemáticas províncias de um poderoso império pagão que se expandia com força – mas abertos à graça de Deus e dispostos a testemunhar a Boa Nova ao preço da própria vida.

Fonte: Aleteia

Estudo revela que ir à Missa traz benefícios à saúde

Guadium Press
“A Missa não é um seguro de vida contra a morte, mas sim um seguro de Vida Eterna que começa já a partir desta vida”, afirmou o Padre Sergio G. Román.

Redação (02/07/2021 16:56, Gaudium Press) Nos últimos anos vários estudos mostraram que praticar alguma religião traz benefícios para a saúde. Um deles, realizado pela ‘Harvard Chan School of Public’, chamado ‘Association of religious service attendance with mortality among Women’ (Associação de assistência a serviços religiosos com mortalidade de mulheres), revelou que ir à Missa traz muitos benefícios para a saúde.

Para obter esta porcentagem, os pesquisadores relacionaram dados sobre a assistência a serviços religiosos e mortalidade entre as mulheres. Dados que foram coletados com mais de 74 mil mulheres, tendo em conta algumas considerações como antecedentes clínicos, estilos de vida e fatores demográficos.

Guadium Press

Os que vão à Missa têm menos risco de morrer por câncer

De acordo com o estudo, as mulheres que vão à Missa ou procuram a Igreja para rezar pelo menos uma vez por semana têm 27% menos risco de enfermidade cardiovascular, e 21% menos risco de morrer por câncer.

O estudo conclui de maneira contundente assegurando que “a religião e a espiritualidade estão sendo um recurso pouco apreciado e que os médicos deveriam explorar mais com seus pacientes”.

Guadium Press

Os que vão à Missa recebem os benefícios da graça divina de uma forma palpável

“A Missa não é um seguro de vida contra a morte, mas sim um seguro de Vida Eterna que começa já a partir desta vida (…) Os que vão à Missa recebem de uma forma palpável os benefícios da graça divina que se manifestam em uma vida mais sã, mais ordenada, mais integrada à comunidade e mais harmônica no familiar”, afirmou o Padre Sergio G. Román.

O sacerdote conclui explicando que “a enfermidade volta ao homem especialmente vulnerável e necessitado da misericórdia de Deus e por isso Jesus nos deixou como mandato não somente pregar o Evangelho, mas o visitar e ungir os enfermos. Seria muito interessante um estudo médico sobre a efetividade do sacramento da Unção dos Enfermos em seus pacientes. A experiência sacerdotal nos ensina que este santo sacramento atua maravilhosamente nos enfermos, dando-lhes fortaleza para lutar contra sua enfermidade, serenidade, tranquilidade de alma e muitas vezes, muito frequentemente, dando-lhes a saúde do corpo”, conclui o Padre Román. (EPC)

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Roma em 2022: Papa convida famílias do mundo inteiro a preparar encontros locais

O logo traz a Praça São Pedro,
lugar indicativo por excelência da Igreja católica

Francisco apresentou nesta sexta-feira (2) o X Encontro Mundial das Famílias que acontece em junho de 2022. A sede será Roma, porém, o Pontífice antecipou que a modalidade de participação será ampliada. Através de um tuíte, convidou cada diocese a “ser o centro de um encontro local para suas próprias famílias e comunidades”. Nesta sexta-feira (2), também foi revelado o logotipo do evento e, assim, os símbolos estão apresentados: logotipo, hashtag (#WMOF2022), oração e hino.

Andressa Collet - Vatican News

O Papa Francisco, através de uma mensagem em vídeo, apresentou nesta sexta-feira (2) o X Encontro Mundial das Famílias marcado para o período de 22 a 26 de junho de 2022, em Roma. Na ocasião, também foram divulgadas as modalidades de participação, além de ser revelado o logo do evento, com o próprio vídeo de animação, promovido pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, e organizado pela diocese de Roma. Assim, a próxima edição já tem logotipo, hashtag (#WMOF2022), oração, hino, imagem e forma “inédita e multicêntrica” de participação, como antecipou o próprio Pontífice pelo vídeo e um tuíte:

“O próximo Encontro Mundial das Famílias com o tema ‘Amor em família: vocação e caminho da santidade’, assumirá uma forma multicêntrica e ampliada: cada diocese pode ser o centro de um encontro local para suas próprias famílias e comunidades.”

https://youtu.be/02QCvep9mlo

Dioceses do mundo inteiro envolvidas

O encontro, inicialmente previsto para 2021, será promovido em 2022 com iniciativas globais nas dioceses do mundo inteiro, análogas às que, ao mesmo tempo, se farão em Roma, a sede oficial. Essa foi a forma encontrada para poder permitir que as famílias e comunidades se sintam protagonistas, num momento em que ainda é difícil viajar por conta da pandemia.

Roma, então, segundo uma nota divulgada pela Sala de Imprensa da Santa Sé, vai receber o Festival das Famílias e o Congresso teológico-pastoral, ambos realizados na Sala Paulo VI, no Vaticano, além da missa na Praça São Pedro. Ao mesmo tempo, em cada diocese, os bispos podem se mobilizar em nível local para programar iniciativas similares, a partir do tema e com o uso dos símbolos do encontro.

O cardeal Kevin Farrell, prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, comenta que, ao longo dos anos, “esse importante encontro eclesial tem recebido uma participação sempre crescente das famílias. Milhares de pessoas que participaram das edições mais recentes, com a riqueza da sua língua, cultura e experiência, foram um sinal eloquente da beleza da família para a Igreja e para a humanidade inteira. Devemos continuar por esse caminho, procurando envolver ainda mais as famílias nessa belíssima iniciativa”. Já o cardeal Angelo De Donatis, afirmou que “se trata de aproveitar uma oportunidade preciosa e única para relançar a pastoral familiar com fervor missionário e criatividade renovados, a partir das indicações que foram dadas pelo Santo Padre na exortação Amoris laetitia, ou seja, com a participação dos esposos, das famílias e dos pastores”.

A descrição do logotipo

O logo pensado para o X Encontro Mundial das Famílias retoma a forma elíptica da colunata de Bernini, na Praça São Pedro, lugar indicativo por excelência da Igreja católica, e o envia ao seu significado original, que é o abraço acolhedor da Igreja-Mãe de Roma e do seu bispo a todos os homens e mulheres. As cores dominantes, amarelo e vermelho, são uma clara referência ao brasão de Roma, um traço gráfico que visa expressar uma intensa ligação com a comunidade.

Já as figuras humanas que estão debaixo da cúpula e da cruz que representam marido, mulher, filhos, avós e netos. Uma imagem que evoca a ideia da Igreja como “família de famílias”, proposta por Amoris Laetitia (AL 87), em que “o amor vivido nas famílias é uma força permanente para a vida da Igreja” (AL 88). A cruz de Cristo, delineada no alto, e os muros de proteção parecem ser erguidos pelas famílias, como autênticas pedras vivas da construção eclesial. Do lado esquerdo, em cima da fina linha da colunata, percebe-se a presença de uma família que se encontra na mesma posição das estátuas dos santos que estão em cima das colunas da praça. Dessa forma, nos recordam que a vocação à santidade é uma meta possível para todos. Indicam, também, que é possível viver a santidade na simplicidade da vida quotidiana.

A família à esquerda, que aparece por detrás da linha da colunata, representa também as famílias não católicas, distantes da fé e da Igreja, que observam de fora o evento eclesial que acontece dentro. A comunidade eclesial sempre teve uma grande atenção para eles. Além disso, percebe-se um dinamismo das figuras em movimento para a direita. Vão para fora. São famílias em saída, testemunhas de uma Igreja que não é autorreferencial, vão à procura de outras famílias, para tentar se aproximar delas e partilhar a experiência da misericórdia de Deus.

A oração oficial

O amor na família: vocação e caminho de santidade

Pai Santo,

estamos aqui diante de Ti

para louvar-Te e agradecer-Te

pelo grande dom da família.

Nós Te pedimos pelas famílias

consagradas no sacramento do matrimônio,

para que possam redescobrir

todos os dias a graça recebida

e, como pequenas Igrejas domésticas,

saibam testemunhar a Tua presença

e o amor com o qual Cristo ama a Igreja.

Nós Te pedimos pelas famílias

Que passam por dificuldades e sofrimentos,

doença ou por problemas que só Tu conheces:

que Tu as sustentes e as tornes conscientes

do caminho de santificação ao qual as chamas,

para que possam experimentar a Tua infinita misericórdia

e encontrar novos caminhos para crescer no amor.

Nós Te pedimos pelas crianças e jovens

para que possam encontrar-Te

e responder com alegria à vocação que planejaste para eles;

por seus pais e avós,

para que sejam conscientes

de serem um sinal da paternidade e maternidade de Deus

no cuidado dos filhos que, na carne e no espírito,

Tu confias a eles;

pela experiência de fraternidade

que a família pode dar ao mundo.

Senhor, concede que cada família

possa viver a própria vocação à santidade na Igreja

como um chamado para ser protagonista da evangelização,

a serviço da vida e da paz,

em comunhão com os sacerdotes e em cada estado de vida.

Abençoa o Encontro Mundial das Famílias.

Amém.

Oração oficial para o X Encontro Mundial das Famílias 22-26 de junho de 2022

Fonte: Vatican News

Ginasta dos EUA leva fé católica à Olimpíada de de Tóquio

Grace McCallum | Inside Gymnastics Magazine

REDAÇÃO CENTRAL, 02 jul. 21 / 04:14 pm (ACI).- A ginasta olímpica americana Grace McCallum é uma jovem católica que levará suas habilidades e sua fé em Cristo aos jogos olímpicos de Tóquio, no Japão.

Os XXXII Jogos Olímpicos da história moderna serão realizados na cidade de Tóquio, entre 23 de julho e 8 de agosto deste ano. A competição esportiva mais importantes do mundo estava programada para 2020, mas foi adiada para o 2021 devido às medidas de combate à pandemia da covid-19.

 Grace, de 18 anos, é uma das seis atletas da equipe de ginástica feminina dos Estados Unidos. Nascida em Isanti, no estado americano de Minnesota, Grace é filha de Sandy e Ed McCallum, e tem cinco irmãos. A família McCallum pertence à paróquia de Santa Elizabeth Ann Seton, na cidade de Isanti, mas também frequenta a igreja de São Patrício, em Oak Grove.

Segundo a revista católica Central Minnesota Catholic em 2019, Grace não viaja a nenhum lugar sem levar seu terço e uma cruz especial, herança da avó. Sua mãe disse à revista que sua filha “viaja com essas coisas para ter paz e calma”.

A família McCallum valoriza o poder da oração. Sua mãe, Sandy, afirmou que a oração é fundamental para a filha. É “uma daquelas áreas que consideramos que ´mantém ela concentrada´. Que continue rezando, porque realmente faz a diferença”.

Sandy afirmou que não há nada mais significativo para sua filha do que as pessoas que vêm e dizem que estão orando por ela, pois a ginástica é um esporte muito difícil.

Ela contou que, em 2019, durante os campeonatos realizados nos Estados Unidos, Grace e toda sua família rezaram pedindo a intercessão de Santa Filomena, a santa da crisma de Grace. O dia 11 de agosto, dia da festa de Santa Filomena, foi também o segundo dia da competição naquele ano, na qual Grace conquistou a medalha de bronze. Sandy disse que “foi genial” que o sucesso de Grace fosse coroado no dia da santa.

Grace é consciente do talento que Deus lhe deu para a ginástica. “Preciso usá-lo e não o desperdiçar”, disse a jovem.

Sua mãe sempre viaja acompanhando a filha nas competições, embora a única coisa que a motiva é ir à igreja. “Eu encontro uma igreja perto, porque me ajuda a me concentrar e posso estar ali para a Grace”, disse.

Fonte: ACI Digital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF