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sexta-feira, 16 de julho de 2021

Os desafios de quem sofre com os sintomas da ansiedade

Canção Nova - Formação

Por Pe. Adriano Zandoná

A ansiedade, como afirmamos, tem evoluído para um estado de desequilíbrio e ocasionado enfermidades em muitas pessoas. Ela tem tornado cativas uma multidão de mentes, fazendo-as existir sob o signo da confusão e da pressa. Por isso, precisamos, cada vez mais, ter consciência dos riscos que ela encerra, prevenindo a nós mesmos e aos nossos diante dos gatilhos que a podem acentuar.

Sintomas da ansiedade

Os sintomas de um quadro intenso de ansiedade são multiformes e facilmente podem chamar a nossa atenção. O Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), por exemplo, pode afetar tanto a maneira como construímos nossos pensamentos como a nossa realidade física, fazendo com que inúmeros sintomas venham à tona.

As pessoas com este tipo de desordem poderão, se não desenvolverem um cuidado atento e proativo diante dessa realidade, evoluir para uma depressão ou para outros problemas adicionais com uso indevido de drogas ou álcool.

De forma geral, a ansiedade é um sentimento incômodo e típico de quem vive se preocupando com as coisas que ainda vão acontecer. É basicamente uma preocupação acentuada por estímulos demasiados, ressaltados por uma carga exorbitante de informação recebida, todos os dias, a qual nos faz cogitar milhões de possibilidades e motivos de apreensão.

Vida agitada, excesso de informações, pressão e estresse se somam, gerando esse desajuste, que tem prejudicado muito a qualidade de nossa vida. Tudo isso não pode ser desprezado nem subestimado. É hora de encarar essa realidade! Você está pronto?

1º Episódio

Neste primeiro vídeo da série “Segredos para Curar a Ansiedade”, o sacerdote da Comunidade Canção Nova padre Adriano Zandoná convida você a identificar os sinais de quem sofre de ansiedade.

“Apresentarei cinco posturas objetivas que são simples e intuitivas, mas possuem uma substancial eficácia para nos proporcionar um resgate do equilíbrio em nosso corpo e em nossas emoções”, disse padre Adriano.

https://youtu.be/UwRbqDPelL4

Fonte: https://formacao.cancaonova.com/

“SALVAR VIDAS” É A MARCA MAIS EVIDENTE DA PRESENÇA MISSIONÁRIA DA IGREJA NO BRASIL NO HAITI, DIZ IRMÃ MARIA DE FÁTIMA KAPP

CNBB

A irmã Maria de Fátima Kapp, missionária Serva do Espírito Santo e assessora executiva do Setor Missão da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), desde o 1º de junho de 2015 é uma das coordenadoras do projeto missionário intercongregacional Nazaré, desenvolvido a partir de setembro de 2010 no Haiti graças a uma parceria entre a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a CRB e a Cáritas Brasileira.

Irmã Maria de Fátima em uma das visitas que fez à
missão no Haiti. Fotos: arquivo pessoal.

Neste tempo, a religiosa visitou cinco vezes as missionárias e a comunidade intecongregacional no Haiti pela qual já passaram 19 irmãs de 19 institutos e congregações religiosas. As visitas tiveram um caráter de fortalecimento da missão por meio da formação e da avaliação do projeto. 

Sobre a realidade do país, ela aponta o crescimento, nos últimos anos, da violência e da pobreza de forma “assombrosa”. No país mais pobre da América Latina, a violência, aponta a religiosa, é estrutural. “Problemas como a falta de emprego, de oportunidades e a fome, frutos de uma crise sócio-política-econômica-humanitária, assolam o país”, afirma.

Na entrevista abaixo, ela fala sobre as marcas da presença missionária do Brasil naquele país. Segundo ela, ao longo dos dez anos do projeto, as marcas são abrangentes e diversificadas na evangelização, educação, formação, em projetos de economia solidária e na saúde e nutrição da população. Salvar vidas, segundo ela, é o fruto mais evidente da presença da missão no Haiti que marcadamente tem um rosto feminino. A seguir, leia a íntegra da entrevista que ela concedeu ao portal da CNBB. 

Olhando ao longo destes 10 anos, o que podemos afirmar que são as marcas da presença missionária da Igreja no Brasil no Haiti?

Ao longo de dez anos, quase onze anos de da presença da Igreja do Brasil no Haiti, podemos afirmar que a partir dos eixos norteadores de atuação: Evangelização/Formação, Economia solidária, Saúde e nutrição, as marcas desta presença missionária são muitas, abrangentes e diversificadas.

1. Evangelização, educação e formação: neste eixo está integrada também a Educação, que se concretiza mediante encaminhamento de jovens, adolescente e crianças à Escola, providenciando recursos necessários e o acesso escolar. Esses estudantes são acompanhados pelas Irmãs, tanto em suas necessidades materiais, como no rendimento escolar e nutricional. Às mulheres e jovens proporciona-se alfabetização, por meio de oficinas.

  • Formação: humana, cultural, religiosa e lúdica (dança e desenho). Para as crianças pequenas que estavam sendo ameaçadas de abusos, por ficarem sozinhas em casa, foi criada uma brinquedoteca, com assistência de uma monitora e àquelas que necessitavam foi lhes proporcionado atendimento terapêutico.
  • Inserção na Igreja local: colaboração na capela Santo Tomaz (Bairro Corail) com os padres Scalabrianianos.
  • Infância Missionária: organizada pela Irmãs e reuniões semanais com celebração mensal (antes da pandemia).
  • Destaco a formação de lideranças (mulheres e jovens) comprometidas e atuantes. Amizades e colaboração diária de mulheres no Centro Social de Evangelização.
  • Mulheres que saem em visita e missão, com as Irmãs, para os locais mais afastados.
  • Jovens que se profissionalizaram, com a colaboração das Irmãs e conseguiram trabalho para seu sustento. Alguns foram contratados pelas Irmãs, para serviços de reforma e manutenção no centro de Evangelização e na construção do Centro de Nutrição.
  • Adesão da valores humanos-sociais-religiosos-relacionais das mães haitianas.

    Religiosa acompanha oficina de produção de sandálias de couro
    para geração de renda. Fotos: arquivo pessoal.

2. Economia solidária: tem proporcionado cursos e a produção para a venda: bordado, com mulheres e adolescentes; corte-costura, artesanato, culinária, sabão líquido. Esses bordados e artesanatos são comercializados em vários países, além do Haiti: Brasil, República Dominicana, França, Itália e Estados Unidos.

3. Saúde e nutrição: a partir desse eixo foi constituído o grupo de pessoas idosas que recebem formação, atendimento e orientação para o cuidado pessoal. Grupo das mães e gestantes com acompanhamento e preparação para enxovais do bebê; atendimento às crianças desnutridas com a pesagem, encaminhamento médico, entrega da farinha enriquecida fabricação de xarope caseiro, pomadas, ervas. Desse grupo surgiram voluntárias que foram treinadas e prestavam auxilio às Irmãs.

Quais são, em sua avaliação, os principais frutos desta presença missionária?

Salvar vidas é o fruto mais evidente. Implantação da Pastoral da Criança tem sido fundamental, visto que desnutrição é severa. A Construção do Centro de Social e de Evangelização, pelas entidades mantenedoras do Projeto: CNBB e CRB Nacional, em 2013; a sua atuação e ampliação no decorrer dos anos. A Formação às agentes da Pastoral da Criança. A Construção do Centro de Nutrição com várias parcerias: congregações, Missão Belém, Paróquia da Alemanha e CRB Nacional. A residência das Irmãs no Bairro Corail Cesselesse e a mudança das Irmãs para esse local, inserindo-se na realidade do povo.

Quais os desafios, considerando a realidade atual do Haiti, para a continuidade desta missão agora em sua nova fase?

A violência estrutural. Sempre houve grandes manifestações, paralisações, medo, assaltos, sequestros, violência aos estrangeiros, etc. A falta de emprego, de oportunidades e a fome que assola o país. A crise sócio-política-econômica- humanitária. Parece que nos últimos anos a violência e a pobreza têm crescido de forma assombrosa. Faltam políticas públicos, não existem programas humanitários e sociais no país. As Instituições de Educação e de Saúde são particulares e remuneradas. Poucas missionárias que enfrentam o medo e se entregam à missão Ad Gentes, pelo Reino. Estamos com falta de religiosas na comunidade INTER. Os recursos financeiros escassos. A dificuldade de encontrar parcerias no país do Haiti. Cada instituição é muito solitária e as missionárias se sentem sozinhas. As missionárias estão expostas a vários tipos de riscos e ameaças. Encontrar congregações e religiosas para compor a comissão de coordenação para dar continuidade à missão Intercongregacional.

Celebração em Ação de Graças pela nova fase da missão

No próximo sábado, dia 17 de julho, às 11h, na capela Nossa Senhora Aparecida (sede da CNBB), uma Celebração Eucarística em Ação de Graças pela Missão no Haiti vai marcar a nova fase da presença da Igreja no Brasil naquele país, especialmente a conquista de uma nova residência para o projeto missionário. A celebração, a ser presidida pelo bispo auxiliar do Rio de Janeiro e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portela Amado, será transmitida pelas redes sociais da CNBB, CRB e demais parceiros.

Irmã Fátima com crianças do bairro Coral Cesselesse, onde se localiza
a missão do Brasil no Haiti.

Fonte: CNBB

CARTA ENCÍCLICA "HUMANI GENERIS" (Parte 3/10)

Papa Pio XII | Derradeiras Graças

CARTA ENCÍCLICA "HUMANI GENERIS"

DE SUA SANTIDADE

O PAPA PIO XII

 

SOBRE  OPINIÕES FALSAS QUE
 AMEAÇAM A DOUTRINA CATÓLICA

 

A nossos veneráveis irmãos
os Patriarcas, Primazes, Arcebispos e Bispos
 e demais Ordinários locais em paz e comunhão com a Sé Apostólica.

II. INFILTRAÇÃO DESSES ERROS NO PENSAMENTO CATÓLICO

 

 

9. Os teólogos e filósofos católicos, que têm o grave encargo de defender e imprimir nas almas dos homens as verdades divinas e humanas, não devem ignorar nem desatender essas opiniões que, mais ou menos, se apartam do reto caminho. Pelo contrário, é necessário que as conheçam bem; pois não se podem curar as enfermidades antes de serem bem conhecidas; ademais, nas mesmas falsas afirmações se oculta por vezes um pouco de verdade; e, por fim, essas opiniões falsas incitam a mente a investigar e ponderar com maior diligência algumas verdades filosóficas ou teológicas.

 

10. Se nossos filósofos e teólogos somente procurassem tirar esse fruto daquelas doutrinas, estudando-as com cautela, não teria motivo para intervir o magistério da Igreja. Embora saibamos que os doutores católicos em geral evitam contaminar-se com tais erros, consta-nos, entretanto, que não faltam hoje os que, como nos tempos apostólicos, amando a novidade mais do que o devido e também temendo que os tenham por ignorantes dos progressos da ciência, intentam subtrair-se à direção do sagrado Magistério e, por esse motivo, acham-se no perigo de apartar-se insensivelmente da verdade revelada e fazer cair a outros consigo no erra.

 

11. Existe também outro perigo, que é tanto mais grave quanto se oculta sob a capa de virtude. Muitos, deplorando a discórdia do gênero humano e a confusão reinante nas inteligências dos homens e guiados por imprudente zelo das almas, sentem-se levados por interno impulso e ardente desejo a romper as barreiras que separam entre si as pessoas boas e honradas; e propugnam uma espécie de "irenismo" que, passando por alto as questões que dividem os homens, se propõe não somente a combater em união de forças contra o ateísmo avassalaste, senão também a reconciliar opiniões contrárias, mesmo no campo dogmático. E, como houve antigamente os que se perguntavam se a apologética tradicional da Igreja constituía mais impedimento do que ajuda para ganhar almas a Cristo, assim também não faltam agora os que se atreveram a propor seriamente a dúvida de que talvez seja conveniente não só aperfeiçoar mas também reformar completamente a teologia e o método que atualmente, com aprovação eclesiástica, se emprega no ensino teológico, a fim de que se propague mais eficazmente o reino de Cristo em todo o mundo, entre os homens de todas as civilizações e de todas as opiniões religiosas.

 

12. Se tais propugnadores não pretendessem mais do que acomodar, com alguma renovação, o ensino eclesiástico e seus métodos às condições e necessidades atuais, não haveria quase nada que temer; contudo, alguns deles, arrebatados por imprudente "irenismo", parecem considerar como óbice para restabelecer a unidade fraterna justamente aquilo que se fundamenta nas próprias leis e princípios legados por Cristo e nas instituições por ele fundadas, ou o que constitui a defesa e o sustentáculo da integridade da fé, com a queda do qual se uniriam todas as coisas, sim, mas somente na comum ruína.

 

13. Os que, ou por repreensível desejo de novidade, ou por algum motivo louvável, propugnam essas novas opiniões, nem sempre as propõem com a mesma intensidade, nem com a mesma clareza, nem com idênticos termos, nem sempre com unanimidade de pareceres; o que hoje ensinam alguns mais encobertamente, com certas cautelas e distinções, outros mais audazes propalarão amanhã abertamente e sem limitações, com escândalo de muitos, em especial do clero jovem, e com detrimento da autoridade eclesiástica. Mais cautelosamente é costume tratar dessas matérias nos livros que são postos à publicidade, já com maior liberdade se fala nos folhetos distribuídos privadamente e nas conferências e reuniões. E não se divulgam somente estas doutrinas entre os membros de um e outro clero, nos seminários e institutos religiosos, mas também entre os seculares, principalmente aqueles que se dedicam ao ensino da juventude.

PIO PP. XII

No Céu nós veremos os nossos entes queridos?

Shutterstock | Love You Stock
Por Prof. Felipe Aquino

Muitos fazem esta pergunta: os santos doutores respondem.

Diz Santo Tomás de Aquino que “a contemplação da Essência divina não absorve os santos de maneira a impedir-lhes a percepção das coisas sensíveis, a contemplação das criaturas e a sua própria ação. Reciprocamente, essa percepção, essa contemplação e essa ação não os podem distrair da visão beatífica de Deus. Assim era em relação a Nosso Senhor aqui na terra” (Suma Teológica 30,84).

Santo Agostinho disse que os bem-aventurados formarão uma cidade, onde terão todos “uma só alma e um só coração”, de tal sorte que, na perfeição dessa unidade, os pensamentos de cada um não serão ocultos aos outros.

São Francisco Xavier, em missão pelas Índias, escrevia com saudades de Santo Inácio de Loyola, seu pai espiritual:

Dizeis, no excesso de vossa amizade por mim, que desejareis ardentemente ver-me ainda uma vez antes de morrer. Ah! só Deus, que vê o interior dos corações, sabe quão viva e profunda impressão causou em minha alma este doce testemunho de vosso amor para comigo. Cada vez que me lembro dele – e isso se dá muitas vezes – involuntariamente me correm lágrimas dos olhos. Peço a Deus que, se não pudermos nos tornar a ver na terra, gozemos unidos na feliz eternidade o repouso que não se pode encontrar na vida presente. De fato, não nos tornaremos a ver na terra senão por meio de cartas. Mas no Céu, ah! sê-lo-á face a face! E então como nos abraçaremos! (Cartas de São Francisco Xavier, 93, n. 3).

Na Oração das Exéquias (encomendação do corpo do falecido), a Igreja reza:

“Senhor, neste momento em que vai desaparecer para sempre dos nossos olhos este rosto que nos era tão querido, elevamos para Vós o nosso olhar: fazei que este nosso irmão N.; possa contemplar-Vos face a face no vosso reino, e avivai em nós a esperança de voltarmos a vê-lo junto de Vós e a conviver com ele na vossa presença pelos séculos dos séculos. Amém”.

Grande felicidade

No Céu tornaremos a encontrar os nossos queridos, embora a visão de Deus seja mais forte que tudo. Que grande felicidade, depois de lhes havermos chorado tanto a ausência de longos anos, amargurados pela saudade que só se extingue na sepultura! “Meu Deus – exclama São Francisco de Sales – se a boa amizade humana é tão agradavelmente amável, que não será ver a suavidade sagrada do amor recíproco dos bem-aventurados?”

Santa Teresinha, em sua autobiografia escreveu: “Compreendi que no Carmelo, poderia ainda haver separações, que só no Céu a união será cabal e eterna” (n. 284).

No Céu nos veremos e os amaremos verdadeiramente. Este pensamento suaviza muito a chaga aberta no coração, quando vemos partir alguém que muito amamos, para a vida eterna. Não nos deixemos arrastar ao desespero. Não somos pagãos. O que além-túmulo nos espera, se formos fiéis a Deus e à sua santa lei, é a visão beatífica do Senhor e, nessa visão, os entes que nos precederam na morte. E nunca mais os perderemos, porque lá não haverá mais luto, nem pranto, nem tristeza, nem dor.

É difícil neste mundo, sustentar a amizade contra as ingratidões e outras dificuldades. No Céu, entretanto, nós nos amaremos em Deus, de uma amizade pura, sublime, como é a dos eleitos. Lá não haverá olhares indiferentes.

Reino de Deus

São Francisco de Sales dizia: “Como essa amizade é preciosa e como é preciso amar, na terra, como se ama no céu!” Ele considerava a verdadeira amizade cristã um prelúdio e antegozo do Céu:

Se a nossa amizade transforma-se em caridade, em devoção, em perfeição cristã, Ó Deus! quanto será preciosa! Oh! como é bom amar, na terra, como se ama no Céu, e aprender a estimar-nos, nesta vida, como nos havemos de estimar e querer eternamente na outra.

Os corações unidos aqui pelos laços de uma amizade pura e sobrenatural, continuarão sempre unidos no Céu. São Vicente de Paulo teve uma consoladora visão na morte de Santa Francisca Chantal, a fundadora da Visitação. Sabendo da grande enfermidade da santa pôs-se São Vicente a rezar por ela. E viu como pequeno globo de fogo, que se elevava da terra e se ia reunir nas regiões do ar a outro globo maior e mais luminoso, e ambos reunidos se elevaram mais, entraram e se derramaram num outro globo, infinitamente maior e mais luminoso do que os primeiros. Interiormente ouviu o santo a explicação do mistério. O primeiro globo era a alma de Santa Chantal, o segundo, a de São Francisco de Sales e o terceiro, a Essência Divina. As duas almas se uniram e ambas, a Deus, ao seu Soberano Princípio.

A esperança da Igreja é a vida eterna onde o Reino de Deus será pleno. Jesus disse a Pilatos: “Meu Reino não é deste mundo” (Jo 18,36). Por isso, a Igreja aguarda vigilante a vinda do Senhor. Era a esperança dos Apóstolos:

“Quando Cristo, nossa vida, aparecer, então também vós aparecereis com ele na glória” (Cl 3,4).

“Caríssimos, desde agora somos filhos de Deus, mas não se manifestou ainda o que havemos de ser. Sabemos que, quando isto se manifestar, seremos semelhantes a Deus, porquanto o veremos como Ele é” (1Jo 3,2).

“Nós, porém, somos cidadãos dos céus. É de lá que ansiosamente esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará nosso mísero corpo, tornando-o semelhante ao seu corpo glorioso, em virtude do poder que tem de sujeitar a si toda criatura” (Fl 3,20).

A Igreja sabe que é peregrina neste mundo. O termo paróquia quer dizer “terra de exílio”. São Paulo expressa bem esta realidade:

“Sabemos que todo o tempo que passamos no corpo é um exílio longe do Senhor. Andamos na fé e não na visão. Estamos, repito, cheios de confiança, preferindo ausentar-nos deste corpo para ir habitar junto do Senhor” (2Cor 5,6).

Por esta esperança a Igreja busca a santidade, pois sabe que sem ela “ninguém pode ver o Senhor” (Hb 12,14).

Santidade

Ser cristão em última instância, é desejar o céu, buscar a santidade e, para isso, desprender das satisfações da terra, aspirando as celestes. Deus fez tudo nesta vida precário, passageiro, transitório, para que não nos acostumemos a viver na terra, como se aqui fosse o céu. O destino da Igreja é o céu, a terra é o caminho.

“Vi, então, um novo céu e uma nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra desapareceram e o mar já não existia. Eu vi descer do céu, de junto de Deus, a Cidade Santa, a nova Jerusalém, como uma esposa ornada para o esposo. Ao mesmo tempo, ouvi do trono uma grande voz que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens. Habitará com eles e serão o seu povo, e Deus mesmo estará com eles. Enxugará toda lágrima de seus olhos e já não haverá morte, nem luto, nem grito, nem dor, porque passou a primeira condição. Então o que está assentado no trono disse: Eis que eu renovo todas as coisas. Disse ainda: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras. Novamente me disse: Está pronto! Eu sou o Alfa e o Ômega, o Começo e o Fim. A quem tem sede eu darei gratuitamente de beber da fonte da água viva. O vencedor herdará tudo isso; e eu serei seu Deus, e ele será meu filho” (Ap 21,1-7).

Fonte: Aleteia

Papa Francisco reza pelas vítimas de inundações na Alemanha e Bélgica

Imagem referencial. Papa Francisco reza no Vaticano.
Foto: Daniel Ibáñez / ACI Prensa

Vaticano, 16 jul. 21 / 09:55 am (ACI).- O papa Francisco expressou sua proximidade às vítimas das recentes enchentes que vem causando mortes e prejuízos na Alemanha. Em telegrama enviado no dia 15 de julho pela da Secretaria de Estado da Santa Sé, o cardeal Pietro Parolín transmitiu os sentimentos de pêsame do papa pelas vítimas “da tromba d´água na Renânia do Norte-Vestefália e Renânia-Palatinado”, no oeste da Alemanha.

A mensagem foi destinada ao presidente da Alemanha, Franz-Walter Steinmeier, e afirma que “o Santo Padre recebeu com consternação a notícia das graves consequências da tromba d´água”.

“Na oração, Sua Santidade recorda às pessoas que perderam a vida e expressa às suas famílias o seu mais sentido pesar e reza especialmente pelas pessoas que continuam desaparecidas, pelos feridos e pelos que sofreram danos ou perderam os seus bens em consequência das forças da natureza”, afirmou.

Francisco transmitiu “sua proximidade espiritual às unidades de emergência e às equipes de resgate” e implorou “a ajuda e a proteção de Deus para todos”.

As enchentes começaram na madrugada do dia 15 de julho e afetaram o oeste da Alemanha, o leste da Bélgica, Luxemburgo, os Países Baixos e o leste da França. São as piores enchentes registradas na Alemanha nas últimas décadas, superando as do ano de 2002.

Segundo os dados publicados pelas autoridades alemãs, mais de 100 pessoas já morreram. A falta de luz afeta uma população de 165 mil pessoas e várias linhas de trem estão interditadas. O exército alemão enviou cerca de 900 soldados à região para os trabalhos de busca e resgate das pessoas desaparecidas nos dois países afetados. Segundo o Ministério do Interior alemão, cerca de 15 mil pessoas trabalham nas operações de salvamento.

No dia 15 de julho, a chanceler alemã Angela Merkel realizava uma visita oficial aos Estados Unidos. Ela afirmou estar “chocada com a catástrofe” e que foi algo “impossível de descrever com palavras”. A líder alemã disse que a extensão total da tragédia “só será conhecida nos próximos dias” e se comprometeu a enviar mais ajuda do governo federal.

Fonte: ACI Digital

Nossa Senhora da Caridade do Cobre: Padroeira dos protestos em Cuba?

N. Senhora da Caridade do Cobre | Guadium Press
Imagens da padroeira de Cuba se misturaram com os gritos dos manifestantes de “Liberdade!” e “Pátria e Vida!”

Redação (15/07/2021 11:06Gaudium Press) Apesar do bloqueio de informações sobre o que ocorre em Cuba – principalmente o controle da mídia nacional pelo governo e a suspensão dos serviços de internet –, os olhos de todo o mundo permanecem atentos aos acontecimentos da ilha por causa do singularíssimo caráter das manifestações ocorridas nesses últimos dias contra o regime: manifestações generalizadas e surpreendentes, com repercussões no mundo inteiro e também brutalmente reprimidas pelo governo comunista.

No entanto, entre os muitos dados que continuam a chegar da ilha-prisão, há um que atrai a atenção e dá esperança a muitos católicos: apesar da perseguição aberta ou velada contra a religião, parece que os manifestantes anti-regime têm uma padroeira muito forte, a Virgem da Caridade, que em Cuba é adicionado o “sobrenome” do Cobre, Nossa Senhora da Caridade do Cobre.

Esperança não só porque do Santuário de Miami, que leva esse nome, enviaram mensagens de ânimo ao povo cubano e de indignação pelos abusos que esse povo tem sofrido nos últimos dias; ou porque o Pe. Cástor Álvarez, da Arquidiocese de Camagüey – preso no domingo e posteriormente libertado após esforços de seu bispo – abençoou os manifestantes com uma imagem de Nossa Senhora da Caridade; mas também porque o povo de Cuba ainda tem fé em Nossa Senhora e confia em sua ajuda nessas circunstâncias muito difíceis.

Imagens de Nossa Senhora se misturaram com os repetidos gritos de “Liberdade!” e “Pátria e Vida!”, uma referência ao lema oficial do regime socialista, “Pátria ou Morte”.

Uma situação crítica

Se os cubanos saíram em marcha apesar do onipresente aparato repressivo na ilha, é porque a situação é crítica: no último ano, a já paupérrima economia cubana contraiu 11% e os contágios causados pela pandemia dispararam. Cuba se recusou a receber ajuda humanitária, inclusive negando receber doações de vacinas de organizações internacionais. E, nesta situação crítica, quando não parece haver mais nenhuma razão humana de esperança, os cubanos recorrem a Nossa Senhora.

Contudo, o pedido não é apenas para que a situação econômica melhore, mas para uma mudança política de governo que inclua a liberdade de religião: “Não há liberdade de expressão, não há liberdade de religião, não há liberdade para nada”, o povo “já está farto, e quando se está farto, você perde o medo”, afirmou Ramón Dominguez, presidente dos municípios de Cuba no exílio.

Até agora, relatos informais dizem que 171 pessoas foram presas por causa das manifestações. A prisão do correspondente do jornal espanhol ABC e de uma famosa influencer no momento em que ela prestava depoimentos a um meio de comunicação também espanhol, foi muito visível. Entretanto, apesar das manifestações de força avassaladora do governo, há rumores de que nem tudo é compacto lá: afirma-se que o vice-primeiro-ministro renunciou e que alguns membros da família Castro deixaram o país.

Comunicado dos bispos

Em 12 de julho passado, os bispos de Cuba emitiram um comunicado, declarando que não podiam “fechar os olhos ou virar o rosto, como se nada estivesse acontecendo diante dos eventos que nosso povo tem vivido”. Eles entendem “que o governo tem responsabilidades e tem tentado tomar medidas para aliviar as dificuldades acima mencionadas” que afligem Cuba, mas entendem também “que o povo tem o direito de expressar suas necessidades, desejos e esperanças e, por sua vez, expressar publicamente como algumas medidas que foram tomadas estão afetando seriamente as pessoas”.

O comunicado recebeu todos os tipos de comentários – elogiosos por ter sido emitido em um ambiente repressivo e particularmente tenso – e também críticas, como a do dissidente cubano Carlos Payá, dizendo que não foi suficiente para condenar os apelos e as medidas do governo em relação à violência, que não enfatizou adequadamente os apelos dos manifestantes pela liberdade e mudança política, e que, assim, suscitou uma falsa equivalência entre as duas partes.

“A Igreja tem que ser um farol para onde as pessoas possam olhar”, declarou Payá, sublinhando o papel que a Igreja Católica desempenhou para pôr fim ao comunismo na Polônia, na década de 1980. Ele reconhece que semelhantes manifestações em massa na Venezuela, em 2019, não provocaram mudanças duradouras, e teme que algo semelhante possa acontecer em Cuba se a Igreja não estiver disposta a “dar um passo à frente”.

Parece que, após a repressão e a pouca pressão internacional ao regime comunista para permitir liberdades, esta seria mais uma tentativa fracassada dos cubanos de se libertarem de um jugo de mais de seis décadas. Mas o que aconteceu já foi uma vitória uma vez que enfraqueceu a esquerda mundial simpatizante do castrismo e fez o mundo inteiro voltar seus olhos para a terrível realidade cubana.

E se os cubanos realmente confiam seu destino à Rainha do Céu e da Terra, Ela não deixará de atender seu clamor, de uma forma ou de outra.

Com informações National Catholic Register

Nossa Senhora do Carmo

Papa Francisco diante de uma imagem de
Nossa Senhora do Carmo no Chile

Hoje queremos dizer como Santa Teresinha do Menino Jesus em seu poema Porque te amo Maria: “Faz-me sentir que não é impossível seguir os teus passos, ó Rainha dos eleitos. O estreito caminho do Céu, tornaste-o visível, praticando sempre as mais humildes virtudes”.

Vatican News

Hoje, 16 de julho, celebramos a Festa de Nossa Senhora do Carmo, solenidade na Ordem Carmelita que desde suas origens cultiva e propaga a devoção à Santíssima Virgem Maria.

O Monte Carmelo na Palestina, lugar que nos remete aos grandes feitos do Profeta Elias narrados no Antigo Testamento, foi o lugar escolhido no final do século XII por um grupo de eremitas que ali se estabeleceu para viver em obséquio de Jesus Cristo, meditando dia e noite na Lei do Senhor. Essa comunidade eremítica deu origem a uma Ordem Religiosa, os Irmãos da Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo. Através do testemunho de alguns peregrinos que passavam pelo local, sabemos que no meio das celas onde os irmãos viviam existia uma capela dedicada à Virgem Maria, que chamavam carinhosamente de “Senhora do Lugar”.

N. Senhora do Carmo | Canção Nova

Foi esse amor e intimidade com Nossa Senhora que levou São Simão Stock em 1251 a suplicar a ajuda e a proteção de Maria em um momento de dificuldade. A resposta veio do céu: o Santo Escapulário, que representa o olhar amoroso e atento de uma Mãe que está sempre pronta a nos socorrer. Depois de tantos séculos, o Escapulário do Carmo continua sendo um sinal da providência divina para com aqueles que confiam e se abandonam na Vontade de Deus.

Escapulário | Crédito: Nossa Sagrada Família

A raiz do nome “carmelo” é jardim, de fato, a Ordem Carmelita é um verdadeiro jardim, com flores dos mais diversos tipos que fizeram brotar sementes de amor e de esperança no seio da Igreja. Tantos homens e mulheres que por meio dessa espiritualidade e desse carisma deixaram um exemplo maravilhoso de como servir a Jesus Cristo. O beato Tito Brandsma, carmelita holandês morto no campo de concentração nazista em Dachau em 1942, dizia que no jardim do Carmelo a mais bela flor é a Virgem Maria. Para ele, Nossa Senhora é como um girassol, levantando-se acima de todas as outras flores, revela seu esplendor e a sua beleza. O girassol ainda carrega uma característica importante, está sempre voltado na direção do sol, como Nossa Senhora que tudo fez sem tirar os olhos do Deus que havia roubado seu coração.

Segundo as Constituições da Ordem do Carmo, os carmelitas encontram em Maria tudo aquilo que esperam e desejam ser, ela é modelo perfeito de escuta da Palavra, silêncio orante, contemplação, serviço e fraternidade. Hoje queremos dizer como Santa Teresinha do Menino Jesus em seu poema Porque te amo Maria: “Faz-me sentir que não é impossível seguir os teus passos, ó Rainha dos eleitos. O estreito caminho do Céu, tornaste-o visível, praticando sempre as mais humildes virtudes”.

Que a Virgem do Carmo nos ajude a trilhar os seus passos em direção ao Céu. Boa Festa aos corações carmelitas espalhados por tantos lugares. Deus vos abençoe!

Frei Juliano Luiz da Silva, O.Carm.

Roma, 16 de julho de 2021.

Fonte: Vatican News

quinta-feira, 15 de julho de 2021

Congresso do clero ebúrneo: as condições econômicas e materiais dos sacerdotes

Congresso do Clero da Costa do Marfim | Vatican News

A Igreja na Costa do Marfim está trabalhando para permitir que todos os padres do país tenham uma retribuição que evite grandes diferenças entre os que vivem na precariedade e os que vivem no luxo, além de promover e encorajar um espírito de solidariedade entre as dioceses. Esta é uma iniciativa louvável. "Será necessário, no entanto, ir mais longe para lançar as bases de uma profunda reflexão sobre a teologia sacerdotal no contexto econômico e político da África de hoje", diz Pe. Donald Zagore

Vatican News

O sacerdócio vivido ontem não é o mesmo que o vivido hoje. Os tempos mudaram muito e as exigências são cada vez maiores. As graves crises econômicas vividas pelos países africanos tornam precária a situação financeira e material dos padres locais. Não sendo "trabalhadores assalariados", vivem da caridade dos fiéis, que por sua vez se tornam cada vez mais pobres.

O teólogo marfinense padre Donald Zagore, sacerdote da Sociedade para Missões Africanas (SMA), tratou dessa questão no Congresso extraordinário do clero ebúrneo, realizado de 7 a 11 de julho em Yamoussoukro, capital política do país do oeste da África.

Problema não é apenas da Igreja local, mas de toda a África

O debate e reflexão foi organizado "para tratar do problema das condições econômicas e materiais dos padres marfinenses. É um enorme problema que não diz respeito apenas à Igreja na Costa do Marfim, mas a toda a África", especificou à Fides - agência missionária da Congregação para a Evangelização dos Povos – o teólogo marfinense.

O sacerdote missionário falou de uma cadeia de pobreza que está ganhando cada vez mais força, diante da qual é necessário reagir com força.

Promover um espírito de solidariedade entre as dioceses

"Hoje a Igreja na Costa do Marfim está trabalhando em um programa nacional de perequação, para permitir que todos os padres do país tenham uma retribuição que evite as grandes diferenças entre aqueles que vivem em um evidente estado de precariedade e aqueles em um luxo desenfreado, além de promover e encorajar um espírito de solidariedade entre as diferentes dioceses."

"Esta é uma iniciativa louvável a ser bem-vinda e encorajada. Será necessário, no entanto, ir mais longe para lançar as bases de uma profunda reflexão sobre a teologia sacerdotal no contexto econômico e político da África de hoje", concluiu padre Zagore.

(com Fides)

Fonte: Vatican News

Quando um Papa descobriu que o café era bom

Shutterstock | portumen
Por Aliénor Goudet

O café era considerado a "bebida do diabo", até que um Papa do século 16 resolveu prová-lo...

Era o fim do século 16. Rumores perturbadores estavam se espalhando em Roma. Dizia-se aqui e ali que o Papa Clemente VIII estava prestes a fazer o impensável: o Sumo Pontífice, representante de Cristo na terra, guia e pilar do catolicismo, estava prestes a tomar café! Um verdadeiro absurdo…

Isso porque eram os muçulmanos e hereges que costumavam consumir esta bebida do Iêmen. Acreditava-se que o próprio Satanás lhes oferecia a bebida “mais escura do que uma noite sem lua e amarga”. Ele fazia isso, supostamente, para consolá-los por não poderem beber vinho, a bebida emblemática do sangue de Cristo. 

café no mundo muçulmano

No entanto, alguns anos antes, o café era causa de perseguição até mesmo entre os muçulmanos. Como não é mencionado no Alcorão, era considerado um alimento proibido. Esta foi uma concordância surpreendente entre os seguidores do Islã e do Cristianismo. No entanto, essa demonização oficial não impediu a disseminação da “bebida do diabo”.

Foi nessa época que surgiram os kahvehane, os primeiros cafés. Proibidos ou não, eles se tornaram locais de compartilhamento intelectual no Oriente. As pessoas discutiam literatura, ouviam poetas e jogavam jogos de tabuleiro.

Os amantes de cafeterias eram, frequentemente, cultos e amantes das artes. No entanto, eram malvistos pelas autoridades religiosas e, às vezes, até perseguidos. Somente no reinado do sultão Mehmed IV (1642-1693) os kahvehane foram oficialmente legalizados. Foram seus embaixadores que introduziram o café à nobreza europeia.

E Clemente VIII descobriu que o café era bom

 Entretanto, no final do século 16, o Papa Clemente VIII decidiu provar a “bebida do diabo”, apesar de sua estigmatização e de sua origem supostamente maligna.

 Para surpresa de todos, o Papa riu após a experiência. Depois, declarou”

“O aroma do café é agradável demais para ser obra do Maligno. Seria uma pena se os muçulmanos tivessem direitos exclusivos sobre ele.”

Daquele dia em diante, os cristãos puderam desfrutar da famosa “bebida do diabo”. O café, então, se espalhou rapidamente na Europa nos séculos seguintes e se tornou popular em todos os círculos. 

De fato, os estudantes e todos aqueles que passam a noite inteira em claro são, sem dúvida, gratos ao Papa Clemente VIII.

Fonte: Aleteia

CARTA ENCÍCLICA "HUMANI GENERIS" (Parte 2/10)

Papa Pio XII | Derradeiras Graças

CARTA ENCÍCLICA "HUMANI GENERIS"

DE SUA SANTIDADE

O PAPA PIO XII

 

SOBRE  OPINIÕES FALSAS QUE
 AMEAÇAM A DOUTRINA CATÓLICA

 

A nossos veneráveis irmãos
os Patriarcas, Primazes, Arcebispos e Bispos
 e demais Ordinários locais em paz e comunhão com a Sé Apostólica.


I. FALSAS DOUTRINAS ATUALMENTE EM VOGA

 

5. Se olharmos para fora do redil de Cristo, facilmente descobriremos as principais direções que seguem não poucos dos homens de estudo. Uns admitem sem discrição nem prudência o sistema evolucionista, que até no próprio campo das ciências naturais não foi ainda indiscutivelmente provado, pretendendo que se deve estendê-lo à origem de todas as coisas, e com ousadia sustentam a hipótese monista e panteísta de um mundo submetido a perpétua evolução. Dessa hipótese se valem os comunistas para defender e propagar seu materialismo dialético e arrancar das almas toda noção de Deus.

 

6. As falsas afirmações de semelhante evolucionismo pelas quais se rechaça tudo o que é absoluto, firme e imutável, vieram abrir o caminho a uma moderna pseudo-filosofia que, em concorrência contra o idealismo, o imanentismo e o pragmatismo, foi denominada existencialismo, porque nega as essências imutáveis das coisas e não se preocupa mais senão com a "existência" de cada uma delas.

 

7. Existe igualmente um falso historicismo, que se atém só aos acontecimentos da vida humana e, tanto no campo da filosofia como no dos dogmas cristãos, destrói os fundamentos de toda verdade e lei absoluta.

 

8. Em meio a tanta confusão de opiniões nos é de algum consolo ao ver os que hoje, não raramente, abandonando as doutrinas do racionalismo em que haviam sido educados, desejam voltar aos mananciais da verdade revelada e reconhecer e professar a palavra de Deus conservada na Sagrada Escritura como fundamento da ciência sagrada. Contudo, ao mesmo tempo, lamentamos que não poucos desses, quanto mais firmemente aderem à palavra de Deus, tanto mais rebaixam o valor da razão humana; e quanto mais entusiasticamente enaltecem a autoridade de Deus revelador, tanto mais asperamente desprezam o magistério da Igreja, instituído por nosso Senhor Jesus Cristo para defender e interpretar as verdades reveladas. Esse modo de proceder não só está em contradição aberta com a Sagrada Escritura, como ainda pela experiência se mostra equívoco. Tanto é assim que os próprios "dissidentes" com freqüência se lamentam publicamente da discórdia que entre eles reina em questões dogmáticas, a tal ponto que se vêem obrigados a confessar a necessidade de um magistério vivo.


PIO PP. XII


Fonte: http://www.derradeirasgracas.com/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF